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Davi MELO
Licence 1 – Sciences Theologique
Introduction à la philosophie
Devoir
Professeur : fr Augustin Williwoli op
Sommaire
1. Introduction
1.1. Texte base
1. 1.1.1. Préliminaires
2. 1.1.2. La connaissance naturelle de Dieu
manifeste est celle qui se prend du mouvement. Il est évident, nos sens nous l'attestent, que dans ce
monde certaines choses se meuvent. Or, tout ce qui se meut est mû par un autre. En effet, rien ne
se meut qu'autant qu'il est en puissance par rapport au terme de son mouvement, tandis qu'au
contraire, ce qui meut le fait pour autant qu'il est en acte ; car mouvoir, c'est faire passer de la
puissance à l'acte, et rien ne peut être amené à l'acte autrement que par un être en acte, comme un
corps chaud en acte, tel le feu, rend chaud en acte le bois qui était auparavant chaud en puissance,
et par là il le meut et l'altère. Or il n'est pas possible que le même être, envisagé sous le même
rapport, soit à la fois en acte et en puissance ; il ne le peut que sous des rapports divers ; par
exemple, ce qui est chaud en acte ne peut pas être en même temps chaud en puissance ; mais il est,
en même temps, froid en puissance. Il est donc impossible que sous le même rapport et de la même
manière quelque chose soit à la fois mouvant et mû, c'est-à-dire qu'il se meuve lui-même. Il faut
donc que tout ce qui se meut soit mû par un autre. Donc, si la chose qui meut est mue elle-même, il
faut qu'elle aussi soit mue par une autre, et celle-ci par une autre encore. Or, on ne peut ainsi
continuer à l'infini, car dans ce cas il n'y aurait pas de moteur premier, et il s'ensuivrait qu'il n'y
aurait pas non plus d'autres moteurs, car les moteurs seconds ne meuvent que selon qu'ils sont mus
par le moteur premier, comme le bâton ne meut que s'il est mû par la main. Donc il est nécessaire
de parvenir à un moteur premier qui ne soit lui-même mû par aucun autre, et un tel être, tout le
monde comprend que c'est Dieu. La seconde voie part de la notion de cause efficiente. Nous
constatons, à observer les choses sensibles, qu'il y a un ordre entre les causes efficientes ; mais ce
qui ne se trouve pas et qui n'est pas possible, c'est qu'une chose soit la cause efficiente d'elle-même,
ce qui la supposerait antérieure à elle-même, chose impossible. Or, il n'est pas possible non plus
qu'on remonte à l'infini dans les causes efficientes ; car, parmi toutes les causes efficientes
ordonnées entre elles, la première est cause des intermédiaires et les intermédiaires sont causes du
dernier terme, que ces intermédiaires soient nombreux ou qu'il n'y en ait qu'un seul. D'autre part,
supprimez la cause, vous supprimez aussi l'effet. Donc, s'il n'y a pas de premier, dans l'ordre des
causes efficientes, il n'y aura ni dernier ni intermédiaire. Mais si l'on devait monter à l'infini dans
la série des causes efficientes, il n'y aurait pas de cause première ; en conséquence, il n'y aurait ni
effet dernier, ni cause efficiente intermédiaire, ce qui est évidemment faux. Il faut donc
nécessairement affirmer qu'il existe une cause efficiente première, que tous appellent
O desejo de Deus está inscrito no coração do homem. São umas das primeiras palavras
que introduzem-nos no Catecismo da Igreja Católica. O homem é, portanto “capax
Dei”. Mesmo que ele não saiba, ou, por vezes, ignore, Deus é a resposta a tudo aquilo
que o homem procura. A satisfação dos seus desejos mais íntimos. Essa é a ideia
principal que levou Santo Tomás a formular a suas “provas da existência de Deus”.
O Deus dos filósofos não é o Deus vivo e pessoal testemunhado pela Revelação, mas
um fundamento do mundo, sua origem. Em suma, ao Deus dos filósofos não se pode
rezar. O que queremos dizer com isso?
O que nos interessa, aqui, todavia, é o conhecimento natural de Deus. Foi para explicitar
essa ideia que Santo Tomás formulou as 5 provas da existência. Ou seja, somente com a
luz da razão é possível reconhecer a existência de Deus, enquanto ser transcendente,
criador e sustentáculo do Universo.
O argumento antropológico sustenta que, partindo dos seres humanos, o homem pode,
racionalmente, chegar, com certeza e sem erro, ao conhecimento de Deus. Parte-se,
portanto, da ideia de que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Nas
criaturas humanas, vê-se, ainda que de maneira imperfeita, alguns atributos divinos:
bondade, beleza, verdade etc.
Entretanto, não nos interessa, por ora, o argumento antropológico. Atualmente pode-se
dizer que possui muito mais força que o argumento cosmológico, sobretudo se se pensa
que com o Renascimento e a valorização do antropocentrismo, o universe passa a ser
visto sob a perspectiva do homem. O homem vem a ser – nas palavras de Protágoras – a
medida de todas as coisas. Há aspectos positivos e negativos que poderiam ser
analisados, mas que fogem ao nosso tema.
A razão, segundo Santo Tomás, partindo das coisas criadas, pode-se perguntar sobre a
existência de Deus. Fora a mesma intuição que tivera Santo Agostinho.
Todavia, é possível deduzir que se um ente possui certa qualidade em “ato”, a possui porque
antes possuía a “potência” de adquirir essa qualidade. O aluno (sem luz), possuía a
capacidade(“potência”) para o conhecimento. Isso nos leva a dizer que houve uma mudança
de uma situação ignorância para uma situação de conhecimento. A fórmula do movimento é,
portanto, definida como a passagem de “potência” para “ato”.
A pergunta que se fazia Santo Tomás era: “essa sequência de movimentos é finita ou infinita?”
Se a sequência fosse infinita não teria havido princípio, sempre a potência precederia o ato, e
jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em
ato. Se este ser tivesse em potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que
partir de um ser que seja apenas ato.
Portanto, a sequência não pode ser infinita. Este primeiro motor não pode ser movido, porque
não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente não podia ter potência passiva
nenhuma, porque se tivesse alguma ele seria movido por um anterior.
Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições. Este ser é
Deus. Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato
puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei
bondoso", porque isto implicaria que não seria atualmente bom, que Ele teria potência de vir a
ser bondoso.
“Causa das causas não causadas, tende compaixão de mim” – Essas teriam sido as últimas
palavras de Sócrates antes de tomar cicuta. Santo Tomás, tal qual os antigos, tinha claríssima
percepção de que as coisas são causadas. Mais ainda: toda a causa possui um efeito.
A fé já lhe dava uma resposta pela Revelação. Mas o Aquinate faz questão de desenvolver as
questões formuladas pelos filósofos pré-cristãos, que chegaram muito longe.
No mundo sensível, as causas eficientes se concatenam às outras, formando uma série em que
umas se subordinam às outras: A primeira, causa as intermediárias e estas causam a última.
Desse modo, se for supressa uma causa, fica supresso o seu efeito. Supressa a primeira, não
haverá as intermediárias e tampouco haverá então a última.
Se a série de causas concatenadas fosse indefinida, não existiria causa eficiente primeira, nem
causas intermediárias, efeitos dela, e nada existiria. ora, isto é evidentemente falso, pois as
coisas existem. Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então
uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada.