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Au tor:
· Nível nominal: seria o nível mais apropriado para gravar o sinal de forma que a
distorção seja mínima (o momento em que o sinal "pica" no vermelho; ou seja,
ultrapassa o umbral máximo admitido) e que o nível de ruído de fundo seja
superado.
· Faixa dinâmica: todo o nível que pode ocupar o sinal, desde o nível de ruído até
o nível máximo.
A compressão
Agora que explicamos estes conceitos elementares, podemos começar a falar de
compressão. Vamos supor que você esteja no seu estúdio gravando umas tomadas
de sintetizadores, vozes ou instrumentos. O nível adequado de gravação foi
ajustado, ou seja, está próximo o nível nominal (superando o ruído de fundo e
próximo da distorção, porém sem tocá-la). Este é o cenário ideal, mas, o mais
normal é que, caso preste atenção no seu indicador de sinal, você verá que ele de
vez em quando alcança o vermelho (distorce).
Isto irá depender da natureza da fonte que está sendo gravada: por exemplo,
imagine que esteja gravando uma voz muito sentida, com alguns momentos de
murmúrios e repentinas subidas de nível. É muito fácil que o medidor encoste no
vermelho nestas circunstâncias. Você pode pensar, "bom, se estou atento as
alterações de nível, posso me antecipar e subir ou baixar o volume de entrada
quando for necessário"... Sim. Você está certo, mas temos de convir que não é
nada prático: vamos então pedir ajuda a um compressor.
· Ratio: se dá em valores de proporção, como 2:1, 3:1, 4:1, etc. Vamos supor que
você coloque o ratio em 3:1. O que acontecerá é que por cada vez que o sinal
entrante supere em 3 dB o nível de threshold, o compressor somente irá permitir
que passe 1 dB de sinal. Você pensará "de acordo, mas se está deixando passar
um decibel a cada vez, então ultrapassará de qualquer modo o nível de threshold".
Evidentemente; o threshold é apenas uma marca de referência, e não uma
"guilhotina" que corta tudo o que passa por ela. De fato o threshold e o ratio
devem estar relacionados; você deve configurar um nível de threshold o bastante
baixo, considerando o ratio, para que os dB que passem não cheguem a distorcer.
Aqui entra em cena o conceito de headroom; o "espaço de segurança" que nos
referimos anteriormente. Caso possa um headroom amplo, você poderá jogar com
ajustes mais extremos. Caso esteja em via permanente de distorcer o sinal, você
terá que manejar estes controles com maior precisão.
· Ataque (attack): Este parâmetro decide com que rapidez actuará o compressor
quando aparecem os picos (quando o sinal supere o umbral de threshold). Nos
servirá para adaptar o funcionamento do compressor a natureza de fonte de som.
Por ejemplo: algunos instrumentos tiene un ataque muy rápido (es decir, suenan
de inmediato, tan pronto como son tocados). Así pues, para este tipo de sonidos
(como los de bajo o bombo), necesitarás que el compresor actúe rápidamente,
para que no se le escape ningun pico (tendrías que ajustar el ataque a un valor
bajo o nulo).
· Knee: Este nem todos compressores possuem, mas não é raro encontrá-lo.
Existem dois tipo de "knee" (roda): hard-knee e soft-knee. O ajuste hard-knee
supõe que o sinal será comprimido de imediato na proporção marcada pelo ratio
tão logo alcance o nível de threshold. O ajuste soft-knee faz isso de uma forma
mais suave, aplicando a compressão aos poucos, conseguindo assim um som
menos abrupto. Tipicamente, os sons que requerem pegada, como o baixo e o
bumbo da bateria, são comprimidos com "hard-knee". Alguns compressores
permitem também escolher valores intermediários entre estes dois extremos, para
controlar melhor o som.
Comprimindo na prática
O uso da compressão depende muito do gosto pessoal. Na música dance e em
certos estilos são utilizadas configurações extremas para conseguir boa pegada nos
sons, mas pode ser que isso não seja necessário. Uma compressão extrema pode
tornar a mixagem muito agressiva, mas também, uma compressão escassa pode
tornar muito brando o som. Como sempre, a solução está em testar diferentes
configurações até alcançar um resultado que satisfaça.
· Guitarra: Comece com um ratio de 2:1 para guitarras clean, ou um 3:1 ou 4:1
para guitarras distorcidas. Para conseguir um som mais sustentado, tente um ratio
de 4:1, com ataque rápido e liberação lenta. Quando estiver com estes ajustes
prontos, toque a nota que desejar sustentar, e aumente o ratio até que o som se
sustente pelo desejado.
Conclusão
Em geral, você deve usar a compressão para situar os sinais corretamente na
mixagem, para lhes dar a presença necessária e para dominar as subidas e
baixadas de nível. Já outros a utilizam também com intenções criativas, ou para
conseguir um efeito deliberado, como por exemplo uma potente e encorpada linha
de baixo que marque o ritmo.
Podemos dizer que a compressão é uma arte que somente é dominada com muita
prática. O ouvido é o melhor guia: experimente diferentes ajustes e configurações
até alcançar o som que está desejando.