Prof.

María del Carmen Palopolí

JugArte
La importancia del juego
en la enseñanza de las artes visuales
 Palopoli, María del C a r m e n
Jugarte - 1 a e d . - B u e n o s Aires : B o n u m , 2 0 0 6 .
112 p . ; 2 2 x 1 5 c m .

ISBN 9 5 0 - 5 0 7 - 9 5 5 - 9
mi hija Sofía, que con dos años y medio volvió a despertar en
1 . A r t e s Plásticas-Juegos. 2 . A r t e s P l á s t i c a s - E n s e ñ a n z a . I . T í t u l o mí esa niña interior que participa de la experiencia mágica y
C D D 730.7 : 372.52 transportadora que es el juego.

Director del Departamento de E d u c a c i ó n : Dr. Julio C é s a r L a b a k é A mi mamá y su escondida vocación docente y de escritora.

D i a g r a m a c i ó n : Betón A mi esposo, por seguir creyendo y

C o r r e c c i ó n : Lorena Klappenbach acompañándome en mis proyectos.
© 2 0 0 6 C o p y r i g h t por Editorial B o n u m
Av. Corrientes 6 6 8 7 - C 1427 BPE A mi querida Escuela N° 4 D.E. 11 "Benjamín Zorrilla",
Buenos Aires - A r g e n t i n a que sembró mi infancia de potencialidades artísticas.
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en C o l o r EFE, Paso 1 9 2 , Avellaneda, Buenos Aires, A r g e n t i n a .
Tirada: 1 3 0 0 A la Prof. Cristina Ferreras

A Martina y Delfina Licursi

No se p e r m i t e la reproducción parcial o t o t a l , el a l m a c e n a m i e n t o , el a l q u i l e r , lo
transmisión o la transformación de este l i b r o , en c u a l q u i e r f o r m a o por c u a l q u i e r m e d i o ,
sea electrónico o mecánico, m e d i a n t e f o t o c o p i a s , digitalización u otros métodos, sin
el p e r m i s o p r e v i o y escrito del editor. Su infracción está p e n a d a p o r las leyes 11 7 2 3 y
25446.-
4 JugArte Prof. María del C a r m e n PalopoM

Indice

Q u e r i d o s lectores 7
Introducción 9
Aprendizaje y Juego 13
¿Por qué y p a r a qué j u g a r j u e g o s visuales? 17
L a percepción c o n u n a m i r a d a e d u c a t i v a 21
Producción, u n a p a l a b r a p a r a t o m a r e n serio 25
La p r e s e n c i a Púdica en el a r t e 27
Introducción al d e s a r r o l l o de las estrategias 37
Juegos p a r a favorecer l a producción 39
J u e g o reglado 40
A p o n e r el c u e r p o 44
J u e g o de geometría y creación 46
Se busca un sombrero 49
Doblando, doblando... la forma logrando 51
Foto-rueda 54
Juego de máscaras 56
Cada c u a l c o n s u m i t a d 58
Rayuela: c o n los colores de la t i e r r a y el cielo 60
A u t o m a t i s m o c o n música 62
Juegos p a r a d e s a r r o l l a r l a percepción 67
Búsqueda d e l t e s o r o artístico 68
Paisaje c o n rompecabezas 71
J u e g o de los e r r o r e s 75
C u a d r o s p a r a c r e a r recetas 78
Juego d e las p a l e t a s 81
Memotest 82
Cuadros intercalados 86
Juego cinético 88
C u a d r o s que e s c o n d e n j u e g o s 90
Juego p a r a p r o d u c i r y p e r c i b i r 95
C u a d r o s de c o n t e n i d o s y a r t i c u l a c i o n e s 99
bibliografía 103
Anexo de i l u s t r a c i o n e s 105
Querídos lectores:

Con a l g u n o s de ustedes n o s volvemos a e n c o n t r a r en las páginas

de este n u e v o l i b r o ; c o n otros recién nos estaremos conociendo.
Esta vez fue la i d e a de u n i r juego-arte, arte juego la que me llevó a
recopilar las experiencias realizadas, i n v e s t i g a n d o y c r e a n d o p a r a
ser c r i s t a l i z a d a s en este l i b r o , a fin de d a r al docente o al c o o r d i n a -
dor de g r u p o a l g u n a s h e r r a m i e n t a s que le p e r m i t a n acercar a los
a l u m n o s c o n o c i m i e n t o s significativos p a r a ellos.
Sabiendo que e l j u e g o , como e l arte, ejercen u n efecto d i r e c t o
sobre las personas, especialmente en los niños, me p r o p u s e a t r a -
vés de los dos c o m p o n e n t e s , el artístico y el lúdico, e s t i m u l a r los
sentidos, d a r v u e l o a la imaginación y fantasía, ensayar el acierto-
error, p r o v o c a r el e n t u s i a s m o , d e s c u b r i r el a s o m b r o en el o t r o y en
nosotros m i s m o s .
Presento el j u e g o como un m e d i o o f a c i l i t a d o r del aprendizaje,
enfocado especialmente pero no de f o r m a exclusiva, a las a r t e s v i -
suales. M u c h o s d e los j u e g o s s o n u t i l i z a d o s como p u n t o d e p a r t i d a
para desembocar luego en actividades plástico-visuales, a p l i c a n d o
0 fijando los c o n t e n i d o s p r o p i o s del lenguaje seleccionados c o n a n -
t e r i o r i d a d p o r el docente.
Todo j u e g o n o s p r e d i s p o n e a ser creativos, nos p e r m i t e la d i v e r -
sión, la f l e x i b i l i d a d , en a l g u n o s casos el c a m b i o de roles de los p a r -
ticipantes. T e n i e n d o en c u e n t a estos aspectos le sugiero al docente
que se p e r m i t a a d a p t a r estas p r o p u e s t a s lúdicas y m o d i f i c a r l a s de
acuerdo a las necesidades del g r u p o o a las p r o p i a s según el r e c o r r i -
do que desea realizar.
Podrá a j u s f a r también el g r a d o de d i f i c u l t a d de l o s m i s m o s
según la e d a d , formación y c o n o c i m i e n t o s p r e v i o s de l o s p a r t i c i -
pantes.
M u c h o s de los j u e g o s serán reconocidos p o r ustedes, p o r h a b e r -
los j u g a d o en algún m o m e n t o de la v i d a o p o r q u e s o n p a r t e de n u e s -
tro acervo lúdico-cultural. Mi m i r a d a no se centró s o l a m e n t e en la
sociedad u r b a n a d o n d e la oferta de j u e g o s y j u g u e t e s es a b r u m a d o -
8 JugArte

r a ; también t u v e e n c u e n t a o t r a s r e a l i d a d e s q u e están m u c h o m e - introducción

n o s c o n t a m i n a d a s de c o n s u m i s m o y m u y ávidas de p r o p u e s t a s
creativas.
En síntesis, esta es u n a invitación al j u e g o , al aprendizaje, a
d e s c u b r i r el m u n d o plástico-visual desde el hacer-jugando y el ju- " E L ARTE ES UNA MENTIRA QUE NOS AYUDA A COMPRENDER LA VERDAD. "
gar-viendo. PABLO PICASSO
S i e m p r e es t i e m p o de j u g a r , no nos neguemos esa o p o r t u n i d a d y
compartámosla c o n los o t r o s .

María del Carmen Este t r a b a j o surge de mi l a b o r práctica y de investigación c o n -

2006 creta en el c a m p o pedagógico de la educación plástico-visual. En el
t r a n s c u r r i r d e los años, v e i n t e desde m i s c o m i e n z o s , m e vengo
desempeñando e n e l n i v e l p r i m a r i o , i n c u r s i o n a n d o también e n l a
enseñanza d e l área en los profesorados de Nivel I n i c i a l , P r i m a r i a y
en la U n i v e r s i d a d (dentro d e l m a r c o de la c a r r e r a de Ciencias de la
Educación). También formé p a r t e d e l área de acción e d u c a t i v a d e l
Museo de A r t e s Plásticas " E d u a r d o Sívori" (1987-1990) y M u s e o Na-
cional del G r a b a d o (1993-1996) lo que me permitió a b a r c a r el a m -
plio espectro de la educación del lenguaje v i s u a l desde el ámbito
escolar y f u e r a de él.
F u i o b s e r v a n d o las carencias y fallas del s i s t e m a e d u c a t i v o y de
los docentes d e l área, en p a r t i c u l a r en lo que se refiere a la didáctica
y al p r o y e c t o pedagógico a d e s a r r o l l a r . Observé la desconexión exis-
tente e n t r e el c a m p o de los c o n t e n i d o s y la didáctica, es d e c i r la
f o r m a de t r a n s m i t i r esos c o n t e n i d o s . Traté entonces de e n c o n t r a r
u n a p r o p u e s t a metodológica p a r a m e j o r a r las c o n d i c i o n e s y r e s u l -
tados d e l proceso de enseñanza-aprendizaje c o n m i s a l u m n o s .
En la mayoría de los niveles, sobre todo en el p r i m a r i o , se percibe
u n carácter f r a g m e n t a r i o e n l a enseñanza q u e a l c a n z a también l a
educación plástica-visual.
Los a l u m n o s c o n s i d e r a n las actividades e n f o r m a a i s l a d a y s i n
relación u n a s c o n o t r a s .
Esto puede ser analizado en el área que me compete, lo c u a l
arroja como r e s u l t a d o u n a g r a n v a r i e d a d d e c o n t e n i d o s presentes
en las currículas s i n q u e el docente p u e d a hacer u n a selección ade-
c u a d a de los m i s m o s . O t r a s veces sucede que el énfasis está p u e s t o
en la técnica a u t i l i z a r , recayendo el c o n o c i m i e n t o así en los conte-
nidos p r o c e d i m e n t a l e s y o t r a s t a n t a s en los c o n t e n i d o s p r o p i o s del
10 JugArte
lenguaje (conceptuales) s i n lograr u n a integración a d e c u a d a de los
mismos.
Es p r o p i o ver que desde el sistema educativo y las i n s t i t u c i o n e s
también se acentúa este carácter f r a g m e n t a r i o al d a r m a y o r rele-
v a n c i a a las áreas q u e e s t r u c t u r a n los c o n o c i m i e n t o s en f o r m a acu-
m u l a t i v a (la secuencia de los m i s m o s se percibe como más lógica c
n a t u r a l , p o r ejemplo: s u m a r , m u l t i p l i c a r , d i v i d i r ) en desmedro de
l a s áreas artísticas.
En el caso d e l área que me compete, la educación plástica, ha-
b l a m o s d e u n a c u r r i c u l a e n espiral, y a que s e t r a t a n los mismos
c o n t e n i d o s en el t r a n s c u r s o de los años profundizándolos en f o r m a
g r a d u a l . Lo que sucede m u c h a s veces es que a l g u n o s docentes cor
f a l t a de c r i t e r i o r e p i t e n los m i s m o s c o n t e n i d o s año t r a s año. As:
n i e g a n a l a l u m n o l a p o s i b i l i d a d d e a m p l i a r los conceptos aprendi-
dos y p r o v o c a n el c o n s e c u e n t e desinterés y m u c h a s veces la apatía
A l g u n a s de las razones que h a n p r o p i c i a d o esta situación p u e -
d e n ser:
-La i n f l u e n c i a de concebir la educación artística como desarrollo
de la autoexpresión creativa, considerando de esta m a n e r a que cual-
q u i e r a c t i v i d a d artística p e r m i t e por sí sola c o n s e g u i r un desarrolle
en ese s e n t i d o .
-La desconexión q u e se p r o d u c e e n t r e la formación teórica reci-
b i d a en los profesorados de enseñanza artística y la "bajada concre-
ta" al aula.
-La f a l t a de c r i t e r i o s lógicos, locales o regionales, a la h o r a de
a r m a r los proyectos pedagógicos que r e s p o n d a n a un modelo d<
país y no a intereses políticos o m o d a s de t u r n o .
Más allá de estas cuestiones no podemos dejar de c o n s i d e r a r e
aprendizaje del arte como u n hecho complejo d o n d e i n t e r v i e n e r
aspectos personales, psicológicos, sociológicos y c u l t u r a l e s .
Teniendo en c u e n t a todo esto me propuse hacer un modesto apor
te en el c a m p o de la didáctica de las artes plásticas u n i e n d o do;
c o m p o n e n t e s esenciales en la v i d a de t o d a persona: el juego y el
arte.
Como dije a n t e r i o r m e n t e t a n t o el j u e g o como el arte ejercen ur
efecto d i r e c t o sobre las personas, especialmente en los niños. C o n
cientes de esto, los docentes debemos hacer que n u e s t r a s accione;
metodológicas t e n g a n r e s u l t a d o s d e v i t a l i m p o r t a n c i a p a r a e l a l u m
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 11
no. Si c o n s i d e r a m o s que ese niño, en el t r a n s c u r s o de su v i d a , se
transformará en un c o n s u m i d o r v i s u a l y potencial p r o d u c t o r de imá-
genes no p o d e m o s dejarlo, desde la educación artística escolariza-
da, s i n h e r r a m i e n t a s básicas p a r a su f u t u r o ; de lo c o n t r a r i o se c o n -
vertirá así en un receptor pasivo que recibe b o m b a r d e o s v i s u a l e s
cargados de información que no puede decodificar.
Vemos d e esta m a n e r a que l a i m p o r t a n c i a f o r m a t i v a del arte t r a s -
ciende l a c o t i d i a n e i d a d del a u l a p a r a alcanzar l a v i d a m i s m a , n o
sólo en su aspecto c u l t u r a l y social sino m u c h a s veces también en
el profesional.
La Asociación I n t e r n a c i o n a l p o r el Derecho del Niño a J u g a r (IPA)
considera a l a r m a n t e "la indiferencia de la sociedad a la importancia
del juego" y "el sobreénfasis en los estudios teóricos y académicos en
las escuelas."
También advierte sobre "la preparación inadecuada de los niños
para enfrentarse con la vida en una sociedad rápidamente cambiante"'
T a n t o el j u e g o como el arte f o r m a n p a r t e de la c o m u n i d a d y es-
tán presentes de u n a u o t r a m a n e r a desde la v i d a f a m i l i a r , p e r m i -
tiendo a c a d a i n d i v i d u o d e s a r r o l l a r l a a u t o e s t i m a , favorecer l a d i -
versión, a c r e c e n t a r el sentido de pertenencia, conservar j u e g o s t r a -
dicionales y v a l o r a r el p a t r i m o n i o c u l t u r a l .
IPA a f i r m a en el artículo 7 de la Declaración de los D e r e c h o s del
Niño de las Naciones U n i d a s : "El niño tendrá plena oportunidad para
el juego y la recreación, la que debería ser dirigida hacia los mismos
propósitos que la educación; la sociedad y las autoridades públicas
deben procurar promover el goce de este derecho. " 2
P a r t i c u l a r m e n t e me atrevería a i n c l u i r también el derecho al arte,
no sólo c o n s i d e r a d o c o m o goce estético s i n o como f o r m a t i v o de ca-
pacidades i n t e l e c t u a l e s . J u e g o y arte, arte y j u e g o v a n en la m i s m a
dirección q u e la educación; no me explico por qué a esta a l t u r a de
los a c o n t e c i m i e n t o s todavía esto no se l o g r a i n c o r p o r a r en el siste-
ma educativo.
E l l i b r o está c o m p u e s t o d e dos partes, por u n lado l a f u n d a m e n -
tación teórica c o n capítulos que n o s p e r m i t e n r e f l e x i o n a r sobre el
I y 2. IPA (Asociación Internacional por el Derecho del Niños a Jugar). El juego: nece-
sidad, arte y derecho, Buenos Aires, Bonum, 1996.
12 JugArte
j u e g o y el arte, su inclusión en la educación y p a r a qué s i r v e n los
juegos visuales.
E n l a o t r a p a r t e e l lector encontrará los j u e g o s p r o p i a m e n t e d i -
chos, los cuales están d i v i d i d o s en j u e g o s p a r a p r o d u c i r y j u e g o s
p a r a p e r c i b i r . Están a g r u p a d o s según a y u d e n a ejercitar o d e s c u -
b r i r nociones de f o r m a , espacio, relación f i g u r a - f o n d o y color y p o r
o t r o lado, los que p e r m i t e n un ejercicio de la observación y a g u d i -
z a n los s e n t i d o s . Todos f u e r o n diseñados t e n i e n d o en c u e n t a o b j e t i -
vos pedagógicos, p o n i e n d o el acento en ejes temáticos q u e c o n s i d e -
ré i m p o r t a n t e s como:
-la noción de género (naturaleza m u e r t a , paisaje, figura h u m a n a ) ;
- l a valoración del arte no f i g u r a t i v o a p a r t i r del a c e r c a m i e n t o a
las v a n g u a r d i a s y p o s v a n g u a r d i a s ;
-el énfasis p u e s t o en el a r t e u n i v e r s a l , l a t i n o a m e r i c a n o , n a c i o n a l
l o c a l o r e g i o n a l , p e r m i t i e n d o u n a familiarización y valoración del
patrimonio c u l t u r a l nacional y universal.
El l i b r o surge como r e s p u e s t a a u n a necesidad en el ámbito de la
educación plástica c o n e l f i n d e p r o p o r c i o n a r u n aprendizaje s i g n i -
ficativo, s u s t e n t a d o en la transmisión sólida de conceptos pedagó-
gicos y favoreciendo el desarrollo de capacidades i n t e l e c t u a l e s .
S u l e c t u r a n o e s l i n e a l , y a que n o s e t r a t a d e a b o r d a r l o como u n
s i m p l e l i b r o d e texto, s i n o más b i e n como u n p r o d u c t o " a b i e r t o " e n
l a m e d i d a que cada u n o d e ustedes p u e d a h a c e r los aportes, m o d i f i -
caciones y combinaciones necesarias p a r a que r e s p o n d a n de la mejor
m a n e r a a las expectativas e d u c a t i v a s .
Sabiendo y t o m a n d o c o n c i e n c i a de que t o d a s las realidades no
s o n iguales es p e r t i n e n t e flexibilizar n u e s t r o t r a b a j o a p o r t a n d o dos
c o m p o n e n t e s básicos: el juego y el arte o el arte y el juego, p a r a
a d a p t a r las p r o p u e s t a s según n u e s t r a s necesidades pedagógicas y
las de los a l u m n o s .
Aprendizaje y Juego
"UN CAMINO PROPIO, DIFERENTE DE LOS CAMINOS DE LOS OTROS.
ÉSA ES LA GENIALIDAD DE LA VIDA HECHA OBRA: EL CAMINO".
J A I M E BARYLKO
C o m p a r t o c o n m u c h o s de m i s colegas docentes y c o n a l g u n o s
autores especializados e n e l t e m a del j u e g o l a preocupación p o r l a
falta de inserción d e l m i s m o en los e s t a b l e c i m i e n t o s de formación
t e r c i a r i a o u n i v e r s i t a r i a , como así también en la p r i m a r i a y la se-
c u n d a r i a . C o m o vemos es un p r o b l e m a generalizado a lo largo de
todos los años de e s t u d i o sistematizado.
Al p a r t i c i p a r de la cátedra de Educación Artística y su didáctica,
en la c a r r e r a de Ciencias de la Educación de la U n i v e r s i d a d Católi-
ca, c o n la Lic. en Música A l i c i a Carusiello, observábamos q u e los
a l u m n o s q u e d a b a n perplejos ante las p r i m e r a s p r o p u e s t a s d e j u e -
go. Se m i r a b a n extrañados y preguntándose: "¿qué hago yo j u g a n d o
en la u n i v e r s i d a d ? ¿Por qué j u g a r en un ámbito académico d o n d e se
supone que el a l u m n o asiste a r e c i b i r c o n o c i m i e n t o s teóricos? Pero
la o t r a p r e g u n t a s e g u i d a de ésta sería: ¿por qué no?, y ¿por qué el
c o n o c i m i e n t o tiene que llegar siempre en f o r m a l i n e a l desde el p r o -
fesor al a l u m n o ?
Después de p a r t i c i p a r en a l g u n a s p r o p u e s t a s y pasado algún
tiempo los e s t u d i a n t e s podían vencer este p r e j u i c i o y l l e g a b a n a
entender p r o f u n d a m e n t e la dinámica de la cátedra p r e s e n t a d a bajo
la m o d a l i d a d de taller. Luego de t r a n s i t a r c o n esta p r o p u e s t a el c u a -
t r i m e s t r e (tiempo b a s t a n t e acotado p a r a el d e s a r r o l l o de la asigna-
tura) y s u s t e n t a d o s p o r la bibliografía c u i d a d o s a m e n t e selecciona-
da tenían u n a visión global de la dinámica u t i l i z a d a y la c o n s i d e r a -
ban a l t a m e n t e p o s i t i v a .
S u s a n a G a m b o a de V i t e l l e s c h i , al referirse a la situación de t a -
ller sostiene: "[...] antes que nada el aula- taller resulta una actitud,
una forma de enfrentar la situación enseñanza-aprendizaje donde se
posibilita: un cambio de actitud..." 3
3. SUSANA GAMBOA DE VITELLESCHI, Juegos por la no violencia, Buenos Aires, Bonum, 2003.
 Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 15
14 JugArte

¿De qué m a n e r a podemos los padres y / o educadores a y u d a r l o s

Esto tiene o t r a s i m p l i c a n c i a s importantísimas como la de revalo-
a d e s a r r o l l a r los sentidos, la percepción?, ¿cómo hacer p a r a que
r i z a r la acción, s u s c i t a r la reflexión p e r s o n a l y g r u p a l , c e n t r a r s e en
tengan o p o r t u n i d a d d e e x p e r i m e n t a r vivencias suficientes p a r a d a r
los intereses de los a l u m n o s , favorecer la cooperación y la c r e a t i v i -
vuelo a la fantasía e imaginación?
dad.
El e n t u s i a s m o y la alegría de los padres en actividades lúdicas,
En el l i b r o El miedo a los hijos J a i m e B a r y l k o dice: "hay otra faz
d e s c u b r i m i e n t o s y exploraciones también s o n p u e n t e s m u y i m p o r -
de la educación que proviene del verbo educere, que significa "ex-
tantes e n t r e el niño y el m u n d o . De esto tenemos que ser m u y cons-
traer afuera, hacer salir" y alude, obviamente, al acto que estimula al
cientes los p a d r e s y agregaría, también los demás e d u c a d o r e s .
otro a crecer, a darse a luz, a brotar desde su propio interior para ser
E n t r a n d o en el t e r r e n o de la educación plástica me atrevo a d e c i r
persona, único e insustituible".' 1

que no se puede enseñar este lenguaje como un m e r o h e c h o pasa-

Para que el aprendizaje sea significativo el a l u m n o t i e n e que ser
tista, decorativo y s i n m a y o r i m p l i c a n c i a , como dice Peter Bürger:
p r o t a g o n i s t a , n o i m p o r t a l a edad que tenga, sea u n niño o u n a d u l -
todo hecho artístico está relacionado c o n la v i d a , c o n la " p r a x i s co-
to. E l docente debe ser u n b u e n m e d i a d o r e n t r e los a l u m n o s y los
t i d i a n a ".
contenidos a "aprender".
L a h i s t o r i a d e l arte, d e l a c u l t u r a s o n l a " h i s t o r i a " m i s m a d e l a
E l j u e g o e s u n g r a n f a c i l i t a d o r y a que a c o r t a d i s t a n c i a s , f l e x i b i l i -
vida del h o m b r e . Las p i n t u r a s d e las cavernas n o s h a b l a n d e l a
za, crea vínculos; si en teoría conocemos s u s beneficios o b i e n re-
f o r m a de vivir, pensar, de las creencias del h o m b r e prehistórico. Así
c o r d a m o s n u e s t r a p r o p i a experiencia en la i n f a n c i a , ¿por qué h a y
podemos hacer u n viaje e n e l t i e m p o p a s a n d o p o r las d i s t i n t a s c i v i -
t a n t o m i e d o a j u g a r en la escuela y no p r e c i s a m e n t e en los recreos?
lizaciones y veremos que el arte estuvo siempre ligado al p e n s a -
Creo, como la a u t o r a de Juegos por la no violencia, S. G. de V i t e -
m i e n t o del h o m b r e , su s e n t i r y a c t u a r en ese t i e m p o y bajo d e t e r m i -
l l e s c h i , que "los docentes y futuros docentes en su mayoría no han
nadas c i r c u n s t a n c i a s .
jugado, no saben jugar, juegan poco y/o no están formados para ju-
Es i m p o s i b l e e n t e n d e r los grandes m o v i m i e n t o s artísticos s i n
gar".5

revisar el p e n s a m i e n t o filosófico, religioso, político y social q u e i n -

C a d a vez h a y m e n o s espacio de j u e g o en la calle, en la casa, en la
fluyeron p a r a s u desarrollo.
sociedad; parece también d i s m i n u i r c o n el c o r r e r del t i e m p o la ca-
Creo q u e esta frase del genial p i n t o r r u s o V. K a n d i n s k y e n c i e r r a
p a c i d a d d e los niños p a r a j u g a r l i b r e m e n t e s i n ser e s t i m u l a d o s c o n
la idea del p l a n t e o h a s t a a h o r a desarrollado: ' T o d a o b r a de arte es
t a n t o s j u g u e t e s sofisticados.
hija de su tiempo; muchas veces madre de nuestros sentimientos." 6

Los niños t i e n e n c a d a vez m e n o s c a p a c i d a d de v i v e n c i a r el m u n -

Después de lo expuesto h a s t a el m o m e n t o y al ver cómo a r t e y
d o y a que desde m u y t e m p r a n a edad s e e n c u e n t r a n c o n señales
luego no se s e p a r a n de la v i d a , me p r e g u n t o : ¿por qué seguir n e g a n -
p r o h i b i t i v a s como: -no te ensucies c o n la t i e r r a , -no te mojes c o n el
do la i m p o r t a n c i a que a m b o s t i e n e n en la formación i n t e g r a l de la
agua, - no salgas a f u e r a que es peligroso, etc.
persona?
Este t i p o de vivencias que p a r a generaciones a n t e r i o r e s e r a n más
n a t u r a l e s , como j u n t a r s e p a r a j u g a r e n l a vereda, a n d a r e n b i c i c l e -
t a , p a t e a r u n a pelota e n u n p o t r e r o están desapareciendo a p r e s u r a -
damente.
E s m u y acotado e l acceso que tiene u n niño d e c i u d a d a u n a v i d a
más n a t u r a l , ¿dónde q u e d a n entonces las vivencias necesaria p a r a
e s t i m u l a r los sentidos?
6. HESS WALTER, Documentos para la comprensión del arte moderno, Buenos Aires,
4. JAIME BARYLKO, El miedo a los hijos, Buenos Aires, Emecé Editores, 1992. Ediciones Nueva Visión, 1983
5. SUSANA GAMBOA DE VITELLESCHI, ob. cit.
 ¿Por qué y para qué
jugar juegos visuales?

" E L ACTO CREADOR ES ALGO NATURAL EN

EL HOMBRE Y AYUDA A DESARROLLAR SU
CAPACIDAD DE ANÁLISIS, DE CREACIÓN
Y DE ACCIÓN Y ESTO PERMITE IMPEDIR
SITUACIONES DE ATROPELLO."
L E PARC

M i r o a mi alrededor y observo cómo j u e g a n mi h i j a , m i s sobrinos,

los a l u m n o s en la escuela y los comparo con m i s juegos y j u g u e t e s de
la infancia. A l g u n o s de ellos ya se perdieron, como " p a t r o n c i t o de la
vereda"; otros se t r a n s f o r m a r o n , como el "juego de las e s t a t u a s " o
reciben nuevos n o m b r e s como las d i s t i n t a s " m a n c h a s " . A veces veo
algunas rayuelas o j u e g o s de canciones con m o v i m i e n t o s de m a n o s ,
m u y pocas r o n d a s , y continúan como tradicionales el j u e g o de la pe-
lota en los varones y el j u e g o de las muñecas y la cocina en las nenas.
En c u a n t o a j u g u e t e s a p a r e c i e r o n m u c h o s electrónicos y c a d a
vez es m a y o r la oferta de ellos, desde los más b a r a t o s a j u g u e t e s
carísimos, m u y sofisticados. También h a y que t e n e r e n c u e n t a o t r o s
c o m p o n e n t e s n u e v o s como los personajes televisivos d e m o d a i n -
corporados en d i s t i n t o s e n t r e t e n i m i e n t o s , los j u e g o s a través de la
PC, el televisor o el D V D . C a m b i a r o n a l g u n o s de los hábitos lúdicos
y también los espacios d o n d e estos p u e d e n llevarse a cabo. A n t e s
era m u y común l a reunión d e chicos e n l a vereda p a r a j u g a r u n
p a r t i d o de fútbol, a las escondidas, a j u g a r c a r r e r a s o a n d a r en
bicicleta. D e b i d o a los c a m b i o s sociales p r o d u c i d o s e n u n período
r e l a t i v a m e n t e c o r t o de t i e m p o los niños p e r m a n e c e n más h o r a s en
espacios cerrados, más l i m i t a d o s c o r p o r a l m e n t e y c o n fuerte a t r a c -
tivo v i s u a l c o m o puede ser el de la televisión o la c o m p u t a d o r a . E s t o
sucede en el m e j o r de los casos, pero t a m p o c o t e n e m o s que o l v i d a r
la o t r a c a r a de la m i s m a m o n e d a que es la niñez desvalida, s i n o p o r -
t u n i d a d d e j u e g o p o r u n a marginación social d o n d e q u e d a n e x c l u i -
dos del s i s t e m a .
18 JugArte
Prof. María del C a r m e n Palopoli 19

En su l i b r o Escenas de la vida posmoderna, B e a t r i z Sarlo advier-

-es c o n s t r u c t o r de la s u b j e t i v i d a d ;
te, más de u n a década atrás, que "la escuela no se ha preparado
-mejora la calidad de vida;
para el advenimiento de la cultura audiovisual". 7

- f a c i l i t a conocer las p r o p i a s capacidades y l i m i t a c i o n e s .

M i e n t r a s en la década del 50 la f a m i l i a se sentía atraída p o r la
i m a g e n que generaba la televisión, r e s u l t a que h o y el p o d i o lo tiene
el zapping, que p e r m i t e un flujo de imágenes s u s t e n t a d o en la velo-
cidad. Acertadamente la autora h a b l a de u n a forma de lectura y
u n a f o r m a d e m e m o r i a que hace que a l g u n o s f r a g m e n t o s d e l a i m a -
gen sean r e c o r t a d o s y otros pasados p o r alto a u n q u e se los vea
repetidamente.
"Ni los programas ni las burocracias educativas se han modifica-
do con una velocidad comparable a la de las transformaciones ocu-
Estos beneficios s o n c o m p a r t i d o s c o n l a a c t i v i d a d artística. E n
este capítulo n o s p r e g u n t a m o s : ¿Por qué y p a r a qué j u g a r j u e g o s
visuales?
Creo que A l i c i a S i r k i n nos a y u d a a e n c o n t r a r u n a r e s p u e s t a a l
p l a n t e o que h i c i m o s desde lo lúdico. Porque el j u e g o p r o d u c e placer
y alegría en el aprendizaje y p e r m i t e al i n d i v i d u o "Descubrir su ca-
pacidad de inventar cosas, transformarlas en imágenes y lo que es
más, resolver problemas que contribuyen directamente a su crecimien-
to intelectual y a su inteligencia". 9

rridas en los últimos treinta años". 8

Todos ellos s o n p u n t o s de c o n t a c t o entre a m b a s actividades; re-

E n u n m u n d o d e cambios t a n vertiginosos s e necesita l a f o r m a - s u l t a i m p e r d i b l e a p r o v e c h a r l a s d e n t r o del m a r c o escolar.
ción de p e r s o n a s flexibles capaces de d a r soluciones creativas o Los j u e g o s v i s u a l e s , además de r e s u l t a r d i v e r t i d o s , s o n p u e r t a s
nuevas respuestas; esta formación compete a la escuela i n v o l u c r a n d o de acceso al c o n o c i m i e n t o que no tiene p o r qué ser a c a r t o n a d o ,
a todos los d o c e n t e y en especial a los de áreas artísticas. académico y a b u r r i d o .
Desde el s i s t e m a educativo, en el c u a l estamos i n c l u i d o s padres,
T a n t o los j u e g o s p a r a p r o d u c i r como los j u e g o s p a r a observar
escuela, docentes, directivos, ¿qué modificaciones estamos h a c i e n -
f a c i l i t a n el d e s a r r o l l o de acciones creativas y la c a p a c i d a d de análi-
do p a r a lograrlo?
sis, siendo estos ingredientes i n s u s t i t u i b l e s p a r a u n a c o n d u c t a crea-
Creo que u n a f o r m a adecuada de hacerlo sería acercar la v i d a a
tiva y autónoma.
la escuela. C o m o sostuve en capítulos a n t e r i o r e s el j u e g o y el arte
s o n p a r t e de la v i d a m i s m a y u n a b u e n a ocasión de aprendizaje.
U n niño que n o j u e g a será u n a d u l t o que n o puede pensar, p o r
eso además de ser u n a necesidad básica d e l niño debe ser también
u n derecho i n a l i e n a b l e .
L a a c t i v i d a d lúdica p r o p o r c i o n a m u c h o s beneficio, siendo a l g u -
nos de ellos los siguientes:
-cultiva la creatividad;
- d e s a r r o l l a v a l o r e s éticos y estéticos;
-es un factor básico en el desarrollo del niño;
-tiene u n p o d e r t r a n s f o r m a d o r ;
-es u n lenguaje h u m a n o u n i v e r s a l ;
-permite la flexibilidad;
- c o n s t r u y e valores;
-tiene u n p o d e r terapéutico;
7. SARLO, BEATRIZ, Escenas de la vida posmoderna, Buenos Aires, Compañía Editora
Espasa Calpe S.A./ Ariel, 1994. 9. SIRKIN, ALICIA, IPA (ASOCIACIÓN INTERNACIONAL POR EL DERECHO DEL NIÑO A JUGAR) Eljuego:
8. Idem. necesidad, arte y derecho. Buenos Aires, Bonum, 1996.
La percepción con
una mirada educativa

"ME VI ABOCADO A AFIRMAR QUE UNA PERSONA

QUE PINTA, ESCRIBE, COMPONE O DANZA,
PIENSA CON SUS SENTIDOS. "
RUDOLF ARNHEIM

Nos c o n e c t a m o s desde l a p r i m e r a i n f a n c i a c o n e l m u n d o a t r a -
vés de n u e s t r o c u e r p o y a m e d i d a que v a m o s c r e c i e n d o p a r e c i e r a
que n o s fuéramos a l e j a n d o de este t i p o de d e s c u b r i m i e n t o , l i m i -
tando también n u e s t r o c a m p o p e r c e p t i v o . E x p l o r a m o s , g a t e a m o s ,
tocamos, d e s c u b r i e n d o también el a f u e r a a través de n u e s t r o s s e n -
tidos, c o m e n z a n d o así a p e r c i b i r n o s , y p e r c i b i r al o t r o . Es m u y
probable que n i n g u n o de n o s o t r o s lo r e c u e r d e , pero si o b s e r v a m o s
a los bebés y niños pequeños vemos que n e c e s i t a n a v e r i g u a r l o t o d o
por s u c u e n t a . E s e n t o n c e s e l c u e r p o e l a r m a más p o d e r o s a q u e
tenemos p a r a acompañarnos d u r a n t e e l resto d e n u e s t r a v i d a . S i n
embargo, parece c o n v e r t i r s e c o n el t r a n s c u r s o d e l t i e m p o y en a l -
gunos casos e n u n s i m p l e r e c e p t o r d e c o n o c i m i e n t o s , o l v i d a n d o
que tiene un lenguaje p r o p i o , rico, que nos pertenece a todos y que
Patricia S t o k o e denominó "expresión c o r p o r a l " . E l c u e r p o como
r e c e p t o r y e m i s o r de estímulos, caja q u e a t e s o r a n u e s t r o s r e c u e r -
dos, s e n t i m i e n t o s , emociones, sensaciones, sede d e l m u n d o p e r -
ceptivo.
Las áreas expresivas n o s a y u d a n a d e s a r r o l l a r la percepción,
todos t e n e m o s la c a p a c i d a d de danzar, hacer música, e x p r e s a r n o s
gráficamente, el derecho de e x p l o r a r n u e s t r a s p r o p i a s p o s i b i l i d a d e s
y l i m i t a c i o n e s e n u n e n t r e n a m i e n t o p e r c e p t u a l . E s necesario q u e l a
escuela b r i n d e las o p o r t u n i d a d e s necesarias p a r a i n c r e m e n t a r es-
tas p o s i b i l i d a d e s y no c o a r t a r l a s en pos de c u m p l i r currículas es-
tructuradas.
La educación artística (plástico-visual) d e s a r r o l l a c a p a c i d a d e s v i -
suales creadoras, c u l t i v a n d o a c t i t u d e s estéticas y consecuentemente
la percepción.
22 JugArte
R u d o l f A r n h e i m p l a n t e a en su l i b r o El pensamiento visual, escri-
to en 1 9 6 9 , la e x i s t e n c i a de u n a escisión e n t r e sensación y p e n s a -
m i e n t o , señalando el descuido r e i n a n t e p o r las artes ya que se b a -
s a n j u s t a m e n t e e n l a percepción.
E l a u t o r a f i r m a que l a percepción v i s u a l e s p e n s a m i e n t o v i s u a l . S i
b i e n la visión ofrece u n a información inagotablemente r i c a sobre los
objetos y los acontecimientos del m u n d o exterior, p a r a A r n h e i m el
término percepción no describe sólo lo que los s e n t i d o s r e c i b e n en el
m o m e n t o en que el medio exterior los e s t i m u l a , p o r q u e en t a l caso se
están e x c l u y e n d o las imágenes presentes c u a n d o u n a p e r s o n a c o n
los ojos cerrados o desatenta piensa en lo que es o podría ser.
C a s i c u a t r o décadas después de los p l a n t e o s realizados p o r A r n -
h e i m parece m e n t i r a que p o d a m o s seguir c u e s t i o n a n d o l a m i s m a
problemática.
D e n t r o del s i s t e m a educativo y a pesar de los esfuerzos que se
están h a c i e n d o al respecto, todavía las artes s i g u e n siendo conside-
r a d a s c o m o u n a distensión m e n t a l , l o c u a l t r a e aparejado e l conse-
c u e n t e l u g a r q u e o c u p a n en las currículas, descuidándolas p o r q u e
s i m p l e m e n t e se b a s a n en la percepción y se s u p o n e que la m i s m a
n o i n c l u y e e l p e n s a m i e n t o . Creo que s e g u i m o s t e n i e n d o u n vacío
a r g u m e n t a l , necesitamos u n d i s c u r s o que sea l o s u f i c i e n t e m e n t e
c o n v i n c e n t e a favor del p e n s a m i e n t o v i s u a l y de la i m p l i c a n c i a en el
c o n o c i m i e n t o y la formación del h o m b r e p a r a s u s t e n t a r esta teoría.
E l a u t o r c o n s i d e r a que l a percepción v i s u a l n o e s u n registro
pasivo d e l m a t e r i a l e s t i m u l a n t e , s i n o u n interés activo d e l a m e n t e .
U n a exploración p e r c e p t u a l activa no a b a r c a solo el s e n t i d o de la
v i s t a , b i e n lo s a b e n los actores, los músicos, los a r t i s t a s plásticos.
Por eso r e s u l t a n de v i t a l i m p o r t a n c i a los t r a b a j o s i n t e r d i s c i p l i n a r i o s
que a p u n t a n en ese sentido.
E n l a educación plástico-visual s o n v a r i o s los c a m i n o s que p e r -
m i t e n un d e s a r r o l l o perceptivo, u n o de ellos es a través de las obras
de a r t e que nos a y u d a n a r e d e s c u b r i r el s e n t i d o d e l m u n d o y nos
r e v e l a n lo c o t i d i a n o . El a u t o r de Educar la visión artística, E l i o t E i s -
ner, sostiene que es necesario "aprender a ver la forma visual, com-
prender cómo funciona el arte en la cultura contemporánea y cómo
funcionó en las culturas pasadas" . Esto es de f u n d a m e n t a l i m p o r -
10
t a n c i a p a r a hacer u n aprendizaje p e r c e p t u a l s i g n i f i c a t i v o , g e n e r a n -
10. ELLIOT W . EISNER. Educar la visión artística, Barcelona. Paidós Educador, 1 9 9 8 .
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 23
do también así respeto p o r el arte y los a r t i s t a s . A d h i e r o a la teoría
del a u t o r que p o s t u l a "la percepción de formas artísticas visuales
plantea demandas especiales al observador". 11
E n p r i m e r a i n s t a n c i a e l contacto c o n u n a o b r a d e a r t e p r o d u c e
d e t e r m i n a d o s s e n t i m i e n t o s , provocando algo e n n u e s t r a e x p e r i e n -
cia, nos afecta (de u n a u o t r a m a n e r a ) . Luego de este p r i m e r e n -
c u e n t r o que E i s n e r d e n o m i n a " e x p e r i e n c i a l " s e b u s c a a u m e n t a r e n
el espectador la percepción que tiene de la o b r a , p a r a lo c u a l e n t r a -
mos en el c a m p o de lo f o r m a l , a t e n d i e n d o a las relaciones e x i s t e n -
tes e n t r e los aspectos formales (relaciones de color, f o r m a , c o m p o s i -
ción, etc.)
O t r a dimensión a tener en c u e n t a es la que d e n o m i n a "simbóli-
ca", de g r a n i m p o r t a n c i a , ya que m u c h a s de las o b r a s e m p l e a n sím-
bolos que t i e n e n un significado especial, que es necesario reconocer
y decodificar. "La percepción adecuada de las obras de arte exige cierto
reconocimiento del tema subyacente. " 12
La "dimensión material" es otro aspecto a tener en c u e n t a , en es-
pecial en las obras de arte contemporáneo, donde la elección del
m a t e r i a l está relacionado c o n el "tipo de significado visual que el ar-
tista desea expresar". Por último ver la o b r a en su contexto, como
13
parte de la tradición artística que la precedió y la hace s u r g i r , la m a -
nera en que i n f l u y e en la época que fue creada, lo c u a l i m p l i c a u n a
apreciación y comprensión del c o n t e x t o artístico en el q u e s u r g e .
Después de todo lo expuesto no cabe d u d a s de q u e el docente de
educación plástico-visual tiene la obligación de ofrecer a s u s a l u m -
nos o p o r t u n i d a d e s de conectarse c o n las obras del pasado y el p r e -
sente, b u s c a n d o un accionar concreto y práctico p a r a que este a p r e n -
dizaje sea significativo y no se c o n v i e r t a en un s i m p l e m u e s t r a r i o de
almanaque.
Se p u e d e n t r a b a j a r simultáneamente los dos aspectos: p r o d u c -
ción y observación, p o r q u e se e n r i q u e c e n m u t u a m e n t e y diría s i n
d u d a s que s o n dos caras d e l a m i s m a m o n e d a .
El d e s a r r o l l o de la percepción no es un l u j o e d u c a t i v o que p u e d e
darse en d e t e r m i n a d a s escuelas o bajo a l g u n a s c i r c u n s t a n c i a s ; es
un derecho que todos tenemos p a r a conocernos más a n o s o t r o s
11. Idem.
12. Idem.
13. Idem.
24 JugArte

mismos, a los otros, al m u n d o sociocultural en el cual estamos i n -

m e r s o s y a y u d a r n o s a f o r m a r un p e n s a m i e n t o creativo, reflexivo y
Producción, una palabra
pluralista. para tomar en serio

"PARA QUE TENGA LUGAR UN ACTO DE EXPRESIÓN,

ES PRECISO POSEER CIERTO TIPO DE HABILIDADES. "
E. EISNER

¿Quién pone en d u d a que todos poseemos ideas y p e n s a m i e n t o s

visuales? ¿Pero qué p a s a c u a n d o h a y que p l a s m a r l o s en un p a p e l y
c o n v e r t i r l o s e n u n a i m a g e n plástica visible p a r a otros? Necesitamos
de m a t e r i a l e s p a r a q u e se c o n v i e r t a n en vehículo de n u e s t r a expre-
sión y c o n t a r c o n las h a b i l i d a d e s necesarias p a r a q u e nos p e r m i t a n
dejarlos aparecer.
El c o n t e x t o e d u c a t i v o tiene que c o n s i d e r a r el d e s a r r o l l o de estas
habilidades como así también la exploración y el d o m i n i o de los
d i s t i n t o s m a t e r i a l e s . E s t o i m p l i c a p a r a e l docente e l t r a z a d o d e u n
p l a n e a m i e n t o didáctico que p e r m i t a a los a l u m n o s a d q u i r i r concep-
tos, p r o c e d i m i e n t o s y valores p a r a a y u d a r l o s a d e s a r r o l l a r c a p a c i -
dades v i s u a l e s y creadoras.
E d u c a r en artes plásticas no es ofrecer un repertorio de materiales
que no dé tiempo suficiente a los a l u m n o s p a r a conocerlos, d e s c u b r i r -
los y ver si es un vehículo adecuado de expresión p a r a esa idea.
E d u c a r es: f o m e n t a r u n p e n s a m i e n t o v i s u a l que p e r m i t a c o n c r e -
tar las ideas en el p a p e l o en el espacio como un proceso c r e a t i v o y
no con la tensión de u n a " o b r a artística" cerrada, a c a b a d a en sí
m i s m a y c o m o r e s u l t a d o f i n a l . Siendo conscientes de la r i q u e z a del
proceso, me p r e g u n t o : ¿por qué el énfasis sigue e s t a n d o todavía
puesto en el r e s u l t a d o ?
Por o t r o lado existe u n i m a g i n a r i o colectivo que hace creer que l o
i m p o r t a n t e c u a n d o veo o realizo u n a p i n t u r a es la representación
figurativa de la m i s m a . Se p i e n s a que "el mérito del autor radica en
que esas figuras o las manchas de color representen la apariencia de
las cosas naturales". 14

14. ALFREDO MARINO. Temas sobre Historia del Arte y del diseño, Buenos Aires, Nobuko,
2005.
26 JugArte
E s t o me hace p e n s a r que seguimos n e g a n d o o p o r lo m e n o s des-
c o n o c i e n d o b u e n a p a r t e de lo acontecido en la h i s t o r i a de las artes
plásticas desde las v a n g u a r d i a s en adelante. Se i g n o r a cuál es la
misión d e l p i n t o r en la construcción de su o b r a , que es j u s t a m e n t e
la de t r a n s f o r m a r e i n t e r p r e t a r la n a t u r a l e z a que lo r o d e a o r d e n a n -
do c r e a t i v a m e n t e f o r m a s y colores, espacio, t e x t u r a s , etc. Ya los
a r t i s t a s de la m o d e r n i d a d n o s a l e n t a b a n sobre esto: "Si el artista, a
su vez, quiere sacar a la luz una obra creadora, no puede imitar a la
naturaleza, sino que debe tomar los elementos de la naturaleza y
crear un elemento nuevo", diría P a u l G a u g u i n . 1 5
Por t o d o lo expuesto si no enseñamos a n u e s t r o s a l u m n o s el
d o m i n i o de este lenguaje p a r a que p u e d a n expresarse más allá de lo
temático, seguiremos f o r m a n d o u n p r o d u c t o r l i m i t a d o , f r u s t r a d o
p o r n o saber copiar, y u n espectador e m p o b r e c i d o q u e n o podrá
d i s f r u t a r d e l arte v i s u a l desprovisto d e c o n t e n i d o l i t e r a r i o .
15. WALTER HESS. Documentos para la comprensión del arte moderno, Buenos Aires,
Ediciones Nueva Visión, 1983.
La presencia lúdica en el arte
"LA ACTITUD LÚDICA LIGADA AL ACTO CREADOR
DOTA A LO HUMANO DEL PODER DE TRANSFORMAR LA REALIDAD. "
RAQUEL, G u i ñ o
La a c t r i z y terapeuta británica Sue J e n n i n g s sostiene: "El juego
es una actividad no sólo privativa de la infancia sino manifiesta tam-
bién en la vida adulta". A u n q u e parezca extraño h a b l a r de esta
16
presencia e n l a vida a d u l t a creo que u n a f o r m a d e d a r m u e s t r a d e
ello es a través de l a s expresiones artísticas en l a s c u a l e s h a y un
p r e d o m i n i o m a y o r de la dimensión lúdica. La m i s m a nos r e m i t e al
proceso creativo, es esta a c t i t u d creativa la que n o s lleva a p l a n t a r -
nos de u n a m a n e r a diferente ante lo c o t i d i a n o , a n t e el o r d e n dado
para c u e s t i o n a r l o y t r a s g r e d i r l o .
A r t e y j u e g o tienen u n a vinculación esencial l i g a d a a la g r a t u i -
dad, a la expresión, a la comunicación, al p l a c e r de la a c t i v i d a d
m i s m a s i n l a presión m e r c a n t i l i s t a d e l a f i n a l i d a d u t i l i t a r i a .
Lo q u e aparecerá en estas páginas es sólo un pequeño p a n t a l l a z o
de un t e m a que cada lector podrá p r o f u n d i z a r a p a r t i r de las dife-
rentes p u n t a s que vea aparecer de este "iceberg".
La interrelación entre arte y j u e g o es p r o f u n d a , haciéndose p r e -
sente c o n m a y o r c l a r i d a d en u n a s poéticas más que en o t r a s , pero
siempre subyacente en el acto creador.
El a r t i s t a M a x E r n s t r e l a t a cómo comienza a realizar frottage c o n
hojas de p a p e l frotándolas con trozo de p l o m o negro sobre las t a -
blas del piso. C o n c u r i o s i d a d comenzó a e x p e r i m e n t a r cómo empe-
zaban a revelarse ante s u s ojos, "cabezas humanas, animales, una
batalla que termina en un beso, rocas, el mar y la lluvia, un terremo-
to, la esfinge en su cubil, las pampas, latigazos o hilos de lava, cam-
pos del honor, inundaciones y plantas sísmicas...". 17
16. SUE JENNINGS, Terapia Creativa, Buenos Aires, Kapelusz 1980
17. W. HESS, ob. cit.
 Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 29
28 JugArte

Este acontecer lo asocio i n m e d i a t a m e n t e a los j u e g o s dramáticos

i n f a n t i l e s , d o n d e a p a r e c e n e n u n a h i s t o r i a s i n f i n personajes q u e s e
suceden c o n c i e r t a i n m e d i a t e z y que c i r c u l a n p o r ámbitos i m p r e d e -
cibles p a r a la lógica d e l a d u l t o . También las n u b e s se t r a n s f o r m a n
por n u e s t r o s deseos lúdicos i n f a n t i l e s en a n i m a l e s , personajes f a n -
tásticos, t r e n e s , c a r r u a j e s que se p i e r d e n en el i n f i n i t o .
¿Quién no encontró a z a r o s a m e n t e figuras extrañas en a l g u n a s
m a n c h a s d e h u m e d a d e n l a pared? Así l o describe e n f o r m a m u y
v i s u a l J u a n a de I b a r b o u r o u en su l i b r o Chico Cario, "...en esa man-
cha yo tuve cuanto quise...", dice la p r o t a g o n i s t a .
T a n t o en el j u e g o c o m o en el arte está presente la imaginación.
Basado en el v a l o r todopoderoso del sueño y el j u e g o d e s i n t e r e -
sado del p e n s a m i e n t o los s u r r e a l i s t a s m a n i f e s t a r o n : "Surrealismo
es el automatismo psíquico puro, mediante el cual nos proponemos
expresar, verbalmente, por escrito o de cualquier otra manera, el fun-
cionamiento real del pensamiento. 18

El s u r r e a l i s m o q u e nace a p r i n c i p i o s de los años v e i n t e e n c u e n -

t r a su f u e n t e de inspiración en los sueños y deseos u t i l i z a n d o c o m o
proceso p a r a hacerlos aflorar a la superficie las e s c r i t u r a s automá-
ticas con las q u e se b u r l a b a la v o l u n t a d consciente del h o m b r e . El
m u n d o de lo i n c o n s c i e n t e había sido revelado por el psicoanálisis
de F r e u d .
Su antecesor fue el dadá, f u n d a d o en Z u r i c h en 1916, basado en
el azar y el j u e g o a b s u r d o de reemplazar u n a cosa p o r o t r a . La p a l a -
bra que lo designa fue señalada a ciegas en el d i c c i o n a r i o , siendo el
n o m b r e que d a n los niños a un c a b a l l i t o de m a d e r a , pero también
con esa p a l a b r a señalan u n a cosa o c a m b i a n i n m e d i a t a m e n t e a o t r a .
"La mirada lúdica despoja al objeto de sus rasgos meramente uti-
litarios y los somete a transformación insertándolo en un espacio lú-
dico-ficcional". 19

Esto empieza a verse de f o r m a más c l a r a en los r e a d y - m a d e (cosa

prefabricada) y el objet trouvé (hallazgo ocasional). D u c h a m p da
muestras de estas p r o p u e s t a s logrando a r r a n c a r piezas de su c o n -
texto n o r m a l y colocándolas en o t r o m u y d i s t i n t o como es el caso
del Secador de botellas. Además de su carácter irónico h a c i a el sis-

IK. W. HESS, Ob. cit.

I !*. I Í A Q U E L G U I D O , El cuerpo incierto (Capítulo: "Proceso creador y dimensión lúdica en
el arte"). Editorial Letra Viva-UBA. 2006.
30 JugArte
t e m a d e l a r t e s u s o b r a s c o n t i e n e n u n c o m p o n e n t e lúdico q u e a b r e n , j
c o n s u s p r o p u e s t a s , c a m i n o a las p o s v a n g u a r d i a s .
Las p a l a b r a s de Raquel G u i d o nos a y u d a n a e n t e n d e r mejor es-
tos p l a n t e o s conceptuales, ella dice: surge de aquí una apertura
del objeto capaz de desplegar nuevas imágenes, nuevos significa-
dos, nuevos usos en una relación de transformación dialéctica de
cuerpo-objeto-mundo."
T a n t o en el j u e g o como en el arte nadie se q u e d a afuera y u n a
p r u e b a de ello s o n los planteos del op-art y el a r t e cinético pertene-
cientes a la m o d a l i d a d de abstracción geométrica que t i e n e n su apo-
geo e n t r e 1965 y 1968, t a n t o en E u r o p a como en Estado U n i d o s .
A m b a s t e n d e n c i a s r o m p e n c o n e l concepto d e arte p a r a c o n t e m -
plar, lo q u e i m p l i c a u n a participación más activa de p a r t e del espec-
t a d o r no sólo a través de la percepción sino también de la acción,
f o r m a n d o p a r t e d e u n a n u e v a situación v i s u a l .
Están c e n t r a d a s en los efectos ópticos q u e p r o v o c a n en el espec-
tador, a n i v e l fisiológico y sensitivo. "La provocación visual es decisi-
va frente al espectador, pues le exige una participación activa" , ya 20
sea c a m b i a n d o su posición o m a n i p u l a n d o la o b r a . Se p r o v o c a de
esta m a n e r a u n a r u p t u r a e n las relaciones t r a d i c i o n a l e s entre e l
c u a d r o y el espectador, c o n f i r m a n d o de esta m a n e r a el carácter ac-
tivo y creativo de la percepción. La o b r a carece de c o n t e n i d o l i t e r a -
r i o y se convierte en u n a f o r m a dinámica y a b i e r t a c o n posibilidades
de t r a n s f o r m a c i o n e s reales.
Le P a r c dirá que además de no tener un c o m p o n e n t e l i t e r a r i o
amplía la percepción y mejora la c a l i d a d de v i d a .
Este a r t i s t a a r g e n t i n o aprecia el carácter lúdico d e l a r t e cinéticc
y los elementos de sorpresa que c o n d u c e n a s i t u a c i o n e s de cons-
t a n t e s c a m b i o s . E s u n e x p e r i m e n t a d o r q u e r o m p e c o n los moldes
rígidos y estáticos de la tradición artística, i n v o l u c r a n d o c a d a ve¡
más al espectador. Participó del g r u p o GRAV ( G r u p o de Investiga
ción de A r t e V i s u a l , que i n t e n t a b a m o d i f i c a r la relación e n t r e el ar
t i s t a , la o b r a de arte y el espectador m e d i a n t e acciones lúdicas
convirtiéndolo en espectador-actor.
Por o t r a p a r t e el venezolano Jesús Rafael Soto es c o n s i d e r a d o e
p r e c u r s o r d e l arte cinético en los años c i n c u e n t a , q u i e n c o i n c i d e en
20. MARCHAN FIZ, SIMÓN. Del arte objetual al arte de Concepto. Epílogo sobre la sensibili
dad Posmoderna. Madrid, Ediciones Akal, 1997.
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 31
París c o n Yaacov Agam, Víctor Vasarely, Jean Tinguely, Alexander
Calder y Pol Bury en investigaciones personales sobre la r e p r e s e n -
tación v i s u a l d e l m o v i m i e n t o .
A fines de los años sesenta Soto crea los p r i m e r o s Penetrables,
piezas de g r a n tamaño de un solo color, d o n d e el público p u e d e
moverse d e n t r o de ellas transitándolas y j u g a n d o .
El espectador es p a r t e i n t e g r a l de la obra, c o n lo c u a l el a r t i s t a
sostiene: "Para mí la obra de arte no existe independientemente del
espectador" [..] y agrega: " E l hombre juega con el mundo que lo rodea.
La materia, el tiempo y el espacio constituyen una trinidad indivisible
y es precisamente el movimiento el valor que demuestra esta trini-
dad..." .11
A través de estas e x p r e s i o n e s vemos cómo se i n t r o d u c e en el
p a n o r a m a plástico-visual el concepto de o b r a a b i e r t a f u n d a m e n t a -
do p o r H u m b e r t o Eco desde el m a r c o teórico y se extiende a la i n -
corporación de n u e v a s experiencias como las p e r f o m a n c e s (accio-
nes), h a p p e n i n g s (acontecimientos) e i n t e r v e n c i o n e s u r b a n a s . To-
das ellas i m p l i c a n u n a participación del espectador desde la acción,
ya sea desde la reflexión del concepto h a s t a la inclusión del m o v i -
miento c o r p o r a l p o r p a r t e del m i s m o , p a r a c o m p l e t a r el s e n t i d o de
la obra.
L a relación e s p a c i o - t i e m p o que y a había sido p l a n t e a d a p o r D u -
c h a m p aparece también e n u n a n u e v a manifestación artística q u e
se d e n o m i n a happening, definido por K a p r o w "como un acontecimiento
que podía representarse sólo una vez", d o n d e suceso y acción t o m a -
ban la p o s t a de la o b r a y los procesos vitales se t r a n s f o r m a b a n en
artísticos. El c e n t r o de estas diversas actividades fue N u e v a York,
donde a comienzos de los años sesenta se m a n i f e s t a b a n en galerías
de arte a l t e r n a t i v a s , cafés y bares.
En n u e s t r o país la idea de un arte de "acción" prevalecía en los
artistas d e n o m i n a d o s "pops", teniendo su c e n t r o de e x p e r i m e n t a -
ción en el I n s t i t u t o Di Tella.
En 1 9 6 5 M a r t a Minujín presentó allí "La M e n e s u n d a " en colabo-
r a c i ó n c o n o t r o s a r t i s t a s quienes habían c o n s t r u i d o e n u n t i n g l a d o
una serie de divisiones, donde los espectadores p a r t i c i p a b a n de s i -
tuaciones inesperadas.
' I ('diálogo Jesiis Rafael Soto. Visión en movimiento. Buenos Aires, Fundación Proa,
2006.
32 JugArte
L u e g o , e n t r e 1 9 6 7 y 1 9 6 8 R o b e r t o Píate simuló u n baño públi-
co, s i n a r t e f a c t o s , d o n d e los v i s i t a n t e s tenían acceso. E l a u t o r
había señalado: "Que su intención fue la de imitar una situación
de la realidad hasta el punto de confundirla con ella" , y así r e - 22
sultó ya q u e el público dibujó y escribió en l a s p a r e d e s frases e
imágenes o b s c e n a s .
Para R a q u e l G u i d o "El arte y la producción artística se presentan,
ante esta mirada, como un terreno donde el ser humano pone enjue-
go su capacidad de transformar la realidad". 23
O t r a mención aparte merecen las creaciones-lúdicas de Torres
García d e d i c a d a a los j u g u e t e s y las de Xul Solar reflejadas en el
panajedrez y las cartas.
E l a r t i s t a u r u g u a y o Joaquín Torres García trasladó s u p r o p u e s -
ta pictórica a los j u g u e t e s de m a d e r a p i n t a d a que denominó " t r a n s -
f o r m a b l e s " . C o n u n a f i n a l i d a d didáctica que a d h i e r e a las teorías de
Fróbel y M o n t e s s o r i p e r m i t e en sus creaciones lúdicas la c o m b i n a -
ción de piezas p a r a a y u d a r al desarrollo de un p e n s a m i e n t o creativo
y u n a d i e s t r a m i e n t o perceptivo m o t r i z . Los m i s m o s s o n u n claro
ejemplo de integración del arte a la v i d a c o t i d i a n a , p l a n t e o que h a -
bía sido llevado adelante por la escuela a l e m a n a de arte, diseño y
a r q u i t e c t u r a , B a u h a u s que funcionó entre 1919 y 1 9 3 3 .
Estos j u g u e t e s además d e c u m p l i r c o n u n a f i n a l i d a d lúdico-di-
dáctica i n t r o d u c e n al niño en los conceptos del arte m o d e r n o , v i e n - j
do en ellos u n a evolución estética p r o d u c t o de la i n f l u e n c i a de las
c i u d a d e s d o n d e el a r t i s t a se instaló y p r o d u j o su o b r a , como B a r c e - j
l o n a , N u e v a Y o r k y París.
En N u e v a Y o r k crea la empresa A l a d d i n Toy Co., pero es en París
donde u n e e n f o r m a i n d i s o l u b l e s u s dos pasiones a d o p t a n d o e n t o n -
ces u n a geometría más r a d i c a l que responde a los p o s t u l a d o s de
neoplasticismo.
A b r i r e m o s a h o r a u n a pequeña h e n d i j a e n e l m u n d o i l u m i n a d o y
creativo de A l e j a n d r o X u l Solar. Fue m u y extensa y fructífera la
a c t i v i d a d plástica de este a r t i s t a a r g e n t i n o que estuvo i n m e r s o d e n
t r o del contexto del arte de las v a n g u a r d i a s del siglo X X .
2 2 . Instituto Di Tella Experiencias '68, Buenos Aires, Fundación Proa, 1998.
23. RAQUEL GUIDO, ob. cit.
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 33
Para n u e s t r o t r a b a j o nos focalizaremos en el j u e g o u n i v e r s a l , este
es el significado del "panjuego" o "panajedrez" o también d e n o m i n a -
do "ajedrez c r i o l l o " , en el que reúne varios medios de expresión.
Basado en el ajedrez agrega otros elementos ligados al lenguaje, el
zodíaco, la astrología, la filosofía y la numeración d u o d e c i m a l . C a d a
pieza se d i s t i n g u e p o r u n a consonante, menos los peones, y c a d a
pieza m a y o r r e p r e s e n t a u n p l a n e t a . Los trebejos c o n s t r u i d o s p o r e l
a r t i s t a están p i n t a d o s c o n signos y figuras; también aparecen o t r a s
piezas n u e v a s l l a m a d a s " b i t o r r e s " y "bialfiles".
E n s u deseo d e u t i l i z a r e l arte p a r a mejorar e l m u n d o X u l p r o p o -
ne en este j u e g o u n a comunicación e s p i r i t u a l e n t r e los p a r t i c i p a n -
tes, donde n o h a y n i ganadores n i perdedores.
El " T a r o t c o n coecos a s t r i " (Tarot c o n c o r r e s p o n d e n c i a astrológi-
ca) es un j u e g o de naipes de T a r o t modificado p o r él, p i n t a d o a
mano c o n lápiz y témpera sobre c a r t u l i n a .
C o n afán creativo buscó también la f o r m a de tocar en el p i a n o
a l g u n a de s u s p i n t u r a s p a r a lo c u a l modificó el teclado del m i s m o
en f o r m a a r t e s a n a l .
Todas estas experiencias dejan de lado la o b r a de a r t e t a l como
se la concebía t r a d i c i o n a l m e n t e : u n a representación estética p a r a
ser a p r e c i a d a v i s u a l m e n t e , idea que aún h o y subyace en el i m a g i -
nario colectivo.
El a r t i s t a b u s c a c o n c e p t u a r la idea c o n nuevos códigos plásticos
en un proceso lúdico-creativo y el espectador comienza a " j u g a r " un
r o l activo desde la participación.
En estos p l a n t e o s está presente la idea del arte c o m o expresión
Independiente d e t o d a l i t e r a t u r a , s i n u n a búsqueda d e u t i l i d a d p r o -
d u c t i v a como la tiene el trabajo, sino por el placer de conocer/se,
p u n t o d e c o n t a c t o c o n e l j u e g o (actividad n a t u r a l del niño) que i m -
plica u n a a c t i t u d d e l i b e r t a d p a r a investigar, explorar, c o n l a p o s i b i -
lidad d e t r a n s f o r m a r l a r e a l i d a d e n u n proceso d e d e s e s t r u c t u r a -
ción y reestructuración.
J u g a r y crear s o n u n a a v e n t u r a t r a n s g r e s o r a e n l a r e a l i d a d c o t i -
diana.
34 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 35
Juegos para favorecer la producción

"Sólo al cabo de grandes fatigas, esfuerzos y búsquedas derribé

el "muro que cinrcunda al arte". Así entré, por fin, en el reino del arte,
que -así como el de la naturaleza, el de la ciencia, el de la forma de
vida política- es un reino por derecho propio, gobernado por leyes
propias y exclusivamente suyas, y que con los demás reinos forma,
en última instancia, el gran reino que sólo vagamente alcanzamos a
presentir" (Wassily K a n d i n s k y ) . 24

S i g u i e n d o el p e n s a m i e n t o de K a n d i n s k y c o n f i r m a m o s que el arte
tiene un lenguaje p r o p i o y sería p o r demás i n t e r e s a n t e que n u e s -
t r o s a l u m n o s también p u d i e r a n d e r r i b a r el m u r o de p r e j u i c i o s y
l i m i t a c i o n e s que l o c i r c u n d a .
U n a m a n e r a efectiva de a y u d a r l o s a conocer las leyes del arte y
poder u t i l i z a r l a s en función expresiva es j u g a n d o estas p r o p u e s t a s
que favorecen la producción de imágenes v i s u a l e s .

24. WALTER HESS, ob. cit.

40 JugArte
Juego reglado
Este juego favorece la cooperación con el grupo, adaptarse a las
consignas, respetar las reglas y buscar el fin común.
Contenidos
T i p o s de línea, f o r m a b i d i m e n s i o n a l , a b i e r t a s , c e r r a d a s .
Materiales y herramientas
Lápiz negro (uno p o r niño o p a r t i c i p a n t e ) , p a p e l (hoja t i p o c a n -
s o n N° 5 o b i e n A4 o carta), u n a p a r a cada g r u p o .
Aclaración: no se puede u t i l i z a r g o m a de b o r r a r .
Consigna
C r e a r e n t r e todos los i n t e g r a n t e s del g r u p o u n a f o r m a que res-
p o n d a a l pedido de:
- u n c e r d i t o que vuele;
- u n a j i r a f a que p a t i n e ;
- u n elefante n a d a n d o ;
- u n ciempiés e n p a t i n e t a .
Desarrollo
Este j u e g o se realizará p o r g r u p o s , p u d i e n d o el docente aprove-
c h a r el o r d e n de las filas dadas en el a u l a o b i e n a g r u p a r a los niños
de a c u a t r o o cinco.
El profesor facilitará u n a h o j a a cada g r u p o , en la que c a d a nene
o p a r t i c i p a n t e realizará u n a sola línea de c u a l q u i e r t i p o (grosor, for-
ma y posición) que p e r m i t a al compañero c o n t i n u a r l a y sea útil p a r a
c o n s e g u i r e l d i b u j o requerido e n l a c o n s i g n a d a d a .
H a y que a d v e r t i r a los niños que en la m e d i d a de lo posible no
creen f o r m a s c e r r a n d o las líneas en sí m i s m a s , de esta m a n e r a será
factible que los o t r o s t e n g a n l a o p o r t u n i d a d d e c o n t i n u a r e l d i b u j o
p o r a l g u n a s d e las p u n t a s .
Se d e b e n r e s p e t a r las líneas hechas p o r los otros, s i n t a c h a r l a s o
c a m b i a r l a s . La h o j a se va pasando t a n t a s veces (del p r i m e r o al últi-
mo) c o m o sea necesario h a s t a c o n c l u i r e l d i b u j o . E l g r u p o que t e r -
m i n a p r i m e r o dirá " b a s t a " obteniendo así el p r i m e r l u g a r ; los demás
seguirán j u g a n d o p a r a o c u p a r los puestos siguientes.
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 41
U n a vez que los chicos h a y a n hecho u n a p r i m e r a aproximación
a l j u e g o s e podrá j u g a r l o como c a r r e r a , e s t i p u l a n d o u n t i e m p o lógi-
co para su desarrollo.
Habrá que r e s p e t a r las siguientes reglas:
-esperar el t u r n o p a r a volver a d i b u j a r ;
-no decirle al compañero lo que debe hacer;
-no m o d i f i c a r n a d a de lo realizado p o r el otro;
-no d i s t r a e r s e p a r a n o p e r d e r l a p o s i b i l i d a d d e j u g a r .
El g r u p o q u e no respete las reglas corre el riesgo de q u e d a r f u e r a
del j u e g o .
S e puede j u g a r t a n t a s veces como los chicos t e n g a n ganas, i n -
corporando otras variables:
-las consignas p u e d e n ser i n v e n t a d a s p o r ellos;
-se p u e d e j u g a r c o n f o r m a s en vez de líneas;
-se p u e d e n a c o r t a r los t i e m p o s del j u e g o o b i e n i n c o r p o r a r u n
reloj de a r e n a q u e m a r q u e la finalización del m i s m o .
Como conclusión se m u e s t r a n los trabajos de todos los g r u p o s ,
c o m e n z a n d o p o r el que o b t u v o el p r i m e r lugar. El docente valorará
los aspectos positivos de cada trabajo h a c i e n d o hincapié en la d i -
v e r s i d a d de r e s u l t a d o s (imágenes) a u n q u e h a y a n p a r t i d o todos de
la m i s m a consigna.
Se le preguntará al g r u p o p o r qué y p a r a qué h i c i m o s este j u e g o .
S o n s o r p r e n d e n t e s y valiosas las respuestas que los c h i c o s p u e d e n
d a r y que el docente tomará p a r a enfatizar los aspectos del a p r e n d i -
zaje que cree conveniente como: respetar reglas, c o n s i g n a s , t i e m -
pos, a d a p t a r s e a los otros, aceptar o t r a s soluciones, i m a g i n a r , t r a n s -
f o r m a r , crear.
Q u i e r o c o m p a r t i r c o n ustedes a l g u n a s de esas r e s p u e s t a s :
"Para d i v e r t i r n o s y m e j o r a r el d i b u j o " (Federico).
"Para expresar la c r e a t i v i d a d " (Santiago).
" A p r e n d e r a r e s p e t a r reglas" (Macarena).
"Trabajar en equipo" (Martina).
"Para ver cómo i m a g i n a b a cada u n o la c o n s i g n a " (Sofia).
Actividad sugerida
C o n posterioridad al juego aplicar en u n a actividad i n d i v i d u a l los
contenidos propios del lenguaje v i s u a l que se p u s i e r o n "en juego".
42 JugArte

A p a r t i r de un núcleo d i s p a r a d o r (línea o forma) p r e d e t e r m i n a d o

p o r el docente c a d a a l u m n o creará un ser fantástico, m i s t e r i o s o o
b i e n puede r e s p o n d e r c r e a t i v a m e n t e y en f o r m a p e r s o n a l a u n a de
las consignas u t i l i z a d a s p a r a la p r o p u e s t a lúdica.
44 JugArte
A poner el cuerpo
Facilita el juego corporal y desarrolla la creatividad.
Contenidos
F i g u r a h u m a n a e n m o v i m i e n t o . Noción d e s i l u e t a .
Materiales y herramientas
Papel t i p o escenografía, m i s i o n e r o , m a d e r a , c a r t u l i n a s , etc.; m a r -
cador t i p o r o t u l a d o r , t i j e r a , m a t e r i a l e s p a r a collage, cola vinílica.
Consigna
B a i l a r al compás de la música, p e r m a n e c i e n d o q u i e t o s c u a n d o
ésta se detiene. Repetir v a r i a s veces el baile a d q u i r i e n d o en la últi-
m a v u e l t a u n a posición estática p a r a ser c o n t o r n e a d a p o r e l o t r o
compañero.
Desarrollo
V a m o s a j u g a r c o n el c u e r p o y la música. Lo h a r e m o s en un l u g a r
a m p l i o q u e puede ser el p a t i o . Si se va a u t i l i z a r el a u l a o el t a l l e r es
i m p o r t a n t e favorecer el desplazamiento y el m o v i m i e n t o c o r r i e n d o
los b a n c o s y las mesas p a r a despejar el escenario. C a d a niño/a
buscará u n compañero p a r a este viaje.
El docente tratará de elegir música que invite al m o v i m i e n t o i n c l u -
yendo diferentes r i t m o s (salsa, rock, tango); si no se a n i m a a selec-
cionarlos puede pedir a y u d a al profesor del área correspondiente.
Todos los p a r t i c i p a n t e s bailarán al compás de la música. C u a n d o
ésta se detenga h a y que detener el m o v i m i e n t o y p e r m a n e c e r en esa
posición como si se c o n v i r t i e r a n en estatuas. C u a n d o v u e l v a a sonar
la música comenzará n u e v a m e n t e el baile, esto se puede realizar va-
rias veces. Allí es h o r a de que el docente i n t r o d u z c a un cambio...
En las paredes del t a l l e r o el l u g a r d o n d e h i c i m o s el j u e g o habrá
colocados t a n t o s papeles como parejas f o r m a d a s . Los m i s m o s se-
rán a p r o x i m a d a m e n t e de 70 cm x 100 c m , t i p o escenografía, m i s i o -
n e r o , p a p e l m a d e r a , c a r t u l i n a s , etc.
A n t e s de realizar el último baile los m i e m b r o s de la p a r e j a acor-
darán quién bailará p a r a que el o t r o cree la s i l u e t a , y quién la c o n -
torneará.
Prof. María del C a r m e n Palopoli 45
Este j u e g o se puede e n r i q u e c e r c o n el u s o de c i n t a s de p a p e l
crepé, l a n a s o p i o l i n e s , l o g r a n d o c o n ellos p r o l o n g a r el m o v i m i e n t o
al espacio. Los m i s m o s podrán ser u s a d o s luego en la a c t i v i d a d ,
p a r a pegar e n e l c o n t o r n o d e l a f i g u r a .
Este j u e g o se puede realizar en f o r m a c o n j u n t a c o n el docente de
expresión c o r p o r a l .
C o m i e n z a n u e v a m e n t e el último baile, y c u a n d o la música se
detiene q u i e n e s t a b a e n m o v i m i e n t o a d o p t a u n a p o s t u r a estática,
colocándose c o n t r a el p a p e l a f i n de que su compañero/a p u e d a
c o n t o r n e a r l o c o n u n m a r c a d o r grueso.
E s i m p o r t a n t e que los m o v i m i e n t o s sean b i e n m a r c a d o s ; t a m -
bién p u e d e n c o n t o r n e a r s e f i g u r a s de p e r f i l .
Las s i l u e t a s r e s u l t a n t e s serán recortadas y p r e s e n t a d a s al resto
del g r u p o c o m o u n f u t u r o personaje. Los m i s m o s p u e d e n ser t o t a l -
mente i m a g i n a d o s p o r los niños o b i e n el docente puede a y u d a r l o s
m e n c i o n a n d o a l g u n o s como: rockeros, d e p o r t i s t a s , modelos, f a n -
gueros, actores, etc.
Si lo cree conveniente, el profesor puede e n r i q u e c e r el i m a g i n a r i o
m o s t r a n d o o b r a s d e B e r n i , especialmente d e l a serie J u a n i t o L a g u -
na y R a m o n a M o n t i e l , d o n d e a su vez los niños podrán a p r e c i a r el
uso del collage y el relieve como p r o t a g o n i s t a s .
Actividad sugerida
A p a r t i r de este j u e g o se realizará la creación de un personaje.
U n a vez d e t e r m i n a d o el m i s m o se utilizará la técnica del collage
i n c o r p o r a n d o todo lo necesario p a r a c a r a c t e r i z a r l o . Se puede d a r
relieve c o n los m i s m o s m a t e r i a l e s (telas, l a n a s , c a r t o n e s , r o l l i t o s de
acero, papeles de d i s t i n t o t i p o , t a p i t a s plásticas, p a l i t o s de m a d e r a ,
etc.) También podrán p i n t a r c o n témperas, colas vinílicas de colo-
res, m a r c a d o r e s gruesos, a p r o v e c h a n d o todas las p o s i b i l i d a d e s que
b r i n d a l a técnica m i x t a .
Todos los personajes se podrán pegar en el a u l a , el p a t i o o los
pasillos p a r a ser apreciados p o r los niños de t o d a la escuela.
46 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 47

Juego de geometría y creación

Ayuda a flexibilizar el pensamiento y encontrar otras respuestas
para modificar lo preestablecido.

Contenidos
Bidimensión. F i g u r a s geométricas. Composición.

Materiales y herramientas
Las piezas d e l j u e g o realizadas en cartón. M a r c a d o r e s , p a p e l afi-
che, c a r t u l i n a s , pegamento.

Consigna

Resolver el rompecabezas. Componer a p a r t i r de las formas dadas.

Desarrollo
E s t a p r o p u e s t a lúdica se realizará a p a r t i r de un j u e g o y r o m p e -
cabezas matemático realizado c o n m o t i v o de la exposición " B l a n c a y
Redonda", en el D O M U S , Museo-Casa de las Ciencias, España.
Las piezas de este rompecabezas h a n sido o b t e n i d a s de la p a r t i -
ción de un círculo y se p u e d e n ver en la página 4 8 .
Las consignas para el juego serán:
1) C o n las f o r m a s dadas (piezas sueltas del rompecabezas) a r m a r
la f i g u r a geométrica c o r r e s p o n d i e n t e .
2) A h o r a , si se c o m b i n a n en f o r m a c r e a t i v a las d i s t i n t a s piezas se
p u e d e n crear múltiples fi g ur as , a p l i c a n d o diferentes grados de
dificultad.
a) A r m a r u n a figura u t i l i z a n d o c u a l q u i e r número de piezas pero
que t e n g a n t o d a s u n p u n t o d e c o n t a c t o .
b) También u t i l i z a n d o el número de piezas que se desee c r e a r
u n a f i g u r a p e r m i t i e n d o que a l g u n a s d e ellas t e n g a n u n lado e n
contacto.
c) U t i l i z a r todas las piezas a r m a n d o o t r a f i g u r a t o t a l m e n t e dife-
r e n t e (figurativa o no). E s t a última se pegará en el p a p e l afiche
acompañada d e u n a frase o p a l a b r a que exprese u n sueño o u n
deseo a c u m p l i r s e .
48 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 49

O t r a v a r i a b l e de esta p r o p u e s t a puede ser u t i l i z a r el t a n g r a m , Se busca un sombrero

u n j u e g o c h i n o d e f o r m a s que e s t i m u l a l a c r e a t i v i d a d . E n c h i n o
recibe el n o m b r e de " t a b l a de la sabiduría" o " t a b l a de los siete ele- Facilita el trabajo de valores como el respeto y la aceptación de
m e n t o s " . C o n s t a d e siete figuras: u n c u a d r a d o , u n p a r a l e l o g r a m o y otros criterios.
cinco triángulos (dos grandes, dos pequeños y u n o mediano)
En inglés a n t i g u o " t a n g r a m " significa "rompecabezas" o "juego". Contenidos
H a y v a r i o s j u e g o s basados en los m i s m o s p r i n c i p i o s pero con] Figura humana.
d i s t i n t o número de piezas. Género: r e t r a t o .
Las c o n s i g n a s serán las m i s m a s que u t i l i z a m o s p a r a el j u e g o de
geometría y a que e s o t r a p o s i b i l i d a d d e n t r o d e l a m i s m a p r o p u e s t a . Materiales y herramientas
Cartón, lápiz n e g r o , témperas, marcadores, materiales para
collage.

Consigna

B u s c a r el s o m b r e r o que le corresponde a cada cabeza.

Desarrollo
En esta p r o p u e s t a lúdica se i n t e r r e l a c i o n a la a c t i v i d a d gráfica y
el j u e g o . El docente preparará u n a l i s t a de personajes e n t r e los que
pueden aparecer mago, cocinero, b r u j a , b o m b e r o , i n s p e c t o r , m o t o -
ciclista, payaso, p i n t o r , h a d a , enfermera, etc.
El n o m b r e de los m i s m o s figurará en papelitos de d i f e r e n t e s co-
lores: u n o p a r a las cabeza; el o t r o p a r a los s o m b r e r o s / g o r r o s . E s t a -
rán d e n t r o de dos bolsas y c a d a a l u m n o retirará el p a p e l de u n a
sola bolsa. La m i t a d de los nenes realizará la cabeza d e l personaje
solicitado y la o t r a m i t a d resolverá los s o m b r e r o s .
Se puede u t i l i z a r como soporte cartón (de envases vacíos o cajas
d e ravioles) c o n u n a m e d i d a a p r o x i m a d a d e 2 0 x 2 5 c m , i g u a l p a r a
los dos casos.
Los a l u m n o s realizarán p r i m e r o el d i b u j o en lápiz y luego elegirán
el p r o c e d i m i e n t o q u e más les interese p a r a colorear, b u s c a n d o la
técnica que m e j o r resolución ofrezca p a r a la base que se u t i l i z a . En
el caso de la p i n t u r a p u e d e n ser témperas o m a r c a d o r e s gruesos de
colores. Para el collage u s a r papeles o telas o b i e n t r a b a j a r c o n técni-
ca m i x t a . En la p a r t e posterior de la o b r a se pegará p a p e l negro.
F i n a l i z a d a la a c t i v i d a d gráfico-plástica y t r a n s c u r r i d o el t i e m p o
de secado necesario se procederá al juego.
Se mezclarán todos los cartones sobre u n a m e s a colocándolos
del revés.
50 JugArte
Prof. María del C a r m e n PalopoÜ 51

Doblando, doblando... la forma logrando

Permite el desarrollo y la adquisición de conceptos del lenguaje
visual.

Contenidos
F o r m a s r e g u l a r e s . Organización de las f o r m a s en el p l a n o .

Materiales y herramientas
Papel m a d e r a o afiche de color (20 x 30 cm a p r o x i m a d a m e n t e )
c a r t u l i n a s , t i j e r a , g o m a de pegar, m a r c a d o r e s , etc.

Consigna
A p a r t i r de la f o r m a preestablecida lograr, a través del plegado,
otras nuevas; luego del recorte crear u n a composición c o n las f i g u -
ras o b t e n i d a s .

Desarrollo
Se j u e g a p o r g r u p o s de cinco o seis personas, a cada u n o de los
cuales se les da u n a hoja de papel m a d e r a o afiche de color, de a p r o x i -
m a d a m e n t e 20 x 30 c m . El p a p e l se va pasando entre los i n t e g r a n t e s
del g r u p o , quienes e n f o r m a i n d i v i d u a l deberán hacer u n solo doblez
o plegado, b i e n m a r c a d o . No se p u e d e n deshacer los plegados ante-
riores, siempre h a y que s u m a r otros nuevos y no restar.
El largo del pliegue y la dirección serán d e t e r m i n a d o s p o r cada
p a r t i c i p a n t e . U n a vez finalizada la v u e l t a y luego de j u g a r todos los
i n t e g r a n t e s del g r u p o v a m o s a m o s t r a r los r e s u l t a d o s o b t e n i d o s p o r
cada u n o y r e f l e x i o n a r sobre las f o r m a s r e s u l t a n t e s .
El docente podrá a y u d a r con p r e g u n t a s como: ¿cuántos lados
tiene la f o r m a ? , ¿se m a n t i e n e el rectángulo?, ¿se modificó el t a m a -
ño o r i g i n a l ? ¿qué o t r o s c a m b i o s ven?
E l segundo paso consiste e n desplegar l a f o r m a o b t e n i d a p a r a
volver al rectángulo o r i g i n a l c o n todas las líneas de los pliegues
m a r c a d a s . Así se verán las d i s t i n t a s f o r m a s que se c r e a r o n e n t r e las
líneas rectas de los pliegues. Se procederá a c o r t a r p o r las líneas
c o r r e s p o n d i e n t e s , s i n agregar n i n g u n a n u e v a .
E l g r u p o tendrá q u e c o m p o n e r u n a n u e v a i m a g e n t o t a l m e n t e d i s -
t i n t a a la i n i c i a l u t i l i z a n d o la m a y o r p a r t e de las f o r m a s logradas.
52 JugArte
54 JugArte Prof. María del Carmen Palopoli 55
56 jugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 57
/

58 JugArte Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 59

60 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 61
JugArte
Automatismo con música
Trabaja la confianza en sí mismo y en el compañero como así tam
bien la valoración por la obra realizada.
Contenidos
T i p o s de líneas, f o r m a s i r r e g u l a r e s . Espacio b i d i m e n s i o n a l .
Materiales y herramientas
Hojas b l a n c a s y negras (tipo c a n s o n N° 6 o más grandes), crayo-
nes, témperas, pinceletas.
Consigna
L a c o n s i g n a será realizar m o v i m i e n t o s lineales p o r t o d a l a h o j a a l
compás de la música.
La p r o p u e s t a se puede llevar adelante en f o r m a i n d i v i d u a l o en
parejas u t i l i z a n d o la técnica de d i b u j o ciego, es decir, crayón blanco
sobre h o j a b l a n c a y crayón negro sobre h o j a negra, de esta m a n e r a
se d i f i c u l t a la visión de las líneas que se están r e a l i z a n d o .
E s i n t e r e s a n t e hacer l a experiencia c o n los dos colores p a r a c o m -
p a r a r los r e s u l t a d o s .
Desarrollo
El docente buscará un lugar amplio (patio, gimnasio, a u l a desocu-
pada) p a r a que los chicos p u e d a n d e s a r r o l l a r l a a c t i v i d a d e n e l sue-
lo. Es necesario a l e n t a r l o s a relajarse, a q u i e t a r el c u e r p o , p e r m i t i r
el silencio de sí m i s m o s y el e n t o r n o , e s c u c h a r a t e n t a m e n t e la mú-
sica y e s t a r receptivos. En la m e d i d a de lo posible c e r r a r los ojos y
dejarse l l e v a r p o r la música (clásica), las v a r i a c i o n e s sonoras que la
m i s m a p r o p o n e . Este j u e g o es ideal p a r a t r a b a j a r el silencio y la
p o s i b i l i d a d d e escuchar, u n trabajo senso-perceptivo que p e r m i t e
conectarse c o n u n o m i s m o , estar permeables a las sensaciones p l a -
centeras q u e p r o d u c e la música y p o s i b i l i t a el fluir de la i m a g i n a -
ción s i n c o n d i c i o n a m i e n t o s formales.
E s i m p o r t a n t e u t i l i z a r como soporte hojas grandes del t i p o c a n -
s o n (n° 6 i n c l u s o u n i d a s ) . De esta m a n e r a se facilitará el m o v i m i e n -
to de t o d o el brazo, logrando trazos o grafismos lineales a m p l i o s .
Los a l u m n o s tratarán de seguir el r i t m o dejando la m a n o lo más
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i
libre posible a l m o v i m i e n t o , s i n p r e d e t e r m i n a r l o . Las líneas r e s u l -
tantes podrán ser de todo t i p o (curvas, rectas, m i x t a s , o n d u l a d a s ,
etc.) o b t e n i e n d o de esta m a n e r a un t r a m a d o extraño y s o r p r e n d e n -
te en el p l a n o gráfico.
U n a vez f i n a l i z a d o el t i e m p o e s t i p u l a d o p o r el docente q u e será
de a p r o x i m a d a m e n t e diez m i n u t o s los p a r t i c i p a n t e s podrán obser-
var el r e s u l t a d o q u e es poco v i s i b l e a s i m p l e v i s t a .
F i n a l i z a d o el j u e g o se pedirá a los p a r t i c i p a n t e s q u e p i n t e n t o d a
l a h o j a c o n u n color d e témpera a g u a d a c o n t r a s t a n t e a l q u e u s a r o n
como fondo; p o r ejemplo: rojo, a z u l , violeta p a r a el color b l a n c o y
a m a r i l l o , b l a n c o , celeste p a r a el soporte negro.
"Mágicamente" y p a r a sorpresa de los chicos se hace v i s i b l e lo
" i n v i s i b l e " y las f o r m a s más insólitas c o m i e n z a n a s u r g i r de ese f o n -
do coloreado. La h o j a se pobló mágicamente de f o r m a s casuales,
caprichosas que q u i s i e r o n aparecer s i n que los p a r t i c i p a n t e s las
eligieran p r e v i a m e n t e .
E l a u t o m a t i s m o como técnica fue u t i l i z a d o p o r m u c h o s a r t i s t a s ,
entre los q u e se e n c u e n t r a J o a n Miró.
Actividad sugerida
Como a c t i v i d a d p o s t e r i o r a l j u e g o s e sugiere calcar c o n u n a h o j a
t r a n s p a r e n t e las f o r m a s que les r e s u l t e n más a t r a y e n t e s , pudién-
dolas t r a n s f o r m a r a h o r a e n f i g u r a t i v a s (personas, objetos, a n i m a -
les, etc.) o n o . Sobre un soporte de h o j a b l a n c a pintarán m a n c h a s
de colores c r e a n d o un fondo sobre el c u a l montarán la h o j a de c a l -
car. Los c o n t o r n o s de las f i g u r a s hechas sobre el calco se pasarán
con u n m a t e r i a l que resalte e l d i b u j o l i n e a l , p u d i e n d o ser m a r c a d o r ,
cola vinílica negra, t i n t a c h i n a . O t r a opción es i n c l u s o colorearlas
del lado de atrás a n t e s de pegar la h o j a b l a n c a o de color.
Juegos para desarrollar la percepción

"LAS OBRAS DE ARTE HAN DE ACTUAR COMO 'PUERTAS DE LA PERCEPCIÓN'

HAN DE COLABORAR EN EL ENRIQUECIMIENTO PERSONAL DEL ESPECTADOR..."
"...LA FUNCIÓN DEL ARTISTA ES PARTICIPAR CON SUS OBRAS EN EL ESPÍRITU
QUE MODIFICA A LA SOCIEDAD, PERO ESTA MODIFICACIÓN ES SUBTERRÁNEA,
APENAS CONCRETABLE Y TAN SÓLO PUEDE SER VALORADA A LARGO PLAZO."
MONDRIAN

A n t e la invitación de M o n d r i a n los docentes no podemos p e r m a -

necer i n d i f e r e n t e s , n u e s t r o s a l u m n o s también s o n pequeños espec-
tadores a la espera, i g u a l que la t i e r r a , de ser c u l t i v a d a . U n a p r o -
p u e s t a p l a c e n t e r a de e n t r e n a m i e n t o v i s u a l s o n los j u e g o s que favo-
recen el d e s a r r o l l o perceptivo.
Estos j u e g o s f u e r o n pensados p a r a a y u d a r a los niños y/o a d u l -
tos a d e s a r r o l l a r la percepción y también p a r a c o m p r e n d e r más ca-
b a l m e n t e el arte m o d e r n o .
Las o b r a s elegidas p a r a las p r o p u e s t a s t i e n e n u n a intención de-
l i b e r a d a de m o s t r a r y acceder a los m o v i m i e n t o s artísticos que ge-
n e r a l m e n t e se e n g l o b a n en los términos de v a n g u a r d i a o p o s v a n -
g u a r d i a y m u c h a s veces por d e s c o n o c i m i e n t o se v a n relegando en
las p r o p u e s t a s pedagógicas.
68 JugArte
Búsqueda del tesoro artístico
Desarrolla el concepto de espacio tridimensional, agudiza el inge-
nio y despierta la curiosidad.
Contenidos
El espacio t r i d i m e n s i o n a l . Característica. I n t e r i o r , exterior. Es-
c u l t u r a d e b u l t o . Relieve.
Materiales y herramientas
El propio cuerpo.
Consigna
Recorrer el espacio descubriendo y resolviendo las consignas p l a n -
teadas e n cada p i s t a h a s t a llegar a l tesoro.
Desarrollo
D e s c u b r i r el espacio tridimensional siempre es interesante. A pesar
de q u e estamos i n m e r s o s en él no p e r c i b i m o s t o d a s s u s p o s i b i l i d a -
des. T o d o s los j u e g o s de exploración y búsqueda r e s u l t a n f a s c i n a n -
tes p a r a los niños ya que les p e r m i t e n d e s c u b r i r p o r ellos m i s m o s
las d i f e r e n c i a s existentes, p o r ejemplo entre la bidimensión y la t r i -
dimensión. Estos j u e g o s n u n c a v a n a ser m u c h o s o a b u r r i d o s si
están b i e n o r i e n t a d o s y planificados p a r a la adquisición de n u e v o s
c o n t e n i d o s o p a r a r e a f i r m a r otros ya existentes.
Es en este sentido que planteo el j u e g o de la búsqueda d e l teso-
r o , j u e g o que siempre r e s u l t a divertido y servirá de e x c u s a p a r a un
d e s c u b r i m i e n t o del espacio c o t i d i a n o como es la escuela.
Si p r e s t a m o s atención en casi todo e s t a b l e c i m i e n t o e d u c a c i o n a l
h a y c u a d r o s y / o e s c u l t u r a s embelleciendo los a m b i e n t e s , será cues-
tión d e hacer p r i m e r o u n relevamiento del l u g a r p a r a saber c o n qué
m a t e r i a l c o n t a m o s p a r a organizar n u e s t r o j u e g o .
Les mostraré cómo lo armé en el colegio donde trabajo, N u e s t r a
Señora de la M i s e r i c o r d i a , del b a r r i o de Flores. Allí, en las paredes
de c a d a u n o de los patios i n t e r n o s de los d i s t i n t o s pisos h a y relieves.
E n l a e n t r a d a a l auditorium podemos e n c o n t r a r u n a e s c u l t u r a d e
b u l t o y d e n t r o de la sala hay otros relieves de carácter f i g u r a t i v o y no
f i g u r a t i v o . E n e l patio descubierto hay u n a f i g u r a realizada e n a l a m -
bre de acero.
Prof. María del C a r m e n Palopoli
C o n t o d a esa información diseñé u n r e c o r r i d o p a r a ser e x p l o r a d o
y d e s c u b i e r t o p o r los a l u m n o s .
Este j u e g o puede ser la excusa ideal p a r a i n v i t a r a los p a d r e s a
p a r t i c i p a r de u n a clase a b i e r t a de plástica, u n a j o r n a d a de a r t e o
s i m p l e m e n t e p a r a divertirse c o n s u s h i j o s .
Se armarán a p r o x i m a d a m e n t e c u a t r o o cinco g r u p o s de no más
de seis i n t e g r a n t e s por cada u n o . Si i n v i t a m o s a los p a d r e s b u s c a -
r e m o s q u e u n o de ellos p u e d a ser el coordinador.
En el caso de j u g a r sólo c o n los a l u m n o s se r e c o m i e n d a r e a l i z a r -
lo c o n los niños más grandecitos p a r a que p u e d a n desplazarse en
f o r m a autónoma por el colegio. El docente hará hincapié en el t r a -
bajo en g r u p o , el consenso de ideas, el respeto p o r el o t r o y p o r los
lugares donde se necesita c i r c u l a r .
C a d a g r u p o tendrá un color que lo i d e n t i f i q u e y p a r a c o m e n z a r
se les dará un c a r t o n c i t o c o n la p r i m e r a p i s t a . C u a n d o l l e g u e n a ella
encontrarán en ese l u g a r o t r o c a r t o n c i t o c o n su color c o r r e s p o n -
diente y l a p i s t a siguiente. E s i m p o r t a n t e a c l a r a r que d e b e n c u m p l i r
l a secuencia d e consignas p a r a t e r m i n a r l a búsqueda, t e n i e n d o t a n -
tos c a r t o n e s como pistas dadas.
Las pistas fueron las siguientes:
1 - E n e l p a t i o c u b i e r t o del p r i m e r piso h a y a l g u n a s f i g u r a s q u e p a -
recen s a l i r d e l a pared, que t i e n e n l a cabeza t a n d u r a c o m o e l
c e m e n t o . ¿Quiénes son?
2 - E n e l p a t i o c u b i e r t o d e l a p l a n t a baja l a M a d r e B u e n a , desde l a
p a r e d , nos c u i d a c o n cariño. ¿Con qué m a t e r i a l e s creen q u e está
hecha?
3- A l g u i e n estuvo j u g a n d o c o n líneas de acero negro en la p a r e d del
p a t i o descubierto. ¿Qué f i g u r a formó?
4- Pedile más pistas a q u i e n c u i d a la e n t r a d a del a n f i t e a t r o . Si no te
h a b l a no te enojes. Eso sí, a n o t a el n o m b r e de su creador.
5- B u s c a el l u g a r donde nos j u n t a m o s y j u g a m o s a ser " a r t i s t a s
plásticos" (Si la escuela no c u e n t a con t a l l e r de arte, c a m b i a r la
p i s t a , p a r a r e u n i r l o s a todos en el patio).
6 - A h o r a . . . a f o r m a r u n a e s c u l t u r a viviente, e l m a t e r i a l s o n ustedes
y le p u e d e n agregar sonido.
El g r u p o que lo logra obtiene el séptimo cartón c o n la última
p i s t a que es la que los va a llevar al tesoro. El m i s m o p u e d e ser
 Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 71
70 JugArte

Paisaje con rompecabezas

Facilita el desarrollo de la capacidad de observación.

Contenidos

Percepción. Apreciación de p r o d u c c i o n e s plásticas de d i s t i n t o s

creadores.
Género: paisaje.

Materiales y herramientas
Copias de o b r a s de arte.

Consigna
Resolver el a r m a d o de los rompecabezas en el t i e m p o e s t i p u l a d o
por el docente.

Desarrollo
" C u a l q u i e r aspecto s i m p l e del m u n d o visible, colocado e n u n aire
l i b r e y n a t u r a l , c u a l q u i e r rincón c o t i d i a n o del paisaje p a t r i o podía
ser c o n s i d e r a d o como d i g n o de un c u a d r o y podía servir de m o t i v o :
b a s t a b a c o n que u n ojo d e p i n t o r s u p i e r a verlo pictóricamente." 25

E l paisaje e s u n género a t r a c t i v o e n s í m i s m o y c o n m u c h a s
p o s i b i l i d a d e s d e ser t r a b a j a d o c o n fines didácticos. E n c o n t r a m o s
d e n t r o d e l a h i s t o r i a d e l a r t e u n a e s c u e l a pictórica q u e d a u n
p r o t a g o n i s m o e x c l u s i v o a l paisaje, sale c o n e l c a b a l l e t e a p i n t a r
a l a i r e l i b r e : fue e l i m p r e s i o n i s m o . L a l u z t i e n e e l r o l protagónico
d e l a escena, m o d i f i c a l a f o r m a , los colores; también los n e o i m -
p r e s i o n i s t a s ( p u n t i l l i s t a s ) , c o n o t r a técnica, h i c i e r o n u s o d e l p a i -
saje e n u n a búsqueda d e l j u e g o a r m o n i o s o d e los c o l o r e s . M e n -
cionaré a l g u n o s a r t i s t a s q u e e n algún m o m e n t o d e s u c a r r e r a
u t i l i z a r o n e l p a i s a j e c o m o m e d i o p a r a r e f l e j a r d i f e r e n t e s búsque-
das plástico-visuales, t a l es el caso de Cézanne c o n el p l a n t e o
c u b i s t a , G a u g u i n c o n s u s p i n t u r a s d e Tahití, Picasso, M a t i s s e ,
V l a m i n c k , Miró y m u c h o s o t r o s .
En n u e s t r o país m u c h o s a r t i s t a s se v a l i e r o n de este género p a r a
expresarse y reflejar el c o n t e x t o social de la época, como E d u a r d o

2 5 . WALTER HESS, ob. cit.

72 JugArte Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 73

Sívori, Pío C o l l i v a d i n o , Ramón Silva, Martín M a l h a r r o , Víctor Cún

solo, Q u i n q u e l a Martín, Raúl Soldi y Carlos C a s t a g n i n o , p o r n o m
b r a r sólo a l g u n o s .
T o d o s los p l a n t e o s lúdicos que estamos r e a l i z a n d o t i e n e n como
f i n a l i d a d el aprendizaje del lenguaje plástico-visual, p o r t a l m o t i v o
seleccioné d o s o b r a s del arte u n i v e r s a l que me p a r e c i e r o n más úti-
les p a r a los fines didácticos.

A l f r e d Sisley, The Bridgeat Villeneuve-la-Garenne (1964)

F r a n c i s B a c o n , Estudio para un retrato de Van Gogh VI (1957)

M e i n t e r e s a que los a l u m n o s p u e d a n c o n f r o n t a r dos f o r m a s p i c -

tóricas d e expresión basadas e n u n m i s m o t e m a pero creadas e n
dos c o n t e x t o s histórico-sociales diferentes.

O t r a l e c t u r a i n t e r e s a n t e que podemos realizar c o n n u e s t r o s a l u m -

n o s y r e l a c i o n a r la p r o p u e s t a c o n el área de Ciencias Sociales es el
abordaje de los diferentes paisajes de n u e s t r o extenso país y las
posibles t r a n s f o r m a c i o n e s s u f r i d a s a través de la visión de los a r t i s -
tas plásticos. E s t o n o s p e r m i t e v a l e m o s de p r o d u c c i o n e s c u l t u r a l e s
estéticas p a r a c o l a b o r a r no sólo a la valoración d e l p a t r i m o n i o s i n o
también a la construcción de la i d e n t i d a d n a c i o n a l .

Los r o m p e c a b e z a s serán esta vez el j u e g o q u e n o s va a a c o m -

pañar p a r a i n c o r p o r a r n u e v o s c o n o c i m i e n t o s o r e f o r z a r l o s y a
aprendidos.
Este m a t e r i a l está c o m p u e s t o p o r la f i g u r a base (imagen c o m p l e -
ta s i n seccionar) y p o r o t r o lado las partes de esa f i g u r a (imagen
c o m p l e t a seccionada). Vamos a r e c o r d a r cómo p u e d e n ser secciona-
das las f i g u r a s . Lo p o d r e m o s hacer c o n dos t i p o s de cortes, los s i -
n u o s o s y los rectos. Para los más chicos conviene c o m e n z a r c o n
cortes s i n u o s o s , también l l a m a d o s " a u t o c o r r e c t o r e s " p o r q u e favo-
r e c e n la ubicación c o r r e c t a de las partes. C o n los cortes rectos el
niño debe a n a l i z a r la i m a g e n p a r a e v a l u a r si el r e s u l t a d o o b t e n i d o
es el correcto. Se c o m i e n z a con un corte ( h o r i z o n t a l o vertical), s i -
n u o s o o recto, y se v a n agregando cortes p a r a a u m e n t a r el grado de
d i f i c u l t a d , esto hace que se acreciente la c a n t i d a d de p a r t e s en las
que se secciona la base.
También se tiene en c u e n t a la edad de los niños y su maduración
p a r a a r m a r el rompecabezas sobre la base, c o l o c a r l a al l a d o de la
f i g u r a como m o d e l o o t r a b a j a r s i n ella.
Es conveniente pegar la i m a g e n sobre cartón p a r a m a n i p u l a r l a
mejor y o b t e n e r m a y o r v i d a útil.
E s t a p r o p u e s t a lúdica se puede llevar a cabo en parejas o en
g r u p o s de c u a t r o o cinco p a r t i c i p a n t e s ; esto va a d e p e n d e r de la
c a n t i d a d de a l u m n o s y rompecabezas que se tenga. T e r m i n a d o el
t i e m p o e s t i p u l a d o p a r a el j u e g o se presentarán todos los r o m p e c a -
bezas a r m a d o s p a r a ser apreciados por el g r u p o t o t a l y d a r l u g a r a
74 JugArte
Prof. María del C a r m e n Palopoli 75

los c o m e n t a r i o s s u r g i d o s a p a r t i r de la apreciación de cada o b r a . El

docente compartirá c o n los a l u m n o s el título, a u t o r , año de su rea-
Juego de los errores
lización, técnica y algún dato más que crea conveniente y e n r i q u e -
cedor p a r a la observación de imágenes. Agudiza la observación y permite una sana competencia.

Contenidos
Actividad sugerida
Luego de h a b e r j u g a d o c o n los rompecabezas se podrá realizar Percepción y valoración de obras de arte u n i v e r s a l y l o c a l . Sensi-
u n a producción plástica c o n los a l u m n o s . L a m i s m a p u e d e ser re- bilización a n t e d i s t i n t o s t i p o s de expresión.
c rea r la o b r a q u e les tocó a r m a r o b i e n la extensión de la m i s m a a C u b i s m o sintético.
p a r t i r d e u n a d e l a s p a r t e s seccionadas del j u e g o .
Materiales y h e r r a m i e n t a s
Copias de o b r a de a r t e .

Consigna

D e s c u b r i r los errores que h a y e n cada u n a d e las o b r a s .

Desarrollo
En n u e s t r o país el arte m o d e r n o estuvo ligado a la f i g u r a de Petto-
r u t i y a los viajes q u e a l g u n o s a r t i s t a s r e a l i z a b a n a E u r o p a p a r a ver
las v a n g u a r d i a s .
E m i l i o P e t t o r u t i se identificó c o n la f i n a l i d a d poética del c u b i s -
mo, el n u e v o lenguaje que surge en E u r o p a y revolucionó las artes
plásticas. Podemos m e n c i o n a r a l g u n o s de s u s exponentes c o m o lo
fueron Cezanne, Picasso, Gris, B r a q u e , también Leger y D e l a u n a y .
En n u e s t r o país faltó el eslabón cezaniano y se saltó d e l i m p r e s i o -
nismo al c u b i s m o , siendo "Pettoruti el artista que dio luz verde al
arte nuevo, en la Argentina" 26

Fue el antecedente necesario p a r a el s u r g i m i e n t o de o t r o s l e n -

guajes como el a r t e a b s t r a c t o , concreto y geométrico.
El crítico de a r t e A l b e r t o S a r t o r i lo c o n s i d e r a "un innovador abs-
tracto que pinta como un clásico".
Elegí p a r a este j u e g o dos obras que t i e n e n a l g u n o s p u n t o s en
común.
Pablo Picasso, Arlequín, óleo sobre tela, 183,5 x 105,1 cm (1915).
E m i l i o P e t t o r u t i , El Improvisador, óleo sobre tela, 195 x 140 cm
(1937).

2 6 . CHIÉRICO OSIRIS,"La gloria eterna de u n grande", Clarín Revista Buenos Aires, 13 de

j u l i o de 1986, pág.16.
76 Jug Arte
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 77

Pettoruti
B o c a de la f i g u r a del c e n t r o
E l orificio c e n t r a l d e l a g u i t a r r a d e l a f i g u r a del m e d i o
Líneas de la m a n o de la f i g u r a con bigotes
Rectángulo l a d o i z q u i e r d o , línea de base
O n d a del puño de la figura del c e n t r o
Triángulo del pie de la figura de la derecha
S o m b r a de la p a r t i t u r a de la figura del c e n t r o

Actividad sugerida
F i n a l i z a d a la p r o p u e s t a lúdica será i n t e r e s a n t e c o m p a r a r las dos
obras, b u s c a r s i m i l i t u d e s y diferencias. D e s c u b r i r los personajes
que aparecen en ellas y qué t i p o de i n s t r u m e n t o s t o c a n o t i e n e n .
Puede ser u n a o p o r t u n i d a d de t r a b a j a r c o n j u n t a m e n t e c o n el área
del Música e n u n Proyecto Pedagógico.
Realizaremos u n a v e r d a d e r a l e c t u r a de i m a g e n a y u d a n d o a los
a l u m n o s a la observación c o n p r e g u n t a s d i r i g i d a s que les p e r m i t a n
c o n c e p t u a l i z a r el c u b i s m o sintético.

78 JugArte
Cuadros para crear recetas
Ayuda a ordenar conceptos y poder aplicarlos en nuevos contex-
tos, relacionados con otras áreas del conocimiento. Permite la coope-
ración en grupo.
Contenidos
Reconocimiento de diferentes i n t e n c i o n a l i d a d e s e x p r e s i v o - c o m u -
n i c a t i v a s a través del t i e m p o . Género: n a t u r a l e z a m u e r t a .
Materiales y herramientas
Copias de obras de arte.
H o j a y lápiz negro.
Consigna
En el t i e m p o es t ip ul ad o por el docente los a l u m n o s tendrán que
reconocer los a l i m e n t o s que aparecen en la o b r a de arte c o r r e s p o n -
diente.
Posteriormente inventarán con los m i s m o s u n a receta de cocina.
Desarrollo
No s i e m p r e es fácil a b o r d a r el género de la n a t u r a l e z a m u e r t a
c o n los niños p o r q u e puede r e s u l t a r u n t a n t o a b u r r i d o . U n a m a n e -
ra d i s t i n t a y d i v e r t i d a es a través del arte c u l i n a r i o , o ¿acaso t a m -
bién no es arte? Después de este j u e g o de p a l a b r a s u s t e d e s se p r e -
guntarán: ¿cómo? De la siguiente m a n e r a :
Elegirán c u a t r o o más obras de arte cuyo género sea la n a t u r a l e -
za m u e r t a , el número dependerá de la c a n t i d a d de a l u m n o s y g r u -
pos que se f o r m e n . Es conveniente que los m i s m o s no sean de más
de c u a t r o o cinco i n t e g r a n t e s p a r a que todos t e n g a n la p o s i b i l i d a d
de h a b l a r y p a r t i c i p a r .
Propongo en este caso t r a b a j a r c o n obras de a r t i s t a s locales, c u -
yas representaciones v a y a n de lo f i g u r a t i v o a lo a b s t r a c t o , en la
m e d i d a de lo posible. Si el g r u p o es de niños de los últimos años de
la E.G.B. se p u e d e n p r o p o n e r los bodegones flamencos, que son
c o m p o s i t i v a m e n t e obras más complejas.
Seleccioné p a r a j u g a r con m i s a l u m n o s las s i g u i e n t e s o b r a s d e
artistas argentinos
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 79
E r n e s t o de la Cárcova, Naturaleza muerta en silencio, óleo sobre
tela, 7 3 x 9 1 , 5 c m (1926).
Raúl Russo, Bodegón, óleo sobre cartón 100 x 71 c m , (1958).
M i g u e l D i o m e d e , Frutas de todas las estaciones, óleo sobre m a -
dera, 3 9 , 5 x 6 0 , 5 c m , (1969).
A n t o n i o B e r n i , La olla y la carne, óleo sobre h a r d b o a r d , 122 x
152 c m , (1960).
A c a d a g r u p o se le entrega u n a o b r a de las elegidas (del revés) y
se dará la s i g u i e n t e c o n s i g n a :
a) En c i n c o m i n u t o s tendrán que e s c r i b i r los a l i m e n t o s que apare-
cen en la o b r a , pasado ese t i e m p o se mostrará la m i s m a y se verá
si f u e r o n los correctos.
b ) E n u n t i e m p o a p r o x i m a d o d e q u i n c e m i n u t o s deberán e s c r i b i r
u n a receta de c o c i n a i n c l u y e n d o a l g u n o s o todos los a l i m e n t o s
que d e s c u b r i e r o n e n l a i m a g e n observada. F i n a l i z a d o e l t i e m p o
e s t i p u l a d o se procederá a leer todas las recetas y p o r votación se
elegirá la mejor.
Es t i e m p o de l a r g a d a , cada g r u p o dará v u e l t a su o b r a y todos los
p a r t i c i p a n t e s tendrán que a g u d i z a r la observación.
Actividad sugerida
F i n a l i z a d a la p r o p u e s t a lúdica se propondrá a los a l u m n o s la
a c t i v i d a d plástica que consiste en d i b u j a r el p l a t o r e s u l t a n t e de la
receta a p l i c a n d o la técnica de collage c o n m a t e r i a l e s que se u s a n
p a r a cocinar, c o m o puede ser polenta, café, té, y e r b a , s e m i l l a s , etc.
Pueden realizar u n a técnica m i x t a c o m b i n a n d o también c o n p i n t u -
ra (témperas, crayones, m a r c a d o r e s , óleo pastel, etc.)
C o n las o b r a s m e n c i o n a d a s a n t e r i o r m e n t e m i s a l u m n o s c r e a r o n
las s i g u i e n t e recetas:
E n s a l a d a de f r u t a s
Pollo a la cacerola
Caldo de v e r d u r a s
M i l a n e s a s de pollo c o n papas a la española
Pan c o n a r r o z y e n s a l a d a
Zapallo r e l l e n o
Pollo a g r i d u l c e a los f r u t o s del bosque
Filete de t e r n e r a
Resultó g a n a d o r a p o r mayoría d e v o t o s , l a r e c e t a d e l p o l l o a l a
cacerola.
 Prof. María del C a r m e n Palopoli 81

Juego de las paletas

Agudiza la observación de los colores y ayuda a apreciar los dis-
tintos modos de expresión.
Contenidos
R e c o n o c i m i e n t o de las relaciones de color. D e s a r r o l l o de las ca-
pacidades preceptuales.
Materiales y herramientas
Copias de o b r a s de a r t e .
Consigna

Reconocer la p a l e t a de colores u s a d a p a r a cada u n a de las o b r a s .

Desarrollo
Este j u e g o sirve p a r a d e s a r r o l l a r la noción de color pero p o r so-
b r e todo p e r c i b i r l o en sus diferentes matices, dejarse s e n s i b i l i z a r
p o r él y a g u d i z a r el s e n t i d o de la v i s t a p a r a seleccionar aquellos
colores que f u e r o n u s a d o s p o r el a r t i s t a .
Elegí dos o b r a s de p i n t o r e s argentinos que se d e s t a c a r o n e n t r e
o t r a s cosas p o r ser excelentes coloristas, c o n dos técnicas d i f e r e n -
tes como óleo y a c u a r e l a , dos r e s u l t a d o s d i s t i n t o s pero u n a g r a n
c a l i d a d pictórica.
Les p r o p o n g o j u g a r c o n las siguientes obras:
F e r n a n d o Fader Otoño, óleo sobre tela, 8 8 , 5 x 108 cm (1924).
A l e j a n d r o X u l Solar, Vuel Villa, acuarela sobre papel, 34 x 40 cm
(1936).
Se puede j u g a r p o r g r u p o s , en f o r m a i n d i v i d u a l o en parejas.
Si h a y p o s i b i l i d a d e s de u t i l i z a r la PC (colocar las máquinas en
r e d p a r a poder ver las obras en todos los m o n i t o r e s ) , jugarán así
todos los a l u m n o s a l m i s m o t i e m p o .
En este caso c a d a u n o de ellos puede m o d i f i c a r también las pale-
tas y p r o p o n e r el j u e g o a o t r o compañero.
Solución: Para el c u a d r o Otoño la paleta c o r r e c t a en la N° 1 y
p a r a el c u a d r o Vuel Villa, la N° 2.

Actividad sugerida
L e c t u r a de i m a g e n . Extensión de la o b r a a p l i c a n d o la m i s m a p a -
leta u o t r a p a l e t a l i m i t a d a establecida con a n t e r i o r i d a d p o r el do-
 Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 83
82 JugArte

sobre cada u n o de los a r t i s t a s elegidos, de m a n e r a q u e el docente

cente o el m i s m o a l u m n o . tenga a l g u n o s c o n o c i m i e n t o s teóricos p a r a i n t r o d u c i r a los niños en
Memotest la p r o p u e s t a didáctica y u b i c a r l o s en el t i e m p o histórico.

Agiliza la memoria, favorece el ejercicio visual y ayuda a la reten-

ción de imágenes.
Contenidos
Apreciación d e las p r o d u c c i o n e s plásticas d e l a r t e l a t i n o a m e -
ricano.
Materiales y herramientas
Copias de o b r a s de arte.
Consigna
B u s c a r p o r asociación las obras que s o n iguales. E n c o n t r a r los
pares c o n u n mínimo d e i n t e n t o s .
Desarrollo
La idea de esta p r o p u e s t a es acercar a n u e s t r o s a l u m n o s a p a r t e
de la i d e n t i d a d c u l t u r a l de Latinoamérica, p e r m i t i e n d o de esta m a -
n e r a el e s t u d i o y la difusión de n u e s t r o s valores c u l t u r a l e s .
El c r i t e r i o de selección de obras y a u t o r e s p a r a este j u e g o es
s u b j e t i v o , pero c o n l a certeza d e que c o n s t i t u y e n u n a p a r t e f u n d a -
m e n t a l d e l a h i s t o r i a del arte l a t i n o a m e r i c a n o . A l ser los docentes
concientes de su significado p o d r e m o s enriquecer a n u e s t r o s a l u m -
n o s c o n el c o n o c i m i e n t o del m i s m o , p a r a apreciar y v a l o r a r la d i v e r -
s i d a d de p r o p u e s t a s , los c a m b i o s en los lenguajes y modelos estilís-
ticos en a r t i s t a s significativos p a r a la h i s t o r i a de las artes v i s u a l e s
en Latinoamérica.
Los a r t i s t a s y las obras seleccionadas son las siguientes:
Rafael B a r r a d a s , Casa de apartamentos (1919).
Pedro F i g a r i , Pampa
Lasar Segall, Paisaje brasileño (1925).
Cándido P o r t i n a r i , Fiesta de San Juan (1936-1939)
L i n o E n e a Spilimbergo, La terraza
A n t o n i o B e r n i , Desocupados o Desocupación (1934)
A n t e s de e n t r a r de lleno en el j u e g o haré un breve c o m e n t a r i o
Rafael Barradas (Montevideo, 1890-1929)
J u n t o c o n el p i n t o r T o r r e s García se preocupó p o r el concepto de
la m o d e r n i d a d en el a r t e . Evocó en s u s p i n t u r a s la v i d a de las calles
urbanas, la
Pedro Figari ( U r u g u a y , 1861 -1938)
Es u n a f i g u r a i m p o r t a n t e en la h i s t o r i a del naciente moder-
n i s m o d e l a región r i o p l a t e n s e . S u s t e m a s p r e f e r i d o s p a s a n p o r
l a v i d a c o t i d i a n a d e los n e g r o s d e l U r u g u a y , i n c l u y e n d o s u s r e -
u n i o n e s s o c i a l e s , r e f l e j a d a s e n e l c a n d o m b e . Representó t a m -
bién l a v i d a d e los g a u c h o s e n l a v a s t a p a m p a a r g e n t i n a . E l co-
lor tiene un poder sugestivo que t r a n s m i t e en el fondo emotivo
de sus escenas.
Lasar Segall ( L i t u a n i a , 1 8 9 1 - B r a s i l , 1957)
P i n t o r de o r i g e n r u s o , llega a B r a s i l p a r a establecerse en 1923.
Un elemento de c o n s t a n t e presencia en sus c u a d r o s es el t e m a de
s u i n f a n c i a p a s a d a e n e l b a r r i o judío d e V i l m a , L i t u a n i a . E n Dresde
(Alemania) se asoció c o n m i e m b r o s del g r u p o Die Brücke, y se m a -
nifiesta c o n i n t e n s i d a d e x p r e s i o n i s t a en c u a d r o s como Aldea rusa,
de 1 9 1 2 .
Es m u y i m p o r t a n t e la posición de este p i n t o r en la evolución del
arte m o d e r n o brasileño.
Cándido Portinari (Brasil, 1903-1962)
S e considera u n a r t i s t a socialmente c o m p r o m e t i d o , y a que decla-
ró: "Decidí p i n t a r la r e a l i d a d brasileña, d e s n u d a y tosca t a l como es".
Representó la v i d a de las favelas o b a r r i o s pobres, r e t r a t a n d o
también la d u r e z a de la v i d a c a m p e s i n a .
Lino Enea Spilimbergo (Argentina, 1896-1964)
E s u n o d e los e x p o n e n t e s d e l a r t e m o d e r n o e n l a A r g e n t i n a e n
e l c o n t e x t o d e u n a visión l a t i n o a m e r i c a n a .
En sus composiciones aborda diversos temas que le interesa-
84 JugArte Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 85

r o n ( n a t u r a l e z a s m u e r t a s , f i g u r a s , paisajes, etc.) s i e n d o t o d o s u n
p r e t e x t o p a r a a p l i c a r s u visión estética c o n u n a composición c l a -
r a , organización e s t r u c t u r a l del c u a d r o , solidez y d o m i n i o del oficio.
Antonio Berni (Argentina, 1905-1981)
La preocupación social de B e r n i está r e p r e s e n t a d a p o r el lienzo
" D e s o c u p a d o s " (1934).
S u a r t e siguió e v o l u c i o n a n d o p a r a m o s t r a r h a c i a l a década d e
los ' 6 0 el m u n d o de dos personajes m a r g i n a d o s de esta "sociedad
m o d e r n a " , ellos f u e r o n R a m o n a M o n t i e l , u n a p r o s t i t u t a , y J u a n i t o
L a g u n a , u n chico p o b r e , "pero n o u n pobre c h i c o " como solía p r e - |
sentarlo Berni.
Actividad sugerida
U n a vez f i n a l i z a d a la p r o p u e s t a lúdica se podrá t r a b a j a r c o n los
niños la m o d a l i d a d de l e c t u r a de i m a g e n de m a n e r a de p o d e r p r o -
f u n d i z a r en los c o n t e n i d o s plásticos específicos de c a d a o b r a , s u s
modelos estilísticos y diferencias de expresión del lenguaje v i s u a l .
Es i n t e r e s a n t e u b i c a r las obras en su c o n t e x t o histórico-social,
p a r a ello los a l u m n o s podrán realizar u n t r a b a j o d e investigación
relacionado c o n el área de ciencias sociales.
S i las d i s t a n c i a s n o s o n m u y grandes e s conveniente v i s i t a r e l
Museo o galería que las e x h i b a , lo c u a l permitirá a los niños el c o n -

¿Preparamos el juego?
Necesitamos p r e p a r a r dos copias iguales de cada u n a de las obras
de a r t e seleccionadas.
Será c o n v e n i e n t e pegarlas sobre cartón p a r a m e j o r a r la r e s i s t e n -
c i a y su v i d a útil.
Según la edad de los a l u m n o s se evaluará el grado de d i f i c u l t a d
del j u e g o . Se podrán s u m a r más a r t i s t a s l a t i n o a m e r i c a n o s a los ya
elegidos o b i e n seleccionar un a u t o r y b u s c a r v a r i a s obras suyas que
c o r r e s p o n d a n al m i s m o género ( paisaje, r e t r a t o , a u t o r r e t r a t o , etc.)
Se podrá j u g a r en f o r m a i n d i v i d u a l , en parejas o en g r u p o s . C a d a
docente decidirá la m o d a l i d a d según la c a n t i d a d de a l u m n o s y s u s
c o n o c i m i e n t o s p r e v i o s en m a t e r i a de artes v i s u a l e s . Los p a r t i c i p a n -
tes levantarán las f i ch a s p o r t u r n o , b u s c a n d o los p a r e s c o r r e s p o n -
dientes. En el caso de acierto se l l e v a n las fichas, g a n a n d o el que
obtiene m a y o r c a n t i d a d .
También s e p u e d e e s t i p u l a r u n t i e m p o p a r a resolver e l j u e g o d e
m a n e r a q u e además s e s u m a l a competencia, e n e l b u e n s e n t i d o del
término.
Este j u e g o les va a p e r m i t i r a los a l u m n o s f a m i l i a r i z a r s e c o n la
o b r a d e a r t e , y a q u e n e c e s i t a n ejercitar l a agudeza v i s u a l p a r a re-
c o r d a r l a y u b i c a r l a espacialmente.
En el caso de t r a b a j a r c o n varios a r t i s t a s se podrá agregar un
grado d e d i f i c u l t a d reemplazando u n a d e las o b r a s p o r e l n o m b r e
del a r t i s t a que la pintó, de m a n e r a que la asociación r e s u l t a n t e es
o b r a - a u t o r ; ya no es sólo asociación v i s u a l , s i n o de concepto.
86 Jug A r t e
Prof. María del C a r m e n P a l o p o l i 87

t a c t o d i r e c t o c o n l a o b r a d e arte. cada a u t o r .
Cuadros intercalados Sería i n t e r e s a n t e b u s c a r l a f o r m a d e m o n t a r l a s s o b r e cartón
p a r a p r o m o v e r la recomposición de l a s o b r a s . Se le entregará a
Favorece el acercamiento a los nuevos lenguajes plásticos. los a l u m n o s los f r a g m e n t o s r e s t a n t e s d e l a s dos o b r a s p a r a q u e
los i n t e r c a l e n e n l a s p o s i c i o n e s q u e c o r r e s p o n d a n , r e a r m a n d o
Contenidos
las o b r a s c o m p l e t a s .
Apreciación de p r o d u c c i o n e s plásticas de diferentes creadores.
Neoplasticismo. Constructivismo. Actividad sugerida

Materiales y herramientas Extensión d e u n f r a g m e n t o d e u n a d e las dos obras.

O b r a s de M o n d r i a n y Torres García. El p r o c e d i m i e n t o y los m a t e r i a l e s quedarán a elección d e l a l u m -
no g u i a d o y asesorado p o r el docente.
Consigna

R e c o n s t r u i r c a d a u n a d e las obras que aparecen f r a g m e n t a d a s .

Desarrollo
P a r a realizar este j u e g o n o s basaremos en el m o v i m i e n t o estético
del n e o p l a s t i c i s m o , ya que u n a de las p r o p u e s t a s de este l i b r o es
a c e r c a r a los a l u m n o s a las v a n g u a r d i a s p r o d u c i d a s en el arte a
partir de la Primera Guerra Mundial.
Vamos a p a r t i r de la obra de M o n d r i a n , precursor del movimien-
to y la i n t e r c a l a r e m o s c o n la o b r a de o t r o g r a n a r t i s t a que siguió
estos p r i n c i p i o s y que influyó en el arte de Latinoamérica, como es
T o r r e s García.
P a r a poder llevar adelante este j u e g o realizaremos p r i m e r o co
n u e s t r o s a l u m n o s u n a l e c t u r a d e i m a g e n d e v a r i a s o b r a s d e los dos
a u t o r e s . D e n t r o de ellas i n c l u i r e m o s las elegidas p a r a el j u e g o . G u i a -
r e m o s a los niños a través de u n a observación d i r i g i d a p a r a llegar a
los c o n c e p t o s f u n d a m e n t a l e s y rectores del c o n s t r u c t i v i s m o y de
qué m a n e r a influyó en la plástica u n i v e r s a l . Realizaremos lo m i s m o
c o n las o b r a s de T o r r e s García, b u s c a n d o las s i m i l i t u d e s y diferen-
cias c o n las obras del a r t i s t a holandés.
Luego p r e s e n t a r e m o s el j u e g o p a r a poder resolverlo.
L a s o b r a s seleccionadas son las siguientes:
Piet M o n d r i a n , Gran composición A (1920).
Joaquín T o r r e s García, Constructivo Uruguay (1943).

L a s o b r a s v a n a estar i n t e r c a l a d a s e n u n m i s m o p l a n o , d e m a n e -
ra q u e el a l u m n o t e n g a que reconocer cuál es la c o r r e s p o n d i e n t e a
88 JugArte Prof. María del Carmen Palopoli 89

fue el m o d o de resolución u t i l i z a d o . Recordar que los efectos v i b r a -

Juego cinético t o r i o s se s u c e d e n en la visión de q u i e n los percibe y s u r g e n de la
interacción e n t r e f o r m a s , color y espacio.
Permite la incorporación de nuevos conceptos y la búsqueda de T r a b a j a r sobre la idea de la repetición de los elementos, el c o n -
estrategias visuales. t r a s t e , m o d i f i c a r el tamaño de las f o r m a s , el espacio e n t r e los ele-
m e n t o s , etc. Conviene u t i l i z a r el b l a n c o y negro o b i e n i n c o r p o r a r
Contenidos u n o o dos colores que p e r m i t a n p r o v o c a r en el ojo del espectador un
Módulo. R i t m o . m o v i m i e n t o v i r t u a l , al c u a l se le sumará el m o v i m i e n t o real.
C a m b i o s a p o r t a d o s p o r los avances técnicos y tecnológicos a las
artes visuales.
Op art, a r t e cinético.

Materiales y herramientas
Lápiz n e g r o , compás, cartón de 20 x 20 a p r o x i m a d a m e n t e , c a r -
t u l i n a s u hojas blancas, temperas, marcadores.
Pinceles.

Consigna
C r e a r u n a composición que p r o v o q u e u n j u e g o óptico y cinético
con la intencionalidad de i n t r o d u c i r el movimiento real en la obra.

Desarrollo
P a r t i r e m o s de la o b r a de Jesús Soto y Le Parc (ver capítulo "La
p r e s e n c i a lúdica en el arte").
Realizaremos c o n los a l u m n o s u n a l e c t u r a d e imágenes, i n c o r -
p o r a n d o t o d a s aquellas que h a g a n referencia al a r t e óptico y el ciné-
tico. A n a l i z a r e m o s c o n ellos cuáles son las características esencia-
les que los d i s t i n g u e n p a r a luego poder a p l i c a r l a s e n u n a c o m p o s i -
ción p r o p i a . En esta p r o p u e s t a lúdica u n i r e m o s la producción y la
percepción.
C a d a a l u m n o realizará en el cartón (20 x 20 cm) que utilizarán
d e soporte u n círculo que prácticamente llegue a l b o r d e del c u a d r a -
do. E n e l c e n t r o practicará u n orificio p o r d o n d e luego pasará u n
lápiz o un p a l i t o que le p e r m i t a girar.
D e n t r o d e l círculo trabajarán c o n los conceptos de módulo, rit-
m o , s e c u e n c i a , c o n l a idea d e provocar e l giro d e l m i s m o p o r i m p u l -
so de la m a n o . C a d a a l u m n o ensayará las soluciones q u e le parez-
c a n más p e r t i n e n t e s asesorado p o r el docente. Se puede i n d u c i r a
90 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 91

d e n u t i l i z a r algún objeto que los ayude.

Cuadros que esconden juegos La duración de la dramatización será e s t i p u l a d a p o r el docente,
siendo i g u a l p a r a todos los g r u p o s .
Ayuda a valorar y conservar el acervo lúdico-cultural.

Contenidos
Apreciación de las p r o d u c c i o n e s plásticas.

Materiales y herramientas
Copias de o b r a s de arte.

Consigna
A p a r t i r de las o b r a s seleccionadas d e s c u b r i r el j u e g o q u e repre-
sentan y dramatizarlo.

Desarrollo
A l g u n o s a r t i s t a s t o m a r o n e l t e m a del j u e g o p a r a p l a s m a r l o e n
s u s obras, m u e s t r a de ello d a n los creadores n a c i o n a l e s o p i n t o r e s
universales.

Seleccioné las siguientes obras p a r a esta p r o p u e s t a :

P a u l Cézanne, Jugadores de naipes, óleo sobre t e l a (1895).
C a r m e l o de A r z a d u n , La ronda, óleo sobre tela (1919).
Lorenzo G i g l i , Estudio, aguafuerte
A n t o n i o B e r n i , Juanito remontando un barrilete, xilografía collage.
A n t o n i o B e r n i , Team de fútbol o campeones de barrio, óleo sobre
t e l a (1954).
A n t o n i o B e r n i , La gallina ciega, óleo y m a t e r i a l e s v a r i o s sobre
m a d e r a (1973).

Los a l u m n o s se dividirán en g r u p o s , a c a d a u n o de los cuales le

tocará u n a o b r a p a r a j u g a r . E n p r i m e r a i n s t a n c i a tendrán que ave-
r i g u a r a través de la observación de la o b r a de qué j u e g o se t r a t a .
A l g u n o s de ellos les resultarán conocidos y en o t r o s podrán crear
hipótesis sobre la f o r m a de j u g a r s e o cómo se d e s a r r o l l a .
El paso siguiente consiste en d r a m a t i z a r el j u e g o p a r a que el
r e s t o de los g r u p o s p u e d a a d i v i n a r de qué se t r a t a . Es conveniente
q u e la representación sea s i n p a l a b r a s p a r a c e n t r a r la atención en Carmelo de Arzadum, La ronda, 1919.
94 JugArte
Prof. María del Carmen Palopoli 95

Juego para producir y percibir

Ayuda a integrar el arte y el juego a la vida cotidiana.

Contenidos
F o r m a s en la tridimensión. P r o c e d i m i e n t o : construcción.
Apreciación de las p r o d u c c i o n e s plásticas.

Materiales y herramientas
Papel de d i a r i o , t u b o s de cartón, diferentes c a r t o n e s y cajas,
m a t e r i a l de desecho, c i n t a de p a p e l o p i n t o r , cola adhesiva, agua,
p a p e l tisú, pinceles, pinceletas. T r i n c h e t a . T i j e r a . Témperas de dife-
rentes colores. M a r c a d o r negro grueso.

Consigna
Crear c o n los m a t e r i a l e s d e descarte u n j u g u e t e " t r a n s f o r m a b l e " ,
que p u e d a r e c o n s t r u i r s e de diferentes m a n e r a s .

Desarrollo
E s t a p r o p u e s t a lúdica será p r i m e r o u n a a c t i v i d a d plástica p a r a
luego c o n v e r t i r s e e n u n j u e g o . Comenzaremos a l revés, e n este caso
t r a b a j a r e m o s p r i m e r o en base a la o b r a de T o r r e s García (ver capí-
t u l o "La p r e s e n c i a lúdica en el arte") y luego se introducirá p o r c o n -
secuencia lógica el j u e g o .
B u s c a r e m o s r e p r o d u c c i o n e s d e obras c o r r e s p o n d i e n t e s a l m o v i -
m i e n t o del n e o p l a s t i c i s m o y del m i s m o a r t i s t a , d o n d e a d o p t a los
cánones de la geometría más r a d i c a l y el uso de los colores p r i m a -
rios adhiriendo al movimiento mencionado.
A través de la l e c t u r a de imágenes c o n d u c i r e m o s a los a l u m n o s a
d e s c u b r i r estas características que luego v a n a observar en las re-
p r o d u c c i o n e s de los j u g u e t e s de T o r r e s García. Los m i s m o s se ca-
r a c t e r i z a n p o r ser u n objeto c o n s t i t u i d o p o r diferentes piezas m o v i -
bles que p e r m i t e n s u combinación m o d i f i c a n d o e l r e s u l t a d o . E l nú-
mero de piezas varía según el j u g u e t e , desde dos h a s t a más de diez.
Sería i n t e r e s a n t e l o g r a r la colaboración d e l área de tecnología o
b i e n e n c a r a r l o como u n proyecto i n t e r d i s c i p l i n a r i o .
Se puede hacer u n a investigación sobre los j u g u e t e s artesanales
96 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 97

q u e h a y en el m e r c a d o , su f o r m a de construcción y la finalidad lúdi-

ca. Para la elaboración de su j u g u e t e el a l u m n o determinará p r i m e -
ro a qué t i p o de público va d i r i g i d o (edad de los niños, género) p a r a
luego e v a l u a r el grado de d i f i c u l t a d en su recomposición y la c a n t i -
d a d de piezas que va a tener.
C a d a niño hará a l g u n o s bocetos previos (dibujos coloreados de
l a i d e a p r i n c i p a l ) , p l a s m a n d o l a f o r m a exterior del j u g u e t e , que p u e -
d e ser u n a f i g u r a h u m a n a , a n i m a l , objeto, etc. Resuelto esto b u s c a -
rá l o s m a t e r i a l e s más acordes p a r a llevar adelante el proceso de
construcción d e l m i s m o . C a d a niño desarrollará hipótesis, probará,
experimentará, ensayará, h a s t a e n c o n t r a r él m i s m o la m e j o r f o r m a
de resolución p a r a llevar adelante.
El d o c e n t e acompañará y guiará este proceso d a n d o s u g e r e n c i a s
de resolución pero s i n i n t e r f e r i r en el desarrollo creativo y t a m p o c o
d a n d o recetas como únicas a l t e r n a t i v a s . Es i m p o r t a n t e r e c o r d a r l e a
los a l u m n o s que las piezas s o n móviles, que no deben caerse, p a r a
l o c u a l e s p r o b a b l e que necesiten b u s c a r u n a f o r m a d e encastre. E s
también necesario que e l j u g u e t e tenga u n b u e n apoyo, u n a b u e n a
distribución de las partes y debe poder observarse de todos lados,
ya q u e se t r a t a de objetos escultóricos.
T e r m i n a d a la construcción el a l u m n o procederá a c u b r i r c a d a
pieza c o n p a p e l tisú h u m e d e c i d o c o n u n a mezcla de cola vinílica y
a g u a , e n iguales proporciones, p o r l o m e n o s dos veces p a r a s u m a -
y o r resistencia. U n a vez seco buscará p i n t a r l o s i g u i e n d o los cáno-
nes establecidos p o r el n e o p l a s t i c i s m o .

¡Ahora v a m o s a j u g a r !
L o s niños se intercambiarán los j u g u e t e s y explorarán l a s dife-
r e n t e s p o s i b i l i d a d e s de construcción.

C r e o q u e e n este j u e g o p o d e m o s s i n t e t i z a r l a integración e n t r e
a r t e y j u e g o , e n t r e producción y percepción, e n t r e a r t e y v i d a co-
tidiana.
S o n ustedes los encargados de llevar a la práctica estas p r o p u e s -
t a s , s i n la pretensión de c a m b i a r el m u n d o pero c o n la certeza de
m o d i f i c a r en pequeñas-grandes cosas el e n t o r n o c o t i d i a n o .
¡Mucha s u e r t e !
98 JugArte
100 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 101

Juegos para favorecer la producción Juegos para desarrollar la percepción

INTERRELACIÓN JUEGO CONTENIDO INTERRELACIÓN
JUEGO CONTENIDO
Búsqueda del E l espacio t r i d i m e n s i o n a l :
J u e g o reglado F o r m a s abiertas-cerradas » tesoro artístico características.
Interior-exterior.
A p o n e r el c u e r p o Figura humana en Música-Expresión F o r m a s de b u l t o . Relieve.
movimiento. corporal
Noción de s i l u e t a . Paisaje c o n Desarrollo de las capacidades Ciencias Naturales
rompecabezas perceptuales.
J u e g o de geometría Bidimensión - F i g u r a s Matemáticas Apreciación de producciones Ciencias Sociales
y creación geométricas. plásticas de d i s t i n t o s creadores.
Composición.
Juego de los errores Sensibilización ante d i s t i n t o s
tipos de expresiones. Música
Se busca un Figura humana. Ciencias Sociales
Percepción y valoración
sombrero Género: r e t r a t o . del arte u n i v e r s a l y local.

Doblando, F o r m a s regulares. Matemáticas Cuadros p a r a Reconocimiento de diferentes Ciencias Naturales

doblando...
La forma logrando
Foto r u e d a
J u e g o de máscaras Tridimensión.
Género: f i g u r a h u m a n a .
Cada c u a l c o n s u
mitad
Rayuela: c o n los
colores d e l a t i e r r a
y el cielo
A u t o m a t i s m o con
música
Organización de las crear recetas intencionalidades
f o r m a s en el p l a n o . expresivo- comunicativas
(a través del tiempo).
Imágenes fantaseadas. Género: naturaleza m u e r t a .
P r o c e d i m i e n t o : fotomontaje.
Juego de las paletas Desarrollo de las capacidades
perceptuales. Ciencias Naturales
Reconocimiento de las Ciencias Sociales
Teatro-Expresión
relaciones de colores.
corporal
Memotest Apreciación de las producciones Ciencias Sociales
Reconocimiento de f o r m a y plásticas del arte
color. latinoamericano.
Simetría a x i a l .
Cuadros Apreciación de las producciones Ciencias Sociales
Utilización expresiva del color. L e n g u a intercalados plásticas de diferentes
Las mezclas p i g m e n t a r i a s . creadores.
Constructivismo.
Juego cinético Módulo. Ritmo. Tecnología
T i p o s de líneas. Música
Reconocimiento de las
Formas bidimensionales. influencias y los cambios
aportados a las artes visuales
por los avances tecnológicos.
102 JugArte

INTERRELACIÓN
Bibliografía
JUEGO CONTENIDO

Cuadros que Apreciación de las Teatro

esconden juegos producciones plásticas.
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108 JugArte Prof. María del Carmen Palopoli 109
110 JugArte Prof. María del C a r m e n Palopoli 111

Juego de las paletas

112 JugArte

Cuadros intercalados