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1 ÉTICA
Um dos grandes desafios da sociedade contemporânea é saber lidar com o entendimento do que é
a ética. A palavra ética tem origem grega e deriva de éthos, que diz respeito aos costumes e aos hábitos
dos homens que vivem em sociedade. No entanto, é difícil saber como avaliar o comportamento do ser
humano inserido nessa “sociedade”.
Sabemos que no mundo inteiro existem várias sociedades agindo e convivendo de forma diferente,
com seus próprios costumes, religiões, regras de sobrevivência e outros aspectos diversos. Avaliar o que
é correto vai além da forma pela qual fomos educados, é necessário saber considerar que cada sociedade
está ligada às suas origens e à sua história.
Se analisarmos a forma como a mulher é tratada em algumas comunidades islâmicas sob o olhar
da nossa sociedade ocidental, certamente não poderemos compreender tais regras. Contudo, quando as
observamos sob o ponto de vista deles, dentro de seus preceitos religiosos, legais e comportamentais,
será possível ter essa compreensão.
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas (sujeito ético) e os
comportamentos (conduta ética) dentro de uma sociedade. Assim, podemos considerar que a ética
de um indivíduo, grupo, organização ou comunidade é a manifestação visível dos comportamentos,
hábitos, práticas e costumes que regem a relação com o mundo, sendo um conjunto de princípios,
normas, pressupostos e valores.
Uma condição fundamental para que o homem atinja seus objetivos é, sem dúvida nenhuma, que ele
se associe. Sozinho o ser humano é incapaz de atingir grande parte de seus bens, objetivos, finalidades
e interesses. Portanto, a sociedade é uma comunidade, uma comunhão, uma organização em que uns
suprem o que falta aos outros, e todos, em conjunto, realizam o que nenhum isoladamente seria capaz
de conseguir.
Se a ética pode ser entendida como a forma pela qual o indivíduo se comporta em sociedade, a moral
pode ser definida como a maneira pela qual a sociedade enxerga este “ser” e seus atos perante ela.
O conceito de justiça, ou seja, o conceito do indivíduo sobre o que ele considera justo ou injusto,
está diretamente ligado às suas convicções pessoais, íntimas, sobre o que ele entende por certo ou
errado dentro daquilo que mais lhe convém.
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Um exemplo clássico que mistura o entendimento e a praticidade dos dois conceitos é dado na
seguinte situação: um pai entende como justo matar o homem que assassinou o seu filho. Essa condição
é proibida (ilegal) e imoral dentro da sociedade brasileira, que não permite “fazer justiça com as próprias
mãos”, mas esse tipo de atitude, dentro do espaço íntimo de um pai que se encontra nesse cenário, pode
ser por ele considerada “justa”. A própria expressão “fazer justiça com as próprias mãos” já traz em seu
contexto o conceito de justiça aqui descrito.
Há algumas décadas na sociedade brasileira, como em outras culturas, era totalmente imoral uma
mulher ser mãe ou engravidar sem ter, anteriormente, feito os votos do matrimônio, bem como era
imoral se casar sem ser virgem; inclusive, em determinada época, era quase obrigatório estender o
lençol sujo de sangue na varanda das casas para provar o defloramento da esposa. Atualmente, em geral
entende‑se como normal uma mulher engravidar sem ter casado, sendo esse tipo de acontecimento um
assunto apenas discutido no seio de cada família.
O comportamento moral não se baseia em uma reflexão, mas nos costumes de determinada sociedade,
em certo lugar e em um tempo histórico preciso. A moral é habitualmente um meio mais poderoso do que a
lei para reger o comportamento humano. Muitas vezes, é mais fácil infringir a lei para agir de acordo com a
moral do que infringir a moral para agir de acordo com a lei. Embasando qualquer decisão que tomamos na
vida profissional ou na vida privada, estarão sempre os nossos valores morais como orientação.
Diante do conceito de ética e do conceito de moral dispostos, podemos concluir que a moral baseia‑se
no comportamento da sociedade, e que a ética, a partir da reflexão sobre esse comportamento, criará
normas universais com a finalidade de estabelecer as melhores ações.
A ética empresarial pode ser definida como o comportamento da pessoa jurídica de Direito Público
(empresas públicas) ou de Direito Privado quando elas agem em conformidade com os princípios morais
e éticos aceitos pela sociedade, ou seja, quando agem de acordo com as regras éticas provindas do senso
comum de uma comunidade.
Esse comportamento ético e moral é o que espera a sociedade na qual a pessoa jurídica está inserida,
devendo a empresa agir com ética em todos os seus relacionamentos, especialmente com clientes,
fornecedores, empregados, concorrentes e governo. É importante ressaltar que toda empresa tem o
dever ético de cumprir a lei e os costumes.
Segundo Moreira (apud COTRIM, 2008), são razões para a empresa ser ética:
• Custos menores, pois não faz pagamentos irregulares ou imorais, como o suborno.
• Geração de lucro livre de contingências, por exemplo, condenações por procedimentos indevidos.
Essas manifestações, além de basear‑se em regras de ordem moral, estão disciplinadas em códigos e
instrumentos pátrios, como as leis de proteção ao consumidor, a crianças e adolescentes, às mulheres e
aos idosos; no âmbito internacional, temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração
Universal dos Direitos da Criança, as Convenções sobre as Condições de Trabalho, entre outros.
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é a forma de gestão empresarial que se define pela relação
ética, moral e transparente da empresa com todos os seus públicos (clientes, fornecedores, empregados
etc.) e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações presentes e futuras, respeitando
a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
• Exigir dos prestadores de serviços que seus trabalhadores desfrutem de condições de trabalho
semelhantes às dos próprios funcionários da empresa contratante.
• Constituir parcerias entre clientes e fornecedores para gerar produtos e serviços de qualidade,
garantir preços competitivos, estabelecer um fluxo de informações precisas e tempestivas, e para
assegurar relações confiáveis e duradouras.
• Incluir investimentos em pesquisa tecnológica para inovar processos e produtos, além de melhor
satisfazer os clientes ou usuários.
• Exigir a conservação e a restauração do meio ambiente por meio de intervenções não predatórias
(consciência da vulnerabilidade do planeta) e de medidas que evitem externalidades negativas.
No ano de 1998, o Conselho Empresarial Mundial, em convenção na Holanda, instituiu as bases para
o conceito de Responsabilidade Social Corporativa (Empresarial), estabelecendo o comprometimento
permanente dos empresários com comportamentos eticamente orientados e com o desenvolvimento
econômico no intuito de melhorar a qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, bem como da
comunidade local e da sociedade de modo geral.
As consequências trazidas para as empresas que adotam entre as suas estratégias a Responsabilidade
Social podem ser resumidas da seguinte forma:
• Contribuição decisiva para a perenidade das empresas, uma vez que diminui sua vulnerabilidade ao
reduzir desvios de conduta, processos judiciais e possíveis retaliações por parte dos stakeholders.
• Promoção da reputação das empresas, sobretudo junto aos clientes e às comunidades locais em
que suas sedes estão implantadas.
• Agregação dos projetos sociais como valor aos produtos ou serviços prestados.
Nesse sentido, as empresas têm a missão de competir não somente pela conquista do mercado para
auferir lucros, mas também para conquistar um capital de reputação, de prestígio; elas querem dispor
de uma reserva de credibilidade que lhes confira “licença para operar” e, por conseguinte, o benefício
da dúvida em situação de crise. Procuram obter, sobretudo, um crédito de confiança que lhes outorgue
uma vantagem competitiva para incrementar sua rentabilidade (SROUR, 2000).
O Código de Ética é um instrumento que busca a realização e a satisfação dos princípios, da visão e da
missão da empresa. Serve para orientar e disciplinar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura
social da sociedade em face dos diferentes públicos com os quais interage, como clientes, fornecedores e
público em geral. É importante que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e
encontre respaldo tanto na alta administração da corporação quanto no último empregado contratado,
pois todos têm a responsabilidade de vivenciá‑lo e praticá‑lo.
Sabemos que as pessoas que integram uma organização possuem formações culturais, intelectuais
e científicas diferentes, experiências sociais diversas e opiniões distintas sobre os fatos da vida.
Contudo, o Código de Ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento da companhia
empresarial, incluindo seus colaboradores em seus diversos relacionamentos e operações. A existência
deste documento evita que os julgamentos subjetivos deturpem, impeçam ou restrinjam a aplicação
plena dos princípios.
Podem‑se traçar algumas formas para que a organização cumpra, ou melhor, obedeça ao Código de
Ética estabelecido. São elas:
A consciência ética das empresas, manifestada através de seus gestores, cresce a cada dia, como
podemos perceber pelo grande número de causas submetidas à Justiça. Elas revelam que, em todos os
relacionamentos da empresa, a sociedade deseja obediência à Legislação e à ética.
O profissional da atualidade, no Brasil, está vivendo uma experiência ímpar ao integrar o mundo
dos negócios nessa Era Ética. O Código de Ética, como ressaltado, irá formalizar, em uma espécie de
documento da empresa, seus padrões éticos e morais, criando assim regras de conduta.
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Srour (2008) apresenta uma lista de alguns temas recorrentes nos Códigos de Ética no Brasil:
• Segurança e confidencialidade das informações não públicas, em especial dos dados privilegiados.
• Teor dos balanços, das demonstrações financeiras e dos relatórios da diretoria endereçados aos
acionistas e seu nível de transparência.
• Relação com o meio ambiente, como uso de energia, água e papel, consumo de recursos naturais,
poluição do ar e disposição final de resíduos.
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• Discriminação das pessoas em razão de gênero, etnia, raça, religião, classe social, idade, orientação
sexual, incapacidade física ou qualquer outro atributo e regulação de sua seleção e promoção
(questão da diversidade social).
• Segurança no trabalho, com adequação dos locais e dos equipamentos para prevenir acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais.
• Porte de armas.
• Existência de interesses financeiros ou vínculos de qualquer espécie com empresa com a qual se
mantenha negócios, para não ensejar suspeita de favorecimento.
• Uso dos bens e recursos da empresa para que não ocorram danos, manejos inadequados,
desperdícios, perdas, furtos ou retiradas sem prévia autorização.
• Utilização dos equipamentos e das instalações da empresa para assuntos pessoais dos colaboradores
ou para assuntos políticos, sindicais ou religiosos.
• Proteção da confidencialidade dos registros pessoais que ficam restritos a quem tem necessidade
funcional de conhecê‑los, salvo exceções legais.
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Assim, pode‑se dizer que administrar a ética dentro de uma empresa é gerir o alinhamento do
comportamento dos seus colaboradores com um conjunto de normas que consideramos indispensáveis
e que formam a base da cultura desejada para a corporação.
O que se procura com essa Era Ética, assim denominada por vários doutrinadores, é estabelecer
para sempre o orgulho de ser honesto, que será ostentado por empresários, acionistas, administradores,
empregados, parceiros e agentes das organizações empresariais.
O respeito aos Códigos de Ética depende da determinação de cada um dos envolvidos na organização empresarial
em conhecer, seguir e disseminar os princípios éticos, assim como em exigir a sua observância por todos.
A propriedade industrial está amparada no Direito Industrial, também conhecido no Brasil como marcas
e patentes. Direito Industrial é a divisão do Direito Comercial, que protege os interesses dos inventores,
designers e empresários em relação a invenções, Modelo de Utilidade, desenho industrial e marcas.
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que é uma autarquia federal, é o órgão
encarregado de emitir a concessão da patente ou do registro competente.
A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorre de
maneira evidente ou óbvia do estado da técnica. É algo novo, decorrente do intelecto humano, passível
de aplicação industrial, no entanto, sem definição na lei.
Dos bens considerados industriais, a invenção é a única ainda não definida pela lei. Essa ausência de
definição é proposital, não só no âmbito nacional, mas também e, principalmente, no internacional, e é
justificável pela extrema dificuldade de conceituar a invenção.
Saber o que é uma invenção é fácil, difícil é estabelecer os seus exatos contornos conceituais. Assim,
podemos delimitar a invenção por critérios de exclusão, apresentando uma lista de manifestações do intelecto
humano que não se consideram abrangidas na lei, em especial, no art. 10 da Lei da Propriedade Industrial.
Sempre que for inventado um aperfeiçoamento de algo já existente (pequena invenção), este será
denominado Modelo de Utilidade.
A lei define Modelo de Utilidade como objeto de uso prático ou parte deste, suscetível de aplicação
industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhora
funcional no seu uso ou em sua fabricação – LPI, art. 9º (BRASIL, 1996).
Os recursos agregados às invenções para, de modo não evidente a um técnico no assunto, ampliar
as possibilidades de sua utilização, são Modelos de Utilidade. As manifestações intelectuais excluídas
do conceito de invenção também não se compreendem no de Modelo de Utilidade (art. 10, LPI)
(BRASIL, 1996).
Para ser caracterizado como Modelo de Utilidade, o aperfeiçoamento deve revelar a atividade do
seu criador. Deve representar um avanço tecnológico que técnicos da área reputem engenhoso. Se
o aperfeiçoamento for destituído dessa característica, sua natureza jurídica será a mera adição de
invenção (art. 76, LPI) (BRASIL, 1996).
O desenho industrial − design − “é a alteração da forma dos objetos” (BRASIL, 1996). Está definido
na lei como:
Temos como exemplos de coisas que se podem projetar: utensílios domésticos, vestimentas, máquinas,
ambientes, serviços, marcas e também imagens, como peças gráficas, famílias de letras (tipografia),
livros e interfaces digitais de softwares ou de páginas da internet, entre outros.
A marca é definida como o sinal distintivo, suscetível de percepção visual, que identifica, direta ou
indiretamente, produtos ou serviços.
• Mistas: seriam palavras escritas com letras revestidas de uma particular forma ou inseridas em
logotipos. Exemplo: Coca‑Cola, NET etc.
• O que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde pública.
• O todo ou parte dos seres vivos, exceto os microrganismos transgênicos que atendam aos três
requisitos de patenteabilidade − novidade, atividade inventiva e aplicação industrial – previstos
no art. 8º da LPI e que não sejam mera descoberta, como expresso a seguir:
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Apesar da frágil legislação e proteção sobre o tema, o segredo de empresa não está totalmente
desamparado no direito brasileiro. Pelo contrário, a lei define como crime de concorrência desleal a
exploração, sem autorização, de “conhecimentos”, informações ou dados confidenciais utilizáveis na
indústria, no comércio ou na prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público
ou que sejam evidentes para um técnico no assunto, se o acesso ao segredo tiver sido fraudulento ou
derivado de relação contratual ou empregatícia (art. 195, XII e XI, LPI) (BRASIL, 1996).
Assim, a usurpação de segredo de empresa gera responsabilidade tanto na área penal quanto na civil.
É certo que apenas não haverá lesão a direito de um empresário se o outro que explora economicamente
o mesmo conhecimento secreto também o tiver obtido graças às próprias pesquisas.
Nesse exemplo, se nenhum dos dois registrar a patente, não haverá concorrência desleal; no entanto,
quando dois ou mais empresários exploram o mesmo conhecimento secreto, o primeiro deles que
depositar o pedido de patente poderá impedir que os demais continuem explorando esse conhecimento.
No Brasil, até o momento, não existe nenhum registro do segredo de empresa. Trata‑se de um fato
cuja prova deve fazer‑se em juízo, pelos meios periciais, documentais ou testemunhais.
A distinção entre pessoa jurídica e natural foi criada para proteger bens pessoais de empresários
e sócios em caso da falência da empresa. Isso proporcionou mais segurança em investimentos de
grande monta e é essencial para a atividade econômica. Contudo, em muitos eventos, os empresários
abusam dessa proteção para lesar seus credores. A resposta da Justiça a esse fato é a desconsideração da
personalidade jurídica, que permite não mais separar os bens da empresa e dos seus sócios para efeito
de determinar obrigações e responsabilidades de quem age de má‑fé.
A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ, 2011), conta que a técnica jurídica
surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil no final dos anos 1960, especialmente com os trabalhos do
jurista e professor Rubens Requião: “Hoje ela é incorporada ao nosso ordenamento jurídico, inicialmente
pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no novo Código Civil (CC), e também nas Leis de Infrações
à Ordem Econômica (nº 8.884/94) e do Meio Ambiente (nº 9.605/98)”, informou. A ministra adicionou
que o STJ é pioneiro na consolidação da jurisprudência sobre o tema.
Temos como exemplo o Recurso Especial (REsp) nº 693.235, relatado pelo ministro Luis Felipe Salomão (STJ,
2011), no qual a desconsideração foi negada. No processo, foi pedida a arrecadação dos bens da massa falida
de uma empresa e também dos bens dos sócios da empresa controladora. Entretanto, o ministro Salomão
considerou que não houve indícios de fraude, abuso de direito ou confusão patrimonial, requisitos essenciais
para superar a personalidade jurídica, segundo o art. 50 do CC, que segue a chamada Teoria Maior.
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É fato que pessoas naturais também tentam usar pessoas jurídicas para escapar de suas obrigações
e responsabilidades. Temos exemplo em um julgado (REsp nº 948.117) em que um devedor se valeu
de empresa de sua propriedade para evitar execução (STJ, 2011). Para a relatora, ministra Nancy
Andrighi, seria evidente a confusão patrimonial e aplicável a desconsideração inversa. A ministra
ressalvou que esse tipo de medida é excepcional, exigindo que se atendam os requisitos do art. 50 do
CC, exposto a seguir:
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REFERÊNCIAS
Textuais
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >.
Acesso em: 31 jul. 2018.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.279, de maio de 1996. Regula direitos e obrigações
relativos à propriedade industrial. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/L9279.htm>. Acesso em: 31 jul. 2018.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 31 jul. 2018.
COTRIM, G. Direito fundamental: instituições de direito público e privado. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
___. Ética empresarial: o ciclo virtuoso dos negócios. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2008.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000