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0 01 Semelhança de triângulos

Competências Habilidades
2e3 6, 7, 8, 9, 12 e 14
© Dudarev Mikhail/Shutterstock

M T
MATEMÁTICA
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
Semelhança de triângulos
Vamos analisar se os triângulos ABC e A’B’C’ são semelhantes:

De acordo com a definição de semelhança, dois polígonos são semelhantes quando seus lados correspon-
dentes são proporcionais e os ângulos correspondentes congruentes.
Nos triângulos acima, temos:
​^​ ​^​
§§ ​A ​ ≅ A'​
​  
​^​ ​^​
§§ ​B ​ ≅ B'​
​  
​^​ ​^​
§§ ​C ​ ≅ C'​
​  
E também:

​  BC  ​ = ____
AB  ​ = ____
​ ____ ​  CA  ​ = __
​  7 ​ —— razão de semelhança
A'B' B'C' C'A' 5
Aplicando a definição geral de semelhança dos polígonos, podemos dizer que:

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, seus ângulos correspondentes são congruentes e os lados
correspondentes são proporcionais.

Nesse caso, a razão entre os lados correspondentes também é chamada razão de semelhança.

Exemplo
§§ Os triângulos abaixo são semelhantes?

​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​


Observe que os ângulos correspondentes são congruentes, ​A ​ ≅ ​D ​ , ​B ​ ≅ ​E ​ e ​C ​ ≅ ​F ​ 
Calculando a proporção entre os lados correspondentes, temos:
​  AB ​ = ___
___ ​ 12 ​ = 3
DE 4

​ ___ ​  18 ​ = 3
BC ​ = ___ razão de semelhança
EF 6

​  AC ​ = ​ __
___ 9  ​= 3
DF 3
Portanto, como os ângulos correspondentes são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais,
podemos afirmar que os triângulos ABC e DEF são semelhantes.
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Teorema fundamental da semelhança de triângulos
Se uma reta é paralela a um dos lados de um triângulo e intercepta os outros dois lados em pontos distintos,
então o triângulo que ela determina com esses lados é semelhante ao primeiro.
   
Supondo que a reta r é paralela ao lado AB​
​  (r // AB​ ​ , vamos mostrar que DABC ~ DDEC.
​  ) e, portanto, ​DE​ // AB​

 
Como DE​ ​ ,  então: ___
​  // AB​ ​  CE  ​  (I)
​  CD  ​ = ___
CA CB
Temos ainda:
​^​ ​^​
§§ A​C ​ B ≅ D​C ​ E (ângulo comum aos dois triângulos)
​^​ ​^​
§§ B​A ​ C ≅ E​D ​C
  (ângulos correspondentes em retas paralelas) (II)
​^​ ​^​
§§ A​B ​ C ≅ D​E ​C
  (ângulos correspondentes em retas paralelas)

Casos de semelhança
Nem sempre é necessário conhecer a medida de todos os lados e de todos os ângulos de dois triângulos
para verificar se eles são semelhantes.
Observe os três casos de semelhança de triângulos.
1º. Caso: Ângulo – Ângulo (AA)
Conhecemos dois ângulos dos triângulos em que:
​^​ ​^​ ​^​ ​^​
C​A ​ B ≅ C'​ 
A A B ​ C ≅ A'​ 
 ​'B' e ​ B ​'C'

DABC ~ DA'B'C'

Se dois triângulos têm dois ângulos correspondentes congruentes, então esses triângulos são semelhantes.

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2º. Caso: Lado – Ângulo – Lado (LAL)
​^​ ​^​
Conhecemos dois lados dos triângulos e o ângulo formado por eles, em que: ​ ____ ​  CA  ​ e C​A ​ B ≅ C'​ 
AB  ​ = ____ A
 ​'B'
A'B' C'A'

DABC ~ DA'B'C'

Demonstração:
    
No DABC, construímos DE​
​  de forma que AD​
​  = A’B’​
​  e DE​
​  // BC​
​ . 

Se dois triângulos têm dois pares de lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos por
esses lados são congruentes, então esses triângulos são semelhantes.

3º. Caso: Lado – Lado – Lado (LLL)


​  CA  ​ = ____
AB  ​ = ____
Conhecemos os três lados dos triângulos em que: ​ ____ ​  BC  ​ 
A'B' C'A' B'C'

DABC ~ DA’B’C’
Se dois triângulos têm os três pares de lados correspondentes proporcionais, então esses triângulos são
semelhantes.

Consequência da semelhança de triângulos


Observe os triângulos semelhantes ABC e A’B’C’:

   
Nesses triângulos, AH​
​  e A’H’​
​  são as alturas e AM​
​  e A’M’​
​  são as medianas.

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Pela semelhança de dois triângulos, é possível verificar que, se a razão de semelhança entre ABC e A’B’C’ é
um número real k, então:
AH  ​ = k
§§ A razão entre duas alturas correspondentes é k, ou seja: ​ ____
A’H’
AM  ​ = k
§§ A razão entre duas medianas correspondentes é k, ou seja: ​ ____
A’M’
a + b + c 
§§ A razão entre os perímetros é k. ​ _________  ​ 
=k
a’ + b’ + c’
 
Observação: Em um triangulo ABC qualquer, unindo os pontos médios dos lados ​AB​ e ​AC​,  obtemos um

segmento cuja medida é a metade da medida do terceiro lado BC​
​ . 

​ 1 ​ BC
MN = __
2
Essa consequência é conhecida como base média de um triângulo.

Portanto, os triângulos BPS e CQR são seme-


Teoria na prática
1. Encontre o comprimento do lado do quadrado lhantes (caso AA):
__
PQRS na figura a seguir: ​ 3x ​ ⇒ x2 = 6 ⇒ x = √
​  x  ​ = __
__ ​ 6 ​
2
2. Numa festa junina, além da tradicional brinca-
deira de roubar bandeira no alto do pau-de-
-sebo, quem descobrisse a sua altura ganharia
um prêmio. O ganhador do desafio fincou, pa-
ralelamente a esse mastro, um bastão de 1 m.
Medindo-se as sombras projetadas no chão pelo
bastão e pelo pau-de-sebo, ele encontrou, res-
pectivamente, 25 dm e 125 dm. Portanto, a altu-
ra do pau-de-sebo, em metros, é
Resolução: a) 5,0.
​^​ ​^​
Denominando o ângulo P​B ​ S = a e P​S ​ B = b, b) 5,5.
 c) 6,0.
temos que a e b são complementares. Como ​SR​ 
 ​ ​
^
​ ,  temos que A​S ​ R = a e, conse-
é paralelo a BC​ d) 6,5.
​^​ ​^​
quentemente, A​R ​ S = b. Da mesma forma, Q​C ​ R Resolução:
​^​
= b e C​R ​ Q = a:
Sabendo que a altura é proporcional ao com-
primento da sombra projetada, segue-se que a
altura h do pau-de-sebo é dada por
h   ​ =​ ___
​ ___ ​  125 ​ 
1  ​ ⇒ 25 × h = 125 ⇒ ___
125 25 25
⇒h=5m

Alternativa A

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3. Considere a imagem abaixo, que representa o Desse modo, pode-se afirmar que, com uma hora
fundo de uma piscina em forma de triângulo de viagem, a distância, em quilômetros, entre os
isósceles com a parte mais profunda destacada. dois navios e a velocidade desenvolvida pelo navio
C, em quilômetros por hora, serão, respectivamente:
a) 30 e 25.
b) 25 e 22.
c) 30 e 24.
d) 25 e 20.
e) 25 e 24.
Resolução:
O valor, em metros, da medida x é y = 18 ∙ 0,5 = 9 km
a) 2
b) 2,5 Logo, aplicando o teorema de Pitágoras:
c) 3 x2 + 92 = 152 ⇒ x2 + 81 = 225 ⇒ x2 =225 – 81
d) 4 ⇒ x2 = 144 ⇒ x = 12 km
e) 6
Depois de uma hora de viagem, as distâncias
Resolução: serão dobradas, portanto, a distância entre os
navios B e C será de 30 km.
O navio C se locomove de 12 km a cada meia
hora, ou seja, sua velocidade é de 24 km/h.
Alternativa C

5. Uma bola de tênis é sacada de uma altura de


21 dm com alta velocidade inicial e passa rente
à rede a uma altura de 9 dm.
O triângulo ADE é isósceles, logo AD = 8m. Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com
O triângulo ABC é semelhante ao triângulo ADE, o ar e do seu movimento parabólico, considere a
portanto: trajetória descrita pela bola como sendo retilínea
e contida num plano ortogonal à rede. Se a bola
​  x   ​ → 8x =24 ⇔ x = 3m
​ 2 ​ = ___
__
8 12 foi sacada a uma distância de 120 dm da rede, a
Alternativa C que distância dela, em metros, a bola atingirá o
outro lado da quadra?
4. Suponha que dois navios tenham partido ao
Resolução:
mesmo tempo de um mesmo porto A em dire-
ções perpendiculares e a velocidades constan- Considere a figura abaixo.
tes. Sabe-se que a velocidade do navio B é de A
18 km/h e que, com 30 minutos de viagem, a
D
distância que o separa do navio C é de 15 km,
conforme mostra a figura:
B E C
raio C
Os triângulos retângulos ABC e DEC são seme-
x
A C lhantes por AA.
Portanto, sabendo que AB = 21 dm, DE = 9 dm
y
15
e BE = 120 dm, temos:
raio B
​  BC  ​ ⇔ ___
​ AB ​ = ___
___ ​ 120 + ​
​ 21 ​ = ________EC 
 ⇒
DE EC 9 EC
⇒ 7 ∙ EC = 360 + 3 ∙ EC
B
⇒ EC = 90 dm = 9 m
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CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 12 - Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.

Dentro do terceiro eixo-cognitivo do Enem, a habilidade 12 exige do aluno a capacidade de resol-


ver uma situação proposta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem) A rampa de um hospital tem na sua parte mais elevada uma altura de 2,2 metros. Um
paciente ao caminhar sobre a rampa percebe que se deslocou 3,2 metros e alcançou uma altura de
0,8 metro.
A distância em metros que o paciente ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa
é.
a) 1,16 metros.
b) 3,0 metros.
c) 5,4 metros.
d) 5,6 metros.
e) 7,04 metros.

Análise Expositiva

Habilidade 12
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utilizar seus conheci-
mentos de geometria básica para a resolução da mesma.

Alternativa D

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