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FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS

O quê são?
Estudo da lógica e método da ciências sociais, as suas questões principais são: quais os
critérios que definem uma boa explicação social? – em quê (se em alguma coisa) diferenciam-
se as ciências sociais das ciências naturais? – existe um método distintivo para investigação
social? – requerem os factos e regularizações sociais certo tipo de redução a factos sobre
indivíduos? – a filosofia das ciências sociais pretndem dar uma interpretação das ciências
sociais que responda a estas perguntas.

Quem?
No seu dicionário filosófico, Robert Audi (1995), define de maneira diferente da sociologia e
bastante simples. o cientista social antes de qualquer especificidade é o filósofo. Deve possuir
um extenso conhecimento de distintas áreas de investigação social para poder formular uma
análise das ciências sociais que corresponda adequadamente com a prática do cientista.

Onde?
Um grupo de dois pofessores (Humberto Marraud e Enrique Alonso) titulados doutores
Logica e Filosofia das Ciencias, pertencentes a Universidade Autonoma de Madrid (Espanha),
Cambridge University Press, 1995, fazem entender que segundo as abordagens metodológicas
empregues pelo autor R. Audi no seu compêndio de dicionários filosóficos, lugar exacto onde
tomam rigor as ciências sociais é nas ideias de que as teorias e hipoteses científicas se
propõem como verdadeiras ou prováveis e se justificam sobre as bases racionais na
comunidade dos indivíduos no meio social.

Quando?
No ano de 1995, Robert Audi, destacou que o tempo ou momento especial para dar-se conta
da filosofia das ciências sociais é quando dentro da nossa e qualquer abordagem filosófica
sabemos encontrar, destacar e sublinhar a forma metodológica que reúna as formas seguintes:
 Uma tese sobre as entidades sociais,
 Uma tese sobre os conceitos sociais e,
 Uma tese sobre as regularidades sociais.
Por que?

Esta questão resulta tão pertinente que ao nosso entender, este autor sublinha a causalidade e a
necessidade da filosofia das ciências sociais referindo-se à relação existente entre as
regularidades sociais e os factos individuais.
Podemos entender que ele insiste em que as entidades sociais são redutíveis a conjuntos de
indivíduos – e continua – do modo em que uma companhia de seguros seria reduzível ao
conjunto dos seus empregados, supervisores, directivos e proprietários, cujas as acções
constituiriam a companhia.

Como?
A maneira de fazer filosofia das ciências sociais neste caso, segundo este autor, é reduzindo o
tratamento dos conceitos sociais a unicamente no tratamento das relações entre indivíduos –
por exemplo, o conceito de classe social deveria definir-se em termos de conceitos referidos
unicamente aos indivíduos e o seu comportamento.

Características
Este autor, de maneira indirecta caracteriza a filosofia das ciências sociais como aquela
submersa nas duas correntes que integram a sua discussão.
 O individualismo metodológico
 O holismo metodológico

Resumo

A Filosofia é a mãe de todas as Ciências

A máxima de Sócrates foi substituída por um orgulho e uma confiança sem impar na razão
humana. é prova mais que suficiente para demonstrar este problema; basta olharmos para os
nossos programas curriculares para que nosapercebamos desta triste realidade (programas
estes monopolizados pelo poder desmesurado do Estado – infelizmente, não há liberdade onde
deveria, mas sim liberdade onde não deve). A Filosofia é esse elemento integrador do homem
asd ciencias e as ciencias asd realidade admirada pela filosofia. Filosofia estuda o pensamento
humano e sem pensamento, reflexão, estudo, nenhuma outra ciência poderia ter existido? Os
pré-socráticos, como Tales de Mileto (c. 624/5 a. C.- 556/8 a. C) foram os primeiros a
demonstrar uma certa preocupação em produzir um conhecimento livre das concepções
mágico-religiosas que, até então, constituíam o único modelo de explicação das coisas. Os
pré-socráticos acabaram por dar os primeiros passos em direção a um conhecimento que
aprendemos a chamar de “racional”.Porque como Ciência, a filosofia procura estabelecer o
"porque" das coisas. E a filosofia nasceu na antiguidade, bem antes da ciência. Em ambos, a
Filosofia ocupa um lugar privilegiado, fruto do pensamento grego que privilegia a razão
contemplativa em detrimento do conhecimento técnico, mais aplicado.

A concepcao classica de ciencia

a concepção clássica de ciência, est classificada neste paragrafo por indutivista, ou seja, é a
partir das observações particulares feitas, que conclui-se uma teoria ou lei geral. No entanto
resalta ainda asd vista que apesar de as premissas serem verdadeiras a conclusão pode não o
ser, por exemplo: a cosmologia de Ptolomeu (c. 90 – 168 d. C.), grande matemático e
astrônomo grego, responsável pela sistematização do geocentrismo introduzido por
Aristóteles e que se manteve como a teoria oficial até meados da era moderna. da verdade de
alguns, não se pode concluir a verdade de todos. Seja no interior da Academia platônica, na
cosmologia ptolomaica ou na concepção de física dos estoicos, encontramos uma Ciência que
não pode, de forma alguma, ser desvinculada de uma filosofia preocupada com a apreensão
das essências e de uma inevitável hierarquização qualitativa dos seres e das coisas. Hoje em
dia, para além disto, a concepcao classica é um raciocínio que nos conduz à descoberta, pois
permite formular novas conclusões a partir de alguns casos observáveis que podem ser
suficientes para uma generalização. É um raciocínio preditivo, isto é, permite através de
experiências passadas, prever acontecimentos futuros.

A concepcao moderna da ciencia

De qualquer forma, os chamados “tempos modernos” forjaram as condições


mais que ideais para o desenvolvimento de um método, isto é, um conjunto de princípios e,
sobretudo, procedimentos, que serviriam de garantia para a objetividade do conhecimento
científico. Esta nova concepcao esta caracterizada principalmente pelo elemento
“objetividade” como bem vem explicado.
“Objetividade qualidade daquilo que é objetivo, resultado da observação imparcial,
independente de preferências individuais”. Isto est, portanto, que a concepcao moderna de
ciencia pretende ao contrario da classica que a ciencia não se torne um sistema de teorias
certas e solidamente estabelecidas, nem que seja uma continuidade face a um estado de
finalidade, ou conhecimento acabado. As razões mais fortes de investigação científica
continuam a ser o esforço por conhecer e a busca da verdade.

A questao do metodo

Segundo Marilena Chauí (2002, p. 251): “uma teoria científica é um sistema ordenado e
coerente de proposições ou enunciados baseados em pequeno número de princípios, cuja
finalidade é descrever, explicar e prever do modo mais completo possível um conjunto de
fenômenos, oferecendo suas leis necessárias”.

Este esquema esd experimental porque trata da practica cognitiva que tem como finalidade
deduzir consequencias e verificar ou experimentar se nas hipoteses trazadas cumpre-se
realidade suposta ou não. Esse método experimental, por sua vez, pressupõe um tipo
específico de raciocínio chamado indução, pautado na observação de casos particulares e,
finalmente em conclusões, sob a forma de leis gerais ou teorias. Indução
Tipo de raciocínio ou inferência que conduz de enunciados particulares (resultado de
observações ou experimentos) para enunciados universais (leis e teorias). De modo
simplificado, o método científico experimental já havia sido objeto de estudo de diversos
filósofos modernos como René Descartes (1596-1650) e Francis Bacon (1561-1626) e, em
linhas gerais, pode ser representado, conforme o esquema abaixo:
A partir da observação do fenomeno propomos as hipoteses, e essa proposta esd a chamada
metodo hipotetico-deductivo e o principal das ciencias, apartir das quais são comparadas as
consequencias das hipoteses como objeto de verdade ou não. Com base nisso, podermos dizer
que o método experimental segue as seguintes etapas: 1) a observação dos fenômenos para
posterior formulação de um problema; 2) a construção de uma hipótese que é submetida a
uma série de testes a fim de validá-la ou refutá-la; 3) e, por fim, a partir de um processo de
generalização, a elaboração das leis pelos quais são descritos os fenômenos em sua
regularidade.

O mito da neutralidade

A observação científica deve, ainda, ser feita sem levar em consideração qualquer concepção
prévia, para que não haja interferência, por parte do cientista, em relação aos resultados
obtidos. O problema em acreditar em tal “neutralidade” está no fato de que o cientista, como
qualquer outro ser humano, não é capaz de “livrar-se”, mesmo que momentaneamente, de sua
visão de mundo, de seus valores e crenças, enfim, de tudo aquilo que o torna quem ele é.
Entretanto, há ainda outros fatores que contribuem para nossa “fé” na validade e objetividade
do conhecimento científico. Um deles é a crença na neutralidade do cientista. Vamos entender
melhor a questão? Ao contrário do senso comum, a ciência tem a pretensão de ser um
conhecimento objetivo, ou seja, independente do sujeito que o produz.
Senso comum Opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições. O senso comum,
diferentemente da ciência e da filosofia, caracteriza-se pela superficialidade de suas
conclusões.
Outra questão, não menos relevante, está no fato de que vivemos em um sistema capitalista,
onde grande parte dos recursos destinados à pesquisa científica provém de fontes privadas. O
que verificamos, na realidade, é uma lógica dentro da qual o “valor” do conhecimento gerado
está cada vez mais ligado a sua utilização prática (e lucrativa), garantida pela tecnologia.
Tecnologia Atividade de aplicação das leis cientificas para criar e aperfeiçoar instrumentos e
objetos. Fusão de ciência e técnica.

As ciências humanas

Quando falamos das Ciências Humanas, a situação complica-se bastante, já que o sujeito
cognoscente e o objeto a ser conhecido são o mesmo: o ser humano. Eis, então, a grande
questão que se impõe: como poderia um estudo sobre o ser humano e suas relações, ser
construído baseado nos mesmos pressupostos das ciências naturais?
A complexidade do ser humano é tamanha, que se recusa a ser simplificada ou reduzida a
padrões. Cada ser humano é único, fruto de diversos fatores que se relacionam e influenciam
em sua formação. Portanto, o fato humano não pode, e não deve ser estudado utilizando-se o
mesmo método de estudo das ciências naturais. Não há como encontrar uma causalidade para
as ações humanas. O acto humano é essencialmente subjetivo, e foge a toda e qualquer
tentativa de previsibilidade. Precisamos entender, no entanto, que as ciências, tanto naturais
quanto humanas, nascem da necessidade humana de explicar racionalmente sua realidade e,
independentemente do status de cada uma delas, ambas são muito importantes no sentido em
que ampliam o conhecimento humano de si mesmo e da natureza externa. As ciências
humanas, por sua vez, se esforçam para compreender o homem, considerando seus aspectos
sociais, políticos, econômicos, psicológicos, históricos, etc. Sendo assim, por mais que alguns
possam questionar sua cientificidade, é inegável seu valor enquanto forma de compreensão do
agir humano.

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