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Joana Alves Crispino

NºUSP: 10790791
Fichamento Hobbes, Leviatã – Introdução, cap. XIII ao XVI.

1ª Parte – O Homem artificial, Leviatã.


a) Em seu livro Leviatã, especialmente na introdução e entre os capítulos XIII ao XVI,
Hobbes se debruça sobre a questão do homem, em seu estado de natureza, estar
condicionado a viver em guerra. Essa guerra, não necessariamente está relacionada
ao ato de lutar, mas sim um período o qual há uma tendência à batalha, um tempo
onde todos os homens se voltariam contra todos os homens. Ao analisar essa
condição natural da humanidade, Hobbes se depara com a sua tese: A necessidade
de um poder comum, mais especificamente uma República, ou Estado, capaz de
manter a humanidade em paz.
2ª Parte – A Guerra de todos contra todos.
a) Visando alcançar esse estado de paz, o autor dialoga com a questão das leis
naturais e dos contratos. As leis naturais, estão relacionadas com a questão do
direito de natureza, o qual por sua vez pode ser entendido como a liberdade que
cada homem possui de usar o seu próprio poder, da maneira que bem entender,
para a preservação da sua vida. Em outras palavras, o conceito de direito de
natureza, está conexo com a ideia de liberdade, poder, de vontade e de auto
conservação.
b) Liberdade é compreendida como a ausência de impedimentos externos, levando
ao homem sua condição natural de guerra, logo, para evitar essa condição o homem
precisa se submeter, por meio de contratos (se entende como contrato a
transferência mútua de direitos), a determinadas leis da natureza, as quais para
Hobbes, são imutáveis e eternas (pág. 136).
3ª Parte – Leis Naturais, Contrato, Pacto e Juramento.
a) O Direito Natural, por sua vez, é caracterizado como a liberdade que cada homem
tem de utilizar seu poder como bem lhe convém para preservar a sua vida; é a
liberdade de fazer tudo aquilo que achar adequado para atingir esse fim. Enquanto
a Lei Natural é caracterizada como a norma estabelecida pela razão que proíbe o
homem de agir de forma a acabar com sua vida ou privar-se dos meios necessários
para a sua sobrevivência.
b) Por sua vez, todo Homem pratica um ato voluntario esperando alcançar algum
benefício, assim quando um homem transfere ou renuncia a um direito tem a
esperança de ser beneficiado. O motivo e a finalidade pelo qual se apresenta a
transferência e a renuncia do direito são a certeza da segurança pessoal do homem,
quanto a sua vida e aos meios de preservá-la.
c) Os sinais do contrato podem ser reconhecidos por inferência, e este sinal,
geralmente, revela a vontade do contratante. Nos contratos, o direito não é
transmitido apenas quando as palavras estão no presente ou no passado, mas
também quando estão no futuro, visto que, todo contrato é uma translação de troca
mútua. Sendo assim, o mérito resulta do próprio poder e da necessidade do
contratante, enquanto na doação, o merecimento é fruto da benevolência do doado.
d) Os Homens, só ficam livres dos pactos efetuados por dois caminhos; cumprimento
ou perdão. Um pacto anterior anula o posterior. E pela força das palavras serem
muito fracas para obriga-los a cumprirem seus pactos, é possível, pela própria
natureza destes, reforça-las de duas maneiras: por medo das consequências
advindas do “não cumprimento” ou por orgulho de não se faltar a ela.
5ª Parte – As Pessoas e os atores.
a) Na última parte, Hobbes define uma pessoa como aquele cujas palavras ou ações
são consideradas quer como as suas próprias, quer como representando as
palavras ou ações de outro homem, ou de qualquer outra coisa a que sejam
atribuídas, seja verdade ou ficção.
b) Ou seja, na Pessoa Natural as palavras e ações lhe são próprias, na Pessoa
Artificial ou Imaginária, as palavras e ações representam as palavras e ações de
outro homem.
c) Outro meio também seria a personificação de coisas que não podem ser
representadas em imagens – igrejas, hospitais, pontes – e sendo assim
denominadas como um pároco, diretor ou um superintendente. Nesse caso existem
o Ator e o Autor, no primeiro os representantes são donos das palavras e atos,
enquanto no segundo, o dono de suas palavras e ações.

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