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MBA em Auditoria, Controladoria e

Finanças
Disciplina: Governança Corporativa e
Sustentabilidade
Prof. MSc Gerisval Alves Pessoa
Mini currículo:
Mestre em Gestão Empresarial (EBAPE/FGV). Especialista em Engenharia da Qualidade (UEMA). Químico Industrial
(UFMA). Aperfeiçoamento em Total Quality Control - TQC (JUSE/Tóquio - Japão). Programa de Desenvolvimento de
Empreendedorismo (MIT Sloan School of Management Cambridge-MA-EUA). Curso de curta duração em Project101x:
Introduction to Project Management. (University of Adelaide, Adelaide, Austrália). Instrutor Internacional de TPM (Total
Productivity Maintenance) pela JIPM (Japão). Instrutor Pensamento Enxuto, Pensamento enxuto office, Auto concordância
e Solução de problemas (A3). Auditor Líder Sistema Integrado de Gestão (Qualidade, Meio Ambiente e SSO). Especialista
Green Belt e Orientador de projetos Seis Sigma – Black Belt, Green Belt e Yellow Belt. Professor do curso de Administração
(UEMA: 1998 – 2002 e FAMA: 2003 – 2014). Professor dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e CST em logística
(Faculdade Pitágoras Maranhão: 2004 - 2018). Professor dos cursos de Administração e Engenharia de Produção (ISL
Wyden). Professor Especialização em Engenharia Ferroviária (IFMA e UNDB). Professor Especialização em Engenharia
Portuária (UFRJ, UFMA e ISUTC: Maputo - Moçambique). Professor Especializações (UFMA): Engenharia de Campo –
Qualidade; Gestão Portuária e Logística Portuária. Professor Mestrado Energia e Meio Ambiente (UFMA: 2015 - 2017).
Professor MBA: Gestão de Projetos; Gestão de Pessoas, Logística Empresarial e Gestão de Sistemas Integrados–(QSMS-RS).
Especializações: Engenharia de Produção e Engenharia de Segurança do Trabalho (Faculdade Pitágoras São Luís). Professor
Especialização em Gestão Empresarial (UEMA e CEST). Qualidade e Produtividade (UEMA). Logística Portuária e Direito
Marítimo (Instituto Navigare). MBA em Logística Portuária (FAENE). MBA em Gestão de Projetos (ISL Wyden). MBA em
Auditoria, Controladoria e Finanças (EDUFOR). Professor Especializações em Gestão Estratégica de Pessoas /Qualidade /
Engenharia de Segurança do Trabalho / Gestão Educacional (FAMA: 2004 – 2012). Coordenador dos Cursos de Pós-
Graduação Gestão Estratégica da Qualidade e Gestão Estratégica de Pessoas (FAMA: 2004 a 2012). Qualidade e
Produtividade (UEMA: 1999 – 2002). Coordenador do MBA em Gestão de Pessoas (Faculdade Pitágoras São Luís – 2013 -
2015). Examinador Prêmio Nacional da Qualidade: Ciclos 2000, 2001 e 2002. Analista da Qualidade Máster e Ponto focal
em Propriedade Intelectual. 35 anos de experiência profissional (28 anos em gestão da qualidade / sistema de gestão da
qualidade / modelos de gestão). Avaliador das Revistas Gestão & Planejamento (G&P - Qualis B2) e NAVUS - Revista de
Gestão e Tecnologia (Qualis B3). Coautor do livro Administração: Uma visão pragmática – discutindo teoria e prática.
Três compromissos básicos em sala de aula

1. Aprender algo novo

2. Ouvir algo que já sabe

3. Obter o máximo proveito da turma para colocar em prática.


Cinco pontos críticos que meus alunos devem
pensar sobre suas carreiras

1. Aumentar sua rede de relacionamento imediatamente


2. Ser mais competitivos nas atividades em sala de aula
3. Descobrir o que vai fazer depois da especialização
4. Aprender muito
5. Experimentar sempre.
Cinco perguntas-chave para uma boa formação

1. Onde você esteve?


2. Onde você está agora?
3. Onde você irá?
4. Como chegar lá?
5. Como você saberá que estará lá?
Ementa

Teorias e abordagens sobre a Responsabilidade Social das Empresas. Ética e


Gestão de Empresas. Concepções sobre a empresa como organização ética e
socialmente responsável. Padrões sustentáveis de governança corporativa.
Cenário nacional e internacional da Governança Corporativa e Responsabilidade
Social. A Responsabilidade Social como parte de negócios e de investimentos
socialmente responsáveis. Teoria das partes interessadas. Rede de parcerias e
ações sociais de empresas na governança da responsabilidade social
organizacional.
Objetivo Geral

Compreender os conceitos e práticas de Governança Corporativa em um


ambiente de crescente pressão por resultados financeiros, transparência,
prestação de contas associada à pressão por práticas sustentáveis no ambiente
de negócios.
Objetivos Específicos

• Caracterizar a natureza e os propósitos das organizações.


• Apresentar a fundamentação teórica da governança corporativa.
• Caracterizar o histórico, importância, conceitos, questões centrais e
ferramentas de governança corporativa e sua aplicação em diferentes tipos de
organizações.
• Integrar os fundamentos de Governança, Ética e Sustentabilidade nos negócios
com as práticas de gestão empresarial.
• Caracterizar os processos de Governança Corporativa
• Discutir a evolução da Governança corporativa no Brasil e tendências
• Apresentar ações sociais de empresas na governança da responsabilidade
social organizacional.
Conteúdo Programático
▪ Introdução
▪ Conceitos, princípios e mecanismos de Governança Corporativa
▪ Evolução da Governança Corporativa
▪ Estrutura de Governança
▪ Governança corporativa no Brasil e no Mundo
▪ Governança, Estratégia e Processo Decisório
▪ Governança, Ética e Responsabilidade Social
▪ Ética e Ética Empresarial
▪ Responsabilidade Social Empresarial
▪ Desenvolvimento sustentável
▪ Normas e certificações em RSE
Procedimentos Metodológicos

• Aulas expositivas teóricas;


• Trabalhos individuais;
• Formação de grupos de trabalho;
• Vídeos;
• Aplicação de estudos de casos e exemplos práticos;
• Workshop.
Procedimentos Avaliativos

• Avaliação assistemática por meio da observação da participação e interesse dos


alunos durante as atividades em sala de aula: presença, workshop, perguntas e
contribuições. (Peso 20%)
• Avaliação escrita no Final do processo de desenvolvimento da disciplina (Peso
50%).
• Aquisição da média em sala: Participação nas atividades individuais e em
equipe e Entrega das atividades. (Peso 30%)
Referências
ANDRADE, Adriana e ROSSETTI, J.P. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e
tendências. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2017.
ASHLEY, Patricia Almeida (coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
B3. BRASIL, BOLSA e BALCÃO. http://www.b3.com.br/pt_br/
BARBIERI, J. C e CAJAZEIRAS, Jorge E. R. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável:
da teoria a prática. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
BORGERTH, Vânia. M. C. A lei sarbanes-oxley: um caminho para a informação transparente.
(Dissertação). Rio de Janeiro: IBMEC, 2005
CALMON, Joana. Conduta exemplar. Revista Exame. São Paulo: Editora Abril, Ed. 1.699, 9 mai 2001.
FERREL, O. C. Ética Empresarial: dilemas, tomadas de decisão e casos. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso, 2001.
INSTITUTO ETHOS. http://www.uniethos.org.br
Referências

LACOMBE, F. Administração – Princípios e Tendências. (suplementos – cap. 03). 3.ed. São


Paulo: Saraiva, 2016.
MACÊDO, Ivanildo Izais de. et al. Ética e Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015
MARTIN, R. L. A matriz da virtude: cálculo do retorno sobre a responsabilidade social das empresas.
In ética e responsabilidade social nas empresas, pg 99-117. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
MATOS, Francisco Gomes de. Ética na gestão empresarial. São Paulo: 3. ed. Saraiva, 2016.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 7ª ed.
São Paulo: Atlas, 2012.
MICELI, Al. Di. Governança Corporativa no Brasil e no Mundo. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2015
PESSOA, Gerisval Alves, et al. Curso Liderar-se. Módulo VI – Normas e certificações em
responsabilidade social, ICE/MA, 2006.
Referências
PESSOA, Gerisval Alves. Ética e responsabilidade social (notas de aula). São Luís: MBA em Gestão
Estratégica de Pessoas – Faculdade FAMA, 2010. Disponível em <
https://es.slideshare.net/gerisval/tica-e-responsabilidade-social/9. Acesso em 01 de mar. 2019
PESSOA, Gerisval Alves. Ética e Sustentabilidade. (notas de aula). São Luís: MBA em Gestão de
Pessoas – Faculdade Pitágoras, 2015.
PESSOA, Gerisval Alves. Responsabilidade social de empresas (RSE), Revista FAMA, São Luís: EDFAMA,
v. 1, n. 1, p. 126-131, 2007.
REVISTA DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO. Brasília: IPEA. Disponível em:
<http://desafios.ipea.gov.br>. Acesso em 01de abril de 2015
SILVA, Edson. C. Governança corporativa nas empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2016
SROUR, Robert Henry. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
THIRY-CHERQUES, Herman. Ética para executivos. Rio de Janeiro: FGV, 2008
THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto (2003), "Responsabilidade Moral e Identidade Empresarial",
Revista de Administração Contemporânea, Edição Especial.
WILLARD, Bob. Como fazer a empresa lucrar com a sustentabilidade. São Paulo: Saraiva, 2014.
Contatos

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Governança Corporativa
Questões Centrais

Como aliar os interesses dos shareholders, stakeholders, o


desenvolvimento e a sustentabilidade?
Questões Centrais

Um Mundo Melhor é
Possível para Todos?
Conduta Exemplar

Segundo especialistas, só as empresas transparentes sobrevivem


no mercado
Dilemas e Desafios da Governança Corporativa
O processo de tomada de decisão envolve julgamento que não se baseia apenas
em aspectos de ordem técnica, mas também nos de natureza ética (princípios e
valores). Algumas decisões geram os chamados conflitos de ordem ética, que
podem ser divididos, por exemplo, em: problemas (ethical decisions), quando não
se quer fazer aquilo que julga correto, e dilemas (defining moments), quando
qualquer decisão irá violar questões éticas.

Exemplos de dilemas de ordem ética:


▪ Ganhos imediatos antepõem-se a investimentos prudentes e duradouros;
▪ Ganhos individuais rivalizam com interesses da comunidade;
▪ Ser honesto consigo mesmo exige quebrar um compromisso com outro(s);
▪ Aplicar a lei pode exigir sacrifícios.
Os Desafios do Século XXI

 Crescimento populacional
 Urbanização
 Inovações tecnológicas
 Economia e Sociedade Global
 Novos padrões de consumo
 Disseminação das informações em tempo real
 Maior interdependência
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Cinco áreas de ocorrência de fatores
Fatores críticos
críticos
 Ecossistemas.
1. Capital Natural  Água.
 Outros recursos.
 Eficiência.
2. Crescimento e Inovações  Limites de expansão.
 Distribuição da riqueza.
 Expansão.
3. População
 Indicadores sociais.

 Mobilidade global.
4. Ambiente de Negócios
 Conectividades.
 Governança.
5. Responsabilidade Corporativa  Sustentabilidade.
 Cidadania.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Capital Natural

Ecossistemas
 Degradação.
 Extinção de espécies.

Água
 Escassez crescente.
 Necessidade aumenta duas vezes mais que a população.

Outros Recursos
 Declínio de reservas conhecidas.
 Exaustão acelerada.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Crescimento e Inovação
Eficiência
 Melhor utilização. Reciclagens.
 Nanotecnologia. Desmaterialização.

Limites da Expansão
 Expansão anual do PMB: US$1 trilhão.
 Demanda crescente de energia e materiais.
 Emissões poluentes e lixos dobram a cada duas décadas.

Distribuição da Riqueza
 Expansão em termos globais.
 Crescentes diferenças na distribuição: 1% dos mais abastados tem mais que os
50% mais pobres.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
População

Expansão

 Declinante, em termos relativos.


 Desafiante, em termos absolutos: mais de 2 bilhões em 20 anos.

Indicadores Sociais

 Urbanização: 60 milhões a mais a cada ano, uma Paris por mês.


 Expectativa de vida crescente.
 IDH avança, mas pobres absolutos são 2,8 bilhões.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Ambiente de Negócios
Mobilidade Global
 Globalização.
 Fluxos reais e financeiros crescentes interfronteiras.

Conectividades
 Acesso crescente a informações e oportunidades.
 Cadeias de suprimentos global-localizadas.
 Propriedade globalmente mais dispersa.
 Novos negócios, novos arranjos societários.
 Fusões, aquisições, cisões, alianças: escalada sem precedentes.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Ambiente de Negócios
O poder de fogo das organizações
 As 100 maiores empresas do mundo têm receitas anuais que excedem o PIB de
50% das nações - estado do mundo.
 A GM tem a mesma receita anual da Áustria.
 Cinco empresas na Inglaterra recebem 50% de tudo o que os britânicos gastam.
 Mais de 40% do controle de cada um dos 12 setores industriais globais mais
importantes, como têxtil e mídia , estão nas mãos de 5 corporações ou menos.
 Dez corporações controlam quase todos os aspectos da cadeia alimentar
mundial.
Complexidade, desafios e mudanças: impactos
no mundo corporativo
Responsabilidade corporativa

Governança
 Fairness, disclosure, accountability, compliance.
 De shareholder para stakeholder.

Sustentabilidade
 Compromissos ambientais.
 Gestão da ecoeficiência.

Cidadania
 Direitos humanos, seguridade, trabalho infantil e escravo.
 Engajamento: sensibilidade para a inclusão.
Conceitos de Governança Corporativa
Governança corporativa é:

O sistema pelo qual as sociedades do setor público e privado são dirigidas e


controladas. A estrutura da governança corporativa especifica a distribuição dos
direitos e das responsabilidades entre os diversos atores da empresa (OCDE)

Exemplo:

▪ Conselho de Administração
▪ Presidente e Diretores
▪ Acionistas
▪ Outros terceiros fornecedores de recursos
Conceitos de Governança Corporativa
Governança corporativa é:

O sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas,


monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre sócios, conselho
de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes
interessadas (IBGC)
Conceitos de Governança Corporativa
Governança corporativa é:

O conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma


companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores,
empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. (CVM)
Conceitos de Governança Corporativa
Abrangência e diversidade
▪ VALORES. Sistema de valores que rege as organizações, em sua rede de relações internas e externas.
▪ PODER. Sistema e estrutura de poder, que envolve a estratégia, as operações, a geração de valor e a
destinação dos resultados.
▪ INSTRUMENTOS. Conjunto de instrumentos legais que objetiva a excelência da gestão e a proteção
dos direitos das partes interessadas em seus resultados.
▪ MONITORAMENTO. Sistema que permite a gestão estratégica da organização e o efetivo
monitoramento de direção executiva.
▪ RELACIONAMENTO. Práticas de relacionamento entre acionistas, conselhos e diretoria executiva,
objetivando otimizar o desempenho da organização.
▪ PROPÓSITOS. Conjunto de valores, princípios, regras e processos, que rege o sistema de poder e os
mecanismos de gestão das empresas, assegurando que elas atendam a um dado elenco de
propósitos privados e sociais.
▪ DISCIPLINA. Sistema de governo, gestão e controle das organizações, que disciplina suas relações
com as partes interessadas em seu desempenho.
Expressões-chave em Governança Corporativa

Relacionamento
Propósitos
Entre Partes
Estratégicos
Interessadas

SISTEMAS
DE VALORES

Estrutura Práticas
de Poder de Gestão
Governança Corporativa
Origem

Ao longo do século 20, a economia dos diferentes países tornou-se cada vez mais
marcada pela integração aos dinamismos do comércio internacional, assim como
pela expansão das transações financeiras em escala global. Neste contexto, as
companhias foram objeto de sensíveis transformações, uma vez que o acentuado
ritmo de crescimento de suas atividades promoveu uma readequação de sua estrutura
de controle, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. A
origem dos debates sobre Governança Corporativa remete a conflitos inerentes à
propriedade dispersa e à divergência entre os interesses dos sócios, executivos e o
melhor interesse da empresa.
Governança Corporativa
Origem

O movimento de governança corporativa ganhou força nos últimos dez anos, tendo
nascido e crescido, originalmente, nos Estados Unidos e na Inglaterra com a ascensão
dos fundos de pensão, administradores de ativos e bancos e, a seguir, se espalhando
por muitos outros países. A era da Governança começou em 1992.

A vertente mais aceita indica que a Governança Corporativa surgiu para superar o
"conflito de agência" clássico.

No Brasil, em que a propriedade concentrada predomina, os conflitos se intensificam à


medida que a empresa cresce e novos sócios, sejam investidores ou herdeiros, passam
a fazer parte da sociedade. Neste cenário, a Governança também busca equacionar as
questões em benefício da empresa.
Governança Corporativa
Princípios

Transparência – mais do que


obrigação, é desejo de informar Equidade – não só ente sócios
para gerar um clima de de capital, mas também com
confiança interna e todas as partes interessadas
externamente à organização

Prestação de contas – quem Responsabilidade corporativa –


recebe um mandato tem o visão de longo prazo,
dever de prestar contas de seus considerações de ordem social e
atos ambiental
Sistema de Gestão Corporativa
Conceitos de Governança Corporativa
Governança corporativa x Gestão
Governança Corporativa

Missão:

▪ Sob a perspectiva da teoria da agência, o objetivo maior é criar mecanismos


eficientes (sistemas de monitoramento e incentivos) para garantir que o
comportamento dos executivos esteja alinhado com os interesses dos acionistas.

▪ Indicar caminhos para todos os tipos de sociedades por ações de capital aberto ou
fechado, limitadas ou civis – visando a:
▪ Aumentar o valor da sociedade;
▪ Melhorar seu desempenho;
▪ Facilitar o acesso ao capital a custos mais baixos;
▪ Contribuir para sua perenidade.
Governança Corporativa

Valores:

▪ Proporcionar aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão estratégica de sua


empresa e a efetiva monitoração da direção executiva. As principais ferramentas
que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o Conselho de
Administração, a Auditoria Independente e o Conselho Fiscal.

▪ Pilares básicos:

▪ Propriedade;
▪ Conselho de Administração;
▪ Diretoria Executiva;
▪ Auditoria Independente;
▪ Conselho Fiscal.
Governança Corporativa
Pilares Básicos
Propriedade (sócios):

▪ Cada sócio é um dos proprietários da sociedade, na proporção de sua respectiva


participação no capital social.

▪ Este princípio deve valer para todos os tipos de sociedades e demais organizações.
Governança Corporativa
Pilares Básicos
Conselho de Administração:

Independentemente de sua forma societária e de ser companhia aberta ou fechada,


toda sociedade deve ter um Conselho de Administração eleito pelos sócios, sem perder
de vista todas as demais partes interessadas (stakeholders), o objeto social e a
sustentabilidade da sociedade no longo prazo.
O conselho de Administração
Composição

O desempenho do Conselho de Administração depende do respeito e da compreensão das


características de cada um de seus membros, sem que isso implique ausência de debates de
ideias. Portanto, a diversidade de perfis é fundamental, pois permite que a organização se
beneficie da pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de decisão com maior
qualidade e segurança.

O Conselho de Administração deve ter de 5 a 11 membros. Menos que isto, não há


diversidade suficiente para as embasar os argumentos para as decisões. Mais do que isto, as
decisões começam a ficar muito lentas. Além disto, o Conselho de Administração deve ser
formado por um número impar de membros para evitar empates nas decisões.

Outro ponto importante é que os membros do conselho não devem ser “celebridades”, pois
do contrário podem não ter tempo suficiente para se dedicar a organização como deveriam.
O conselho de Administração
Papel na Governança Corporativa

O Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do processo de decisão de


uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico. Ele exerce o papel de
guardião dos princípios, valores, objeto social e do sistema de governança da organização,
sendo seu principal componente.

Além de decidir os rumos estratégicos do negócio, compete ao Conselho de Administração,


conforme o melhor interesse da organização, monitorar a diretoria, atuando como elo entre
esta e os sócios.

Os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos sócios. Na qualidade de


administradores, os conselheiros possuem deveres fiduciários para com a organização e
prestam contas aos sócios nas assembleias. De forma mais ampla e periódica, também
prestam contas aos sócios e às demais partes interessadas por meio de relatórios
periódicos.
O conselho de Administração
Independência

Os conselheiros devem atuar de forma técnica, com isenção emocional,


financeira e sem a influência de quaisquer relacionamentos pessoais ou
profissionais. Os conselheiros devem criar e preservar valor para a
organização como um todo, observados os aspectos legais e éticos
envolvidos
O conselho de Administração
Classe de conselheiros

Internos: conselheiros que ocupam posição de diretores ou que são


empregados da organização;

Externos: conselheiros sem vínculo atual comercial, empregatício ou de


direção com a organização, mas que não são independentes, tais como ex-
diretores e ex-funcionários, advogados e consultores que prestam serviços à
empresa, sócios ou empregados do grupo controlador, de sua controlada
direta, controladas ou do mesmo grupo econômico e seus parentes próximos
e gestores de fundos com participação relevante;

Independentes: conselheiros externos que não possuem relações familiares,


de negócio, ou de qualquer outro tipo com sócios com participação relevante,
grupos controladores, executivos, prestadores de serviços ou entidades sem
fins lucrativos que influenciem ou possam influenciar, de forma significativa,
seus julgamentos, opiniões, decisões ou comprometer suas ações no melhor
interesse da organização.
O conselho de Administração
Atributos e postura dos conselheiros
Governança Corporativa
Pilares Básicos
Diretoria Executiva:

O executivo principal (CEO) deve prestar contas ao Conselho de Administração e é o


responsável pela execução das diretrizes por este fixadas. Seu dever de lealdade é para
com a sociedade.

Cada um dos diretores é pessoalmente responsável pelas suas atribuições na gestão e


deve prestar contas disso ao executivo principal (CEO) e, sempre que solicitado, ao
Conselho de Administração, aos sócios e demais envolvidos, na presença do executivo
principal (CEO).
A Direção Executiva
O CEO: Atributos e postura
Governança Corporativa
Pilares Básicos
Auditoria Independente:

Toda sociedade deve ter auditoria independente, pois se trata de um agente de


governança corporativa de grande importância para todas as partes interessadas, uma
vez que sua atribuição básica é verificar se as demonstrações financeiras refletem
adequadamente a realidade da sociedade.
Governança Corporativa
Pilares Básicos
Conselho Fiscal:

O Conselho Fiscal, parte integrante do sistema de governança das organizações


brasileiras, é um órgão não-obrigatório que tem como objetivos fiscalizar os atos da
administração, opinar sobre determinadas questões e dar informações aos sócios.

Deve ser visto como uma das ferramentas que visam agregar valor para a sociedade,
agindo como um controle independente para os sócios.
Governança Corporativa
Relacionamentos

Propriedade

Conselho de Conselho
Administração Fiscal

CEO Auditoria
Diretoria Independente

▪ Fornecedores
▪ Clientes
▪ Empregados Partes
▪ Governo Interessadas
▪ Comunidade
▪ Ambientalistas
▪ Sindicatos Escolhe / Presta Contas
Informações
Relação Ocasional
Governança Corporativa no Mundo
Modelos de Referência
Modelos Dimensões diferenciadoras
 Origem anglo-saxônica.
 Objetivos mais estritamente vinculados aos interesses dos acionistas: valor,
riqueza e retorno.
Shareholder
 Indicadores de desempenho centrados em demonstrações patrimoniais e
financeiras.
 Crescimento, riscos e retornos corporativos: avaliações e aferições essenciais.
 Origem nipo-germânica.
 Conjunto ampliado de interesses: geração abrangente de valor.
 Leque mais aberto de atores: integrados no foco corporativo.
Stakeholder  Amplo conjunto de indicadores de desempenho.
 Além dos resultados patrimoniais e financeiros (que se mantêm essenciais),
olhos voltados também para responsabilidade social e cidadania corporativa:
enfatizadas e avaliadas.
Governança Corporativa
Particularidades do Brasil

▪ Controle acionário da maioria das empresas é familiar ou exercido por um grupo


regido por acordo de acionistas;

▪ Controle acionário não é pulverizado;

▪ Normalmente, os controladores fazem parte da diretoria ou, no mínimo, do Conselho


de Administração, exercendo interferência direta nas ações da diretoria;

▪ No Brasil, os conselheiros profissionais e independentes começaram a surgir


basicamente em resposta à necessidade de atrair capitais e fontes de financiamento
para a atividade empresarial, o que foi acelerado pelo processo de globalização e pelas
privatizações de empresas estatais no país.
Governança Corporativa
Modelo Shareholder

DIREÇÃO
EXECUTIVA

 Avaliação, controle, influência.

ACIONISTAS CONSELHOS

 Fluxo de informações.
Governança Corporativa
Modelo Stakeholder

 Atendimentos definidos
pelos Conselhos.
DIREÇÃO OUTRAS PARTES
EXECUTIVA INTERESSADAS
 Deveres e direitos
compartilhados.

 Avaliação, controle, influência.


ACIONISTAS CONSELHOS
 Fluxo de informações.
Governança Corporativa
Síntese dos 4 modelos

SHAREHOLDER
LIMITADO
(Centrado em interesses
internos restritos)
SHAREHOLDER
ESTENDIDO
(Voltado para interesses STAKEHOLDER
internos ampliados) RESTRITO
(Aberto a partes interessadas
diretamente envolvidas nas cadeias STAKEHOLDER
de negócios) AVANÇADO
(Aberto a um conjunto
maior e mais abrangente de
propósitos e de resultados
internos e externos)
Governança Corporativa
Abrangência dos propósitos e Processos

Crenças, valores, princípios, práticas.



 Missão, visão, focos estratégicos.
STAKEHOLDER STAKEHOLDER SHAREHOLDER SHAREHOLDER  Fatores críticos de sucesso.
AVANÇADO RESTRITO ESTENDIDO LIMITADO
 Atores e partes interessadas envolvidas.
 Indicadores de desempenho considerados.

Obs.: O G7, grupo das nações mais ricas do mundo considera a governança corporativa o mais novo pilar da arquitetura econômica global.
Governança Corporativa
Órgãos Normativos

▪ Internacionais:

OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

SEC (Securities and Exchange Commission)

▪ Nacionais

IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa)

CVM (Comissão de Valores Mobiliários)


Governança Corporativa
Regulação no Brasil

▪ Lei das S/A (Lei 10.303, 2001)


▪ O principal objetivo desta lei é fortalecer o mercado de capitais no Brasil,
conferindo-lhe mais transparência e credibilidade. Entendeu-se que um mercado
acionário verdadeiramente democratizado e desenvolvendo toda sua
potencialidade de alavancagem econômica, depende de que os investidores,
especialmente os pequenos e médios, sintam-se protegidos e vejam seus
interesses defendidos.
▪ Partiu-se da premissa de que alinhamento de interesses gera valor. Quanto maior
o equilíbrio entre acionistas de uma companhia, mais ela vale.

▪ Lei do Mercado de Valores Mobiliários (Lei 6.385/76)


▪ O principal objetivo é conferir ao órgão regulador maior autonomia para exercer
seu poder de polícia do mercado de capitais. Com suas novas atribuições, a CVM
teve uma ampliação substancial de seus poderes na regulação e fiscalização do
mercado financeiro, assumindo funções antes reservadas ao Banco Central, bem
como eliminando as "zonas cinzentas" de atribuições dos dois órgãos.
Governança Corporativa
Nível 1

As companhias classificadas como Nível 1 se comprometem, principalmente, com


melhorias na prestação das informações ao mercado e com a dispersão acionária.

Algumas exigências:

▪ Assinatura de contrato de adoção de práticas diferenciadas de Governança


Corporativa – Nível 1
▪ Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações
▪ Realização de ofertas públicas de colocação de ações através de mecanismos
que favoreçam a dispersão do capital
▪ Melhoria nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a
exigência de consolidação e de revisão especial.
Governança Corporativa
Nível 2

▪ Para a classificação como Companhia Nível 2, além da aceitação das obrigações


contidas no Nível 1, a empresa e seus controladores adotam um conjunto bem mais
amplo de Práticas de Governança e de direitos adicionais para os acionistas
minoritários.

Algumas exigências:

▪ Mandato unificado de 1 ano para todo o conselho de Administração;


▪ Disponibilização de balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IAS;
▪ Extensão para todos os acionistas detentores de ações ordinárias das mesmas
condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia e
de 70% deste valor para os detentores de ações preferenciais;
▪ Adesão à Câmara de Arbitragem para resolução de conflitos societários.
Governança Corporativa
Novo Mercado
Objetivo:

O Novo Mercado pretende conferir maior credibilidade aos investimentos


realizados em Bolsa, pois reúne ações de companhias que, em principio,
oferecem um nível de risco menor.

O Novo Mercado é um segmento da BOVESPA, destinado à negociação de ações


emitidas por empresas que se comprometem com a adoção de regras societárias
chamadas de boas práticas de governança corporativa, mais rígidas do que as
presentes atualmente na legislação brasileira
Governança Corporativa
Novo Mercado – Principais práticas

▪ Emissão exclusivamente de ações ordinárias, tendo todos os acionistas o


direito ao voto;
▪ Realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio de mecanismos
que favoreçam a dispersão do capital;
▪ Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações representando
25% do capital;
▪ Extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos
controladores quando da venda do controle da companhia;
▪ Estabelecimento de uma mandato de um ano para todo o Conselho de
Administração;
▪ Disponibilização de balanço anual seguindo as normas US GAAP* ou do IASB**;
* US Generally Accepted Accounting Principles (Princípios Contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos)
** International Accounting Standards Board (Conselho internacional de normas contábeis)
Governança Corporativa
Novo Mercado – Principais práticas

▪ Introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as


quais a exigência de consolidação e de apresentação do fluxo de caixa.
▪ Obrigatoriedade de realização de oferta de compra de todas as ações em
circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou
cancelamento do registro de negociação no Novo Mercado.
▪ Divulgação de negociações envolvendo ativos de emissão da companhia por
parte de acionistas controladores ou administradores da empresa.
▪ A companhia não deve ter Partes Beneficiárias em circulação, sendo
expressamente vedado a sua emissão.
Governança Corporativa
Das corporações gerenciadas às governadas

CATEGORIAS CORPORAÇÕES GERENCIADAS CORPORAÇÕES GOVERNADAS


▪ Não definido com clareza. ▪ Claramente estabelecido.
Modelo de
▪ Geralmente limitado. ▪ Geralmente ampliado.
Governança
▪ Estágio minimalista. ▪ Estágio mais avançado.
▪ Diretoria Executiva (DE) como ▪ CA como hierarquia superior.
hierarquia superior. DE subordinada a diretrizes de alto alcance
Conselho de Administração como órgão emanadas do CA.
de expressão secundária.
▪ Processo sucessório sob responsabilidade do
Poder do ▪ Processo sucessório conduzido pelo
CA.
Conselho de CEO.
Administração ▪ Presença do CEO nas reuniões do CA limitada à
▪ CEO conduzindo efetivamente as
(CA) pauta de apresentação dos resultados.
reuniões do CA.
▪ Estratégia gerada pela DE, com ▪ Estratégia gerada pela DE, mas com forte
reduzido envolvimento do CA na envolvimento do CA na emissão prévia de
definição prévia de guide lines. expectativas.
Governança Corporativa
Das corporações gerenciadas às governadas

CATEGORIAS CORPORAÇÕES GERENCIADAS CORPORAÇÕES GOVERNADAS


▪ Pauta de trabalhos não inclui ▪ Monitora e analisa mudanças externas de alto
acompanhamento sistematizado do impacto nos negócios e na gestão.
ambiente externo. ▪ Negociação CA/DE na homologação da
▪ Homologação da estratégia geralmente estratégia. Rumos compartilhados.
garantida. Ausência de restrições.
▪ Avaliação do desempenho da DE limitada ▪ Desempenho da DE avaliado a partir de
ao cumprimento do business plan e aos parâmetros estratégicos, com clara
Envolvimento o
orçamentos operacionais. subordinação do business plan às estratégias
conselho de
Administração ▪ CA examina oportunidades trazidas pela homologadas.
DE. Discreta proposição de projetos ▪ Focado no desenvolvimento de oportunidades
impactantes. de negócios de alta relevância, como aquisições,
▪ Funcionamento regular de comitês alianças e fusões.
técnicos com presença de conselheiros. ▪ Funcionamento regular de comitês técnicos.
Mas discreto envolvimento na busca Conselheiros presentes e organização aberta
pessoal de informações. para busca de informações. Solicitações
regulares e aceitas como prática contributiva.
Governança Corporativa
A criação da GMI (2002) – Governance Metrics International
▪ POSICIONAMENTO E OBJETIVOS

▪ Agência de atuação global e independente.


▪ Classificação das empresas quanto a critérios de Governança Corporativa.
▪ Pesquisas e consultoria para corporações, bolsas de valores e outras
associações.

▪ METODOLOGIA
▪ Fundamentada nos princípios recomendados por instituições e colegiados
▪ OCDE.
▪ ICGN.
▪ Commonwealth Association for Corporate Governance.
▪ Business Roundtable.
▪ Sete critérios de classificação, subdivididos em 600 parâmetros.
▪ Campo de variação de índice: 1 (mais baixo) e 10 (mais alto).
Governança Corporativa
A criação da GMI (2002) – Governance Metrics International

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS


NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO
CORPORAÇÕES
(em relação à média
do universo avaliado)
1. Responsabilidades do Conselho.
2. Controles Internos e
Transparência.  CORPORAÇÕES
3. Direitos dos Acionistas. HIGH RATED.
4. Remunerações (Conselhos e
Executivos).  CORPORAÇÕES
5. Controle pelo Mercado. AVERAGE
6. Base Acionária e Diluição do RATED.
Capital.
 CORPORAÇÕES
7. Comportamento e Reputação
Corporativa. LOW RATED.
Governança Corporativa
GMI (2010) – Média dos Índices por Países

Num ranking de 48 países, o Brasil ocupa a 41ª posição.


Governança Corporativa
Três Sínteses de Alta Relevância
1. A Criação de Valor

A Governança é um relevante Valor Corporativo, mas,


por si só, ela não cria valor

Neste caso, as melhores práticas de Governança Corporativa permitirão uma


gestão ainda melhor, maximizando a criação de valor para acionistas e
outras partes interessadas.
Governança Corporativa
Três Sínteses de Alta Relevância
2. Conflito de Agência

A Governança Corporativa surge para superar o “conflito de agência”


presente quando se dá a separação entre a propriedade e a gestão: os
interesses dos gestores nem sempre estão alinhados com os dos titulares
da corporação.
As melhores práticas de Governança Corporativa proporcionam:

▪ Direcionamento estratégico.
▪ Monitoramento da direção.
▪ Alinhamento Acionistas-Direção.
Mas exigem:

▪ Conselhos atuantes e eficazes.


▪ Conselhos qualificados e comprometidos.
Governança Corporativa
Três Sínteses de Alta Relevância
3. Alavancagem do crescimento

Instituições estimulantes e confiáveis, bons fundamentos macroeconômicos e


disponibilidade de recursos competitivos são fatores que alavancam o crescimento
das nações.

Mas, um dos complementos mais importantes desta trilogia é um clima de


negócios saudável, gerado pelas melhores práticas de Governança Corporativa.
Evitando: Promovendo:
 Abusos de poder e “conflitos  Confiança no mundo dos negócios.
de agência”.  Crescente canalização de recursos
 Erros estratégicos. para o mercado de capitais.
 Gestão deficiente.  Amplo envolvimento da sociedade no
 Fraudes corporativas. processo de expansão da economia.
A instalação de círculo virtuoso

1. Maximização da criação
de valor. Desenvolvimento e adoção
2. Superação dos “conflitos de agência”. das melhores práticas de
3. Alavancagem do crescimento Governança Corporativa.
econômico.
Exemplo de empresas sem governança
Escândalos contábeis - EUA

▪ Empresa do setor de energia


▪ Quinta maior empresa dos EUA (2001)
▪ Uma das 100 melhores empresas para se trabalhar (Revista Fortune)
▪ Ativos superiores a US$ 100 bilhões
▪ Ações valorizaram 1.700% desde sua primeira oferta
▪ Preço da ação antes da crise – US$ 54,54 (04.06.2001)
▪ Preço da ação após as primeiras semanas da crise: US$ 0,18 (10.12.2001)

Fraude contábil:
▪ criação de empresas de fachada
▪ transferências de dívidas para essas empresas
▪ contratos de opções falsos com as empresas de fachadas
▪ transferências de ativos de riscos para as empresas de fachadas
Exemplo de empresas sem governança
Escândalos contábeis - EUA
Consequências:

▪ Prejuízos para os investidores


▪ Ex-funcionários sem aposentadoria
▪ Condenações
▪ 24 anos para Jeffrey Skilling
▪ 6 anos para Andrew S. Fastow
▪ Suicídios
▪ Morte por ataque cardíaco (infarto)
Exemplo de empresas sem governança
Escândalos contábeis - EUA
▪ Segunda maior empresa de telefonia de longa distância nos Estados Unidos
▪ Manipulação de balanços de 1991 a 2002
▪ Maior fraude contábil da história norte-americana
▪ rating – investiment grade (grau de investimento)

Instituições envolvidas:
▪ Arthur Anderson (auditoria), Bancos subscritores: Salomon Brothers, JP Morgan, Bank Of
América, Deutsche Bank, Chase Securities, Marrill Lynch e outros

Fraude contábil:
▪ contabilização de operações de leasing operacional como se fosse leasing financeiro –
transformação de despesas em ativo fictício

Consequências:
▪ Pedido de falência
▪ Bernard Ebbers (ex-presidente) – condenado a 25 anos de prisão e multa de US$ 4 milhões
▪ Scott Sulivan (ex-presidente financeiro) – 5 anos de prisão e multa de US$ 485 milhões
▪ Banco Merrill Lynch – multa de R$ 200 milhões
▪ Perdas para os acionistas
Exemplo de empresas sem governança
Escândalos contábeis – EUA -
Reações
Lei Sarbanes & Oxley (Lei Sarbox ou Lei Sox)

Objetivos:

▪ Esvaziamento dos investimentos financeiros


▪ Fuga dos investidores frente a aparente insegurança da governança das
empresas
▪ Garantir criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas
empresas
▪ Evitar a ocorrência de fraudes
▪ Impõe duras penas aos CEO e CFO – responsáveis diretos por fraudes
▪ Afeta corporações pelo mundo
Exemplo de empresas sem governança
Escândalos contábeis - Itália

▪ Fraude nos balanços - 2004


▪ Sobrevalorizava ativos obtendo lucros contábeis acima do real
▪ Prática acontecia há 5 anos
▪ Aparência sólida permitiu captar no mercado mais de U$S 5 bilhões nos últimos
3 anos antes de constatada a fraude
▪ Desvio de mais de U$S 12 bilhões
▪ Desvio de aproximadamente U$S 1 bilhão para o patrimônio pessoal do CEO

Consequências:

▪ Prisão do sócio fundador: Calisto Tanzi


Exemplo de empresas sem governança
Casos brasileiros

▪ Empresa do ramo do agronegócio (soja)


▪ Fez IPO (Oferta Pública Inicial) em outubro/2007 – R$ 666 milhões
▪ Junho/2008 – Polícia Federal prende o fundador e presidente da empresa e
dois outros executivos – acusação desvio de dinheiro, fraudes no balanço,
estelionato, sonegação fiscal, corrupção ativa, formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro e crimes contra o mercado mobiliário, entre outros.
▪ Negociação de ações foram suspensas na BMFBOVESPA
▪ Prejuízos para os investidores (acionistas)
Exemplo de empresas sem governança
Casos brasileiros

▪ Fraude bilionária – R$ 2,5 bilhões


▪ Patrimônio declarado – R$ 1,6 bilhões (irreal)
▪ Patrimônio real – ( - ) R$ 900 milhões
▪ Mantinha no balanço carteira de créditos vendidas a outras instituições
▪ Ativos fictícios davam margem para novas operações gerando lucros irreais e
bônus para a diretoria
Reação aos fatores externos e internos
5 Grandes tendências

1. Rumo às melhores práticas

Adoção de Códigos de Melhores Práticas de Governança Corporativa, focados em quatro


compromissos essenciais: fairness, disclosure, accountability e compliance.

2. Busca por níveis diferenciados

Adesão aos requisitos exigidos pelo mercado de capitais e por agências de rating para
diferenciação das corporações a partir das práticas de Governança Corporativa adotadas
Reação aos fatores externos e internos
5 Grandes tendências

3. Ampliação dos modelos

Ampliação dos modelos shareholder de Governança Corporativa (centrados nos objetivos de


riqueza e de retorno dos Acionistas) na direção de modelos stakeholder (abertos para a inclusão
de objetivos de Outras Partes Interessadas).

4. Dimensões complementares

Inclusão nos macro objetivos corporativos centrados na gestão dos negócios e de seus
resultados (Governança Corporativa) de mais duas dimensões estratégicas complementares: a
ambiental (Sustentabilidade Corporativa) e a Social (Cidadania Corporativa).
Reação aos fatores externos e internos
5 Grandes tendências

5. Abertura do leque de compromissos

A assimilação do conceito abrangente de responsabilidade corporativa

Abertura do leque de compromissos em direção a um Código de Melhores


Práticas de Responsabilidade Corporativa, resultante da fusão de três dimensões
estrategicamente conectadas: econômico-financeira, ambiental e social.
Abertura das Fronteiras Corporativas
Ações internas e externas integradas à estratégia e às operações

Responsabilidade Corporativa

Governança Corporativa Sustentabilidade Corporativa

TRANSFOR-
ACIONISTAS CONSELHOS MAÇÃO
RECURSOS
OUTRAS
PARTES PRESERVAÇÃO
DIREÇÃO
INTERESSADAS

Cidadania Corporativa

INCLUSÃO
SOCIAL

DIREITOS AÇÕES
HUMANOS ESTRUTURAIS
Abertura das Fronteiras Corporativas
Ações internas e externas integradas à estratégia e às operações
Governança corporativa

▪ Adesão aos níveis diferenciados definidos pelo


mercado.
▪ Sensibilidade às avaliações das agências de rating.
▪ Ampliação do raio de alcance: da tríade acionistas-
conselho-direção para outras partes interessadas.
Abertura das Fronteiras Corporativas
Ações internas e externas integradas à estratégia e às operações
Sustentabilidade corporativa

▪ Recursos: equilíbrio de longo prazo entre transformação


e preservação.
▪ Processos: retornar, reciclar, reprojetar, reduzir (os 4 R).
▪ Produtos: tecnologias reducionistas.
Abertura das Fronteiras Corporativas
Ações internas e externas integradas à estratégia e às operações
Cidadania corporativa

▪ Sensibilidade para uma das questões cruciais do século


XXI: a redução da exclusão socioeconômica.
▪ Ações estruturais, voltadas para educação,
comportamento, ética.
▪ Sustentação das conquistas sociais: a seguridade em
suas múltiplas dimensões
Responsabilidade Corporativa
As 3 Dimensões
▪ Adesão aos níveis
diferenciados ▪ Recursos: equilíbrio
definidos pelo de longo prazo
mercado. entre
SUSTENTA- transformação e
▪ Sensibilidade às GOVERNANÇA preservação.
avaliações das CORPORATIVA BILIDADE
agências de rating. CORPORATIVA ▪ Processos: retornar,
reciclar, reprojetar,
▪ Ampliação do raio reduzir (os 4 R)
de alcance: da
tríade acionista- ▪ Produtos:
conselho-direção tecnologias
CIDADANIA
para outras partes reducionistas.
CORPORATIVA
interessadas.
RESPONSABILIDADE
CORPORATIVA

▪ Sensibilidade para uma das questões cruciais do século XXI: a redução da


exclusão socioeconômica.
▪ Ações estruturais, voltadas para educação, comportamento, ética.
▪ Sustentação das conquistas sociais: a seguridade em suas múltiplas dimensões.
Responsabilidade Corporativa
Os 3 Estágios
ESTRATÉGICO
▪ Abordagem da Responsabilidade
Corporativa integrada à estratégia.
▪ Integração das diretrizes de
Governança, de Sustentabilidade e de
AMPLIADO Cidadania.
MINIMALISTA ▪ Ampliação consciente das fronteiras
▪ Além da conformidade legal:
▪ Conformidade legal, compliance: ▪ Adesão a critérios de rating. corporativas: assimilação e
▪ Questões societárias. internalização do conceito de empresa
▪ Fairness, disclosure,
▪ Questões ambientais. válida.
accountability como credos
▪ Questões sociais. praticados. ▪ Adesão a certificações de interesse
▪ Foco em minimizar impactos global: alta sensibilidade ao ativismo
▪ Foco em maximizar atributos
negativos. responsável.
positivos.
▪ Certificações de interesse ▪ Alavancagem do poder corporativo:
▪ Certificações mais
corporativo, nas três dimensões. ▪ Engajamento na definição de
abrangentes: adesão pioneira a
projetos nacionais de
▪ Definição restrita de fatores-chave causas de interesse externo.
desenvolvimento.
de sucesso ▪ Leque mais aberto de fatores- ▪ Cogestão do equilíbrio político-
chave de sucesso. institucional.
▪ Compromisso transgeracional: ações
corporativas compatíveis com a
garantia de provisões das gerações
futuras.
Ética
Questões a serem respondidas

 O que é Ética?
 Por que Ética nos Negócios?

 Ética nos Negócios

 Benefícios da Ética nos Negócios

 Podemos associar o sucesso ou fracasso de uma organização ao


seu comportamento ético?
Ética ...

É a peça central das regras sociais.


Ética ...

Todo agir que não se orienta por princípios é cego. Torna-se


imprescindível a busca de uma reflexão que oriente nossa ação.
Ética ...
Comportamento ético ...

 Você pode substituir uma matéria prima ou embalagem do


produto cuja operação você está gerenciando por uma
evidentemente mais barata, mas mais poluidora do meio
ambiente. Você substitui?

 Você está gerenciando uma empresa que tem um novo produto


(um carro) pronto, o pátio de seus concessionários cheio, apenas
aguardando a data de lançamento, daqui a alguns dias. Na véspera
do dia do lançamento, um funcionário da engenharia descobre
que houve um erro de dimensionamento em um rolamento das
rodas dianteiras que vai provavelmente repercutir em uma vida
útil de 8 meses do rolamento em vez dos esperados 3 anos. Você
suspende o lançamento?
Ética ...

Conjunto de padrões morais que orientam o comportamento


no mundo dos negócios.
O que é ética?

Princípios morais que governam as ações e decisões de um


indivíduo ou grupo e que servem de diretrizes para orientar a
prática e para se agir com correção e equidade ao se defrontar
com dilemas morais.

É uma tentativa de separar o certo do errado; um estudo dos


juízos para apreciar a conduta humana do ponto de vista do bem e
do mal.

É a investigação geral sobre aquilo que é bom.


O que é ética?

Promover a Ética - promover o conhecimento e a observância do


padrão.

Gerir a Ética - criar as condições institucionais adequadas para a


efetiva implantação desse padrão.
O que é Moral?

 A palavra Moral tem origem no latim - morus - significando os usos e


costumes.

Moral é o conjunto das normas para o agir específico ou concreto. A


Moral está contida nos códigos, que tendem a regulamentar o agir das
pessoas.

 Tudo aquilo que é da dimensão do dever, da obrigatoriedade.

 Não há sociedade saudável sem regras!


Relação entre Ética, a Moral e o Direito

Ética

Justificativa

Ação

Moral Direito

Norma por Regra


Adesão Obrigatória
Por que a ética está em evidência?

 Desencanto: não cremos naquilo que gostaríamos de crer


[religião, tradição, horóscopo]
 Democratização: transparência & evidenciação
 Descrédito dos políticos e governantes
 Novos relacionamentos: globalização, novas formas de
organização, novas formas de trabalho
 Economicidade das organizações; custos de controle; imagem
Problemas do dia a dia
 Devo avisar ao meu chefe que seu subordinado, meu amigo, usa
o tempo do expediente para vender trabalhos artesanais aos
colegas?
 Devo dizer sempre a verdade? Há ocasiões em que é preferível
mentir? Quais?
 Tenho o direito de atirar num suspeito que se aproxima de mim à
noite em lugar perigoso antes de ser agredido?
 Devo cumprir uma ordem que não me parece eticamente
correta, ou é preferível arriscar meu conceito na empresa, ou
mesmo meu emprego?
 Posso usar no meu produto matérias primas de baixa qualidade,
com a finalidade de baixar o custo, quando o risco de ser
descoberto é remoto e os malefícios aos consumidores
pequenos?
Problemas do dia a dia

 Posso usar o tempo de expediente na empresa numa situação de


emergência para obter ganhos monetários adicionais?
 Devo avisar ao chefe que meu colega e amigo não é competente
ou “não veste a camisa” da empresa?
 Posso empregar um amigo na empresa, mesmo sendo ele
competente, mas não o mais competente para a posição?
 Posso dar prioridade a investimentos na qualidade do produto
em detrimento de investimentos na segurança dos empregados?
 Posso usar software pirata?
Problemas do dia a dia

 Posso vender sem nota fiscal para assegurar a sobrevivência


da empresa e o emprego de pessoas que me são leais?
 Posso vender sem nota fiscal para aumentar meus lucros,
meus investimentos e criar novos empregos?
 Posso comprar sem nota fiscal para conseguir um abatimento
no preço do produto?
 Posso promover um subordinado competente, embora não o
mais competente para a posição na empresa porque ele me é
leal? Porque é meu amigo?
 Posso distorcer um pouco a verdade para vender um produto
quando os danos para o comprador são muito pequenos?
Problemas do dia a dia

 Posso usar na empresa que me emprega atualmente


informações confidenciais que aprendi em emprego anterior
e em relação aos quais não firmei nenhum compromisso de
não utilizar em outra organização? Em que condições?
 Posso usar na empresa que me emprega atualmente
informações confidenciais que aprendi num emprego anterior
se isto for indispensável para a manutenção do meu
emprego?
 Posso comprar num camelô, que visivelmente não está
registrado e não paga imposto, a fim de obter um preço mais
baixo?
Problemas do dia a dia
 Posso comprar num camelô, que visivelmente não está
registrado e não paga imposto, para conseguir um produto de
que necessito e não posso obtê-lo de outra forma?
 Posso avançar o sinal vermelho à noite, em lugar perigoso,
quando não vem nenhum carro na outra direção, mesmo que
não haja sinal visível de perigo?
 Posso avançar o sinal vermelho de dia, em lugar pouco
perigoso, quando não vem nenhum carro na outra direção e
não há pedestres querendo atravessar a rua?
 Posso fazer campanha eleitoral por um amigo, que não
parece ser bom candidato, mas vai me favorecer, embora
respeitando a legislação?
Ações Não-Éticas na Empresa

 Apossar-se de coisas que não lhe pertence


 Dizer coisas que sabe que não é verdade
 Dar ou permitir impressões falsas
 Comprar influência ou enganar-se em conflitos de interesse
 Esconder ou divulgar informação verdadeira
 Tomar vantagem que não lhe pertence
 Cometer comportamento pessoal impróprio
 Abusar de outra pessoa
 Permitir abuso da organização
 Violar regras.
Importância da Ética

Nenhuma sociedade pode sobreviver e progredir sem um conjunto


de princípios e normas que defina o tipo de comportamento
socialmente aceito como ético.

“Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um código moral


fundado sobre valores compreendidos, aceitos e respeitados pela
maioria dos seus membros(Jacques Monod).
Benefícios de Atenção Explícita com a Ética

▪ Preocupação com a gestão dos aspectos de ética tem


melhorado a sociedade
▪ Em épocas turbulentas, uma empresa que tenha uma boa
sensibilização e gestão sobre questões éticas pode mais
facilmente manter uma postura moral;
▪ Programas que enfatizam explicitamente a ética nos negócios
melhoram disposição para o trabalho de equipe, aumentando a
abertura ao diálogo, integridade e sensação de comunidade, de
valores compartilhados;
▪ Preocupações com a ética no trabalho apoiam crescimento e
amadurecimento dos funcionários;
Benefícios de Atenção Explícita com a Ética

▪ Preocupações explícitas com a ética trabalham como seguro –


princípios éticos elevados tendem a deixar a empresa menos
sujeita a multas e processos;
▪ Empresas que promovem a ética tendem e ter boa imagem
pública;
▪ Programas com base ética forte suportam o gerenciamento de
valores associados à gestão operacional em vários programas.
Para que Ética?

▪ Os padrões são necessários para manter o mínimo de coesão


e estabilidade na comunidade.

▪ No caso específico do serviço público, o padrão é requisito


para garantir a confiança do público

▪ Existe uma relação entre a confiança depositada e a eficiência


e eficácia do serviço prestado.
Para que Ética?

Significa a sobrevivência das organizações e o passaporte para a


Sustentabilidade.
O que significa ser Ético?

▪ Cultura e caráter bons


▪ Motivação e Intenção boas
▪ Processo e ações boas
▪ Resultados bons

Seja bom, aja bem, faça bem!


Formas de Ser éticos

▪ A primeira ideia do ético é o cuidado com o nosso ser e com os


outros.
▪ A segunda ideia do ético é a consideração das pessoas.
▪ A terceira ideia é a da responsabilidade. Esta ideia parte do fato de
que nossas ações têm consequências que podemos antever e sobre
as quais, diante das ações que são de nossa escolha, temos
responsabilidades. A responsabilidade tem de ser considerada
especialmente em relação a danos ou outros efeitos negativos de
tais ações.
▪ A quarta ideia ética é a de limites. São marcos que aparecem
impostos às ações - individuais ou grupais - e que dizem que certas
fronteiras não devem ser ultrapassadas, ou que certos atos devam
ser realizados.
(Luciano Zajdsnajder)
Formas de Ser éticos
▪ A quinta ideia é a da veracidade. A ideia de veracidade tem a
ver com os limites, pois se trata de uma obrigação imposta
pela realidade. Ser verdadeiro significa apresentar os fatos
como ocorrem ou ocorreram e buscar interpretações e
explicações para suas causas.

▪ A sexta ideia ética é a da liberdade. Ela se realiza nas diversas


esferas: do íntimo, do privado e do público.

▪ A sétima ideia ética é a da leveza da vida e do festejar da vida.


A leveza da vida significa que ela não pode ser levada
inteiramente a sério.
Exercício: Filiação Ética
A - O furto é condenável porque:
1. •- Há um principio ético universal que condena o furto
2. •- As normas e hábitos socialmente aceitos condenam o furto
3. •- A lei o proíbe
4. •- Sabemos intuitivamente que furtar é errado
5. •- Há um mandamento religioso contra o furto
6. •- As consequências do ato de furtar podem ser prejudiciais a toda sociedade
7. •- O furto não é condenável em termos absolutos. Depende das circunstâncias
8. •- Há um acordo, um pacto social, que condena o furto

B - A mentira é condenável porque:


1. •- As consequências do ato de mentir podem ser prejudiciais a toda sociedade
2. •- A mentira não é condenável em termos absolutos. Depende das circunstâncias
3. •- Há um acordo, um pacto social, que condena a mentira
4. •- Sabemos intuitivamente que mentir é errado
5. •- Mentir é contra a lei
6. •- Há um princípio universal contra a mentira
7. •- Há um mandamento religioso contra a mentira
8. •- As normas e hábitos socialmente aceitos condenam a mentira.

Fonte: Hermano Roberto Thiry-Cherques – FGV - Rio


Filiação Ética

▪ Relativismo
▪ Utilitarismo
▪ Absolutismo
▪ Contratualismo
Filiação Ética
Relativismo ético

Sustenta que as ações particulares são erradas ou certas unicamente em


relação a um determinado código moral (por exemplo, o que eu considero
furto, um africano pode considerar apropriação legítima: nós concordamos
unicamente em discordar).

O seu entendimento é de que o moralmente aceitável está intimamente ligado


ao bem da cultura ou da comunidade. Os membros de uma comunidade estão
unidos por sua história, por suas crenças, por seus valores. O moralmente
correto é o que propicia o bem comum, o bem da comunidade. Para
determiná-lo, devemos nos ver como parte de um todo social, refletir sobre o
tipo de sociedade que queremos e de como poderemos alcançá-la. Dessa
forma, descobriremos, enquanto cultura, quais as virtudes a serem
incentivadas e quais os vícios a serem combatidos.
Filiação Ética

Utilitarismo ético (Bentham)

Sustenta que determinadas ações particulares são objetivamente erradas ou


certas, dependendo dos seus fins e circunstâncias. As normas referidas à
classes de ação são provisórias (por exemplo, furtar é errado, mas não para
um faminto).

A linha de desenvolvimento do utilitarismo é direta. Parte do argumento


egoísta básico, que pode ser formulado da seguinte maneira: eu trato dos
meus interesses e não encontro razão para tratar dos seus. Encontre-me
somente um motivo para que eu me dedique aos seus interesses, que eu o
farei, desde, é claro, que esse motivo seja do meu interesse. O que Bentham e
os demais utilitaristas argumentam é que esse motivo existe.
Filiação Ética
Utilitarismo ético (Bentham)

A sua dedução lógica é simples. Primeiro Bentham pergunta: o que pode ser o
interesse máximo de cada um? - e responde que todos seres humanos sofremos
e temos prazer e de que preferimos o prazer ao sofrimento. Segundo, a partir
dessa primeira constatação, pergunta: - o que pode determinar o
comportamento moral da humanidade? - e responde que a chave do eticamente
correto é o prazer, a satisfação dos desejos de todos, ou pelo menos da maioria.
Filiação Ética

Absolutismo ético (Kant)

Afirma que determinadas classes de ação são objetivamente


erradas ou certas, independentemente dos seus fins ou
circunstâncias (por exemplo, mentir ou furtar são atos condenáveis,
sem exceção).

Para decidir se uma ação estratégica é moralmente correta desse


ponto de vista, deve-se perguntar, portanto, se podemos
racionalmente querer que essa ação seja universalizável.
Filiação Ética

Contratualismo (Thomas Hobbes)

▪ Legitimação racional às ordens do poder soberano

▪ Consenso elaborado por indivíduos livres e iguais

▪ Centralização do Poder Estatal

▪ Direito torna-se apenas o Direito dito pelo Estado


Filiação Ética
A - O furto é condenável porque:
1. •- Há um principio ético universal que condena o furto (Brasil: 25% absolutismo ético)
2. •- As normas e hábitos socialmente aceitos condenam o furto (12 a 15% relativismo
tradicionalista)
3. •- A lei o proíbe (armadilha: lei x ética)
4. •- Sabemos intuitivamente que furtar é errado (institucionalismo ético)
5. •- Há um mandamento religioso contra o furto (Religiões não tem uma ética, têm moral)
6. •- As consequências do ato de furtar podem ser prejudiciais a toda sociedade (Utilitarismo ético)
7. •- O furto não é condenável em termos absolutos. Depende das circunstâncias (Relativismo
circunstancial)
8. •- Há um acordo, um pacto social, que condena o furto (Contratualismo ético)

B - A mentira é condenável porque:


1. •- As consequências do ato de mentir podem ser prejudiciais a toda sociedade
2. •- A mentira não é condenável em termos absolutos. Depende das circunstâncias
3. •- Há um acordo, um pacto social, que condena a mentira
4. •- Sabemos intuitivamente que mentir é errado
5. •- Mentir é contra a lei
6. •- Há um princípio universal contra a mentira
7. •- Há um mandamento religioso contra a mentira
8. •- As normas e hábitos socialmente aceitos condenam a mentira.

Fé – Crença sem razão


De que trata a ética?

▪ Certo & errado


▪ Moral
▪ o conjunto de crenças aceitas por uma cultura acerca do
que se deve e do que não se deve fazer
▪ Ética
▪ ciência que tem por objeto as ideias morais filosoficamente
justificadas
Qual o campo da ética?

▪ Fora da ética:
▪ Direito
▪ Religião
▪ Dilemas e questões
▪ Claro e distinto
▪ Preocupar-se
▪ Lógica, infra lógica, supra lógica
▪ Extensão
O Renascimento Contemporâneo dos Princípios Clássicos

▪ O princípio religioso;
▪ O princípio da força afirmativa;
▪ O princípio da realidade;
▪ O princípio da responsabilidade;
▪ O princípio da liberdade e da igualdade;
▪ O princípio da diferença;
▪ O princípio da autodeterminação;
▪ O princípio do respeito pela vida.

(Jacqueline Russ)
Níveis de Discussão e Aplicação da Ética na
Administração das Organizações

▪ Papel, presença, e efeito das organizações na


Nível Social
sociedade.

▪ Obrigações das organizações em relação a


Nível do Stakeholder todos os que delas dependem ou são por elas
afetados.

Nível da política
▪ Relações da empresa com seus empregados.
interna da empresa

Nível individual ▪ Maneira como as pessoas devem tratar-se.


Código de Ética Empresarial

▪ A base dos códigos de comportamento éticos nas


organizações e na sociedade está em sistema de valores
criados por filósofos e líderes que têm uma visão superior à
das demais pessoas.

▪ É a base de sustentabilidade moral e o alicerce ético que


deve orientar e conduzir a gestão e as ações de empresas
socialmente responsáveis.
Objetivos do Código de Ética Empresarial

 Ser um instrumento de realização dos princípios, visão e


missão da empresa
 Viabilizar um comportamento pautado em valores
incorporados por todos, por serem justos e pertinentes
 Ser uma referência formal e institucional, para a conduta
pessoal e profissional, reduzindo a subjetividade das
interpretações pessoais sobre princípio morais e éticos
 Tornar-se um padrão de relacionamento interno e com os
seus públicos de interesse: acionistas, clientes, empregados,
sindicatos, parceiros fornecedores, prestadores de serviços,
concorrentes, sociedade, governo e a comunidade onde
atua.
Código de Ética Empresarial: Dilemas
 Descrevem as regras éticas e limites segundo os quais a organização pretende operar.
 Dilemas éticos
▪ Você definiu o problema precisamente?
▪ Como você definiria o problema se estivesse do “outro lado”?
▪ Como o dilema pôde ocorrer? (causas essenciais)
▪ A quem você deve lealdade, como pessoa, como membro da organização e como
membro da comunidade?
▪ Qual sua intenção ao tomar a decisão?
▪ Como essa intenção se compara com os resultados prováveis das alternativas?
▪ A quem sua decisão poderia ferir ou prejudicar?
▪ Você pode discutir a questão com as partes antes de tomar a decisão?
▪ Você tem confiança que ao longo do tempo sua decisão vai continuar tão válida como
aparenta hoje?
▪ Você abriria sua decisão sem preocupações para seu chefe, seu CEO, o conselho
administrativo, sua família, a sociedade como um todo?
▪ Qual o potencial simbólico das suas alternativas de decisão se bem entendidas? E se
mal entendidas?
▪ Sob que circunstâncias você admitiria exceções para a postura que agora está prestes
a tomar?
O Código de Ética Pode Ser Composto por Três
Partes:

 Valores

Código de Ética
 Princípios de ação coletiva
Código de
Conduta

 Guia prático
O Código de Ética Pode Ser Composto por Três Partes:

▪ Valores – Respeito à pessoa; Respeito ao meio ambiente; Performance;


Solidariedade; Integridade
▪ Princípios de ação coletiva (destina-se a dar respostas às expectativas
das partes engajadas, orientando a atuação e fundamentando a imagem
da empresa sólida e confiável). Voltados para clientes, acionistas,
fornecedores e comunidade.
▪ Guia prático – Trata da legislação, conflito de interesses, atividades
políticas, corrupção, presentes, proteção dos ativos, confidencialidade,
manifestação pública, assédio, empregados e utilização dos recursos de
informática.
O Código de Ética - Desenvolvimento

▪ Identifique valores necessários a resolver questões correntes


no local de trabalho;
▪ Identifique os valores éticos valorizados por produtos de
grande sucesso;
▪ Identifique valores importantes durante a fase de
planejamento estratégico – reforce-os;
▪ Revise os valores estabelecidos de forma que conformem-se
com a legislação vigente;
▪ Considere como muito importantes os valores que os grupos
de interesse consideram fundamentais.
O Código de Ética - Desenvolvimento

▪ Exemplos de valores são: confiabilidade, respeito,


responsabilidade, solidariedade, justiça, cidadania;
▪ Na composição do código de ética, é útil associar, com cada
um dos valores expressos, dois exemplos de comportamentos
ilustrativos;
▪ É importante a inclusão explícita de texto que deixe claro que
espera-se dos funcionários que seu comportamento
conforme-se ao código;
▪ O desenvolvimento participativo do código de ética para
operações é desejável, a divulgação ampla e a constante
revisão com base em feedback dos envolvidos é mandatória.
A Implementação de um Código de Ética Passar por:

▪ Divulgação para todos na organização de uma forma fácil de entender.


▪ Divulgação para todos na organização do apoio da gerência ao código de
ética
▪ Divulgação para todos na organização das maneiras pelas quais cada
indivíduo deve aplicar o código de ética.
▪ Divulgação do código de ética aos fornecedores, cliente e
disponibilização ao público externo.
Discussão:
Pense em um Exemplo da Cada Combinação

Responsável Irresponsável

Legal Segue a lei e Segue a lei, mas


beneficia a Sociedade prejudica a sociedade

Beneficia a sociedade, Prejudica a sociedade e


Ilegal

mas desrespeita a lei desrespeita a lei.


Desenvolvimento Moral Organizacional
Fatores Individuais Fatores Ambientais
• Desenvolvimento individual • Expectativas da Sociedade
• Características individuais • Normas locais e da indústria
• Regulamentos e leis

Expectativas da Alta Direção


Nível desejado de desenvolvimento
moral da organização

Processos Organizacionais
• Formulação de estratégias
• Distribuição de recursos e poder
• Socialização
• Sistema de recompensa

Desenvolvimento Moral
Organizacional
Pré-convencional
• Convencional
• Pós-convencional
Estágios do Desenvolvimento Moral
Estágios de
desenvolvimento moral Comportamentos

Pré-convencional • Ética individualista ou egoísta.


• “O negócio é levar vantagem em tudo”

Convencional • Ética orientada pela necessidade de


parecer bem na comunidade.
• Devo comportar-me direito para ser
aceito.

Pós-convencional • Ética orientada pelo idealismo moral.


• Princípios e convicções independentes do
receio de punições ou desejo de
recompensas
Dilemas Éticos do Dia-a-dia

▪ Conflitos de interesse
▪ Situação na qual uma decisão de negócio pode ser
influenciada potencialmente pelo ganho pessoal.

▪ Honestidade e Integridade
▪ Empregado honesto diz a verdade
▪ Empregado com integridade adere profundamente aos
princípios éticos em situações de decisões de trabalho.
Dilemas Éticos do Dia-a-dia

▪ Lealdade e Verdade
▪ Verdade desfavorável pode causar conflito ético.
▪ Então, os empregados podem ter que decidir entre
lealdade e verdade.

▪ Uso de Informação Privilegiada


▪ Divulgação de informações da organização por seus
colaboradores para a mídia, ou autoridades
governamentais de práticas ilegais, imorais, ou não
éticas da organização.
Preocupações com as Questões Éticas e de
Responsabilidade Social

▪ Ética nas Relações com os Fornecedores


▪ Ética nas Relações Humanas com os Empregados
▪ Ética nas Relações com os Consumidores
▪ Ética na Relação com Clientes
▪ Ética na Relação com Governo
▪ Ética na Relação com a comunidade, e com a Sociedade em
geral
▪ Ética com a concorrência.
Controle da Conduta pela
Regulamentação Governamental

Nem todas as pessoas e organizações se comportam


voluntariamente de maneira ética e responsável

▪ Regulação da Competição
▪ Proteção do Consumidor
▪ Proteção Ambiental
RSE e Sustentabilidade
Ética e Responsabilidade Social

A base da responsabilidade social corporativa está na


concepção de que a entidade responde a critérios
éticos de comportamento.
Responsabilidade Individual x Coletiva

• Responsabilidade Individual

A responsabilidade individual obriga a pessoa a responder apenas pelos


próprios atos ou por algo confiado à própria.

• Responsabilidade Coletiva

A responsabilidade coletiva obriga não só pelos próprios atos, mas também


pelos atos alheios, quando se trata de atos, deliberados, aceitos e decididos
livremente por um grupo de indivíduos para realizar uma tarefa comum.
Função Social das Empresas

▪ Orientação:

▪ Exclusivamente pela maximização do lucro;


▪ Pelos sinais do mercado e da sociedade.

▪ A Orientação define tratamento para:

▪ Oportunidades de mercado/oferta de produtos e serviços;


▪ Aumento da competitividade/redução de custo/externalidades
▪ Aumento da produtividade/crescimento/desenvolvimento
tecnológico.
Duas Doutrinas Sobre a
Responsabilidade Social Empresarial

Doutrina da ▪ As empresas usam recursos da sociedade.


Responsabilidade ▪ É justo que as empresas tenham
Social responsabilidades em relação à sociedade.

▪ A empresa tem obrigações unicamente com


Doutrina do Interesse seus acionistas.
do Acionista ▪ Não cabe à empresa resolver problemas
sociais.
Revolução dos Valores
Crise do Setor Público Mudança de Paradigma:
Nova divisão da tarefa pública

Terceiro Setor:
ONGs

Segundo Setor:
Mercado

Governo
Expansão da esfera
pública não estatal

O 2o Setor (empresas) e o 3o Setor (Sociedade civil organizada) são chamados


a participar das tarefas públicas, antes exclusivas do Estado
Revolução dos Valores
As empresas já não fazem mais parte de um mercado.
São parte de uma sociedade global.

O movimento da Responsabilidade Social empresarial chega


como resposta do setor privado para este novo cenário de
valores e forças.

“Não há empresa bem sucedida numa sociedade fracassada,


assim como não há sociedade bem sucedida com empresas
fracassadas”
(Stephen Schimidheiny – Fundador do Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável)
Responsabilidade Social Empresarial
Empresa Responsável para quem?
1970 - Acionistas Visão Clássica

- Comunidade Visão mais divulgada


- Empregados
- Natureza
- Governo Visões menos
- Rede de fornecedores divulgadas
- Consumidores
- Todos os atuais e futuros stakeholders -
2000
sociedade sustentável
Amplitude
der visão e
mudança
Responsabilidade Social Empresarial

Como Responde a Comunidade Global:

1972 1983 1987 1992 1997 1999 2000 2015

Clube Nosso futuro Protocolo Metas do


de Roma Comum De Kyoto Milênio
Comissão Mundial sobre Rio 92 Pacto 17 Objetivos de
Meio Ambiente e Agenda 21 Global Desenvolvimento
Desenvolvimento Sustentável
Por que Ser uma Empresa Socialmente
Responsável?
O Contexto Mundial e a Realidade Brasileira:

▪ A ampliação dos níveis de organizações da sociedade civil verificada em


vários países no mundo.
▪ O Ciclo de conferências Sociais das Nações Unidas.
▪ O Avanço do Consumo Socialmente Responsável.
▪ Iniciativas internacionais:
▪ Global Compact
▪ Princípios para a Responsabilidade Corporativa global
▪ SA 8000:2014
▪ Global Reporting Initiative (GRI)
▪ AA 1000 Accountability Principles Standard (2008)
▪ Dow Jones Sustainability Index
▪ ISO 26000:2010
Por que Ser uma Empresa Socialmente
Responsável?
O Contexto Mundial e a Realidade Brasileira:
▪ RSE no Brasil:
▪ Década de 80: Fundação Instituto de Desenvolvimento
Empresarial e Social (FIDES).
▪ 1992: Centro de Estudo de Ética nas Organizações.
▪ 1995: Grupo de Institutos, Organizações e Empresas (GIFE).
▪ 1996: Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas
(IBASE).
▪ 1997: Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS).
▪ 1998: Instituto Ethos.
▪ 1999: Ação empresarial pela Cidadania (AEC).
▪ 2000: SESI – A Marca da Responsabilidade Social
▪ 2004: NBR 16001 - Responsabilidade Social – Sistema da
Gestão – Requisito
▪ 2013 - Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e
Responsáveis.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Responsabilidade Social Empresarial

A Responsabilidade Social Empresarial é uma forma de gestão que se define


pelo pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com
os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais
compatíveis com o desenvolvimento sustentável na sociedade preservando
recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a
diversidade e promovendo a redução das desigualdade sociais.
Responsabilidade Social Empresarial

Responsabilidade social empresarial é uma forma de


conduzir os negócios que torna a empresa parceira e
corresponsável pelo desenvolvimento social.
Responsabilidade Social Empresarial

As atividades e atitudes de uma empresa socialmente responsável precisam


caracterizar-se por:

▪ preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam todas


as partes interessadas.
▪ promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os
padrões universais de direitos humanos e de cidadania e de participação
na sociedade.
▪ respeito ao meio ambiente e contribuição para sua sustentabilidade em
todo o mundo.
▪ maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organização,
contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos
ou até atuando diretamente na área social, em parcerias com governos ou
isoladamente.
Responsabilidade Social Empresarial

A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) consiste num conjunto de


iniciativas por meio das quais as empresas buscam – voluntariamente –
integrar considerações de natureza ética, social e ambiental às suas
interações com clientes, empregados, fornecedores, concorrentes,
acionistas, governo e comunidades – as chamadas “partes interessadas” –
visando o desenvolvimento de negócios sustentáveis.
Responsabilidade Social Empresarial
Duas abordagens

Necessidade Efetivação de Direitos

Assistencialismo Sustentabilidade

Compensação Autonomia

Ajudar Respeitar
Público

O modelo ético organizacional tem origem na ética da


responsabilidade com relação aos diferentes stakeholders.
Público
Fornecedores
Meio Ambiente Público interno

Sustentabilidade Transparência

Consumidores Empresa Sociedade/


Governo

Comunidade Acionistas

Ética
Público
Transparência

Determinação de uma organização de permitir que toda e qualquer conduta sua


possa ser integralmente registrada, verificada, analisada e submetida a um juízo
de valor sob a perspectiva ética.
Sustentabilidade

▪ Equidade intergeracional: a sustentabilidade só é verdadeira se ela for


deixada como herança para as próximas gerações.
▪ Três áreas interdependentes: social, econômica e ambiental.
▪ Capacidade de continuidade no longo prazo.
A sustentabilidade é ...
Uma questão de toda a Sociedade.

A transformação da realidade atual e a busca de uma vida COM qualidade,


passa pela atuação articulada de TODOS os agentes sociais:

Governo Empresas

GOVERNANÇA
SOCIAL
3º Setor Cidadãos
Responsabilidade Social Empresarial

Iniciativas:

▪ Que preconizam o desenvolvimento de negócios sustentáveis

▪ De caráter voluntário

▪ Voltada aos seus diferentes públicos

▪ Focalizadas nas dimensão ética de suas relações com esse


públicos, bem como na qualidade dos impactos da empresa
sobre a sociedade e o meio ambiente.
Responsabilidade Social Empresarial

Ao buscar :

▪ A ética e transparência em seus negócios;


▪ O aprimoramento das relações com as partes interessadas
▪ a qualidade de seus impactos sobre a sociedade e o meio ambiente.

A empresa :

▪ Fortalece sua imagem;


▪ Tem capacidade de atrair e reter talentos;
▪ Pavimenta o caminho para a sua competitividade
Responsabilidade Social Empresarial

A empresa tem:

▪ Maior comprometimento e lealdade dos empregados, que passam a se


identificar melhor com a empresa.
▪ Maior aceitação pelos clientes, que cada dia se tornam mais exigentes.
▪ Maior facilidade de acesso a financiamento, pois é real a tendência de os
fundos de investimentos passarem a financiar apenas empresas socialmente
responsáveis.
▪ Contribuição para sua legitimidade perante o Estado e a sociedade.
Responsabilidade Social Empresarial

▪ Em Resumo:

▪ Conquista e fidelização dos clientes.

▪ Ambiente de trabalho positivo.

▪ Controle e redução de custos.

▪ Acesso ao mercado externo.

▪ Acesso ao crédito.
Responsabilidade Social Empresarial

Em Resumo:

RSE pode ser entendida como:

▪ Um atributo ético
▪ Um comportamento empresarial
▪ Um modelo de gestão

Estas três dimensões viabilizam o exercício da cidadania empresarial


Ação Social

Qualquer atividade realizada para atender às comunidades nas áreas


de assistência social, alimentação, saúde, educação, meio ambiente e
desenvolvimento comunitário, excetuando-se, as atividades geradas
por obrigação legal”(IPEA, 2002).
Filantropia

É basicamente uma ação social externa da empresa, que tem como beneficiária
principal a comunidade em suas diversas formas (conselhos comunitários,
organizações não-governamentais, associações comunitárias etc.) e organizações.
Filantropia

É basicamente uma ação social externa da empresa, que tem como beneficiária
principal a comunidade em suas diversas formas (conselhos comunitários,
organizações não-governamentais, associações comunitárias etc.) e organizações.
Filantropia Empresarial

“É a ação social voluntária da empresa na comunidade, realizada de forma


pontual, pouco profissional, pouco planejada e com pequeno impacto de
mudança da realidade daqueles que são beneficiados”(MOSTARDEIRO).
Investimento Social Privado

É o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e


sistemática para projetos sociais, ambientais e/ou culturais de interesse
público. A preocupação com o planejamento, o monitoramento e a avaliação
dos projetos é intrínseca ao conceito de investimento social privado e um dos
elementos fundamentais na diferenciação entre essa prática e as ações de
filantropia empresarial.
Mitos sobre RSE

▪ Mito no 1: Custa caro ser uma empresa socialmente responsável.

▪ Mito no 2: Para ser socialmente responsável, é necessário ser uma grande


empresa.

▪ Mito no 3: Para que as empresas sejam socialmente responsáveis, é necessário


que elas constituam institutos ou fundações.

▪ Mito no 4: A empresa está assumindo um papel que é do governo.


Os Três Pilares da Sustentabilidade

▪ Preservação de recursos naturais


▪ Ecoeficiência
▪ Ambiental ▪ Energia renovável

Sustentabili
▪ Cidadania ▪ Maximização do retorno do
▪ Geração de dade capital do Investidor
Emprego Social Econômico ▪ Empreendedor
▪ Engajamento das ▪ Lucratividade no longo prazo
parte interessadas
Os Três Pilares da Sustentabilidade

▪ Responsabilidade econômica

Gerar riqueza, tendo como base valores e práticas universais.

▪ Responsabilidade social

Dar respostas às demandas sociais, seguindo valores e pautas de


comportamento responsáveis.

▪ Responsabilidade ambiental

Respeitar e cuidar o entorno natural, promovendo modelos de


desenvolvimento sustentável.
O que Significa ser uma empresa sustentável?

▪ Economicamente responsável (Eficiência, produtividade e


rentabilidade)

“Para continuar gerando valor para a sociedade em bases


sustentáveis, as empresas precisam ser rentáveis”.

▪ Legalmente Responsáveis (relações contratuais)

▪ Ambientalmente Responsáveis

▪ Corresponsáveis pelo Todo (influência direta)


O Desenvolvimento Sustentável
Para que o crescimento econômico signifique bem estar coletivo,
deve haver simultaneamente equidade social e equilíbrio ambiental.

Eficiência Melhoria da Equidade


Econômica

+
Fortalecimento da
Equidade Social Democracia

+
Equilíbrio Preservação dos
Ambiental equilíbrios do meio
ambiente
O Desenvolvimento Sustentável
Promotores do Desenvolvimento social, do Equilíbrio ambiental e
do Crescimento Econômico

Capital Humano

Equidade Social
Capital Social Capital Natural
Eficiência Equilíbrio
Econômica Ambiental

Capital Físico Capital Cultural


Capital Natural
Recursos naturais e biológicos que podem ser aproveitados
nos processos econômicos.

Exemplos:

▪ Campanhas de educação ambiental


▪ Consumo consciente dos recursos naturais
▪ Coleta seletiva
▪ Política ambiental na gestão de fornecedores.
Capital Humano
Habilidade, nível de conhecimento, treinamento e educação de
um grupo e a capacidade de produção de cada indivíduo.

Exemplos:

▪ Programa de alfabetização e formação continuada


▪ Programas motivacionais
▪ Plano de carreira
▪ Plano de cargos e salários
▪ Treinamentos e capacitações.
Capital Social
Confiança interpessoal, capacidade de associatividade e de
cooperação social, participação organizada da sociedade
consciência cívica com respeito às normas e ética nas relações.

Exemplos:

▪ Relação com entidades sindicais


▪ Mobilidade dos colaboradores para ações em prol das
comunidades
▪ Engajar parceiros nos projetos sociais da empresa.
Capital Físico
Capital construído pelo homem e constituído de obras de
infraestrutura, maquinários, ferramentas e equipamentos.

Exemplos:

▪ Boas instalações no ambiente de trabalho


▪ Equipamento e materiais adequados para se trabalhar.
Capital Cultural
Identidade da empresa, definida por seus valores, princípios,
formas de gestão e de comunicação.

Exemplos:

▪ Respeito a crenças e valores de cada empregado


▪ Criação de código de ética e conduta
▪ Eventos de confraternização.
Os Públicos e os Temas

Interno - Empregados:

▪ Gestão participativa
▪ Igualdade de oportunidades (sexo, etnia, idade, necessidades especiais)
▪ Saúde e segurança dos colaboradores
▪ Promoção da empregabilidade
▪ Desenvolvimento de competências
▪ Salários e benefícios adequados
▪ Ambiente de trabalho saudável
▪ Liberdade de associação a sindicatos e agremiações de trabalhadores
▪ Respeito aos direitos humanos no ambiente de trabalho
Os Públicos e os Temas

Clientes:

▪ Satisfação em todos os momentos de interação

▪ Segurança e qualidade dos produtos e serviços

▪ Qualidade dos serviços e do atendimento pré e pós-venda

▪ Consulta e envolvimento em decisões que os afetem

▪ Educação dos consumidores


Os Públicos e os Temas
Fornecedores e Parceiros de Negócios:

▪ Uso de critérios transparentes de Responsabilidade Social e Ambiental


na escolha de fornecedores e parceiros de negócios
▪ Cumprimento rigoroso de todas as obrigações contratuais
▪ Uso adequado do poder de compra pelas empresas de grande porte,
especialmente quando se tratar de fornecedores pequenos e com baixo
poder de negociação, visando à construção de relações de confiança de
parcerias de longo prazo
▪ Manter em dia o pagamento de todas as obrigações com fornecedores e
parceiros de negócios
▪ Sempre que possível, dar preferência a fornecedores que gerem
empregos e oportunidades para a economia local
Os Públicos e os Temas

Concorrentes:

▪ Manter as práticas concorrenciais da empresa dentro de critérios


eticamente responsáveis, não compactuando com qualquer forma de
concorrência desleal.

▪ Apoiar os poderes constituídos e as entidades privadas no combate a


todas as formas de concorrência desleal, inclusive a comercialização ilegal
de produtos e a adulteração de marcas.
Os Públicos e os Temas

Comunidade:

▪ Investimento Social Privado e/ou apoio a boas causas sociais

▪ Incentivo e suporte ao trabalho voluntário por parte dos colaboradores


da empresa

▪ Participação em programas e projetos de geração de emprego e


fortalecimento da economia local

▪ Parcerias com ONGs, apoiando suas iniciativas com recursos não


necessariamente financeiros, como, por exemplo, capacitações ou
consultoria nas áreas de planejamento, gestão e avaliação de projetos
Os Públicos e os Temas

Governos:

▪ Cumprir todas as leis, normas e procedimentos que asseguram à


empresa licença para operar, formalmente concedida pelos três níveis de
governo (federal, estadual e municipal)

▪ Práticas anticorrupção e propina

▪ Liderança e influência social


Os Públicos e os Temas

Meio Ambiente:

▪ Gestão ambiental
▪ Uso responsável de água e energia
▪ Tratamento de rejeitos e substâncias poluentes
▪ Reciclagem de materiais
▪ Racionalidade no uso de transporte
▪ Racionalidade no uso de embalagens
▪ Adesão a normas e padrões de certificação ambiental
▪ Educação ambiental na organização
Os Públicos e os Temas

Acionistas:

▪ Respeito aos acionistas minoritários


▪ Diálogo
▪ Transparência
Balanço Social

Um instrumento para a transparência social

Objetiva divulgar informações e indicadores dos investimentos e das ações


realizadas pelas empresas, concentrando-as em duas vertentes:

▪ interna - voltada para os colaboradores e trabalhadores terceirizados,


dirigentes e gerentes;
▪ externa - que compreende as relações da empresa com acionistas,
fornecedores, consumidores, concorrentes, comunidades de entorno,
governos, meio ambiente e a sociedade em geral.

▪ Modelos mais utilizados


▪ Ibase
▪ Instituto Ethos
▪ GRI.
Como Implementar a RSE

• Indicadores Ethos de RSE


• Indicadores Ethos e Pacto Global
• Guia de Elaboração de
Balanço Social
Diagnóstico
• Localizador de
Ferramentas
• Guia de compatibilidade
de Ferramentas
Divulgação para os Prática
públicos de interesse, da RSE Planejamento
transparência e
aprendizagem

Implementação das
ações de RSE
• Banco de Práticas
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis, ferramenta que


explicita o entendimento de que a responsabilidade social é uma forma de
gestão que deve estar presente em qualquer debate sobre sustentabilidade.

Os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis têm como foco


avaliar o quanto a sustentabilidade e a responsabilidade social têm sido
incorporadas nos negócios, auxiliando na definição de estratégias, políticas e
processos.
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
O Que é um Negócio
Sustentável e Responsável?

É a atividade econômica orientada para a geração de valor econômico-financeiro,


ético, social e ambiental, cujos resultados são compartilhados com os públicos
afetados. Sua produção e comercialização são organizadas de modo a reduzir
continuamente o consumo de bens naturais e de serviços ecossistêmicos, a
conferir competitividade e continuidade à própria atividade e a promover e
manter o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Organização dos Indicadores
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Formatações dos Modelos

Básica. Composta por 12 indicadores, esta seleção compreende questões que dizem respeito a
uma abordagem mais panorâmica sobre os temas tratados nas diferentes dimensões;

Essencial. Com 24 indicadores, esta categoria traz questões relevantes às empresas na


perspectiva de diferentes partes interessadas. Representa o que tradicionalmente se reconhece
como a “agenda mínima” da RSE/ sustentabilidade;

Ampla. Esta seleção reúne 36 indicadores que incorporam desdobramentos relativos à “agenda
mínima” da RSE/ sustentabilidade.

Abrangente. É o conjunto dos 47 indicadores desenvolvidos para esta nova geração que incluem
questões de vanguarda e inserem um olhar da empresa sobre sua própria evolução na gestão
sustentável e socialmente responsável.
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Dimensão: Visão e Estratégia

1. Estratégias para a Sustentabilidade


2. Proposta de Valor
3. Modelo de Negócios
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Dimensão: Governança e Gestão


Tema: Governança Organizacional

Subtema: Governança e Conduta

4. Código de Conduta
5 . Governança da Organização (empresas de capital fechado)
5. Governança da Organização (empresas de capital aberto)
6. Compromissos Voluntários e Participação em Iniciativas de RSE/ Sustentabilidade
7. Engajamento das Partes Interessadas

Subtema: Prestação de Contas

8. Relações com Investidores e Relatórios Financeiros


9. Relatos de Sustentabilidade e Relatos Integrados
10. Comunicação com Responsabilidade Social
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Dimensão: Governança e Gestão


Tema: Práticas de Operação e Gestão

Subtema: Práticas Concorrenciais

11. Práticas Concorrenciais

Subtema: Práticas Anticorrupção

12. Práticas Anticorrupção

Subtema: Envolvimento Político Responsável

13. Contribuições para Campanhas Eleitorais


14. Envolvimento no Desenvolvimento de Políticas Públicas
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Dimensão: Governança e Gestão


Tema: Práticas de Operação e Gestão

Subtema: Sistemas de Gestão

15. Gestão Participativa


16. Sistema de Gestão Integrado
17. Sistema de Gestão de Fornecedores
18. Mapeamento dos Impactos da Operação e Gestão de Riscos
19. Gestão da RSE/ Sustentabilidade
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018

Dimensão: Social
Tema: Direitos Humanos

Subtema: Situações de Risco para os Direitos Humanos

20. Monitoramento de Impactos do Negócio nos Direitos Humanos


21. Trabalho Infantil na Cadeia de Suprimentos
22. Trabalho Forçado (ou Análogo ao Escravo) na Cadeia de Suprimentos

Subtema: Ações Afirmativas

23. Promoção da Diversidade e Equidade


Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Dimensão: Social
Tema: Práticas de Trabalho

Subtema: Relações de Trabalho

24. Relação com Empregados (Efetivos, Terceirizados, Temporários ou Parciais)


25. Relações com Sindicatos

Subtema: Desenvolvimento Humano, Benefícios e Treinamento

26. Remuneração e Benefícios


27. Compromisso com o Desenvolvimento Profissional
28. Comportamento frente a Demissões e Empregabilidade

Subtema: Saúde e Segurança no Trabalho e Qualidade de Vida

29. Saúde e Segurança dos Empregados


30. Condições de Trabalho, Qualidade de Vida e Jornada de Trabalho
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Dimensão: Social

Tema: Questões Relativas Ao Consumidor

Subtema: Respeito ao Direito do Consumidor

31. Relacionamento com o Consumidor


32. Impacto decorrente do Uso dos Produtos ou Serviços

Subtema: Consumo Consciente

33. Estratégia de Comunicação Responsável e Educação para o Consumo Consciente


Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Dimensão: Social

Tema: Envolvimento Com a Comunidade e Seu Desenvolvimento

Subtema: Gestão de Impactos na Comunidade e Desenvolvimento

34 Gestão dos Impactos da Empresa na Comunidade


35 Compromisso com o Desenvolvimento da Comunidade e Gestão das Ações Sociais
36 Apoio ao Desenvolvimento de Fornecedores
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Dimensão: Ambiental
Tema: Meio Ambiente

Subtema: Mudanças Climáticas

37. Governança das Ações Relacionadas às Mudanças Climáticas


38. Adaptação às Mudanças Climáticas

Subtema: Gestão e Monitoramento dos Impactos sobre os Serviços Ecossistêmicos e a


Biodiversidade

39. Sistema de Gestão Ambiental


40. Prevenção da Poluição
41. Uso Sustentável de Recursos: Materiais
42. Uso Sustentável de Recursos: Água
43. Uso Sustentável de Recursos: Energia
44. Uso Sustentável da Biodiversidade e Restauração dos Habitats Naturais
45. Educação e Conscientização Ambiental
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis - 2018
Dimensão: Ambiental

Subtema: Impactos do Consumo

46. Impactos do Transporte, Logística e Distribuição


47. Logística Reversa
Práticas da RSE*

Publico Interno:

Programa SER SERASA – Gestão Participativa

▪ Garante a participação de todos os empregados no processo de


planejamento da empresa.
▪ Coleta e sistematização de sugestões individuais.
▪ Sessões de trabalho por área da empresa (Projeto RenaSER)
▪ Reuniões anuais com os líderes da empresa.

* https://exame.abril.com.br/negocios/as-10-praticas-de-rse-que-os-consumidores-mais-valorizam/
Práticas da RSE

Fornecedores:

Avon: SA 8000 para fornecedores também

Consciente do seu papel social com seus funcionários, a Avon adota


uma política de responsabilidade social que é balizada nos padrões
previstos em órgãos internacionais de respeito aos direitos humanos
e do trabalhador. Além de receber o certificados SA 8000, a empresa
considera que esse compromisso com a SA 8000 seja estendido a
toda sua cadeia produtiva.
Práticas da RSE

Cliente e Consumidor:

Grupo Pão de Açúcar

Para fornecer melhores informações aos clientes, disponibilizou em


seus supermercados o serviço de uma pesquisadora que os auxilia
a realizar uma compra mais vantajosa e criou uma seção
especialmente destinada à alimentos dietéticos e orgânicos na qual
o cliente conta com orientação de uma nutricionista.
Práticas da RSE

Governo e Sociedade:

Philips do Brasil

A Philips e mais 49 empresas, em parceira com o Instituto Ayrton


Senna e com o governo de Pernambuco desenvolve um amplo e
profundo trabalho voltado a estudantes de ensino fundamental de
PE.
Práticas da RSE

Comunidade:

Camiceira Romanato

Capacitação de jovens com problemas comportamentais para


criarem desenhos para as estampas das camisas e um percentual da
venda é revertido ao programa.
Práticas da RSE

Meio Ambiente:

Yazigi – Educação ambiental

Sensibiliza seus alunos para o consumo consciente de recursos


naturais por meio da formação de professores como agente
multiplicadores.
Práticas da RSE

Fornecedor:

PROCEM
Um programa integrado criado pelo Programa de Desenvolvimento de
Fornecedores do Maranhão (PDF) em 2002, que representa uma ação conjunta
das principais empresas instaladas no Maranhão, para qualificar e desenvolver
seus fornecedores. Atualmente o programa conta como parceiros, o Governo do
Estado, SEBRAE, SENAI, as grandes empresas compradoras Alumar, Vale,
Eletronorte, Cemar, Renosa e Transpetro, além das empresas fornecedoras e
entidades de classes.
Tem como principal objetivo estabelecer e implementar de um modo integrado o
desenvolvimento e qualificação de fornecedores das grandes empresas instaladas
no Estado do Maranhão, a partir da definição de requisitos que caracterizem um
fornecedor qualificado.
Desafios e Possibilidades da RSE

▪ Internalizar a RSE como parte integrante do negócio: faz parte da cultura


organizacional.
▪ compromisso de todos e de longo prazo: expressa os valores éticos da
empresa.
▪ Compreensão de todos que a RSE possa trazer uma vantagem competitiva: é
bom para o negócio.
▪ Visão de longo prazo: processo progressivo e permanente.
▪ Transversalidade: não é um novo departamento.
▪ Integrar todas as áreas da empresa: política corporativa.
▪ Capacidade de monitorar e avaliar o processo de maneira permanente:
processo contínuo e aperfeiçoamento.
Desafios e Possibilidades da RSE

▪ Pressupõe profissionais habilitados para atuar na área (cursos de formação


específica, inclusão da temática nos currículos de graduação, etc.)

▪ Pressupõe planejamento estratégico e situacional

▪ Pressupõe diferenciar ação de RSE e marketing institucional

▪ Pressupõe investimento social (o social é visto como gasto?)

▪ Pressupõe a atuação no social de forma equivalente ao negócio da


organização
Normas e Certificações em RSE
SA 8000 (Social
Accountability) – Norma de
Responsabilidade Social
SA 8000:2014(Social Accountability)

A SA 8000 trata especialmente do ambiente de trabalho.


SA 8000 (Social Accountability)

▪ Órgão de Acreditação: SAI - Social Accountability International;

▪ A norma foi criada em 1997 e revisada em 2001, 2008 e 2014;

▪ Foco nas pessoas e no ambiente interno de trabalho;

▪ A SA 8000 não está associada a Ações Comunitárias ou Voluntariado.


SA 8000 - Requisitos

1. Trabalho Infantil
2. Trabalho Forçado e compulsório
3. Saúde e Segurança
4. Liberdade de Associação e Direito a Negociação Coletiva
5. Discriminação
6. Práticas Disciplinares
7. Horário de Trabalho
8. Remuneração
9. Sistema de Gestão
Trabalho Infantil
A organização não deve se envolver ou apoiar a utilização de trabalho
infantil.

▪ Diferença entre Trabalhador Infantil X Trabalhador Jovem:

▪ Trabalhador Infantil: toda criança com idade inferior a 16 anos


▪ Trabalhador Jovem: pessoa com idade entre 16 e 18 anos

▪ Ação de Reparação para trabalhadores infantis;

▪ As horas combinadas entre transporte, período escolar e o horário de trabalho


não podem exceder 10 horas.
▪ O trabalhador jovem não poderá trabalhar em horário noturno
Trabalho Forçado e Compulsório
A organização não deve se envolver ou apoiar a utilização de
trabalho forçado ou compulsório

▪ Todo trabalho compulsório ou realizado sob ameaça é absolutamente


proibido;

▪ Esclarecer previamente as condições de trabalho de seus empregados


durante o período de contratação;

▪ Considerando seu raio de influência, a empresa precisa combater práticas


de trabalho forçado na sua cadeia de fornecedores e subfornecedores.
Saúde e Segurança
A organização deve proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável e
deve tomar medidas eficazes para prevenir potenciais incidentes à saúde e
segurança e lesões ocupacionais ou doença que surjam do, estejam associados
com ou que ocorram no curso do trabalho.

▪ Assegurar que todos os funcionários recebam treinamento regular e


documentado, incluindo os novos colaboradores;

▪ Estabelecer sistemas para detectar, evitar ou reagir ameaças potenciais à


saúde e segurança de todos os funcionários;

▪ Assegurar o fornecimento de instalações limpas e seguras, e acesso a água


potável para todos os colaboradores.

PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (NR – 07)


PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ( NR – 09)
Liberdade de Associação e Direito a
Negociação Coletiva
Todo pessoal deve ter o direito de formar, se associar e organizar
sindicatos de sua escolha e de negociar coletivamente seus interesses
com a organização

▪ Direito a Negociação Coletiva por parte dos empregados;

▪ Livre acesso do sindicato às instalações da empresa e aos seus membros;

▪ Tratamento igual aos membros do sindicato, sem discriminação.


Discriminação
A organização não deve se envolver ou apoiar a
discriminação.

▪ Oportunidades iguais para todos de: contratação, remuneração, acesso a


treinamento, promoção, encerramento de contrato ou aposentadoria;

▪ Nenhuma discriminação com base em raça, classe social, nacionalidade,


religião, deficiência, sexo, orientação sexual, associação a sindicato ou
afiliação política, ou idade;

▪ Comportamento sexualmente coercitivo, ameaçador, abusivo ou


explorativo não é tolerado.
Práticas Disciplinares

A organização deve tratar todo o pessoal com dignidade e respeito. A


organização não deve se envolver ou tolerar a utilização de punição
corporal, mental ou coerção física e abuso verbal das pessoas.
Horário de Trabalho
A organização deve estar em conformidade com as leis aplicáveis, com
os acordos de negociação coletiva (quando aplicável) e com os padrões
da indústria sobre horário de trabalho, folgas e feriados públicos.

▪ A jornada de trabalho não pode exceder 48 horas semanais (44 no Brasil);

▪ Assegurar 1 (um) dia de descanso a cada 7 (sete) dias de trabalho;

▪ A realização de trabalho extra deve ser de forma voluntária e devidamente remunerada;

▪ As horas extras não podem ultrapassar 2 horas diárias ou 12 horas


semanais (não é cumulativo: os valores são para uma semana de trabalho);

▪ Hora extra deve ser realizada apenas em circunstâncias excepcionais;

▪ Pagamento de hora extra de acordo com a Convenção Coletiva;

▪ O controle de hora extra deverá ser empregado por empregado.


Remuneração
organização deve respeitar o direito do pessoal a um salário de subsistência
e assegurar que os salários pagos por uma semana normal de trabalho
devam sempre satisfazer a pelo menos os padrões mínimos legais ou da
indústria, ou ao acordo de negociação coletiva (quando aplicável).

▪ Apresentar demonstrativo de pagamento detalhando composição dos


salários, benefícios e deduções;

▪ Deduções salariais não podem ser aplicadas em virtude de medidas


disciplinares;

▪ Coibir os arranjos de contrato e esquemas de falso aprendizado.


Sistema de Gestão

A alta administração deve redigir uma declaração da política para


informar ao pessoal, em todos os idiomas apropriados, que ela
escolheu estar em conformidade com a SA8000.

▪ Compromisso de conformidade com todos os requisitos da SA 8000;

▪ Compromisso de observância à legislação e outras aplicáveis;

▪ Compromisso com a melhoria contínua;

▪ Seja documentada, implementada e mantida, comunicada e acessível a


todas partes interessadas.
Sistema de Gestão
▪ Políticas, Procedimentos e Registros

▪ Equipe de Desempenho Social

▪ Identificação e Avaliação de Riscos

▪ Monitoração

▪Envolvimento e Comunicação Interna

▪Gestão de Reclamações e Resolução

▪ Verificação Externa e Engajamento de Partes Interessadas

▪ Ações Corretivas e Preventivas

▪ Treinamento e capacitação

▪ Gestão de Fornecedores e Subcontratados


Sistema de Gestão
▪ Tópicos Importantes:

▪ Eleição do representante dos empregados;

▪ Desenvolvimento de sistema de comunicação entre os empregados e seu


representante;

▪ Gerenciamento de Horas Extras;

▪ Divulgação e comprometimento formal dos fornecedores;

▪ Representante dos empregados acompanha auditoria;

▪ Auditorias fora do horário administrativo;


Norma Brasileira de
Responsabilidade Social

NBR 16001:2012. Responsabilidade


Social - Sistema da Gestão – Requisitos
NBR 16001: 2012

“Esta Norma foi redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos


e portes de organizações e para adequar-se a diferentes
condições geográficas, culturais e sociais brasileiras. (...)

O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos


os níveis e funções, especialmente da Alta Direção.”
Responsabilidade Social

Consumidor,
Cliente Público Relação ética e
interno
transparente da
organização com
fornecedor
organização todas as suas
proprietários,
acionistas, partes interessadas,
banqueiros
visando o
desenvolvimento
sindicatos
comunidade sustentável.
SA 8000 x NBR 16001
NBR 16001 - Sumário
Prefácio e Introdução

1 – Escopo

2 – Termos e Definições

3 – Requisitos do sistema da gestão da responsabilidade social

Anexo A – Identificação das partes interessadas


Anexo B – Engajamento das partes interessadas
Anexo C - Comunicação sobre responsabilidade social
Anexo D - Questões da responsabilidade social
Anexo E - Oportunidades de melhoria e inovação
Anexo F - Monitoramento e medição
Anexo G - Correspondência entre a ABNT NBR 16001:2012 e a ABNT NBR ISO
26000:2010
NBR 16001 – Visão Geral
NBR 16001 - Requisitos
3.6 MELHORIA CONTÍNUA
Análise
Medição, análise pela Administração
e melhoria 3.3.5 Política
da RS Aspectos
3.2
3.3
Auditoria da RS
3.3.1 Planejamento
interna
3.6.4
Requisitos
legais e outros
Não-conformidade 3.3.2
e AC e AP
4.6.3 Objetivos
e metas
Avaliação 3.3.3
da
conformidade
3.6.2 Comprometimento
da Programas
3.3.3
Monitoramento
Alta Administração
e medição
3.6.1 Recursos, regras,
responsabilidade
e autoridade 3.3.4
Controle
de
registros Competência,
3.5 3.5.4 treinamento e
conscientização
Requisitos de 3.4.1
documentação Controle
de documentos
3.5.3 Controle Comunicação
Manual do 3.4
operacional 3.4.2
SGRS Implementação e Operação
3.4.3
3.5.2
Entendendo a NBR 16001: 2012

1. Requisitos Gerais (3.1)


> explicita a necessidade de “melhoria contínua”
> não é possível a “exclusão” de requisitos da Norma, para
efeito de certificação
Entendendo a NBR 16001: 2012

2. Política da responsabilidade social (3.2)


> ... consultando as partes interessadas
> ... inclua o comprometimento com a promoção da ética e do
desenvolvimento sustentável, com a melhoria contínua, prevenção
de impactos adversos e atendimento à legislação
> ... comunicada a todos que trabalham para ou em nome da
organização
Entendendo a NBR 16001: 2012
Política
Assegurando Apropriada a natureza,
escala e impactos
Comprometimento com: Política de
-Ética
-Desenvolvimento sustentável
Responsabilidade
-Melhoria contínua Social
-Prevenção de impactos adversos
-Atendimento à legislação e outros (2.12)

Organização
(2.10)
-Estrutura para
Objetivos e metas
-Documentada
Partes -Implementada
-Mantida
Interessadas
-Comunicada
(2.11) -Disponível p/ público
Consultando
Entendendo a NBR 16001: 2012
Planejamento

3.3.1
Requisitos Requisitos Objetivos e
operacionais comerciais
Aspectos da
RS
Metas de
RS
Requisitos Meio social e
Impactos
financeiros cultural

3.3.2
Requisitos
legais e
Visão das
Partes
Opções PROGRAMAS
tecnológicas
outros interessadas -Responsabilidades
- Meios
- Prazos
Entendendo a NBR 16001: 2012

3.5.1 ... a documentação do SGRS deve incluir

d) procedimentos documentados, documentos e registros (ver

3.5.4), definidos pela organização como sendo necessários para

assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de

seus processos relacionados com a responsabilidade social


Entendendo a NBR 16001: 2012

3. Aspectos da responsabilidade social (3.3.1)


> ... identificar as partes interessadas e suas percepções, bem como os
aspectos da responsabilidade social
> que possam ser controlados e sobre os quais presume-se que tenha
influência
> a fim de determinar aqueles que tenham, ou possam ter, impacto
significativo, positivo ou negativo
> “link” SGRS  aspectos (penúltimo parágrafo)
Entendendo a NBR 16001: 2012

4. Requisitos legais e outros (3.3.2)


> ... identificar e ter acesso à legislação aplicável a seus aspectos
da responsabilidade social e outros requisitos pro ela subscritos
> ... exemplos de outros requisitos: Global Compact,
Compromissos Empresa Amiga da Criança, ...
Entendendo a NBR 16001: 2012

5. Objetivos, metas e programas (3.3.3)


> ... devem ser considerados ...
requisitos legais e outros;
aspectos significativos;
opções tecnológica;
requisitos financeiros, operacionais e comerciais;
meios sociais e culturais;
visão das partes interessadas; e
impactos decorrentes.
Entendendo a NBR 16001: 2012

• Objetivos, metas e programas (3.3.3)


Contemplar, mas não se limitar a:
a) boas práticas de governança;
b) combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;
c) práticas leais de concorrência;
d) direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao
trabalho infantil;
e) direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de
negociação, a remuneração justa e benefícios básicos, bem como
o combate ao trabalho forçado;
f) promoção da diversidade e combate à discriminação;
Entendendo a NBR 16001: 2012

g) Objetivos, metas e programas (3.3.3)


Contemplar, mas não se limitar a:

g) compromisso com o desenvolvimento profissional;


h) promoção da saúde e segurança;
i) promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento,
produção, distribuição e consumo, contemplando fornecedores,
prestadores de serviços e outros;
j) proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras, e
k) ações sociais de interesse público.
Entendendo a NBR 16001: 2012
Objetivos, metas e programas (3.3.3)

PROGRAMAS
• Responsabilidades
OBJETIVOS METAS
• Meios
• Prazos

Politica da Responsabilidade Social


Aspectos da Responsabilidade Social, Impactos,
Percepção das Partes Interessadas,
Requisitos Legais e Outros
Entendendo a NBR 16001: 2012

6. Recursos, regras, responsabilidade e autoridade (3.3.4)


> A alta administração deve assegurar a disponibilidade de recursos
para estabelecer, implementar, manter e melhorar o SGRS.
> Recursos abrangem: recursos humanos, qualificações, tecnologia,
infraestrutura e recursos financeiros
Entendendo a NBR 16001: 2012

• Recursos, regras, responsabilidade e autoridade (3.3.4)

• Representante da Alta Administração deve:

> Assegurar que os requisitos do SGRS sejam estabelecidos,


implementados e mantidos de acordo com a norma

> Relatar à alta administração o desempenho do SGRS, para análise,


como base para o aprimoramento do SGRS
Entendendo a NBR 16001: 2012

7. Competência, treinamento e conscientização (3.4.1)

> ... necessidades de treinamento associadas com seus

aspectos e seu SGRS

> ... fornecer treinamento ou adotar ações

> ... pessoas que trabalhem para a organização ou em seu

nome estejam conscientes ...


Entendendo a NBR 16001: 2012

Competência, treinamento e conscientização (3.4.1)


a) da importância da conformidade com a política da RS, procedimentos e requisitos
do SGRS;

b) dos impactos significativos, reais e potenciais de suas atividades e dos benefícios


ao meio ambiental, econômico e social resultantes da melhoria do seu desempenho
pessoal;

c) de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com a política da


RS, procedimentos e requisitos do SGRS; e

d) das potenciais consequências da inobservância de procedimentos operacionais


especificados.
Entendendo a NBR 16001: 2012
8. Comunicação (3.4.2)

a) Comunicação interna entre vários níveis e funções da


organização;
b) Recebimento, documentação e resposta às comunicações
pertinentes das partes interessadas externas; e
c) Elaboração e divulgação periódica de documento, envolvendo as
partes interessadas, contendo no mínimo as informações
relevantes sobre:
• SGRS;
• Objetivos e metas de responsabilidade social; e
• Ações e resultados da responsabilidade social.
Entendendo a NBR 16001: 2012

9. Controle operacional (3.4.3)


a) Estabelecimento, implementação de procedimentos
documentados, quando a ausência destes puder levar a desvios
em relação à política, objetivos e metas da RS;
b) Definição de critérios operacionais nos procedimentos
documentados, e
c) Definição e revisão periódica de planos de contingência para as
situações em que houver potencial de danos.
Entendendo a NBR 16001: 2012
Estabelecimento, implementação de procedimentos documentados,
quando a ausência destes puder levar a desvios em relação à
política, objetivos e metas da RS

“k” linhas do 3.3.3

Documentados ou não, não pode haver desvios em relação


à política, objetivos e metas !
Entendendo a NBR 16001: 2012

10. Requisitos de documentação] Generalidades (3.5.1)


A documentação do SGRS deve incluir:
a) Declarações documentadas da política, dos objetivos e metas
de RS;
b) Manual do SGRS;
c) Procedimentos e registros requeridos por esta norma; e
d) Outros procedimentos, documentos e registros definidos pela
organização como necessários.
Entendendo a NBR 16001: 2012
11. Manual do SGRS (3.5.2)
Deve incluir ...
a) Política da responsabilidade social, ou referência a esta;
b) Objetivos e metas da responsabilidade social, ou referência a
estes;
c) Escopo do SGRS;
d) Procedimentos requeridos pela Norma, ou referência a estes; e
e) Descrição e interação dos elementos principais do SGRS.
Entendendo a NBR 16001: 2012
12. Controle de documentos (3.5.3)
Entendendo a NBR 16001: 2012
13. Controle de registros (3.5.4)
Entendendo a NBR 16001: 2012
14. Monitoramento e medição (3.6.1)
> o monitoramento e medição tem 3 focos ...

D___________

C__________ C___________
com O ________
O__________
e M______
Entendendo a NBR 16001: 2012
15. Avaliação da conformidade (3.6.2)

I___________ e ter a_________


3.3.2
à legislação aplicável a seus aspectos ...

A_________ p_______ do a___________


3.6.2
à legislação e demais requisitos ...
Entendendo a NBR 16001: 2012
16. Não-conformidade e ações corretiva e preventiva (3.6.3)
Entendendo a NBR 16001: 2012
17. Análise pela Alta Administração (3.6.5)
As entradas devem incluir ...
a) resultados das auditorias internas do SGRS, das avaliações da
conformidade legal e demais avaliações;
a) comunicação com as partes interessadas, incluindo sugestões e
reclamações;
b) desempenho da RS da organização;
c) situação das ações corretivas e preventivas;
d) acompanhamento das ações oriundas de análises anteriores;
e) circunstâncias de mudanças, inclusive de requisitos legais e
outros associados com os aspectos da RS; e
f) recomendações para melhoria.
Norma Internacional de
Responsabilidade Social

ISO 26000 - Responsabilidade


Social
A ISO 26000:2010

A ISO 26000 agrega valor às iniciativas existentes para a


responsabilidade social fornecendo orientação global com
base em um consenso internacional entre especialistas
representantes das principais partes interessadas e assim
incentivar a aplicação as melhores práticas de
responsabilidade social em todo o mundo.

▪ Publicada em 2010
A ISO 26000:2010

A ISO 26000 agrega valor às iniciativas existentes para a


responsabilidade social fornecendo orientação global com
base em um consenso internacional entre especialistas
representantes das principais partes interessadas e assim
incentivar a aplicação as melhores práticas de
responsabilidade social em todo o mundo.

▪ Publicada em 2010
A ISO 26000:2010 – Visão Geral
A ISO 26000 - Requisitos
Escopo
2 Termos, definições e abreviaturas
2.1 Termos e definições
2.2 Abreviaturas
3 A compreensão da responsabilidade social
3.1 A responsabilidade social das organizações: Histórico
3.2 Tendências atuais da responsabilidade social
3.3 Características da responsabilidade social
3.4 O Estado e a responsabilidade social
4 Princípios da responsabilidade social
4.1 Geral
4.2 Prestação de contas e responsabilidade
4.3 Transparência
4.4 Comportamento ético
4.5 Respeito pelos interesses das partes interessadas
4.6 Respeito pelo estado de direito
4.7 Respeito pelas normas internacionais de comportamento
4.8 Respeito pelos direitos humanos
A ISO 26000 - Requisitos
5 Reconhecimento da responsabilidade social e engajamento das partes
interessadas
5.1 Geral
5.2 Reconhecimento da responsabilidade social
5.3 Identificação e engajamento das partes interessadas
6 Orientações sobre temas centrais da responsabilidade social
6.1 Geral
6.2 Governança organizacional
6.3 Direitos humanos
6.4 Praticas trabalhistas
6.5 Meio ambiente
6.6 Praticas leais de operação
6.7 Questões relativas ao consumidor
6.8 Envolvimento com a comunidade e seu desenvolvimento
A ISO 26000 - Requisitos

7 Orientações sobre a integração da responsabilidade social em toda a


organização
7.1 Geral
7.2 Relação das características da organização com a responsabilidade
social
7.3 Compreensão da responsabilidade social da organização
7.4 Praticas para integrar a responsabilidade social em toda a organização
7.5 Comunicação sobre responsabilidade social
7.6 Fortalecimento da credibilidade em relação a responsabilidade social
7.7 Analise e aprimoramento das ações e praticas da organização relativas
a responsabilidade social
7.8 Iniciativas voluntarias de responsabilidade social
A NBR 16001:2012 e a ISO 26000:2019
Exercícios
Exercício 1: Pré-Curso
Pesquise e Responda:

▪ O que é Responsabilidade social empresarial?


▪ qual a diferença entre filantropia e investimento social privado?
▪ O que são Stakeholders?
▪ Como a ética se relaciona com a responsabilidade social?
▪ É possível ser socialmente responsável mesmo tendo problemas em alguma
área da empresa?
▪ Quais são as vantagens da empresa que adota políticas e práticas de
responsabilidade social?
▪ Em quais áreas a empresa pode desenvolver projetos de responsabilidade
social?
▪ Para quais aspectos da responsabilidade social já existem certificações?
▪ Existe alguma certificação específica que atenda integralmente às atividades da
responsabilidade social?
Exercício 2

Qual sua filiação Ética

Para as alternativas relativas ao roubo e à mentira, marque,


respectivamente, uma que está relacionada diretamente com o
seu modo de pensar em relação à Ética.
Exercício 3

Você é Ético?

Para cada uma das 30 questões, marque se você discorda, discorda


parcialmente ou concorda com a afirmativa. Depois tabule e veja o seu
perfil conforme formulário anexo.
Exercício 4

Resenha Crítica

Leia o artigo “Matriz da Virtude: cálculo do retorno sobre a responsabilidade social das
empresas” de Roger L. Martin.

Faça uma resenha crítica destacando as principais conclusões, pontos fortes e pontos fracos do
artigo.

Preparar-se para o debate em sala de aula.


Exercício 5

Baseado nos exemplos anteriores, cite temas e/ou programas de empresas


locais que expressam a responsabilidade social por público:

▪ Interno
▪ Clientes / Consumidores
▪ Fornecedores
▪ Governo e Sociedade
▪ Meio Ambiente
Exercício 6

Após a leitura do texto anexo, reúnam-se em grupos de cinco alunos, no


máximo, e discutam primeiro: o que é então, de fato, responsabilidade
social? A partir disso, discutam como isso se apresenta na realidade da
maioria das empresas atualmente: como responsabilidade social de fato
ou simplesmente como forma de propaganda? Por último, escrevam um
texto com formato de artigo de jornal, com no mínimo uma lauda e no
máximo duas. Vocês devem explorar neste texto as suas opiniões acerca
da problemática, tendo em mente uma visão empresarial socialmente
responsável, de fato.

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