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2° semestre/2017
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Introdução
No entanto, essa tecnologia só foi desenvolvida de forma mais séria a partir dos anos
30 do século XX. Estudos importantes foram desenvolvidos depois da 2ª. Guerra
Mundial, na Rússia, nos EUA e em Israel.
Hoje pode ser considerada uma forma de produção de energia bem conhecida e
utilizada mundialmente, principalmente em aplicações utilizando biomassa e fontes
geotérmicas.
Há grandes expectativas de que seja utilizada também com fontes de energia solar e
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outras aplicações de recuperação de calor.
Operação de um ORC
Em lugar da água, o ORC vaporiza um fluido orgânico, caracterizado por uma massa
molecular maior que a água, o que conduz à uma menor rotação da turbina e
pressões mais baixas.
Além disso apresenta menor erosão nas partes metálicas e nas pás da turbina.
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Operação de um ORC
A fonte quente aquece um fluido térmico (óleo ou água) até uma média temperatura,
tipicamente entre 100 e 300 °C, em um circuito fechado;
O vapor é então resfriado com um fluido externo, em um circuito fechado (água ou ar, por
exemplo), condensando. No caso da água, a temperatura da corrente pode alcançar de 80 a 90
°C, podendo ser utilizada para diferentes aplicações de aquecimento;
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Esquema de um ORC
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Ciclo básico de um ORC
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Ciclo básico de um ORC
Bomba:
m& (h2 s − h1 )
W p = m(h2 − h1 ) =
& & (1)
ηp
& é a taxa de massa e ηp é o rendimento isentrópico da
onde h são as entalpias, m
bomba. Os sub-índices utilizados representam os estados termodinâmicos do fluido,
de acordo com a figura anterior e s representa o estado final do fluido submetido a
um processo de compressão isentrópico.
Evaporador:
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Ciclo básico de um ORC
Expansor:
Condensador:
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Ciclo básico de um ORC: análise exergética
Bomba:
(5)
X& dest , p = T0 m& (s2 − s1 )
Evaporador:
Q& H h3 − h2
X dest ,evap = T0 S gen ,2−3 = T0 m& (s3 − s2 ) −
& &
= T &
m
0 3(s − s 2 ) − (6)
TH TH
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Ciclo básico de um ORC: análise exergética
Expansor:
(7)
X& dest ,t = T0 m& (s4 − s3 )
Condensador:
Q& L h1 − h4
X dest ,cond = T0 S gen ,4−1 = T0 m& (s1 − s4 ) −
& & = T &
m
0 1 4 (s − s ) − (8)
TL TL
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Ciclo básico de um ORC: análise exergética
A potência líquida produzida pelo ciclo ORC será a diferença entre a potência
produzida pelo expansor e a potência consumida pela bomba, de acordo como:
A eficiência térmica do ciclo ORC é dada pela razão entre a potência líquida e a
potência térmica recebida no evaporador, de acordo como:
h −h h −h
X& dest ,total = X& dest , p + X& dest ,t + X& dest ,evap + X& dest ,cond = T0 m& − 3 2 − 1 4 (11)
TH TL
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Ciclo ORC com regenerador
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Ciclo ORC com regenerador
Regenerador:
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Ciclo ORC com regenerador
Evaporador:
m& 2a
h −h
X& dest ,evap = T0 m& (s3 − s2 a ) − 3 2 a (15)
TH
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Ciclo ORC com regenerador
Condensador:
h −h h −h
X& dest ,total = X& dest , p + X& dest ,t + X& dest ,evap + X& dest ,cond = T0 m& − 3 2 a − 1 4 a (18)
TH TL 16
Ciclo ORC com superaquecimento
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Vantagens do ORC
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Vantagens do ORC: aplicações com energia solar
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Vantagens do ORC
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Fontes de temperatura
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Fluidos de trabalho
Ao contrário das plantas de potência a vapor, que utilizam apenas água como fluido
de trabalho, as máquinas ORC utilizam fluidos como:
Hidrocarbonetos (HCs);
Hidrofluorcabonos (HFCs);
Hidrofluoroéteres (HFEs);
Amônia (R-717).
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Fluidos de trabalho
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Fluidos de trabalho
Superaquecimento:
Devido ao baixo ponto de ebulição dos fluidos orgânicos, calor pode ser recuperado em
temperaturas muito baixas (fontes geotérmicas ou solares, por exemplo).
Como em qualquer ciclo a vapor, a massa específica do fluido é extremamente baixa na região de
baixa pressão do ciclo, resultando em elevados volumes específicos e elevadas vazões
volumétricas. Como a perda de pressão (carga) é proporcional ao quadrado da velocidade do
fluido, essas elevadas vazões volumétricas necessitam um aumento do diâmetro da tubulação e do
tamanho do trocador de calor. Da mesma forma, o tamanho da turbina deverá ser proporcional à
vazão volumétrica.
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Fluidos de trabalho
Consumo da bomba:
Pode ser avaliado através do back work ratio (bwr): em um ciclo de Rankine a vapor, a vazão de
água é relativamente baixa e o bwr é tipicamente 0,4%. Para um ORC de elevada temperatura,
utilizando tolueno, valores típicos ficam entre 2 a 3%. Para ciclos ORC a baixa temperatura,
utilizando R-134a, por exemplo, podem ser esperados valores mais elevados, na ordem de 10%.
Ou seja, menores temperaturas críticas, maiores bwr. ⇒ Tcr (tolueno) = 318,6 °C e Tcr (R134a) =
101,03 °C.
Pressões:
Em ciclos Rankine a vapor, as pressões giram entre 60 a 70 bar. Em ciclos ORC as pressões
geralmente não ultrapassam 30 bar. Além disso, o fluido de trabalho não é vaporizado
diretamente na fonte quente mas sim em um trocador de calor intermediário. Nesse caso, utiliza-
se óleo térmico ou mesmo água, que geralmente está na pressão ambiente ou um pouco acima,
evitando também a necessidade de um operador de caldeira.
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Fluidos de trabalho
Pressão de condensação:
Pressões mais elevadas que a atmosférica são importantes, pois evitam a infiltração de ar no ciclo.
No caso da água, a pressão de condensação é menor que a atmosférica, necessitando
desaeradores. A maioria dos fluidos utilizados em ORC atendem essa especificação, com exceção
de alguns fluidos com elevada temperatura crítica (hexano ou tolueno) que são sub-atmosféricos
na temperatura ambiente.
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Fluidos de trabalho
Conforme a figura abaixo, a inclinação da linha de vapor saturado é negativa para a água
enquanto que essas curvas são mais verticais para fluidos orgânicos. Como consequência, a
limitação do título do vapor no final da expansão desaparece para os ORC, não sendo necessário
então o superaquecimento do vapor na entrada da turbina.
A diferença de entropia entre líquido e vapor saturado é muito menor para os fluidos orgânicos
do que para a água. Isso representa uma entalpia de vaporização menor. Assim, para obter uma
mesma potência térmica no evaporador, a taxa de massa do fluido orgânico deve ser muito maior
que para a água, o que significa uma maior potência da bomba e, consequentemente, um maior
consumo de energia.
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Fluidos de trabalho
Isentrópicos: quando a expansão entre duas pressões acontece sobre uma linha
próxima a uma linha de entropia constante que, para esses fluidos é próxima a
uma vertical;
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Fluidos de trabalho
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Quoilin, S., Declaye, S., Legros, A., Guillaume, L., Lemort, V., 2012, Working fluid selection and operation maps for Organik Rankine
Cycle expansion machines. International Compressor Engineering Conference at Purdue.
Expansores
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Expansores
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Bibliografia:
Long, R., Bao, Y.J., Huang, X.M., Liu, W., 2014. Exergy analysis and working fluid selection
of organic Rankine cycle for low grade waste heat recovery. Energy, 73: 475-483.
Macchi, E., Astolfi, M. (ed.), 2017. Organic rankine cycle (ORC) power systems:
Technologies and applications. Elsevier: Amsterdan.
Wang, E.H., Zhang, H.G., Fan, B.Y., Ouyang, M.G., Zhao, Y., Um, Q.H., 2011. Study of
working fluid selection of organic Rankine cycle (ORC) for engine waste heat recovery.
Energy, 36: 3406-3418.
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