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A extrusão é um processo de conformação plástica que consiste em fazer passar um tarugo ou lingote (de secção circular), colocado dentro de um recipiente, pela abertura
existente no meio de uma ferramenta, colocada na extremidade do recipiente, por meio da ação de compressão de um pistão acionado pneumática ou hidraulicamente. Os produtos da
extrusão são perfis e tubos, e, particularmente, barras da secção circular.
A passagem do tarugo pela ferramenta, com furo de secção menor do que a do tarugo, provoca a deformação plástica, mas sem efeito de encruamento, pois comumente o
processo é conduzido a uma temperatura de trabalho acima da temperatura de recristalização do metal. Normalmente, portanto, o processo de extrusão é um processo de trabalho a quente e
visa obter perfis metálicos com propriedades mecânicas controladas e de comprimento limitado pelo volume do lingote inicial. Como a estrutura metálica do produto da extrusão se encontra
na condição recristalizada, é possível aplicar ao metal extrudado intensos trabalhos de deformação a frio adicionais como os de trefilação.
O lingote inicial é assim denominado por ser proveniente de um processo de fundição. Contudo, se a peça inicial, matéria-prima para a extrusão, for obtida do processo de
laminação de barras de grande secção, é melhor ser designada como barra inicial ou tarugo. Como já foi citado, a extrusão também produz barras de menor diâmetro para serem trabalhadas
pelo processo de trefilação. Para esse último processo, no entanto, a matéria-prima pode também ser proveniente do processo de laminação.
Para os metais não-ferrosos comuns, é usual a utilização, ao invés do processo de laminação, do processo de extrusão para a obtenção dos perfis de forma variada, apesar da
limitação do comprimento do produto obtido. A extrusão, nesse caso, permite ainda obter um produto mais homogêneo, estrutural e dimensionalmente, e menos atacado por oxidação
superficialmente. A primeira vantagem resulta da manutenção da temperatura de trabalho em níveis mais constantes e a segunda decorre do pequeno contato do tarugo, ou lingote, com o
meio ambiente durante o processamento.
A extrusão apresenta também algumas desvantagens em relação à laminação, tais como custo maior de aquisição de equipamento, limitação de comprimento do perfil, velocidade
de trabalho menor e maior desuniformidade de deformação ao final do processo.
MÁQUINA DE EXTRUSÃO
A máquina de extrusão é uma prensa hidráulica, comumente horizontal, de 1.000 a 8.000 t (10 a 80 kN), e que pode adotar o sistema de acionamento hidropneumático ou
oleodinâmico.
A prensa de extrusão é essencialmente um conjunto cilindro-pistão hidráulico, em que o cilindro necessita de constante alimentação de líquido sob pressão para fazer movimentar
o pistão. A alimentação do cilindro pode se dar com auxílio de uma bomba hidráulica, que mantém a velocidade do pistão necessária à extrusão, ou com o emprego de um acumulador de
pressão. No primeiro caso, a alimentação e o acionamento são do tipo oleodinâmico e, no segundo caso, é do tipo hidropneumático.
Além do conjunto pistão-cilindro hidráulico, e do sistema acoplado de alimentação do fluido sob pressão, deve-se considerar ainda as seguintes partes básicas da máquina de
extrusão: pistão de extrusão, recipiente e camisa, conjunto suporte da ferramenta (fieira) e estrutura.
O pistão de extrusão, solidário ao pistão do cilindro hidráulico, é o componente em que se concentra todo o esforço da máquina de extrusão, devendo, portanto ser fabricado em
aço-liga resistente ao calor. Esse pistão é trocado por outros de dimensões diferentes (mais particularmente, de diâmetros diferentes), em função das dimensões dos tarugos e peças
extrudadas.
O recipiente recebe o tarugo aquecido que deve ser extrudado sob ação do pistão de extrusão. Pode ser constituído de duas partes coaxiais, sendo que a parte interna, que entra
em contato como tarugo, denomina-se camisa interna do recipiente. A camisa sofre a ação dos esforços de compressão e de atrito em temperaturas elevadas, sendo, como decorrência,
submetida a uma ação de desgaste constante. Devem ser tomados cuidados especiais na montagem das duas partes (que é feita a quente para permitir interferência a frio) para evitar o
aparecimento de fissuras decorrentes dos níveis de tensão indevidamente elevados que podem surgir nessa montagem. Os materiais que constituem o recipiente e a camisa são aços-liga
resistentes ao calor, pois tais componentes são mantidos constantemente a urna temperatura elevada por um sistema de aquecimento elétrico, necessário para proceder a operação de
extrusão a quente do tarugo (o tarugo, que é previamente aquecido em fornos, tem a sua temperatura mantida no recipiente por esse sistema de aquecimento elétrico por resistência ou
indução).
O conjunto suporte da fieira é constituído de diversos componentes com a finalidade de aumentar a resistência mecânica, posicionar e facilitar a troca da fieira. Como esses
componentes não entram em contato direto com o metal aquecido, podem ser fabricados em aços-liga de custo menor que os aços-liga resistentes ao calor.
Um equipamento complementar é o forno de aquecimento dos tarugos ou lingotes. Esses fornos podem ser de diversos tipos, de acordo com os sistemas de aquecimento por
combustível ou elétrico. Os fornos devem ter a capacidade de aquecer uniformemente o tarugo (ou lingote), sem ou com pouca oxidação superficial. O forno que melhor atende às condições de
aquecimento uniforme é o forno elétrico à indução magnética, que apresenta ainda a possibilidade de controle e leitura precisa da temperatura. A ausência de oxidação superficial é obtida com
o uso de atmosfera controlada no forno de aquecimento.
FERRAMENTA DE EXTRUSÃO
As ferramentas para extrudar, ou fieiras, podem apresentar diversos tipos de perfis, sendo que a escolha deste depende do tipo do metal a ser trabalhado e da experiência
acumulada em cada condição de trabalho. Como as reduções de secção são comumente acentuadas, porém os ângulos de abertura das ferramentas são grandes, atingindo normalmente o
valor de 180°C. Da mesma forma que no caso da trefilação, também para a extrusão existe um ângulo ótimo de abertura da ferramenta (ou ângulo de trabalho). Esse ângulo, porém, é
determinado com maior dificuldade no processo de extrusão, devido à notável influência das condições incertas de atrito existentes e criado pela movimentação do tarugo no recipiente de
extrusão, pela elevada tensão de compressão contra o recipiente e pelas condições superficiais e de lubrificação do tarugo e do recipiente.
As seguintes condições devem ser, contudo observadas no estabelecimento dos perfis:
a) propriedades do metal a ser extrudado; b) tolerâncias de distorção no extrudado; c) níveis das tensões aplicadas; d) contração térmica no extrudado; e) escoamento uniforme e
equilibrado do metal pela matriz;
ETAPAS DE EXTRUSÃO
1) Lingote/tarugo deve ser livre de oxidação – pistão inferior ao diâmetro de tarugo para retirar a casca superficial.
2) Aquecimento em forno elétrico de indução (melhor uniformidade de aquecimento).
3) Apoio e colocação em recipiente de extrusão com um disco metálico entre o pistão e o tarugo (evita-se a soldagem pistão-tarugo por aumento de temperatura e pressão).
4) O pistão força o tarugo contra a fieira.
5) Completada a extrusão, retira-se o disco e resíduos de óxidos na camisa.
DEFEITOS TÍPICOS
a) vazios internos na parte final do extrudado, decorrentes ao problema do modo de escoamento;
b) trincas de extrusão, de direção perpendicular à direção de extrusão, decorrentes de defeitos no lingote ou no tarugo, ao ser empregada uma temperatura de trabalho muito
alta, associada ou não a uma velocidade elevada de extrusão;
c) escamas superficiais, ocasionadas pela aderência de partículas de material duro na
superfície das ferramentas, provenientes da ação de desgaste ou da quebra de camadas superficiais do recipiente de extrusão; esse defeito pode ser causado também pelo
desalinhamento do pistão ou por excessiva temperatura de trabalho;
d) riscos de extrusão, causados por irregularidades superficiais na ferramenta ou por resíduos de óxidos metálicos retidos em sua superfície;
e) inclusão de partículas de material estranho, que são arrastadas longitudinalmente, dando uma aparência de manchas provocadas por raspagens;
f) bolhas superficiais provenientes de gases retidos na fundição do lingote para extrusão ou no tratamento térmico de aquecimento para a mesma;
g) marcas transversais provocadas pela parada da prensa e retomada do movimento;
h) manchas e perda de cores, decorrentes da oxidação e contaminação superficial comsubstâncias estranhas ou provenientes do lubrificante.
TREFILAÇÂO
A trefilação é um processo de conformação plástica que se realiza pela operação de conduzir um fio (ou barra ou tubo) através de uma ferramenta (fieira), que contém um furo em
seu centro, por onde passa o fio. Esse furo tem o diâmetro decrescente, e apresenta um perfil na forma de funil curvo ou cônico.
A passagem do fio pela fieira provoca a redução de sua secção e, como a operação écomumente realizada a frio, ocorre o encruamento com alteração das propriedades mecânicas
do material do fio. Esta alteração se dá no sentido da redução da ductilidade e aumento da resistência mecânica. Portanto, o processo de trefilação comumente é um trabalho de deformação
mecânica realizado a frio, isto é, a uma temperatura de trabalho abaixo da temperatura de recristalização (o que não elimina o encruamento) e tem por objetivo obter fios (ou barras ou tubos)
de diâmetros menores e com propriedades mecânicas controladas. Entre as diversas etapas da trefilação (isto é, entre as diversas passagens por sucessivas fieiras de diâmetros finais
decrescentes), pode-se tornar conveniente a realização de um tratamento térmico de recozimento para conferir a ductilidade necessária ao prosseguimento do processo ou ao atendimento de
requisitos finais de propriedades mecânicas específicas para o uso do produto trefilado.
A matéria-prima para o processo de trefilação é um produto na forma de arame (ou barra ou tubo) obtido pelo processo de extrusão (para metais não-ferrosos) ou pelo processo
de laminação (para metais ferrosos e não-ferrosos).
ESTAMPAGEM
Os processos de conformação plástica de chapas podem ser inicialmente classificados em dois grandes grupos:
• estampagem profunda ou embutimento (ou estiramento)
• conformação em geral.
Na técnica de fabricação de peças por conformação plástica a partir de chapas, contudo, oprocesso de corte da
chapa sempre está presente. As operações de conformação plástica da peça são sempre feitas a partir de um pedaço de chapa
cortada, que se pode denominar disco ou esboço (a segunda denominação se refere a uma forma qualquer). O grupo de
estampagem profunda (Figura 5.1) é constituído pelos seguintes processos: conformação por estampagem, reestampagem e
reestampagem reversa de copos; conformação com estampagem e reestampagem de caixas; conformação rasa com
estampagem e reestampagem de painéis; conformação profunda com estampagem de painéis
FERRAMENTA DE CORTE
As ferramentas de corte por
estampagem, ou comumente denominadas
"estampas de corte", são constituídas
basicamente de uma matriz e um punção.
A máquina de conformação mais usada é uma prensa excêntrica. As formas de secções transversais do
punção e a matriz determinam a forma da peça a ser cortada. O fio de corte é constituído pelos perímetros
externos do punção e pelo perímetro interno do orifício da matriz. Para completar o estampo, existem ainda
guias para o punção e para a chapa.
FERRAMENTA DE DOBRAMENTO
O dobramento é realizado em ferramentas denominadas estampos de dobramento, que se
compõe de uma parte superior (macho) e uma inferior (fêmea). As máquinas de conformação podem, nesse caso, ser prensa excêntrica ou prensa viradeira. Ao se construir os estampos de
dobramento, deve-se fixar um ângulo de dobramento mais acentuado, de modo que, uma vez cessada a pressão de conformação, possa se obter uma peça com o ângulo desejado.
DEFEITOS DE ESTAMPAGEM
Os principais defeitos encontrados em peças embutidas originam-se basicamente de defeitos preexistentes na chapa, de defeitos no projeto e construção da ferramenta e de
defeitos na conservação das ferramentas.
Os principais defeitos em peças embutidas, as causas e as recomendações para sua prevenção são as seguintes: pregas, furos alongados, estrias, diferenças de espessuras nas
laterais da peça, e rompimento do fundo da peça.
FORJAMENTO
Forjamento é o processo de conformação por meio do qual se obtém a forma desejada da peça por martelamento ou aplicação gradativa de uma pressão. A maioria das operações
de forjamento é efetuada a quente, embora certos metais possam ser forjados a frio.
O processo de forjamento subdivide-se em duas categorias: forjamento livre, ou em matriz aberta, e forjamento em matriz fechada, conhecido apenas como forjamento em
matriz.
No processo de forjamento livre o material é deformado entre ferramentas planas ou de formato simples. O processo de deformação é efetuado por compressão direta e o
material escoa no sentido perpendicular à direção de aplicação da força (caminho de menor atrito). Esse processo é usado geralmente para grandes peças, ou quando o número a ser produzido
é pequeno não compensando a confecção de matrizes caras. Frequentemente o forjamento livre é usado para pré-conformar a peça para forjamento em matriz.
No forjamento em matriz o material é deformado entre duas metades de matrizes, que fornecem a forma desejada à peça. A deformação ocorre sob alta pressão em uma cavidade
fechada e, assim, se obtém peças forjadas com tolerâncias dimensionais mais estreitas. É necessário um grande volume de produção de peças para justificar as matrizes de elevado custo. É
importante, nesse processo, utilizar material em quantidade suficiente de modo que a cavidade da matriz seja completamente preenchida. Como é difícil determinar exatamente essa
quantidade, costuma-se trabalhar com um ligeiro excesso. Ao final do processo de forjamento, o excesso de material sai da cavidade da matriz para a chamada "bacia de rebarba", sendo que a
última operação de forjamento em matriz é a remoção dessa rebarba.
Um processo convencional de forjamento é composto por uma série de passos típicos: corte, aquecimento, forjamento livre e forjamento em matriz (em uma única etapa ou em
mais), rebarbação e tratamento térmico.
Diversos metais e ligas metálicas podem ser forjados, tais como: aços-carbono, aços-liga, aços para ferramentas, aços inoxidáveis, ligas de alumínio, ligas de cobre e ligas de titânio.
As principais formas iniciais para o forjamento são o metal fundido e o metal laminado. O metal laminado é mais indicado do que o fundido, pois possui estrutura mais homogênea.
TREFILAÇÃO
A trefilação é um processo de conformação plástica que se realiza pela operação de conduzir um fio (ou barra ou tubo) através de uma ferramenta (fieira), que contém um furo em
seu centro, por onde passa o fio. Esse furo tem o diâmetro decrescente, e apresenta um perfil na forma de funil curvo ou cônico.
A passagem do fio pela fieira provoca a redução de sua secção e, como a operação é comumente realizada a frio, ocorre o encruamento com alteração das propriedades mecânicas
do material do fio. Esta alteração se dá no sentido da redução da ductilidade e aumento da resistência mecânica. Portanto, o processo de trefilação comumente é um trabalho de deformação
mecânica realizado a frio, isto é, a uma temperatura de trabalho abaixo da temperatura de recristalização (o que não elimina o encruamento) e tem por objetivo obter fios (ou barras ou tubos)
de diâmetros menores e com propriedades mecânicas controladas. Entre as diversas etapas da trefilação (isto é, entre as diversas passagens por sucessivas fieiras de diâmetros finais
decrescentes), pode-se tornar conveniente a realização de um tratamento térmico de recozimento para conferir a ductilidade necessária ao prosseguimento do processo ou ao atendimento de
requisitos finais de propriedades mecânicas específicas para o uso do produto trefilado.
A matéria-prima para o processo de trefilação é um produto na forma de arame (ou barra outubo) obtido pelo processo de extrusão (para metais não-ferrosos) ou pelo processo
de laminação(para metais ferrosos e não-ferrosos).
FUNDIÇÃO
Dentre os processos de fabricação, a fundição se destaca por permitir a produção de peças com grande variedade de formas e tamanhos,
podendo ser em série ou em batelada.
O metal líquido é vazado num molde, cuja cavidade corresponde ao negativo da peça que se deseja obter. Para se construir um molde em
areia é necessário primeiramente se fabricar o modelo (adaptação do desenho da peça) e os machos, caso existam furos ou partes ocas. Numa primeira
abordagem podemos dizer que o modelo é fabricado em madeira e o molde e o macho em areia. Dessa forma, a partir de um modelo podemos fabricar n
moldes, cada molde dando origem a uma peça fundida. Paralelamente à fabricação do molde, o metal é convenientemente fundido. Após vazamento e
solidificação, a peça é retirada do molde, com forma próxima à final precisando apenas passar pelas etapas de acabamento: corte de canais; rebarbação;
usinagem; tratamento térmico e soldagem (opcionais); controle de qualidade final e expedição.
Normalmente a fundição se organiza em torno da moldação, pois é nesta seção que se define a quantidade de metal a fundir; machos a
produzir, etc.
SOLDAGEM
É o processo de união de materiais, similar ao processo de fundição porém, com a união da peça.
Durante a realização de uma solda, esta e as regiões adjacentes do metal base são submetidas a ciclos térmicos cujas temperaturas de pico
decrescem à medida que se afasta do eixo central da solda. Nestas condições, podem-se esperar alterações microestruturais, em relação ao material
original, ao longo de sua seção transversal. Desta forma, em uma solda por fusão, pode-se arbitrariamente considerar a existência de três regiões
básicas:
1) Zona Fundida (ZF): região onde o material foi fundido durante a soldagem e caracterizado por
temperaturas de pico superiores à sua temperatura de fusão.
2) Zona Termicamente Afetada (ZTA): região não fundida do metal base, mas cuja microestrutura e/ou
propriedades foram alteradas pelo ciclo térmico de soldagem. As temperaturas de pico são superiores a uma temperatura
crítica (Tc) característica do metal base.
3) Metal Base (MB): Regiões mais afastadas da solda que não foram alteradas pelo ciclo térmico. Suas
temperaturas de pico são inferiores a Tc.
Defeitos: trincas, fissuras, inclusões metálicas, mordiduras, falta de penetração, falta de fusão, penetração
excessiva, respingos, rechupes.
Metal de Adição – utiliza-se na falta de metal;
Brasagem – soldagem por fusão;
Poço de fusão – região em fusão (região de processamento);
Penetração – distÂncia da superfície do metal base ao ponto que termina a fusão;
Junta - região de união de peças;
Metal base - peça
METALURGIA DO PÓ
Metalurgia do pó é um processo de fabricação que produz peças tendo como matéria-prima pó metálico ou não. O processo consiste em compactar e/ou modelar a mistura e
aquecê-la (etapa chamada de sinterização), com o objetivo de melhorar a coesão da estrutura interna. A característica específica do processo é que a temperatura permanece abaixo da
temperatura de fusão do elemento constituinte principal.
A metalurgia do pó é um processo em que a economia de material é levada ao extremo, com mínimas perdas de matéria-prima (as perdas na usinagem convencional, por exemplo,
podem chegar a 50%). Certas ligas podem ser obtidas pela metalurgia do pó a custos várias vezes inferiores do que se fossem produzidas pela metalurgia convencional.
Vantagens: ETAPAS DA METALURGIA DO PÓ
Perda mínima de matéria-prima; Controle rigoroso da composição química;
Boa tolerância dimensional, dispensando operações posteriores de usinagem;
Homogeneidade estrutural e de propriedades; Bom acabamento superficial; Uso mais eficiente de energia; Processo de fácil automação.
Desvantagens:
Alto custo inicial do ferramental, sendo necessária grandes produções para compensar o investimento;
Tamanho e formato limitado das peças;
Impede processo posterior de soldagem, devido ao compromentimento das propriedades físicas e químicas devido à porosidade da peça.
SINTERIZAÇÃO
O compactado verde, dentro ou fora da matriz, é aquecido a temperaturas altas, mas que permanecem abaixo da temperatura de fusão
do metal base. Além da temperatura, são controlados a velocidade de aquecimento e resfriamento, o tempo de permanência e a atmosfera em
contato com a peça.
O tempo de aquecimento melhora o mecanismo de coesão do compactado para uma determinada temperatura. Em contrapartida,
temperaturas próximas às de fusão do metal, geram obtenção da força coesiva máxima em um curto espaço de tempo, geralmente segundos.
São quatro as funções do controle da atmosfera: previne ou minimiza reações químicas entre o compactado verde e os gases da
atmosfera; evita oxidação; remove impurezas superficiais e internas existentes; e eventualmente, fornece um ou mais elementos químicos para se
ligarem com o compactado verde.
A sinterização é feita, normalmente, em fornos contínuos, caracterizados por três zonas de operação: pré-aquecimento, manutenção da
temperatura e resfriamento.
Durante a sinterização ocorrem reações químicas e físicas entre as partículas, reduzindo e em alguns casos até eliminando a porosidade
existente no compactado verde. A contração do compactado verde, em comparação com a peça final, chega a ser de 40% do volume, sendo uma
redução linear de cerca de 16%.
Os fenômenos que ocorrem na sinterização são os seguintes: ligação inicial entre partículas; crescimento da ligação; fechamento dos canais que
interligam os poros; arredondamento dos poros; densificação ou contração dos poros; crescimento eventual dos poros.