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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

 Verificação que é feita em relação à compatibilidade de uma norma em relação à


constituição.
 Instituto que visa à preservação da supremacia formal da constituição

Formal porque é questão de forma e não de conteúdo (matéria).

Supremacia Formal Supremacia Material


Supremacia da forma (formalidade) A verificação da norma constitucional
decorre da análise de conteúdo (tema).
Elege-se um documento que estabelece as DOE: Direitos e Garantias Individuais
regras básicas fundamentais, Organização do Estado
Separação dos poderes
O que garante a força da CF é o fato de Todos esses temas são temas
ela ser rígida materialmente constitucionais.
CF como norma suprema

 O poder de alterar a CF é o poder constituinte.


 O PODER DE ALTERAR AS NORMAS É UM PODER NORMATIVO OU
LEGISLATIVO.
 Todas as normas são igualmente constitucionais, não existindo diferença em
seus valores.

Os atos normativos previstos no artigo 59 da CF/88 podem ter a sua constitucionalidade


verificada.

EMENDA CONSTITUCIONAL
LEI COMPLEMENTAR
LEI ORDINÁRIA
LEI DELEGADA
MEDIDA PROVISÓRIA
DECRETO LEGISLATIVO
RESOLUÇÃO

 Existe norma constitucional INCONSTITUCIONAL desde que ela decorra de


uma emenda constitucional.
 Normas decorrentes do poder originário são sempre constitucionais.
 Quanto ao decreto, o artigo 84 IV estabelece a competência para o presidente da
república editar decretos e regulamentos para a fiel execução das leis.
 DECRETO: instrumento que detalha/regulamenta com base em uma lei com o
intuito de dar fiel execução à mesma.
 O decreto decorre diretamente da lei, logo só existe controle de legalidade e não
de constitucionalidade!
 Decreto autônomo ou independente: art 84, VI, alínea a e b: retira o fundamento
de validade diretamente da constituição, logo cabe controle de
constitucionalidade.

MOMENTOS DE CONTROLE

1. Controle preventivo: feito antes da vigência da norma (antes da norma produzir


seus efeitos).
Pode ser feito pelo poder legislativo, executivo e judiciário.
 Poder legislativo: no momento em que ele está confeccionando o ato e
no seu momento de submissão à comissão da casa de constituição e
justiça.
 Poder Executivo: no momento em que ele participa da confecção do ato
nos termos do artigo 48 ou por meio da sanção e do veto previstos no
artigo 66.
 Poder Judiciário: em um momento excepcional porque, via de regra, o
judiciário não deve se meter no ato de confecção da norma. Só há uma
exceção: através do mandado de segurança impetrado por um
parlamentar para preservar o devido processo legislativo constitucional.

2. Controle repressivo: feito após a vigência da norma e da produção dos seus


efeitos.
Via de regra o controle é feito pelo poder legislativo e executivo,
excepcionalmente o judiciário atua nesse controle.
 Poder legislativo: a) quando ele rejeita, por exemplo, uma medida
provisória com fundamento na inconstitucionalidade da mesma; b) com
base no artigo 49 V em que no exercício da competência delegada (art
68) ou na competência do decreto autônomo independente (84 VI) o
executivo vai além do que poderia; c) pode ainda existir controle na
análise pelo tribunal de contas com base numa inconstitucionalidade no
caso concreto.
 Poder executivo: situações em que administração pública explicita a toda
a sua estrutura que uma lei não deve ser cumprida por ser flagrantemente
inconstitucional. A doutrina não aceita essa tese.
 Poder judiciário: exerce um controle misto (ora realiza em qualquer juízo
ou tribunal, ora em um único órgão). O poder judiciário pode realizar o
controle difuso e o controle concentrado.

DIFUSO: o questionamento da constitucionalidade não é o propósito.


 O fundamento do pedido não é a inconstitucionalidade.
 O pedido é APENAS embasado na inconstitucionalidade de uma lei.
 A causa de pedir é o fundamento do que se quer e não o pedido em si.
 Qualquer autoridade investida de poder jurisdicional que pertença ao
poder judiciário pode realizar controle difuso de constitucionalidade.
 AQUI se TEM UM CASO CONCRETO e o controle é INTER
PARTES.
 Pode ser controlado em âmbito de controle difuso qualquer lei ou ato
normativo FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL.
 Sua característica típica é que a decisão possui efeito SOMENTE entre
as partes do processo.
 Seus efeitos são, via de regra, EX TUNC, ou seja, há a constatação de
que a lei sempre foi inconstitucional desde o dia em que foi criada. Logo,
os efeitos são retroativos. O STF é obrigado a remeter sua decisão ao
Senado (art 59).

CONCENTRADO: ele é o controle, em tese, da lei ou ato questionado.


 Questiona-se somente a lei, não levando em consideração nenhum caso
concreto.
 É realizado exclusivamente pelo STF porque ele é o guardião da
constituição.
 É um controle também chamado de abstrato.
 Só podem cutucar o STF os representantes ligados ao Estado.
Para fins de exercício existem legitimados elencados pela constituição no art 103
que podem acionar o STF.

LEGITIMADOS
UNIVERSAIS
Procurador Geral da Câmara dos deputados Conselho Federal da
República OAB
Presidente da República Senado Federal Partido Político com
representação no
Congresso Nacional
LEGITIMADOS
ESPECIAIS
Governador do Estado Assembleias legislativas Entidades de classe e
associações de âmbito
nacional

 Obrigatoriamente, os legitimados especiais devem demonstrar a


pertinência temática, ou seja, seus interesses no questionamento.
 Partido Político com representação no Congresso Nacional e Entidade
Sindical e de Classe precisam de advogado para ter capacidade
postulatória.
INSTRUMENTOS PARA ANALISAR EM ABSTRATO A
COMPATIBILIDADE DO ATO EM FACE À CONSTITUIÇÃO:

ADI genérica ADC ADPF


Visa questionar a É uma ADI de otimista. O propósito é dizer que
incompatibilidade de uma o ato normativo ou a lei
lei ou ato normativo não guarda correlação
FEDERAL OU com o texto
ESTADUAL em face à constitucional de forma
constituição ampla.
Leis ou atos normativos O propósito é confirmar a Ocorre quando há
POSTERIORES a CF/88 constitucionalidade de uma violação ao preceito
lei ou ato normativo, fundamental
estabelecido pela CF.
Efeitos: retroativos porque Só pode questionar lei Toda incompatibilidade
a lei SEMPRE foi FEDERAL. Não cabe ADC da norma com a CF é
inconstitucional e ERGA de lei ESTADUAL. analisada.
OMNES porque vale
contra todos.
LEI 9868/99 art 27: O STF Efeitos iguais a de uma Todas as vezes que não
por razões de segurança ADI. cabem outras ações,
jurídica ou interesse social Momentos iguais. caberá ADPF, como em
pode por meio de 2/3 dos uma lei municipal, por
votos de seus membros exemplo.
modular os efeitos Questionamento de atos
produzidos pela decisão. ou leis (federais,
Mudanças: muda para estaduais ou municipais
efeito EX NUNC (pra anteriores à CF e
frente) ou estabelece um também posteriores.
momento que ele escolheu Preceito fundamental é o
para fins de produção de que estabelece a
efeitos (pró futuro). doutrina: todo aquele
valor consagrado pela
CF como fundamental: 1
Direitos e Garantias
Individuais; 2 Princípios
constitucionais
sensíveis; 3 Cláusulas
Pétreas.

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