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A Barca de Deus e o Fim dos Tempos… – Por Vitor
Manuel Adrião Terçafeira, Dec 14 2010
Sem categoria lusophia 19:39
À bolina desta nau em que estão espiritualmente engajados quantos mantêm lúcida a sua
mente e translúcido o seu coração, nau que é a da Obra do Eterno expressa pela Alma
imortal de um e todos os embarcados nela, resta só apelar ao mesmo Eterno que os bons
ventos soprem doce e vigorosamente nas velas enfunadas ou acesas da nossa certeza
interior, feita de Fé e Conhecimento, impelindo a mesma barca sobre as vagas furiosas do
tempore mors, o da mundanidade corporal e o da profanidade sem espiritual, até ao Porto
Seguro de uma Nova Terra, de um novo estado de Consciência, que sendo Quinto revela a
Quina do Quinto Sistema, tanto representado pelas brasas do Fogo Sagrado que é o Brasil
quanto pelo Porto onde atraca a nau cruzia do Santo Graal, sim, Porto‑Graal. Eis aí Portugal e
Brasil, uma só Pátria Gémea no tirocínio certeiro de Shamballah origem comum de ambas,
como quer o Desígnio de Deus no escrínio desta Sua Obra. Sim, que os ventos do Espírito
Divino impelem a todos nós às mais amplas realizações humanas e espirituais, pois que o
espiritual e o humano caminham juntos na vereda estreita da Vida Universal.
“A barca vai a correr”… canta o Peregrino da Vida que é uma linda melodia composta e
“A barca vai a correr”… canta o Peregrino da Vida que é uma linda melodia composta e
musicada em tom de fado pelo Venerável Mestre JHS, fruto de um “sonho‑visão” na noite de
20 para 21 de Maio de 1948. É uma homenagem a Itaparica, a Tebaida de Nassau, em “cujas
areias um Presépio foi armado e dele surgiu a maravilha do Cristo Rei exaltado”, corria o
ano 1899 e hoje resta as cinzas da fogueira de um grande amor, que a quimera e a lenda
envolveu.
Mas é também homenagem sentida de, através da mesma Ilha Encantada de Itaparica, a esta
Terra Assúrica ou dos Filhos da Luz que é a Lux‑Citânia, que é Portugal, mormente Sintra
onde Henrique e Helena receberam os maiores e mais singelos mimos espirituais dos
Augustos Adeptos Perfeitos que aqui estavam e para si os reservaram engajando‑os na mais
perfeita das naus: a da pleniconsciência da Obra Divina a que ficariam comprometidos pelos
dias afora da sua vida.
Sob o divino patrocínio da Mãe Divina, ALLAMIRAH, os “Olhos do Céu”, o “Olhar
Celeste”, ficou Henrique ou El Rike para a visão de Mercúrio (olho direito) e Helena ou
Adamita para a visão de Vénus (olho esquerdo), Gémeos Espirituais unidos, e assim mesmo,
em plagas portuguesas, norteados pelo Óctuplo Poder do Espírito Santo como Maha‑Shakti
prefigurada Mariz, ordenados e regrados por secreta e iniciática Ordem com Regra (as Regras
do Pramantha a Luzir) que é a mesma dessa Stella Maris ou o Vibhutî resplandecente como
Coração de Cristo‑Maria, ou como diz a Ave‑Maria de JHS (composta para os Rituais de
Mahiman‑Kuvera em 1948, e para o Despertar de Maitreya em 1949): “Já agora estás
connosco, Uma só com o Teu Filho, Bendito é o Fruto do Teu Ventre: Maitreya, Maria”! Sim,
a ORDEM DE MARIZ sob o Pendão da Mãe Divina (Allamirah) e as Armas do Cristo
Universal (Maitreya), o que se desvela como Kundalini e Fohat entrosados no mais perfeito
dos Consórcios Amorosos, no mais Perfeito Equilíbrio, na mais perfeita Yoga Universal.
Visível e invisivelmente, em toda a sua vida e obra Henrique José de Souza usufruiu dos
tálamos e frutos benditos dos Irmãos Maiores da Ordem de Mariz promotores encobertos,
aos olhares e movimentos mundanos, do despertar da Consciência Universal afim ao Mental
Superior, à Mente do Eterno desvelado na Terra como Espírito Santo, o Terceiro Logos ou
Trono que é o Corpo de Deus. Foi assim que no Rio de Janeiro, na Rua Mariz e Barros, o
Venerável Mestre JHS teve a assistência quase permanente desses Preclaros Adeptos
aparecendo física e espiritualmente na mesma Mariz e Barros, que é dizer, os Marizes
manifestados no Barro da Terra… tudo em prol da construção do Quinto Sistema de
Evolução, para Maior Glória de Portugal, sim, mas também do feérico Brasil em quem a
Humanidade deposita todas as esperanças do Futuro.
Por tudo isso, em carta dirigida aos seus discípulos portugueses nos finais dos anos 50 e
começo de 60 do século findado, JHS lembrava‑os: “Vós sois os pulmões da Obra!”, que é
dizer, vós sois os Arautos da Obra que deveis anunciar na vossa Pátria Privilegiada, nessa
época com a voz sufocada pelas tiranias políticas então dominantes mas que, mesmo assim,
não deviam temer e confiar na protecção dos Deuses, porque quem fala a Voz de Deus fala a
Voz da Verdade e logo nada tem a temer… “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu
Nome (JHS), Eu estarei no meio deles!”, rematava o mesmo Mestre nessa carta dirigida aos
Portugueses da altura.
Os “pulmões da Obra” são também referência a Vayu, o Ar Vital ligado aos Chakras
Laríngeo e Cardíaco, este cujo sopro dado pelos foles pulmonares imprime a vibração que
pela laringe se manifesta como som, como palavra imprimida pela Inteligência Universal
particularizada no homem. Ora a laringe correlaciona‑se ao 5.º Chakra (contando de baixo
para cima, do Terceiro para o Segundo Logos) como âmbula de evolução para onde
Kundalini se escoa no desfiladeiro da garganta e que vem a tipificar o biorritmo de Portugal
a partir do seu áxis geográfico: Sintra.
Sintra é a Sura‑Loka ou “Embocadura dos Assuras”, dos Filhos do Mental (Cósmico) ou
Mahat, e tal como ela é referência geográfica para os Mundos Interiores da Terra, os Chakras
a referência mística para os Mundos Interiores do Homem, assim também os Dhyanis do
Novo Ciclo são a referência teúrgica para os Mundos Interiores do Corpo da Divindade,
AKBEL. No que nos toca, aos Portugueses e Brasileiros, aí está o 5.º Centro Vital e o 8.º
Centro Vital que é a “essência” do Chakra Cardíaco, o Vibhutî. Consequentemente, vale para
Centro Vital que é a “essência” do Chakra Cardíaco, o Vibhutî. Consequentemente, vale para
todos, Luso‑Brasileiros engajados na Barca de Salvação que é a Obra do Eterno, ontem e hoje
a proclamação de JHS: “Vós sois os pulmões da Obra”!
Barca de Salvação, sim, tendo a bordo bravos marujos ou marutas hábeis marejadores dos
elementos da Natureza sossegando as fúrias dos oceanos de paixões, serenando a Natureza
e, por mares nunca dantes navegados, finalmente ancora, sã e salva, na Terra Prometida da
Humanidade feliz do Novo Pramantha a Luzir… Eis aí o Atlântico prefigurando o 5.º Parda
ou “Rio Celeste”, o mesmo das Águas Azuis do Akasha Universal, sobre que desliza a
Caravela do Cristo Cósmico como Consciência e Ser, sendo Ele o próprio Timoneiro.
Navegar ou evoluir é preciso, sonhar sonhos de perfeição também, e mais ainda criar, sim,
pelo Bem, o Bom e o Belo a Realização de Deus, a começar por um e todos, as “Caravelas
Vivas”, isto é, CARA de MACARA e VELA de VALE, sim, VALEM OS MAKARAS da Obra
do Eterno, nesta hora difícil por que atravessa a Humanidade, para sustentarem as suas mais
íntimas e lídimas esperanças de salvação pela evolução sob o guia de tais raros e preciosos
Seres de transcendente tirocínio certeiro.
Seguir falsos profetas, messias mancos e movimentos ultrapassados pela dinâmica dos
Tempos, vale tanto como nada. Acreditar em profecias e datas messiânicas e apocalípticas,
idem. Sim, porque tudo isso é fruto exclusivo da fantasia precoce humana afligida pela
ignorância das leis e conhecimentos divinos, preferindo as emoções fortes, pagando até para
ser enganada, a dar um só passo na direcção da desilusão, isto é, des‑ilusão ou o desfazer das
ilusões da infância impúbere da alma. Ser “pulmão da Obra”, a voz viva da Obra, falando e
só com a maior fidelidade possível o Pensamento da mesma ao mundo exterior, não me
parece estar minimamente em conformidade com dispersões animistas que redundarão em
absolutamente nada – como esse extraordinário do “ano 2012 – fim do mundo”! – excepto
ter‑se perdido tempo precioso em futilidades inúteis, como se a vida corporal não tivesse um
fim e Deus nos dado a mesma só para a esbanjarmos em nada de verdadeiramente
produtivo e em muito de mal, mau e feio, precisamente o inverso do Bem, Bom e Belo.
Eubiótico não deve ser sinónimo de cacobiótico, assim mesmo Teurgia e Teosofia não devem
rimar com devaneios poéticos de misticismos desapurados, verdadeiros delírios
psicomentais e tão‑só com o que JHS proferiu em palavras magistrais (Livro da Pedra, Carta‑
Revelação 4.6.1950):
“A fusão Ibérica (com o Ameríndio) fez‑se à custa de “lágrimas e sangue”, qual acontece em
“A fusão Ibérica (com o Ameríndio) fez‑se à custa de “lágrimas e sangue”, qual acontece em
todos os ciclos evolucionais da Mónada. Estamos atravessando a mesma ou pior tragédia.
Temos um Templo, entretanto, que se oferece excelsa e magnanimamente aos “últimos
náufragos” dessa mesma tragédia (raris nantis in gurgito vasto), já que na Escola da Vida, e
também em seu Templo e Teatro, os homens do momento nada aprenderam de lógico e
filosófico… A Religião damo‑la nós, através do seu próprio sentido etimológico:
FRATERNIDADE UNIVERSAL DA HUMANIDADE, sem distinção de nenhuma espécie.
Passam‑se os tempos… e voltam as Plêiades, volta o resto do Mistério. E o DRAMA se
desenvolve através da mesma coisa. Sempre TEATRO, ESCOLA, TEMPLO…”
Mas a Escola de AKBEL, na sua parte didáctica, é garantia certa que não passa por
«revelações» lúdicas, nem por misterinhos esotericistas ditos de Cabala judaica, tampouco
por gurus de fancaria sem missão nem mais‑valia, aparte o carisma pessoal de que se servem
para enganar e incitar ao erro os auditórios apaniguados mas não, com certeza, apaziguados
com a sua própria consciência, e assim mesmo também para mestrinhos de invenção
polichinela, caldeirão babel com tudo muito ao gosto folclórico e garrido destes tempos sem
távola nem grei. Se bem que a Escola de AKBEL descodifique a Cabala, assim como a
Maçonaria, a Igreja e outras correntezas tradicionais do Passado, não é nessas que se detém e
ajusta as Revelações do Novo Ciclo a elas, antes, elas é que são ajustadas às mesmas. Por
isso, o Professor Henrique José de Souza não deixou de proferir judicioso, no seu aspecto
KARUNA, pois que a sua vida terrena repartiu‑se nas funções dos 4 BUDHAS PERFEITOS
da Terra, os DEVAS PRATYEKAS, no estudo que baptizou Por motivo da “Barca de Lohengrin”
(revista Dhâranâ, n.º 124, 1945):
“Em resumo, quão enganados se acham os interpretadores das obras cabalísticas de hoje, o
Zohar, por exemplo, e o esquema grosseiro, sem alma, sem expressão alguma, do Talmud
actual, tomados pela primitiva ou tradicional Sabedoria Cabalística da Antiguidade. Tudo
quanto debaixo do nome Cabala circula pela Europa e a própria América, não representa
mais do que ruínas, desfigurados fragmentos da Sabedoria Iniciática das Idades!”
Quem se envolve em práticas mais que ultrapassadas pela marcha avante da Evolução,
Quem se envolve em práticas mais que ultrapassadas pela marcha avante da Evolução,
quem dá ouvidos e créditos a confusões as mais grosseiras e desarmónicas, confundindo o
irreal por real, é sinal certo da sua barca ir soçobrar no oceano das larvas astrais onde em
lascivos movimentos lânguidos se agitam e agigantam mirrentos fantasmas do passado,
almas quebradas em farrapos deleitadas tentadoras sem escrúpulos nem humanidade, por
serem e só fantasmas aduladores do vício, inspiradores do suicídio de almas vivas…
Cruzes, cruzes por toda a parte vêm‑se hoje na gigantesca quadra de cemitério que é toda a
Terra envolta na mortalha funesta dum Ciclo passado mas cujos ecos ainda perduram, razão
para no Prometeu Encadeado cantar o digníssimo e preclaro Membro da Ordem de Mariz que
foi Guerra Junqueiro:
Cruzes, cruzes sem fim, de cedro ou de granito,
De topo em topo, e monte em monte, e serra em serra,
Como braços de angústia abraçando o infinito,
Como punhais de dor apunhalando a Terra.
Mesmo assim há quem já tenha a sua cruz rubificada pela rosa, quem tenha transformado o
seu túmulo em templo, a sua morte em imortalidade, e esse é do escol daqueles dignos
verdadeiramente engajados na Barca Divina que é a Obra do Eterno na Face da Terra, os
raros eleitos dentre os muitos chamados, cujo capitão é o novo CABRAL, CAPRINO,
CUMARA ou KUMARA, o mesmo QUINTO como ARDHA‑NARISHA à bolina desta
aghartina Barca ou Arca com mãos firmes e determinado manobrando certo a roda do leme,
que é dizer, a Roda da Lei para que todos cheguem, sãos e salvos, ao final da rota ou do
Caminho Real da Iniciação Verdadeira e possam, por fim, habitar a virgem ou mercuriana
Terra do Andrógino Perfeito que é a das Almas Aladas envoltas no Esplendor de Arabel e na
Gala de Akbel.
A guisa de desfecho desta presente, diz ainda o Venerável Mestre JHS no Livro da Pedra
(Carta‑Revelação de 22.10.1950):
– As Cruzes de Cabral e Colombo estão nos respectivos estojos, no Museu do nosso Templo.Mas ali
também tem uma dedicada ao Cristo… ao lado de duas imagens onde se acham os cabelos do 5.º
Kumara, quando era pequenino… Como “Eterno Adolescente das 16 Primaveras” (nome tradicional
dos Kumaras) foi Ele a Srinagar… como o Manu do presente Ciclo – LOURENÇO‑PRABASHA‑
DHARMA, nome que tomou a nossa Montanha Sagrada.
Lorenzo‑Lorenza em Henrique‑Helena, ou antes, estes naqueles, na QUINTA ESSÊNCIA DIVINA…
em São Lourenço de Goa, pois que em Portugal também há até hoje o “São Lourenço dos Ansiães”,
com duas velhas Fontes chamadas: Henrique e Helena. Origem da Ordem de Mariz, donde surgiram
as de Avis e de Cristo, hoje na Flâmula, mais que Iniciática, da Terra de Cabral, mas também do
Infante D. Henrique, do Condestável, de Isabel, a Rainha Santa…
CABRAL, Capris, Cumara, etc. Outro não é o seu escudo, sem que ninguém até hoje soubesse a razão,
CABRAL, Capris, Cumara, etc. Outro não é o seu escudo, sem que ninguém até hoje soubesse a razão,
pois que fomos nós os Reveladores da Santa Verdade, qual acontece com OUTRAS. AKBEL, o
SENHOR DO LIVRO, mas também, DA BALANÇA… No Mundo Terreno essa se transforma em
ÂNCORA, para fazer jus ao Equilíbrio dos Ciclos, mas também aos Excelsos Navegadores que
descobriram o Privilegiado Continente. Cabral, o Kumara Lusitano. Colombo, o Cristo Castelhano, a
saudar, na sua “sigla”, o Divino Espírito Santo, o próprio Avatara Aktalaya. Aves Marinhas, mas
também, AVE‑MARIA, a quem Ele também saudava, sob a égide do CRISTO, mas também de AVIS,
por esses MARES ou Marizes afora. Maria, o Mar, as Águas ou Aquarius.
Ave‑Maria!
Hora de Paz e de HARMONIA,
Hora de Santa Eucaristia,
Hora de Esplendor e de Gala,
Hora de Agharta e SHAMBALLAH!
Por fim, observa‑se quem de facto está presente de “pedra e cal”, de corpo e alma, por dentro
e por fora verdadeiramente integrado na Instituição e na Obra do Eterno, através dos seus
interesses e motivações, sejam emocionais, sejam mentais, nunca passionais e dispersas em
confusões e atracções nada condizentes com o que se espera de um e todos: postura
autenticamente iniciática, verdadeiramente vocacionada ao estudo e à prática do
Ensinamento de JHS, e assim não regredir procurando no mundo a taça do fel da amargura,
pois que isso só vem provar que se esteve presente fisicamente mas sempre ausente
espiritualmente, sem vontade de transformar a sua personalidade, em franco conflito interior
e às vezes até exterior, com o meio espiritual a que vem mas não entende, por lhe ser difícil,
aparentemente impossível, largar o lastro da funesta memória e vivência do passado físico,
psíquico e mental – donde o axioma evangélico do “vinho novo em odre velho nem sempre
resulta bem”… – e volver‑se de vez ser equilibrado, consentâneo com as para si novidades
do Presente que são as do Futuro, dessa maneira na hora presente já sendo ser futuro, com
mais amplas e dignificantes motivações mentais e emocionais, consequentemente,
igualmente físicas como efeito exterior de causas interiores, o que se revela nas apetências e
actos. O meu conselho é que se deixe ao mundo o que ao mundo pertence, não se confunda
vivência espiritual com regressão mundana – pois que redundará sempre mal no futuro,
muito mais para quem já tenha recebido a Graça da Iniciação – e sobretudo saiba‑se “separar
o trigo do joio”, valendo isto também também para certas literaturas e ideias
absolutamente estranhas às da Escola de AKBEL, para que não tenha efeito desastroso as
preciosas e sentidas palavras na Fala do ESPÍRITO DE VERDADE proferida em 1956:
– Se Me tomas por outro e não por EU MESMO, perdidos se farão os meus próprios esforços de todas
as épocas. E com isso dificultas a MINHA VOLTA ao mundo, conforme as minhas várias
PROMESSAS. De que vale subdividir a Divina Essência, se ELA é uma só, mas para ser
compreendida é forçada a tomar diversos aspectos, nomes e funções?
A Evolução Humana jamais se faria se o Verbo se manifestasse proferindo sempre as mesmas Palavras.
A Evolução Humana jamais se faria se o Verbo se manifestasse proferindo sempre as mesmas Palavras.
No entanto, outros homens, mulheres e crianças já vieram à Minha frente para preparar a NOVA
ERA. Não para fundar nenhuma religião, pois que todas elas jamais foram por Mim criadas, e sim pela
ganância mercantil dos seus falsos sacerdotes.
Eu virei mais uma vez, porém, desta, conduzindo o Vaso Sagrado contendo, no seu interior, as
ÁGUAS REDENTORAS DE UMA NOVA HUMANIDADE. Venho, sim, para impulsionar a
tónica da Verdade, da qual os homens se afastaram e, caindo em degradação, passam fome e miséria.
Eu mesmo o disse: “Os verdadeiros adoradores de Deus são aqueles que vêm a Mim sem o interesse
mortal das coisas terrenas. Aqueles que adoram os falsos ídolos, jamais poderão alcançar o DEUS
ÚNICO E VERDADEIRO. E, assim, jamais também voltarão ao Lugar donde um dia vieram”.
Meditem sobre estas palavras, aqueles que quiserem, de facto, acompanhar os Meus Passos. E não os
que preferem reviver as cinzas do passado, mesmo que fazendo uso de meus vários Nomes. Confia em
ti mesmo. E confiando, caminha para a frente sem olhar para trás, e divisarás, na penumbra de um
ciclo decadente, a NOVA LUZ que guiará teus passos.
O Espírito de Verdade
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A Cosmogénese (Criação do Universo) – Por Vitor
Manuel Adrião Segundafeira, Dec 6 2010
Sem categoria lusophia 0:44
Sintra, 1980
«No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava com
Deus, no princípio. Por Ele foram feitas todas as coisas; e nada do que foi feito, foi feito sem
Ele. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens, e a Luz brilha nas Trevas, mas as
Trevas não a prenderam.» – Evangelho de São João, Prólogo, 1:5.
O Verbo é a Divindade manifestada como Logos Solar; as Trevas, a Substância Absoluta
O Verbo é a Divindade manifestada como Logos Solar; as Trevas, a Substância Absoluta
donde o mesmo brotou à Manifestação cíclica que tomou forma como Sistema Solar; por Ele
ou Nele este Universo sistémico foi formado através dos seus Sete Filhos Autogerados em
seu Seio, os Luzeiros, Dhyan‑Choans ou Logos Planetários – Sete para um Oitavo, o Gerador.
À Substância Absoluta, “Trevas Primordiais”, os hindus chamam de Svabhâvat, os judeus de
Ain‑Soph e os gnósticos de Ab‑Soo; à “Luz Vital” de Prana e Alento de Vida; ao
“desprendimento da Luz das Trevas” de Manvantara ou Manifestação Universal; ao “Verbo
que é Deus” de Maha‑Vishnu ou Cristo Universal em sua Segunda Hipóstase Amor‑Sabedoria
– o Amor acalentador dos elementos e a Sabedoria iluminadora das consciências.
Saído da Substância Absoluta o 8.º Logos toma Vida como Prana e toma Luz como Fohat ou
Electricidade Cósmica, o dínamo fundamental da dinamização e agregação dos elementos ou
átomos primordiais recém‑diferenciados ou saídos da Substância Informe.
Por sua vez, do Seio iluminado desse 8.º Logos assim elevado a Logoi como Espírito
Universal, irromperam 7 Consciências que paulatinamente tomaram forma as quais
constituem os Corpos do Logos Solar, os 7 Mundos deste Universo, do mais subtil ao mais
espesso, servindo‑se de Fohat como dinamizador dos elementos que foram agregando‑se
cada vez com maior intensidade até «densificar» essa Energia Primordial que, como Luz, se
tornou Fogo Criador, o agregador dos elementos da Matéria ou Prakriti saída do Espírito ou
Purusha, ou seja, o Electromagnetismo Cósmico possuído do nome tradicional Kundalini.
Cada uma das 7 Consciências promanadas da 8.ª Maior constitui uma Veste do Eterno. Os
hindus chamam‑lhes Dhyan‑Choans, os judeus de 7 Espíritos Diante do Trono, os cristãos de 7
Arcanjos – os quais são representados no candelabro de sete tramos inflamados ou menorah –
e os teúrgicos e teósofos de Logos Planetários ou Luzeiros. Possuem os seus nomes tradicionais
associados aos planetas dos sete dias da semana, de domingo a sábado: Mikael (Sol), Gabriel
(Lua), Samael (Marte), Rafael (Mercúrio), Sakiel (Júpiter), Anael (Vénus), Kassiel (Saturno).
As “Sete Vestes do Eterno” correspondem a sete estados vibratórios distintos, do mais subtil
ao mais denso, assumidos pelas respectivas Consciências Cósmicas que por eles tomam
forma. De maneira que tais estados são chamados de Planos ou Esferas. “Planos” por serem
localizações onde a Alma evoluinte se fixa temporariamente de acordo com a sua afinidade
ao meio cósmico circundante (um ser emocional fixa‑se no Plano das Emoções, tal como um
ser mental fixa‑se no Plano dos Pensamentos…). “Esferas” por esses estados energéticos
distenderem‑se esfericamente até dado ponto, preenchendo tudo com a sua tónica afim,
graduada em sete tonalidades distintas às quais se chamam Sub‑Esferas ou Sub‑Planos.
Consequentemente, há 7 Planos cada qual com 7 Sub‑Planos, o que perfaz um total de 49
Planos, do mais material ao mais espiritual, indo compor o Esquema de Evolução Universal.
O Jacob bíblico vislumbrou‑o num sonho profético como uma infinda “Escada ligando a
Terra ao Céu”, o que deu vazão ao conceito dos “Sete Céus” do Cristianismo, mas que já o
Hinduísmo e o Budismo possuíam como as “Sete Lokas” ou “Mundos”.
Os seus nomes tradicionais, são:
Português – Sânscrito
1.º) Mundo Espiritual – Nirvânico ou Átmico
2.º) Mundo Intuicional – Búdhico
2.º) Mundo Intuicional – Búdhico
3.º) Mundo Causal ou Mental Superior – Manas Arrupa
4.º) Mundo Mental Inferior ou Intelectivo – Manas Rupa
5.º) Mundo Emocional, Psíquico ou Astral – Kamásico ou Kama‑Rupa
6.º) Mundo Etérico ou Vital – Linga‑Sharira
7.º) Mundo Físico ou Denso – Stula‑Sharira
Cada um desses Mundos recebe o impacto vivificador de um Raio Planetário emitido pelo
respectivo Luzeiro, o que lhe confere tonalidade e vibração distintas dos demais. Mesmo
assim, graças ao Raio Único ou Solitário de Fohat emitido pelo Eterno, depois diferenciando‑
se nas diversas correntes electromagnéticas unindo os 7 Mundos entre si, essa Luz
Primordial ilumina a todos eles que, por sua natureza cada vez mais bioplástica por maior
rarefacção, interpenetram‑se a ponto parecerem uma só Esfera ultraluminosa trepidante,
plena de vibração, motivo para Pitágoras a celebrar como “Música das Esferas” e os
Iluminados hindus a consignarem “Shiva‑Natarashi”, que é dizer em termos ocidentais, a
“Dança do Espírito Santo”, ou seja, o 3.º Aspecto ou Hipóstase do Logos Único no acto
universal de agregar os elementos atómicos para originar o Mundo das Formas em que tudo
e todos evoluem como a manifestada Vida Universal.
Essa é a razão dos clarividentes menos aptos vislumbrarem o Mundo subtil como uma só
Esfera, mas que os mais aptos verificam tratar‑se não de uma mas de várias desdobradas a
partir da Física densa e assim, apesar de interpenetradas, a Etérica sobressaindo da Física, a
Astral da Etérica e a Mental da Astral. Os clarividentes bem desenvolvidos também
apercebem que cada um desses Mundos possui a sua própria nota musical ou tom
vibratório, a sua cor específica resultante do Raio Planetário, e a sua forma geométrica
atómica dada pela órbita dos respectivos átomos.
Ao tipo de vibração específica de cada átomo primordial a Tradição chama tan‑mâtra, e à sua
vibração ondulatória ou móvel, de tatva. Cada um destes tatvas é animado pelo Raio
Planetário de um Ishvara ou Logos, que lhe imprime a sua tónica. Por sua vez, o tipo de
vibração específica (tân‑mâtra) do átomo, podendo ser mais rápida, compassada ou lenta, é
impressa pelas respectivas “qualidades subtis da matéria” chamadas gunas, que são: Satva
(centrífuga), Rajas (rítmica, equilibrante) e Tamas (centrípeta). Estas “qualidades subtis”
assistem às Três Hipóstases do Logos Único, da mais densa à mais subtil, como seja, da
Terceira à Primeira Hipóstase ou Aspecto, sendo a Segunda o Mundo Intermediário que une
ou desune, como Alma Universal, o Mundo Inferior da Matéria (Prakriti) e o Mundo
Superior do Espírito (Purusha).
É assim que se obtém o número cabalístico do próprio Eterno: 137. Que é dizer, o Deus Único
se triparte em Três Aspectos e manifesta‑se através de Sete estados de Consciência, o que
firma a palavra LEI como 137 transposto de números para letras:
A soma e extracção do valor 137 dá 2, algarismo geminal do Pai‑Mãe Cósmico manifestado
como Fohat e Kundalini, para que do atrito de ambos nasça o Filho, o Universo físico, o
Mundo das Formas, Ele que, amparado ou alentado pelos Progenitores, sendo o Terceiro
Aspecto acaba figurando como Segundo, por ficar permeio ao Pai e à Mãe Cósmicos, como
se pode observar na iconologia tradicional das várias Trindades (Brahma – Vishnu – Shiva;
Osíris – Hórus – Ísis; Kether – Chokmah – Binah; Pai – Filho – Espírito Santo, etc.).
O esquema seguinte confere uma compreensão exacta do grande Plano Físico Cósmico
(Prakriti) cujos 7 sub‑planos – para nós, mortais, sendo grandes Planos, mas para os Deuses,
os Excelsos Ishvaras, e muito mais para o Logos Solar, tão‑só sub‑planos – são os mesmos
desde o Espiritual ao Físico:
TRÊS EM UM, O UNO‑TRINO, O ABSOLUTO:
PAI (SATVA)
MÃE (RAJAS)
FILHO (TAMAS)
MUNDO ESPIRITUAL = SAKIEL – JÚPITER – ADI‑TATVA (ATÓMICO)
MUNDO MENTAL SUPERIOR – ANAEL – VÉNUS – AKASHA‑TATVA (ÉTER)
MUNDO MENTAL INFERIOR – KASSIEL – SATURNO – VAYU‑TATVA (AR)
MUNDO EMOCIONAL – SAMAEL – MARTE – TEJAS‑TATVA (FOGO)
MUNDO VITAL – GABRIEL – LUA – APAS‑TATVA (ÁGUA)
MUNDO FÍSICO – MIKAEL – SOL – PRITIVI‑TATVA (TERRA)
Pois bem, para que um Logos Planetário se transforme num Logos Solar tem que encarnar
ou manifestar‑se sete vezes através de um Sistema de Evolução Universal, também chamado
de Esquema Planetário, acompanhando‑o nessa marcha avante todas as Vagas de Vida
evoluindo em seu seio. A Tradição Iniciática informa que o nosso Logos Planetário já
encarnou três vezes e agora estamos no 4.º Sistema de Evolução Universal. Que este Sistema
comporta sete Cadeias Planetárias (Manuântaras ou Manvantaras, em sânscrito, Períodos de
Actividade Universal em que há, entre o anterior e o posterior, o respectivo Período de
Repouso Universal ou de assimilação das experiências colhidas, o que em sânscrito se chama
Repouso Universal ou de assimilação das experiências colhidas, o que em sânscrito se chama
Pralaya), cada uma com uma duração tão longa que parece uma eternidade, a ponto dos
hindus lhes chamarem “Dias de Brahma” e que são os mesmos “Sete Dias da Criação”,
assinalados logo ao começo da Bíblia. A mesma Tradição Iniciática das Idades informa que
estamos no 4.º Dia ou Cadeia, nesta onde tudo e todos paulatinamente vão realizando a
marcha triunfal da Evolução.
Por seu turno, cada Cadeia ou processo de encadeamento de um Logos Planetário ao Mundo
das Formas em que se manifesta – para o comum dos mortais, como Deus Absoluto –
compõe‑se de sete Globos que girando sobre si mesmos perfazem sete Voltas ou Rondas que
são, afinal de contas, o dínamo, a alavanca charneira interior do movimento evolucional da
Cadeia. Estamos na 4.ª Ronda da actual 4.ª Cadeia do presente 4.º Sistema de Evolução
Universal. Em cada Ronda manifestam‑se sete tipos de Consciência indo caracterizar 7
Raças‑Mães distintas, cada qual com as suas sete sub‑raças, ramos, tribos, etc., as quais
também se manifestam gradualmente. Hoje estamos na 5.ª Raça‑Mãe em sua 5.ª sub‑raça.
No final de sete Sistemas de Evolução Universal nos quais o Logos Planetário se desenvolve,
acompanhado da sua Criação, gera‑se um 8.º Sistema ou Universo, ou seja, nasce um Sistema
Solar das experiências realizadas ao longo dos sete Sistemas Planetários, indo Ele ocupar o
centro do mesmo tomando a forma de Astro‑Rei ou Sol Central.
Por ordem, tem‑se:
– Um Sistema Solar nasce de sete Sistemas de Evolução Planetária.
– Um Sistema de Evolução Planetária é composto de sete Cadeias Planetárias.
– Uma Cadeia Planetária compõe‑se de sete Globos perfazendo sete Rondas.
– Uma Ronda engloba sete Raças‑Raízes ou Mães.
– Uma Raça‑Raiz é o total de sete Sub‑Raças.
– Uma Sub‑Raça é o todo de 7 Ramos Raciais indo constituir‑se 8.º Ramo Síntese.
– Uma Sub‑Raça é o todo de 7 Ramos Raciais indo constituir‑se 8.º Ramo Síntese.
Na ordem cósmica actual, a Evolução do nosso Universo está nas seguintes posições:
– O Sistema Solar está na sua 2.ª Encarnação ou Manifestação sistémica.
– O Sistema de Evolução Planetária está na sua 4.ª Manifestação.
– A Evolução dentro do 4.º Sistema ocupa a 4.ª Cadeia.
– A Evolução na 4.ª Cadeia está no 4.º Globo em sua 4.ª Ronda.
– A Evolução na 4.ª Ronda já passou a metade e está na 5.ª Raça‑Raiz.
– A Evolução na 5.ª Raça‑Raiz está se fazendo na 5.ª Sub‑Raça.
Com o término do 3.º Sistema de Evolução iniciou‑se o actual 4.º Sistema na sua 1.ª Cadeia,
passando as Vagas de Vida triunfantes da sua evolução ulterior para a posterior, nessa
mesma Cadeia que veio a chamar‑se de Saturno, por a Evolução se processar no espaço
ocupado actualmente por esse planeta. Terminada a Cadeia de Saturno, a Evolução prosseguiu
depois nas proximidades do Sol, e chamou‑se de Cadeia Solar. Cumprida esta, veio a Cadeia
Lunar cujo desenvolvimento fez‑se no espaço ocupado pelo actual satélite da Terra,
tornando‑se planeta morto quando a Evolução reapareceu na presente 4.ª Cadeia Terrestre,
onde o nosso Globo e os sete Tipos de Vida ou Hierarquias se desenvolvem sob o impulso de
Marte. Para que o 4.º Sistema de Evolução fique completo faltam ainda realizar‑se três
Cadeias, as de Vénus, Mercúrio e Júpiter, respectivamente ocupando os espaços desses
planetas, também eles, como todos, desenrolando‑se na marcha avante.
As sete Vagas de Vida que se transferiram do Sistema de Evolução anterior para a 1.ª Cadeia
do Sistema actual, por ordem de entrada, foram as seguintes:
1.ª) Humana ou Jiva
2.ª) Animal
3.ª) Vegetal
4.ª) Mineral
5.ª) Elemental Aquoso
6.ª) Elemental Fogoso
7.ª) Elemental Aéreo
7.ª) Elemental Aéreo
Tendo a dirigi‑las três Hierarquias Espirituais, portadoras dos seguintes nomes tradicionais:
1.ª) Assuras ou Arqueus
2.ª) Agnisvattas ou Arcanjos
3.ª) Barishads ou Anjos
Por sua vez dirigidas por outras tantas Hierarquias Criadoras, como sejam:
1.ª) Leões de Fogo ou Tronos
2.ª) Olhos e Ouvidos Alerta ou Querubins
3.ª) Virgens da Vida ou Serafins
Acima de todas, o próprio LOGOS ETERNO, Deus Pai‑Mãe, Fonte de toda a Vida e
Consciência, meta última a alcançar por todas as vidas e consciências em evolução no
Mundo das Formas.
Da 1.ª Cadeia de Saturno à 4.ª Cadeia Terrestre, a actual, a Evolução ou Iniciação Verdadeira
das vidas e consciências manifestadas processou‑se da maneira seguinte:
1.ª Cadeia → 2.ª Cadeia → 3.ª Cadeia → 4.ª Cadeia
Mineral → Vegetal → Animal → Humano
Vegetal → Animal → Humano → Anjo
Animal → Humano → Anjo → Arcanjo
Humano → Anjo → Arcanjo → Arqueu
Pelo que nas três Cadeias Planetárias que faltam cumprir‑se, a Evolução deve prosseguir na
mesma sequência:
5.ª Cadeia → 6.ª Cadeia → 7.ª Cadeia
Anjo → Arcanjo → Arqueu
Arcanjo → Arqueu → Serafim
Arqueu → Serafim → Querubim
Serafim → Querubim → Trono
Querubim → Trono → Logos
Trono → Logos → Absoluto
Se o Jiva, o Homem actual, começou a sua evolução no Reino Mineral no longínquo
Se o Jiva, o Homem actual, começou a sua evolução no Reino Mineral no longínquo
Manvantara saturnino até se tornar o que hoje é, então a sua meta presente é alcançar o
estado de Barishad, de Anjo, o que equivale ao Andrógino Alado da futura Cadeia de Vénus,
a da Exaltação da Divindade.
Antero de Quental, no seu poema Evolução, deixou muito bem e significativamente descrito o
percurso da Mónada Humana pelos vários Reinos Naturais até ser o que hoje é, e aspirar a
ter asas e voar como um Anjo no mar etéreo de uma nova Eternidade:
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo,
Tronco ou ramo na incógnita floresta…
Onda, espumei, quebrando‑me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo.
Rugi, fera talvez, buscando abrigo,
Na caverna que ensombra urzes e giesta;
Ou, monstro primitivo, ergui a testa
No limioso paul, glauco pascigo…
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce em espirais na imensidade…
Interrogo o infinito e às vezes choro…
Mas, estendo as mãos no vácuo,
Adoro e aspiro unicamente à liberdade.
OBRAS CONSULTADAS
Henrique José de Souza, Livro das Cadeias – A, Acervo Privado, 1953.
Henrique José de Souza, Livro das Cadeias – B, Acervo Privado, 1954.
Henrique José de Souza, Livro das Cadeias – B, Acervo Privado, 1954.
Henrique José de Souza, Cosmogénese. Revista “Dhâranâ”, Ano LIII, Série Transformação,
N.º 4 – 3.º e 4.º trimestre de 1978.
Helena P. Blavatsky, A Doutrina Secreta, Volume I – Cosmogénese. Editora Pensamento, São
Paulo.
Roberto Lucíola, Cosmogénese. Caderno “Fiat Lux” – 1, Dezembro de 1994, São Lourenço,
Minas Gerais, Brasil.
Sebastião Vieira Vidal, Série Astaroth. Edição Sociedade Teosófica Brasileira.
Comunidade Teúrgica Portuguesa, apostilas reservadas do Grau Yama.
Comments Off
A Antropogénese (Criação do Homem) – Por Vitor
Manuel Adrião Domingo, Dec 5 2010
Sem categoria Cosmogénese ‑ JHS ‑ Teurgia ‑ Teosofia ‑ Ishvaras ‑ Rondas ‑ Cadeias lusophia
22:11
Sintra, 1980
Disse anteriormente, no estudo dedicado à Cosmogénese, que a Evolução Planetária estagia
actualmente na 4.ª Cadeia Terrestre em sua 4.ª Ronda na qual a Mónada Humana transcorre
na 5.ª Raça‑Mãe em sua 5.ª Sub‑Raça.
Pois bem, quando a Mónada, Centelha ou Essência Divina penetrou o Reino Humano ao
início desta Cadeia Planetária, ela já trazia consigo os princípios Mental, Emocional, Vital e
Físico necessários para manifestar‑se no Mundo Terreno, mas em semente, potente e não
patente. Assim, na 1.ª Ronda de Saturno da Cadeia Terrestre os Assuras (Arqueus) activaram
o átomo‑semente mental do Jiva (Homem); na 2.ª Ronda Solar, os Agnisvattas (Arcanjos)
activaram‑lhe o átomo‑semente emocional; na 3.ª Ronda Lunar, os Barishads (Anjos)
operaram sobre o átomo‑semente ou permanente vital. A partir desse átomo‑semente vital
operaram sobre o átomo‑semente ou permanente vital. A partir desse átomo‑semente vital
ou etérico, foram originados os restantes elementos químicos da chamada “Tabela Periódica”
os quais, por intervenção dessas três Hierarquias Criadoras juntas, deram origem ao corpo
físico do Homem na 4.ª Ronda actual.
As Rondas recapitulam uma “oitava abaixo” o que foi feito uma “oitava acima”, ou seja,
durante as Cadeias. É assim que na Cadeia de Saturno o Homem recebe o átomo‑semente
mental o qual será activado na Ronda de Saturno da Terra. O mesmo processo
antropogenético acontece em relação à essência emocional, da 2.ª Cadeia Solar à 2.ª Ronda
Terrestre, e com o princípio vital na 3.ª Cadeia Lunar «repetida» na 3.ª Ronda da Terra.
De maneira que quando começou a primeira das 7 Raças‑Mães da actual 4.ª Ronda da Terra,
o Homem já possuía os gérmens de todos os princípios necessários à sua manifestação
visível e tangível. Assim, restava‑lhe só manifestá‑los gradualmente, o que foi constituir o
“tónus” vital ou característica básica da consciência desenvolvida em cada Raça‑Raiz, pelo
que se tem na continuação da findada 3.ª Ronda Lunar da Terra, cuja densidade não passava
do Plano Etérico:
1.ª Raça‑Mãe Polar ou Adâmica. Tendo aparecido na área geográfica que é hoje o Pólo Norte,
recapitulou a 1.ª Cadeia e a 1.ª Ronda. Desenvolveu os dois éteres superiores do Corpo Vital.
Intervieram os Barishads ou “Filhos da Vida” junto ao Jiva.
2.ª Raça‑Mãe Hiperbórea ou Hiperboreana. Aparecendo na zona em que se inscreve
actualmente o Pólo Sul, recapitulou a 2.ª Cadeia e a 2.ª Ronda. Desenvolveu os 2 éteres
inferiores do Corpo Vital. Intervieram os Barishads ou Anjos junto ao Jiva ou “Vida‑Energia”
encadeada, portadora do princípio de Consciência.
3.ª Raça‑Mãe Lemuriana. Fazendo a sua aparição no que é hoje a África, recapitulou a 3.ª
Cadeia e a 3.ª Ronda e tomou a forma grosseira do Corpo Físico. Intervieram os Agnisvattas,
Arcanjos ou “Senhores da Chama” junto ao Homem. Este é o período da aparição real do
Homem físico, tal como o concebe a Antropogénese e a Antropologia.
4.ª Raça‑Mãe Atlante. Raça Equilibrante ou que estava entre as três passadas e as três futuras,
portanto, sob a égide astrológica da Balança, surgiu na Ásia e foi nela que se iniciou
verdadeiramente o trabalho antropogenético da 4.ª Ronda Terrestre indo desenvolver o
princípio Emocional ligado ao Mental Inferior (Psicomental ou Kama‑Manas), intervindo
nesse processo do desenrolar da consciência imediata a Hierarquia Criadora dos Assuras,
Arqueus ou “Senhores do Mental”.
5.ª Raça‑Mãe Ária ou Ariana. Fez a sua aparição no Norte da Índia, transferiu‑se para a Ásia
Menor, teve o seu desenvolvimento na Europa e vem tendo a sua apoteose final no Finis
Occidens, isto é, em Portugal. É nesta Raça que estamos actualmente a caminho acelerado do
seu desfecho. A meta geral do Homem é desenvolver o seu Mental Superior, no que
intervêm juntas as três Hierarquias anteriores e mais o escol da Humanidade no que tem de
espiritual Perfeição Humana, ou sejam, os Preclaros Adeptos da Grande Loja Branca,
constituída na Terra durante a 3.ª Raça Lemuriana por intervenção dos “Senhores da
Chama”, no que foram auxiliados também pelos Excelsos Assuras. De maneira que na Raça
actual lança‑se já ao terreno do Futuro as sementes benditas da formação da 5.ª Ronda, da 5.ª
Cadeia e, até mesmo, do 5.º Sistema de Evolução.
6.ª Raça‑Mãe Bimânica (Budhi+Manas), Raça Crística ou Raça Dourada. Estando programada
6.ª Raça‑Mãe Bimânica (Budhi+Manas), Raça Crística ou Raça Dourada. Estando programada
para aparecer na América do Norte, todavia, por desaires dos dirigentes desse Povo
desobedecendo à Lei de Deus em não deflagrarem mais engenhos nucleares e acabarem de
vez com o seu despotismo imperialista, dentre outros factores dramáticos do mesmo género,
o lugar da sua aparição foi transferido em 1954 para a América do Sul, mais propriamente
para o Norte e Centro do Brasil. Na 6.ª Sub‑Raça Ariana, que já está acontecendo através da
Semente Inca‑Tupi reservada no escrínio do Monte Ararat na região do Roncador (Estado de
Mato Grosso, Brasil), projecta‑se a 6.ª Ronda da 5.ª Cadeia, e até a 6.ª Cadeia e o 6.º Sistema
de Evolução. Nessa Raça‑Mãe o Homem terá o domínio pleno do Intuicional (Budhi) e por
ele iluminará plenamente o Mental (Manas). As Hierarquias Virgens da Vida (Serafins,
“Senhores do Amor”) e Olhos e Ouvidos Alerta (Querubins, “Senhores da Sabedoria”)
colaborarão no despertar da semente do Corpo Intuicional humano.
7.ª Raça‑Mãe Atabimânica (Atma+Budhi+Manas), Raça Monádica ou Raça Purpurada, por
causa do tom da epiderme, que de branca empalidece para dourada e esvai‑se no tom
púrpura, cor de “sol posto”. Os Leões de Fogo (Tronos, “Senhores do Poder”) ajudarão o
Homem a desenvolver a semente do seu Atmã, Nirvânico ou Espírito, que junto à Intuição e
à Mente perfaz a Tríade Superior ou Mónada Divina como sendo o Homem Verdadeiro. A
Tradição Iniciática das Idades informa que esta Raça fará a sua aparição no Centro e Sul do
Brasil, graças ao Trabalho Espiritual e Humano da 7.ª Sub‑Raça Ariana que já está tendo a
sua eclosão no escrínio do Monte Moreb na região de São Lourenço (Estado de Minas Gerais),
e nela se projecta a 7.ª Ronda da 5.ª Cadeia, e até mesmo se lança ao terreno abstracto do
Futuro a Semente Monádica da 7.ª Cadeia e do 7.º Sistema de Evolução.
Na Obra Antropogenética das 7 Raças‑Mães da actual 4.ª Ronda Terrestre, observa‑se a
estruturação gradual dos 7 corpos ou veículos de expressão da consciência cada vez mais
ampla e subtil do Homem, no qual hoje há um quaternário inferior formado e um ternário
superior formando‑se, como 7/7 da Perfeição Suprema de que 4/7 já estão formados, faltando
os 3/7 restantes que, quando são realizados, transformam o Homem num Super‑Homem,
Adepto Perfeito, Jivatma ou Mahatma, “Grande Espírito”, por ter transformado integralmente
a sua Vida‑Energia (Jiva) em Vida‑Consciência (Jivatmã), esta unida àquela mas dirigindo‑a.
A isto se chama Metástase Avatárica.
Um Ser Vivente dessa natureza é o que constitui o Preclaro Membro da Excelsa Loja Branca,
o Paradigma da Perfeição Humana indicando o caminho a seguir à restante Humanidade.
Com isto quero dizer que entre os homens comuns já existem “Vasos de Eleição” que, apesar
de estarem fisicamente na 4.ª Ronda, todavia pertencem espiritualmente às Rondas e Cadeias
futuras, tal o seu avanço extraordinário no Caminho Real da Evolução.
De maneira que o Homem Integral, completo, é constituído de 7/7. Todavia, como foi dito,
até ao momento só é consciente de 4/7 e inconsciente de 3/7. Esses 7 princípios ou expressões
da Vida, da Energia e da Consciência humana, são:
3/7 Vida‑Consciência – Individualidade – Tríade Superior
(MÓNADA – Natureza Divina do Homem ou PURUSHA)
ESPÍRITO:
ESPÍRITO
ESPÍRITO
INTUIÇÃO
MENTAL SUPERIOR
4/7 Vida‑Energia – Personalidade – Quaternário Inferior
(Natureza Terrena do Homem ou PRAKRITI)
ALMA:
MENTAL INFERIOR
EMOCIONAL
CORPO:
ETÉRICO
FÍSICO
O Quaternário Anímico não deixa de corresponder‑se com os 3 Reinos Sub‑Humanos que
têm a sua correspondência na natureza do próprio Homem, desde o Mineral da 1.ª Ronda
até ao Hominal da 4.ª Ronda. Daí, segundo a Tradição Iniciática, ele “dever matar a besta em
si”, isto é, dominar, transformar e elevar a sua natureza inferior à superior, e a superior
abarcar por inteiro a inferior. Chama‑se a isto, repito, Metástase Avatárica.
MENTAL ……………………………………………………………………………….. HOMEM
EMOCIONAL ………………………………………………………… ANIMAL …….
ETÉRICO ……………………………..……………. VEGETAL ……………………..
DENSO …………………………… MINERAL ……….………………………………
Quando o Homem adquiriu o intelecto, o mental concreto ou inferior, a sua natureza divina
interiorizou‑se, e a sua natureza terrena exteriorizou‑se. Houve, pode dizer‑se, um
desligamento dentro do Homem, isto é, a sua natureza divina desligou‑se da natureza
terrena. Portanto, a meta suprema da Magnus Opus ou Opera Magna como Teurgia é religar
(donde os termos religião e yoga, com o mesmo significado: “tornar a ligar ou “religar” como
“união” ao Divino”) os 3/7 aos 4/7, ou seja, realizar o Homem Integral.
Segundo António Castaño Ferreira, numa sua aula teosófica ministrada na cidade de São
Paulo em 26.10.1956, a Kaballah hebraica considera que o Homem é animado de três
Essências espirituais com os nomes respectivos de Nephesh (Corpo), Huac (Alma) e Neshamah
(Espírito), sendo o conjunto deles chamado Tzelem (Trindade). Esses são os três veículos por
onde se manifesta o Tríplice Aspecto de Deus (Caijah ou Haihah), que mesmo sendo sete
apenas três se fixam no Homem.
As propriedades mental, emocional e física de que o Homem se reveste para poder
As propriedades mental, emocional e física de que o Homem se reveste para poder
manifestar‑se no Mundo das Formas, são retiradas desses espaços ambientais a partir do
átomo‑semente da mesma natureza, que depois irá multiplicar‑se num número infindo de
átomos subsidiários os quais comporão os respectivos corpos mental, emocional e físico. O
ponto de concentração e irradiação do átomo‑semente constitui‑se dum vórtice energético
que, ao nível imediato, se revela como glândula, a contraparte física desse “vórtice vital” ou
chakra, termo sânscrito significando precisamente “roda”, o que os místicos e ocultistas
orientais e ocidentais assinalaram simbolicamente como “lótus”, “rosas” ou “selos”
sagrados.
De maneira que, por exemplo, a veste astral, emocional ou psíquica do Homem é uma
parcela da matéria astral do Logos Planetário da Terra que a comunica pelo chakra emissor
dessa natureza ao afim humano, com o auxílio imprescindível das Hierarquias Criadoras.
Por isso se diz que “o Homem foi feito à imagem e semelhança de Deus”.
Com o Perfeito Equilíbrio dos três atributos fundamentais da Mónada Divina (que é a soma
da Tríade Superior expressa como Poder da Vontade, Amor‑Sabedoria e Actividade
Inteligente) e as consequências da sua manifestação através dos pensamentos, sentimentos e
actos, o Homem torna‑se verdadeiramente transformador da Vida‑Energia em Vida‑
Consciência, de JIVA em JIVATMÃ, realizando assim, permanentemente, a Alquimia
Suprema, a transformação da Pedra Cúbica (da Personalidade) em Pedra Filosofal (da
Individualidade). Esta a razão do Professor Henrique José de Souza ter proferido: «Vontade,
Inteligência e Amor. Para a Teosofia, a harmonia destes três princípios é a base da
Evolução».
Da união de dois dos três princípios fundamentais da Matéria (Mater‑Rhea ou Mãe‑Terra), as
gunas (literalmente, “cordas”, o que faz o “cordame” ou encadeamento entre si das
“qualidades subtis da Matéria”), isto é, de Satva (energia centrífuga, amarela) com Rajas
(energia rítmica, azul), surge FOHAT (verde), que é o Fogo Frio Celeste como Electricidade
Cósmica; da união de Satva com Tamas (energia centrípeta, vermelha), surge KUNDALINI
(vermelha), que é o Fogo Quente Terrestre como Electromagnetismo Cósmico subjacente a
todas as manifestações ou fenómenos telúricos do nosso Globo. Esses dois Fogos Primordiais
– Luz e Chama – unem‑se para dar origem a toda a Criação, transformando‑se em 7 “hálitos
vitais” ou “forças subtis da Natureza” (tatvas), os quais no Logos Planetário estão em relação
directa com os seus 7 chakras, cujas “glândulas” respectivas são determinados Montes Santos
no centro dos seus respectivos Sistemas Geográficos, os quais a Mónada Humana vai
paulatinamente transpondo através do tradicionalmente chamado ITINERÁRIO DE IÓ ou
YÓ, a mesma Mónada peregrina rumo ao 8.º Sistema, já hoje assinalado em São Lourenço de
Minas Gerais do Sul, Brasil. Processo antropogenético idêntico, da relação dos tatvas com os
chakras, acontece no Homem, visto o que «está em baixo ser como o que está em cima».
Senão, observe‑se:
Pritivi‑Tatva (Elemento Terra) – Está ligado o Chakra Raiz e à veste Física, a quem ele
transmite animação. Resulta de uma combinação de Satva com Tamas, e daí a sua cor
alaranjada. É o Sol no Solo do Corpo Humano.
Apas‑Tatva (Elemento Água) – Age na veste Vital ou Etérica, e vitalizando‑a e por ela ao
corpo Físico, dá a capacidade de perceber através dos sentidos. Está ligado ao Chakra
Esplénico e é uma combinação de Rajas com Tamas, donde resulta a sua cor violeta, tónica
afim à Lua.
Tejas‑Tatva (Elemento Fogo) – De cor vermelha (Tamas), anima a veste Emocional, Psíquica
Tejas‑Tatva (Elemento Fogo) – De cor vermelha (Tamas), anima a veste Emocional, Psíquica
ou Astral e está ligado ao Chakra Umbilical, sob a influência de Marte.
Vayu‑Tatva (Elemento Ar) – Combinação de Satva e Rajas, é de cor verde própria ao seu
planeta afim, Saturno, ligando‑se ao Chakra Cardíaco e à veste Mental Concreta, que faculta
a capacidade de raciocínio. Pelo Cardíaco, ainda, promanam os mais belos sentimentos de
Amor por via do seu “pêndulo” místico chamado, tradicionalmente, Vibhuti.
Akasha‑Tatva (Elemento Éter) – De cor azul índigo (Rajas). Liga‑se ao Chakra Laríngeo e à
veste Mental Abstracta, tudo sob o auspício de Vénus.
Anupadaka‑Tatva (Elemento Subatómico) – Liga‑se ao Chakra Frontal e à veste Intuicional. É
de cor amarelo ouro (Satva), “tónus” que lhe é impresso pelo Raio Planetário afim, Mercúrio.
Adi‑Tatva (Elemento Atómico) – É o equilíbrio entre Fohat e Kundalini. É a união de Satva,
Rajas e Tamas, o que resulta na cor púrpura de Júpiter. Está ligado ao Chakra Coronário e à
veste Espiritual.
Sendo os corpos do Homem as expressões limitadas dos Planos de Evolução Universal,
também eles se interpenetram e não que estejam «encavalitados» uns nos outros, ainda que
quem medita por vezes, para uma melhor visualização, sobreponha uns sobre os outros. Esta
sobreposição é o desdobramento de uma Esfera única irradiando os tons do Arco‑Íris até
chegar ao branco como síntese de todas as cores, e quando imanifestada apresenta o negro
como ausência das mesmas cores.
Já se viu de que matéria é constituído o chamado corpo Astral, designação dada por Paracelso
por ele apresentar forma colorida semelhante a estrela brilhante, sendo o veículo dos
sentimentos, emoções e sensações. Por ser aquele em que a Humanidade comum ainda vibra
consciencialmente com maior intensidade, tratarei agora dessa mesma matéria astral.
A natureza da matéria astral é idêntica à da matéria física, só que de estrutura atómica mais
A natureza da matéria astral é idêntica à da matéria física, só que de estrutura atómica mais
subtil. Quero dizer com isso que a matéria do Plano Astral do nosso Universo é descontínua,
ou seja, é constituída de pequeníssimas partículas, embora muito mais subtis que a mais
elementar partícula do Plano Físico, e separadas umas das outras por espaços maiores ou
menores de acordo com o estado particular de vibração da respectiva matéria, repartida em
sete escalões apresentados numa correspondência harmónica com os sete estados da matéria.
Tal como a matéria mental interpenetra a matéria astral, esta interpenetra a matéria física. É
fácil de se compreender essa interpenetração. Sabe‑se que a matéria do Plano Físico é
constituída de moléculas e estas de átomos. A Ciência Teosófica sempre afirmou a
descontinuidade e a estrutura atómica da matéria física, a despeito da Ciência Académica
chamar para si a glória dessa «descoberta». Contudo, ainda em nossos dias a teoria
espiritualista não concorda inteiramente com a teoria materialista a respeito da estrutura da
Matéria, porque enquanto essa última estuda somente o seu aspecto bruto, objectivo,
tangível e visível exclusivamente pelos cinco sentidos ordinários, já a Ciência Teosófica
nunca afasta a ideia do átomo físico ser animado por um aspecto particular da Vida
Universal, que é a causa da sua própria evolução através dos grandes Ciclos Cósmicos. Em
termos dialécticos, poder‑se‑á afirmar que Matéria e Espírito são polaridades de uma só
coisa: a Substância Absoluta. Por isso Helena Blavatsky afirmou que «nenhum antigo
filósofo, nem mesmo os cabalistas judeus, jamais separou o Espírito da Matéria ou a Matéria
do Espírito» (in A Doutrina Secreta, vol. III, cap. X). Esse mesmo conceito foi perfilhado pelos
antigos atomistas laicos, sendo os mais conhecidos o hindu Kânada, os gregos Leucipo,
Demócrito e Epicuro e o romano Lucrécio.
A Ciência Académica define a Matéria como tudo que tenha extensão e seja impenetrável.
Como, porém, a Matéria de que cogita essa mesma Ciência é exclusivamente a dos Sub‑
Planos mais densos do Mundo Físico, então a afirmação de que a Matéria é penetrável não
contraria, propriamente, aquela definição. O átomo da Ciência moderna é um verdadeiro
sistema solar em miniatura, constituído de um «sol» central e de «planetas» e «satélites» que
giram em torno dele. Isto quer dizer que o átomo, ao invés de compacto, possui entre essas
partículas espaços completamente vazios de matéria (do Plano Físico), os quais são
preenchidos de matéria mais subtil (astral e mental). Dentro do átomo, a distância relativa
entre as partículas que o constituem corresponde, com muita aproximação, à distância dos
planetas do nosso Sistema Solar em relação ao volume dos mesmos; noutros termos, um
átomo, apesar de ser tão minúsculo ao ponto de nenhum aparelho permitir ainda ao olho
humano vê‑lo com clareza absoluta, compreende muito mais espaço vazio do que partículas
propriamente de matéria física. Esses enormes espaços vazios da matéria física acontecem
porque os átomos que constituem as moléculas dos corpos não se justapõem, antes mantêm
entre si, em geral, maiores distâncias do que o tamanho dos próprios átomos. Por sua vez, as
moléculas também não se justapõem e guardam entre si distâncias relativamente grandes.
Observa‑se assim que mesmo numa barra do mais duro aço, dando a impressão de ser
absolutamente compacta em virtude dos nossos sentidos limitados ao visível e tangível, há
muitos mais espaços vazios do que partículas materiais. E é entre esses espaços vazios de
matéria física que os átomos astrais podem infiltrar‑se com toda a liberdade, por serem
muitíssimas vezes menores ou mais subtis.
Repetindo: a matéria astral interpenetra a matéria física. Cada átomo físico flutua num
oceano de matéria astral. Esta concepção fundamental deve ficar perfeitamente clara no
espírito de todos, pois sem ela não será possível compreender um grande número de
fenómenos ocultos.
fenómenos ocultos.
Este princípio de interpenetração mostra‑nos que os diferentes Planos da Natureza não são
separados no espaço, mas sim que existem em torno e dentro de nós, de maneira que para os
perceber e estudar não é necessária locomoção física: basta despertar ou apurar em nós os
sentidos por meio dos quais eles possam ser percebidos. Donde a conclusão importante de
que os Planos da Natureza são estados de Consciência.
Sabe‑se que o corpo físico de todos os seres existentes na face da Terra constitui‑se das
substâncias físicas que não lhes pertence e sim à própria Terra de onde provêm, pois ele
desenvolve‑se e é mantido pela assimilação das substâncias que, em última análise, saem da
Terra. O mesmo se dá com o corpo astral. O conjunto de toda a matéria astral que integra os
corpos dos seres que habitam o nosso planeta forma, juntamente com a matéria astral difusa,
o corpo astral da Terra. O conjunto dos corpos astrais dos planetas do nosso Sistema
constitui o corpo astral do Logos Solar. Eis aqui a razão do velho conceito panteísta.
Cada um dos sete tipos de matéria astral que constitui os sub‑planos do Plano Astral, pode
ser encarado como formando um todo, um veículo próprio como se fosse o corpo astral de
uma das sete Entidades Cósmicas ou Logos Planetários do Sistema a que pertencemos.
Sendo assim, conclui‑se que sete Logos Planetários constituem um Logos Solar, como síntese
suprema de todos eles.
Resulta dessa observação que o mais insignificante movimento, a mais leve modificação, seja
de que natureza for, dessas Entidades é instantaneamente reflectida, de um modo ou de
outro, na matéria do tipo correspondente. Tais mudanças têm lugar periodicamente e são
análogas aos movimentos fisiológicos de um organismo vivo, tais como a inspiração e a
expiração, as batidas do coração ou ritmos cardíacos, etc., porque, na verdade, o Universo é
um Grande Ser Vivo. Os cabalistas judeus chamam‑no Adam‑Kadmon, o “Homem Celeste”.
Os movimentos relativos dos planetas físicos fornecem‑nos as chaves das influências
provenientes dessas mudanças psíquicas sobre o homem, como parte, e sobre a
Humanidade, como todo. Eis a Astrologia vista por outro ângulo. Cada uma dessas
mudanças deve afectar o homem proporcionalmente à quantidade de matéria em jogo que se
ache no seu corpo astral. Desse modo, o mesmo tipo de mudanças no Cosmos afecta de
ache no seu corpo astral. Desse modo, o mesmo tipo de mudanças no Cosmos afecta de
maneira diferente os homens, como, por exemplo, quando observam diferentemente uma
mesma obra de arte; outros, a impavidez ou a excitação nervosa diante de certos
acontecimentos; noutros, o desinteresse ou o desejo instintivo, etc.
É essa proporção que determina em cada homem, animal, planta e mineral certas
características fundamentais que nunca mudam e a que a Ciência Iniciática chama a sua
“nota fundamental”, o seu Planeta ou Raio.
Observados os princípios fundamentais da mecanogénese do Universo e do Homem, resta
desfechar este estudo sobre a Antropogénese, que tal como como o da Cosmogénese foram
dados de maneira sintética, deixando as bases fundamentais dos mesmos para outros e mais
latos aprofundamentos que aqui não cabem. Ante o Tudo no Todo e o Todo no Tudo,
desfecho com dois significativos trechos de louvor ao Altíssimo respigados da Kether‑
Malkuth do rabi ibérico, o “Avicebrão latino” do século XII, Salomão Ben Gabirol:
VIII
Tu és o Altíssimo.
Os olhares enternecidos da inteligência elevam‑se para Ti,
admirados de mal Te enxergarem,
nem Te poderem conhecer completamente.
XLII
Tu és Deus.
Nos altos Céus e em baixo na Terra, não há outro.
Que as palavras de minha boca e os pensamentos de meu coração
Te sejam agradáveis, Adonai, meu Protector e meu Redentor.
OBRAS CONSULTADAS
Henrique José de Souza, Antropogénese. Revista “Dhâranâ”, Ano LIII, Série Transformação,
N.º 4 – 3.º e 4.º trimestre de 1978.
Helena P. Blavatsky, A Doutrina Secreta, Volume III – Antropogénese. Editora Pensamento,
São Paulo.
Roberto Lucíola, Sistemas Planetários. Caderno “Fiat Lux” – 3, Junho de 1995, São
Lourenço, Minas Gerais, Brasil.
António Castaño Ferreira, Série Astro‑Mental. Acervo da Sociedade Teosófica Brasileira.
Comunidade Teúrgica Portuguesa, apostilas reservadas do Grau Karuna.
Comunidade Teúrgica Portuguesa, apostilas reservadas do Grau Karuna.
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