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Andreia Dias, José Monteiro, Francisco Borges, João Prata e Rute Pegado
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RESUMO
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................3
CONCLUSÕES ................................................................................................................................. 10
Índice de figuras
Figura 2.Célula eletroquímica microbiana ..............................................................................................5
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INTRODUÇÃO
Já imaginou ficar sem luz em casa, na rua, não poder usar (ou ficar preso no) elevador, estragar a comida
no frigorífico, nem mesmo poder assistir um filme, telefonar, ou conectar-se à internet, por falta de energia?
Cada vez mais, as cidades deverão garantir um abastecimento a 100% de energia elétrica: os prejuízos
causados pela falta de energia serão cada vez maiores, tanto no sector público quanto no privado.
Contudo, como ainda não existem fontes inexauríveis de energia elétrica à nossa disposição – e as redes
elétricas, como tudo neste mundo estão sujeitas a falhas. Assim, é da nossa responsabilidade gerir os
recursos energéticos de que dispomos de forma a não comprometer as gerações futuras.
Num esforço global para combater as alterações climáticas, as cidades têm uns dos maiores potenciais
para fazer a diferença. Com o crescimento da migração para áreas urbanas, as cidades não têm escolha a
não ser apostar em novas fontes de energia, que produzam o mínimo impacto nos ecossistemas. A energia
deverá ser o foco principal desse esforço. Desde a expansão de fontes renováveis até a adoção de
tecnologias de ponta de eficiência energética e armazenamento, as cidades têm a oportunidade de reduzir
drasticamente as suas emissões de carbono
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Pb + SO4 2–
→ PbSO4 + 2e– (1)
Esses eletrões extras então fluem para o pólo positivo, onde ocorre a seguinte reação:
O constante fluxo de eletrões do ânodo para o cátodo (polo negativo para o polo positivo) cria uma
corrente que pode ser usada para dispositivos de alimentação elétrica. A função inicial das baterias de carro
é para ligar o motor através da energia elétrica e, portanto, deve ser capaz de gerar alta tensão, uma
variável dependente da corrente. Numa célula de combustível bacteriana a saída de tensão não será tão
alta, mas uma corrente é criada e, portanto, produz-se energia elétrica. As bactérias crescem naturalmente
na superfície negativa, formando uma colónia altamente estável, chamada biofilme. O outro terminal é
colocado nas águas límpidas acima. As bactérias no ânodo alimentam-se da decomposição de materiais
vegetais fornecidos pelos sedimentos, oxidando desta forma vários compostos orgânicos, incluindo o ião
acetato, a dióxido de carbono, iões de hidrogénio e eletrões. A equação química para a oxidação do ião
acetato é:
A redução e oxidação em diferentes locais significa que eletrões vão ser libertados e consumidos em
polos diferentes, permitindo o fluxo consistente de eletrões através do fio sendo um processo análogo à
bateria de chumbo, em meio ácido no carro. Para definir o poder gerado deve-se examinar o crescimento
do biofilme e quão rápido a oxidação ocorre no ânodo, em última análise, examinando quão rápido os
eletrões se movem entre os dois elétrodos. A Figura 2 representa este processo. Uma simples célula de
combustível microbiana que produz energia através da criação de um biofilme de bactérias G. sulfurosas
no ânodo que promovem a redução no cátodo. A entrada de "resíduos" no ânodo é uma mistura de
componentes orgânicos, incluindo o ião acetato.
MATERIAL E MÉTODOS
I-Parte Eficiência Energética
Iniciámos o projeto, com um inquérito, online, anexo I, e entrevistas à população, sobre a temática, isto
é, formas de poupar energia, aparelhos de maior consumo, tarifa bi-horária e tri-horária, leitura e
interpretação das faturas de eletricidade, análise de consumos, termo-fixo e termo variável. Após a análise
dos resultados, comunicámos as principais conclusões, nas redes sociais, em vídeo e ao departamento de
ambiente do Município de Oliveira do Hospital.
II-Parte
Prepararam-se três amostras aquosas de solo: Colocou-se um filtro de plástico ou coador sobre uma tigela
grande e mediu-se cerca de 500 mL de solo. Agitou-se suavemente o filtro sobre a tigela para que a
amostra ficasse isenta de quaisquer partículas pequenas e duras (como pedras, seixos, galhos, etc.). 1
Acrescentou-se água destilada e misturou-se até que a lama do solo se parecesse com massa de “biscoito”.2
Retiraram-se amostras de água de cada recipiente e fizeram-se meios de cultura, em caixas de petri
esterilizadas, usando o método de difusão em agar-agar. Preparou-se igualmente um meio de cultura com
água proveniente de fossas séticas. Incubaram-se as caixas de petri em estufa a 37 ºC Rotularam-se todos
os recipientes com o tipo de solo (A-composto de plantas, B- solo de jardim, C-Mistura dos dois tipos solo)
e adicionou-se a cada tipo de solo cerca de 5 de mL de água de fossas séticas.
Nota de segurança: O cátodo e ânodo da célula (os elétrodos) são feitos de um material condutor
chamado fibra de grafite. Não colocar o cátodo ou o ânodo perto de aparelhos eletrónicos ou plugues de
alimentação e não disperse as fibras no ar, pois as fibras causarão escassez elétrica quando em contato
com a eletrónica. Proceder á montagem do ânodo ligando o fio verde ao elétrodo de grafite mais fino.
Repetiram-se os passos 6 e 7 usando o cátodo (o mais espesso, preto, círculo feltro) e o fio laranja (que é
menor que o fio verde).
1
É importante remover essas partículas do solo porque podem arejar o solo e inibir o crescimento das bactérias desejadas (as
bactérias não querem ser expostas ao oxigénio).
2
Adicionar
mais água se a lama estiver muito quebradiça ou adicione mais solo se a mistura parecer muito húmida.
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Montou-se o circuito com solo compactado entre os elétrodos e mediu-se a diferença de potencial, em
triplicata, para diferentes resistências, 100, 460, 1000 e 2200 Ω, ao longo de uma semana, nos diferentes
recipientes. As células de combustível microbianas foram colocadas em ambientes fechados à temperatura
ambiente normal (cerca de 19-25 ° C).
Posteriormente, após analisar o solo que apresenta melhores resultados, colocou-se a hipótese de um solo
enriquecido com sais aumentar a potência da pilha. Desta forma, recolheu-se uma amostra de solo
proveniente de fossas séticas, dividiu-se por cinco copos (E, F, G, H e I) e enriqueceu-se o solo com
diferentes proporções de sais, de acordo com a percentagem existente no composto para plantas, a saber:
hidrogenofosfato de potássio (K2HPO4) 0,1 %, hidrogenofosfato de amónio ((NH 4)2HPO4) 0,5%, sulfato de
magnésio (MgSO4) 0,1% À amostra E foi ainda adicionada 2% de sacarose, a amostra F foi acidificada
com ácido acético, pH=5,5, a amostra G, foi adicionada 2% de sacarose e acidificada com ácido acético,
pH=5,5. À amostra H foi apenas adicionada os sais, controlo positivo e a amostra I funcionou como controlo
negativo, sendo apenas constituída por solo recolhido.
No sentido, de aumentar a potência da pilha, foram ainda construídas membranas que funcionam como
ponte salina, para permitir e facilitar a troca iónica e manter a neutralidade do meio. Por outro lado,
pretendeu-se construir membranas, que fossem permeáveis à agua de forma a que a água que fluísse para
o cátodo fosse livre de matéria orgânica.
As membranas foram construídas misturando-se 75 g de cloreto de sódio com 200 mL de água e 5 g de
agar-agar comercial. Levou-se à ebulição com agitação constante e colocou-se a arrefecer à temperatura
ambiente.
Por fim, procedeu-se à montagem das pilhas colocando a membrana entre os elétrodos e mediu-se a
diferença de potencial, nos terminais das resistências em que a pilha demonstrou melhor desempenho na
primeira atividade.
Desta forma, supusemos que um meio rico em sais (hidrogenofosfato de potássio (K2HPO4),
hidrogenofosfato de amónio ((NH4)2HPO4) e sulfato de magnésio (MgSO4) ), otimizava a potência da pilha,
assim preparámos os meios E, F, G, H e I e constatou-se que o meio que otimiza a pilha bacteriana é o
meio constituído por sais, sacarose e ligeiramente ácido (pH=5,5), meio G. No meio constituído apenas por
sais, I, a tensão da pilha permaneceu constante e foi menor que nos restantes meios.
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CONCLUSÕES
No que concerne à eficiência energética verifica-se que a maioria dos inquiridos não sabe interpretar a
fatura da eletricidade, quando escolhem um eletrodoméstico têm mais em conta o preço do que a eficiência
energética.
No que se refere à sustentabilidade desenvolvemos três tipos de pilhas bacterianas, com diferentes
amostras de solo e constatámos que a potência elétrica é maior quando usamos substrato para plantas
enriquecido com água proveniente de fossas séticas, provavelmente, esta diferença deve-se ao facto do
composto para plantas ser enriquecido com sais, que promovem a troca protónica, aumentando a eficiência
da pilha. Assim, preparámos cinco pilhas bacterianas em meios diferentes e desenvolvemos membranas
de cloreto de sódio, sal comum, que promovem a troca protónica (iões H +) e são permeáveis à água.
Concluímos que o meio que otimiza as pilhas bacterianas são um meio enriquecido com sais, açucar e
acidificado (pH=5,5).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aelterman, P. (2009). Microbial fuel cells for the treatment of waste streams with energy ecovery. Ph.D.
Thesis, Gent University, Belgium.
Bockris, J. O. M. S. S., & Srinivasan, S. (1969). Fuel cells-Their electrochemistry, 1st ed. McGraw-Hill, New
York, pp. 525-531. ISBN 0070063451.
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