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Introdução:
Para que possamos explanar de forma sucinta e correta a respeito do tema que se
mostra de um tanto complexo nos dias atuais, iremos apresentar as duas teorias
que hoje se mostram conflitantes em varias partes de suas concepções,
colocando e utilizando de informações de seus melhores doutrinadores e não se
baseando somente em um, para que assentemos de forma satisfatória todos os
pensamentos a respeito do tema.
1. Teoria clássica
Essa teoria é chamada de clássica não à toa, é a mais antiga dentre as duas a
ser apresentadas, a presente teoria diz exatamente que os sujeitos de direito
internacional, ou seja, aqueles que possuem a personalidade jurídica internacional
são somente os Estados e as organizações internacionais que são formadas por
Estados. Nesse primeiro momento podemos colocar o direto civil brasileiro para
melhor entendimento, onde os Estados seriam as pessoas naturais e as
organizações internacionais seriam as pessoas jurídicas. Historicamente temos
que os Estados pós-primeira guerra mundial eram os únicos que realmente
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detinham a tal personalidade jurídica internacional, começando a transmitir essa
personalidade e se ornar capaz de adquirir direitos e contrair obrigações
internacionais no inicio do século XX para as chamadas e já referidas
organizações internacionais.
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matéria de direitos humanos ou direitos que viriam a ser garantidos por um Estado
que tenha ratificado um tratado que verse sobre matéria que o ator internacional
venha a reclamar em jurisdição internacional.
Com tais colocações feitas até aqui nos surge uma necessidade de conceituar ator
internacional. para Varella ator internacional é " atores internacionais são todos
aqueles que participam de alguma forma das relações jurídicas e políticas
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internacionais". Percebemos então que tal teoria atribui uma "capacidade jurídica
internacional temporária" a esses sujeitos que podem ser tanto uma pessoa física
com uma pessoa jurídica. Os autores mais clássicos assim já diziam, capaz de
contrair obrigações e direitos internacionais de caráter permanente e único onde
nesse caso só se encaixariam os Estados.
Por fim podemos citar a frase do nosso eminente professor Marcelo D. Varella
que intitula a posição solida dos que admitem a teoria clássica nos tempos atuai
que tirou justamente de uma arbitragem entre a Texaco-Calasiatic e a Líbia na
data de 19.01.1977. “... Assim não significa que apenas os Estados têm
competências e capacidades internacionais. No entanto, as capacidades e
competências internacionais dos demais atores apenas poderão ser exercidas
para garantia dos direitos concedidos pelos Estados e não de forma
indeterminada".
Essa teoria que veio com a evolução do próprio DIP ao longo da historia como
salienta Celso D. Albuquerque Mello "A cada comunidade histórica a vida
internacional correspondem diferentes sujeitos de direito." Nosso eminente
professor coloca justamente que os sujeitos de direito vão sendo "atualizados" de
acordo com a nossa evolução no tempo. Podemos afirmar que a teoria hora em
analise começou a se desenvolver de uma forma abstrata quando se atribuía tal
personalidade a somente o sujeito, o homem. Começou a se assentar o
entendimento com a interpretação de alguns tratados a luz de doutrinas clássicas,
podemos citar Wegler que diz que sujeito de direito é aquele "que pode ser
destinatário de uma sanção internacional”. Para explicarmos como essa afirmação
do nosso doutrinador da era clássica encaixa para a teoria humanista iremos
justamente à origem da corte penal internacional ou tribunal penal internacional.
Os tribunais internacionais com esse poder de sanção surgiram primeiramente em
Nuremberg e Tóquio, para julgar e punir os crimes cometidos por alemães e
japoneses na segunda guerra mundial. Em 1996 até o fim do ano subsequente e
de acordo com precedentes históricos a corte indiciou setenta e oito suspeitos e
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condenou dois deles. Outro tribunal com competências e atribuições de mesma
natureza foi o da Tanzânia que tinha a competência de julgar, indiciar e condenar o
massacre genocida de mais de um milhão de pessoas em Ruanda no ano de
1994. Até esse poento nós podemos discorrer sobre tribunais que possuíam a
mesma natureza do tribunal pena internacional de hoje, mas diferem somente no
quesito temporal, onde os tribunais anteriores foram feitos no sentido de coibir
crimes específicos e apurara casos específicos que quando satisfeitos tais
atribuições o tribunal encerra seus trabalhos, já o atual que foi estatuído em 1998
em uma conferencia em Roma, tem um caráter de tribunal pena internacional
permanente sediado na cidade de Haia.
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escopo a proteção do meio ambiente que existem convenções mais genéricas a
respeito e protocolos regulando essas questões, ou então uma empresa em que
visa melhorar as condições de trabalho de seus funcionários. Em segundo lugar o
autor menciona “ter uma organização que lhe permita entrar em relações com os
demais sujeitos internacionais, bem como ser responsável pelo seus atos". Com
tais considerações podemos perceber que o ator que preencher esses requisitos
hora somente um e hora ambos será considerado um ator internacional e não um
Estado como o autor menciona. Posteriormente Celso Mello fala justamente que a
posição colocada de que o Estado funda o DIP estabelecendo normas gerais para
que os outros entes se encaixem pra obter um personalidade jurídica internacional
se mostra um pouco ultrapassada nos dias de hoje, e que a posição mais cabível
ao nosso estagio atual seria que o Estado se capacita a posteriori, e em suas
palavras, “... o Estado surge como um fato encarnando o grande poder na
sociedade internacional", e diz que não existe a chamada norma geral
preexistente mas sim uma legalização que o Estado se da, e que os atores são
criados pelo próprio Estado, mas não deixamos de notar que na falta dessa norma
geral que estatuem condições para eventualidades atribuições de personalidade
jurídica internacional a outros que não sejam os Estados, a comunidade
internacional terá de fazê-la de uma forma ou de outra, pelo fato de ao passar do
tempo mais essa teoria indaga aos apoiadores da teoria clássica como seria
possível que um homem comum nos dias atuais peticione, reclame, outorgue e
seja sancionado perante jurisdição internacional e mesmo assim não possuir
personalidade jurídica internacional.
3. Conclusão
Para este ultimo momento do nosso trabalho temos que logo de primeira
assentar a posição correta que devemos atribuir ao cenário atual do DIP. Dessa
forma nos encontramos em uma questão um pouco difícil, pois as duas teorias
possuem partes corretas e erradas da mesma forma, mas, temos uma das duas
que se mostra mais correta, que seria justamente a teoria clássica.
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portanto, haveria novos titulares de direito", mas o sujeito do DIP continua sendo o
Estado, o homem ou as empresas privadas não possuem capacidade para
celebrar tratados só se essa permissão e poder for concedido pelo Estado.
Por fim, fazendo um paradoxo breve com o direito penal, poderíamos explicar a
posição de o Estado atribuir essa "personalidade temporária" a outros entes a luz
da teoria do conditio sine qua non, que menciona um procedimento hipotético de
eliminação, ou seja, eliminando a conduta do agente no iter crminis e o crime não
vem a acontecer essa conduta se torna uma causa, pois é uma condição do
resultado, em outras palavras, se não houvesse aquela conduta o crime não teria
acontecido, passando essa teoria para o nosso caso explico, quando o Estado
firma um tratado com outro sobre a feição de um tribunal de jurisdição
internacional que irá julgar crimes contra a pessoa humana, ele negocia (formula o
texto que posteriormente irá ser positivado) e depois ratifica o positivando e
engajando trazendo direitos e obrigações para aqueles Estados, nesse caso a
sanção iria obedecer a mesma questão colocada no tribunal penal internacional,
iria recair sobre o responsável, dessa forma poderia ser uma empresa ou uma
pessoa ou ate um Estado, certo, agora olharemos esse itinerário da feição desse
tratado e do referido tribunal, que seria o seu conteúdo, se nós eliminarmos a
negociação e a feição do texto que atribuía a "personalidade temporária" aos
outros entes não Estados eles não teriam a referida personalidade caindo
novamente na afirmação de Varella de que o direito foi atribuído pelos Estados
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( no nosso caso na negociação e a feição do texto positivado que da essa
personalidade aos não Estados), e que há novos titulares desse direito, mas o
único titular integral dessa personalidade continua sendo o Estado.
Bibliografia
(De Albuquerque Mello, Celso. Curso de direto internacional publico 12ª edição I
volume, 1999)
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