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LEISHMANIOSE

VISCERAL
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LEISHMANIOSE VISCERAL

A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica,

caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e

baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e

outras manifestações.

Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de Leishmaniose

Visceral, ao apresentarem esses sintomas, devem procurar o

serviço de saúde mais próximo e o quanto antes, pois o diagnóstico

e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode

ser fatal se não for tratada.

Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com

acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até

90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do

inseto vetor infectado. No Brasil, a principal espécie responsável

pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. Raposas (Lycalopex

vetulus e Cerdocyon thous) e marsupiais (Didelphis albiventris)

têm sido apontados como reservatórios silvestres. No ambiente

urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor. 

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BIOLOGIA

Hospedeiros Vertebrados:  roedores, edentados (tatu, tamanduá,

preguiça), masurpiais (gambá), canídeos e primatas, incluindo  o

homem;

Hospedeiros Invertebrados:  Insetos do gênero Lutzomyia.

Espécies encontradas no Brasil: Leishmania  infantum e

Leihmania  chagasi

Novo Mundo:   Leishmaia chagasi, Leishmania  donovani e

Leishmania  infantum.

HABITAT

Hospedeiro Vertebrado: amastigotas principalmente em

macrófagos;

 Homem: órgão linfóides (medula óssea, baço,

linfonodos);  amastigotas nos rins, placas de Peyer, intestino,  

raramente sangue;

Hospedeiro Invertebrado: promastigotas e paramastigotas no

lúmen do trato digestivo.

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ASPECTO CLÍNICO

Período de Incubação

 Virulência da cepa de L. chagasi, dose de inóculo, característica

genética do hospedeiro, estado imunológico e nutricional;

Varia de 2 a 7 meses;

 Três semanas a 2 anos;

 Sintoma de visceralização: febre baixa recorrente, com 2 ou 3

picos diários.

SINTOMAS

Os sintomas da Leishmaniose Visceral são:

- Esplênicas: 
Esplenomegalia na doença estabelecida e crônica, Quanto
mais prolongada a doença maior o baço, Pode haver ruptura
do órgão.

 - Hepáticas: 
Hepatomegalia,  Infiltrado difuso de células plasmáticas e
linfócitos,  Fibrose septal e portal leve ou moderada.

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QUADRO CLÍNICO

Paciente não tratados: mortalidade chegando a 90%;

 Progressivo emagrecimento e enfraquecimento geral;

 Aumento de suscetibilidade a infecções secundárias;

 Tendência a hemorragias – leucopenia e trombocitopenia;

 Anorexia e anemia, Caquexia;

 Morte freqüentemente associada com infecções secundárias;

Forma Assintomática – sem sintomatologia, sorologia positiva e

reagente para Teste de Montenegro. Áreas endêmicas;

Forma Oligossintomática ou Subclínica – amastigotas em

macrófagos. Febre baixa recorrente, tosse seca, diarréia, sudorese,

prostração.

Forma Aguda – semelhante à septicemia. Diarréia, febre alta e

tosse, discreta hepatoesplenomegalia. Confundida com malária,

esquistossomose, toxoplasmose aguda;

Forma Sintomática, Crônica ou Calazar Clássico – evolução

prolongada, edema generalizado, emagrecimento progressivo,

caquexia, dispnéia, perturbações digestivas, evolução para o óbito.

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TRANSMISSÃO
Ocorre pela:

Picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis infectadas;

Formas promastigotas metacíclicas inoculadas durante repasto

sangüíneo;

Acidentes de Laboratório;

Transfusão Sangüínea; 

Uso de Drogas Injetáveis;

Transmissão Congênita.  
PREVENÇÃO

Vigilância epidemiológica

Tratamento de todos os casos humanos;

Eliminação dos cães infectados;

A prevenção ocorre por meio do combate ao vetor. É possível

mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que

diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser feita por

meio de: Limpeza periódica dos quintais,  destino adequado do

lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos

mosquitos, limpeza dos abrigos de animais domésticos e o uso de

inseticida.
DIAGNÓSTICO

Clínico
 Febre baixa recorrente, envolvimento linfático,
esplenomegalia, caquexia, residência em área endêmica.
Pode ser confundido com malária, brucelose, toxoplasmose,
esquistossomose.

Laboratorial
Pesquisa do parasito: punção medular, fígado e baço.
 Métodos imunológicos: IFI, ELISA (antígenos purificados).  

TRATAMENTO

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento


para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de
serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 

 Glucantime;
 Interferon Gama Recombinante – associado ao Glucantime;
 Corrigir as manifestações clínicas como anemia,
desnutrição, hemorragias;

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Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não

eliminam por completo o parasito nas pessoas e nos cães. No

entanto, no Brasil o homem não tem importância como

reservatório, ao contrário do cão - que é o principal reservatório do

parasito em área urbana. Nos cães, o tratamento pode até resultar

no desaparecimento dos sinais clínicos, porém eles contimuam

como fontes de infecção para o vetor, e, portanto um risco para

saúde da população humana e canina. Neste caso, eutanásia é

recomendada como uma das formas de controle da Leishmaniose

Visceral, mas deve ser realizada de forma integrada às demais

ações recomendadas pelo Ministério da Saúde

EPIDEMIOLOGIA

Reservatórios do Calazar – cão doméstico, raposa, gambá.

Ciclo Silvestre – Lutzomyia longipalpis e raposas.

Ciclo Doméstico ou Peridoméstico – ambiente urbano ou rural.

Lutzomyia longipalpis e cão ou homem.

Cerca de 90% dos casos de leishmaniose visceral das Américas

ocorre no Brasil.
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Região Nordeste apresenta 94% de todos os casos registrados do

Brasil, especialmente nos estados do Piauí, Maranhão, Bahia e

Ceará;

 2000 - registrados 3779 novos casos de leishmaniose viceral

humana em 18 estados do país; 

Ciclo Doméstico ou Peridoméstico – ambiente urbano ou rural.

Lutzomyia longipalpis e cão ou homem. 

Distribuição dos casos de


leishmaniose visceral
humana no Brasil
(FUNASA, 2001)

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CALAZAR CANINO

Mais importante, epidemiologicamente, que a doença humana;

Cães soropositivos: assintomáticos, oligossintomáticos e

sintomáticos

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