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IGREJA: A GLORIOSA OBRA DO DEUS TRINO


Efésios 1.1-2

INTRODUÇÃO
A epístola aos efésios nos revela a natureza da Igreja de Cristo. É uma carta magnífica. Lloyd-
Jones disse que “se Romanos é a mais pura expressão do evangelho, a epístola aos efésios é a
expressão mais sublime e mais majestosa dele. Ela nos põe face a face com Deus, com o que Deus é
e com o que Deus fez e faz; toda ela salienta a glória e a grandeza de Deus – Deus, o Eterno, Deus
sempiterno, Deus sobre todos – e a indescritível glória de Deus”. John Stott disse que a carta aos
efésios “é um resumo, muito bem elaborado, das boas novas do cristianismo e suas implicações”.
Zancky comenta que a carta aos efésios é um resumo da doutrina cristã e de quase todos os tópicos
principais da Teologia. A epístola declara que a Igreja é uma obra gloriosa do Deus Trino. Então,
no decorrer do estudo e da exposição da carta as seguintes perguntas serão respondidas: O que é a
Igreja de Cristo? De onde veio? Qual sua função neste mundo? Como os seus membros vivem?
No decorrer dos próximos meses faremos a exposição da epístola em 26 sermões. Alguns
pregadores de minha referência fizeram outras divisões. Augustus Nicodemos, por exemplo, expos
toda a carta a poucos anos enquanto pastoreava a Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia. Na ocasião
Nicodemos dividiu a carta em 27 sermões. O doutor Martyn Lloyd-Jones, pastor anglicano do século
passado, expos a carta em 37 sermões. E o pastor batista norte-americano John MacArthur realizou a
exposição de Efésios de 01/01/1978 a 24/06/1979 totalizando 52 sermões.
Portanto, vemos quão profunda é a epístola aos efésios; quanto conteúdo presente em uma
carta “pequena”. Então, farei a exposição da carta dentro do tempo que possuímos buscando de todas
as formas não deixar nada da carta para trás e muito menos inserir uma orientação doutrinária que
não esteja presente na carta ou em toda a Escritura Sagrada.

NARRATIVA
Antes de entrarmos propriamente no conteúdo da carta e esmiúça-lo devemos fazer algumas
explanações. Em primeiro lugar, precisamos compreender o contexto histórico na qual a epístola se
encontra. Em segundo lugar, veremos as questões levantadas pelos teólogos acerca da carta. E por
último, veremos qual a mensagem da carta.

A. Paulo e os cidadãos de Éfeso


Algum tempo depois da sua conversão o apóstolo Paulo iniciou a suas viagens missionárias.
Na primeira viagem Paulo foi acompanhado de Barnabé pela região da Ásia Menor (At 13-15). Na

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segunda viagem, após uma contenda com Barnabé, Paulo seguiu em sua jornada pela Ásia Menor
acompanhado de Silas e Timóteo (At 15.36-18.23). No final da segunda viagem eles chegaram na
cidade de Éfeso e iniciaram a pregação do evangelho nas sinagogas e pouco depois retornaram para
Jerusalém (At 18.19-21). Dois anos depois, em sua terceira viagem, o apóstolo Paulo retornou a Éfeso
e permaneceu ali por três anos a fim de plantar uma igreja naquela cidade e região (At 19.1-10, 17-
20, 23-40). Passado algum tempo, antes da sua prisão, Paulo se reuniu pela última vez com os
presbíteros de Éfeso a fim de dar algumas orientações importantes (At 20.17-38). Portanto, essa é a
história de Paulo com aquela igreja.

B. A autoria da carta
Não é unânime entre os estudiosos que essa carta fora escrita pelo apóstolo Paulo. A quem
defenda que o escritor é um seguidor de Paulo que se utiliza do nome do apóstolo por causa da sua
fama entre as igrejas e que era um conhecedor da teologia paulina. Até o século XIX era unânime
entre os estudiosos acerca do autor, somente com o surgimento da Teologia Liberal é que houve o
questionamento. Até porque o propósito dos liberais é desconstruir as bases.
No entanto é possível provar que a carta é de Paulo. Em primeiro lugar, no decorrer de toda a
tradição da igreja a carta foi creditada ao apóstolo Paulo. Os pais da igreja e pais apostólicos que
viveram nos primeiros séculos, tais como, Eusébio de Cesareia, Orígenes, Clemente de Alexandria,
Tertuliano, Irineu, Policarpo, Inácio, Clemente de Roma e Hipólito declararam que a carta é de Paulo.
Em segundo lugar, a carta tem o estilo do apóstolo Paulo. Ele sempre divide a carta entre doutrina e
prática e é exatamente o que vemos na divisão de Efésios. Em terceiro lugar, dificilmente alguém
falsificaria tão bem o estilo e a teologia paulina. Em quarto e último lugar, Paulo menciona a si mesmo
no decorrer da carta (1.1; 3.1; 4.1; 6.21-22). Diante disso é absolutamente certo que o apóstolo Paulo
é o autor da carta aos efésios. Então fica as perguntas: por que escreveu? De onde escreveu?

C. A carta aos efésios


Durante o seu ministério Paulo foi denunciado pelos judeus e preso por pregar o evangelho
de Cristo Jesus (At 21.27-40). Em sua prisão Paulo apelou para César e foi enviado para a cidade de
Roma. Estando lá, entre os anos 60 e 62 d.C., o apóstolo escreveu quatro cartas: Éfesios, Filemon,
Filipenses e Colossenses (denominadas como as cartas da prisão). Como os seus emissários, Tíquico
(Ef 6.21) e Onésimo (Fm 10), estavam a caminho da região de Colossos, Paulo aproveita para escrever
a carta aos efésios, visto que eles passariam por aquela região.
Alguns estudiosos acreditam que a carta aos efésios não foi direcionada para Éfeso, porém,
foi escrita para as igrejas da região sendo, então, uma carta circular. No entanto, não há comprovação

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a respeito, pelo contrário, apenas especulação. Na tradição da Igreja manteve-se que a carta foi escrita
diretamente para a Igreja de Éfeso. No próprio corpo da carta é possível comprovar o seu destino
(1.1) e no final mostra que Tíquico foi enviado até aqueles irmãos e também há comprovação segundo
2 Timóteo 4.12 em que Paulo diz ter enviado Tíquico para a cidade de Éfeso.
Enfim, por que Paulo escreveu essa carta?

D. O propósito da carta
Ao analisarmos a epístola percebemos que Paulo não tratou nenhum problema teológico,
relacional ou ético como fez escrevendo a carta aos coríntios, filipenses, colossenses e etc. No entanto,
ele escreveu para declarar sua completa satisfação na graça redentora de Cristo Jesus. Mesmo que
estivesse na prisão o que mais alegrava o seu coração era a presença de Cristo e Seu amor
incondicional. Paulo declarou explicitamente a sua satisfação na carta aos filipenses e aos colossenses
(Fp 1.12-13; 4.10-13; Cl 1.24).
Além disso, Paulo queria descrever aos crentes de Éfeso a magnífica obra redentora de Cristo
para com a igreja; o gracioso plano de Deus em Cristo; a revelação da inclusão dos gentios no
propósito de redenção; o alvo do crescimento dos cristãos, que é a plenitude de Cristo; o dever da
unidade em Cristo. De acordo com o Rev. Augustus Nicodemus “Paulo descreveu a Igreja de Deus
desde a eternidade, implantada pelo evangelho na Obra de Cristo e fundamentada no ministério dos
apóstolos”.
No decorrer da carta Paulo faz duas orações (1.16-19; 3.14-19). Na primeira oração Paulo
intercedeu a Deus para que os crentes de Éfeso pudessem crescer no conhecimento que vem pela obra
do Espírito a fim de habilita-los a compreender a Deus e seus propósitos para a vida deles. Enquanto
isso, na segunda oração, Paulo intercedeu para que Deus iluminasse a mente dos efésios a fim de
crescerem no conhecimento de Cristo e do Espírito; e que se mantivessem firmes e alicerçados no
amor de Cristo. Através da compreensão do alto poderiam compreender o mistério que Paulo havia
acabado de explicar – ou seja, a inserção dos gentios na comunidade da fé. Isso tinha um grande
significado tendo em vista que Éfeso (e as demais igrejas da Ásia Menor) era uma igreja composta
de crentes judeus e gentios.

E. Esboço da carta
Como toda carta paulina essa também é divida em duas partes. A primeira parte (1-3) é
direcionada ao ensino doutrinário e a segunda parte (4-6) à aplicação destes ensinos na vida cotidiana.
Paulo sempre mostrou os efeitos práticos das doutrinas da graça. E, assim como ele faz na carta aos
romanos (Rm 11.33-36) Paulo registrou uma doxologia antes de passar para a parte prática (3.20-21).

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Basicamente podemos dividir a carta em: Introdução, Narração, Exortação, Apelo e


Considerações finais. Podemos também dividi-la em: A origem da Igreja (1); o resgate da Igreja (2.1-
10); a composição da igreja (2.11-3.21); o propósito da igreja (4.1-6.9); e, as armas da igreja (6.10-
20). Mas para ser mais detalhado podemos organizar o seguinte esboço:

Primeira Parte (1-3) Segunda Parte (4-6)


1- As bênçãos de Deus (1.1-14); 7 – Paulo apela à unidade da Igreja (4.1-6);
2- Oração para o entendimento do Plano Eterno 8 – Os dons espirituais são para a edificação da
de Deus (1.15-23); Igreja de Cristo (4.7-16);
3- Somos salvos somente pela graça (2.1-10) 9 – Exortação para a santidade (4.17-24);
4 – Gentios e judeus compõem a Igreja de Cristo 10 – Comportamento, dinheiro, sexualidade,
(2.11-22); casamento, profissão, família (4.25-6.9);
5 – Paulo anuncia o mistério da inserção dos 11 – Alerta contra Satanás (6.10-20);
gentios na igreja (3.1-13);
6 – Paulo ora pelos efésios para compreenderem 12 – Recomendações finais e bênção (6.21-24);
este mistério (3.14-21);

Enfim, mais uma vez declaramos que a carta aos efésios é uma exposição de Paulo a fim de
revelar a grandeza da Obra do Deus Trino no planejamento, execução e glorificação da Igreja. Na
carta vemos que a Igreja está alicerçada nas supremas, celestes e eternas riquezas de Cristo.

A MENSAGEM DA CARTA AOS EFÉSIOS


Hetty Green é considerada a “mulher mais avarenta da América” e, no entanto, quando morreu
em 1916, ela deixou um patrimônio estimado em mais de 100 milhões de dólares. Apesar da situação
financeira ela comia mingau de aveia frio para não gastar gás de cozinha. Seu filho teve de sofrer
uma amputação, pois ela demorou tanto tempo para encontrar atendimento gratuito que o caso tornou-
se incurável. Era rica e, no entanto, escolheu viver como indigente.
O caso de um casal norte-americano é bem parecido com a história de Hetty Green. Na década
de 70 o jornal Los Angeles Time publicou a notícia de um casal de cinquenta anos que foi encontrado
morto dentro do apartamento. A autópsia revelou que ambos morreram de desnutrição. Mas algo
chamou a atenção do país porque a polícia encontrou uma bolsa dentro do armário do apartamento
contendo 40,000 dólares.
O que essas duas histórias têm a ver com o sermão e, consequentemente, com carta de Efésios?
A Igreja de Cristo possui riquezas celestiais e eternas em Cristo e muitas vezes não faz ideia dessa

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proporção. A epístola aos efésios nos apresenta essa riqueza em Cristo (Ef 1.7; 3.8,16); a palavra
“riqueza” se repete cinco vezes na carta. Juntamente a palavra “riqueza” há outras palavras que se
repetem na carta que são dignas de nota: graça, 12 vezes; glória, 8 vezes; herança, 4 vezes;
plenitude/completo, 7 vezes; o termo “em Cristo”, 27 vezes. Diante dessas informações podemos
concluir que toda a obra do Deus Trino (Ef 3.19; 4.13; 5.18) e as riquezas apresentadas estão “em
Cristo”. Ou seja, fora de Cristo é impossível acessar essas riquezas. Neste tema Paulo escreveu para
os Romanos 8.17: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros
com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. Por isso o apóstolo
expressou no início do capítulo 8 de romanos: “[...] nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus” (Rm 8.1).
Na medida em que lemos a carta aos efésios observamos que essas riquezas em Cristo estão
baseadas na vontade de Deus (1.5); na graça de Deus (1.6,7); na glória de Deus (1.12,14); no poder
de Deus (1.19); no amor de Deus (2.4); no propósito de Deus (1.11); no chamamento de Deus (1.18).
Podemos perceber, também, na leitura da carta que Paulo usa algumas expressões e títulos
para denominar a Igreja de Cristo: santos (1.1,15,18; 3.18; 5.3; 6.18); crentes (1.1,13,15; 2.18; 3.12);
os que amam a Jesus (6.24); filhos da luz e obra de Deus da nova criação (5.8; 2.10); aqueles que
experimentaram a graça (1.6,8; 2.5,8); que receberam o amor de Deus e de Cristo (2.4; 5.2,25);
redimidos (1.7); perdoados (1.7; 4.32); vivificados (2.5); que estão unidos a Cristo na ressurreição e
exaltação (1.1; 3.14,15; 2.5-6); família de Deus (2.19; 6.23; 1.5; 5.1; 2.19); igreja do Cristo exaltado
(1.22; 3.10,21; 5.23,25,27,29,32); membros do corpo de Cristo (1.23; 2.16; 3.6; 4.4,16; 5.23); templo
de Deus (2.19-22); salvos (1.13; 2.5); reconciliados (2.14-18); selados com o Espírito Santo (1.13;
4.30); guerreiros (6.12); unidos a todos os santos (2.19; 3.18; 6.18); e, noiva de Cristo (5.23-33).
E mais, Paulo apresenta a Igreja de Cristo como sendo uma unidade estruturada; um
organismo, não uma organização. Organização são as comunidades locais de crentes e descrentes que
possuem obrigações legais. A Igreja de Cristo é um organismo vivo composto de pessoas de todas as
épocas, raça, língua, povo, nação, região, status social ou faixa etária. A Igreja é um grupo de homens
e mulheres que foram transportados do império das trevas para o Reino de Cristo conforme o mesmo
apóstolo Paulo disse em Colossenses 1.13-14: “Ele [Cristo] nos libertou do império das trevas e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”.
A Igreja, então, é o corpo que vive em prol da sua cabeça. A Igreja vive em harmonia com
Cristo e tem a finalidade de exalta-lo por tão grande obra realizada por ela. Pensando nisso, William
Barclay disse que “a Igreja tem que ser as mãos para a obra de Cristo, pés para correr atrás dos que
se desviam, uma boca que fala por Ele, um instrumento e um corpo pelos quais pode operar”. William
Hendriksen disse que “a igreja deve entoar seu poderoso cântico de salvação pela fé em Jesus Cristo,

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a fim de, assim, abafar totalmente o utópico hino do ateísmo”. Ele prossegue dizendo que “o labor da
igreja nunca é fútil, porque ela é produto não da mente humana, e sim da soberana graça de Deus”.

CONCLUSÃO - APLICAÇÃO
Enfim, após este “voo” panorâmico sobre a carta aos efésios, concluímos que essa epístola é
riquíssima de conteúdo. No decorrer do seu estudo compreenderemos quão gloriosa é a obra do Deus
Trino neste plano eterno chamado Igreja. Pudemos ver, de forma panorâmica, que grandes bênçãos a
Igreja de Cristo possui em Cristo Jesus e como a obra de Cristo nos uniu com Deus e com os nossos
irmãos. Além disso, vimos que a Igreja de Cristo é convocada a viver de modo digno do evangelho
em conformidade com a sua nova vida em Cristo Jesus. Vimos que a redenção afeta positivamente
todas as áreas das nossas vidas.
Essa carta desafia a todos nós a sermos membros do corpo de Cristo doutrinariamente firmes,
reconhecedores da sublime obra de Deus em nosso favor e que devemos refletir na área comunitária
e individual uma vida de adoração testemunhando da unidade adquirida por Cristo.
Vejamos, portanto, cinco aplicações gerais:
 Membros do corpo de Cristo, desejem conhecer mais das doutrinas da graça –
descubram as riquezas que possuímos em Cristo Jesus;
 Noiva de Cristo, glorifique a Deus por tão grande obra e por incluí-lo nela;
 Redimidos, reconheçam a completa dependência de Deus na redenção;
 Santos, vivam como foram chamados pra viver em Cristo Jesus e para Cristo Jesus;
 Ímpios, corram para o Cristo que redime sua vida.

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FONTES DE PESQUISA
 Comentário Bíblico Vida Nova;
 Comentário Expositivo Warren W. Wirsbe – Novo Testamento II;
 Comentário Bíblico Matthew Henry – Atos a Apocalipse;
 Comentário Bíblico Cultura Cristã – Efésios e Filipenses, William Hendriksen;
 Comentário Bíblico John Stott – Efésios;
 Comentário Bíblico Martyn Lloyd-Jones – Efésios;
 Comentário Bíblico William Barclay – Efésios;
 World Biblical Commentary – Efésios, A. T. Lincoln;
 Sermão do Augustus Nicodemos:
https://www.youtube.com/watch?v=tHWhk1BTZ_g&list=PLg5u594ETv0d03xfC_DzoEbi1
-P3PZ3q2.
 Sermão do John MacArthur: https://www.gty.org/library/resources/sermons-
library/scripture/1?book=49&chapter=4.

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