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No geral, quando queremos comunicar algum pensamento ou ideia com alguém, nós

falamos. Caso não seja possível falar, procuramos nos expressar através da escrita, de gestos
ou imagens. Há um consenso geral de que é impossível não nos comunicar. Até mesmo quando
estamos em silêncio, queremos dizer alguma coisa e é a nossa expressão corporal que
comunicará isso. E não é algo da sociedade contemporânea essa necessidade que o ser humano
tem de se expressar, pois, desde os primórdios da humanidade, o ser humano utilizava da
linguagem (pinturas nas paredes de caverna) para mostrar a sua visão de mundo.

Assim, a linguagem pode ser entendida como uma capacidade de expressar uma opinião,
um pensamento ou um sentimento. Ou seja, a linguagem é a mediação das representações
sociais de um indivíduo. Como o ser humano ser uma manifestação de uma totalidade histórica-
social, o seu comportamento verbal também deve ser assim considerado. Todos os significados
que conhecemos, assim como os nossos pensamento e representações que construímos e
comunicamos são reproduções de uma visão de mundo, desenvolvida através das relações com
o grupo social que estamos inseridos.

A linguagem é um principal instrumento que o psicólogo tem. Por ser considerada uma
mediação das representações, o psicólogo tem que estar atento sobre como os seus pacientes
falam, se comportam, se gesticulam para entender o que se passa no pensamento deles. Além
disso, através da linguagem, o psicólogo também compreende não só o indivíduo, mas o meio
social e as relações estabelecidas por este.

Mas, afinal, o que seria linguagem?

A linguagem pode ser definida como a capacidade de expressar uma opinião, um


pensamento ou um sentimento e que foi construída através de normas e regras que o homem
adquire no seu grupo e que passa de geração em geração, tornando-a um processo histórico-
social. Há duas classificações de linguagem: Linguagem Verbal, aquela que faz uso de palavras
para comunicar algo, e a Linguagem não-verbal, aquela que utiliza imagens ou gestos para
comunicar algo.

Parte-se do pressuposto que a linguagem se originou da necessidade do homem de


transformar a natureza onde através da cooperação com seus semelhantes realizariam atividades
produtivas que garantissem a sobrevivência do grupo. Através do trabalho cooperativo, homens
e mulheres ganharam a capacidade exclusiva de evocar voluntariamente imagens, objetos e
relações ausentes do seu campo perceptivo. Logo, foi pela complexificação das suas
necessidades e da divisão do trabalho que a linguagem surgiu para estreitar a comunicação dos
indivíduos e dá-lhes uma capacidade de planejar, regular e refletir sobre a própria atividade.

Por ser um produto coletivo, a linguagem reproduz uma visão de mundo e o que pode
ser “verdade” para um grupo X, para o grupo Y pode ser uma “inverdade”.

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