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INFORMAÇÃO”, “DO CONHECIMENTO” E “DA APRENDIZAGEM”1 Commented [a1]: Los parâmetros indican Reseña de tres líneas,
especificar el nombre da investigacao, si está concluida, objetivo,
data de inicio e de fin, acho que nao esta contemplado
Teresinha Fróes Burnham2, Ana Cláudia Rozo Sandoval3, Ana Maria Casnati4.
RESUMO
partir da análise cognitiva de três concepções de sociedade que vêm sendo empregadas no meio
das grandes transformações por que vem passando o mundo contemporâneo. O texto parte da
sócio-cultural vêm ocorrendo e que nesse movimento vêm-se explicitando três grandes bases de
1
O artigo é fruto de estudos desenvolvidos nas últimas décadas, na Rede Cooperativa de Pesquisa
e Intervenção em (In) formação, Currículo e Trabalho (REDPECT), cujo principal compromisso
é contribuir para a efetivação de processos concretos de socialização do conhecimento, a fim de
que este se torne um bem de caráter público.
2
Bióloga. PHD e Doutorado em Filosofia da Universidade de Southampton. Professora, pesquisadora
do Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento DMMDC,
Universidade Federal da Bahia – UFBA, Brasil. teresinhafroes@uol.com.br
3
Comunicadora Social. Máster en Ciencia, Tecnología y Sociedad de la Universidad de Salamanca.
Doutoranda do Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento.
Universidade Federal da Bahia. Bolsista Capes. Colombia anclarozo@gmail.com
“El conocimiento y la información, que antes figuraban entre los recursos más
públicos y más disponibles en la sociedad, se tornaron ahora privatizados, fueron
transformados en mercadoría, expropiados para venta y lucro” (Morris-Suzuki
1986).1 Commented [a2]: Não seria melhor traduzir os textos ao
portugues?
A cita de Morris-Suzuki permite evidenciar um dos aspetos mais relevantes do contexto, no qual
se debatem hoje as diversas ideias sobre as sociedades contemporâneas. Isso leva-nos a rastrear
sócio/cultural.
ter como fundamentos os bens e serviços, uma racionalização do trabalho com as tecnologias
gerar mais conhecimento e inovação para o mercado da nova economia (Bell, Touraine, Drucker,
Toffler, Kumar,) com conseqüências importantes nas esferas: social, política e cultural.
Nessa linha contextual o lugar do saber também é interpelado. François Lyotard (1979) trace para
o centro do debate as perguntas pelo saber e suas formas de produção, legitimação e reprodução;
assim como o valor em quanto bem de mercado constituindo um eixo importante na luta pelo
conseqüências diretas nas relações política - economia; revela a crises dos grandes relatos sobre
que não consegui dar conta dos saberes contemporâneos e as formas como eles são produzidos e
através dos quais se estabelecem conexões e vínculos de espaços transnacionais nos que intervém
e são afeitadas as sociedades e as culturas (Beck, 1997), desde dimensões múltiplas, como
Como baseamento da nova economia, reconhecida por Bifo como “a ciência e a técnica da gestão
de recursos escassos”, onde a partir da atividade cognitiva como expressão do novo capital
“El contenido del trabajo se mentaliza, pero al mismo tiempo los límites del trabajo
productivo se vuelven imprecisos. La propia noción de productividad se hace
imprecisa: la relación entre tiempo y cantidad de valor producido se hace difícil de
establecer, porque no todas las horas de un trabajador cognitivo son iguales, desde el
punto de vista del valor producido.” (Bifo, 2003:61) Commented [a3]: Aqui também penso si seria melhor traduzir
ao português e botar Trad. das autoras
A participação desigual dos países no jogo político – econômico configura outras formas de
exclusão distintas às ainda não resolvidas de pobreza, raça, gênero, adicionando conectividade,
2. De maneira geral
A sociedade contemporânea tem passado por grandes revoluções, tanto de ordem político-
cognitiva - social. Tais bases, que sustentam concepções diferenciadas de sociedade: “da
informação”, “do conhecimento” e “da aprendizagem”, são então discutidas, mostrando que:
i) A primeira, traduz uma visão centrada no valor econômico da informação e das tecnologias de
sociedade, valor ativo que circula em super-infovias que permitem o tráfego de dados (“matéria
prima” para a produção de informação) em tempo real, revela uma visão centrada no valor
que transcendam os limites do que está objetivado, valorado, e no compromisso com a construção
econômico que importa, mas além disso o valor epistemológico; aquele ligado à geração e
e, obviamente, da concentração de poder em grupos específicos que atuam nesses dois campos.
sentidos mais amplos, pelo sujeito cognoscente, à informação, (re) construindo-a como
Tem-se descoberto, ao longo dos anos, que a segregação econômica, social, digital e cognitiva
está cada vez mais provocando profundos fossos entre diferentes faixas da população, não apenas
em territórios geopolíticos diferenciados, mas também num mesmo país. Desta forma, tem havido
organizações aprendentes2.
noção de uma nova sociedade, baseada numa economia informacional e global, que muda as
relações sócio-econômicas dos estados no mundo e também acaba influindo no cotidiano das
como a comutação dos tempos, espaços e localizações das organizações e instituições sociais
concretas. Este análise é necessária para pensar os possíveis modelos alternativos a uma realidade
social gerada por um modelo econômico neoliberal onde se alcançam a identificar alterações que
transversaliza os modos de vida. Por exemplo, o fato das modificações dos marcos regulatório, Commented [a5]: foi mudado
nas inter-relações econômicas dos estados por sua vez determina novas formas de
inovação tecnológica
Nas últimas décadas do século XX, os jogos de poder internacionais re- configuram os domínios
se assim o conceito de produtividade econômica que nasce das possibilidades dos sujeitos de
pensar a produção de bens e serviços em lugar de sofrer o desgaste físico laboral como exigência
Nesse sentido as publicações nas áreas sociais e econômicas referenciam uma passagem da
sociedade pós-industrial para a sociedade da informação. Bell(1954)5 na publicação do seu livro”
Sociedade pós-industrial” considera que a relação do computador com as telecomunicações
podem ampliar qualitativamente o conhecimento ao gerar um vetor propulsor de novas formas de
gestão da informação. Para Bell o conhecimento e a informação, já nos começos dos anos
cinqüenta estavam se tornando recursos estratégicos e produzindo transformações na sociedade
pós-industrial. Commented [a6]: Este parágrafo foi mudado em consideração
da consulta de livro: Socializando Informacoes. Reduzindo
Distancias.
Mais tarde em 1981, Alvin Tofler publica “A terceira Onda” e ambos os autores promovem a
idéia de que os avanços tecnológicos são os agentes de um conjunto de fatores que tem escapado
do controle dos Estados. Para Kumar (1997:18-47) Bell e Toffler são dois importantes
“[...] cada vez mais decisiva [do computador] como infraestrutura de processos
sociais (finanças, comercio, meios de comunicação, lazer, educação,etc) tem
implicações profundas na configuração da própria sociedade, que, por sua vez,
notadamente a partir de 1960, passa a lidar com o universo informacional
mediático de modo menos passivo” (SILVA, M.,2010:36).
5
-Apud Scwarzelmuller,A.-Disseminação de informação no espaço trabalho colaborativo em “Socializando
Informações,Reduzindo distancias”Orgs.Jambeiro,O.,Pereira Silva,H.,Ed.UFBA,2003.
O ponto de partida da analise é considerar as mudanças produzidas na sociedade da informação Commented [a8]: Foi mudado
em relação a três eixos de análise para poder examinar a continuação as questões teóricas em
cada uma das situações e finalmente apresentar possíveis linhas de fuga que colaborem a
EIXO ECONÓMICO-POLÍTICO-
Num artigo exploratório Christopher Marsden (2001:357) sustenta a idéia que a regulação das
comunicações nos século XXI cumpre o rol de suportar o edifício da globalização nas suas
mercados e as permanentes mutações que sofrem as comunicações têm colaborado para que os
países ricos acumulem maiores riquezas aprofundando as diferenças como os países pobres ou
em vias de desenvolvimento.
multimídia. Observa-se então uma nova forma de produção, de criação de riqueza e mudanças
societal, o acesso a mercadorias e consumo a partir do momento em que ele está nas mãos das
grandes empresas multinacionais privadas e as leis dos mercados determinam o sucesso orientado
também pela veracidade das noticias, dados e conhecimento. O termo “Cyber Law”
(Marsden,2001,pp235) refere-se à regulação das redes de comunicações e constitui uma forma de Commented [a9]: Foi mudado
controle das pessoas por encima do domínio exercido pelos Estados. No caso da Internet, está
majoritariamente auto-regrada pelo consorcio W3C, uma organização de controle legal público-
O resultado é que novas normas econômicas e escalas de valores surgem em um cenário político
que não é mais dos estados nações mais que se internacionaliza e acompanha a dinâmica das
informalidade dos mercados faz referência a os intercâmbios que se produzem nas negociações
entre atores e a diferença de transações econômicas reguladas pelas leis dos Estados nações.
O ator individual que interage nos negócios via Internet, elimina de certa forma a intervenção Commented [a10]: Foi mudado
A relação da tecnologia com o mercado acaba reprimindo a qualidade política do sujeito como
cidadão na sua relação com o seu direito de participação e a construção de outros vínculos dês-
O globo financeiro tem o tamanho do planeta e se caracteriza por “um fluxo constante e crescente
de capital volátil que cruza as fronteiras durante as 24 horas, sem descanso [...] que tende a um
no uso em forma de textos, som, imagens e fala. A primeira condição para desenvolver atividade
digital é a presencia de infra- estrutura física adequada para a transmissão dos fluxos em rede. As
redes computacionais, de televisão digital, telefones celulares, redes de fibra óptica e hardware
integram o mundo da privatização do conhecimento que gera poder, formação de estratos inter e
Essas comunidades estão constituídas por redes de profissionais que se referem a uma autoridade
politicamente relevante em novos domínios, que constroem normas, modelos, pontos de partida,
percursos e resultados próprios e partilhados somente dentro dessas comunidades que ostentam
formação de meios inovadores produz descobertas e aplicações que são testadas nos processo de
empresariais onde as organizações economizam custos e acedem a mercados distantes graças às Commented [a13]: foi mudado
implícitas no fenômeno da Internet que foi criado a partir de uma rede de instituições
Berners-Lee, o fundador britânico da world wide web (WWW) explica suas potencialidades Commented [a14]: adicionar referencia
substituem as variáveis básicas do capital e o trabalho da sociedade industrial. Por sua vez o
tributários e legais e o isolamento de grandes grupos da população que ficam desconexos das
Como expressam Golding e Murdick ( 1999:61), “a cidadania se converte numa atividade menos
coletiva e mais uma atividade individual e econômica” onde as relações sociais emergentes como
espaços na mídia digital são mais visíveis, a lógica e não material, trata-se de uma dispersão
independentemente de modelos éticos e propostas de conduta que de alguma forma ajudem aos
cidadãos a pensar e raciocinar sobre os coletivos que na nova socialidade são unidades de
“Estamos [...] ante um processo histórico objetivo mais construído sobre uma
objetividade profundamente viciada. Nesse sentido a Globalização é uma ideologia
com nome próprio, do Neoliberalismo com teóricos conhecidos” (Rebellato,J., 2000:
44) Commented [a15]: corrigido
mundo da vida para poder integrar-se e neutralizar as possíveis linhas de fuga que
No contexto latino-americano aparece uma interrogante: “Quais são os modos de objetivação que
os habitantes de América Latina têm organizado na sua vida social e sua cultura material e
simbólica que no contexto globalizado responda aos espíritos dos seus territórios no sentido de
Surge então uma questão que Guatari (1993:24) chama de “escolha ética crucial”. Existe um
saber crítico que vem se desenvolvendo desde o século XVII onde o principio motivador são a
emergência dos setores marginais de índios, grupos étnicos, mulheres e se encontram formas
de Villasante: “¿Trata-se de fazer cidades para formar cidadãos o formar cidadãos para que façam
cidades?” Da pergunta podem-se inferir outros questionamentos:¿ si os territórios são redes, quais
são as relações éticas e como se devem construir essas redes nas vinculações com a educação, o
tensão entre a teoria e a prática suficientemente significativa para induzir uma coerência outra, de
Pensando em um Habitat como em um Habitar das pessoas no mundo globalizado em rede onde
as pessoas devem conviver com as perdas de controle dos empregos, das economias e os dês-
radical e construção outra para alem do processo gerado pelo atual modelo sócio-técnico. Para
possibilidade de viver em términos de uma vida humana digna, é uma realidade cada vez mais
A tensão ética exclusão- inclusão que afeta o sistema globalizado se apresenta na vida cotidiana
como o lugar indicado tanto para arbitrar procedimentos legitimadores e reverter os processos
discriminatórios, mais também essa mesma tensão pode contribuir a assegurar e reproduzir ainda
A exclusão está sustentada pela “moral da convicção” própria do poder autoritário que legitima
por meio da comunicação essa exclusão derivada da forca da razão no principio subversivo da
ordem. Ou seja, que para que “todos” possam viver no ordenamento é necessário que os que
A segmentação impõe uma forma de jerarquia que produz uma exclusão crescente da população.
Para contribuir a trabalhar desde a Filosofia Latino-americana3 assumindo a tarefa como proposta
conhecimento comum se apresenta na fala do “sujeito considerado como práxis, como teoria e
como historia”(Rebellato,J.,2000:46).
reafirmação das suas ancestralidades, numa virtualidade configurada por redes de cultura, mais
de uma cultura da imanência referida a um território, a um lugar que é do sujeito com outros.
mais cada elemento do próprio sistema que deve ser re-apropriado, está fragmentado em sua
proposta que pode articular uma pluralidade de visões que tentam compreender o Real a partir de
considerando sua heterogeneidade. Esta proposta se fusiona com a premissa de Villasante que
traslada uma lógica da alteridade as condutas sociais e considera que se pode lograr uma
revalorização das redes de virtualidade, nas inter-relações do quotidiano com o outro humano ou
não humano, reflexionando em e com o outro que está dentro de cada um em quanto humano no
mundo.
O sujeito que transita nas relações presenciais ou virtuais é na realidade uma federação de Commented [a16]: foi mudado
transubjetivas e cada âmbito relacional exige uma atitude ética de fazer e integrar as questões que
redes podem ser aproveitadas como instrumentos de cambio para entender e trabalhar desde a
alteridade reflexiva. A ética crítica considera as dinâmicas dos sujeitos, vinculando o que Deleuze Commented [a17]: foi mudado
seres humanos, como exercício próprio e apropriado da expansão continua dos conceitos em
perda de uma alteridade dialogante e a visão do Outro como ameaça. Valoram-se os sujeitos que
“triunfam” ou “agem com eficácia” e tanto negociar como calcular supõe dividir, sacrificar, Commented [a19]: foi mudado
O modelo neoliberal global esta dirigido para legitimar um sentido comum que aceite a realidade
como imodificável, onde o sujeito unicamente pode se adaptar a ele. Nessa matriz hegemônica
prática da emancipação.
- da ética se fala pouco e nas se discute porque o importante na realidade é o mercado e os êxitos
efêmeros.
- as utopias se diluem, a subjetividade fica ressentida e a pluralidade dos micros- relatos se perde
na fragmentação
identidade de submissão.
A partir das reflexões que foram apresentadas, a posição ética pode contribuir, na Sociedade da
americana (Oliveira,E.,2007:3) onde a ética da liberação supõe escutar e agir desde e com as
de conteúdos, seus sentidos e significações e as formas como eles são inseridos socialmente têm
caminhos da sociedade.
mais a uma disputa pela estratégia da globalização em função dos alcances das transformações
mundo acadêmico, e foi amplamente mobilizado pela UNESCO com a intenção de apresentar
na década dos 90 é aprofundada por diversos estudos, entre eles os de Robin Mansell (1996) e
fortemente relacionadas com transformações sociais, culturais que requerem ações políticas
De maneira geral os diferentes aportes (Toffler, Beck, Guiddens e Lash, Knorr Cetina, Weingart,
Olivé, Strassman) referem uma sociedade baseada nos desenvolvimentos da ciência e tecnologia,
transformações nas formas de produção onde a informação e o conhecimento têm valor como
É claro que os conceitos referidos a esta sociedade não estão restringidos ao re ordenamento
econômico, as implicações sócio – culturais são também o reflexo das relações que surgem dos
tecnológicos”, denominados desta maneira por ter características próprias e diferentes aos
humano baseada no conhecimento, os novos agentes produtores são aqueles que têm a
o aceso, sino as condições que facilitem a criação e produção de conhecimento nos países menos
interações complexas traçadas no cenário global/local onde a sociedade do risco (Beck, 1986)
políticas educativas que fomentem o exercício cidadão e que ultrapasse a dicotomia inclusão –
as Tecnologias Informação e Comunicação, a Economia Global – suportada nas redes, mais não
tecnologia, e os impactos sociais e culturais como eixos que compõem a estrutura social
“globalizado”.
diferentes tendências e tensões que traduzem as formas como o político debate-se entre os
quanto comunidades e indivíduos; configurando outras formas de ação e definição política que
interroga – entre outras questões - a democracia, a autonomia, a nacionalidade, a cidadania, os
Seguindo a Deleuze (1996) o político constitui-se na jurisprudência que ocorre sobre a aplicação
das leis e os acontecimentos que se criam ao redor deles, não só o conjunto de leis instauradas
socialmente.
Neste sentido, poderíamos delinear alguns movimentos recorrentes nos análises de política, que
entre política e “nova” economia: isto é a política como apoio ao desenvolvimento da economia
global/local refletido no que Beck (2004) chama deslocamento das noções do político de Estado
– Nação - no contexto da Nação e Direitos Humanos - para o poder ampliado das transacionais e
emprego (Druker), e os sistemas de exploração tanto de mão-de-obra barata como dos recursos
naturais e “saberes tradicionais” que ingressam nos novos padrões da economia, gerando o novo
valorizado também por níveis, que dispõe de um emprego flexível, adaptável e instável.
Este ordenamento tem também formas de resistência que emergem como alternativas à
(música, arte), pirataria de vídeo jogos (em oposição a mecanismos de trabalho com a ética de
jogo) e software (como alternativa aos monopólios), em geral deslocamentos que permitem
observar giros do político como expressão dos sujeitos que coletivamente propõem outra ideia de
processos de produção e valoração das relações com as tecnologias, através da expressão dos
desmedido, por mencionar alguns. Seguindo a Finquelievich (2004; 19) “para desenvolver e
próprias as realidades diversas dos países; com perspectivas de fortalecimento educativo que
des-construção, apropriação e criação de saberes novos e resgate dos tradicionais. Para Castells
(2006) a educação joga um papel prioritário e consegue fazer a diferencia entre os trabalhadores
O movimento mais evidente neste eixo observa-se na presencia contundente das atividades
Segundo a Olivé (2007, p.22) Commented [a20]: de acordo com o exemplo dos parámetros a
cita bibliográfica é(Freire,1970:123-130
“os sistemas científicos hoje estão imbricados com outros onde os valores e as
normas, os padrões de avaliação, asse como os interesses distam muito dos ideais da
ciência que surgiu nos séculos XVII e XVIII, e que se bem contínua em certa medida
ate a data, desloca-se em importância, econômica, social, política e cultural por um
tipo de ciência combinada com a tecnologia e que permitiu a emergência de sistemas
científicos – tecnológicos (ou tecnocientificos) que são os que agora realmente
repercutem na sociedade e marcam a rota para o desenvolvimento econômico e
social”.
Desde os trabalhos da filosofia da ciência e da filosofia da tecnologia (Olivé, Quintanilla, Cerezo,
recaem nas relações sociais, econômicas, políticas e culturais dadas pelas incidências nas formas
produção baseada no conhecimento com benefícios importantes para uns poucos, corroborando a
estreita relação entre os circuitos da produção tecno científica, a sociedade e a cultura onde ela é
subscrever um novo contrato ético entre os distintos atores produtores da ciência e da tecnologia
do sistema) para garantir aceso de qualidade aos processos formativos acordes com a estrutura
educativo e político para criação de sistemas de pesquisa e inovação que facilitem a geração de
cenário sócio cultural, é preciso advertir esta como uma relação dinâmica que se afeta pelos dois
É neste lugar, além das desigualdades e exclusões descritas, onde os complexos processos
emergência de tipos de organizações e práticas de saber-poder que procuram avançar para formas
explicitas de resistência das comunidades e coletivos que se constituem nas redes, e que instituem
conhecimento, como conceito político mostra a transformação de um modelo técnico que põe a
imbricações entre cultura e comunicação que alteram-se dentro dos sistemas tecnológicos.
das políticas, que poderiam aportar na construção de projetos de sociedade mais justos e
equitativos.
Finalmente, segundo Olivé “la sociedad del conocimiento deseable debe tener por lo menos tres
apellidos: justa, democrática y plural. Que sea justa significa que contenga los mecanismos
necesarios para que todos sus miembros satisfagan al menos sus necesidades básicas y
(pluralidad) y mediante una participación efectiva de representantes legítimos de todos los grupos
6. Reflexões finais
Todas
BIBLIOGRAFIA
-ACOSTA, Yamadú, 2003,Las nuevas referencias del pensamiento crítico en América Latina:
Informações,reduzindo distancias,Jambeiro,O.,Pereira,H.(Orgs.),2003,Salvador,EDUFBA,pp.41.
autoritarismo,Chile,FLACSO, pp.17.
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pp.21.
Económica,p.29-41.
Comunidad,pp.108-110.
http://www.analfatecnicos.net/archivos/76.SociedadDeLaInformacionYConocimiento-
http://cdi.mecon.gov.ar/biblio/doc/iigg/dt/40.pdf
América Latina otras visiones desde la cultura. Bogotá, Convenio Andrés Bello.
Piqueta.
Rozo, C. Rojas, J. (2011). De aldeas, redes y saberes: políticas de TIC y sociedades del
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/860/86011409008.pdf.
1
Citado por Krishan Kumar en “De la sociedad pos industrial a la pos moderna. Nuevas teorías sobre el mundo contemporáneo”.
2
Essa literatura, contudo, parece desconhecer a concepção de Sociedade da Aprendizagem.
3
-Considera-se que o marco inicial da proposta de uma filosofia latino-americana se apresenta na compilação dos
professores da Faculdade de humanidades e Ciências da Educação em Uruguai, Alvaro Rico e Yamandu Acosta, mais
na mesma proposta se explicita que “ é um espaço de expressão e formulação de alguns dos desafios que o
pensamento filosófico em América Latina, formula tanto ao processo com as conseqüências da Globalização,” em
Filosofía Latinoamericana, Globalizacao e doemocracia,Ed. Nordam,2000 ”(trad. da autora)
4
Suportada na estrutura de redes de telecomunicações subministrada por indústrias transnacionais.
5
Estas indústrias não só respondem ao mercado do entretenimento, através dela fortalecem-se os bens simbólicos
próprios das culturas que projetam ideias de sociedades altamente competitivas e excludentes.