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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.7, n.40, p.406-417. Jul/Ago. 2013. ISSN 1981-9900.
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isso, podem existir efeitos colaterais (Alves, pasteurizada, sendo facilmente digerida e
2002). O consumo excessivo de cafeína pode absorvida, dentre os seus efeitos mais
provocar rubor facial, ansiedade, nervosismo, conhecidos estão a melhora da síntese
tremor das mãos, insônia e até mesmo proteica e redução do catabolismo muscular
disritmias cardíacas e perda de memória (Alves e Lima, 2009).
(Tarnopolsky, 1993; Williams, 1998).
Além disso, ela pode levar ao aumento Pesquisas envolvendo a combinação de
da produção de calor em repouso, diferentes suplementos alimentares no
aumentando a temperatura corporal, treinamento de força para hipertrofia
ocasionando uma redução no desempenho de muscular
exercícios realizados sob altas temperaturas.
Alguns atletas também relataram sentir Na pesquisa de Andersen e
náuseas e dores de estômago com o consumo colaboradores (2005), foram estudados a
excessivo de cafeína (Ryan, 1999 citado por influência da suplementação de proteínas no
Alves, 2002). treinamento de força em longo prazo e
Por aumentar a diurese, a cafeína comparada com a suplementação de
teoricamente pode promover desidratação carboidrato. O estudo foi realizado com 22
(Tarnopolsky, 1993). indivíduos homens, com média de idade de 23
Pessoas com problemas de saúde tais anos, durante 14 semanas. O grupo das
como os hipertensos, devem ter cautela antes proteínas recebeu uma solução contendo 25 g
de iniciar a utilização de cafeína (Alves, 2002). de proteínas (whey protein, caseína, albumina
Ultimamente, os alimentos ou produtos e glutamina) e o grupo do carboidrato recebeu
à base de carboidratos estão sendo muito 25 g de maltodextrina. Foi analisada a força no
utilizados por atletas ou praticantes de salto vertical a salto contra o solo com
atividade física, em especial os na forma dinamômetro isocinético, e também biópsia
líquida. Estes produtos são necessários para o muscular para verificar a secção transversa do
fornecimento de energia durante a prática de músculo.
exercício físico (Paschoal, 1998), pois servem Após as 14 semanas de treinamento
como combustível energético, ajudando na de força foram observadas maior hipertrofia no
preservação de proteínas, além de funcionar grupo das proteínas em relação ao grupo do
como “ativador” para o catabolismo lipídico carboidrato (26% ± 5, 18% ± 5, p<0,05,
(McArdle, Katch e Katch, 2003) podendo ser respectivamente), o grupo das proteínas ainda
ingeridos antes, durante e depois da prática de teve um maior ganho de altura no salto vertical
atividade física, para garantir energia, retardar (9% ± 2, p<0,01), já no grupo do carboidrato
a fadiga periférica e repor o estoque de não foram observados ganhos significativos.
glicogênio respectivamente (Paschoal, 1998). Não houve diferença de ganhos de força no
Nas últimas décadas, numerosas dinamômetro entre os grupos.
pesquisas vêm demonstrando as qualidades Na pesquisa de Cribb e Hayes (2006)
nutricionais das proteínas solúveis do soro do foi estudado o consumo de suplementos em
leite, também conhecidas como whey protein. horários próximos ao treino comparado ao
As proteínas do soro são extraídas da porção consumo de suplementos em outros horários
aquosa do leite, gerada durante o processo de do dia. Dezessete homens jovens praticantes
fabricação do queijo (Haraguchi, Abreu e De de musculação foram selecionados para este
Paula, 2006). estudo e o treinamento foi realizado por 10
Algumas de suas principais funções semanas.
são: o anabolismo muscular, através da Os indivíduos foram divididos em dois
redução do catabolismo proteico, favorecendo grupos, o grupo pré e pós-treino (PRE-POST)
assim o ganho de força muscular e reduzindo (n=8), que consumiram proteína, creatina e
a perda de massa muscular durante a perda glicose (40g de proteína isolada do soro do
de peso; redução da gordura corporal; e leite, 43 g de glicose e 7 g de creatina) antes e
melhora do desempenho muscular (Haraguchi, depois do treino e o grupo manhã e noite
Abreu e De Paula, 2006; Alves e lima, 2009). (MOR-EVE) (n=9), que consumiu a mesma
A albumina é um suplemento com dose pela manhã e a noite. As avaliações
elevada concentração de proteínas, obtida a incluíam teste de 1RM, composição corporal
partir da clara do ovo desidratada e por Absortometria Radiológica de Dupla
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com o grupo 2 (mais 1,9 kg, 2,4%), e o treino de força mais solução placebo pós-
aumento de força não foi significativamente treino, ao segundo grupo (n=10) foi dado
diferente entre os grupos (grupo 1 = mais 4,0 solução placebo pré-treino mais treino de força
kg, 6,4%; grupo 2 = mais 2,6 kg, 4,1%) (P = mais proteína pós-treino, e ao terceiro grupo
0,11 para interação). (n=10) foi dado solução placebo antes e
Candow e colaboradores (2006) depois do treino. O treinamento foi realizado
realizaram seu estudo também com por 12 semanas e foram analisados
treinamento de força e suplementação de parâmetros de degradação da proteína
proteínas, mas com uma amostra de homens muscular, densidade muscular e densidade
de idades entre 59 a 76 anos, e comparou os óssea por densitometria computadorizada e
resultados com os bancos de dados de força por dinamometria computadorizada.
homens mais jovens (18-40 anos). Esta A suplementação com proteínas não
pesquisa verificou os efeitos da causou nenhuma alteração na massa
suplementação de proteínas em homens mais muscular e força em homens mais velhos,
velhos que treinavam, se era necessária a indicando que o treinamento de força é
suplementação e se esta reduzia a perda de suficiente para reduzir a perda de massa
massa muscular nessa faixa etária. O primeiro muscular nessa população.
grupo (n=9) foi utilizado suplementação com
proteínas (0,3g/kg corporal) pré-treino mais
Quadro 1 - Estudos com utilização de diferentes suplementos alimentares e seus resultados encontrados.
Autores Amostra Duração Suplementação Avaliações Resultados
Os grupos da proteína mais carboidrato
Grupo1: proteína. e proteína mais carboidrato mais
Cribb, Grupo2: proteína e DEXA, teste de creatina. Tiveram maiores ganhos de
10
Williams e 31 homens carboidrato. 1 RM e massa corporal; o grupo proteína
semanas
Hayes (2007) Grupo3: proteína, biópsias carboidrato mais creatina. Teve maior
carboidrato e creatina. ganho de secção transversa fibras Tipo
II e força e massa magra.
Proteínas (0,3g/kg),
Grupo 1: Proteína mais
treinamento de força mais
Candow e 29 homens 12 Densitometria
placebo, Grupo2: placebo Nenhum benefício encontrado com a
colaboradores mais velhos semanas (óssea e
mais treinamento de força suplementação
(2006) (59 a 76 anos) muscular)
mais proteína, Grupo3:
placebo mais treinamento
de força mais placebo.
Proteína mais glicose mais
creatina. O grupo que suplementou antes e
DEXA, teste de
Cribb e Hayes 17 homens 10 Dois grupos: um grupo depois do treino teve um aumento
1 RM e
(2006) jovens semanas usaram antes e depois do médio de 4% de massa magra e 12 %
biópsias
treino, e o outro pela de força.
manhã tarde e noite.
Grupo1: proteína do soro
DEXA, teste de Maiores aumentos de massa magra e
do leite mais BCAA mais
Kerksick e 1 RM e teste massa livre de gordura foram no grupo
36 homens 10 Glutamina.
colaboradores de resistência 2. Os aumentos de força e resistência
treinados semanas Grupo 2: proteína do soro
(2006) anaeróbica de anaeróbica foram semelhantes em
do leite mais caseína.
30 segundos todos os grupos.
Grupo 3: Placebo
Grupo 1: Proteína do soro
Andersen e 22 homens Salto vertical, As médias de hipertrofia foram maiores
14 do leite mais caseína mais
colaboradores jovens (média Dinamômetro e no grupo da proteína (26% contra 18%)
semanas albumina mais glutamina.
(2005) de 23 anos) Biópsias e no salto vertical (9% de diferença)
Grupo 2: maltodextrina.
Grupo 1: proteína
Burke e Durante 6 (1,2g/kg/dia) DEXA e Teste A massa magra e a força aumentaram
colaboradores 36 homens semanas Grupo 2: proteína de 1 RM mais no grupo que utilizou proteína e
(2001) (1g/kg/dia) mais creatina. creatina comparado aos outros grupos
Grupo 3: placebo
A massa total do corpo aumentou mais
Grupo 1: creatina mais
Tarnopolsky e 12 homens DEXA, teste de no grupo 1 (5,4% contra 2,4% do grupo
Durante 8 carboidrato.
colaboradores jovens 1RM, massa 2), o aumento de força não era
semanas Grupo 2: proteína mais
(2001) destreinados total do corpo. significativamente diferente entre os
carboidrato
grupos.
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