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Estatística Econômica I – Prof.

Allexandro Mori Coelho

Os exercícios visam exercitar conhecimentos distintos. Caso tenha interesse em resolver outros exercícios, os
livros de Estatística apresentam vários exercícios e exemplos, inclusive os livros indicados como referência.
Exercícios sugeridos sobre intervalos de confiança
1) Determine os valores críticos 𝑍𝑐 ou 𝑍(𝛼⁄ que satisfazem a seguinte condição de probabilidade
2)
𝑃 (𝑍 ≥ 𝑍(𝛼⁄ ) ) = 𝑃 (𝑍 ≤ −𝑍(𝛼⁄ ) ) = 𝛼⁄2 , para os níveis de confiança informados abaixo:
2 2
a) 0,99 c) 0,90 e) 0,88
b) 0,95 d) 0,75 f) 0,80
2) De uma população na qual a variável tem distribuição normal, foram retiradas duas amostras com as
seguintes características:
Média amostral Tamanho da amostra Desvio padrão populacional
170 100 15
180 225 30

Para cada amostra, determine a margem de erro e o intervalo de confiança para os seguintes níveis de
confiança:
a) 0,99 c) 0,90
b) 0,95 d) 0,75
3) Interprete os intervalos de confiança obtidos no exercício 2. Para cada um dos intervalos, qual é a
probabilidade de a média populacional não estar no intervalo de confiança especificado?
4) Uma máquina deve estar regulada para encher pacotes de café com peso médio de 500 gramas e variância
de 100 gramas2 . No final de cada dia, é coletada uma amostra de 25 pacotes de café, que são pesados e
utilizados para avaliar se a máquina está regulada, pois admite-se, com determinado grau de confiança, que
se o intervalo de confiança contiver o peso médio populacional entendido como “regulado”, então a
máquina está regulada e não precisa de manutenção. Caso, contrário, entende-se que a máquina está
desregulada e precisa de manutenção. É importante fazer uma avaliação cuidadosa porque se a máquina
estiver desregulada, os pacotes terão que ser desfeitos e o café embalado novamente, o que gera custos
desnecessários. Também é importante evitar despesas com serviço de regulagem desnecessários, caso a
máquina esteja regulada. Utilizando nível de confiança de 0,95, avalie as situações a seguir:
a) Caso a média amostral seja de 510 gramas, é preciso parar a produção e demandar serviço de
regulagem da máquina? Por que? Há alguma chance da sua decisão estar errada e gerar despesa
desnecessária?
b) Caso a média amostral seja de 497 gramas, é preciso parar a produção e demandar serviço de
regulagem da máquina? Por que? Há alguma chance da sua decisão estar errada e gerar despesa
desnecessária?
c) Nesta situação, seria possível especificar um intervalo de confiança que permitisse avaliar a regulagem
da máquina sem construir intervalos de confiança centrados nas médias amostrais? Se sim, haveria
alguma vantagem?
5) Estime o salário médio dos empregados do setor de vestuário com base na seguinte amostra de 100 salários:
Salário (R$) Frequência
1.000 8
1.500 22
2.000 38
2.500 28
3.000 2
3.500 2

Utilize nível de confiança de 95% e considere que o desvio padrão populacional seja de R$ 50,00.
𝜎
6) Como a margem de erro é especificada por 𝐸 = 𝑍(𝛼⁄ ) . , como o aumento do tamanho da amostra
2
√𝑛
afeta a amplitude do intervalo de confiança?
Estatística Econômica I – Prof. Allexandro Mori Coelho

Repostas
1) Utilize a tabela de distribuição normal padrão, disponível na área da disciplina no Moodle e em vários sites
e livros de Estatística.
a) 2,58 c) 1,645 e) 1,56
b) 1,96 d) 1,15 f) 1,285
Com a tabela distribuída em sala, para resolver o item (a), o procedimento consiste em encontrar o valor da
variável Z associado à probabilidade de 0,495 (do corpo da tabela). Assim, localize o valor 0,495 no corpo
da tabela ou o valor mais próximo a ele e, depois verifique, na coluna mais à esquerda, a unidade e a
primeira casa decimal da variável Z, e na linha de cabeçalho, a segunda casa decimal.
No Excel, bastaria usar a fórmula: =1–INV.NORMP.N(0,005), para encontrar a resposta do item (a). A
resposta também seria obtida com a fórmula: =–INV.NORMP.N(0,005).
2) Primeiro determine a margem de erro e, depois, o intervalo de confiança. Para a primeira amostra:
a) 𝐸 = 3,86; 𝐼𝐶(𝜇; 0,99) = [166,14; 173,86] c) 𝐸 = 2,47; 𝐼𝐶(𝜇; 0,90) = [167,53; 172,47]
b) 𝐸 = 2,94; 𝐼𝐶(𝜇; 0,95) = [167,06; 172,94] d) 𝐸 = 1,73; 𝐼𝐶(𝜇; 0,75) = [168,27; 171,73]
Para a segunda amostra:
a) 𝐸 = 5,15; 𝐼𝐶(𝜇; 0,99) = [174,85; 185,15] c) 𝐸 = 3,29; 𝐼𝐶(𝜇; 0,90) = [176,71; 183,29]
b) 𝐸 = 3,92; 𝐼𝐶(𝜇; 0,95) = [176,08; 183,92] d) 𝐸 = 2,30; 𝐼𝐶(𝜇; 0,75) = [177,70; 182,30]
Para determinar a margem de erro, utilize a fórmula que a define. Faça o mesmo para o intervalo de confiança.
No Excel, a margem de erro é calculada com a fórmula: =INT.CONFIANÇA.NORM(alfa;desvio padrão;tamanho).
3) De maneira geral, a interpretação sempre é que há confiança de (1–)% de que a média populacional esteja
entre os limites do intervalo, ou seja, entre o valor do limite inferior e o valor do limite superior, que definem
o intervalo de confiança. A probabilidade de a média populacional não estar no intervalo de confiança é
sempre %. Como exemplo, no caso do item (a) da amostra 1, há confiança de 99% de que a média
populacional esteja entre os limites do intervalo, ou seja, entre 166,14 e 173,86. A probabilidade de a média
populacional não estar no intervalo de confiança é %. Para os outros casos, a resposta é semelhante com
as devidas adaptações.
4) Nas condições apresentadas,
a) 𝐸 = 3,92 e 𝐼𝐶(𝜇; 0,95) = [506,08; 513,92]. Precisa regular a máquina porque, com 95% de
confiança, a média que expressa que a máquina está regulada, 500 g, não pertence ao intervalo de
confiança. Há 5% de probabilidade de a decisão estar errada.
b) 𝐸 = 3,92 e 𝐼𝐶(𝜇; 0,95) = [493,08; 500,92]. Não precisa regular a máquina porque, com 95% de
confiança, a média que expressa que a máquina está regulada, 500 g, pertence ao intervalo de
confiança. Há 5% de probabilidade de a decisão estar errada.
c) Sim, o intervalo de confiança para médias amostrais, com nível de confiança de 95%, centrado na média
populacional. A vantagem consiste em estipular um valor crítico (limite) inferior e um valor crítico
(limite) superior para a média amostral de forma que somente se deve pedir regulagem da máquina
caso a média da amostra utilizada seja menor que o valor crítico inferior ou maior que o valor crítico
superior, evitando-se ter que especificar intervalos de confiança para cada média amostral. Este
intervalo seria: 𝐼𝐶(𝑋̅ ; 0,95) = [496,08; 503,92].
5) Calculando-se a média ponderada dos valores da amostra, obtém-se o valor de 2.000.
𝐸 = 9,80 e 𝐼𝐶(𝜇; 0,95) = [1990,20; 2009,80].
6) Para o mesmo nível de confiança e valor do desvio padrão, a aumento do tamanho da amostra reduz a
amplitude do intervalo de confiança porque reduz a magnitude da margem de erro. Podemos ver que é
assim porque o tamanho da amostra está no denominador da margem de erro e, desta forma, quando este
tamanho aumenta, a margem de erro diminui.
Isto também pode ser visto pela derivada parcial da margem de erro em relação ao tamanho da amostra:
𝜕𝐸 𝜕 𝜎 𝜕 1 𝜕 1 3
= (𝑍(𝛼⁄ ) ) = 𝑍(𝛼⁄ ) 𝜎 ( ( )) = 𝑍(𝛼⁄ ) 𝜎 ( (𝑛)− ⁄2 ) = −𝑍(𝛼⁄ ) 𝜎(𝑛)− ⁄2 < 0
𝜕𝑛 𝜕𝑛 2
√𝑛 2 𝜕𝑛 √𝑛 2 𝜕𝑛 2

Pois 𝑍(𝛼⁄ ) , 𝜎 e 𝑛 são todos valores positivos. O fato da derivada parcial ser negativa indica que alterações
2
do tamanho da amostra provocam alteração da magnitude da margem de erro e, consequentemente da
amplitude do intervalo de confiança, em sentido oposto. Assim, aumento (diminuição) do tamanho da
amostra causa diminuição (aumento) da margem de erro e da amplitude do intervalo de confiança.

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