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Objetivos
- Esclarecer o papel do sujeito quanto à sua liberdade frente às normas morais sociais.
Conteúdos
A Liberdade é o elemento condicionante para a manutenção da moral: A
moral depende da livre e consciente aceitação das normas para que o indivíduo não viva
o conflito do seu ser com o ser social e tenha que ver a moral como regras que deve
obedecer para evitar sanções. Contudo a aceitação não pode ser do indivíduo que na
relação social só vê seu próprio interesse. A adesão voluntária cria o “dever ser” resultado
da consciência da obrigação moral.
O agir ético enquanto um dever implica diretamente em um compromisso
moral: Para ser moral o ato deve ser livre, consciente, intencional e solidário e por isso
responsável e consequente. Contudo podemos desobedecer a essa norma que nós
mesmos escolhemos obedecer e consideraremos nosso ato imoral. A moral sempre será
decidida com a bússola e a balança. A bússola indica a direção e a balança mede o dever.
As vezes a bússola indica um caminho e a nossa balança põe um motivo (peso) para
seguirmos outro (exemplo do emprego do indicado pelo amigo)
Os valores morais podem ser tanto absolutos quanto relativos, depende do
sujeito que os pratica: Pode ocorrer de filósofos defenderem o aspecto absoluto dos
valores morais como sendo “máximas morais”, dogmas e doutrinas irredutíveis em si
mesmos; Por outro lado, a relativização dos valores não implica em extinguí-los, mas
criar tais exceções.
Livre Arbítrio x Determinismo: Presume-se que o Livre Arbítrio seja uma
disposição pessoal da qual o sujeito age pela força de sua vontade, independentemente
dos constrangimentos que sofre. Agostinho e Tomás de Aquino são seus maiores
defensores; Já no Determinismo (oposto ao Livre Arbítrio) presume-se ser uma disposição
impessoal em que leva em conta a subordinação do sujeito às relações de causa e efeito,
ou seja, tudo é determinado porque tem de ser assim e o ser humano não tem “escolhas”
(como no Livre Arbítrio).
Platão: Metafísica; Os valores são absolutos porque a ideia do Belo, do Bom e do
Verdadeiro existem por si mesmos. Aristóteles: Segue Platão porém no lado relacional
das pessoas e negava o Mundo das Ideias; Considera a transformação do ato em potência
nos seres - São absolutos pois o homem está sempre se atualizando o que são em
potência, ou seja, realizando-se em virtudes.
Já David Hume na Idade Moderna conclui que são as paixões que definem a ação
moral e por isso ela é relativa ao indivíduo, No Século XVIII, Immanuel Kant, principal
representante do iluminismo ao admitir que não podemos conhecer o ser mas somente
seus fenômenos tornando o sujeito capaz de autonomia de julgar e fazer e nunca se
mostrar utilizando variadas máscaras.
Metodologia de ensino
Atividades
- Apresentação e explicação do tema
- Apresentação dos pensadores.
- Debate transversal contextualizando a teoria com base no cotidiano.
Avaliação da Aprendizagem
1) Ser livre implica dizer que estou isento de qualquer dever? Justifique.
2) Podem os valores morais serem absolutos e irredutíveis em si? Por quê?
3) Qual a diferença entre o Livre Arbítrio e o Determinismo?
4) O que é preciso para um indivíduo ser um sujeito moral?
5) Como que a moral pode ser definida como uma bússola e como uma balança?
Referência
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: introdução à Filosofia. 5. ed. – São Paulo:
Moderna, 2013
CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia. – 2.ed. – 2.imp. – São Paulo: Ática, 2015