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Caxias do Sul
2007
2
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Figura 28: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário
realista ................................................................................................................................. 96
Figura 29: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário
otimista ................................................................................................................................ 97
Figura 30: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário
pessimista ............................................................................................................................ 97
LISTA DE TABELAS
Tabela 3: Compras.......................................................................................................................... 24
1 INTRODUÇÃO
Após a explanação dos resultados desta pesquisa, que embasará todo o trabalho, será
apresentado uma análise de mercado, falando sobre o setor estudado, suas características e
especificidades.
Em seguida, uma detalhada análise sobre produção e tecnologia das peças escolhidas
será apresentada, de forma que o leitor possa entender exatamente quais os procedimentos e
equipamentos serão necessários para o bom andamento da produção.
Como não poderia faltar em um projeto, será também apresentado em seguida toda a
parte relacionada ao marketing da empresa. Dentro deste capítulo, será visto o quão
importante é para a empresa as ferramentas disponibilizadas pelo marketing para uma boa
administração.
A última análise do novo negócio a ser abordada, serão as projeções financeiras. Esta
parte do trabalho, que refletirá todas as outras etapas anteriores, será de extrema importância,
pois deverá mostrar se realmente a nova empresa terá condições de ser viabilizada, e se terá
condições de trazer retorno financeiro obre o capital investido pelos sócios.
Por fim, será apresentado um plano de contingências e análise dos riscos, para
quaisquer eventuais problemas que possam ocorrer com a empresa. Apesar de todo
planejamento feito, sabe-se que o mercado é mutável, e que o futuro não pode ser previsto
com toda certeza. Daí vem a necessidade deste plano, que será elaborado a partir da análise de
todos os fatores mostrados durante o trabalho.
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Este trabalho também vem mostrar uma grande vontade e sonho do autor em colocar
esta idéia em prática, pois boas idéias surgem, mas se não forem acompanhadas por um
detalhado planejamento, correm sérios riscos de nem sair do papel, ou, se sair, de ser
minimizado ou até encerrado por falta de um plano de negócios.
2 UM NOVO NEGÓCIO
2.1 EMPREENDEDORISMO
O autor deste trabalho tem a honra de ter um exemplo muito próximo a si: uma pessoa
que enfrenta mundos e fundos para colocar uma idéia em prática, que tem uma perspicaz
habilidade de reconhecer oportunidades em meio a uma cortina de fumaça, uma pessoa
guerreira, forte, e, sem dúvida, com um inconfundível e inabalável espírito empreendedor.
A esta mesma pessoa associa-se uma outra palavra: desorganização. Sem tirar os
merecidos méritos, se ve nesta pessoa a incapacidade de organizar as coisas, o tempo, as
idéias. Talvez, por serem pessoas muito criativas e cheias de visões, os empreendedores têm
dificuldade nesta área: um turbilhão de pensamentos, poucas pessoas para lhes acompanhar e
muito pouco tempo para desenvolver.
Observa-se neste exemplo que os empreendedores se vêem cada vez mais obrigados a
tornarem-se administradores.
Como foi falado, não se pretende aqui tirar os méritos dos empreendedores, que são na
verdade desbravadores, mas sim acrescentar algum depoimento que agregue valor ao seu
trabalho.
Ao mesmo tempo em que um empreendedor é dono de seu próprio nariz, isto lhe custa
um preço: dedicação. Significa, muitas vezes, não ter tempo para a família, ou não ter tempo
para si. Mas onde está o verdadeiro significado de dar o melhor para si e para sua família?
Saber dividir o tempo seria uma boa resposta. Tempo para o trabalho e tempo para si. Mas aí
está um dos grandes conflitos dos empreendedores: saber a hora de parar.
Este é um grande risco, que todos correm. Não saber a hora de parar pode custar caro.
Pode custar a falência, não só da empresa, mas de si próprio, ou de sua família.
Diz-se que o empreendedor pensa 10% e age 90%, e o administrador Pensa 90% e age
10%. Pois bem, eu digo que as diferenças fazem a diferença. Onde puder se reunir o
empreendedor e o administrador, será uma união de sucesso. Vantagens, desvantagens, riscos
e facilidades, tudo isto faz parte de quem quer se arriscar por este meios.
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Neste caso, será empreendido este negócio pelos dois motivos: uma necessidade de
entrar em um novo mercado, e uma oportunidade visualizada ao longe, mas que tem grandes
chances de vitória.
Este negócio será a criação de uma empresa que produzirá autopeças para o mercado
de reposição. A indústria será localizada em Caxias do Sul, e irá atender todo o mercado
nacional, focado na distribuição em São Paulo.
Apesar das baixas nas exportações, o negócio proposto refere-se ao Brasil, que tem
obtido um crescimento no setor.
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3 A PESQUISA REALIZADA
Sâmara e Barros (2002) ainda falam em SIM como sendo a estrutura presente na
empresa que reúne, seleciona, analisa, interpreta e mantém um fluxo de informações a
respeito de um ambiente global de marketing no qual a empresa está inserida. Estes ambientes
globais são o macro e o microambiente, definidos respectivamente pelo ambiente externo e o
interno à empresa.
O SIM poderá auxiliar no novo negócio proposto, pois ele ajudará no conhecimento de
mais informações, dentro das limitações de tempo encontradas neste projeto, aumentando
assim a precisão das tomadas de decisão.
na área de marketing.
Para Sâmara & Barros (2002), definir o problema de pesquisa significa entender e
explicitar quais os problemas ou oportunidades de marketing que geram a necessidade de
informações para a tomada de decisão.
3.4 OBJETIVOS
Ainda para Aaker, Kumar e Day (2004), o objetivo principal de pesquisa é uma
declaração, com a terminologia mais precisa possível, de quais informações são necessárias, e
que este objetivo deve ser elaborado de tal forma que a obtenção das informações assegure a
satisfação do propósito da pesquisa.
Aaker, Kumar e Day (2004) definem hipótese como uma possível resposta a uma
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questão de pesquisa.
Gil (2002) define como hipótese a proposição testável que pode vir a ser a solução do
problema.
Q1 – Que tipo de peças seriam as mais indicadas para o início das atividades da
empresa?
3.6 METODOLOGIA
A metodologia definirá de que forma será esta pesquisa, quais suas características e
definições. Esta etapa é muito importante para o bom entendimento da pesquisa.
Decidiu-se por utilizar a metodologia de pesquisa descritiva, visto que se torna mais
objetiva e quantitativa, o que será melhor aproveitado no problema proposto.
Para Aaker, Kumar e Day (2004), pesquisa descritiva é um dos mais utilizados e seu
propósito é obter um instantâneo preciso de alguns aspectos de mercado.
de mercado.
Para Samara e Barros (2002), um questionário estruturado tem uma seqüência lógica
de perguntas que não podem ser alteradas.
Ainda Gil (1999) reforça que questionário é a técnica de investigação composta por
um número mais ou menos elevado de questões apresentados por escrito às pessoas, e tem por
objetivo o conhecimento de opiniões.
3.7 AMOSTRAGEM
McDaniel & Gates (2003), numa definição mais sucinta, dizem que população ou
universo é o grupo total de pessoas do qual necessitamos obter informações.
Para Samara e Barros (2002), os elementos desta amostra são selecionados de acordo
com a conveniência do pesquisador.
McDaniel & Gates (2003) definem como amostra o subconjunto de uma população.
Para Samara e Barros (2002) é uma parte do universo, com as mesmas características
deste, e afirma ainda que na definição desta amostra é fundamental a precisão, pois daí sairá a
reposta que corresponderá a população.
Porém, o recebimento de questionários foi encerrado dia 15/06/07, e até esta data
haviam chegado apenas 7 dos 37 questionários. Neste meio tempo, desde o primeiro contato
até o fechamento, entrou-se em contato mais uma vez com todas as 37 empresas para reforçar
o pedido de resposta, porém sem sucesso.
Sendo assim, a amostra final não foram as 30 esperadas inicialmente, mas sim as 7
empresas que responderam ao questionário.
3.8 PRÉ-TESTE
questionário está adequado aos objetivos de estudo no que se refere à clareza de entendimento
pelo entrevistado, e também tem a finalidade de avaliar as respostas dadas, bem como o
tempo médio de aplicação do mesmo.
Malhotra (2005) ainda fala que o pré-teste consiste em testar o questionário em uma
pequena amostra de entrevistados para identificar e eliminar possíveis problemas.
Para Mattar (1998), a coleta de dados é uma fase em que são efetuados os contatos
com os respondentes, para depois serem processados os dados.
Os dados até então coletados serão agora analisados e dispostos em forma de números
e gráficos para melhor visualização.
4.2.1 Cargo
Os resultados mostraram que a maioria dos respondentes não ocupa cargo de gerência,
mas sim cargos submetidos a estes.
4.2.2 Idade
4.2.3 Escolaridade
Tabela 1: Escolaridade
Descrição Respostas %
Totais 7 100,00
Base: 7 questionários
Escolaridade
42,86
50,00
Fundamental Completo
40,00 28,57 28,57 Fundamental Incompleto
30,00 Médio Completo
Médio Incompleto
20,00 Superior Completo
Superior Incompleto
10,00
0,00 0,00 0,00
0,00
Figura 1: Escolaridade
Base: 7 questionários
Como vemos na tabela e no gráfico acima, a maioria dos respondentes possui o grau
de escolaridade de curso superior completo, notando que nenhum respondente está abaixo do
nível de escolaridade de ensino médio completo.
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menos de 10 0 0,00
de 10 a 20 1 14,29
de 21 a 30 1 14,29
de 31 a 40 0 0,00
mais de 40 5 71,43
Totais 7 100,00
Base: 7 questionários
Número de Funcionários
71,43
80,00
70,00 menos de 10
de 10 a 20
60,00
de21 a 30
50,00
de 31 a 40
40,00 mais de 40
30,00 14,29 14,29
20,00
10,00 0,00 0,00
0,00
Dentre os entrevistados que responderam o questionário, nota-se que estas têm mais de
40 funcionários, sendo que nenhuma empresa tem menos de 10 ou entre 31 a 40 funcionários.
Logo, as empresas respondentes têm ou de 10 a 30 funcionários, ou, a maioria, mais de 40.
4.2.5 Compras
Tabela 3: Compras
Descrição Resultado %
Totais 7 100,00
Base: 7 questionários
Compras
menos de R$ 100.000,00
71,43
80,00
de R$ 100.000,00 a R$
70,00 300.000,00
60,00 de R$ 300.000,00 a R$
50,00 500.000,00
40,00 de R$ 500.000,00 a R$
30,00 14,29 700.000,00
14,29
20,00 mais de R$ 700.000,00
10,00 0,00 0,00
0,00
Figura 3: Compras
Base: 7 questionários
25
Como notam-se nos dados acima, a maioria dos respondentes compram em média por
mês mais de R$ 700.000,00 em autopeças, sendo que nenhuma compra menos que R$
300.000,00.
Acessórios 2 28,57
Totais 9 -
Base: 7 questionários
57,14
60,00 Peças mecânicas (motor)
50,00
Peças mecânicas (Suspensão
40,00 28,57 28,57
e direção)
30,00 Peças Eletrônicas (injeção)
14,29
20,00
Acessórios
10,00
0,00
Neste gráfico vemos que as peças mecânicas de motor são as mais vendidas entre os
respondentes, com 50% da totalidade das vendas, ficando em segundo lugar as peças de
suspensão, direção e acessórios, com 20% das vendas e em terceiro lugar as peças eletrônicas,
com apenas 10% do volume total de vendas.
À vista 2 28,57
28 dias 1 14,29
Totais 7 100,00
Base: 7 questionários
28,57 28,57
30,00
25,00 à vista
0,00
Como vemos nos dados acima, existem dois extremos na parte de prazo médio de
compras, ou seja, a maioria dos entrevistados compra ou à vista ou em 30/60/90 dias.
Preço 2 28,57
Outro 2 28,57
Totais 11 -
Base: 7 questionários
100,00 85,71
80,00 Preço
Prazo de Pagamento
60,00 Qualidade
Sim 3 42,86
Não 4 57,14
Base: 7 questionários
Exportação de Autopeças
57,14
42,86
60,00
50,00
Sim
40,00
Não
30,00
20,00
10,00
0,00
A maioria entre os respondentes não exporta autopeças, ou seja, sua venda é para
dentro do país. Contudo, os que exportam autopeças não ficam muito atrás, sendo este um
fator importante neste mercado.
29
Base: 7 questionários
Peças Comercializadas
28,57 28,57
30,00
25,00
Somente Reposição
20,00 Somente Original
14,29 14,29 14,29
Reposição e Original
15,00
Ambos, mais Reposição
10,00 Ambos, mais Original
5,00
0,00
5's 3 42,86
ISO 7 100,00
TS 1 14,29
QS 4 57,14
Totais 15 -
Base: 7 questionários
100,00
100,00
5's
80,00
57,14 ISO
60,00 42,86 TS
40,00 QS
14,29 Não Possui Qualificação
20,00 0,00
0,00
4.2.12 Atendimento
Representante 4 57,14
Televendas 0 0,00
e-mail 0 0,00
Totais 7 100,00
Base: 7 questionários
Preferência de Atendimento
57,14
60,00
Anteriores a 1980 0 0
de 1981 a 1985 0 0
Totais 10 -
Base: 7 questionários
Os dados acima apresentados mostram que as peças mais vendidas são as dos
automóveis de fabricação dos anos de 1986 a 1995 e de 2001 a 2007.
GM 25
Ford 21
Fiat 24
VW 30
Peugeot 2
Renault 1
Mitsubishi 7
Kia 0
Honda 6
Nissan 1
Outros 1
Base: 7 questionários
34
Ma rcas ma is Ve ndidas
30
30 VW
25 GM
24
25 Fiat
21
Ford
20
Mitsubishi
15 Honda
Pegeout
10 Renault
7
6
Nissan
5
2 Outros
1 1 1
0
0 Kia
Como pode ser notado nos dados acima, as autopeças mais vendidas são das marcas
VW, GM, Fiat e Ford, respectivamente.
Estes dados também são de extrema relevância, pois também deverão focar a produção
nestas marcas mais vendidas.
Neste caso a forma de tabulação dos dados utilizada foi diferente das demais questões.
Por se tratar de uma questão com escala de numeração de 1 a 6, 1 para a mais vendida e 6
para a menos vendida, na hora da tabulação os valores foram invertidos, ou seja, o mais
vendido recebeu nota 6 e o menos vendido recebeu nota 1.
Esta tabulação foi modificada para que o gráfico ficasse com a escala de pontuação do
maior para o menor.
Nesta questão obteve-se 18 respostas, sendo que em 14 delas a resposta foi o estado de
São Paulo, e as outras 4 foram o estado do Rio Grande do Sul. Nenhum outro estado foi
mencionado como fonte de autopeças, mesmo nas empresas que não se localizam em nenhum
destes dois estados.
Com estes dados poderemos também focar a distribuição no mercado de São Paulo,
pois a maioria das distribuidoras também são deste estado, segundo dados retirados do site da
ANDAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças.
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Sim 6 85,71
Não 1 14,29
Novo Fornecedor
85,71
100,00
80,00 Sim
60,00 Não
14,29
40,00
20,00
0,00
4.2.17 Apresentação
Folders 0 0,00
Mídia 1 14,29
Internet 0 0,00
Totais 9 -
Base: 7 questionários
Apresentação
71,43
80,00
70,00
Visita Técnica
60,00
42,86 Visita Comercial
50,00
Folders
40,00
Mídia
30,00
14,29 Internet
20,00
10,00 0,00 0,00
0,00
A maioria dos respondentes prefere que a forma de apresentação de uma nova empresa
fabricante de autopeças seja feita através de uma visita comercial. Nota-se que as empresas
também se interessam por visitas técnicas, sendo que aproximadamente 33% dos
respondentes escolheram esta questão.
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Apenas dois dos respondentes deixaram sua opinião sobre o mercado de autopeças no
Brasil.
Também existem comentários sobre a quebra da cadeia de vendas por parte das
distribuidoras, que passaram a vender não somente para casas de autopeças, mas também
diretamente para consumidores finais.
Outro ponto importante destacado foi o fato da entrada de competidores chineses neste
mercado. Como estes possuem preços extremamente baixos, muitas empresas chegam a
desativar sua produção para apenas importar com a própria marca.
Q1 – Que tipo de peças seriam as mais indicadas para o início das atividades da
empresa?
Uma equipe interna de vendas também será necessária, pois apesar de a maioria
preferir um representante, muitos ainda preferem ser atendidos diretamente pela empresa.
Observando a questão 18, que é a opinião dos respondentes, conclui-se que os preços
deverão ser formados pelo preço médio de mercado, visto que este mercado é muito disputado
na questão preço.
Ao longo do tempo, pode-se tentar formar o preço pelo custo, mas isto apenas se o
mercado absorver este custo, ou então encontrar formas de redução de custos de fabricação.
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5 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO
Ainda para Tavares (2000), o negócio de uma organização corresponde a linha mestra
que a direção adota para orientar sua ação e torna contínua e efetiva na interação com o
ambiente. Se a empresa não estiver em real interação com o ambiente, logo estará obsoleta ou
pior, fora dele.
O negócio, além de fazer com que a empresa permaneça mais focada em seu mercado,
faz com que a organização toda ande para o mesmo lado, pois segundo Vasconcelos e
Pagnoncelli (2001) uma empresa sem um negócio definido corre o risco de confundir o
produto com o negócio, caindo em uma miopia estratégica.
Sendo esta a linha a ser seguida, que é tão importante para a vida da organização,
define-se o negócio como sendo:
Segurança em movimento
40
6.1 OBJETIVOS
Para Certo e Peter (1993) os objetivos são metas para as quais a organização direciona
os seus esforços, e sendo assim, gasta todo o seu potencial para atingir estes objetivos. Um
ponto importante a se destacar é a divulgação destes objetivos para toda a organização, para
que o esforço seja mais efetivo e o objetivo o ponto de chegada de todos.
Oliveira (2002) afirma ainda que objetivo é o alvo ou ponto qualificado, com prazo de
realização e responsável estabelecidos, que se pretende atingir através de esforço extra, sendo
a sobrevivência da organização o ponto chave.
Ainda é possível visualizar os objetivos como o foco final de todas as ações dos
colaboradores da organização, onde cada um tem um papel fundamental, mesmo que
pequeno.
6.2 FILOSOFIA
Tavares (2005) ainda mostra que a filosofia de uma empresa visa fundamentar os
princípios, as crenças e os valores dos indivíduos que nela trabalham. Logo, pode-se afirmar
que a filosofia é o conjunto de todos os princípios estabelecidos pela empresa.
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- Segurança;
- Inovação;
- Qualidade;
- Resultado.
6.3 MISSÃO
Ainda para Oliveira (2002) a missão é a razão de ser da empresa. Muitos empresários
que não têm a missão definida para sua empresa acabam caminhando sem saber onde irão
chegar, indo para algum lugar, mas sem defini-lo ou delimitá-lo.
Todos, pessoas e organizações, têm uma missão e defini-la é só uma parte. Quando
uma empresa, ou uma pessoa, não tem uma missão, ou melhor, ainda não definiu sua missão,
corre o risco de nunca ter um objetivo, uma finalidade de existir. Se, por outro lado, esta
missão existir, e estiver escrita e divulgada, muitas são as chances de obter o sucesso.
Buscando este rumo, esta razão de ser, define-se a missão da empresa da seguinte
forma:
7 ANÁLISE DE MERCADO
Mas mesmo com esta defasagem o setor terá um faturamento 5,2% superior ao ano
passado, que corresponderá a mais de R$ 68 milhões. Deste total de faturamento, o setor de
reposição, que é o foco deste trabalho, participou em 2006 com aproximadamente 19%, índice
igual ao projetado para 2007.
Kotler (2003) afirma ainda que para uma segmentação ser eficiente, ela deve ser
mensurável, acessível, substancial, diferenciável e acionável, e cita cinco formas de segmentar
um mercado industrial: segmentação demográfica, operacional, de compra, situacional e
pessoal.
A segmentação demográfica visa definir qual setor a ser atendido, qual o tamanho de
empresas e qual a localização destas empresas.
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Apesar de ter sido definido que o certificado ISO seria obtido em um ano, ou seja, que
a acreditação do órgão responsável será em até um ano, os manuais e procedimentos inerentes
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a esta certificação serão implementadas desde o início, o que já tem valor para as empresas
compradoras, visto que é feito um questionário junto ao fornecedor para verificar os quesitos
existentes em relação à norma ISO. Esta implementação será feita com a ajuda de um
consultor especializado, que receberá seus honorários por horas trabalhadas.
Este mercado, a princípio, não parece oferecer grandes barreiras para empreendedores
que tenham dinheiro e queiram investir, porém, é necessário que se tenha capital,
principalmente em relação a maquinários e tecnologias de produção.
O que mais chamou a atenção nestas feiras foi a quantidade de empresas chinesas,
coreanas e indianas que estavam expondo. A maioria destas empresas tinham estes produtos
como o principal produto do estande.
É possível que esta seja a maior ameaça de fornecedores enfrentados por todos deste
setor, visto que os produtos vindos destes lugares têm preço muito inferior ao nacional.
No caso dos ferros-velho, que até poderia ser considerado um negócio similar,
acredita-se que estes não farão concorrência direta, pois um produto destes fica de difícil
aquisição pelo fato de não saber em que estado a peça se encontra, e também pelo fato de não
se poder prever quanto tempo ela durará.
Nenhum descritivo específico da peça estudada foi encontrado, mas como mencionado
anteriormente, as empresas deste setor possuem no mínimo a norma ISO 9001:200.
Uma característica em especial é que estes produtos originais são feitos em aço
forjado, e que as do mercado de reposição são de ferro fundido.
Kotler (2000) afirma que muitas empresas têm enfrentado dificuldades porque
ignoram as mudanças macroambientais e não conseguem vê-las como uma oportunidade de
melhoria.
Ele ainda afirma que existem seis forças ambientais que devem ser monitoradas. São
eles:
- Ambiente demográfico: Este ambiente deve ser monitorado porque o mercado é feito
de pessoas, e, logo, são muito relevantes dados como taxa de crescimento populacional de
diferentes cidades, regiões e países, distribuição da faixa etária, sua composição étnica, níveis
de instrução, padrão de vida das pessoas, características de movimentos regionais, etc.
46
Os órgãos ambientais estão cada vez mais atuantes neste ponto, e por isto deve-se estar
atento a este quesito, pois existem inclusive riscos de escassez de matéria-prima, custos cada
vez mais elevados de energia e níveis de poluição.
- Ambiente tecnológico: A tecnologia é uma das forças que mais afeta a vida das
pessoas. É preciso prestar muita atenção neste ponto, pois o que era ontem, não será amanhã.
Se não fosse assim, este projeto estaria sendo datilografado, provavelmente com papel
carbono para não datilografar duas vezes, caso fosse necessário uma cópia.
Todas as forças acima citadas atingem qualquer mercado. Porém, no caso deste
projeto, as que se deve ter mais cuidado são as do ambiente econômico, tecnológico e
político-legal, pois variações cambiais e da economia, leis, principalmente relacionadas ao
setor automotivo, e tecnologia de produto e de produção são pontos cruciais para este setor.
Quando se fala em estratégias competitivas, Porter (1986) afirma que são ações
ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável em um negócio, para enfrentar
com sucesso as cinco forças competitivas e obter um retorno sobre o investimento maior
possível.
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Estas forças mencionadas por Porter (1966) são os concorrentes, a ameaça de novos
entrantes, o poder de negociação dos clientes, a ameaça de produtos substitutos e o poder de
negociação dos fornecedores.
Porter (1969) ainda afirma que existem três estratégias genéricas, utilizadas para
superar os concorrentes: liderança no custo total, que é a redução máxima de custos de
produção e despesas, a diferenciação, que é diferenciar o produto ao máximo, de tal modo que
seja considerado único, e a estratégia do enfoque, que é enfocar em um determinado grupo
comprador, segmento ou linha de produtos.
Em se tratando dos custos, a vantagem terá que ser extraída da produção da peça,
otimizando tempos de usinagem e custo de matéria-prima e componentes. Um ponto já
analisado em relação a isto é o gabarito de usinagem, onde poderão ser usinadas duas peças
por vez, tanto para uma quanto para outra balança, diminuindo assim o tempo de setup e troca
de ferramentas, que fará duas peças com apenas uma troca.
8 PRODUÇÃO E TECNOLOGIA
A fabricação de qualquer uma das peças seguirá um fluxo dentro da produção, que
será descrito a seguir, e pode ser acompanhado através dos números vermelhos da planta
baixa do pavilhão, como mostrado na figura abaixo.
As peças serão recebidas da fundição (1) já com o alívio de tensão e irão direto para o
estoque de produtos semi-acabados (2). A partir disto, o operador pega algumas peças e as
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separa em uma bancada auxiliar (3), que ficará ao lado da máquina, e faz uma breve inspeção
visual para ver se a peça tem algum defeito, pois, se houver, ela não entrará no gabarito.
Depois de feita esta inspeção, o operador a coloca no gabarito de usinagem que já está
pré-setado na máquina CNC (4), e assim a usina. As peças serão usinadas duas a duas. Após
esta usinagem, as peças precisam ser pintadas. Esta pintura é terceirizada (5).
Quando as peças voltam da pintura elas vão direto para uma outra bancada de trabalho
(6), para serem montadas e embaladas. Depois de embaladas elas são colocadas na expedição
(7), onde serão separadas por quantidade para serem vendidas.
O mais importante e caro investimento nesta área será a máquina que usinará as peças.
Esta máquina deverá ser um centro de usinagem com comando CNC, com curso de pelo
menos 800 mm no eixo x, onde o ideal seria 1000 mm, 500 mm no eixo y e 500 mm no eixo
z. Esta máquina deve ainda ter um magazine para ferramentas, agilizando assim a usinagem.
Existem hoje no mercado incontáveis marcas e modelos este tipo de máquina. É claro
que quanto mais rápida o deslocamento da máquina, seja em usinagem ou livre, maior será o
ganho de tempo por peça. O tempo de troca de ferramentas também é importante. Existem
máquinas com a chamada troca rápida de ferramenta, que agiliza o processo de troca,
diminuindo maia ainda o tempo de troca de ferramenta.
A máquina utilizada neste projeto será uma HARTFORD, com comando Mitsubishi
M65, com IC Card, 1000 mm de curso em x e 500 mm em y e z, com magazine para 20
ferramentas e SEM troca rápida, e com um deslocamento livre de 24 m/min.
50
Também será necessário para a produção uma prensa para colocação das buchas e
fechamento do pivô. Esta prensa pode ser bem simples, sendo possível até mesmo fabricá-la
caseiramente com um cilindro hidráulico de 30 toneladas e uma base como estrutura.
(R$) (R$)
Ferramentas e - - 12.000,00
equipamentos para CNC
Fonte: Autor
8.2 INSTALAÇÕES
Um pavilhão com aproximadamente 100 m² seria um bom tamanho para início das
atividades. Este pavilhão tem que contar com rede elétrica trifásica e rede de ar comprimido
para a máquina CNC.
(R$) (R$)
Fonte: Autor
(R$) (R$)
Fonte: Autor
Outros insumos ainda são necessários para uma empresa, bem como equipamentos de
segurança e materiais de limpeza. Estes itens serão descriminados abaixo, na tabela que
segue.
(R$) (R$)
Fonte: Autor
Neste caso não serão utilizados maquinários para embalagem, mas sim insumos, tais
como plástico, rede plástica e caixas de papelão.
Os dados abaixo são para uma peça, seja da Ranger ou da Peugeot, mas serão
comprados em quantidade. A rede plástica, por exemplo, será comprada em rolos de 50
metros. O plástico de proteção é comprado por quilo, e a quantidade mínima de compra é de
150 quilos, e o peso de cada embalagem é de 30 gramas. A caixa de papelão, para este preço
apresentado é para compra de 100 unidades.
56
(R$) (R$)
Como mencionado acima, para fabricar estas peças, serão necessários dois
ferramentais de fundição e duas matrizes para fabricação das buchas do pivô.
Cada ferramental de fundição será composto por dois modelos de alumínio bipartidos,
para tornar a peça mais produtiva para a fundição, e logo mais barata, emplacados em duas
placas de alumínio e com uma caixa de macho em ferro fundido para o processo de shell
moulding, segundo as exigências da fundição. A fabricação destes ferramentais será
terceirizada
Cada matriz de injeção plástica deverá ser de aço P20 com quatro cavidades polidas,
com furos de refrigeração interna e sistema de extração e fixação, segundo exigências da
injetora. A fabricação destas matrizes será terceirizada.
Abaixo segue uma tabela com todos os valores das ferramentas acima citadas.
57
(R$) (R$)
Fonte: Autor
(R$) (R$)
Fonte: Autor
Para que uma empresa exista, ela precisa ter um contrato social e ser cadastrada nos
órgãos devidos. Este contrato e cadastramento, que é a abertura da empresa em si, tem um
custo, e podem ser feito tanto pelo próprio empreendedor quanto por um escritório
especializado.
Neste caso, optou-se por pegar uma empresa especializada para fazer esta parte
burocrática. Os valores seguem na tabela abaixo, e logo após o contrato social.
Fonte: Autor
CONTRATO SOCIAL
SOCIEDADE LIMITADA
1. Marcos Bráulio de Souza, brasileiro, natural de Caxias do Sul, casado por comunhão parcial
de bens, nascido no dia 15/10/1982, Administrador, CPF n° 987175700-00, documento de
identidade n° 6079612864, expedida pelo SSP/RS, domiciliado na Rua Beethoven, 2321, bairro
São José, CEP 95032-320, em Caxias do Sul, RS, e
2. Sabrina C. A. Souza, brasileira, natural de Caxias do Sul, casada por comunhão parcial de
bens, nascida no dia 21/07/1982, Administradora, CPF n° 915348750-00, documento de
identidade n° 5978652937, expedida pelo SSP/RS, domiciliada na Rua Beethoven, 2321, bairro
São José, CEP 95032-320, em Caxias do Sul, RS, constituem uma sociedade limitada, mediante
as seguintes cláusulas:
2ª O capital social será R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais), dividido em 02 quotas
de valor nominal R$ 175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais), integralizadas, neste ato em
moeda corrente do País, pelos sócios:
Marcos Bráulio de Souza 50% de quotas R$ 175.000,00
Sabrina C. A. de Souza 50% de quotas R$ 175.000,00
5ª As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o
consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito
de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a
alteração contratual pertinente.
6ª A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital social.
atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos
quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização
do outro sócio.
9ª Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão sobre as
contas e designarão administrador (es) quando for o caso.
10 A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante
alteração contratual assinada por todos os sócios.
11 Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de “pro labore”,
observadas as disposições regulamentares pertinentes.
13 O(s) Administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, de que não está(ão) impedidos de
exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou
por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a
cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato,
ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da
concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.
14 Fica eleito o foro de Caxias do Sul para o exercício e o cumprimento dos direitos e
obrigações resultantes deste contrato.
_________________________ ______________________
Marco Bráulio de Souza Sabrina C. A. de Souza
Visto: ______________
Nome
61
(R$)
Total 319.523,10
Fonte: Autor
62
9 MARKETING
Para Kotler e Armstrong (2003) um produto é algo que pode ser oferecido a um
mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma
necessidade.
No caso deste projeto não será diferente, as balanças serão fundidas em ferro fundido
vermicular, pois este ferro possui grande propriedade de maleabilidade. Neste corpo de ferro,
serão inseridos os componentes, que são as buchas, o pivô, a tampa e a coifa.
Nas fotos abaixo podemos ver os produtos prontos para a venda, faltando apenas a
embalagem.
Kotler e Armstrong (2003) afirmam que existem duas classes de produtos: os produtos
de consumo, que são os comprados por consumidores finais para o próprio uso, e os produtos
industriais, que são os comprados para processamento posterior ou para uso na gestão de um
negócio.
Segundo McDaniel, Hair e Lamb (2004) uma marca efetiva possui, entre outras, as
seguintes características:
- É curto; e,
No ponto de vista do autor, uma marca que possua todas estas qualidades em um nome
curto não existe. Mas, buscando a melhor definição para o produto, fazendo que o consumidor
‘compre’ a marca, esta ficou definida como:
65
BANSEG
Mas, para uma melhor fixação da marca no mercado, uma logomarca seria
interessante. Logomarca é a junção do logotipo mais a marca, seja no produto ou fora dele.
Segundo McDaniel, Hair e Lamb (2004), preço é o que é dado em troca para adquirir
um produto ou serviço.
Segundo Semenik e Bambossi (1996) as variáveis de preços devem ser orientadas por
objetivos, e deve-se fazer um cuidadoso planejamento destes objetivos.
Kotler (1998) afirma que existem seis grandes objetivos de preço. São eles:
66
- Maximização da desnatação do mercado: a empresa fixa o preço mais alto que pode
cobrar, dados os benefícios do produto, e conforme as vendas vão caindo, vai-se baixando o
preço.
- Outros objetivos de preço: especial para empresas sem fins lucrativos. A empresa
pode fixar seu preço apenas para satisfazer suas necessidades.
Ficou definido como sendo o objetivo de preço a sobrevivência. Por se tratar de uma
empresa nova, que precisa pagar o investimento o acredita-se ser este o melhor caminho para
o início das atividades, mesmo que isto implique inicialmente em uma baixa margem de
lucro.
Segundo Kotler (1998) esta estratégia faz com que a empresa tenha por base os preços
cobrados pelos concorrentes.
Esta prática é bastante popular onde os custos são de difícil mensuração, que não é o
caso deste projeto.
A partir desta estratégia, o que pode ser feito para maximizar os lucros é o controle
efetivo dos custos de produção, para que haja o menos custo com o maior rendimento.
Para se certificar de que estes preços são compatíveis com os custos da empresa, fez-
se uma planilha com o preço formado pelo markup, em cada um dos casos, conforme segue
abaixo.
Balança Ranger
Impostos 22,93%
68
Fonte: Autor
Como se definiu como objetivo de preço a sobrevivência, o valor adotado para a venda
da balança da Ranger será de R$ 55,00 + IPI, que fica no mesmo valor dos concorrentes e
com uma lucratividade um pouco acima dos 10%.
Balança Peugeot
Impostos 22,93%
Fonte: Autor
Esta balança será vendida a um preço menor que os concorrentes. O valor alcançado
foi de R$ 62,00 + IPI e terá uma margem um pouco maior que 10%.
Inicialmente os sócios não retirarão pró-labore da empresa, optando por reinvestir todo
o lucro até que a empresa tenha fôlego para uma melhor sustentação financeira.
69
9.3.1 Ferramentas
Marketing direto é um sistema interativo que usa uma ou mais mídias de propaganda
para obter uma resposta ou transação mensurável em qualquer localização.
Para ser eficaz, a ferramenta a ser utilizada em uma promoção deve ser muito bem
pensada. A ferramenta tem que ser a coisa certa no lugar certo e na hora certa.
Para este projeto, definiu-se que a ferramenta utilizada será a propaganda, pois ela
identifica exatamente as necessidades da empresa e do produto e do tipo de cliente no aspecto
promocional.
todas, aos quais pertencem o jornal e as revistas; e a visual, que são os painéis, banners,
placas, outdoors, entre outros.
Para este projeto, fica definido que será utilizada a mídia impressa, em revistas
especializadas em autopeças.
A revista escolhida para anúncio dos produtos é a SINCOPEÇAS, que possui uma
tiragem mensal de 15.000 exemplares e é distribuída no País inteiro.
(R$)
Será investido em um anúncio de meia página, durante dois meses, após os seis
primeiros meses da empresa.
A arte do anúncio será feita pela própria revista através de imagens e textos cedidos
pela empresa.
71
9.4 VENDAS
Para Kotler (2000) muitos clientes enxergam a pessoa do vendedor como sendo a
própria empresa. Por isto, a definição da equipe de vendas é um ponto muito importante e
deve ser definido com muito cuidado, pois esta definição é fundamental para o sucesso de
uma empresa.
Uma pessoa na empresa, que também será o gerente de vendas e que atenderá todos os
pedidos feitos por telefone ou e-mail diretamente à empresa.
A outra pessoa será um representante localizado na cidade e São Paulo e que atenderá
toda aquela região. Esta decisão de colocar apenas um representante foi tomada em função de
que as empresas geralmente fazem compras grandes. Se existir mais de um representante,
acredita-se que não se dará conta de entregar os pedidos.
Esta equipe servirá para o início das atividades. Com o tempo, quando a empresa
expandir, irá também expandir sua força de vendas.
Para que a previsão de vendas seja acertada, definiu-se que as vendas seriam previstas
através da avaliação do tipo “tem-que-ser”, proposta por Stantos e Spiro (2000). Nesta
72
avaliação os autores propõem que a empresa faça um levantamento dos seus custos fixos e
variáveis para que as vendas gerem caixa suficiente para atingir o seu ponto de equilíbrio.
Mas para que isto não fique fora de contexto, foi feita uma pesquisa de campo, não
contemplada na pesquisa inicial, de qual o tamanho deste mercado. Nesta pesquisa foi visto
com grandes distribuidores destas peças que o volume de negociação mensal destas peças é de
8.000 (oito mil) balanças da Ranger e 16.000 (dezesseis mil) balanças da Peugeot, incluindo
as remanufaturadas, que chegam a 20% deste total.
Nesta pesquisa também ficou claro que o mercado absorveria mais um fabricante
destas peças sem maiores problemas. Considerando estes dados e a capacidade de produção,
estima-se a capacidade de vendas conforme segue abaixo:
Segundo Kotler (1998) cada intermediário que desempenha algum trabalho para levar
o produto e sua propriedade a consumidores finais constitui um nível de canal.
No caso deste projeto, existem dois níveis de canal, o distribuidor, que é o grande
atacadista e a mecânica ou loja, que é o varejista.
Loja
Cliente
Fabricante Distribuidor Final
Mecânica
Este bairro também possui rede de energia elétrica trifásica, o que será necessário para
instalação das máquinas da produção.
Claro que a estrutura e os conceitos aplicados são os mesmos, mas o que se pretende
aqui é aplicar o conceito à prática de uma forma medida e ajustada especificamente para este
projeto.
Para ilustrar uma estrutura organizacional é utilizada uma espécie de figura, chamada
organograma. Logo, o organograma é uma forma de ‘ler’ a estrutura da empresa.
Inicialmente serão poucos funcionários e não haverá gerentes em todas as áreas, mas
sim um funcionário do setor administrativo que fará toda a parte administrativa, fiscal e
financeira, e o próprio autor do projeto que estará inserido na parte de planejar a produção e o
comercial.
Porém, ficou definida a estrutura organizacional como se fosse completa, com todos os
gerentes e subordinados, como segue no organograma abaixo.
76
Conselho
Administrativo
Produção /
Setor Financeiro – Setor Fiscal – Setor Comercial – PCP – Planejamento
Contas a pagar e a Entrada e emissão de Compras e vendas e controle da
receber Notas Fiscais produção
Como mencionado anteriormente, os cargos serão ocupados por mais de uma pessoa, e
não haverão gerentes, mas sim o próprio autor como gerente geral, industrial e comercial, e
uma outra pessoa no administrativo para fazer a parte financeira e fiscal.
Esta estrutura enxuta foi definida a partir da necessidade de iniciar a nova empresa
com custos extremamente reduzidos, o que trará um retorno financeiro mais rápido.
Mas estes conhecimentos necessitam de um certo padrão. Hoje em dia, por exemplo,
existem muitos operadores de CNC, e devido a uma falta de profissionais qualificados nesta
área, qualquer um que já trabalhou duas semanas com uma máquina destas considera-se um
operador, enquanto, na verdade, não passa de um apertador de botões.
77
Para evitar problemas deste tipo, definiram-se as descrições de cada cargo existente na
empresa. Estas descrições de cargo, segundo Chiavenato (2004) são a especificação do
conteúdo do cargo, no sentido de satisfazer os requisitos tecnológicos, organizacionais e
sociais, bem como aos requisitos pessoais de seus ocupantes.
10.3.1 Administrador
DESCRIÇÃO DE CARGO
Função: Administrador
Setor: Todos
Superior imediato: -
Objetivo do cargo: Administrar a empresa de forma a obter retorno financeiro
Salário: Variável
Pré-requisitos:
Requisitos desejáveis:
Vale ressaltar que neste caso o salário será variável e dependente do lucro da empresa.
78
DESCRIÇÃO DE CARGO
Salário: R$ 1.200,00
Pré-requisitos:
Requisitos desejáveis:
10.3.3 Montador
DESCRIÇÃO DE CARGO
Função: Montador
Setor: Produção
Superior imediato: Gerente Industrial
Salário: R$ 700,00
Requisitos desejáveis:
DESCRIÇÃO DE CARGO
Salário: R$ 600,00
Pré-requisitos:
Requisitos desejáveis:
DESCRIÇÃO DE CARGO
Objetivo do cargo: Fazer o controle das contas a pagar e a receber, e a parte fiscal.
Salário: R$ 800,00
Pré-requisitos:
Requisitos desejáveis:
Estes treinamentos serão ministrados dentro da própria empresa, por uma pessoa
qualificada para tal.
Os investimentos nesta área poderão atingir até 0,5% do faturamento do mês, quando
necessário.
Os benefícios oferecidos aos funcionários no caso deste projeto serão comuns a todos
os funcionários, ou seja, desde o auxiliar até o gerente terão os mesmos benefícios.
Estes benefícios incluirão: vale refeição, vale transporte, empréstimos no banco com
desconto em folha e convênio com farmácias para desconto em folha.
83
11 PROJEÇÕES FINANCEIRAS
O fluxo de fundos irá apresentar todos os valores investidos antes do início das
atividades da empresa. Abaixo segue a tabela que demonstra estes valores.
Aplicações Origens
Estoques 92.503,70
Imobilizado 226.179,40
A sobra de caixa, como falado anteriormente, servirá para alguma emergência que
possa aparecer até o início do recebimento das vendas.
A figura abaixo apresenta o gráfico com as linhas de tendência dos três cenários.
160.000,00
140.000,00
120.000,00 Pessimista
100.000,00 Realista
80.000,00
60.000,00 Otimista
40.000,00
20.000,00
0,00
-20.000,00 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08
-40.000,00
Nestes fluxos são mostradas as projeções para um cenário realista, definido pela
projeção de vendas, as projeções para um cenário otimista (30% a mais no faturamento) e
também as projeções para um cenário pessimista (30% a menos no faturamento).
Os fluxos que serão apresentados mostram que mesmo no primeiro ano de vida da
empresa o caixa não fica negativo, obtendo-se apenas um saldo operacional negativo nos dois
primeiros meses, mesmo no cenário otimista.
85
Tabela 29: Fluxo de caixa ano I – cenário realista
Notas explicativas:
- Como a previsão de vendas é a mesma para todos os meses, os valores são bem
parecidos como um todo, havendo poucas variações de um mês para o outro, como é o caso
da propaganda nos meses julho e agosto.
- O resultado operacional dos meses julho e agosto ficam diferentes dos demais por
apresentar a conta despesas com publicidade, inexistente nos demais meses.
- O resultado operacional dos dois primeiros meses dos três cenários aparece negativo
em função de não haver receita no primeiro mês e parcial no segundo mês, por causa da
condição de venda de 30/60 dias.
Para a projeção do fluxo de caixa para os cinco primeiros anos da empresa também
foram utilizados os três cenários: realista, otimista e pessimista.
1.450.000,00
1.250.000,00
1.050.000,00
Pessimista
850.000,00
Realista
650.000,00 Otimista
450.000,00
250.000,00
50.000,00
2008 2009 2010 2011 2012
Tabela 32: Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos – cenário realista
Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos - Cenário Realista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
Saldo inicial de caixa 30.476,90 154.016,44 317.480,15 502.992,42 713.037,87
Receita 30 dias (50%) 965.250,00 1.061.775,00 1.167.952,50 1.284.747,75 1.413.222,53
Receita 60 dias (50%) 877.500,00 965.250,00 1.061.775,00 1.167.952,50 1.284.747,75
(=) Receita total do mês 1.842.750,00 2.027.025,00 2.229.727,50 2.452.700,25 2.697.970,28
(-) Impostos sobre vendas - Presumido (22,93%) 442.663,65 464.796,83 511.276,52 562.404,17 618.644,58
(-) Matéria prima / Insumos a vista (50%) 508.770,35 559.647,39 615.612,12 677.173,34 744.890,67
(-) Matéria prima / insumos 30 dias (50%) 462.518,50 508.770,35 559.647,39 615.612,12 677.173,34
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 22.800,00 23.712,00 24.660,48 25.646,90 26.672,78
(-) Despesas Administrativas 73.710,00 81.081,00 89.189,10 98.108,01 107.918,81
(-) Despesas Financeiras 3.600,00 3.672,00 3.745,44 3.820,35 3.896,76
(-) Despesas Comerciais 110.565,00 121.621,50 133.783,65 147.162,02 161.878,22
(-) Material de Expediente e Limpeza 6.630,96 6.763,58 6.898,85 7.036,83 7.177,56
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas com Publicidade 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(=) Total das despesas 1.276.546,81 1.398.764,45 1.532.938,71 1.680.250,64 1.841.998,50
(=) Resultado operacional 123.539,54 163.463,71 185.512,27 210.045,44 237.327,19
(=) Resultado financeiro do mês 123.539,54 163.463,71 185.512,27 210.045,44 237.327,19
(=) Saldo final de Caixa 154.016,44 317.480,15 502.992,42 713.037,87 950.365,06
Fonte: Autor
Tabela 33: Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos – cenário otimista
Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos - Cenário Otimista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
Saldo inicial de caixa 30.476,90 217.463,90 458.015,72 729.002,18 1.033.768,58
Receita 30 dias (50%) 1.254.825,00 1.380.307,50 1.518.338,25 1.670.172,08 1.837.189,28
Receita 60 dias (50%) 1.140.750,00 1.254.825,00 1.380.307,50 1.518.338,25 1.670.172,08
(=) Receita total do mês 2.395.575,00 2.635.132,50 2.898.645,75 3.188.510,33 3.507.361,36
(-) Impostos sobre vendas - Presumido (22,93%) 575.462,75 604.235,88 664.659,47 731.125,42 804.237,96
(-) Matéria prima / Insumos a vista (50%) 661.401,46 727.541,60 800.295,76 880.325,34 968.357,87
(-) Matéria prima / insumos 30 dias (50%) 601.274,05 661.401,46 727.541,60 800.295,76 880.325,34
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 29.640,00 30.825,60 32.058,62 33.340,97 34.674,61
(-) Despesas Administrativas 95.823,00 105.405,30 115.945,83 127.540,41 140.294,45
(-) Despesas Financeiras 4.680,00 4.773,60 4.869,07 4.966,45 5.065,78
(-) Despesas Comerciais 143.734,50 158.107,95 173.918,75 191.310,62 210.441,68
(-) Material de Expediente e Limpeza 8.620,25 8.792,65 8.968,51 9.147,88 9.330,83
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas com Publicidade 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(=) Total das despesas 1.633.125,25 1.790.344,80 1.962.999,82 2.152.618,51 2.360.880,94
(=) Resultado operacional 186.987,00 240.551,82 270.986,46 304.766,40 342.242,46
(=) Resultado financeiro do mês 186.987,00 240.551,82 270.986,46 304.766,40 342.242,46
(=) Saldo final de Caixa 217.463,90 458.015,72 729.002,18 1.033.768,58 1.376.011,04
Fonte: Autor
90
Tabela 34: Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos – cenário pessimista
Fluxo de caixa dos primeiros cinco anos - Cenário Pessimista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
Saldo inicial de caixa 30.476,90 90.568,98 176.944,59 276.982,67 392.307,16
Receita 30 dias (50%) 675.675,00 743.242,50 817.566,75 899.323,43 989.255,77
Receita 60 dias (50%) 614.250,00 675.675,00 743.242,50 817.566,75 899.323,43
(=) Receita total do mês 1.289.925,00 1.418.917,50 1.560.809,25 1.716.890,18 1.888.579,19
(-) Impostos sobre vendas - Presumido (22,93%) 309.864,56 325.357,78 357.893,56 393.682,92 433.051,21
(-) Matéria prima / Insumos a vista (50%) 356.139,25 391.753,17 430.928,49 474.021,34 521.423,47
(-) Matéria prima / insumos 30 dias (50%) 323.762,95 356.139,25 391.753,17 430.928,49 474.021,34
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 15.960,00 16.598,40 17.262,34 17.952,83 18.670,94
(-) Despesas Administrativas 51.597,00 56.756,70 62.432,37 68.675,61 75.543,17
(-) Despesas Financeiras 2.520,00 2.570,40 2.621,81 2.674,24 2.727,73
(-) Despesas Comerciais 77.395,50 85.135,05 93.648,56 103.013,41 113.314,75
(-) Material de Expediente e Limpeza 4.641,67 4.734,51 4.829,20 4.925,78 5.024,30
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas em Marketing 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(=) Total das despesas 919.968,37 1.007.184,11 1.102.877,61 1.207.882,77 1.323.116,07
(=) Resultado operacional 60.092,08 86.375,61 100.038,08 115.324,49 132.411,92
(=) Resultado financeiro do mês 60.092,08 86.375,61 100.038,08 115.324,49 132.411,92
(=) Saldo final de Caixa 90.568,98 176.944,59 276.982,67 392.307,16 524.719,07
Fonte: Autor
Notas explicativas:
Cabe aqui fazer uma pequena análise nos demonstrativos que demostram uma média
de lucratividade que se aproxima dos 11,2% no cenário realista, 12,8% no cenário otimista e
7,4% no cenário Pessimista.
200.000,00
150.000,00
Receita bruta
100.000,00 Lucro operacional
50.000,00
0,00
08 8 08 8 8 08
n/ ar
/0 ai/ l/0 t/0 v/
ja m m ju se
n o
Notas explicativas:
- Os cenários otimista e pessimista estão calculados com 30% para mais e para menos
respectivamente, sobre o cenário realista.
- No primeiro mês dos três cenários a lucratividade é maior em função das despesas
comerciais que serão contabilizadas apenas no mês seguinte.
Neste caso, como no fluxo de caixa, também foi utilizado uma crescimento anual de
5% para o cenário realista, 8% para o otimista e 2% para o pessimista.
3.500.000,00
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00 Receita bruta
1.500.000,00 Lucro operacional
1.000.000,00
500.000,00
0,00
2008 2009 2010 2011 2012
Figura 28: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário realista
Fonte: Autor
97
F
igura 29: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário otimista
Fonte: Autor
2.000.000,00
1.500.000,00
Receita bruta
1.000.000,00 Lucro operacional
500.000,00
0,00
2008 2009 2010 2011 2012
F
igura 30: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiros anos – cenário pessimista
Fonte: Autor
Nota-se que mesmo no cenário pessimista, a longo prazo a empresa mantém um lucro
líquido médio de aproximadamente 8,1%, e ainda que este índice seja inferior aos outros
cenários, a empresa ainda se mantém lucrativa e fora do prejuízo.
98
Tabela 38: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiro anos – cenário realista
Demonstrativo do Resultado do Exercício dos Cinco Primeiros Anos -Cenário Realista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
(+) Receita bruta 2.106.000,00 2.316.600,00 2.548.260,00 2.803.086,00 3.083.394,60
(-) Impostos sobre vendas (22,93%) 482.905,80 531.196,38 584.316,02 642.747,62 707.022,38
(-) Matéria prima com frete 1.110.044,40 1.221.048,84 1.343.153,72 1.477.469,10 1.625.216,01
(=) Lucro Bruto 513.049,80 564.354,78 620.790,26 682.869,28 751.156,21
(-) Despesas Operacionais 327.875,90 381.922,16 412.150,40 445.121,69 481.094,87
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 22.800,00 23.712,00 24.660,48 25.646,90 26.672,78
(-) Despesas Administrativas 73.710,00 92.664,00 101.930,40 112.123,44 123.335,78
(-) Despesas Financeiras 3.600,00 3.672,00 3.745,44 3.820,35 3.896,76
(-) Despesas Comerciais 110.565,00 138.996,00 152.895,60 168.185,16 185.003,68
(-) Material de Expediente e Limpeza 6.630,96 6.763,58 6.898,85 7.036,83 7.177,56
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas em Marketing 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(-) Depreciações 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94
(=) Lucro operacional 185.173,90 182.432,62 208.639,86 237.747,59 270.061,34
(-) IR 2.222,09 2.189,19 2.503,68 2.852,97 3.240,74
Lucro liquido do exercício 182.951,81 180.243,43 206.136,18 234.894,62 266.820,60
% Lucro Líquido 11,3% 10,1% 10,5% 10,9% 11,2%
Ponto de Equilíbrio (PE) 1.345.886,20 1.567.738,78 1.691.821,60 1.827.164,31 1.974.829,34
Fonte: Autor
Tabela 39: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiro anos – cenário otimista
Demonstrativo do Resultado do Exercício dos Cinco Primeiros Anos -Cenário Otimista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
(+) Receita bruta 2.737.800,00 3.011.580,00 3.312.738,00 3.644.011,80 4.008.412,98
(-) Impostos sobre vendas (22,93%) 627.777,54 690.555,29 759.610,82 835.571,91 919.129,10
(-) Matéria prima com frete 1.443.057,72 1.587.363,49 1.746.099,84 1.920.709,83 2.112.780,81
(=) Lucro Bruto 666.964,74 733.661,21 807.027,34 887.730,07 976.503,08
(-) Despesas Operacionais 393.067,69 461.664,43 499.189,63 540.165,50 584.920,84
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 29.640,00 30.825,60 32.058,62 33.340,97 34.674,61
(-) Despesas Administrativas 95.823,00 120.463,20 132.509,52 145.760,47 160.336,52
(-) Despesas Financeiras 4.680,00 4.773,60 4.869,07 4.966,45 5.065,78
(-) Despesas Comerciais 143.734,50 180.694,80 198.764,28 218.640,71 240.504,78
(-) Material de Expediente e Limpeza 8.620,25 8.792,65 8.968,51 9.147,88 9.330,83
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas em Marketing 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(-) Depreciações 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94
(=) Lucro operacional 273.897,05 271.996,78 307.837,71 347.564,57 391.582,24
(-) IR 3.286,76 3.263,96 3.694,05 4.170,77 4.698,99
Lucro liquido do exercício 270.610,29 268.732,82 304.143,66 343.393,80 386.883,25
% Lucro Líquido 12,8% 11,6% 11,9% 12,2% 12,5%
Ponto de Equilíbrio (PE) 1.613.489,67 1.895.070,02 2.049.105,86 2.217.306,26 2.401.020,89
Fonte: Autor
99
Tabela 40: Demonstrativo de resultados do exercício dos cinco primeiro anos – cenário pessimista
Demonstrativo do Resultado do Exercício dos Cinco Primeiros Anos -Cenário Pessimista
Contas 2008 2009 2010 2011 2012
(+) Receita bruta 1.474.200,00 1.621.620,00 1.783.782,00 1.962.160,20 2.158.376,22
(-) Impostos sobre vendas (22,93%) 338.034,06 371.837,47 409.021,21 449.923,33 494.915,67
(-) Matéria prima com frete 777.031,08 854.734,19 940.207,61 1.034.228,37 1.137.651,20
(=) Lucro Bruto 359.134,86 395.048,35 434.553,18 478.008,50 525.809,35
(-) Despesas Operacionais 262.684,11 302.179,89 325.111,16 350.077,89 377.268,90
(-) Salários 39.600,00 42.372,00 45.338,04 48.511,70 51.907,52
(-) Encargos (35,8%) 15.752,00 16.854,64 18.034,46 19.296,88 20.647,66
(-) Provisão Férias / 13° 4.400,00 4.708,00 5.037,56 5.390,19 5.767,50
(-) Aluguel 12.000,00 12.480,00 12.979,20 13.498,37 14.038,30
(-) Água / Luz / Telefone / Internet 15.960,00 16.598,40 17.262,34 17.952,83 18.670,94
(-) Despesas Administrativas 51.597,00 64.864,80 71.351,28 78.486,41 86.335,05
(-) Despesas Financeiras 2.520,00 2.570,40 2.621,81 2.674,24 2.727,73
(-) Despesas Comerciais 77.395,50 97.297,20 107.026,92 117.729,61 129.502,57
(-) Material de Expediente e Limpeza 4.641,67 4.734,51 4.829,20 4.925,78 5.024,30
(-) Honorários Contador 7.200,00 7.632,00 8.089,92 8.575,32 9.089,83
(-) Despesas em Marketing 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
(-) Depreciações 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94 22.617,94
(=) Lucro operacional 96.450,75 92.868,46 109.442,02 127.930,61 148.540,44
(-) IR 1.157,41 1.114,42 1.313,30 1.535,17 1.782,49
Lucro liquido do exercício 95.293,34 91.754,04 108.128,71 126.395,44 146.757,96
% Lucro Líquido 8,4% 7,3% 7,9% 8,4% 8,8%
Ponto de Equilíbrio (PE) 1.078.282,73 1.240.407,54 1.334.537,33 1.437.022,37 1.548.637,80
Fonte: Autor
Notas explicativas:
- Nos cenários realista e otimista este objetivo é alcançado desde o primeiro ano.
11.4 ÍNDICES
Para Gitman (1997) a análise por meio de índices envolve os métodos de cálculo e a
interpretação dos índices financeiros, para avaliar o desempenho e a situação da empresa.
Interpretando estes índices, o administrador pode ter uma clara noção de qual a sua
rentabilidade, retorno sobre vendas, tempo de restituição do patrimônio investido entre outros.
O ROI está intimamente ligado ao Payback, que veremos mais adiante, pois o ROI
mostra qual o percentual de retorno de cada ano e o payback calcula o tempo necessário para
o retorno.
Groppelli e Nikbakht (2002) afirmam que é importante para uma empresa manter as
margens de lucro com uma tendência de melhora. Sob esta perspectiva, nota-se que nos três
cenários a ROS aumenta de um ano para outro, o que significa que a lucratividade tem
aumentado ano a ano.
11.4.3 Payback
Payback
4
3,5
3
2,5
Anos
Realista
2
Otimista
1,5 Pessimista
1
0,5
0
Cenários
Fonte: Autor
Segundo Silva (2001), o ponto de equilíbrio de uma empresa é aquele em que o lucro é
zero, ou seja, onde a receita total é igual à soma dos custos fixos e variáveis.
Ponto de Equilíbrio
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
Realista
R$
1.500.000,00 Otimista
Pessimista
1.000.000,00
500.000,00
0,00
2008 2009 2010 2011 2012
Anos
Isto significa que a empresa terá que faturar aproximadamente R$ 1,6 milhões ao ano
no cenário realista para se manter com lucro zero, o que significa, se considerarmos um preço
médio dos produtos, uma venda de aproximadamente 28,7 mil peças por ano.
105
Em função disto, o autor definirá aqui um plano de contingências e uma análise dos
principais riscos que o administrador corre ao montar este projeto.
Caso isto ocorra, a saída será incluir um outro produto na linha de produção. Bem
como os dois produtos atuais este novo produto deverá ser uma peça que não represente risco
de vida se colocada no carro, deixando para mais tarde este tipo de peça.
Como o investimento inicial já terá sido feito, acredita-se que incluindo este novo
produto, e dividindo os custos fixos na hora do rateio do cálculo do custo do produto, poderá a
empresa neste procedimento uma saída para fugir do prejuízo.
atraso eventual, a solução seria entrar em contato com os clientes e explicar o ocorrido, e
paralelamente enviar uma carta de desculpas com um novo prazo definido.
Uma outra preocupação de todas as empresas que trabalham com peças fundidas é a
questão do fornecimento de peças por parte da fundição. Atualmente as fundições estão
sempre lotadas de serviço e ocorrem eventuais atrasos. Com o intuito de evitar transtornos
será feita uma programação de entrega de peças e será pedido que a fundição avise caso não
consiga cumprir o prazo.
Se isto ocorrer, poderá ser feito o que as fundições chamam de pulmão, ou seja, um
estoque de peças para eventuais paradas de fornecimento. Este pulmão pode ser negociado
com a fundição de ser pago apenas na utilização do mesmo, o que não seria um acordo de
difícil aceitação por parte da fundição. Se isto ainda não resolver o problema a solução
definitiva seria apelar para um contrato, onde existirá uma multa por não fornecimento.
Para problemas menores como os que ocorrem diariamente em uma empresa, fica
difícil a mensuração de uma solução. Contudo, a experiência diária somada ao conhecimento
prévio dos sócios e funcionários fará com que estes problemas sejam resolvidos de forma
inteligente e no prazo certo, pois se acredita que quem tem persistência e vontade de vencer
passa por qualquer desafio.
107
5 CONCLUSÃO
Uma das mais importantes conclusões obtidas é que este novo negócio terá que ter
uma grande e precisa qualidade nas peças a serem produzidas, passando desde o controle
interno bem como à homologações por normas ISO.
Com este projeto concluído, fica cada vez mais claro que o ramo de autopeças é um
ramo muito atrativo, e com grandes prospecções de crescimento. Seguindo esta linha de
pensamento, a tendência é que a nova empresa seja realmente colocada em prática, e se tudo
der certo, assim que existir uma folga de caixa incluir novos produtos na linha.
O projeto desenvolvido foi de extrema importância para a vida pessoal do autor, que
tem reais pretensões de transformar o projeto em realidade. Fazendo este trabalho de
planejamento, pode-se realmente perceber a importância de ter uma idéia bem planejada e
projetada, inclusive com valores e dados reais de mercado.
Concluindo a viabilidade deste negócio, como dito acima, o próximo passo será reunir
forças para pô-lo em prática, fazendo com que este ensaio saia do papel e possa fazer parte da
vida do autor e de muitos outros, tantos quantos fizerem parte do projeto.
E conclui-se este trabalho com uma famosa frase do colunista americano Bill
Vaughan, sob o codinome de Burton Hillis:
"Experiência é algo que sempre penso que tenho, até obter mais dela."
108
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Vamos abrir um novo negócio? 1 ed. São Paulo: Makron Books,
1995.
AAKER, David A.; KUMAR, V.; DAY, George S. Pesquisa de Marketing. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. São
Paulo: Atlas, 2004.
HELFERT, Erich A. Técnicas de análise financeira. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2003.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9 ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2003.
MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing. Volume 1 e 2. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
McDANIEL, Carl; GATES, Roger. Pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2003.
SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos de. Pesquisa de marketing: conceitos e
metodologia. 3ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
SILVA, José Pereira. Análise financeira das empresas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
ANEXOS
ANEXO I
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
( ) de 21 a 30 funcionários ( ) de 31 a 40 funcionários
( ) mais de 40 funcionários
( ) mais de R$ 700.000,00
7. Quanto às compras, que prazo médio a empresa costuma comprar? (Ou o que mais
se aproxima)
( ) 28 dias ( ) 30/45/60
( ) 30/60/90
8. Em uma compra, o que a empresa mais valoriza? (Assinale até duas opções)
( ) Sim ( ) Não
11. Seus atuais fornecedores possuem alguma das qualificações descritas abaixo?
(Poderá ser escolhida mais de uma resposta)
( ) Norma TS ( ) Norma QS
( ) televendas ( ) e mail
( ) Tanto faz
13. As peças mais vendidas são de carros dos anos: (Escolha até 2 alternativas)
14. As marcas de peças mais vendidas são: (Enumere de 1 a 6 as mais vendidas, sendo
1 a mais vendida e 6 a menos vendida)
( ) GM
( ) Ford
( ) Fiat
( ) VW
( ) Peugeot
( ) Renault
( ) Mitsubishi
( ) Kia
( ) Honda
( ) Nissan
Fornecedor Cidade
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__________________ __________________________
__________________ __________________________
( ) Sim ( ) Não
17. No que se refere à apresentação de uma nova empresa, qual a melhor forma para
sua empresa:
114
( ) Site na internet
18. Este espaço é livre para sua colaboração. Deixe sua opinião sobre esta pesquisa,
sobre o mercado de autopeças no Brasil ou sobre qualquer tema relacionado. (Esta questão é
facultativa).
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ANEXO II
Assunto Período