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CORONEL FABRICIANO
2014
TAMIRES CRISTINA COSTA
CORONEL FABRICIANO/MG
2014
FICHA CATALOGRÁFICA
Tamires Costa
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o
que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.”
RESUMO
ABSTRACT
The steel slag is one of the largest waste generation in integrated plants and semi-
integrated, but have application restrictions due to its high expandability. In order to
circumvent these restrictions this research aimed to estimate the kinetic parameters
of reactions that result in the expansion of steel slag using the global Arrhenius
equation. To support the use of this equation with the material, chemical, physical
and microstructural a lot of steel slag LD, a steel of the metropolitan region of
Cubatao (Sao Paulo), were held to meet its main features. After his characterization
testing to evaluate the potential for expansion at different temperatures was
performed and, from the results obtained and the Arrhenius equation, kinetic
parameters such as activation energy and pre-exponential factor were estimated.
There was obtained 12.5 kJ / mol for the activation energy and 260.42% for pre-
exponential factor. In order to relate the changes occurring in hydration and
carbonation of the slag with the initial sample, after testing a new characterization by
X-ray diffraction and density evaluation was performed. The sample showed
significant changes in phases and density, they may be directly connected to
hydration compounds as CaO, MgO and its carbonation. During the tests and during
the processing, also noted that if the temperature significantly impacts the expansion
values, increasing them exponentially. Thus, there was obtained an expansion to
higher temperatures higher than for the tests at lower temperatures. So to correlate
the temperature and time of the slag expansion, we adopted an asymptotic equation
that showed well express the idea of having initially a major expansion speed, which
tends to zero in very long times when the building material is stabilized.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1 Contextualização do tema................................................................................... 1
1.2 Objetivos ............................................................................................................. 4
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 4
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 4
1.3 Justificativa ......................................................................................................... 4
1.4 Estrutura da pesquisa ......................................................................................... 5
3 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. 28
3.1 Introdução ......................................................................................................... 28
3.2 Caracterização das escórias de aciaria ............................................................ 28
3.3 Método de caracterização e ensaio .................................................................. 29
3.3.1 Preparação da amostra .................................................................................. 29
3.3.2 Caracterização física ...................................................................................... 32
3.3.2.1 Análise granulométrica ............................................................................... 32
3.3.2.2 Densidade .................................................................................................. 33
3.3.2.3 Área superficial específica .......................................................................... 33
3.3.2.3.1 Brunauer, Emmett e Teller (BET) ............................................................. 33
3.3.2.3.2 Blaine ....................................................................................................... 34
3.3.3 Caracterização química .................................................................................. 35
3.3.3.1 Análise térmica (TG/DTG)] ......................................................................... 35
3.3.3.2 Análise química .......................................................................................... 36
3.3.3.2.1 Etilenoglicol .............................................................................................. 36
3.3.3.2.2 Fluorescência de Raios-X (FRX) .............................................................. 36
3.3.4 Caracterização microestrutural ....................................................................... 37
3.3.4.1 Difração de raios X (DRX) .......................................................................... 37
3.3.4.2 Microscopia ótica ........................................................................................ 38
3.4 Avaliação da expansibilidade ............................................................................ 39
3.5 Estimativa dos parâmetros cinéticos ................................................................. 41
3.6 Tratamento dos dados ...................................................................................... 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 92
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
Este trabalho é composto por seis capítulos, tendo este primeiro, uma breve
apresentação do tema estudado, elucidando a visão do assunto e quais objetivos
desejam-se alcançar.
O segundo capítulo traz uma revisão dos conceitos a serem abordados ao longo
do trabalho, que se fazem necessários para boa compreensão do mesmo.
Já no terceiro capítulo são apresentados os trabalhos experimentais
desenvolvidos e seus estudos necessários para representá-los.
No quarto serão expostos os resultados alcançados dos testes descritos no
capítulo anterior, o tratamento dos dados e a expressão matemática que melhor
representa a expansão obtida.
Por fim, o quinto capítulo destina-se à conclusão, juntamente com a análise final
do estudo realizado e o sexto capítulo a sugestões para próximos trabalhos.
6
2 REVISÃO DE LITERATURA
que por ser mais leve flutua sobre o ferro gusa derretido. Estas escórias formam-se
pela fusão das impurezas do minério de ferro, de fundentes como o calcário e a
dolomita e das cinzas do coque, como o carvão mineral (INSTITUTO, s.d.). Através de
duas aberturas posicionadas em alturas diferentes são retiradas, primeiro a escória e
em seguida o ferro gusa que é despejado em carros torpedo e enviado para a unidade
de aciaria, onde será refinado (ARAUJO, 1997).
A escória de alto forno apresenta-se sob a forma dos respectivos óxidos: óxidos
de silício (SiO2), de alumínio (Al2O3), de cálcio (CaO), de magnésio (MgO) e de ferro
(Fe3O4), predominantemente na forma de hematita (Fe 2O3). Devido a suas
propriedades químicas, físicas, mecânicas e geoquímicas são muito utilizadas para
construção civil (MACHADO, 2000; GAYER, 2001; RAPOSO, 2005; ARRIVABENE,
2012).
Geralmente as usinas integradas fazem um processo de pré-tratamento do gusa
antes do mesmo chegar na aciaria. Esse processo consiste na diminuição do teor de
enxofre, em estações de dessulfuração, através da injeção de agentes químicos à base
de cal e magnésio, nos carros torpedo ou mesmo nas panelas de gusa.
A transformação do gusa em aço se dá basicamente pela diminuição da
quantidade de carbono contido no metal, além da remoção dos elementos indesejados,
tais como silício, manganês e fósforo através da oxidação (PARREIRAS et. al., 2011).
Estes elementos são indesejados, pois interferem diretamente nas propriedades
mecânicas e/ou características desejadas no aço (ARAUJO, 2009). Para esta
transformação, o gusa passa por uma etapa conhecida como refino, ou purificação do
aço, geralmente em duas fases: refino primário e refino secundário.
O processo conhecido como refino primário, acontece em um equipamento
denominado conversor, ou convertedor, e consiste basicamente em injetar oxigênio
gasoso em alta velocidade sobre o ferro gusa líquido, de modo que este reaja com o
carbono do gusa eliminando-o na forma de monóxido de carbono (CO) gasoso
(ARAUJO, 2009; MOURÃO, 2010). Além de reagir com o carbono, o oxigênio reage
também com o silício, o ferro, o fósforo e o manganês, dentre outros elementos em
menores quantidades originando assim o aço bruto. O conversor, ou convertedor, é um
reator composto por uma carcaça de aço revestida com material refratário, resistentes
a altas temperaturas, e apoiada a uma estrutura especial que permite o seu
basculamento (levantamento) (ARAUJO, 2009). Devido a grande quantidade de calor
liberada na reação do oxigênio com o carbono, o conversor não precisa de nenhum
8
outro combustível para converter gusa em aço. Nas siderúrgicas em geral, o conversor
mais utilizado é o LD (Linz e Donawitz) (MOURÃO, 2013).
Já o processo conhecido como refino secundário, também conhecido como
metalurgia de panela, objetiva eliminar as impurezas principais do aço bruto, como o
oxigênio (O), enxofre (S), nitrogênio (N), hidrogênio (H) e fósforo (P). Chama-se refino
secundário porque é realizado fora do equipamento de fabricação do aço bruto, o
convertedor (MOURÃO, 2013). O refino secundário acontece em um equipamento
chamado Forno Panela e consiste basicamente no acerto de composição química do
aço especificado de acordo com o cliente; na desoxidação que prevê a remoção do
oxigênio dissolvido no aço para evitar que se formem compostos (as inclusões) que
prejudiquem as propriedades do aço; na dessulfuração pela adição de óxido de cálcio e
um elemento desoxidante como o alumínio ou o próprio carbono, para diminuir o teor
de enxofre residual; na desgaseificação pela redução dos teores de hidrogênio (H 2) e
nitrogênio (N2), diluindo-os em outros gases como o argônio; e no controle de
temperatura e de morfologia de inclusões, que são os óxidos, sulfetos e nitratos não
absorvidos pela escória (ARAUJO, 2009; MOURÃO, 2013).
A escória de aciaria é composta majoritariamente de alguns subprodutos, tais
como silicatos de cálcio (CaSiO3) e ferritas (α-Fe) combinados com óxidos de alumínio
(Al2O3), óxidos de manganês (MnO), óxidos de cálcio (CaO) e óxidos de magnésio
(MgO), que são os elementos com teores mais elevados presentes na escória
(RAPOSO, 2005). Assim como a escória de alto forno, a escória de aciaria é separada
do aço devido à diferença de densidade, que permite retira-los do convertedor
separadamente.
O lingotamento é o último estágio na aciaria onde ainda se trabalha com o metal
líquido. A finalidade é solidificar o aço em uma forma desejável para produzir um
produto semi-acabado como lingotes, tarugos, barras ou blocos, como são conhecidos
(MOURÃO, 2013). Atualmente o lingotamento convencional, que consiste em colocar o
aço líquido em moldes individuais para serem resfriados até a sua completa
solidificação, foi substituído pelo lingotamento contínuo que compreende o vazamento
do aço líquido para dentro de um molde de cobre refrigerado aberto no topo e na base,
devido ao elevado rendimento, a alta produtividade, dentre outras características
importantes (ARAUJO, 2009; MOURÃO, 2013). Após o vazamento do aço, o calor é
extraído através da parede do molde, por onde circula água, solidificando o aço em
contato com o molde. Levado pelo movimento de extração da máquina, a espessura da
9
SANO et. al. (1997) afirma que os principais métodos para a produção de aço
atualmente no Brasil são:
Processo de refino a oxigênio ou LD (Linz e Donawitz);
Fusão e refino da sucata em fornos elétricos a arco (FEA);
O processo de refino a oxigênio ou LD (Linz e Donawitz) é muito utilizado em
usinas integradas a coque, ou a carvão vegetal, onde a fusão e o refino do gusa líquido
são conduzidos em convertedores a oxigênio. Consiste na adição da sucata junto ao
gusa líquido, no convertedor, em temperaturas que variam entre 1300 ºC e 1450 ºC.
10
Guimarães (1998) citado por Silva (2007) relata que os óxidos de cálcio e
magnésio iniciam o processo de hidratação juntos, porém o óxido de cálcio (CaO) tem
uma taxa de hidratação com valor superior ao do óxido de magnésio (MgO).
De acordo com Nouman et. al. (1992) citado por Machado (2000) a cal livre
(CaO) é a principal responsável pela expansibilidade nas escórias de aciaria. O
processo de hidratação da cal livre se da pela seguinte reação química, representada
pela equação 1.
de silicatos ou em solução sólida com ferro (Fe), magnésio (Mg) e manganês (Mn),
principalmente.
Uma reação paralela a hidratação, mais ou menos expressiva, é a formação de
carbonato de cálcio (CaCO3), resultado da carbonatação do hidróxido de cálcio
(Ca(OH)2), segundo a equação 2.
A escória de aciaria possui um teor de magnésio que pode variar até 10%.
Segundo Raposo (2005, p.34) o “óxido de magnésio (MgO) contido na escória de
aciaria LD é proveniente do uso de dolomita, carbonato misto de cálcio e magnésio
(CaMg(CO3)2), no forno, para minimizar o desgaste do revestimento refratário”. Quando
em contato com umidade, o MgO hidrata-se de forma lenta, segundo a equação 3.
Aumento de Temperatura
Fase Sistema
Densidade volume:
Líquida cristalino
(%)** Transformação Estabilização
Transformação
Fonte: SEKI et al. (1986), TAYLOR (1997), LEA (1970) apud MACHADO (2000)
formas pode ser feita por difração de raios-X (DRX) ou por termogravimetria (TG/DTG)
(FERNANDES, 2010).
Motz e Geiseler (2001) ressaltam que não existe um método confiável para a
determinação do MgO livre. Nesse caso, pode-se dizer que para as escórias que não
sofreram intemperismo e que apresentam baixos teores de MgO, o método de
determinação do CaO livre pelo etileno glicol pode ser empregado como um dos
critérios para avaliar a instabilidade volumétrica (MOTZ e GEISELER, 2001).
De acordo com Jones et. al. (1996) apud Raposo (2005), a utilização de escória
está inteiramente condicionada às características químicas, ambientais e mineralógicas
que estes materiais apresentam. Entretanto, o reaproveitamento destes resíduos
precisa estar evidenciado por pesquisas e regulamentações que venham a monitorar e
minimizar o problema da expansibilidade (RAPOSO, 2005, p. 23).
Há muitos trabalhos e pesquisas enfocando o uso de escórias de aciaria na
agricultura, na construção civil, seja na forma de agregados, adições ou como matéria-
prima na fabricação de cimentos, nos pavimentos rodoviários e até mesmo em lastros
ferroviários (FERNANDES, 2010).
[9]
É valido ressaltar que além da lei de Arrhenius, existem outras teorias que
determinam a velocidade da reação em função da temperatura. Tais teorias são
conhecidas como teoria das colisões e teoria do estado de transição. Na teoria das
colisões a velocidade é determinada pelo número de colisões energéticas entre os
reagentes, considerando apenas que sua transformação nos produtos seja rápida, sem
influenciar na velocidade global do processo (LEVENSPIEL, 2000). Por outro lado, a
teoria do estado de transição considera a velocidade da reação como dependente da
velocidade de decomposição do intermediário, sendo a formação do intermediário
suficientemente rápida para que, em cada instante, esteja presente na concentração de
equilíbrio, não interessando a origem de sua formação (LEVENSPIEL, 2000).
Comparando essas teorias com a lei de Arrhenius observamos na equação 10 o
resumo das conclusões obtidas. Quanto à relação entre temperatura e constante de
velocidade, a lei de Arrhenius é uma boa aproximação para a verificação de como
variam as teorias da colisão e do estado de transição com a temperatura. Fato este,
que evidencia a escolha do modelo a ser utilizado nesta pesquisa.
[10]
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Introdução
Escória de Aciaria
Análise
Área superficial
Química Microscopia
(Etilenoglicol e específica
(BET e Blaine) ótica
FRX)
Densidade
Fonte: Autora.
para garantir granulometria inferior a 0,075 mm, e submeteu-a aos ensaios. A fração
passante na peneira nº 200 (0,075 mm), no decorrer deste trabalho, será mencionada
como lote 02.
Moagem em moinho de
anéis (30 kg)
Quarteamento
(30 kg)
Amostra
representativa
(30 kg)
Ensaio de
Caracterização expansibilidade
Química
Caracterização
Física
Fonte: Autora.
31
Fonte: Autora.
A amostra separada para a avaliação da expansibilidade foi inicialmente
peneirada e quarteada, aproveitando a fração passante na peneira nº 32 (0,500 mm) e
retido na peneira nº 150 (0,105 mm) (Série Tyler), sendo o restante do material
separado em sacos e armazenado em local seco. Essa fração no decorrer deste
trabalho será mencionada como lote 03.
A fundamentação teórica das técnicas utilizadas para as caracterizações estão
descritas detalhadamente no Apêndice A.
32
A granulometria da amostra inicial (lote 01) foi determinada por uma empresa na
cidade de Cubatão. Já a granulometria das amostras moídas no Laboratório de Meio
Ambiente da siderúrgica (lote 02 e lote 03), no Vale do Aço, foi determinada em
agitador de peneiras RO-TAP, modelo RX-29-10 da WS Tyler (Figura 11), peneirando-
se a escória durante 10 minutos no conjunto de quatro peneiras arredondadas da série
Tyler, com aberturas das malhas variando de 18 (1,0 mm) a 200 mesh (0,075 mm).
Fonte: Autora.
3.3.2.2 Densidade
Fonte: Autora.
adsorção gasosa NOVA 1200e, fabricado pela Quantachrome Instruments (Figura 13).
Nesse método, o gás passa sobre uma amostra resfriada à temperatura do nitrogênio
líquido (77K), sob pressões de até 2 atm e pressões relativas (P/P0) inferiores a 0,3. O
N2 adsorvido fisicamente em cada pressão produz uma alteração na composição de
saída, registrada por um detector de condutividade térmica, ligado a um registrador
potenciométrico. Ao aquecer a amostra, pela perda de contato do N2 líquido com a
célula de amostragem, o N2 é dessorvido. A área dos picos é proporcional à massa de
N2 dessorvida. A partir do volume de N2 obtido no ensaio e utilizando a equação de
BET, determina-se o volume de nitrogênio necessário para recobrir a superfície
adsorvente com uma monocamada (BRUNAUER et. al., 1938).
Fonte: Autora.
3.3.2.3.2 Blaine
Fonte: Autora.
1250 ºC. Com um espectrômetro de massa como detector dos gases liberados nas
reações.
FIGURA 15 - Termobalança
Fonte: Autora.
3.3.3.2.1 Etilenoglicol
Para analisar o teor de cal livre (CaO) utilizou-se o método do etileno glicol,
segundo a NBR 7227 (ABNT, 1989), por meio da titulometria de neutralização. O
método é mais detalhado no Apêndice A.
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
A amostra do lote 03 foi embutida em resina acrílica de cura à frio (própria para
embutimento metalográfico), lixada e polida. A etapa de lixamento sucedeu-se por meio
de lixas metalográficas com granulometrias de 320, 600, 800 e 1200 mesh. A etapa de
polimento foi feita com alumina líquida e em meio aquoso, permitindo que as análises
por microscopia óptica e obtenção de imagens pudessem ser realizadas.
Para análise microestrutural e captura das imagens foi utilizado um microscópio
óptico pertencente ao laboratório de Caracterização de Materiais da siderúrgica, da
39
marca Zeiss, modelo Imager M1m (Figura 18), equipado para aumentos de 50, 100,
200, 500 e 1000 vezes, e câmera digital integrada ao computador para captura de
imagens. O processamento digital das imagens foi realizado através do software
AxioVision 4.8.
Fonte: Autora.
amostra do lote 03, pesou-se 175 g e acrescentou-se uma umidade de 12% do seu
peso, cerca de 21 g de água deionizada.
Fonte: Autora.
[11]
Ea
é e coeficiente linear é k0.
R
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
25
20
Percentual de retido (%)
15
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Distribuição de tamanha de partícula (mm)
Fonte: Autora.
Comparando-se os resultados obtidos com a especificação granulométrica da
norma do DNIT 113/2009 ME, observa-se que a dimensão do lote 01 se aproxima do
valor máximo especificado de 19 mm. Contudo, as amostras do lote 02 e 03
apresentam granulometria menor para que, pressupostamente, aumente a velocidade
de reação da escória com a água e, por conseguinte, aumente a velocidade de cura da
escória e os fenômenos possam ser mais facilmente revelados.
4.1.2 Densidade
4.1.3.1 BET
Fonte: Autora.
4.1.3.2 Blaine
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
49
Temperatura Perda
Decompõe Libera
(ºC) (%)
Silicatos H2O 20-180 0,32
Silicatos H2O 180-380 0,67
Ca(OH)2 H2O 380-520 1,48
CaCO3 CO2 520-720 0,36
Fonte: Autora.
Temperatura Perda
Decompõe Libera
(ºC) (%)
Silicatos H2O 20-180 0,31
Silicatos H2O 180-310 0,39
Silicatos H2O 310-375 0,28
Ca(OH)2 H2O 375-500 1,5
CaCO3 CO2 500-740 0,43
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
51
Temperatura Ganho
Libera (ºC) (%)
Oxidação O2 200-1200 4,31
Fonte: Autora.
Temperatura Ganho
Libera (ºC) (%)
Oxidação O2 200-1200 4,04
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
como referência o método de ensaio prescrito na NBR 7227/87 para determinar esse
teor na amostra do lote 01.
Logo, na determinação do teor de óxido de cálcio livre na escória obteve-se
como resultado um teor de 5% para o lote 01, sendo este valor próximo ao determinado
por Machado (2000) de 4,7%. Com esse resultado, podemos então considerar que esta
escória é básica, apresentando um índice de basicidade acima de 1,00% e que, seja
qual for o seu uso, poderá ser considerado seguro, pois sua proporção está dentro do
aceitável em muitos países, entre 4 e 7% (GEYER, 2001).
Elementos %
Ferro total Fet 29,1
Wüstita equivalente FeOeq 37,437
Óxido de cálcio CaO 38,8
Dióxido de silício SiO2 9,66
Óxido de magnésio MgO 8,33
Óxido de manganês MnO 4,09
Óxido de alumínio Al2O3 2,63
Anidrido Fosfórico P2O5 1,4
Enxofre S 0,14
Carbono C 0,67
Óxido de titânio TiO2 0,37
Óxido de cromo III Cr2O3 0,1
Óxido de potássio K2O 0,029
Fonte: Autora.
53
Elementos %
Sódio Na 0,14
Cloro Cl 0,12
Óxido de magnésio MgO 7,63
Pentóxido de Vanádio V2O5 0,1
Óxido de estrôncio SrO 0,08
Óxido de nióbio Nb2O5 0,02
Óxido de zinco ZnO 0,0043
Fonte: Autora.
Elementos Lote 02
Wüstita FeO 3144
Larnita Ca2SiO4 1966
Srebrodolskita Ca2Fe2O5 2977
Óxido de cálcio CaO 2840
Portlandite Ca(OH)2 3315
Carbono C 4085
Akermanita Ca2MgSi2O7 341
Calcita CaCO3 189
Fonte: Autora.
Elementos Lote 03
Carbono C 420734
Portlandita Ca(OH)2 38784
Wüstita FeO 889
Srebrodolskita Ca2Fe2O5 492
Larnita Ca2SiO4 611
Calcita CaCO3 4910
Hidróxido silicato de
Ca2(SiO3OH)(OH) ---
cálcio
Katoita Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 ---
Fonte: Autora.
CENTRO DE TECNOLOGIA USIMINAS - UNIDADE IPATINGA
55
FIGURA 26 - Resultado difração de raios X lote 02
5e4
AMOSTRA: 5436-A
OBS: Os picos marcados indicam, provavelmente, traços das fases a seguir:
4e4
A = Ca2MgSi2O7 - Akermanite
B = CaCO3 - Calcite
3e4
2e4
Sqrt (Counts)
Sqrt (Contagem)
1e4
B A
1000
5 10 20 30 40 50 60 70
Escala 2- Scale
2-Theta Teta
File: 5436-A.raw - Anode: Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA
FeO – Wüstita, syn – cúbica face centrada
00-006-0615 (I) - FeO
Ca2SiO4 – Larnita, - Wustite,
syn syn - Cubic
– monoclínica - Face-centered
primitiva
Ca2Fe2O5 – Srebrodolskita
00-033-0302 – Ortorrômbica
(*) - Ca2SiO4 - Larnite, syn - Monoclinic - Primitive
primitiva
CaO – Óxido(I)de
00-038-0408 cálcio – cúbica
- Ca2Fe2O5 de face centrada
- Srebrodolskite - Orthorhombic - Primitive
C – Carbono(C)
01-074-1226 – hexagonal primitiva
- CaO - Calcium Oxide - Cubic - Face-centered
Ca(OH)2 – Portlandita,
00-026-1076 syn –- hexagonal
(C) - C - Carbon Hexagonal -primitiva
Primitive
01-072-0156 (C) - Ca(OH)2 - Portlandite, syn - Hexagonal - Primitive
Fonte: Autora.
CENTRO DE TECNOLOGIA USIMINAS
56
FIGURA 27 - Resultado difração de raios X lote 03
AMOSTRA: 6383
1e5
6e4
5e4
Sqrt (Counts)
Sqrt (Contagem)
4e4
3e4
2e4
Radiação Kbeta
1e4
1000
4 10 20 30 40 50 60 70
2-Theta - Scale
Escala 2 Teta
File: 6383.raw - Anode: Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA
C – Carbono – hexagonal primitiva
00-026-1076 (C) - C - Carbon - Hexagonal - Primitive
Ca(OH) 2 – Portlandita, syn – hexagonal primitiva
FeO – Wüstita,
01-072-0156 (C)syn – cúbica
- Ca(OH)2 - Portlandite, syn - Hexagonal - Primitive
de face centrada
Ca 2Fe2O5 – Srebrodolskite
00-006-0615 – ortorrômbica
(I) - FeO - Wustite, syn - Cubic primitiva
- Face-centered
Ca 2SiO4 – Larnita
00-038-0408 – monoclínica
(I) - Ca2Fe2O5 primitiva - Orthorhombic - Primitive
- Srebrodolskite
CaCO 3 – Calcita,
00-033-0302 syn – eixo
(*) - Ca2SiO4 H.rômbico
- Larnite, syn -primitiva
Monoclinic - Primitive
00-005-0586 (*) - CaCO3 - Calcite, syn - Rhombo.H.axes - Primitive
Fonte: Autora.
57
6e4
AMOSTRA: 5436-A
5e4 AMOSTRA: 6383
OBS: Os picos marcados indicam, provavelmente, traços das fases a seguir:
A = Ca2MgSi2O7 - Akermanite
4e4
B = CaCO3 - Calcite
3e4
Sqrt (Counts)
Sqrt (Contagem)
2e4
1e4
B A
1000
5 10 20 30 40 50 60 70
2-Theta - Scale
Escala 2 Teta
File: – Wüstita, -syn
FeO5436-A.raw – cúbica
Anode: face centrada
Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA 01-072-0156 (C) - Ca(OH)2 - Portlandite, syn - Hexagonal - Primitive
Ca2SiO
File: 4 – Larnita,
6383.raw - Anode: – monoclínica
synCu - WL1: 1.5406primitiva
- Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA
Ca2Fe2O5 – (I)
00-006-0615 Srebrodolskita – Ortorrômbica
- FeO - Wustite, syn - Cubic - primitiva
Face-centered
CaO – Óxido de cálcio – cúbica de face centrada
00-033-0302 (*) - Ca2SiO4 - Larnite, syn - Monoclinic - Primitive
C – Carbono – hexagonal primitiva
00-038-0408 (I) - Ca2Fe2O5 - Srebrodolskite - Orthorhombic - Primitive
Ca(OH)2 – Portlandita, syn – hexagonal primitiva
01-074-1226 (C) - CaO - Calcium Oxide - Cubic - Face-centered
00-026-1076 (C) - C - Carbon - Hexagonal - Primitive
Fonte: Autora.
60
FIGURA 29 - Resultado difração de raios X pelo método de Rietveld lote 02
5436-A.raw_1
120 Calcita Calcite 0,70%
5436-A.raw_1 0.70 %
Lima 11,36%
110 Wüstita Lime 11.36 %
20,32%
Wuestite
Akermanita 20.32 %
1,81%
100
Srebrodolskita
Akermanite 30,39%
1.81 %
Porlandita 2,06%
90 Srebrodolkite 30.39 %
Grafite 1,77%
80 Larnita Portlandite 2.06 %
31,59%
Graphite 1.77 %
70 Larnite 31.59 %
60
Sqrt(Counts)
Sqrt (Contagem)
50
40
30
20
10
-10
-20
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
2Th Degrees
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
61
FIGURA 30 - Resultado difração de raios X pelo método de Rietveld lote 03
Calcita 11,47%
Wüstita 2,84%
Srebrodolskita 6,13%
Porlandita 7,24%
Grafite 64,65%
Larnita 7,67%
Sqrt (Contagem)
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
62
C3S
MgO
FeO C2S
Fonte: Autora.
64
C3S
C2S
Fonte: Autora.
Fe0
FeO
Fonte: Autora.
65
Cgrafite
C3A
Fonte: Autora.
MgO
FeO
Fonte: Autora.
66
C2S
FeO
C3S
MgO
Fonte: Autora.
Fe
O
Fe
O
C2S
MgO
Fonte: Autora.
67
2,5
Exp ansão (%)
1,5
1
1 2
3
4
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
68
51 °C 2 34,21 33,82 33,54 33,43 33,26 33,18 33,10 33,07 33,05 32,96
3 34,04 33,63 33,36 33,29 33,20 33,13 33,06 33,04 33,02 32,89
4 34,27 33,85 33,63 33,48 33,31 33,26 33,19 33,16 33,14 33,03
Tempo
0 0,97 1,99 3,00 6,00 6,99 8,00 10,48 12,96 13,83
(dias)
1 35,47 35,05 34,85 34,75 34,63 34,57 34,53 34,41 34,29 34,28
61 ºC 2 34,89 34,44 34,15 34,02 33,87 33,80 33,70 33,65 33,60 33,59
3 34,82 34,34 34,06 33,94 33,83 33,77 33,68 33,64 33,59 33,58
4 34,37 33,94 33,74 33,56 33,40 33,34 33,30 33,23 33,15 33,14
Tempo
0,000 1,00 1,99 3,02 5,94 6,98 7,87 8,99 10,03 13,75
(dias)
1 35,19 34,61 34,29 34,07 33,90 33,81 33,76 33,74 33,71 33,64
71 °C 2 35,01 34,35 34,09 33,85 33,81 33,79 33,73 33,62 33,61 33,54
3 34,90 34,23 33,97 33,71 33,66 33,57 33,53 33,50 33,47 33,38
4 35,07 34,41 34,08 34,01 33,78 33,72 33,67 33,66 33,63 33,56
Tempo
0,00 0,97 1,97 2,95 6,97 8,00 8,97 9,99 11,00 13,73
(dias)
1 33,01 32,33 31,89 31,65 31,45 31,43 31,36 31,33 31,31 31,26
81 °C 2 33,59 32,82 32,54 32,47 32,27 32,25 32,24 32,23 32,20 32,12
3 33,95 33,07 32,74 32,53 32,29 32,27 32,26 32,26 32,22 32,16
4 33,93 33,00 32,57 32,36 32,22 32,15 32,07 32,03 32,01 31,97
Tempo
0,00 1,01 1,99 2,96 5,95 6,97 7,97 8,96 9,96 12,96
(dias)
1 33,52 32,33 31,91 31,83 31,75 31,71 31,67 31,66 31,65 31,61
91 °C 2 33,24 31,96 31,67 31,61 31,48 31,46 31,38 31,31 31,31 31,28
3 32,91 31,74 31,36 31,33 31,31 31,26 31,20 31,24 31,19 31,13
4 32,82 31,50 31,26 31,22 31,08 31,02 31,00 30,98 30,97 30,95
Fonte: Autora.
69
2,5
2
Expansão (%)
1,5
1
1 2
3
0,5 4
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
3,5
3
Expansão (%)
2,5
1,5
1
2
1
3
0,5 4
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (horas)
Fonte: Autora.
70
4,5
3,5
3
Expansão (%)
1
2,5
2
2 3
4
1,5
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
4,5
3,5
3
Expansão (%)
2,5
1,5 1
2
1 3
4
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
71
Como cada ensaio foi realizado com quatro mini-proctors, para efeito de
cálculos, calculou-se a média da expansão de cada ensaio e utilizou-a para melhor
representação (Figura 43).
FIGURA 43 - Média da expansão (em % do comprimento inicial) determinada pelo DNIT 113/2009
4,5
3,5
3
Expansão (%)
2,5
2 51 °C
1,5 61 °C
71 °C
1
81 °C
0,5
91 °C
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
4.4.2.1 Densidade
Temperatura Temperatura
Densidade
esperada medida
(g/cm3)
(ºC) (ºC)
51 50,8 3,2863
61 60,3 3,2899
71 69,3 3,3090
81 79,03 3,3109
91 83,5 3,3759
Fonte: Autora.
Compostos 51 ºC 61 ºC 71 ºC 81 ºC 91 ºC
Carbono C 118887 517084 486902 255238 33447
Portlandita Ca(OH)2 71501 62243 33947 54059 22407
Calcita CaCO3 6545 7316 5586 6710 5442
Wüstita FeO 1336 1107 2181 859 788
Larnita Ca2SiO4 -- 714 568 639 550
Srebrodolskita Ca2Fe2O5 770 453 -- 479 292
Hidróxido
silicato de Ca2(SiO3OH)(OH) 269 550 192 673 938
cálcio
Katoita Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 296 540 485 977 516
Grossular Ca3Al2(SiO4)3 -- -- 1090 -- --
Clinocloro (Mg,Fe,Al)6(Si,Cr)4O10(OH)8 -- -- -- 163 --
Fonte: Autora.
AMOSTRA: 6767-50-R1
1e5
6e4
5e4
Sqrt (Counts)
4e4
Sqrt (Contagem)
3e4
2e4
1e4
1000
4 10 20 30 40 50 60
Escala 2 Teta
2-Theta - Scale
– Carbono
CFile: – hexagonal
6797-50-R1.raw - Anode: Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA
primitiva 01-077-1713 (C) - Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 - Katoite - Cubic - Body-centered
Ca(OH) 2 – Portlandita,
00-026-1076 syn – -hexagonal
(C) - C - Carbon Hexagonal primitiva
- Primitive
CaCO 3 – Calcita,
01-072-0156 (C) -syn – eixo- Portlandite,
Ca(OH)2 H.rômbico synprimitivo
- Hexagonal - Primitive
Fe00-005-0586
.9536O - Wüstita, syn – cúbica
(*) - CaCO3 face
- Calcite, syncentrada
- Rhombo.H.axes - Primitive
Ca 2Fe2O5 – Srebrodolskita
01-074-1880 (C) - Fe.9536O–- Ortorrômbica
Wustite - Cubicprimitiva
- Face-centered
Ca 2(SiO3OH)(OH)
00-038-0408 – Hidróxido
(I) - Ca2Fe2O5 silicato de cálcio
- Srebrodolskite – ortorrômbica
- Orthorhombic primitiva
- Primitive
Ca 2.93Al1.97(Si.64
01-082-1211 (C)O2.56 )(OH)9.44 – Katoita
- Ca2(SiO3OH)(OH) – cúbica
- Calcium de corpo
Silicate centrada
Hydroxide - Orthorhombic - Primitive
Fonte: Autora.
CENTRO DE TECNOLOGIA USIMINAS
75
FIGURA 45 - Resultado difração de raios X após cura - 61 ºC
8e4
AMOSTRA: 6797-60-R2
7e4
6e4
5e4
4e4
3e4
Sqrt (Contagem)
Sqrt (Counts)
2e4
Radiação Kbeta
1e4
1000
4 10 20 30 40 50 60 70
76
FIGURA 46 - Resultado difração de raios X após cura - 71 ºC
8e4
AMOSTRA: 6797-70-R1
7e4
OBS: Os picos marcados indicam, provavelmente, traços das fases:
6e4 A = Ca3Al2(SiO4)3 - Grossular
B = Ca2SiO4 - Larnite
5e4
4e4
Sqrt (Contagem)
3e4
2e4
Radiação Kbeta
1e4
A
B
1000
0
5 10 20 30 40 50 60 70
C – Carbono – hexagonal primitiva Escala 22-Theta
Teta - Scale
Ca(OH) 2 – Portlandita, syn – hexagonal primitiva
File: 6797-70-R1.raw - Anode: Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA
CaCO3 – Calcita, syn – eixo H.rômbico primitivo
00-026-1076 (C) - C - Carbon - Hexagonal - Primitive
Fe.9536O - Wüstita, syn – cúbica face centrada
01-072-0156 (C) - Ca(OH)2 - Portlandite, syn - Hexagonal - Primitive
Ca 2(SiO3OH)(OH) – Hidróxido silicato de cálcio – ortorrômbica primitiva
00-005-0586
Ca (*) - CaCO3 - Calcite, syn - Rhombo.H.axes - Primitive
2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 – Katoita – cúbica de corpo centrada
00-006-0615 (I) - FeO - Wustite, syn - Cubic - Face-centered
01-082-1211 (C) - Ca2(SiO3OH)(OH) - Calcium Silicate Hydroxide - Orthorhombic - Primitive
01-077-1713 (C) - Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 - Katoite - Cubic - Body-centered
Fonte: Autora.
CENTRO DE TECNOLOGIA USIMINAS
77
FIGURA 47 - Resultado difração de raios X após cura - 81 ºC
8e4
AMOSTRA: 6797-80-R4
7e4
OBS: Os picos marcados indicam, provavelmente, traços das fases:
6e4 D = (Mg,Fe,Al)6(Si,Cr)4O10(OH)8 - Clinoclore
5e4
4e4
3e4
Sqrt (Contagem)
2e4
1e4
1000
100
5 10 20 30 40 50 60 70
C – Carbono – hexagonal primitiva Escala 2 Teta
Escala 2 -Teta
2-Theta Scale
Ca(OH)2 – Portlandita, syn – hexagonal primitiva
File: 6797-80-R4.raw - Anode: Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA 00-038-0408 (I) - Ca2Fe2O5 - Srebrodolskite - Orthorhombic - Primitive
CaCO3 – Calcita, syn – eixo H.rômbico primitivo
00-026-1076 (C) - C syn
Fe.9536O - Wüstita, - Carbon - Hexagonal
– cúbica - Primitive
face centrada 00-033-0302 (*) - Ca2SiO4 - Larnite, syn - Monoclinic - Primitive
01-072-0156
Ca2(SiO3OH)(OH) – Hidróxido
(C) - Ca(OH)2 - Portlandite, syncálcio
silicato de – ortorrômbica
- Hexagonal - Primitive
primitiva
00-005-0586 (*).64-O
Ca2.93Al1.97(Si CaCO3 9.44 – Katoita
- Calcite,
2.56)(OH) – cúbica de corpo
syn - Rhombo.H.axes - Primitive
centrada
Ca2Fe2O5 – (I)
00-006-0615 Srebrodolskita
- FeO - Wustite, – Ortorrômbica primitiva
syn - Cubic - Face-centered
Ca2SiO4 – Larnita,
01-082-1211 syn – monoclínica
(C) - Ca2(SiO3OH)(OH) primitivaSilicate Hydroxide - Orthorhombic - Primitive
- Calcium
01-077-1713 (C) - Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 - Katoite - Cubic - Body-centered
Fonte: Autora.
CENTRO DE TECNOLOGIA USIMINAS
78
FIGURA 48 - Resultado difração de raios X após cura - 91 ºC
8e4
AMOSTRA: 6797-90-R1
7e4
OBS: - A fase Ca2Fe2O5 - Srebrodolskite, encontra-se presente em quantidade residual.
6e4 - Os picos marcados indicam, provavelmente, traços das fases:
B = Ca2SiO4 - Larnite
5e4
4e4
Sqrt (Contagem)
3e4
2e4
1e4
1000
100
5 10 20 30 40 50 60 70
2-Theta
Escala - Scale
2 Teta
C – 6797-90-R1.raw
File: Carbono – hexagonal
- Anode:primitiva
Cu - WL1: 1.5406 - Generator kV: 40 kV - Generator mA: 40 mA 00-038-0408 (I) - Ca2Fe2O5 - Srebrodolskite - Orthorhombic - Primitive
Ca(OH)2 – Portlandita,
00-026-1076 syn –-hexagonal
(C) - C - Carbon Hexagonalprimitiva
- Primitive
CaCO3 – Calcita,
01-072-0156 syn – eixo
(C) - Ca(OH)2 H.rômbico primitivo
- Portlandite, syn - Hexagonal - Primitive
Fe.9536O - Wüstita,
00-005-0586 syn – -cúbica
(*) - CaCO3 face
Calcite, syncentrada
- Rhombo.H.axes - Primitive
Ca2(SiO3OH)(OH)
00-006-0615
– Hidróxido silicato de cálcio – ortorrômbica primitiva
(I) - FeO - Wustite, syn - Cubic - Face-centered
Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 – Katoita – cúbica de corpo centrada
01-082-1211 (C) - Ca2(SiO3OH)(OH) - Calcium Silicate Hydroxide - Orthorhombic - Primitive
Ca2Fe2O5 – Srebrodolskita – Ortorrômbica primitiva
01-077-1713 (C) - Ca2.93Al1.97(Si.64O2.56)(OH)9.44 - Katoite - Cubic - Body-centered
Fonte: Autora.
79
6797-50-R1.raw_1
FIGURA 49 - Resultado difração de raios X após cura - Método de Rietveld - 51 ºC
340 6797-50-R1.raw_1 Calcite 18.88 %
Calcita 18,88%
320 Wüstita Wuestite 6.18 %
6,18%
300 Portlandita Portlandite 15.20 %
15,20%
280 Grafite Graphite 29.13 %
29,13%
260 C2SH alfa C2SH alpha 10,33% 10.33 %
Katoita Katoite 11,05%
11.05 %
240
Srebrodolskita_C 2F 9,22%
Srebrodolkite_C2F 9.22 %
220
200
180
Sqrt (Contagem)
160
Sqrt(Counts)
140
120
100
80
60
40
20
0
-20
-40
-60
-80
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
2Th Degrees
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
80
FIGURA 50 - Resultado difração de raios X após cura - Método de Rietveld - 61 ºC
Calcita 11,98%
Wüstita 2,52%
Portlandita 7,68%
Grafite 50,82%
Larnita 2,28%
C2SH alfa 14,91%
Katoita 6,76%
Srebrodolskita_C2F 3,06%
Sqrt (Contagem)
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
81
FIGURA 51 - Resultado difração de raios X após cura - Método de Rietveld - 71 ºC
Calcita 11,73%
Wüstita 3,24%
Portlandita 4,87%
Grafite 48,66%
Larnita 4,22%
C2SH alfa 17,08%
Katoita 5,07%
Grossular 5,13%
Sqrt (Contagem)
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
82
FIGURA 52 - Resultado difração de raios X após cura - Método de Rietveld - 81 ºC
Calcita 14,79%
Wüstita 3,57%
Portlandita 9,69%
Grafite 41,19%
Larnita 4,71%
C2SH alfa 14,98%
Katoita 6,41%
Srebrodolskita_C2F 4,66%
Sqrt (Contagem)
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
83
FIGURA 53 - Resultado difração de raios X após cura - Método de Rietveld - 91 ºC
Calcita 22,79%
Wüstita 3,04%
Portlandita 11,22%
Grafite 14,45%
Larnita 7,01%
C2SH alfa 19,87%
Katoita 15,35%
Srebrodolskita_C2F 6,26%
Sqrt (Contagem)
Degrau 2 Teta
Fonte: Autora.
84
Temperatura
Temperatura Temperatura Expansão Tempo
esperada ln(k) 1/T
medida (ºC) medida (K) (%) (dias)
(ºC)
51 50,80 323,95 2,60 0,956 0,0031
61 60,30 333,45 2,65 0,975 0,0030
71 69,30 342,45 3,22 12,8 1,169 0,0029
81 79,03 352,18 3,63 1,289 0,0028
91 83,50 356,65 3,86 1,351 0,0028
Fonte: Autora.
1,4
y = -1506,7x + 5,5623
1,3 R² = 0,9457
1,2
ln (k)
1,1
0,9
0,8
0,00275 0,0028 0,00285 0,0029 0,00295 0,003 0,00305 0,0031 0,00315
1/T
Fonte: Autora.
[12]
2
Expansão (%)
Temperatura: 51°C
Temperatura medida: 50,8°C
0 Modelo: Assintótico1
t
Equação: y = a-b*c
2
Chi /DoF= 0.0155
2
R = 0.9818
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
2
Expansão (%)
Temperatura: 61°C
Temperatura medida: 60,3°C
0 Modelo: Assintótico1
t
Equação: y = a-b*c
2
Chi /DoF= 0.02601
2
R = 0.97439
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
87
2
Expansão (%)
Temperatura: 71°C
Temperatura medida: 69,3°C
Modelo: Assintótico1
t
Equação: y = a-b*c
0
2
Chi /DoF= 0.01762
2
R = 0.98648
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
2
Expansão (%)
Temperatura: 81°C
Temperatura medida: 79,03°C
Modelo: Assintótico1
t
Equação: y = a-b*c
0
2
Chi /DoF= 0.01274
2
R = 0.99228
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
88
4
Expansão (%)
Temperatura: 91°C
Temperatura medida: 83,5°C
Modelo: Assintótico1
t
Equação: y = a-b*c
0 2
Chi /DoF= 0.01733
2
R = 0.99016
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias)
Fonte: Autora.
– [13]
– [14]
Temperatura
a b c
(ºC)
50,80 2,43876 2,35671 0,68973
60,30 2,54684 2,43619 0,68520
69,30 3,04137 2,99107 0,57895
79,03 3,44028 3,40342 0,52093
83,50 3,69817 3,67910 0,33015
Fonte: Autora.
Com o intuito de contribuir para a maior utilização das escórias de aciaria e para
dar continuidade a este trabalho, sugeri-se como temas para trabalhos futuros:
REFERÊNCIAS
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p.
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vol.1. 1ª ed. 1997.
CRUZ, E. B.; BENEDUCE NETO, F.; TOSETTI, J. P. V.; FERREIRA NETO, J. B.,
Pyrometallurgical treatment of BOF slags for the production of construction materials
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Environment in Metallurgical Industries’, Proceeding of an International Conference,
São Paulo, 1999.
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99
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and modeling. Waste Management, Elsevier, 2011.
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YU, J., ZENG, X., et. al. Kinetics and Mechanism of Direct Reaction between CO 2
and Ca(OH)2 in Micro Fluidized Bed. Evironmental Science e Technology, China,
2013.
101
APÊNDICE A
1 Caracterização física
1.2 Densidade
[15]
Onde,
[16]
Histerese tipo H1: É caracterizada por dois ramos da isoterma, quase paralelos.
Geralmente são associadas a materiais de poros cilíndricos, constituídos por
aglomerados rígidos de partículas esféricas de tamanho uniforme com abertura em
ambas as extremidades.
Histerese tipo H2: correspondente a poros em forma de garrafa (bottle neck), com
cavidades esferoidais ou entre partículas esféricas. A histerese é larga e no ramo de
dessorção há uma parte plana e outra íngreme
Histerese tipo H3: Caracterizada por dois ramos assintóticos relativamente verticais
p/p0 = 1. É associada a agregados não rígidos de partículas em forma de placa,
originando poros em fenda.
Histerese tipo H4: É representada por dois ramos praticamente horizontais e paralelos.
105
[17]
na faixa de entre 0,05 a 0,35 e apresenta comportamento de uma reta, onde sua
inclinação é representada por e sua interseção com o eixo das ordenadas por
[18]
1.3.2 Blaine
[19]
[20]
2 Caracterização química
2.2.1 Etilenoglicol
radiação de alta energia e um material (LOEHMAN, 2010). A FRX mostra-se como uma
técnica muito versátil, podendo ser aplicada em diversas amostras, incluindo as de
estado sólido e líquido, sem necessitar de tratamento exaustivo para a preparação
destas matrizes, e também oferecendo a grande vantagem de ser uma técnica analítica
não destrutiva (SKOOG et al., 2009).
3 Caracterização microestrutural
A difração de raios X (XRD) é uma técnica de alta tecnologia, não destrutiva, que
analisa e identifica compostos cristalizados, inclusive as formas alotrópicas, presentes
na amostra analisada (SKOOG, 2009). A técnica consiste na incidência da radiação em
uma amostra e na detecção dos fótons difratados, que constituem o feixe difratado,
sendo possível saber quais os compostos associados a um elemento químico, desde
que esses formem uma estrutura ordenada (CULLITY, 1978).
O instrumento tradicional de medida é o difratômetro com análises pelo método
do pó ou com câmaras de monocristais acopladas, sendo o método do pó o mais
utilizado (GOBBO, 2009). No difratômetro tradicional a captação do eixo difratado é
feita por meio de um detector, seguindo um arranjo geométrico com a fonte de raios-X
e a amostra, conhecido como a geometria parafocal Bragg-Brentano, que habilita a
obtenção do ângulo 2θ (JENKINS, 1989).
Segundo Gobbo (2009, p.5 ) “para poder aplicar este método é necessário
conhecer a estrutura das fases componentes da mistura com um bom grau de
aproximação e possuir dados difratométricos de boa qualidade”. O método de mínimos
quadrados é utilizado para refinar os parâmetros da cela unitária e de vários outros
processos que envolvem muitas variáveis. Uma vez obtido o difratograma, procede-se
com o ajuste pelo método de Rietveld, visando minimizar as diferenças entre os
difratogramas calculado e observado (CARVALHO, 1996).