Professional Documents
Culture Documents
Pág. 2
Você já parou para pensar quantas vezes por ano se preocupa com a correta
utilização dos Símbolos Nacionais? Tente fazer uma pequena lista, vamos lá!
Mas, o que são Símbolos Nacionais? O que eles representam? O que significam?
Para iniciar o estudo dos Símbolos Nacionais é importante que você reflita sobre o significado deles
para cada um de nós, cidadãos brasileiros, e para o povo brasileiro enquanto Nação. LUZ (1999:9)
traduz este sentimento de uma maneira bastante clara:
Com esta visão abrangente de significação pode-se afirmar serem estes símbolos manifestações
gráficas e musicais, de importante valor histórico, criadas para transmitir o sentimento de união
nacional e mostrar a soberania do País.
Vamos fazer um teste rápido. Responda: quais são os nossos Símbolos Nacionais?
Pág. 3
Muito bem!
A Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional são o que há de mais
importante em termos de significação para o povo brasileiro. Seu emprego não poderia deixar de
estar previsto em lei, pelo fato de serem representações de nosso país.
Pág. 4
A base legal
Enquanto representações da nacionalidade, o seu uso deve ser pautado sempre pelo respeito e pelo
cumprimento das normas legais que regulam a sua utilização. Tudo que diz respeito aos nossos
Símbolos Nacionais está previsto em lei.
Os Símbolos Nacionais são regulados pela Lei n° 5.700, de 1° de setembro de 1971, que “Dispõe
sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais e dá outras providências”.
Capítulo II – Da Forma dos Símbolos Nacionais – apresenta como padrões dos Símbolos
Nacionais os modelos compostos de conformidade com as especificações e regras básicas
estabelecidas na Lei. Especifica os tipos (dimensões) da Bandeira Nacional, e como deve ser
a feitura da Bandeira Nacional, das Armas da República e do Selo Nacional bem como a
forma de condução do Hino Nacional.
Pág. 5
Alterações da Lei nº 5.700:
Ao longo dos anos a Lei nº 5.700 sofreu algumas alterações em seu texto, que você irá conhecer
agora:
No inciso IV do art.13, que dispõe os locais onde a Bandeira Nacional deve ser hasteada
diariamente, inclui os Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e no inciso III do art. 18, que trata do hasteamento da bandeira em funeral, inclui os
ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas por ocasião do seu falecimento.
Modifica a redação dos artigos 35 e 36 que trata como contravenção a violação de qualquer
disposição da lei e define as penalidades a que está sujeito o infrator bem como o rito do processo da
infração.
IV – o Selo Nacional.
Outra alteração foi a inclusão dos Corpos de Bombeiros Militares no inciso VIII do art. 26.
Pág. 7
Bandeira do Mercosul
Nesta unidade você aprendeu a entender a importância dos Símbolos Nacionais, conheceu a sua
significação bem como as leis que determinam o seu emprego.
Agora, é importante que você leia atentamente a lei nº 5.700 e suas alterações, para que possa
dar prosseguimento ao curso.
Unidade 2 - A Bandeira Nacional
Vamos iniciar pela Bandeira Nacional, que de acordo com OLENKA LUZ (2000:23) “constitui
o mais relevante símbolo de um país, devendo ser respeitada por nacionais e estrangeiros.
Pág. 2
Um pouco de história
A atual Bandeira Nacional é a segunda republicana e é o quarto pavilhão oficial do Brasil desde
sua independência. Ou seja, tivemos duas versões durante o Império e outras duas ao longo da
República.
A nossa primeira bandeira foi a Bandeira do Império do Brasil, criada a pedido de D. Pedro I por
Jean-Baptiste Debret. Nela, alguns elementos de caracterização do antigo Reino de Portugal, Brasil e
Algarves, como a esfera armilar e a Cruz da Ordem de Cristo, foram mantidos.
E, foram introduzidas: as cores verde e amarela; os ramos de café e tabaco, culturas de destaque da
nossa economia à época, que hoje são empregados como suporte do brasão nacional; a coroa
imperial e o círculo com as 19 estrelas representando as províncias.
Esta configuração sofreu apenas uma alteração, no Segundo Reinado, quando o número de estrelas
passou a ser 20, em função da perda da Província Cisplatina e da criação das Províncias do
Amazonas e do Paraná. Foi nossa segunda bandeira, que teve a coroa de D. Pedro II substituindo a
coroa de D. Pedro I.
Com a proclamação da República, Rui Barbosa, um dos líderes do movimento, cria uma bandeira
inspirada na bandeira americana, é a nossa terceira bandeira. Mas, só foi utilizada durante quatro
dias, de 15 a 19 de novembro de 1889, quando seu emprego foi vetado pelo Marechal Deodoro da
Fonseca.
O mais provável é que o campo verde representasse a Casa de Bragança, dinastia a qual D. Pedro
pertencia, e o campo amarelo seria da Casa Habsburgo, origem de D. Leopoldina. Há controvérsia
sobre a questão, visto não haver nenhum documento oficial que comprove essa versão.
Pág. 3
A Bandeira Nacional
Nossa Bandeira tem por base um retângulo verde na proporção 07:10, sobrepondo-se um
losango amarelo, tendo em seu centro a esfera celeste azul, no meio da qual está atravessada
uma faixa branca, em sentido oblíquo e descendente da direita para a esquerda, com o lema
nacional – “Ordem e Progresso” – em letras maiúsculas verdes sendo a letra E central um pouco
menor; inseridas na esfera celeste estão vinte e sete estrelas brancas, representando as unidades
da federação.
A inscrição “Ordem e Progresso” é uma abreviação do lema positivista de autoria do francês
Auguste Comte: “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”.
Além desses significados não existe nenhuma definição oficial sobre o simbolismo das cores
existentes na bandeira, mas, a tradição popular convencionou ser o verde a representação das nossas
matas, o amarelo simbolizar nossas riquezas minerais, o azul representar o nosso céu e o branco
significar a paz.
Desde a sua data de criação, em 19 de novembro de 1889, a Bandeira Nacional teve apenas a adição
de algumas estrelas, representantes dos novos Estados, e alguns ajustes nas posições das estrelas de
forma a que correspondessem às coordenadas astronômicas. Como você pode verificar na unidade 1
deste módulo.
Pág. 4
O Uso da Bandeira Nacional
É utilizada em manifestações de sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial, como nas
cerimônias realizadas no âmbito das casas legislativas, ou de caráter particular.
Mas, fique sempre atento a uma norma importantíssima: a Bandeira Nacional ocupa sempre um
lugar de honra. O que determina que ela seja posicionada, de acordo com as Normas do Cerimonial
Público, numa posição:
Central ou mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou
estandartes, em linha de mastros, escudos ou peças semelhantes:
Pág. 5
O Decreto 70.274 e a Lei 5.700
O Decreto 70.274, nosso conhecido, na parte referente à Bandeira Nacional incorporou em seu texto,
integralmente, os artigos 10° a 23 da Lei 5.700, estabelecendo a seguinte correspondência:
Pág. 6
Especificações técnicas
A feitura da Bandeira Nacional está sujeita a uma série de regras que exigem a milimétrica
obediência às proporções estabelecidas na lei, tanto no que se refere às dimensões dos seus
elementos gráficos quanto à sua posição.
Com relação às suas dimensões totais devem ser observadas as seguintes especificações:
Tipos/panos dimensões
00 0,27 x 0,40 m
0 0,35 x 0,50 m
1 0,45 x 0,65 m
1,5 0,68 x 0,98 m
2 0,90 x 1,29 m
3 1,35 x 1,93 m
4 1,80 x 2,58 m
5 2,25 x 3,21 m
6 2,70 x 3,86 m
7 3,15 x 4,50 m
8 3,60 x 5,15 m
10 4,50 x 6,43 m
Pronto, agora você já conhece um pouco da história da nossa Bandeira, o por quê de alguns
significados, as especificações técnicas que devem ser cumpridas na sua feitura e utilização, bem
como normas de utilização.
“Lidar com tais símbolos é uma das mais nobres funções do Cerimonial.
É preciso preservar-lhes a dignidade, mas promover a sua aproximação
com a sociedade em eventos e manifestações cívicas,
não temendo nunca fazê-lo de forma criativa e moderna.”
Jack Corrêa
Pág. 2
Apresentação
Na unidade anterior, você estudou sobre a Bandeira Nacional. Nesta unidade, você irá conhecer as
características dos demais Símbolos Nacionais do nosso País.
Você com certeza deve ter perdido a conta do número de vezes que se emocionou ao cantar ou
ouvir o Hino Nacional sendo executado.
Saiba que os acordes que tanto emocionam a todos nós brasileiros, foram compostos logo após a
Independência do Brasil, mas levou mais de um século para letra e música se encontrarem.
Pág. 3
A execução do Hino Nacional instrumental ou vocal deverá ser completa. O tipo de cerimônia é
que determinará qual das duas maneiras será adotada pelo cerimonial.
Nas cerimônias no Legislativo, a execução do Hino Nacional só terá início depois que o
Presidente da Casa Legislativa houver ocupado o lugar a ele reservado.
Conforme a Lei n° 5.700/71, à execução do Hino não cabe aplausos, mas esta postura tem sido
repensada devido ao caráter espontâneo da manifestação popular.
Em cerimônias e eventos ao ar livre, sugere-se que o(s) hino(s) seja(m) executado(s) por uma
banda de música, de forma condigna. Em recintos fechados, o(s) hino(s) deverão ser executados
por instrumentos que não deformem as suas características, ou será(ão) reproduzido(s)
eletronicamente. Sempre que possível, os hinos serão acompanhados por coro ou cantados pelas
pessoas presentes.
Nas cerimônias em que se tenha de executar hino nacional estrangeiro, este precederá, em
virtude do princípio de cortesia, o Hino Nacional Brasileiro. Os hinos nacionais executados no
local da cerimônia serão ouvidos ou cantados de pé, em qualquer circunstância.
Nas cerimônias e eventos em que couber a execução de outros hinos, inclusive o do município,
estes serão executados após curto intervalo depois do Hino Nacional, com o cerimonial
adequado a cada caso específico.
Será iniciado logo após a autoridade máxima ocupar o seu lugar. Os presentes ouvirão ou
cantarão o Hino de pé, em atitude profunda de respeito.
Pág. 4
Outros hinos
Você deve lembrar de outros hinos que aprendeu na escola. Eles também são símbolos
importantes para o país, por representarem momentos fundamentais da nossa história.
Armas Nacionais
De acordo com MILTON LUZ (1999:100) o nosso brasão pode ser descrito da seguinte
maneira, com base na atualização feita em 1964:
A única divergência desta descrição com a Lei nº 5.700 diz respeito a quantidade de estrelas
inscritas num círculo azul -celeste, que passaram a ser em número de vinte e duas.
O seu uso é obrigatório no Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da
República; nos Ministérios; nas Casas do Congresso Nacional; no Supremo Tribunal Federal,
nos Tribunais Superiores, e nos Tribunais Federais de Recursos; nos edifícios-sede do Poder
Executivo, Legislativo e judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal; nas Prefeituras e
Câmaras Municipais.
Também é obrigatório o seu uso na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais; nos
quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros
Militares, nos seus armamentos, bem como nas fortalezas e nos navios de guerra; na frontaria ou
no salão principal das escolas públicas; e nos papéis de expediente, nos convites e nas
publicações oficiais em esfera federal.
A data que aparece nas Armas é do dia da proclamação da República. O Hino da
Independência é o mais antigo deles e foi composto pelo próprio D. Pedro I. O Hino da
Bandeira, escrito pelo poeta Olavo Bilac, foi apresentado pela primeira vez em 1906. Há ainda
o Hino da Proclamação da República e a Canção do Expedicionário, que era o hino cantado
pelos pracinhas que lutaram na 2ª Guerra Mundial na Europa.
Pág. 5
Movimentos de revisão e mudanças
Existe hoje uma corrente de opinião que reivindica a alteração do desenho das Armas Nacionais,
visto que consideram que os ramos de café e fumo não condizem com a nossa realidade, já que
o café deixou de representar a nossa principal riqueza produtiva e de exportação e o fumo
representa hoje um vício prejudicial a saúde, além do que representavam a sociedade brasileira
preponderantemente rural, à época da criação deste símbolo.
O Selo Nacional
Pág. 6
Os militares e os Símbolos Nacionais
No âmbito militar existe legislação específica que estabelece o “Regulamento de Continências,
Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas”.
Em seu art. 3º o decreto determina que o referido regulamento observará alguns preceitos,
dentre eles o direito a continências na seguinte ordem:
Nesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o Hino Nacional, as
Armas Nacionais e o Selo Nacional. Conheceu a sua importância, o seu significado e a forma
legal de uso.
As especificações técnicas, como você deve ter percebido, são muito precisas e detalhadas, por
isso é importante estar sempre atento ao seu emprego e nunca deixar de recorrer à lei para sanar
qualquer dúvida.
A lei prevê várias formas de se apresentar a Bandeira Nacional. Você certamente já orientou, viu
ou presenciou algumas dessas maneiras. Que tal fazer um esforço de recordação? Liste as
maneiras permitidas de apresentação da Bandeira Nacional.
Pág. 3
Se você indicou três ou mais situações corretas está de parabéns. Mas, não desanime se acertou
duas ou menos, pois você está fazendo este curso para aprender, não é mesmo?
Como você já compreendeu existem normas e procedimentos de utilização da Bandeira
Nacional, dos quais destacam-se os seguintes:
Admite-se que a Bandeira Nacional seja hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite,
desde que no período noturno esteja devidamente iluminada.
No Dia da Bandeira, 19 de novembro, o hasteamento é realizado às doze horas com
solenidades especiais.
Pág. 4
Hasteamento
Você sabe como a Bandeira Nacional pode ser apresentada. Mas, existem alguns locais que a lei
estabelece onde, obrigatoriamente, ela deve ser hasteada diariamente:
V – nos edifícios-sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados, Territórios
e Distrito Federal;
Pág. 5
Numa cerimônia, caberá à autoridade máxima presente o hasteamento da Bandeira Nacional. Se
a cerimônia for do Legislativo, o ato de hastear a bandeira caberá ao Presidente da Casa
Legislativa.
Uma dica valiosa: ao hastear, arriar ou apenas expor a Bandeira Nacional, isoladamente ou em
conjunto com outras bandeiras, certifique-se de que estão limpas, em bom estado de
conservação e que são todas do mesmo tamanho.
Pág. 6
Hasteamento nos estados e municípios
Nas sedes de Governo deverão estar hasteadas a Bandeira Nacional e a Bandeira do Estado. A
Bandeira do Estado só poderá ser hasteada, içada em mastro ou conduzida em desfile quando
estiver hasteada ou conduzida a Bandeira Nacional, e ficará atrás, à esquerda ou abaixo da
Bandeira Nacional.
Nos municípios deverão estar hasteadas a Bandeira Nacional, a Bandeira do Estado e a Bandeira
do Município.
Você deve estar lembrado(a)da primazia direita estudada na lição sobre precedência. O
princípio é o mesmo. Conseidera-se direita de um dispositivo de bandeiras a posição à direita de
uma pessoa colocada junto ao mesmo e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral,
para o público que observa o dispositivo.
Neste tópico SPEERS (2004:314) faz as seguintes colocações:
Portanto, ao montar um dispositivo de bandeiras, verifique qual a precedência entre elas. No
Brasil, entre as Unidades da Federação, vale a ordem de criação dos Estados e do Distrito
Federal, como você já aprendeu. Quando a Bandeira Nacional estiver disposta ao lado de
bandeiras de outros países, entretanto, o procedimento correto é o de seguir a ordem alfabética
brasileira.
Pág. 7
A
ordem de precedência entre bandeiras é a seguinte: nacional, de outros países (por ordem de
chegada ou alfabética), dos estados (por ordem de criação), do município (se houver mais de um
município: primeiro a do município onde está ocorrendo o evento, depois dos municípios sede
de capital de estado, os demais por ordem de criação ou ordem alfabética), organismos
internacionais, órgãos públicos, confederações, federações e sindicatos, e empresas privadas.
E nunca se esqueça: se as demais bandeiras são de outras entidades, elas devem ser de tamanho
igual ou menor do que a Bandeira Nacional, nunca maior.
Sobre a colocação de bandeiras em faixas de acesso a edifícios SPEERS (2004:315) dá a
seguinte orientação:
Pág. 8
Utilização da bandeira por ocasião de luto
No caso de luto nacional todas as bandeiras devem ficar a meio-mastro enquanto durar
o luto.
Hasteia-se a Bandeira do Estado em luto quando for decretado luto estadual. E nesta
situação a bandeira dos municípios também.
Pág. 9
Conclusão
Deu para você perceber a variedade de especificações e normas de uso da Bandeira Nacional?
Por isso a importância de se tomar muito cuidado com o seu emprego, pois qualquer incorreção
é considerada contravenção e passível de pagamento de multa e processo penal.
E, nunca é demais lembrar que, como afirma CORRÊA (2000:89):
Muito bem! Você terminou o terceiro módulo do nosso curso. Agora, para completar, está
faltando apenas um módulo.
Muito bem! Você terminou o Módulo III do nosso curso. Agora, para completar, só está
faltando um módulo.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e
responda aos Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá
como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos, ainda, que a plataforma
de ensino faz a correção imediata das suas respostas!