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grampos do tipo barra posicionados gengivalmente de forma

vantajosa; em outros, pode-se usar os braços dos grampos cir-

cunferenciais posicionados cervicalmente. Isto se torna espe-

cialmente verdadeiro quando outros dentes pilares localizados

mais posteriormente podem carregar a maior responsabilidade

pela retenção. Ainda em outras situações, é possível utilizar um

braço de grampo retentivo de fios forjados com mais vantagem

estética do que um braço de grampo fundido. A colocação dos

braços dos grampos por motivos estéticos normalmente não

justifica alterar o eixo de inserção à custa de fatores mecânicos.

Contudo, é preciso considerá-la simultaneamente com outros

fatores, e se a escolha entre dois trajetos de inserção de méritos

iguais permitirem uma colocação mais esteticamente agradável

dos braços dos grampos de um sob o outro, deve-se dar prefe-

rência a esse trajeto.

Quando estão envolvidas reposições anteriores, a escolha do

trajeto é limitada a uma mais vertical por razões já indicadas.

Somente nesta situação deve-se dar consideração principal à

estética, mesmo à custa de alterar o eixo de inserção e de fazer

todos os outros fatores conformarem-se. Deve-se lembrar deste

fator quando se considerar os outros três, para que se façam

acordos no momento que estiverem considerando outros

fatores.

eixo de inseRção finaL

O eixo de inserção final será a posição do modelo anteropos-

terior e lateral, em relação ao braço vertical do delineador, que

melhor satisfaz todos os quatro fatores: planos-guia, retenção,

interferência e estética.

É preciso marcar com lápis vermelho todas as mudanças

bucais sugeridas no modelo de diagnóstico, com a exceção das

restaurações a serem feitas. Estas também podem estar indica-


das em uma ficha em anexo se desejado. Dá-se prioridade a

exodontias e cirurgias para dar tempo à cicatrização. As marcas

vermelhas restantes representam modificações efetivas dos

dentes que ficam para serem feitas, o que consiste no preparo

das superfícies proximais, na redução das superfícies vestibular

e lingual e no preparo dos assentamentos de descanso. Exceto

quando são colocados no padrão de cera para restauração

fundida, o preparo dos assentamentos de descanso deve sempre

ser adiada até que se completem todos os outros preparos

bucais.

A posição real dos descansos será determinada pelo desenho

proposto da estrutura da prótese. Por isso, deve-se desenhar o

projeto provisório no modelo de diagnóstico a lápis após decisão

sobre o eixo de inserção. Isto é feito não só para localizar as áreas

de descanso, mas também para gravar graficamente o plano de

tratamento antes do preparo bucal. No tempo entre as consultas

do paciente é possível que se tenha considerado outras restau-

rações na prótese parcial. O dentista deve ter o plano de trata-

mento prontamente disponível a cada consulta subsequente

para evitar confusão e para manter um lembrete daquilo que

vai ser feito e a sequência que irá requerer.

O plano de tratamento deve incluir (1) o modelo de diagnós-

tico com os preparos bucais e o projeto da prótese demarcado

nele; (2) uma ficha mostrando o projeto proposto e o trata -

mento planejado para cada pilar; (3) uma ficha de trabalho

mostrando todo o tratamento envolvido que permitirá uma

breve revisão e a checagem de cada passo já concluído com

o progresso do trabalho; e (4) um registro do orçamento dado

para cada fase do tratamento que pode ser excluído da lista ao

ser registrado no cadastro permanente do paciente.

Usam-se marcações feitas com lápis vermelho no modelo de


diagnóstico para indicar a localização dos descansos (Figura 11-14).

Embora não seja necessário o preparo de áreas de descanso no

modelo de diagnóstico, aconselha-se ao estudante novato que

tenha isso feito antes de prosseguir na alteração dos dentes

pilares. Isto se aplica igualmente aos preparos das coroas e das

restaurações nos dentes pilares. É aconselhável, no entanto,

mesmo para o dentista mais experiente que tenha aparado os

dentes no modelo de gesso com a lâmina do delineador onde

quer que se precise fazer redução do dente. Isto identifica não

só a quantidade a ser removida em uma dada área, mas

também em qual plano se deve preparar o dente. Por exemplo,

pode ser preciso recontornar uma superfície proximal somente

AB

Figura 11-14 Modelos de diagnóstico podem servir como guias visuais para o preparo do
dente. a, Modelos delineados mostram

áreas que requerem redução do dente em vermelho (descanso mésio-oclusal e plano-guia


distal no dente n° 44, descanso de cíngulo

no dente n° 43), assim como marcas de apoio tripé do eixo de inserção. B, Nesse molar,
inclinação para mesial foi indicado um grampo

tipo anel. Marcações em vermelho mostram os preparos dos descansos mésio-oclusal e


disto-oclusal necessários, assim como o

plano-guia mesial. Também apresenta a necessidade de redução para diminuir a altura do


contorno lingual no ângulo da linha mesio-

lingual. Todos os ajustes de contornos axiais requeridos são determinados pelo uso correto do
delineador.142 Parte I Conceitos Gerais/Plano de Tratamento

no terço superior ou no terço médio para estabelecer um

plano-guia que será paralelo ao eixo de inserção. Este não é

normalmente paralelo ao eixo longo do dente, e se instrumento

giratório for colocado o contra a lateral do dente, o ângulo de

superfície existente será mantido, evitando assim a necessi-

dade de estabelecer um novo plano que seria paralelo ao eixo

de inserção.

É possível usar a lâmina do delineador, que representa o eixo


de inserção, de forma vantajosa para aparar a superfície do

dente pilar sempre que aparecer uma marca vermelha. A super-

fície resultante representa a quantidade de dente a ser removida

na boca e indica o ângulo que se deve segurar a peça de mão. A

superfície cortada no dente do modelo de gesso não está nova-

mente marcada com lápis vermelho, mas está delineada em lápis

vermelho para que se localize corretamente a área que deverá

ser preparada.

ReGistRando a ReLação do ModeLo

CoM o deLineadoR

É preciso usar algum método de registro da relação do modelo

com o braço vertical do delineador para que se possa retornar

o modelo ao delineador como referência futura, especialmente

durante os preparos de boca. O mesmo se aplica à necessidade

de retornar qualquer modelo de trabalho ao delineador para

enceramento e recorte dos padrões de cera, aparar bloqueios no

modelo-mestre ou posicionar os braços dos grampos em relação

às áreas retentivas.

Obviamente, a base recortada variará com cada modelo; por

isso, gravar a posição da mesa do delineador não tem valor

algum. Se tivesse, seria possível incorporar calibragens à mesa

do delineador, o que permitiria o restabelecimento da mesma

posição. Em vez disso, a posição de cada modelo precisa ser

estabelecida separadamente e qualquer registro de posição

aplica-se somente àquele modelo.

Dos diversos métodos, dois parecem ser os mais convenien-

tes e exatos. Um método é colocar três pontos amplamente

divergentes com a ponta de um marcador de grafite na super-

fície de tecido gengival do modelo com o braço vertical do

delineador em uma posição travada. Preferivelmente, não se

deve colocar estes pontos nas áreas do modelo envolvidas no


desenho da estrutura. Os pontos devem estar circundados com

um lápis colorido para uma fácil identificação. Quando o

modelo retornar ao delineador, será possível incliná-lo até que

a ponta da lâmina do delineador ou da ponta de diagnóstico

toque novamente os três pontos no mesmo plano. Essa aborda-

gem, que produzirá a posição original do modelo e, assim, o

eixo de inserção original, é conhecida como tripoidismo do

modelo (Figura 11-15). Alguns dentistas preferem fazer peque-

nas marcas redondas no modelo na posição dos pontos do tripé

para preservar a orientação do modelo e para transferir esta

relação ao modelo refratário.

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