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‘mlciativas que|tentam levar 0 estudante ¢ o professor ‘20 contato com a problemitica sociale regional ‘Os campi avanades poderiam emergit er nova Ins, uma ver que devem ser assumidos pele Universidade local, aparecendo as Universidades até neje mantenedo- as como apolo, Nelee podemos ger ‘loragdes alterna: tivas da vida acedémlea, evitando todo lalva mimetists © inserindo-s integraimente no quadta cultural da co- ‘munldade, Poderiara ser um corretivo 80 universalisno excessivo, que, a0 tentar uma homogeneizagio impose vel da produgio e da transmissio do saber, extabelece um servilismo historcaments irrecuporavel ‘A Universidade 6 chamada a essumir, deforma defi- nitiva, seu compromisso com a politica socal, por duos ‘anSes prinelpals; porque faz parle da politien social, na medida em que ¢ integrante da police de edueagio ¢ cultura; por sutocrtica, na medida em que precisa reco Ihecer que 0 actiulo de peivilegios deve set sociales fe retribuld. 10 8 A. Educacio Extensionista Algumas Idéias Proli Roberto Mauro Gurgel Rocha * 1. CONSrDERACoRS INTCLALS © Reltor da Universidade Federal do Amazonas, na abertura do Encontro de Pré-Reitores das Universidaces «da Arvaztnia Lega, reellzaco em Manaus, em janeiro do Dresente ano, et urn pronunclamenta onde conclamava, 5 pacticipantes ao trabalho no sentlo do desenvotv. mento de tna conscigneia eoldgiea Hle destaceva que “Uma concepeto ecotégica de ecucagao tem 0 objetivo fe conduit o processo ecucasonal como agente favors. cedor do equllbris homem/meo, evitendo-se assim que ‘8 educagio — em moldes cutros — posea romper com & ‘entiaade entre a pessoa e seu habitat natural” Expl cltando mals ainda, escarece que “a eoncepedo eccls ica du edueagio pressupée a conciingéc entre desenva imento sScie-econdmico e respelto & eclogia da reqiao" A proposta podera ter as interpretacdes mals vara das peias que a ourem, de acorca com suas percepgées ‘deotbzeas ou concepedes fosétient; poderd ser taxada 131 e reformist, engalada, alienada, consensuaist, trrea- Iista, desafiadors ou meramente peliatva, As reacdes serio certamente diversas, mas de ura modo geral pode: [prever que quase todos a julgario sonhadora e ites tladvel, considerando as condigées atunis da universidade ‘brasileira, Argumentario que existe falta de recursos fi nanceltos suficientes; que hf falta de recursos huranos ‘capazes ¢ dlsponives, afleuldades de operacionallzacéo ‘Ga medide; argumentarko com as excessivas cergas ho- ririas que dever set cumpridas; falario da falta de mo- fivaglo dos doventes e discentes; e por ai se val eabe- rndo ‘um rol de intermindvels problemas, para se con- cuir que apesar de tudo se faré 0 passive. B 0 pesive, Imaseara muitas vezes a coragem ou o deseo de if aaian- te, sob a forma de pretensas Impossibilidades, ‘Ao que parece, a universldade bresileia foi tomada por tma vitenta,timide, combinads com a medo de creseer em essen, ‘Aiguns clenlisias soclais brasil, rounides em encontto promiarido pelo Conseio de Reitores em outu bro de 1878, em Jodo Pessoa, declararam que: ha um ‘estedo atual de apati da. universidade braselta.(...) ‘que pela primeira yee hietia do pais, nfo possufamos mnais um projeto, ma utopia de universidade” e reso! veram considera equele seminério “como estimulo & liseussio mais aprofundad que se fari nas uniersida- 4s, com ampla sondagem de suas bases". Tal propo- sigdo pode eer acuseda de inusta por alguns que argu ‘menterdo com a exilénela de inimeros projtos de un ‘versilade, fae, er que tals projetos incluer-se na eon= cepgio utépiea de que fala a proposta, trancendendo in tise o henlzonte do memento preseie © das condliics ‘tual? Parece que no. A universidade braseirs do ‘momento presents esta multo presa s condigées "do que pode dspor”o que impede de "pensar mals alto" e alcar novos v0, poigdes que a leven @ ser coraeterizda coma 132 instituigdo de “‘vanguarda’e no como organismo levado 2 “reboque” do procosso do desenvolvimento, de aeordo ‘com apusagdee que ver rveabendo. ‘K umiversidace deve te consclentizar de sua missio ‘de erst, transmit, difundire aplicar o saber. [Para que flo realmente passa desenvover a contento esta missdo, ‘deve assurnir uma postura ervtca de Iutar por ume auto ‘nomia que the garanta a devidaliterdede para a forma ‘cio de homens critics, consclentes e capaves profisio- ‘nalmente;/Um dos graves pronlemas que vem ccorrendo ‘com a universdade & a falta de perspectiva critica que dela se eposcou — ela se tornow Ineapaz sequer ée um procesto de autoerition, Muites vers medidas que visam ‘equense mudangas capares de leva a uma perspecti- va de mals autenticidade atemorizam suas instincias ‘udministrative-burcerdtieas ¢ mesmo a certa parcela de fcettes (0% até mesma dlssentes), pocendo eonduaila ‘alguns rotrocessos Cora salient 'o Prof, Pedro Demo, “eminra se julgue ne divito de tudo eontestar, € uma strana forma de eritica, porque ndo consegue conee terse neeessariaments bneesda na sitacriien”.2 A unlversidacle nda pode fear restita & mera trans- imisséo de conhecimentas,algumas veats purameate re- palitivas ou superados e outras veres portadores de men- agent renovadas, mas totalmente desigados de uma lca. A pesquisa ou invesigacko (quando existir), nip deve Ser vista como fungio paralela ao ensino¢, sim, ‘como fonte permanente de eriagdo de novos conhecimen- tos que renovam 2 “transmissio" feta nas calas do aula e levariam a uma educagio mats “dialdgiea” e menos a riglda; 0 professor deixar de ser aquels figura do “sabe tds", para ger 9 que esté 2c lado do aluno em processo de dsecoberta comm, E a extensio universitarie, fungda projetiva das duas cemals — ensino e pesquisa — de scorla com a Lel 5.540 necesita ser vista sob uma pers- pectiva maie arpa, 138, 2. A BXTENSAO UNIVERSITARIA COMO FUNGAO DE COMUNICAGAO “endo a extnsfo universe mito do prflar 4 untveridae em seu rat, através de sos Tungies de ensin epstauia, na medida em que estes enka vm atrangtncl Tinlad sextet eonigua- ‘ee se CONE comin eno Febucado e acadea Git 2 com uma eatusuta de pags sem grandes com- romisssocns ou a estes prolta tal perepectva ape para ots sane, como Tao eat da epsto feta comiderndon.predonantemente como ‘una forma Ge pesado de servigos Na mada em que pre domino ta concepe, no somente nas uniersiade, ima, a nivel e oiganianoe naconale de coordengto ¢ ‘pa, fava elas guns meena, com gag a Ut eo esltea de enn somo um eda € 9 qed bio sm a erage un fli fodlac, que pee) fv a teat counengfo da univeridndo em et mel Os ogersios cw ertrutures ride prs oper amiaezo aa fungio extn, plo mers em teraae Conjuntaals, represeatam beets ntemas pare & neste pare aa poulagSn da dra ene e vo fe ago extensions, ne medida em qu ao dest Voli atiages no capo a aie da sso eu "al, da srg ssi. Forém, «propria candies ape Ch que atsinem a ersuurn ca iverson, hn posiliade segaca de uma puripacfo sstemdtca Ae protease aluon eas dileldades amare, evan as propres comunidades a una deseencn © Sesrntereme pd prseiga dialled enon st pen “TA extension pede covlinuar & set vista como go ¢ mals a "epenentancfo em orden de ior tanta o" pin pobre corn tras conotates poco taloraivas” A extenso doe tmpregar ogo 0 proceso ca de ensino/aprenaizagem, e, assim como = pesqus trax 0 ingrediente da investigasgo, ela deve trazer o condt- rmento de aplicagéo do conheclmento. Bf €fato bastan- te recothecide que, multas veses o que se aprende vi vendo ou farendo, ou o que se vie fora das saas de aula, lem mullo mais validade que as elaboradas prelegbes do multos eruditos eonferencstas,/4 educogdo extensio. nlida € 2 forma sob a qual a extensio precisa ser enca- rada, 0 que contrbulrd grandemente para a crisgio de tum ineeanismo de retroalimentagdo, ajudando a auto- critica ¢ o prépro exareleio da entice socal de um modo rats amplo, Na medida em que a extensio for axsumida ‘como algo piéprio e permanente pela universidade car. tamente s6 conseguiré criar 0 canal de lgngho efetiva ‘coms cominidade, = A-extensio deve ser a funeto de comunicagéo da (alwversgade com seu melo, posstltanco tua realimen: ‘acho face & problemiica da soiedade, propciando ama, rellex#o critica e rovisio permanente de suas fungées proprias — ensino e pesquis, 4A extensio deve nopresentar sgualmente ua signi- fleacéo de busea ou libertagio das potencialdades de ‘ancentes, iscentes« administrativos, 4 que deve obrigs Aoriamente represontar uma formulaglo educecions mais viva, ceerentee aplieada; deve preecupar-e com 0 ‘momento istérica que se vive e com o devir da histria: ‘deve ver as condigSes locas, oom perder a perspetiva, Stegiona, nacional ou a visdo de untrersaldade, Lopleamente, poder-se indager: ¢ tudo isto io & rmissio da unlversidade? # certo que sim, e, quando se fala cm educacéa exiensionista, no que te refere 20 nivel SUPEEIGE tudo isso se trad em termon de wma “univer: sldade extensionista” que tem_a extenslo como fungio presente-no "seu tedo” e nao uma universidade que sim- plesmente executa programas de extenslo, Néo se que, 135

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