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antigos
Engenharia Civil
Júri
Junho de 2016
ii
AGRADECIMENTOS
iii
iv
RESUMO
v
vi
ABSTRACT
The anomalies that appear over the “life” of a given construction contribute to
deterioration, therefore it is necessary to perform diagnostics on the anomalies, which
what should be the first action in the rehabilitation process.
This dissertation seeks to give continuity to other theses held previously, having
the same goals to find, systematize and transmit the diagnostics techniques suitable to
the principle elements that constitute old buildings, such as foundations, walls, coating,
floor, ceiling, and roof.
The catalog resulting from this work allows a quick and practical consult, and
includes techniques applicable to structural and nonstructural elements. The techniques
can be nondestructive, decreasingly intrusive and intrusive.
Given this objective all the information relative to various techniques was
systematized in 16 sheets.
vii
viii
INDÍCE
AGRADECIMENTOS…………………………………………………………………iii
RESUMO……………………………………………………………………………….v
ABSTRACT……………………………………………………………………………vii
ÍNDICE DE TABELAS………………………………………………………………..xii
ÍNDICE DE FIGURAS………………………………………………………………..xiii
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
Fundações ....................................................................................... 7
Escadas......................................................................................... 11
Caixilharia ...................................................................................... 17
Cantarias ..................................................................................... 19
Instalações .................................................................................. 21
ix
3.1 Enquadramento geral ......................................................................... 27
Anomalias em fundações............................................................... 27
Anomalias em cantarias............................................................... 42
x
Designação da técnica .................................................................. 83
Referência ..................................................................................... 83
Princípio utilizado........................................................................... 83
Custo ............................................................................................. 84
Dificuldade ..................................................................................... 84
ANEXO……………………………………………………………………………....134
xi
INDÍCE DE TABELAS
xii
INDÍCE DE FIGURAS
Figura 2.1 – Fachadas edifícios: (a) Pré-pombalino, (b) Pombalino, (c) Gaioleiro,
(d) Em placa ................................................................................................................. 6
Figura 2.2 – Fundação indireta com arcos e estacaria de fundação .................. 7
Figura 2.3 – Representação de uma fundação direta ........................................ 8
Figura 2.4 – Representação esquemática de uma parede de frontal ................. 8
Figura 2.5 - Paredes resistentes de alvenaria com Cruz de St. André ............... 9
Figura 2.6 – Representação esquemática de uma parede divisória em tabique
................................................................................................................................... 10
Figura 2.7- Tabique simples ............................................................................ 10
Figura 2.8 – (a) Fachada exterior revestida com azulejos; (b) Fachada com
acabamento à base de caiação .................................................................................. 11
Figura 2.9 – (a) Escada de tiro, estreita de grande inclinação de um edifício antigo
do sec XVII (b) Escada helicoidal (c) Escada em estrutura metálica do início do XX .. 12
Figura 2.10 – (a) Pavimento tarugado em madeira com viga intermédia de apoio
(b) Pavimento rés-do-chão com estrutura em arco de alvenaria ................................. 12
Figura 2.11 – Pavimento com vigas de aço e abóbadas de alvenaria ............. 13
Figura 2.12 – (a) Soalho desgastado de um edifício antigo (b) Soalho de
madeiras de diferentes espécies ................................................................................ 13
Figura 2.13 – (a) Teto em “saia e camisa” (b) teto em estuque liso sobre
fasquiado .................................................................................................................... 14
Figura 2.14 – (a) Teto estucado (b) Teto de estuque decorado com pinturas .. 15
Figura 2.15 – Representação esquemática de uma estrutura de cobertura de um
edifício antigo em madeira .......................................................................................... 16
Figura 2.16 – Estrutura de uma cobertura reforçada com ligações metálicas .. 16
Figura 2.17 – Cobertura do séc XIX com estrutura de aço .............................. 16
Figura 2.18 – (a) Cobertura de duas águas com claraboia saliente com
revestimento em telha canudo (b) Cobertura de duas águas com revestimento em telha
marselha ..................................................................................................................... 17
Figura 2.19 – (a) Janela de guilhotina em madeira guarnecida com cantaria (b)
Janela com duas folhas e bandeira fixa guarnecida com cantaria, com portadas
interiores ..................................................................................................................... 18
Figura 2.20 – (a) Porta de duas folhas com bandeira (b) Porta de uma folha (c)
Porta de duas folhas com bandeira sem grade metálica ............................................. 19
Figura 2.21 – Varanda com vedação em ferro fundido .................................... 20
xiii
Figura 2.22 – (a) Cachorro de suporte a uma varanda (b) Pormenor de um
cachorro...................................................................................................................... 20
Figura 2.23 – Platibanda de um edifício antigo ................................................ 20
Figura 2.24 – Rede exterior de esgotos pluviais e domésticos, em tubo de grés
................................................................................................................................... 21
Figura 2.25 – Representação esquemática em corte de um edifício antigo
Pombalino................................................................................................................... 22
Figura 3.1 – Assentamento da fundação, afetando o cunhal ........................... 27
Figura 3.2 – (a) Fendas numa parede resistente exterior (b) Fendas junto a
cunhal ......................................................................................................................... 28
Figura 3.3 – Desagregação de uma parede de fachada de edifício antigo ...... 29
Figura 3.4 – Representação esquemática da formação de eflorescências e
criptoeflorescências .................................................................................................... 30
Figura 3.5 – Esquemas de fendilhações e respetivas causas mais frequentes em
paredes de compartimentação de edifícios antigos .................................................... 32
Figura 3.6 – Fissuração afetando apenas o reboco devido à sua retração ...... 32
Figura 3.7 –Eflorescências .............................................................................. 33
Figura 3.8 – Manchas de humidade por capilaridade ascensional (b) Manchas de
humidade de condensação (c) Manchas de humidade por rotura do tubo de queda .. 34
Figura 3.9 – Destruição do reboco por ação dos agentes climáticos, associada à
falta de aderência e falta de resistência mecânica da argamassa............................... 34
Figura 3.10 – Destacamento/Empolamento do acabamento por pintura.......... 35
Figura 3.11 – Destacamento/Desagregação de um acabamento por pintura... 36
Figura 3.12 – (a) Pavimento do rés-do-chão degradado devido à humidade do
terreno (Appleton 2003) (b) Pavimento com podridão devido à ação da água ............ 37
Figura 3.13 – Deformação excessiva de um pavimento em abóbada .............. 37
Figura 3.14 – Corrosão de vigas de metálicas em pavimentos ........................ 38
Figura 3.15 – (a) Teto estucado com destacamento da pintura e manchas de
humidade (b) Fissuração em elemento decorativo no teto em gesso ......................... 39
Figura 3.16 – (a) Deterioração de uma viga de madeira (perda de secção útil) por
efeito de agentes agressores (b) Deformação excessiva da estrutura de uma cobertura
................................................................................................................................... 39
Figura 3.17 – (a) Ausência do revestimento em telha marselha (b) Sujidade e
colonização biológica no revestimento ........................................................................ 40
Figura 3.18 – Manchas de humidade nas paredes da caixa de escadas ......... 41
Figura 3.19 – Deterioração da caixilharia de madeira ...................................... 42
xiv
Figura 3.20 – Alteração de elementos de madeira na sequência de infiltrações
por janelas de fachadas .............................................................................................. 42
Figura 3.21 – Crostas negras .......................................................................... 43
Figura 3.22 – Fenda sobre cantaria resultante de assentamentos diferenciais
................................................................................................................................... 43
Figura 3.23 – Vegetação biológica (desenvolvimento de uma figueira) sobre
cantaria ....................................................................................................................... 43
Figura 4.1 – Máquina fotográfica ..................................................................... 65
Figura 4.2 - Estação total................................................................................. 65
Figura 4.3 – Equipamento câmara de vídeo de pequeno diâmetro .................. 65
Figura 4.4 – Insetos xilófagos .......................................................................... 65
Figura 4.5 – Medidor ótico ............................................................................... 66
Figura 4.6 – Régua comparador de fissuras .................................................... 66
Figura 4.7 – Fissurómetro................................................................................ 66
Figura 4.8 – Alongâmetro ................................................................................ 66
Figura 4.9 – Pylodin – Aparelho de medição da densidade superficial ............ 67
Figura 4.10 – Resistograph ............................................................................. 67
Figura 4.11 – Ensaio simples e duplo com macacos planos ............................ 68
Figura 4.12 – Dilatómetro ................................................................................ 68
Figura 4.13 – Aparelho de utra-sons ............................................................... 69
Figura 4.14 – Aparelho de propagação de ondas sonoras............................... 69
Figura 4.15 – Gerador de tensão, martelo, acelerómetro, dispositivo recetor e ex.
de mapa de velocidades ............................................................................................. 69
Figura 4.16 – Gerador de tensão, martelo, acelerómetro, dispositivo de recetor
................................................................................................................................... 69
Figura 4.17 – Equipamento para raio-x............................................................ 70
Figura 4.18 – Aparelho medidor de vibrações ................................................. 70
Figura 4.19 – Termografia ............................................................................... 70
Figura 4.20 – kit de campo e fitas colorimétricas ............................................. 71
Figura 4.21 – Kit de ensaio (Speedy – marca representada pela Ambifood) ... 71
Figura 4.22 – Acelerómetros de sensibilidade a vibrações .............................. 72
Figura 4.23 – Humidímetro .............................................................................. 73
Figura 4.24 – Tubo de Karsten ........................................................................ 73
Figura 5.1 – Ficha de diagnóstico .................................................................... 81
Figura 5.2 – Exemplo de referência TPOE - Técnica de propagação de ondas
elásticas...................................................................................................................... 83
Figura 5.3 – Equipamento para ensaio ultrasónico .......................................... 86
xv
Figura 5.4 – Equipamento de câmara de vídeo de pequeno diâmetro ............. 91
Figura 5.5 - Esquema equipamento portátil vídeo ........................................... 92
Figura 5.6 – Câmara fotográfica de precisão e estação total ........................... 93
Figura 5.7 – Equipamento acústico ................................................................. 95
Figura 5.8 – Pylodin – Aparelho de medição da densidade superficial ............ 97
Figura 5.9 – Dois tipos de Resistograph .......................................................... 99
Figura 5.10 – Exemplo de output de Resistograph da resistência à perfuração
para a viga, onde é visível um vazio (a) .................................................................... 100
Figura 5.11 – Fases do ensaio: a) medição dos alinhamentos b) execução do
rasgo c) medição dos deslocamentos relativos d) colocação do macaco plano e)
medição dos deslocamentos após incrementos de carga ......................................... 101
Figura 5.12 – Diagrama exemplo dos resultados de resultados obtidos num
ensaio simples com macacos planos ........................................................................ 102
Figura 5.13 – Execução do 2ºentalhe e introdução de pressões numa amostra
ensaiada de parede de alvenaria (da esquerda para a direita) ................................. 103
Figura 5.14 – Dilatómetro .............................................................................. 105
Figura 5.15 – Equipamento de carotagem e colocação da sonda.................. 106
Figura 5.16 – Aplicação da pressão com o dilatómetro ................................. 106
Figura 5.17 – Exemplo do deslocamento diferencial médio durante a
pressurização ........................................................................................................... 106
Figura 5.18 – Gerador de onda de tensão, martelo calibrado, recetor e dispositivo
de registo .................................................................................................................. 107
Figura 5.19 – Exemplo de gráfico da emissão e recessão da onda sonora ... 108
Figura 5.20 - Marcação da grelha numa alvenaria para a realização do ensaio e
Mapa com isócronas de velocidade obtido no ensaio tomográfico ............................ 108
Figura 5.21 – Equipamento para ensaio ultra-sónico ..................................... 109
Figura 5.22 – Esquema do equipamento e aparelhos.................................... 111
Figura 5.23 – Registo típico de um impacto e respetiva onda de tensão
reproduzida ............................................................................................................... 112
Figura 5.24 – Material para ensaio impacto-eco ............................................ 113
Figura 5.25 – Esquemetatização do ensaio numa alvenaria com injeção grout
................................................................................................................................. 114
Figura 5.26 – Espetro de frequência, para um ensaio de alvenaria de pedro, com
presença de vazios ................................................................................................... 114
Figura 5.27 – Aparelho laser (ometron) e Polytec PDV – 100 Plus ................ 115
Figura 5.28 – Exemplo de medição de vibrações em obra ............................ 116
xvi
Figura 5.29 – Equipamento por raios-x e exemplo de saída de resultados do
ensaio por raios gama .............................................................................................. 117
Figura 5.30 – Radiografia de um elemento de madeira deteriorado e imagem
depois do processamento no software (da esquerda para a direita) ......................... 118
Figura 5.31 – Kit de ensaio Speedy para o ensaio (balança de precisão, capsula
com manómetro, carbonato de cálcio) ...................................................................... 119
Figura 5.32 – Manómetro estável e abertura da cápsula, após leitura ........... 120
Figura 5.33 – Acelerómetros de alta sensibilidae .......................................... 121
Figura 5.34 – Esquema do sistema para registo das vibrações ..................... 122
Figura 5.35 - Gama de frequências de resposta estrutural por várias fontes . 122
xvii
xviii
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações preliminares
Em Portugal, a política seguida nas últimas décadas foi claramente de incentivo
à construção nova, deixando para segundo plano a reabilitação de edifícios antigos.
Segundo dados do INE através dos censos de 2011, existe uma forte relação entre a
idade dos edifícios e o seu estado de conservação, revelando que dos edifícios
construídos até 1945 apenas 36% não apresentavam grandes necessidades de
reparação e cerca de 10% apresentavam-se muito degradados ou com necessidades
de reparação (INE 2011).
1
Portanto, é fundamental diagnosticar corretamente os fenómenos patológicos
encontrados nas edificações, dando aos responsáveis pela conservação a possibilidade
de optar pela solução mais ajustada.
2
1.3 Estrutura do documento
Este trabalho é constituído por 6 capítulos.
3
4
2 CARACTERIZAÇÃO CONSTRUTIVA DE EDIFÍCIOS
ANTIGOS
2.1 Enquadramento geral
Segundo o Censos de 2011, existiam em Portugal 512 039 edifícios construídos,
anteriormente a 1945, utilizando, sobretudo, a alvenaria e a madeira. Embora este
número represente à volta de 15% do total de edifícios, a maioria deles apresenta
insuficiências estruturais, nos critérios hoje instituídos quanto à verificação de
segurança. Essas insuficiências estruturais são particularmente preocupantes nos
edifícios construídos nas várias zonas sísmicas do País, como é o caso de Lisboa (INE
2011).
De uma maneira geral entende-se por edifícios antigos aqueles cuja construção
se baseia no uso de tecnologias tradicionais, nomeadamente o uso de madeira, e
alvenaria de pedra argamassada como materiais predominantes, distinguindo-se pela
tecnologia de construção, que se manteve sem grande alteração até surgir o betão
armado (Appleton 2003).
Os edifícios pombalinos (Figura 2.1 (b)), edificados após o terramoto de 1755 até
fim do séc. XIX, têm uma geometria regular de paredes principais de alvenaria de pedra
de razoável qualidade, com paredes interiores em frontal ou “gaiola” pombalina, paredes
divisórias em tabique, pisos de madeira, exceto o primeiro, que em edifícios de melhor
qualidade é formado por abóbadas de tijolo (Appleton 2003, Cóias 2006, 2007).
5
Já os “Edifícios em Placa” (Figura 2.1(d)) são edifícios constituídos por paredes
de alvenaria de pedra e de tijolo e lajes de betão armado, tendo surgido após o período
“gaioleiro” (anos 30-50) (Appleton 2003, Cóias 2007).
6
Fundações
Ao nível das fundações existem três tipos de fundações consoante a
profundidade do solo de fundação, a sua capacidade resistente e as cargas transmitidas
ao mesmo.
Figura 2.2 – Fundação indireta com arcos e estacaria de fundação (Cóias 2007)
7
Figura 2.3 – Representação de uma fundação direta (Cóias 2007)
Paredes resistentes
As paredes dos edifícios antigos são elementos construtivos, que se podem
dividir em paredes resistentes ou mestras (maioritariamente exteriores) e paredes de
compartimentação ou divisórias (interiores) (Pinho 2000).
8
As paredes resistentes interiores (Figura 2.5) caracterizam-se por ser de
espessura considerável (ordem dos 20 cm), designadas por frontais, reforçadas por uma
armadura ou esqueleto de madeira, principalmente em madeira das espécies castanho
e casquinha, constituída por um conjunto de peças verticais, horizontais e inclinadas,
devidamente interligadas, formando as denominadas cruzes de Santo André. Entre
esses elementos de madeira seria então colocada a alvenaria de tijolo maciço ou pedra
irregular, miúda e argamassada (Mascarenhas 2005, Pinho 2000)
Figura 2.5 - Paredes resistentes de alvenaria com Cruz de St. André ([W1]; Appleton 2003)
Paredes de compartimentação
Uma parede de compartimentação ou divisória (Figura 2.6) é concebida para
desempenhar essencialmente o papel de elemento de separação
9
Figura 2.6 – Representação esquemática de uma parede divisória em tabique (Appleton 2003)
10
Um acabamento frequente num edifício antigo é a caiação, pintura à base de
cal a branco ou com cores por efeito de pigmentos e corantes naturais, podendo ser
também simplesmente pintado (Appleton 2003, Magalhães 2002, Pinho 2000, Veiga, et
al. 2004).
(a) (b)
Figura 2.8 – (a) Fachada exterior revestida com azulejos (Freitas et al. 2012); (b) Fachada com
acabamento à base de caiação [W1]
Escadas
Normalmente em edifícios antigos a estrutura das escadas interiores é de
madeira, podendo ser de pedra o primeiro lanço de escadas até ao rés-do-chão. A sua
localização situa-se vulgarmente próximo do centro do edifício, para se garantir uma
simetria estrutural, existindo patamares intermédios entre os lanços de escadas,
apoiados nas paredes longitudinais da caixa de escadas. Contudo em edifícios do
século XVII, pré-pombalinos, as escadas situam-se junto a paredes de empena,
formadas por um único lanço de escadas entre andares, de reduzida largura e inclinação
acentuada, tendo a designação de escadas de tiro, como se pode observar na Figura
2.9 (a) (Appleton 2003, Freitas, et al. 2012, Pinho 2000).
11
No final do século XIX são usadas as escadas metálicas exteriores (Figura 2.9
(c)) geralmente através de estruturas de ferro fundido de forma simples, constituídas por
colunas cilíndricas de pequeno diâmetro, vigas em I ou degraus de chapa xadrez. Esta
última escada de serviço (exterior) está habitualmente localizada no tardoz dos edifícios,
ligadas às marquises (Appleton 2003, Dias 2008).
Figura 2.9 – (a) Escada de tiro, estreita de grande inclinação de um edifício antigo do sec XVII (b)
Escada helicoidal (c) Escada em estrutura metálica do início do XX (Appleton 2003)
(a) (b)
Figura 2.10 – (a) Pavimento tarugado em madeira com viga intermédia de apoio (Appleton,
2003) (b) Pavimento rés-do-chão com estrutura em arco de alvenaria [W1]
12
No século XIX, com o desenvolvimento da tecnologia da metalurgia, mais
concretamente do ferro e aço, os perfis de madeira de grandes dimensões são
substituídos por vigas de aço de secção em I (Figura 2.11) (Freitas, et al. 2012).
(a) (b)
Figura 2.12 – (a) Soalho desgastado de um edifício antigo [W1] (b) Soalho de madeiras de
diferentes espécies (Costa, el al. 2007)
13
Nos elementos de pedra é utilizado habitualmente, um acabamento polido,
destinado a garantir superfícies, lisas, brilhantes ou mates. Os revestimentos cerâmicos
garantem uma boa resistência aos agentes atmosféricos e ao desgaste (Freitas, et al.
2012, Veiga e Carvalho 2002).
(a) (b)
Figura 2.13 – (a) Teto em “saia e camisa” (b) teto em estuque liso sobre fasquiado (Appleton
2003)
14
O uso de pinturas é vulgar no acabamento de tetos, com tintas de óleo, simples
ou decoradas, embora, os tetos estucados e rebocados, pudessem não levar qualquer
tipo de pintura (Figura 2.14 (a)). A pintura de tetos rebocados consiste geralmente numa
caiação, de pelo menos três demãos (Appleton 2003, Freitas, et al. 2012, Veiga, et al.
2004).
Recorria-se ainda a pinturas decorativas (Figura 2.14 (b)) com realce para a
pintura de faixas junto das transições parede-teto, reproduzindo veios, e simulando os
mármores ou madeiras nobres (Appleton 2003, Veiga, et al. 2004).
(a) (b)
Figura 2.14 – (a) Teto estucado (Freitas et al. 2012) (b) Teto de estuque decorado com pinturas
(Appleton 2003)
15
Figura 2.15 – Representação esquemática de uma estrutura de cobertura de um edifício antigo
em madeira (Appleton 2003)
Figura 2.16 – Estrutura de uma cobertura reforçada com ligações metálicas (Appleton 2003)
Figura 2.17 – Cobertura do séc XIX com estrutura de aço (Appleton 2003)
16
edifício. A sua complexidade (número de águas furtadas) aumenta em edifícios de maior
dimensão e importância (Branco 2006, Freitas et al. 2012).
(a) (b)
Figura 2.18 – (a) Cobertura de duas águas com claraboia saliente com revestimento em telha canudo
(b) Cobertura de duas águas com revestimento em telha marselha (Freitas, et al. 2012)
Caixilharia
A caixilharia dos edifícios antigos, normalmente, é de madeira, frequentemente
de casquinha e pinho (Freitas, et al. 2012).
17
No caso das janelas podem ser de uma folha ou de folhas múltiplas. A folha é
formada por uma ou mais chapas de vidro liso, sendo frequente as soluções de janelas
deslizantes (de guilhotina) (Figura 2.19 (a)), em que apenas é móvel a metade inferior
da janela, sendo fixa a folha superior. Pode encontrar-se também janelas de abrir
(Figura 2.19 (b)), onde a folha móvel roda em torno de eixo vertical localizado junto a
um dos bordos da janela. A separar os caixilhos de abrir, pode encontrar-se uma
travessa designada de bandeira, podendo estar decorada ou não (Appleton 2003,
Freitas, et al. 2012).
(a) (b)
Figura 2.19 – (a) Janela de guilhotina em madeira guarnecida com cantaria (b) Janela com duas
folhas e bandeira fixa guarnecida com cantaria, com portadas interiores (Freitas, et al. 2012)
As portas são de madeira maciça de uma folha (Figura 2.20 (b)), podendo ou
não ter uma abertura, um postigo e bandeira envidraçada que garante uma iluminação
natural no interior da habitação. No final do séc. XIX, generaliza-se a porta de duas
folhas, esguias e estreitas (Figura 2.20 (a), (c)) (Freitas, et al. 2012).
18
(a) (b) (c)
Figura 2.20 – (a) Porta de duas folhas com bandeira (b) Porta de uma folha (c) Porta de duas
folhas com bandeira sem grade metálica (Freitas, et al. 2012)
Cantarias
O uso da cantaria além de ter uma função decorativa e estética, também
desempenhava uma função estrutural, estando a pedra localizada no contorno de
aberturas portas, janelas, pilastras, socos, cimalhas e cornijas, ou seja, de
guarnecimento de vãos (Freitas, et al. 2012).
Elementos singulares
Os elementos singulares existentes nos edifícios antigos são variados e podem
ir desde as varandas, aos cachorros e às platibandas.
19
Figura 2.21 – Varanda com vedação em ferro fundido [W1]
(a) (b)
Figura 2.22 – (a) Cachorro de suporte a uma varanda (b) Pormenor de um cachorro (Freitas et
al., 2012)
20
Instalações
As instalações nas edificações antigas são rudimentares. Estas são constituídas
fundamentalmente pelas redes de instalações elétricas, redes de abastecimento de
água, redes de drenagem pluviais, redes de drenagem de esgotos residuais (Appleton
2003).
Figura 2.24 – Rede exterior de esgotos pluviais e domésticos, em tubo de grés (Appleton 2003)
21
Representação esquemática de um edifício antigo pombalino
22
Esta representação (Figura 2.25) ilustra esquematicamente os principais
elementos que constituem um edifício antigo, descritos ao longo deste capítulo, neste
caso da época pombalina.
23
Tabela 2.1 – Resumo dos materiais usados nas paredes de edifícios antigos (Appleton 2003, Cóias
2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2008, Flores-Colen 2009)
Exteriores Azulejos
24
Tabela 2.1 (continuação) – Resumo dos materiais usados nas paredes de edifícios antigos
(Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2008, Flores-Colen 2009)
25
2.3 Síntese do capítulo
Neste capítulo expôs-se a caracterização e tipificação construtiva dos edifícios
antigos. Em que se referiu, num breve contexto histórico os principais tipos de estrutura
dos edifícios urbanos antigos em Portugal.
26
3 PATOLOGIA CORRENTE EM EDIFÍCIOS ANTIGOS
3.1 Enquadramento geral
Neste capítulo será feita uma identificação e descrição das anomalias, mais
comuns em edifícios antigos, dos elementos, descritos no capítulo 2, relacionando com
as causas prováveis para o seu aparecimento.
É relevante referir que podem surgir anomalias de forma natural, que se prendem
com o envelhecimento inevitável dos próprios materiais e ação dos agentes
atmosféricos. Contudo, além disso, a ação humana está ligada de forma negativa a
fenómenos patológicos. A ausência de estudos de segurança e de projetos na
ampliação, alteração ou adaptação do edifício, a deficiente qualidade da construção de
determinadas épocas (como é o caso da época dos “Gaioleiros”), a inadequação face
ao uso de alteração de utilização, constituem algumas causas relevantes de origem
humana.
Anomalias em fundações
As anomalias mais frequentes em fundações de edifícios antigos relacionam-se
com um conjunto variado de fatores, associados ao terreno de fundação, às fundações
ou ao edifício no seu conjunto. Os problemas em terrenos de fundação estão,
geralmente, relacionados com alterações das características dos solos, presença de
água ou descompressões provocadas por perturbações dos equilíbrios pré-existentes
(Appleton 2003).
27
Nas fundações indiretas por estacaria de madeira, devido ao abaixamento do
nível freático, dá-se o seu apodrecimento, provocado por fungos e insetos, originando
perda de secção das estacas de fundação, o que conduz à redução das propriedades
mecânicas das mesmas (Cóias 2007).
(a) (b)
Figura 3.2 – (a) Fendas numa parede resistente exterior (b) Fendas junto a cunhal (Cóias 2007)
28
A formação e amplitude da fenda pode também acontecer nas paredes
resistentes, por erros de construção e devido à própria constituição e qualidade das
alvenarias (Bonshor e Bonshor 1996, Freitas, et al. 2012, Pinho 2000).
Figura 3.3 – Desagregação de uma parede de fachada de edifício antigo (Cóias 2007)
29
A ação da água é o principal causador de desagregações nas paredes, por meio
infiltração da água que tendem a encontrar os pontos mais fracos (as fendas e vazios),
criando-se percursos no interior dos elementos, geralmente através das juntas de
argamassa entre pedras ou tijolos (Appleton 2003, Henriques 2007).
No seu trajeto, a água dissolve os sais solúveis das argamassas, e dos próprios
elementos constituintes da alvenaria, até que as condições de humidade e temperatura
ambiente provocam a evaporação da água e a deposição dos sais previamente
dissolvidos. Assim a deposição de sais (Figura 3.4), normalmente de cor branca, nas
superfícies das paredes (eflorescências), ou entre a parede e o revestimento
(criptoflorescências), com a formação de “bolhas” e empolamentos característicos,
reflete a degradação da alvenaria (Flores-Colen, Metodologia de Avaliação do
Desempenho em Serviço de Fachadas Rebocadas na Óptica da Manutenção
Predicativa. Tese de Doutoramento em Engenharia Civil 2009, Henriques 2007, Pinho
2000).
30
Anomalias em paredes de compartimentação
As anomalias registadas nas paredes interiores dos edifícios antigos estão,
como no caso das paredes exteriores, igualmente relacionadas com as suas
características construtivas e funcionais (Appleton 2003, Pinho 2000).
31
Figura 3.5 – Esquemas de fendilhações e respetivas causas mais frequentes em paredes de
compartimentação de edifícios antigos (Pinho 2000)
Figura 3.6 – Fissuração afetando apenas o reboco devido à sua retração (Magalhães 2002)
32
Ainda relativamente à fendilhação do reboco, pode levar ao seu aparecimento,
uma deficiente dosagem na execução da argamassa e uma aplicação inadequada da
espessura de uma camada de revestimento. Um aumento indefinido da espessura
conduz a outro problema, o destacamento do revestimento. Este fenómeno está
geralmente associado a revestimentos com argamassas à base de cimento (Magalhães
2002, Pinho 2000)
Também pode ter origem por ascensão da água por capilaridade, através da
estrutura porosa do material em contacto com a água do terreno; devido à precipitação
que quando associada à atuação do vento pode conduzir à sua infiltração;
33
(a) (b) (c)
Figura 3.8 – Manchas de humidade por capilaridade ascensional (b) Manchas de humidade de
condensação (c) Manchas de humidade por rotura do tubo de queda [W1]
O esmagamento dos rebocos (Figura 3.9) pode acontecer pelas razões referidas
nas anomalias de paredes, e por meio do desenvolvimento de tensões muito elevadas,
o que justifica a compressão excessiva destas camadas, que podem, contudo, não
afetar a estrutura da parede. Este fenómeno pode, mais uma vez, estar relacionado com
a fraca resistência mecânica dos rebocos à base de cal (Appleton 2003, Magalhães
2002).
Figura 3.9 – Destruição do reboco por ação dos agentes climáticos, associada à falta de
aderência e falta de resistência mecânica da argamassa (Appleton 2003)
34
Uma outra situação particular prende-se com as anomalias verificadas nas
paredes resistentes que incorporam peças de madeira, em que os problemas mais
usuais correspondem a uma diminuição e consequente perda de aderência entre o
reboco e a madeira e ainda aos efeitos associados ao empolamento provocado pela
corrosão de elementos metálicos incorporados (Appleton 2003, Magalhães 2002, Pinho
2000).
35
Figura 3.11 – Destacamento/Desagregação de um acabamento por pintura (Pinho 2000)
Anomalias em pavimentos
Como mencionado, a maior parte dos pavimentos são de madeira, tanto a
estrutura como o revestimento dos pisos, fugindo a essa regra, casos especiais de
pavimentos com formas estruturais à base de abóbadas e arcos.
36
(a) (b)
Figura 3.12 – (a) Pavimento do rés-do-chão degradado devido à humidade do terreno (Appleton
2003) (b) Pavimento com podridão devido à ação da água (Cóias 2007)
A humidade do terreno (Figura 3.12 (a)), apenas tem expressão ao nível dos
pavimentos térreos, quer pelo seu contacto direto com o terreno, que pela ocorrência de
fenómenos de ascensão por capilaridade por meio das paredes (Appleton 2003, Costa,
et al. 2007)
37
Revestimentos à base de materiais cerâmicos, tijoleiras e ladrilhos, exibem
anomalias similares, evidenciando-se a fendilhação e fracturação, devido a dilatações e
contrações de origem térmica, podendo estar associadas ou não a movimentos de
assentamento da base do pavimento, que associado à ausência ou deficiente espessura
das juntas pode provocar ainda o desprendimento dos ladrilhos (Appleton 2003).
Anomalias em tetos
Na generalidade as anomalias encontradas nos revestimentos de tetos, já foram
tratadas de forma indireta, noutros pontos. Concretamente, os revestimentos à base de
argamassas apresentam anomalias similares aos revestimentos em paredes, e os
revestimentos de madeira nos pavimentos apresentam um quadro patológico idêntico
ao que se descreveu nos pavimentos.
Nos casos dos revestimentos de teto à base de gesso as anomalias mais usuais,
são as fendilhações (Figura 3.15 (b)) e deformações excessivas, que se podem associar
à incapacidade dos tetos acompanharem a deformação das estruturas dos pavimentos,
a vibrações estruturais ou a fenómenos de retração das argamassas de gesso (Appleton
2003, Pinho 2000).
38
(a) (b)
Figura 3.15 – (a) Teto estucado com destacamento da pintura e manchas de humidade
(Appleton 2003) (b) Fissuração em elemento decorativo no teto em gesso (Freitas, et al. 2012)
Anomalias em coberturas
As coberturas de edifícios antigos são um elemento construtivo que apresenta
um quadro patológico sistemático, pelo facto de ser um elemento envolvente do edifico,
sujeito à ação da água da chuva, das variações de temperatura, do vento carregado de
poeiras, da poluição, etc.
(a) (b)
Figura 3.16 – (a) Deterioração de uma viga de madeira (perda de secção útil) por efeito de
agentes agressores (Freitas, et al. 2012) (b) Deformação excessiva da estrutura de uma cobertura
(Appleton 2003)
39
A infiltração da água da chuva, que entra em contacto com a estrutura de
madeira dá origem à sua humidificação. Esta situação, como referido anteriormente,
provoca deteriorações características da madeira, as perdas de secção ou degradação
da resistência e capacidade resistente do próprio material, que leva inevitavelmente a
um aumento da deformação da estrutura da cobertura (Appleton 2003, Cóias 2007,
Costa, et al. 2007).
(a) (b)
Figura 3.17 – (a) Ausência do revestimento em telha marselha (b) Sujidade e colonização
biológica no revestimento (Freitas, et al. 2012)
Anomalias em escadas
Como referido, as escadas de edifícios antigos são predominantemente
executadas de madeira, excetuando-se as escadas exteriores e degraus de arranque
em pedra, além das escadas metálicas exteriores em edifícios no final do séc. XIX.
40
Ainda deve assinalar-se as ações mecânicas, em particular o desgaste a que os
degraus estão sujeitos, assim como a remoção de paredes de tabique onde possam
estar apoiadas e a remoção de troços de escadas, pode levar ao assentamento das
mesmas (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al. 2012).
Figura 3.18 – Manchas de humidade nas paredes da caixa de escadas (Freitas, et al. 2012)
Anomalias em caixilharia
Os elementos de caixilharia nos edifícios antigos são usualmente de madeira
(Figura 3.19), embora em muitos casos não seja a original, podendo já ter sido
substituída.
41
Figura 3.19 – Deterioração da caixilharia de madeira (Pinho 2000)
Anomalias em cantarias
A pedra de cantaria apesar de usualmente exibir um estado de conservação mais
satisfatório do que elementos de outros materiais, como os revestimentos de argamassa
e caixilharia de madeira, apresenta com frequência algumas anomalias. Como o
desgaste da pedra, pela água da chuva que provoca a dissolução da pedra (como
acontece com pedras calcárias), que pode ser agravada por efeitos químicos
relacionados com a poluição atmosférica.
42
Figura 3.21 – Crostas negras (Freitas, et al. 2012)
Figura 3.22 – Fenda sobre cantaria resultante de assentamentos diferenciais (Freitas, et al.
2012)
Figura 3.23 – Vegetação biológica (desenvolvimento de uma figueira) sobre cantaria (Freitas, et
al. 2012)
43
Anomalias em instalações
Nas instalações de distribuição de águas e redes de drenagem de águas
residuais, os problemas que se podem encontrar são similares, verificando-se situações
como: roturas nas tubagens, por acompanhamento do movimento das paredes, na
sequência de assentamentos diferenciais nas fundações, e ainda devido ao próprio
envelhecimento do material e corrosão; entupimento, no caso das de distribuição de
água, sobretudo de águas quentes, devido a deposições de calcários.
44
Existem entidades em Portugal e comissões que trabalham para a conservação
dos sítios património cultural. Como é o caso do ICOMOS (Comissão Portuguesa do
Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), sendo uma organização não-
governamental global deste género, dedicada à promoção da aplicação da teoria,
metodologia e técnicas científicas para a conservação do património arquitetónico e
arqueológico. O seu trabalho desenvolvido é baseado nos princípios consagrados na
Carta Internacional para a Conservação e Restauro de Monumentos e Sítios, que se
baseou na anteriormente nos princípios básicos referidos Carta de Atenas (1931) (Carta
de Veneza 1964).
45
guardada em arquivos e colocada à disposição de quem a quiser
consultar.
Nas oito metodologias de sistematização que se seguem, três delas não foram
objeto de análise no trabalho desenvolvido por Machado (2014). As restantes cinco
apesar de apresentadas, consideraram-se por serem relevantes para edifícios antigos,
tendo sido acrescentada alguma informação.
Descrição da patologia;
Descrição das causas;
Medidas de prevenção princípio e prática;
Referências e leituras complementares.
46
3.2.1.2 Fichas de Reparação de Anomalias – LNEC (1985)
47
No Encontro de Vancouver, em Junho de 1999 do CIB W086 Building Pathology
foi sugerida a criação de um fórum aberto, no qual se poderia publicar estudos de casos
de patologia, tendo sido denominado por “Building Pathology Forum” (BPForum) (CIB
1999).
48
Na segunda etapa, a fase de previsão, realiza-se a identificação das variáveis
mais relevantes para cada anomalia que se analisa. Seguidamente faz-se um estudo
probabilístico de cada variável selecionada (Lima 2009, Soeiro e Taborda 1994, Sousa
2004).
49
Caracterização da situação:
o Subdivisão do edifício (em zonas, elementos construtivos ou
ainda recorrendo aos Elementos Fonte de Manutenção – EFM);
o Levantamento das manifestações (inspeção e/ou inquérito);
o Associação de manifestações (agrupamento de manifestações
semelhantes criando Grupos de Manifestações e Afins – GMA);
o Exame da listagem e exclusão de diagnósticos; matriz de
diagnósticos
Projeto experimental
Projeto de execução
Informação geral;
Caracterização do local onde se manifesta a anomalia;
Descrição da manifestação/Exame;
Observações;
Informação a preencher pelo técnico.
50
No caso em que após efetuada a conclusão do “Diagnóstico Preliminar”, se a
recolha da informação não for suficiente para que seja possível a identificação exata da
anomalia existente, torna-se essencial uma análise mais detalhada. Nestas situações e
com base em presumíveis anomalias, deve-se proceder à realização de “Diagnósticos
Específicos” com o objetivo de conduzir um novo levantamento de informação, mais
detalhado (Abrantes e da Silva 2012).
Esta ficha proposta por Abreu integra os tópicos mais relevantes de cada técnica,
como, o nome da técnica, a localização da realização do ensaio, os elementos
construtivos em que pode ser utilizada, uma breve descrição da técnica, o seu princípio
de funcionamento, o procedimento de ensaio, os equipamentos necessários, as
potencialidades, as limitações, o custo, a dificuldade, se é uma técnica destrutiva ou
não-destrutiva, a expressão dos resultados obtidos, a interpretação destes resultados,
as entidades prestadoras do serviço, os documentos normativos em que se baseia e
alguns valores de referência relevantes (Machado 2014).
51
Na tabela que se segue sintetiza-se as metodologias de diagnóstico e reabilitação apresentadas, por ordem de campo de aplicação,
apontando os fatores distintivos entre cada modelo.
Elementos Nº de Versão
Campo Referência Designação Ano Estrutura / Procedimento
aplicáveis páginas online
Introdução
“Fichas de Apresentação
Inspeção e Equipamento
Cóias dos Métodos Correntes de 2006 Todos 2a5 *Sim
ensaios Metodologia
Inspeção e Ensaio”
Campo de Aplicação
Elementos construtivos
Descrição
Princípio de funcionamento
Técnicas de “Fichas de Técnicas de Procedimento de ensaio
Abreu 2013 Todos 2 Não
Diagnóstico Diagnóstico” Equipamento
Custo
Dificuldade
Expressão dos resultados
Descrição
Técnicas de “Survey Information Procedimento Revestimentos
2013 1 Não
diagnóstico Sheet” Resultados de paredes
Interpretação
52
Tabela 3.1 (continuação) – Resumo das metodologias de diagnóstico
Descrição da anomalia
Descrição da causa
Anomalias BRE “Defect Action Sheet” 1982 Todos 2 Não
Medidas de Prevenção
Referências
Subdivisão do edifício
Levantamento das manifestações
“Metodologia de Diagnóstico Associação das manifestações
Anomalias DPE 2001 Todos Variável Não
de Patologias em Edifícios” Exame de listagem e exclusão de
diagnóstico
Matriz de diagnóstico
Informação geral da anomalia
Caracterização do local da
"Fichas de Diagnóstico e de
Anomalias FDI 2003 anomalia Todos Variável Não
Intervenção”
Descrição da manifestação/Exame
Informações por parte do técnico
Levantamento de dados das
anomalias
“Metodologia de Identificação das variáveis
Anomalias/
QCE Quantificação Causa – 1994 Estudo probabilístico de cada Todos Variável Não
Reabilitação
Efeito” variável
Construção da matriz de correlação
Sintomas
“Fichas de Reparação de Exame
Reabilitação LNEC 1985 Todos 1 Não
anomalias” Diagnóstico de causas
Reparação
53
A tabela que se segue tenta resumir o tipo de anomalia, as suas causas e
características nos elementos construtivos abordados no segundo capítulo.
Tabela 3.2 – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios antigos (Appleton
2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
54
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
55
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
56
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos
edifícios antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000,
Flores-Colen 2009)
57
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
58
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000)
59
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000)
Tabela 3.2 (continuação) – Resumo das anomalias nos elementos construtivos dos edifícios
antigos (Appleton 2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000)
60
3.3 Síntese do capítulo
No seguimento do capítulo anterior, em que caracterizou os principais elementos
de um edifício antigo, fez-se uma descrição das causas e anomalias que se podem
encontrar mais frequentemente nesses mesmos elementos.
Destas metodologias como mencionado, das nove apresentadas, três delas não
foram objeto de análise no trabalho elaborado por Machado (2014), concretamente os
métodos “Metodologia de Quantificação Causa – Efeito QCE (1994), “Metodologia de
Diagnóstico de Patologias em Edifícios” DPE (2001) e "Fichas de Diagnóstico e de
Intervenção” FDI (2003). As restantes cinco metodologias são apresentadas neste
trabalho por incidirem em métodos de análise e diagnóstico de fenómenos patológicos
que podem ser relacionados com edifícios antigos.
61
62
4 TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO EM EDIFÍCIOS
ANTIGOS
4.1 Tipos de Técnicas de diagnóstico
Tendo como objetivo o presente trabalho identificar as técnicas de inspeção de
elementos ou materiais que os constituem, relacionadas com o comportamento de
edifícios antigos, é desejável o uso de técnicas não destrutivas ou reduzidamente
intrusivas in situ.
63
Outra forma abrangente de distinguir as técnicas referida acima, é através da
separação das in situ, das realizadas em laboratório. Em que as in situ são, geralmente,
pouco destrutivas e as em laboratório são muitas vezes um complemento importante e
indispensável aos ensaios in situ. (Cóias 2006).
No final do capítulo será exposta uma tabela síntese de aplicação das técnicas
de diagnóstico abordadas neste capitulo, nos elementos de edifícios antigos
anteriormente caracterizados no capítulo 2.
64
Tratam-se de métodos inerentemente não destrutivas, a não ser que envolvam
orifícios ou fendas do elemento em análise (Cóias 2006).
Tabela 4.1 – Técnicas de perceção sensorial (Cóias 2006; Campos 2014, Faria J. 2004; Fiala et
a.l 2014; Flores-Colen 2009; Fujii 1990; Freitas et al. 2012; Weaver 1997)
Levantamento O levantamento
fotogramétrico fotogramétrico baseia-se na
observação do mesmo
elemento de dois ou três
ângulos diferentes, para Reconstituir Vantagens: execução de
posteriormente se características levantamentos de forma
reconstruir uma imagem geométricas dos mais rápida e com maior
Figura 4.1 – espacial a partir das edifícios e dos rigor do que os tradicionais.
Máquina fotográfica [W1] imagens bidimensionais. materiais que os Desvantagens: requer
Considera-se uma fase de constituem, como profissional com
campo em que se faz a fachadas experiência, prática,
tomada de coordenadas com ornamentadas ou perspicácia e
a estação total e executa-se de monumentos conhecimento
as fotografias de diferentes históricos especializado.
ângulos. Na fase de
gabinete recupera-se e trata-
Figura 4.2 - Estação total se o realizado na fase de
[W1] campo.
Inspeção câmara de
vídeo de pequeno
Técnica não destrutiva ou Estas câmaras de
diâmetro
semi-destrutiva e in situ, vídeo de pequeno
Vantagens: fácil, rápido e
utilizando uma câmara de diâmetro permitem
portabilidade do aparelho.
pequeno diâmetro, que inspecionar o
Desvantagens: instrumento
estabelece uma forma pouco interior de furos,
dispendioso. O descuido na
intrusiva de fazer inspeções tubos, poços, e
sua utilização pode provocar
no interior de locais de difícil outros espaços
a perda do sistema ótico.
alcance, com ou sem confinados de difícil
Figura 4.3 – Equipamento furação dos elementos. acesso.
câmara de vídeo de
pequeno diâmetro [W1]
Deteção acústica de
insetos xilófagos Identificar a
existência de
Ensaio não-destrutivo in situ,
insetos xilófagos, Vantagens: possibilidade de
através de um aparelho
como as térmitas, gravação, simples utilização.
auscultador utilizado, em
no interior Desvantagens: técnica de
elementos de madeira,
elementos de execução difícil em zonas de
possibilitando localizar a
madeira, sem sinais muita poluição sonora.
atividade insetos xilófagos.
exteriores visíveis
Figura 4.4 – Insetos de infestação.
xilófagos [W1]
65
Tabela 4.1 (continuação) – Técnicas de perceção sensorial (Cóias 2006; Campos 2014, Faria J.
2004; Fiala et al. 2014; Flores-Colen 2009; Fujii 1990; Freitas et al. 2012; Weaver 1997)
Medidor Ótico
Comparador de
fissuras Vantagens: fácil utilização,
económico.
Ensaio não-destrutivo e in
Desvantagens: pode ser
situ. Consiste numa régua Estimar a dimensão
necessário utilizar um
transparente, com diferentes da abertura de
medidor ótico de fissuras
traços de espessuras fissuras.
para quantificar com maior
conhecidas.
Figura 4.6 – Régua rigor a abertura de fissuras e
comparador de fissuras fendas.
[W3]
66
Este tipo de técnicas pode ser cumprido recorrendo à remoção de partes do
elemento construtivo, ou a dispositivos mecânicos, elétricos, hidráulicos ou
eletromecânicos, podendo ser mais ou menos intrusivos e com maior ou menor grau de
destruição (Lombillo, et a.l 2013).
Os ensaios deste grupo podem não ser destrutivos se a grandeza que se mede
for de natureza elástica, sem envolver a rotura local do material (caso do Pylodin);
reduzidamente intrusivo, se envolver uma pequena agressão localizada, que constitui
ela própria o parâmetro a medir (caso do Resistograph); ou, finalmente, destrutivos que
pode levar à rotura in situ de uma amostra (Cóias 2006, Lombillo, et al. 2013)
Tabela 4.2 – Técnicas de ação mecânica (Abreu 2013, Arêde et al. 2005, Botelho et al. 2006,
Cóias, 2006, CIB W086 2013, Freitas et al. 2012, Júnior 2006, Vicente 2009)
Medição da densidade
superficial de Vantagens: análise fácil da
elementos de madeira densidade e dureza
com Pylodin O ensaio com o superficial do elemento de
Ensaio in situ, não destrutivo Pylodin permite madeira sujeito ao ensaio.
para medir a densidade caracterizar a Desvantagens: não garante
superficial de peças de densidade correlações com a
madeira por meio do superficial de resistência mecânica das
aparelho Pylodin. elementos de madeiras, e caracteriza
madeira. apenas o estado superficial
das peças, não detetando
Figura 4.9 – Pylodin –
defeitos no seu interior
Aparelho de medição da
densidade superficial [W1]
Avaliação da
integridade de
Permite a deteção Vantagens: registo feito
elementos de madeira Técnica in situ
de deteriorações automaticamente numa fita
com Resistograph reduzidamente intrusiva, em
em elementos de de papel, podendo
que o aparelho é constituído
madeira. selecionar a escala em que
por uma broca de muito
Fornece dados é executado.
pequeno diâmetro e por um
relativamente à Desvantagens: diferentes
sistema que mede e regista
densidade que vai graus de rigor podem
a potência exigida para a
sendo encontrada produzir resultados menos
furação.
na furação. fidedignos.
Figura 4.10 –
Resistograph [W1]
67
Tabela 4.2 (continuação) – Técnicas de ação mecânica (Abreu 2013, Arêde et al. 2005, Botelho
et al. 2006, Cóias, 2006, CIB W086 2013, Freitas et al. 2012, Júnior 2006, Vicente 2009)
Ensaios com macacos
planos
68
Tabela 4.3 – Técnicas de propagação de ondas elásticas (Arêde e Costa 2005, Cóias 2006,
Costa et al. 2005, CIB W086 2013 Galvão et al. 2013, Lombillo et al. 2013, Valluzzi et al. 2009)
Ensaio sónico
Qualificar
Ensaio também não estruturas de
destrutivo in situ para medir alvenaria, detetar
Vantagens: técnica rápida e
o tempo de propagação de vazios, defeitos no
relativamente fácil de efetuar
uma onda sonora. É um seu interior, e
Desvantagens: necessário
teste mais adequado do que áreas de
técnico com experiência e
o ultra-sónico para ensaiar deficiente
especializado.
elementos muito resistência.
Figura 4.14 – Aparelho de
heterogéneos Controlo de
propagação de ondas
sonoras [W1] injeção grout
Tomografia sónica
Obtenção dum
Ensaio não destrutivo in situ, mapa
em que o equipamento pormenorizado da
mede a velocidade de distribuição de Vantagens: ensaio com
propagação de um impulso propagação do resultados pormenorizados
sónico ao longo de várias som, que através Desvantagens:
direções. O equipamento é do cálculo usando equipamento com muitos
constituído por um gerador o método de aparelhos, necessário
de onda de tensão, um inversão, permite técnico com experiência e
martelo calibrado, um identificar especializado.
Figura 4.15 – Gerador de acelerómetro e um heterogeneidades
tensão, martelo, dispositivo de registo. e áreas de
acelerómetro, dispositivo deficiente
recetor e ex. de mapa de resistência.
velocidades [W1, W5]
Ensaio impacto-eco Vantagens: permite localizar
defeitos, e estimar a sua
Qualificação de
Ensaio não destrutivo in situ, dimensão geométrica, com
alvenarias,
algum grau de incerteza
que estuda a reflexão de deteção de
Desvantagens: alguma
ondas sónicas ou ultra- defeitos, vazios no
complexidade na
sónicas em paramentos com seu interior ou
interpretação dos resultados.
Figura 4.16 – Gerador de diferentes impedâncias entre elementos
Equipamento com muitos
tensão, martelo, acústicas. de diferentes
aparelhos, necessário
acelerómetro, dispositivo materiais.
técnico com experiência e
de recetor [W1]
especializado.
69
Técnicas de propagação de radiação eletromagnética
Através das técnicas de propagação eletromagnética é possível observar as
alterações provocadas localmente na forma como a construção altera a propagação
destas ondas. São técnicas especificamente não destrutivas.
Tabela 4.4 – Técnicas de propagação de radiação eletromagnética (Cóias 2006, Fiala, et al.,
2014, Freitas, et al. 2012, Maia 2007, Júnior 2006)
Detetam a
Medição de vibrações à velocidade de Vantagens: medir as
distância utilizando Método de ensaio, não movimento de um vibrações sem ser
tecnologia laser destrutivo, tem como ponto pelo feixe necessário contacto com a
principal objetivo, avaliar laser, medindo a estrutura. Útil na preparação
e/ou acompanhar in situ o mudança de de obras de reabilitação e
comportamento dinâmico da frequência do consolidação, selecionando
construção, através de um feixe de laser, as medidas corretivas mais
aparelho de tecnologia laser quando este é adequadas.
capaz de executar medições refletido pela Desvantagens: limitação da
estrutura em
Figura 4.18 – Aparelho sem contacto, em estruturas. distância para ser
vibração, segundo operacional
medidor de vibrações [W1]
o efeito de
doppler.
Observar alguns
Termografia tipos de
Ensaio in situ e não- anomalias, como
destrutivo. Baseia-se no fendas Vantagens: técnica de
princípio que todos os humidades; análise rápida, aparelho
corpos emitem radiação análise de portátil
térmica e utiliza-se heterogeneidade Desvantagens:
aparelhos que possam de paredes ou equipamento caro, e às
visualizar e registar outros elementos. vezes imagens de
Figura 4.19 – Termografia Cada material
(Cóias 2006) diferentes graus de emissão interpretação difícil.
na faixa do infravermelho. reage de forma
diferentes às
solicitações
térmicas.
70
Técnicas de reações químicas
Neste grupo com os métodos químicos, detetam-se os efeitos das reações
químicas que ocorrem nos materiais construtivos em estudo.
Tabela 4.5 – Técnicas de reações químicas (Abreu 2013, Cóias, 2006 Flores-Colen 2009,
Freitas, et al. 2012)
Medição da humidade
Determinar a
no interior de paredes
percentagem de
Técnica in situ, que permite humidade da
por meio do aparelho em amostra recolhida Vantagens: material portátil
conjunto com a reação do material, e utilização rápida.
química entre o material e o podendo saber o Desvantagens: necessário
carboneto de cálcio, grau de executar um pequeno orifício
relacionar a percentagem de deterioração da para efetuar o ensaio.
humidade presente no parede, que pode
Figura 4.21 – Kit de ensaio material levar a problemas,
(Speedy – marca
como a perda do
representada pela
revestimento,
Ambifood) (Cóias 2006)
71
O estudo das respostas das construções a ações dinâmicas permite obter
informações importantes sobre as suas características, o seu desempenho e a presença
de eventuais anomalias, podendo esse estudo ser feito, genericamente por duas vias.
Uma por análise de dados de resposta dinâmica da construção às solicitações
dinâmicas que lhe são constantemente impostas pela envolvente, seja passagem de
viaturas, metropolitano, comboios e outros.
Tabela 4.6 – Técnicas de análise de vibrações (Cóias, 2006, Freitas et al. 2012)
A informação
Análise e monitorização processada após
de vibrações em as medições serve
estruturas para avaliar o Vantagens: técnica que
Ensaio efetuado in situ, para
comportamento da permite perceber o
estudar o comportamento
estrutura face a comportamento dinâmico por
dinâmico da estrutura,
vibrações duas vias.
utilizando um sistema
aplicadas Desvantagens: necessária
formado por acelerómetro
constantemente grande quantidade de
com alta sensibilidade, em
(passagem de material e um técnico
que todas as medições
Figura 4.22 – viaturas, especializado ou com
podem ser registadas em
Acelerómetros de comboios) ou conhecimento específico
memória
sensibilidade a vibrações forçadas, para realizar o ensaio.
[W1] traduzindo-a em
gráficos ou tabelas
para análise
72
Tabela 4.7 – Técnicas de efeitos elétricos (Cóias 2006, Galvão 2009, Ferreira 2010, Freitas te al
2102, Padrão 2004)
Técnicas hidrodinâmicas
Este grupo de métodos serve para o estudo do modo como a água, em diferentes
estados físicos, penetra e se movimenta no interior dos materiais de construção
obedecendo a processos como de absorção, efeito de capilaridade e permeabilidade
associada a diferenças de pressão (Veiga 2004, Flores Colen et al. 2006).
Tabela 4.8 - Técnicas hidrodinâmicas (Cóias 2006, Veiga 2004, Flores Colen et al. 2006)
73
Tabela 4.9 - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde, et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira 2010, Flores-
Colen 2009)
74
Tabela 4.9 (continuação) - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira
2010, Flores-Colen 2009)
75
Tabela 4.9 (continuação) - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira
2010, Flores-Colen 2009)
Caixilharia
Técnica Escadas Instalações
Envidraçados Outros
Levantamento fotogramétrico X X X
Inspeção com câmara de vídeo de
X X
pequeno diâmetro
Deteção acústica de insetos xilófagos X
Medidor ótico
Comparador de fissuras
Fissurómetro
Medição da densidade superficial de
X X
elementos de madeira com Pylodin
Avaliação da integridade de elementos de
X X
madeira com Resistograph
Ensaios com macacos planos
Ensaio com dilatómetro em alvenarias
Ensaio Ultra-Sónico
Ensaio sónico na caracterização de
alvenarias
Tomografia sónica
Ensaio Impacto-Eco
Radiografia em estruturas de madeira X
Medição de vibrações à distância
utilizando tecnologia laser
76
Tabela 4.9 (continuação) - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira
2010, Flores-Colen 2009)
Tabela 4.9 (continuação) - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira
2010, Flores-Colen 2009)
77
Tabela 4.9 (continuação) - Síntese de aplicação de técnicas de diagnóstico nos elementos de edifícios antigos (Abreu 2013, Arêde et al. 2002, Cóias 2006, Ferreira
2010, Flores-Colen 2009)
Caixilharia
Técnica Escadas Instalações
Envidraçados Outros
Termografia X X X X
Teor de sais: kit de campo e fitas
colorimétricas
Medição da humidade no interior de
paredes
Análise e monitorização de vibrações
X X X
em estruturas
Medição da humidade superficial
Ensaio com tubo de karsten
78
5 CATÁLOGO DE FICHAS DE DIAGNÓSTICO EM
EDIFÍCIOS ANTIGOS
5.1 Objetivos do capítulo
Em primeiro lugar explicar o processo de elaboração de forma completa, do
modelo da ficha de diagnóstico adotado, o que inclui a descrição e justificação dos
parâmetros escolhidos para integrar na ficha. O catálogo será formado por 16 fichas de
diagnóstico.
79
Cada página da ficha está dividida em quadros, para uma melhor ordenação do
espaço e visualização da informação de cada técnica.
Descrição;
Grau de destruição da técnica
Principio utilizado;
Elementos construtivos em que pode ser utilizada;
Procedimento de ensaio;
Custo do ensaio
Dificuldade do ensaio
Parâmetros de medição;
Valores de referência
Interpretação dos resultados
Equipamento;
Vantagens;
Desvantagens;
80
Ref.ª
Nome da técnica
GRAU DE DESTRUIÇÃO DA TÉCNICA:
In situ
Destrutiva Semi-destrutiva Não- destrutiva
Laboratório
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
Nesta parte, será descrita a técnica em estudo, de Neste campo são mostradas imagens e fotos dos
forma sumária identificando a natureza da mesma. equipamentos e materiais que são usados na
Também são apontadas as anomalias que o ensaio realização do ensaio. Este campo pode variar
permite identificar. consoante a ficha, podendo ser exibidos alguns
pormenores relevantes relativamente aos aparelhos ou
os resultados que os mesmos produzem.
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Nesta secção, serão identificadas as principais Neste caso, mencionadas as principais desvantagens e
vantagens deste tipo de ensaio, dando ao utilizador entraves que acontecem ao usar este tipo de ensaio.
uma ideia geral das suas potencialidades
81
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
Nesta parte, irá fazer-se uma descrição d as etapas Neste campo, são considerados valores e resultados
na realização do ensaio. Estes podem depender base de ensaios, trabalhos ou estudos anteriores
das normas aplicáveis, de resultados de ensaios comparáveis com os resultados obtidos no ensaio da
anteriores ou mesmo de documentos elaborados técnica em análise.
especificamente para a técnica de diagnóstico em
questão.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO: Nesta fase é necessário fazer uma análise dos resultados
obtidos do ensaio para verificar se os objetivos tidos
Esta informação indica-nos principalmente o que é
em conta com a realização da técnica foram atingidos,
medido no ensaio, além disso pode informar sobre a
e também diagnosticar aquilo que foi ensaiado.
forma como os resultados dos ensaios são
apresentados (em tabela, gráfico ou imagem), e
como são produzidos pelo equipamento que os
realizou.
82
5.3 Elementos do modelo de ficha
Designação da técnica
A designação da técnica é o campo da ficha que a identifica, através de
referências chave nesse título, como o aparelho utilizado, elementos construtivos e
materiais, e o próprio nome do ensaio.
Referência
Campo localizado no canto superior direito para obter uma visualização da ficha,
na organização e pesquisa do catálogo. Essa referência de identificação é formada pelo
número sequencial da ficha no catálogo e um código, composto pelas iniciais do
respetivo princípio de utilização da técnica, ilustrado na figura seguinte.
Ref.ª
10 TPOE
Grau de destruição
Este parâmetro diz respeito ao grau de destruição da técnica aplicada, algo
essencial saber, pois trata-se da sua aplicabilidade em edifícios antigos, que podem
conter materiais de difícil substituição. Como já referido anteriormente é possível
agrupar os ensaios não só em destrutivos e não destrutivos, mas também em semi-
destrutivos, que podem provocar certos danos localizados reparáveis.
Princípio utilizado
Neste parâmetro são referenciados no modelo os seguintes princípios de
funcionamento: perceção sensorial, ação mecânica, propagação de ondas elásticas,
83
propagação de radiação eletromagnética, reação química, deteção e análise de
vibrações.
Custo
Relativamente ao custo este dá uma estimativa do valor da execução do ensaio,
tem apenas uma vertente qualitativa, para se ter uma noção do seu preço e seja possível
comparar este parâmetro pelo utilizador. Este tenta, assim, fornecer uma estimativa
preço de execução do ensaio incluindo a mão-de-obra especializada, não considerando
o custo de aquisição do equipamento. Optou-se por esta classificação, pois um preço
real seria difícil de concretizar, já que pode sofrer variações consideráveis de entidade
ou laboratório que são capazes de executar os ensaios.
Dificuldade
Este campo tenta avaliar a dificuldade em realizar o ensaio, tendo em conta
diversos fatores, como o conhecimento técnico indispensável, a complexidade e
conhecimento técnico de manuseamento do aparelho, a duração e número de ensaios
necessários.
Documentos normativos
Este tipo de documentos, normalmente são normas portuguesas (NP), europeias
(EN), particularmente, americanas (ASTM), francesas (RILEM), britânicas (BS) ou
internacionais (ISO) que devem ser respeitas para que se faça uma execução correta
do ensaio de diagnóstico. Esses documentos normativos podem dizer respeito ao
material que se ensaia, ou à própria técnica em si, mais concretamente, ao princípio de
funcionamento. Podem conter algum esclarecimento completar ao que se encontra na
ficha técnica.
84
5.4 Elaboração da ficha técnica de diagnóstico 04 TAM
Para mostrar a potencialidade do esquema de ficha escolhida, neste ponto, será
explicado a ficha Ensaios ultra-sónicos para a caracterização de alvenarias, focando
alguns campos que têm importância significativa na ficha.
85
Ensaios ultra-sónicos para a caracterização de Ref.ª
alvenarias 10 TPOE
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
86
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Non-destructive –
ISO 5577:2000 Ultrasonic inspection - 2000
DIFICULDADE DO ENSAIO: Vocabulary
Ensaios não destrutivos
Baixa Médio Elevada NP EN 583-1:2000 por ultra-sons: Princípios 2000
gerais
PROCEDIMENTO DE ENSAIO: Tests of Masonry
RILEM TC 127 – Materials and Structures –
1997
1. Independentemente da metodologia de MS Materials and Structures –
200/30 – Mar.97
ensaio calibrar todos os constituintes do MS D.5 – Measurement of
equipamento ultrasonic pulse velocity
RILEM TC 127 –
for masonry units and 1996
2. No ensaio por transparência, através de MS D.5
wallets – Materials and
um disco transmissor de cerâmica piezo Structures – 129/29 – Oct.
87
5.5 Organização e estrutura do catálogo
Sabendo que existem diferentes formas classificação já mencionadas, optou-se
nesta dissertação, numa perspetiva de continuidade do trabalho realizado por Machado
(2014) e Correia (2014), e também por se achar que é uma forma, de facto, expedita e
fácil de organizar o catálogo de fichas de diagnóstico, segundo os princípios de
funcionamento do ensaio. Tendo-se utilizado a seguinte codificação:
Tendo tido por base o trabalho realizado por o trabalho realizado por Abreu
(2013), Machado (2014) e Correia (2014) foram produzidas 16 fichas de diagnóstico,
das quais 5 sofreram modificações relativamente (03 TPS, 05 TAM, 06 TAM, 07, TAM
e 10 TPOE). As restantes 11 são propostas novas: 01 TPS, 02 TPS, 04 TAM, 08 TAM,
09 TPOE, 11 TPOE, 12 TPOE, 13 TPRE, 14 TPRE, 15 TRQ, 16 TDAV.
Para referenciar cada ficha, adotou-se uma forma mais simplificada, onde
se indica a sequência numérica da ficha no catálogo, e as iniciais do
princípio de funcionamento em que se baseia
No que diz respeito ao grau de destruição das técnicas, Abreu (2013),
apenas diferencia técnicas como sendo destrutivas ou não destrutivas.
Contudo, por meio da pesquisa realizada, consegue-se inserir um novo
parâmetro de grau de destruição, designado por “semi-destrutiva”. Este
grau incorpora determinadas técnicas de diagnóstico que implicam a
execução de pequenos furos para colheita de material, sendo possível
88
de reparar num momento posterior ao ensaio. Por este facto, a introdução
do parâmetro de técnica “semi-destrutiva”, permite uma categorização
mais precisa da técnica de diagnóstico em causa. Como exemplo incluí-
se no catálogo, a técnica de medição de humidade no interior de paredes
Considerando ainda a estrutura geral do modelo proposto por Abreu
(2013), o campo relativamente ao princípio de funcionamento, foi
modificado de um campo descritivo para um com caixas de seleção. Esta
escolha torna a leitura da ficha mais fácil e rápida, permitindo
imediatamente identificar o princípio de funcionamento em que a técnica
em análise se baseia
Sendo o presente trabalho sobre técnicas aplicáveis a edifícios antigos,
é apresentado na ficha, em forma de caixas de verificação, os elementos
em que se podem aplicar a técnica, distinguindo paredes, pavimentos,
revestimentos, tetos, cobertura (estrutura), instalações e elementos
singulares
No que se refere ao corpo das fichas, nas técnicas já abordadas por
Abreu (2013), foi adicionada mais informação técnica para as vantagens
e desvantagens das técnicas. No domínio relativo à “Descrição”,
preservou-se apenas a informação essencial, para o entendimento da
técnica, descrevendo sucintamente em que é que consiste a técnica, e o
que permite avaliar e os aparelhos utilizados.
Relativamente à estrutura da ficha realizada por Machado (2014), que
adotou pela primeira vez esta estrutura usada, manteve-se o que foi
apresentado, mantendo os mesmos campos. Contudo foram alterados os
elementos construtivos em que se pode utilizar a técnica e também os
princípios de funcionamento utilizados
No verso da ficha, os campos relativos à “dificuldade” e ao “custo de
ensaio”, mantiveram-se com carácter qualitativo e não quantitativo, mas
preferiu-se usar caixas de verificação que se distinguem em três níveis
de fácil compreensão. Desta forma, o parâmetro associado à “dificuldade
de ensaio”, diferencia-se pelas opções de “fácil”, “médio”, e “difícil”. Bem
como, o parâmetro associado ao “custo do ensaio”, pode ser distinguido
entre,“económico”, “médio” e “oneroso.”
Além disso, ainda no verso da ficha, Abreu (2013), apresentava uma lista
de entidades habilitadas a realizar o ensaio em questão. Este campo foi
eliminado, uma vez que este trabalho se debruça sobre a elaboração de
um catálogo de técnicas de diagnóstico como um documento de consulta
89
apenas técnica, ficando este tipo de indicação das entidades ao cargo de
catálogos de carácter comercial.
A técnica de deteção acústica de insetos xilófagos (Abreu 2013)
adicionou-se informações nos campos das vantagens e desvantagens, e
na interpretação dos resultados
Na técnica relativa à avaliação da integridade da madeira com
Resistograph (Abreu 2013) adicionou-se conteúdo informativo
relativamente às vantagens e desvantagens da técnica
Nas fichas dos ensaios com macacos planos realizadas por Abreu (2013)
acrescentou-se alguma informação geral ao longo da ficha e atualizou-
se os documentos normativos.
Relativamente ao ensaio ultra-sónico em alvenaria, tem diferenças
relativamente ao realizado por Correia (2014), já que este era feito em
betão. O realizado em alvenaria é feito a frequências diferentes,
normalmente mais baixas.
90
Ref.ª
Inspeção do interior de furos e espaços confinados 01 TPS
com câmara de vídeo de pequeno diâmetro
GRAU DE DESTRUIÇÃO DA TÉCNICA:
In situ
Destrutiva Semi- Destrutiva Não-Destrutiva
Laboratório
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Aparelho fácil de manusear pelo utilizador Nitidez de imagem pode ser condicionada pelo
Possibilita uma inspeção de elementos de ambiente em que se encontra o elemento e
difícil acesso pela própria qualidade da câmara
91
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram identificados documentos normativos
Económico Médio Oneroso
PROCEDIMENTO DE ENSAIO:
Notas:
A focagem da câmara e a intensidade
de iluminação podem ser comandadas
remotamente a partir da unidade
central de controlo
Principais/Mínimas características do
Sistema
Tabela 5.2 – Principais/ Mínimas características do sistema
[1.2]
Característica Parâmetros mínimos
Resolução-vídeo 550 linhas
Sensibilidade-vídeo 0,5 Lux
Diâmetro da câmara 63,5 mm
Transmissão até 3000 m
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
Para interpretação dos resultados é necessário registar
todos os dados necessários, como a localização e
Uma vez que este é técnica é de perceção,
identificação das áreas ensaiada, recorrendo, sempre
sensorial, e não existindo documentos normalizados
que se justifique a desenhos esquemáticos [1.1].
par tal, apenas as imagens conseguidas serão alvo
de análise por parte do utilizador.
As imagens obtidas durante a inspeção são gravadas
para posterior visionamento por parte do utilizador, para
uma análise mais pormenorizada, uma vez que no
momento de visionamento pode escapar alguma
situação ao operador.
92
Ref.ª
Levantamento fotogramétrico de monumentos e 02 TPS
edifícios antigos
GRAU DE DESTRUIÇÃO DA TÉCNICA:
In situ
Destrutiva Semi-Destrutiva Não-Destrutiva
Laboratório
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Executar levantamentos de forma mais A precisão e rigor depende da qualidade da
rápida que os tradicionais feitos máquina fotográfica, da sua calibração, e do
manualmente e com mais rigor programa de software usado
Obter desenhos, fornecer informação Requer profissionais com experiência, prática e
importante de ordem histórica ou conhecimento técnico especializado para
arqueológica, referenciar anomalias realização da técnica
93
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram identificados documentos normativos.
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
PROCEDIMENTO DE ENSAIO[2.1]:
O procedimento de ensaio está dividido em duas
fases principais (fase de campo e de gabinete)
I. Fase de campo
1. Tomada de coordenadas com o auxílio da
estação total (para posicionar no espaço em VALORES DE REFERÊNCIA:
coordenadas cartesianas xyz, os pares de
Não são aplicáveis valores de referência
fotografias)
2. Execução das fotografias convergentes das
fachadas (pelo menos duas fotografias de
ângulos diferentes)
3. Fotografar caso existam pormenores
arquitetónicos, como frisos decorados e
capiteis
4. Revelação das fotos em formato 10x15 ou
20x30 cm, permitindo uma documentação
topográfica do objeto levantado
5. Levantamento manual de pormenores de
dimensões e complementares à informação
topográfica necessária
Notas1:
Na execução das fotografias modelo é
necessário que a distância entre duas
estações seja de pelo menos cerca de 30 a
50%
Em espaços de pouca luminosidade usar
flash
II. Fase de gabinete
1. Recuperação das coordenadas com auxílio
da caderneta de campo ligada ao
computador
2. Orientar as fotografias utilizando o software
de fotogrametria (orientação do modelo para
determinar a posição da câmara em relação
ao objeto, introduzindo as coordenas xyz)
3. Digitalizar a informação contida nas fotos, INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
com o software a funcionar em parelo com o Depois de levantada toda a informação necessária
Autocad, transmitir para ai a informação sob produz-se as imagens e desenhos pela metodologia
entidade 3D descrita, e imprime-se à escala desejada. Podendo
4. Restituição e retificação em CAD do ficheiro então obter a geometria do objeto alvo, para análise ou
produzido
para arquivo.
5. Impressão à escala desejada do ficheiro
produzido
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
Esta técnica sendo de perceção sensorial, e não
existindo documentos normalizados para tal, é
baseado na observação de um objeto de pelo menos
dois ângulos diferentes, permitindo reconstituir
desenhos e imagens espaciais a partir de imagens
bidimensionais.
TÉCNICA DE PERCEÇÃO SENSORIAL Ref.ª: 02 TPS
94
Ref.ª
Deteção acústica de insetos xilófagos 03 TPS
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Possibilita encontrar zonas atacadas, sem Só é possível detetar problemas no ensaio
serem visíveis exteriormente separadamente para cada peça de madeira
Em função do volume e natureza do sinal O alcance em cada elemento de madeira é
produzido, é possível para alguns modelos limitado a 2 metros
comerciais, estimar a intensidade do ataque Por ser um ensaio de ataques biológicos, não
e distingui-lo da ação de outros organismos fornece qualquer informação em relação à
vivos, como os roedores secção residual das peças, não se avaliando a
A análise da saída de áudio pode ser feito capacidade resistente
diretamente por meio de auscultadores, ou
por análise das ondas sonares no PC
Ref.ª: 03 TPS TÉCNICA DE PERCEÇÃO SENSORIAL
95
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram identificados documentos normativos
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
96
Ref.ª
Medição da densidade superficial de elementos de 04 TAM
madeira com o Pylodin
GRAU DE DESTRUIÇÃO DA TÉCNICA:
In situ
Destrutiva Semi-Destrutiva Não-Destrutiva
Laboratório
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Método simples para estimar o estado de Não garante correlações significativas com a
conservação superficial e a secção residual resistência mecânica das madeiras;
de peças de madeira;
Apenas é capaz de caracterizar o estado
Medição rápida da densidade/dureza da
superficial da peça, não sendo sensível à
superfície da peça
existência de defeitos/degradações/vazios no
Portabilidade e facilidade de utilização.
seu interior;
97
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram identificados documentos normativos
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
98
Ref.ª
Avaliação da integridade de elementos de madeira 05 TAM
com Resistograph
GRAU DE DESTRUIÇÃO DA TÉCNICA:
In situ
Destrutiva Semi-Destrutiva Não-Destrutiva
Laboratório
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Aparelho fácil de manusear pelo utilizador Não fornece diretamente informação sobre a
Possibilita uma inspeção de elementos de resistência mecânica da madeira;
madeira correntes e antigos; É necessário ter conhecimento das
Possibilita a determinação de variações de propriedades da madeira, analisando aspetos
densidade ao longo furação, assim como de de saída de dados, como os anéis de
vazios ou deterioração. crescimento, identificação de defeitos e outros.
99
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram identificados documentos normativos
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
O resultado que pode ser obtido automaticamente,
O principal critério a ter em conta na medição é a
numa fita de papel, imprimindo o gráfico com as
resistência á penetração da broca de sondagem que
densidades que vão sendo encontradas, por uma
permite distinguir variações de densidade da
impressora incorporada ou ligada à unidade de controlo
madeira e traçar o perfil correspondente [5.1].
[5.1].
O Resistograph fornece um perfil de variação radial
De outra forma para se obter valores quantitativos é
da resistência à perfuração, o qual é alvo de um
necessário tratar os dados, e existem algumas
tratamento estatístico, de forma a permitir obter um
limitações para obtê-los relativamente às características
valor médio, denominado de Valor de Resistograph
mecânicas, pois nem todas as correlações entre os
(VR). Esta forma de tratamento dos dados tenta ter
resultados obtidos e as características da madeira são
em consideração zonas de menor resistência e /ou
aceitáveis [5.3].
com degradação superficial, podendo influenciar os
resultados e a caracterização da resistência do
elemento [5.1].
Para se retirar informação dos resultados do
Resistograph sobre as características mecânicas da
peça, é necessário estabelecer correlações entre o
VRmédio e valores conhecidos de ensaios mecânicos
(por exemplo, para a determinação do módulo de Figura 5.10 – Exemplo de output de Resistograph da resistência
elasticidade, E0, e módulo de rotura, fm, segundo a à perfuração para a viga, onde é visível um vazio (a) [5.1]
EN 408), para a mesma espécie [5.3].
TÉCNICA DE AÇÃO MECÂNICA Ref.ª: 05 TAM
100
Ref.ª
Ensaio simples com macacos planos 06 TAM
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Além de ser utilizado na avaliação do estado Tensões estimadas podem não ser
de tensão, pode ser utilizado como técnica representativas das instaladas, devido a uma
de monitorização, mantendo o macaco na distribuição assimétrica destas;
abertura a recolher dados; Fiabilidade dos resultados para níveis de carga
Resultados com fiabilidade, devido às muito baixos, dado o nível de baixas
perturbações muito reduzidas na alvenaria deformações associadas;
ensaiada; Fiabilidade dos resultados em situações com
material muito fraco, heterogéneo ou solto;
Zonas próximas de pontos singulares podem
influenciar os resultados
Ref.ª: 06 TAM TÉCNICA DE AÇÃO MECÂNICA
101
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Standard test method for
in situ compressive stress
DIFICULDADE DO ENSAIO: ASTM C 1196-04 wich solid masonry 2004
estimated using flatjack
Baixa Médio Elevada mesasurements.
MDT D.4 – In situ stress
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [6.1][6.5]: test based on the flack
RILEM TC 177 –
1. Calibração do macaco plano, por exemplo, jack – Materials and 2004
MDT D.4
Structures – 271/37 –
segundo as diretrizes da norma ASTM C Aug-Sept 2004 – p.491
1196-04; MDT D.5 – In situ stress –
strain behavior tests
2. Definição e marcação da do RILEM TC 177 – based om the flack jack –
2004
desenvolvimento da ranhura a marcar na MDT D.5 Materials and Structures –
271/37 – Aug-Sept 2004
parede;
– p.497
3. Definição da localização das miras acima e
abaixo da ranhura, afastados cerca de 10 cm VALORES DE REFERÊNCIA:
Tabela 5.8 – Valores ref. obtidos em estudos anteriores [6.3]
da ranhura para cada mira;
Localização Tentúgal Bragança P.Delgada Porto
4. Colocação dos alinhamentos verticais, Autores do Pagaimo; Roque; Mesquita; Guedes;
estudo Lourenço Lourenço Lança Miranda
afastados no mínimo 5cm das extremidades;
Nº de 2 simples 3 simples 3 simples 1 simples
5. Medição das posições iniciais ensaios 8 duplos 3 duplos 3 duplos 1 duplo
Nº de pisos 2 2 2 3
6. Com máquina de corte executar a abertura
Tipo de
7. Colocação do macaco na abertura com um alvenaria Calcário Xisto Basalto Granito
de pedra
papel químico entre folhas brancas e placas Estado de
tensão 0,08 – 0,15 0,08 – 0,13 0,02 – 0,09 0,4 – 0,7
de enchimento (MPa)
8. Ligação da bomba ao macaco; Mod.Elastic
idade 0,5 2.,0 – 1,0
9. Purgação do macaco; (GPa)
Tensão
10. Ajuste do macaco ao rasgo aplicando cerca rotura 0,7 0,7 0,7 0,7
(MPa)
de 50% da tensão estimada na parede.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
Despressurização até 0;
No início do ensaio regista-se o valor de pressão (P) que
11. Aplicação de incrementos de 0,05 MPa até repõe as condições iniciais da alvenaria. O valor da
estabilização dos manómetros (1 minuto). tensão é dado por:
Registo das distâncias entre miras; 𝜎 = 𝐾𝑚 × 𝐾𝑎 × 𝑃
-𝐾𝑚 tem em conta as características geométricas do
12. Suspensão do ensaio quando ultrapassadas
macaco e a rigidez do cordão de soldadura. Parâmetro
as posições medidas inicialmente definido por testes de caibração feitos pelo fabricante.
13. Despressurização dos macacos -𝐾𝑎 é dado pela razão entre a área do macaco (A m) e a
de corte (Ac): 𝐾𝑎 = 𝐴𝑚 /𝐴𝑐 [6.1]
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
O parâmetro medido neste ensaio é a tensão
instalada na parede ao nível da secção que é
expressiva das paredes de alvenaria pela média dos
registos dos ensaios realizados em diferentes
alinhamentos [6.2]
102
Ref.ª
Ensaio duplo com macacos planos 07 TAM
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
103
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Standard test method for
in situ measurement of
DIFICULDADE DO ENSAIO: ASTM C 1197-04 masnory deformatibility 2004
properties using the
Baixa Médio Elevada flatjack method.
MDT D.4 – In situ stress
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [7.1]: test based on the flack
RILEM TC 177 –
1. Calibração do macaco, por exemplo, plano jack – Materials and 2004
MDT D.4
Structures – 271/37 –
segundo as diretrizes da norma ASTM C Aug-Sept 2004 – p.491
1197-04; MDT D.5 – In situ stress –
strain behavior tests
2. Definição e marcação da do RILEM TC 177 – based om the flack jack –
2004
desenvolvimento da ranhura a marcar na MDT D.5 Materials and Structures –
271/37 – Aug-Sept 2004
parede;
– p.497
3. Definição da localização das miras acima e
abaixo da ranhura, afastados cerca 10 cm da VALORES DE REFERÊNCIA:
Tabela 5.9 – Valores ref. obtidos em estudos anteriores [7.3]
ranhura para cada mira;
Localização Tentúgal Bragança P.Delgada Porto
4. Colocação dos alinhamentos verticais, Autores do Pagaimo; Roque; Mesquita; Guedes;
estudo Lourenço Lourenço Lança Miranda
afastados no mínimo 5cm das extremidades;
Nº de 2 simples 3 simples 3 simples 1 simples
5. Medição das posições iniciais ensaios 8 duplos 3 duplos 3 duplos 1 duplo
Nº de pisos 2 2 2 3
6. Com máquina de corte executar a abertura
Tipo de
7. Colocação do macaco na abertura com um alvenaria Calcário Xisto Basalto Granito
de pedra
papel químico entre folhas brancas e placas Estado de
tensão 0,08 – 0,15 0,08 – 0,13 0,02 – 0,09 0,4 – 0,7
de enchimento (MPa)
8. Ligação da bomba ao macaco; Mod.Elastic
idade 0,5 2.,0 – 1,0
9. Purgação do macaco; (GPa)
Tensão
10. Ajuste do macaco ao rasgo aplicando cerca rotura 0,7 0,7 0,7 0,7
(MPa)
de 50% da tensão estimada na parede.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
Despressurização até 0;
11. Aplicação de incrementos de 0,05 Mpa até O ensaio é realizado através de vários ciclos
estabilização dos manómetros (1 minuto). carga/descarga, com o aumento/diminuição gradual dos
Registo das distâncias entre miras; níveis de tensão com incrementos constantes, sendo
realizado em cada nível leituras das deformações da
12. Suspensão do ensaio quando ultrapassadas
amostra.
as posições medidas inicialmente O valor do módulo de elasticidade de Young (𝐸), para
13. Despressurização dos macacos cada intervaldo de tensão é dado por: 𝐸 = 𝜎/𝜀
- 𝜎 = 𝐾𝑚 × 𝐾𝑎 × 𝑃 é a tensão, - P é a pressão no inicio
do ensaio; -𝐾𝑚 tem em conta as características
geométricas do macaco e a rigidez do cordão de
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO: soldadura. Parâmetro definido por testes de caibração
Além da tensão instalada nas paredes de alvenaria feitos pelo fabricante.
em estudo, esta técnica permite determinar as -𝐾𝑎 é dado pela razão entre a área do macaco (A m) e a
características de deformabilidade da amostra. de corte (Ac): 𝐾𝑎 = 𝐴𝑚 /𝐴𝑐
Tabela 5.10 – Erros nos dados e parâmetros [7.3]
- 𝜀 é a extensão medida nas base da medição
Tensão in Tensão de Modulo de
Norma
situ rotura elasticidade 𝜀 = 𝑙𝑖 − 𝑙𝑖 /𝑙𝑖
ASTM C Variância Sobrestima - 𝑙𝑖 é a distância inicial entre as bases de medição
–
1197-04 de 24% em 15% - 𝑙𝑓 é a distância finall entre as bases de medição
RILEM TC Sobrestima Sobrestima
– É necessário corrigir as pressões lidas no manómetro
177MDTD.4 em 15% em 10%
tendo em conta os fatores de correção 𝐾𝑚 e 𝐾𝑎 [7.1].
TÉCNICA DE AÇÃO MECÂNICA Ref.ª: 07 TAM
104
Ref.ª
Ensaio com dilatómetro em alvenarias 08 TAM
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Fornece dados quantitativos, que podem ser Os danos causados na alvenaria dependem do
aplicados diretamente numa avaliação tipo de dilatómetro usado
numérica do elemento estrutural (input de Fiabilidade dos resultados em situações com
dados para métodos numéricos) material muito fraco, heterogéneo ou solto;
Os dilatómetros podem ter diferentes Zonas próximas de pontos singulares podem
diâmetros influenciar os resultados
No caso de alvenarias de vários panos o
ensaio completa o ensaio duplo de macacos
planos, na caracterização do pano interior.
105
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Standard test method for
in situ measurement of
DIFICULDADE DO ENSAIO: ASTM C 1197-04 masnory deformatibility 2004
properties using the
Baixa Médio Elevada flatjack method.
MDT D.4 – In situ stress
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [8.1][8.2][8.3]: test based on the flack
RILEM TC 177 –
1. Furação da alvenaria a ensaiar com uma jack – Materials and 2004
MDT D.4
Structures – 271/37 –
máquina de carotagem Aug-Sept 2004 – p.491
2. Colocação da sonda no furo MDT D.5 – In situ stress –
strain behavior tests
3. Aplicação da pressão hidrostática exercida RILEM TC 177 – based om the flack jack –
2004
pelo dilatómetro nas paredes do furo, por MDT D.5 Materials and Structures –
271/37 – Aug-Sept 2004
meio da água bombada ou ar comprimido
– p.497
para o interior da sonda
VALORES DE REFERÊNCIA:
Tabela 5.11 – Resultados referência de tubos
com diferentes tipos de membrana [8.4]
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
106
Tomografia Sónica na Alvenaria Ref.ª
09 TPOE
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
Oferece bastante pormenorização da Custo elevado na análise de grandes áreas de
distribuição de velocidade secção plana da estrutura em estudo;
Para controlo da qualidade de injeção de Resultados podem ser influenciados, por vários
grout em alvenaria ao longo da altura de fatores: constituição do elemento, forma do
injeção e também, após o processo de cura, elemento, teor de humidade à superfície,
e determinar possíveis áreas não atingidas. rugosidade à superfície
Aparelho que que fornece de forma expedita
os resultados de medição
Permite com base nesses resultados de
medição, identificar heterogeneidades e
áreas de deficiente resistência
Ref.ª:09 TPOE TÉCNICA DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ELÁSTICAS
107
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Practice for computer
ASTM E 1570-00 tomographic (LT) 2000
DIFICULDADE DO ENSAIO: examination
108
Ensaios ultra-sónicos para a caracterização de Ref.ª
alvenarias 10 TPOE
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
109
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Non-destructive –
ISO 5577:2000 Ultrasonic inspection - 2000
DIFICULDADE DO ENSAIO: Vocabulary
Ensaios não destrutivos
Baixa Médio Elevada NP EN 583-1:2000 por ultra-sons: Princípios 2000
gerais
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [10.1]: Tests of Masonry
RILEM TC RILEM
Materials and Structures –
TC 127 – MS 1997
1. Independentemente da metodologia de Materials and Structures –
D.5127 – MS
200/30 – Mar.97
ensaio calibrar todos os constituintes do MS D.5 – Measurement of
equipamento ultrasonic pulse velocity
RILEM TC 127 –
for masonry units and 1996
2. No ensaio por transparência, através de MS D.5
wallets – Materials and
um disco transmissor de cerâmica piezo Structures – 129/29 – Oct.
110
Ensaio sónico para a caracterização de alvenarias Ref.ª
11 TPOE
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
111
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Tests of Masonry
RILEM TC 127 – Materials and Structures –
1997
DIFICULDADE DO ENSAIO: MS Materials and Structures –
200/30 – Mar.97
Baixa Médio Elevada MS D.1 – Measurement of
RILEM TC 127 – pulse velocity for masonry
1996
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [11.1]: MS D.1 – Materials and Structures
Em qualquer um dos três tipos de ensaio, direto, – 192/29 – Oct. 1996
semi-direto ou indireto:
1. Marcar uma malha de pontos de ensaio no VALORES DE REFERÊNCIA:
elemento em estudo Tabela 5.12 – Valores recomendáveis de frequências para o
ensaio sónico [11.1]
2. Fixar o acelerómetro sucessivamente nos
pontos de receção Ensaio Estrutura/Material Frequência (kHz)
3. Registar o sinal obtido quando se bate no Sónico Alvenaria 20 – 20000
ponto de impacto selecionado
A forma de medição dos três tipos de ensaio [11.1]:
ensaio direto ou através da parede, no qual
o ponto de impacto do martelo e o
acelerómetro estão alinhados em lados
opostos do elemento de alvenaria; INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
ensaio semi-direto, no qual o ponto de O tempo entre a geração do impulso e a chegada do
impacto e o acelerómetro estão em faces do primeiro sinal ao transdutor de receção, isto é, o tempo
elemento perpendiculares uma à outra; de propagação da onda de tensão, pode ser determinado
ensaio indireto, no qual o ponto de impacto [11.1].
e o acelerómetro estão na mesma face do
elemento, segundo uma linha vertical ou
horizontal
Notas:
caminho mais curto entre cada ponto de
ensaio no elemento em estudo é medido com
uma precisão de 0,5 % e registado
osciloscópio transiente é regulado para
disparar e registar o canal quer o canal de
input quer o de output
a massa do martelo determina a energia de Figura 5.23 – Registo típico de um impacto e respetiva onda de
impulso inicial, e pode conseguir-se um tensão reproduzida
impulso mais consistente, batendo numa De uma forma simples com este tipo de ensaio, mede-se
placa de aço colocada previamente no ponto os tempos de percurso e calcula-se uma velocidade
de impacto média por impulso: 𝑣 = 𝑙/𝑡 (𝑙 é o comprimento do trajeto
e 𝑡 o tempo).
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO: Numa análise mais aprofundada, efetua-se
Existem três métodos possíveis para a realização representações cartesianas x-y, ou mapas com iguais
deste tipo de ensaios (em que medindo o tempo de linhas de velocidade, em que as primeiras são feitas
percurso, consegue-se calcular a velocidade): o marcando em ordenadas os comprimentos e em abcissas
ensaio direto, semidireto ou indireto, com o objetivo de os tempos, tomando os valores obtidos ao longo de linhas
calcular a velocidade média por impulso. verticais ou horizontais. As segundas, são usadas para
Os métodos, direto e semidirecto têm como medições segundo o método direto, através do elemento,
finalidade a avaliação das características de mapeando a área ensaiada com linhas de igual
resistência mecânica e de homogeneidade e deteção velocidade, ou se com espessura constante, linhas de
de descontinuidades na alvenaria. O método indireto igual tempo de percurso [11.1].
aplica-se, fundamentalmente, na determinação da Para poder facilitar a interpretação, este tipo de ensaio
profundidade de fissuras. pode ser realizado em conjunto com o de macacos
O método semidirecto aplica-se apenas na planos, para avaliar a deformabilidade e resistência da
impossibilidade de colocação dos transdutores alvenaria. É investigada a relação entre a velocidade de
segundo o método direto [11.1] . propagação de ondas e os parâmetros mecânicos [11.4]
TÉCNICA DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ELÁSTICAS Ref.ª: 11 TPOE
112
Avaliação da integridade de elementos de alvenaria Ref.ª
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
113
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Tests of Masonry
RILEM TC 127 – Materials and Structures –
1997
DIFICULDADE DO ENSAIO: MS Materials and Structures –
200/30 – Mar.97
Baixa Médio Elevada MS D.1 – Measurement of
RILEM TC 127 – pulse velocity for masonry
1996
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [12.1]: MS D.1 – Materials and Structures
1. Marcar os pontos que se pretende ensaiar – 192/29 – Oct. 1996
no elemento em estudo
2. Fixar o recetor transdutor (com a pequena VALORES DE REFERÊNCIA:
ponta cónica piezométrica) nos pontos de
receção Não foram encontrados valores referência
3. Produzir o impacto por meio martelo
4. São registadas as ondas obtidas o quando
se bate no ponto de impacto selecionado
Notas:
a escolha de cada tipo de ensaio é crítica
para se obter um ensaio com sucesso
uma abordagem com frequências mais
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
baixas (100-200 kHz) tem maior
potencialidade de sucesso no ensaio
As frequências associadas com os picos no espectro de
amplitude representam as frequências dominantes
[12.2].
114
Medição de vibrações à distância utilizando Ref.ª
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS DESVANTAGENS:
115
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Evaluation and
measurement for vibration
DIFICULDADE DO ENSAIO: in buildings. Guide for
BS 7385 – 1:1990 1990
measurement of vibrations
Baixa Médio Elevada and evaluation of their
effects on buildings
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [11.1][11.4]: Evaluation and
1. Montar o sistema no local de observação measurement for vibration
selecionado BS 7385 – 2:1993 in buildings. Guide to 1993
damage from groundborne
2. Dirigir o laser para cada um dos pontos a
vibration.
observar
Guide to evaluation of
human exposure to
Notas: BS 6472:1992 1992
vibration in buildings (1 Hz
O equipamento é operacional até distâncias to 80 Hz)
de 200m
Não são necessários refletores ou
revestimentos no ponto-alvo VALORES DE REFERÊNCIA:
Segundo a norma BS 7385 – 2:1993
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
Os resultados são as vibrações registadas no sistema
através do PC portátil e a sua interpretação será efetuada
por meio da digitalização das medições feitas.
116
Radiografia em estruturas de madeira Ref.ª
14 TPRE
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS DESVANTAGENS:
Raios gama: menor custo, dá uma imagem Raios-x: perigosidade das radiações que emite
em tempo real, funcionando como uma Aparelhos de custo elevado
câmara, menor perigosidade das radiações Ensaios onerosos
que emite
As duas radiografias permitem identificar
degradações, vazios e elementos diversos
(ligadores, diferentes materiais, entre outros)
117
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Não foram encontrados documentos normativos
Económico Médio Oneroso
DIFICULDADE DO ENSAIO:
Notas:
Evitar a exposição ao aparelho de raios-x,
VALORES DE REFERÊNCIA:
pode ter efeitos prejudiciais para a saúde,
caso haja demasiada exposição Não são aplicáveis valores de referência
O equipamento de raios gama pode ser capaz
de capturar imagem atuando como uma
câmara, caso o aparelho seja dotado de tal
funcionalidade
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
118
Medição da humidade no interior de paredes Ref.ª
15 TRQ
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Perceção sensorial Propagação de radiação eletromagnética
Ação mecânica
VANTAGENS DESVANTAGENS:
119
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Método de Ensaio DNER-
ME 052/94: Solos e
DIFICULDADE DO ENSAIO: DNER-ME 052/94 agregados miúdos – 1994
medição da umidade com
Baixa Médio Elevada emprego do “Speedy”
PARÂMETROS DE MEDIÇÃO:
120
Análise e monitorização de vibrações em estruturas Ref.ª
16 TDAV
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
VANTAGENS DESVANTAGENS:
121
CUSTO DO ENSAIO: DOCUMENTOS NORMATIVOS:
Refª Designação Ano
Económico Médio Oneroso Evaluation and measurement
for vibration in buildings.
DIFICULDADE DO ENSAIO: BS 7385 – 1:1990 Guide for measurement of 1990
vibrations and evaluation of
their effects on buildings
Baixa Médio Elevada Evaluation and measurement
for vibration in buildings.
BS 7385 – 2:1993 1993
PROCEDIMENTO DE ENSAIO [16.1]: Guide to damage from
1. Montar todo o material no elemento ou zona groundborne vibration.
Guide to evaluation of human
a ensaiar BS 6472:1992 exposure to vibration in 1992
2. Os sinais dos transdutores são introduzidos buildings (1 Hz to 80 Hz)
num PC com software adequado, que Mechanical vibration and
shock – Vibration of buildings
executa o processamento de dados e fornece
– Guidelines for the
a informação relevante para a monitorização ISO 4866:1990 1990
measurement of vibrations
das vibrações da construção and evaluation of their effects
Notas: on buildings
122
Tabela 5.16 – Resumo das fichas segundo as características e propriedades dos materiais e dos
componentes da construção
Técnicas de diagnóstico
15 TRQ – Medição da humidade no interior de
paredes
01 TAS – Inspeção de furos e espaços confinados
Argamassas e rebocos
com câmara de vídeos de pequeno diâmetro
02 TAS – Levantamento fotogramétrico de
monumentos e edifícios antigos
09 TPOE – Tomografia sónica na alvenaria
10 TPOE – Ensaio ultra-sónico em alvenaria
11 TPOE – Medição da velocidade de impulso
mecânico na alvenaria
Comportamento dinâmico 12 TPOE – Ensaio impacto-eco
13 TPRE – Medição de vibrações à distância
utilizando tecnologia laser
16 TDAV – Análise e monitorização de vibrações
em estruturas
03 TAS – Deteção acústica de insetos xilófagos
04 TAM – Medição da densidade superficial de
elementos de madeira com Pylodin
Construção de madeira
05 TAM – Avaliação da integridade da madeira
com Resistograph
13 TPRE – Radiografia em estruturas de madeira
01 TAS – Inspeção de furos e espaços confinados
com câmara de vídeos de pequeno diâmetro
Levantamento arquitetónico
02 TAS – Levantamento fotogramétrico de
monumentos e edifícios antigos
05 TAM – Avaliação da integridade da madeira
com Resistograph
Propriedades mecânicas 06 TAM – Ensaio simples com macaco plano
07 TAM – Ensaio duplo com macaco plano
08 TAM – Ensaio com dilatómetro em alvenarias
123
5.7 Síntese do capítulo
Neste capítulo foi exposto o modelo de ficha e o catálogo de técnicas de
diagnóstico em edifícios antigos, onde ser reuniu 16 fichas seguindo esse modelo.
124
6 CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
6.1 Considerações gerais
Nesta dissertação foram abordados conceitos construtivos de edifícios antigos,
desde uma breve descrição, à sua caracterização construtiva, às anomalias mais
frequentes e respetivas causas. Além disso, identificaram-se metodologias de
diagnóstico existentes, adequadas a construções antigas, publicadas a nível nacional e
internacional, para servir de suporte a um bom entendimento das técnicas de
diagnóstico adequadas a esse tipo de edifícios, com vista a alcançar o objetivo de
elaboração do catálogo.
Nos edifícios antigos, que podem ser definidos como pré-pombalinos (antes do
terramoto de 1755), pombalinos (séc. XVIII e XIX), gaioleiro (fim XIX até anos 30-40, e
edifícios em placa (anos 30-50), identificaram-se as anomalias e respetivas causas
predominantes. Como a ação da água, que é um dos principais agentes que causam
deterioração, podendo dar origem a eflorescências, manchas de humidade, cria
condições propícias, para o desenvolvimento de fungos de podridão e insetos (térmitas
e carunchos) em elementos de madeira, e até o aparecimento de fissuração no
revestimento.
125
Conclui-se ainda, que outras situações de fissuração, concretamente em
paredes, podem dever-se à retração dos panos da parede, variações térmicas que
provocam a dilatação do pavimento superior, assentamento diferencial da fundação,
deformação excessiva por flexão dos pavimentos, entre outras. Desta forma, é
percetível que a maioria das anomalias que surgem em edifícios antigos não têm uma
causa única e clara, podendo ser diversas e relacionáveis com outras manifestações.
Com esta dissertação concebeu-se um modelo de ficha, com uma folha (frente
e verso), onde se descreve a técnica e princípios de utilização das técnicas de
diagnóstico em edifícios antigos. Foram considerados os seguintes campos: designação
da técnica, referência numérica, tipo de elemento construtivo (estrutural ou não
estrutural, elementos que a técnica pode ser aplicada, grau de destruição da técnica,
local da sua utilização (in situ ou laboratório), princípio de funcionamento, descrição da
técnica, equipamentos e materiais necessários à realização do ensaio com imagens
ilustrativas, vantagens e desvantagens, custo, dificuldade da técnica, procedimento de
ensaio, documentos normativos ou técnicos aplicáveis, parâmetros de medição, valores
de referência ou orientativos, e interpretação dos resultados.
Apesar de ter sido seguida esta estrutura de ficha, foram também apresentadas
fichas de sistematização de informação, com métodos de análise e diagnóstico e
estratégias de reabilitação, de diversas entidades e países. Tendo-se concluído, que a
maior parte das fichas encontradas seguem uma estrutura semelhante entre elas,
focando-se nos mesmos tópicos de “descrição”, “causas”, “medidas de intervenção” e
“resultados/interpretação”.
126
As fichas foram organizadas no catálogo segundo uma codificação baseada
numa numeração sequencial seguida do princípio de utilização das técnicas, para que
seja possível uma futura adição de fichas.
127
6.3 Desenvolvimentos futuros
Não tendo sido apresentado um catálogo com todas as técnicas aplicáveis a
edifícios antigos, pelas razões referidas acima, será sempre importante, realizar
melhorias em trabalhos futuros:
128
7 Referências Bibliográficas
Abrantes, Vitor, e J Mendes da Silva. Método Simplificado de Diagnóstico de Anomalias
em Edifícios. Porto: GEQUALTEC, 2012.
Aguiar, J., Appleton, J., & Cabrita, A. R. Guião de Apoio à Reabilitação de Edifícios.
Lisboa: LNEC, 1997.
Binda, Luigia, e Antonellla Saisi. Non Destructive Testing Applied to Historic Buildings:
The Case of Some Sicillian Churches. Historical Constructions. Guimarães,
2001.
129
Branco, Miguel. Reforço Sísmico de Edifícios de Alvenaria. Aplicação a edifícios
“gaioleiros”. Dissertação para obtênção de grau de mestre em Eng. Civil, Lisboa:
IST, 2007.
“Carta de Veneza. Sobre a conservação e restauro dos monumentos e dos sítios .” 1964.
CIB. “A State of the Art Report on the Building Pathology.” W086 Building Pathology,
2013.
Cóias, Vitor. Inspeção e Ensaios na Reabilitação de Edifícios. Lisboa: IST PRESS, 2006.
130
Fiala, P., M. Friedl, M. Cap, P. Konas, P. Smira, e A Naswettrova. “. Non Destructive
Method for Detection Wood-destroying Insects.” Department of Theoretical and
Experimental Electrical Engineering, Brno University of Technology, Brno, 2014.
Fujii, Y. Using acoustic emission monitoring to detect termite activity in wood. Vol 40,
nº1, Forest Products Jornal, 1990.
Henriques, Fernando. Humidades em Paredes. 4ª. Vol. Nº1 Coleção Edifícios. Lisboa:
LNEC, 2007.
131
Maia, Helton, e Sheyla Farias. “Efeito Doppler Ondas eletromagnéticas para detecção
de velocidade.” Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de
Telecomunicações, Paraíba, 2007.
Paiva, J. V., J. Aguiar, e A Pinho. Guia Técnico de Reabilitação Habitacional Volume II.
Instituto Nacional de Habitação. Lisboa: LNEC, 2006.
132
Veiga, Maria do Rosário, José Aguiar, António S. Silva, e Fernanda Carvalho.
Conservação e Renovação de Revestimentos de Edificios Antigos. Vol. nº9
Coleção Edifícios. Lisboa: LNEC, 2004.
Vicente, R., J. Silva, Humberto Varum, Hugo Rodrigues, e Eduardo Júlio. Caracterização
mecânica de paredes de alvenaria em construções antigas - Ensaios com
macacos planos. Revista Internacional Construlink, Vol. 7, 2009.
Zoreta, L.C. Curso de Mecânica y tecnologia de los Edifícios Antiguos. Madrid, 1986.
133
ANEXO
Anexo I
Tabela A1 - Tabela resumo dos materiais usados nas paredes de edifícios antigos (Appleton 2003,
Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2008, Flores-Colen 2009)
Exteriores Azulejos
Tabela A2 – Resumo das anomalias nas fundações de edifícios antigos (Appleton 2003, Cóias
2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000, Flores-Colen 2009)
Tabela A2 (continuação) – Resumo das anomalias nas cantarias de edifícios antigos (Appleton
2003, Cóias 2007, Freitas, et al 2012, Magalhães 2002, Pinho 2000)