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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Febre Amarela no Brasil – Uma Ameaça Real�������������������������������������������������������������������������������������������������2
Transmissão�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Prevenção����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Campanha��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Febre Amarela no Brasil – Uma Ameaça Real


A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores.
Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou eles são muito fracos.
As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de
cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença
é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem
ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações he-
morrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização
permanente contra a febre amarela.

Transmissão
A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, e em alguns países da África. Ela
é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em
ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença
está apenas nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é
principalmente o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão
se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando
uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula
em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode
se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção
pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre
amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar
mosquitos. O macaco não transmite a doença para os humanos, assim como uma pessoa não
transmite a doença para outra. A transmissão se dá somente pelo mosquito. Os macacos ajudam
a identificar as regiões onde está acontecendo a circulação do vírus. Com estes dados, o governo
distribui estrategicamente as vacinas no território nacional.

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Prevenção
Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível por meio da picada de mosquitos Aedes
aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se
na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas
d’água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha
seus ovos, de onde nascerão larvas que, após se desenvolverem na água, tornar-se-ão novos mosqui-
tos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Para eliminar o
mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-se fazer a aplicação de inse-
ticida por meio do “fumacê”. Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como
a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas
com indícios da doença. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros
e roupas que cubram todo o corpo. A população de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia receberá a dose
fracionada da vacina de febre amarela. A meta é vacinar 95% de 19,7 milhões. O objetivo é evitar a
circulação e expansão do vírus. A dose padrão da vacina continuará sendo administrada em alguns
grupos conforme a tabela abaixo.

O Ministério da Saúde atualizou recentemente as informações repassadas pelas secretarias es-


taduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país. No período de monitoramento (de 1º de
dezembro/2016 a 6 de fevereiro de 2018), foram confirmados 777 casos de febre amarela no país,
sendo que 261 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 3.564 casos de febre amarela suspeitos,
sendo que 2.270 foram descartados, 304 casos inconclusivos e 213 casos sob investigação.
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Entre julho de 2016 até 6 fevereiro de 2017, eram 509 casos de febre amarela confirmados e 159
óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde 2016, a sazonalidade da doença,
que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de
julho a 30 de junho de cada ano.

O Ministério da Saúde informa que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país.
O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma equipe da
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES/SP), o que inclui o histórico do paciente e captura
de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região. Deve ser observado que o paciente
mora na região urbana, e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da con-
clusão do trabalho é precipitada. É importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é uma
das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de
fracionamento da vacina de febre amarela.
O Ministério da Saúde esclarece que todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde
1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em
ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza
a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o
vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
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A probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por uma série de fatores: todas as
investigações dos casos de febre amarela conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de
matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos, também ocorreram casos em macacos;
todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encon-
traram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabe-
lecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya),
que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para
sustentar uma transmissão urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas
áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a cir-
culação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente.

Campanha
A campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela começou no dia 25 de janeiro
nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A campanha de vacinação no estado da Bahia começa no
dia 19 de fevereiro. Para auxiliar os estados e municípios na realização da campanha, o Ministério da
Saúde vai encaminhar aos estados R$ 54 milhões. Desse total, já foram repassados R$ 15,8 milhões
para São Paulo; R$ 30 milhões para Rio de Janeiro, e está em trâmite a portaria que autorizará o
repasse no valor de R$ 8,2 milhões para a Bahia.
A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre
de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A
dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já de-
monstraram proteção por pelo menos oito anos, e novas pesquisas continuarão a avaliar a proteção
posterior a esse período.
O Ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou às Unidades da Federação
o quantitativo de aproximadamente 58,9 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 49,8 milhões de doses,
com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação, sendo 19,7 milhões (SP), 10,7 milhões (MG),
12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,7 milhões (BA).
Exercícios
01. Em relação à febre amarela, é INCORRETO afirmar.
a) É uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores.
b) A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre
amarela.
c) No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito
Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o
mesmo da dengue).
d) Ainda não existe vacina para prevenção e controle da doença.
e) Todas estão corretas.
02. Pedro, após uma viagem à Libéria, começou a apresentar os seguintes sintomas: febre, ca-
lafrios e cefaleia, seguidos de náusea e vômito. Posteriormente a esse estágio, ele apresen-
tou um quadro de icterícia. Após exames laboratoriais, constatou-se que se tratava de uma
doença viral. Com base nessas informações, qual o possível diagnóstico dado?
a) Ebola.
b) Febre amarela.
c) Leptospirose.
d) Amarelão.
e) Malária.
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03. “É uma endemia tropical, em que uma das medidas profiláticas é a vacinação dada no 9º
mês de vida em áreas endêmicas.” Trata-se de
a) malária.
b) rubéola
c) sarampo.
d) febre amarela.
Gabarito
01 - D
02 - B
03 - D

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