O Samba de Gafieira é um estilo de dança de salão, oriundo do Maxixe. A dança surgiu no Rio de Janeiro no século XX como um ritmo urbano.
O Samba de Gafieira foi propagado pelos negros que emigraram para
o Rio de Janeiro na segunda metade do século XX. Nessa época surgiu o termo “Partido Alto” que indicava de maneira informal aqueles que possuíam grande conhecimento e qualidade dos antigos formatos do samba.
De origem africana, ritmo forte, envolvente e característico, o samba
tornou-se um símbolo. O Samba de Gafieira não era bem visto pela sociedade, pois não correspondia à moral e aos bons costumes da época, talvez por ressaltar a sensualidade e o gingado da mulher, ou por ser normalmente dançado em cabarés naquele tempo.
Habitualmente esses locais que começaram a aparecer no século XIX
e início do século XX em diante eram destinados a pessoas de classe mais humildes. Os locais onde se dançava passou a chamar-se de Gafieira, mas hoje já se dança também em salões. O Samba de Gafieira, como ficou conhecido, é a maneira de se dançar a dois que diferencia do Samba no Pé. A dança sofreu várias transformações, e nos dias de hoje é considerada elegante e técnica, porém mantém-se a “malandragem”, a agilidade do bailarino e a bailarina esbanja sensualidade e quebrar dos quadris.
A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo
sincopado.
Uma das principais características a ser observadas no estilo Samba
de Gafieira é a atitude do bailarino em frente à sua dama: malandragem, proteção, exposição à elegância e ritmo. No momento da dança, o homem conduz a sua dama e nunca o contrário.
Ao dançar, o citado “malandro” protege sempre a dama, dá-lhe
espaço, exibindo-a ao salão e ao mesmo tempo impedindo que outro homem venha tirá-la para dançar.