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DE
MIZRAIM E MEMPHIS
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CADERNO DE ESTUDOS
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ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
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CONFIDENCIAL
Manual do Aprendiz da Arte
Capítulo VII
AS CORPORAÇÕES MEDIEVAIS
Com o triunfo do Cristianismo, que se converteu em religião oficial
durante o último período do Império Romano, enquanto os Mistérios
tiveram de desaparecer, os collegia fabrorum resolveram adaptar suas
tradições pagãs à nova fé, e isto foi feito muito habilmente, substituindo-se
pela lenda da construção do Templo de Salomão outra transmitida
anteriormente, e pelos nomes de santos e personagens cristãos os antigos
deuses pagãos. Nasceu assim um São Dionísio, em lugar do homônimo
deus grego (o Baco dos latinos), e São João foi honrado como protetor da
Ordem, em lugar do antigo deus bifronte Janus.
Assim renovada, a tradição dos antigos colégios romanos seguiu no
Oriente a sorte do Império Bizantino, adaptando-se depois, com igual
facilidade, à fé islâmica, enquanto no ocidente, com a queda do Império e
a invasão dos vândalos e dos godos, encontrou um asilo seguro numa
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arte de construir.
Os novos associados, muitas vezes homens de estudo e filósofos
eminentes, influíram largamente nestes agrupamentos de antigos
construtores, os quais chegaram facilmente a dirigir. Foi assim que as lojas
maçônicas profissionais transformaram-se naturalmente em lojas de
maçonaria especulativa, nascendo dessa maneira a Maçonaria como
atualmente conhecemos. E assim também, muitas doutrinas e tradições
iniciáticas e místicas, de diferente origem ou descendência, passaram a
incorporar-se à nascente, ou melhor dizendo, renascente instituição. As
tradições templárias e rosa-cruzes, em especial, tiveram parte importante
nesta transformação. Enquanto as lojas Maçônicas encontravam naquelas
doutrinas, a alma que lhes infundia uma vida nova, estas encontraram
naquelas o corpo, o veículo ou o meio exterior mais conveniente à sua
expressão, o que de outra forma poderia ocorrer de modo estéril e
deficiente.
Com o século XVII termina assim o estudo das origens maçônicas; desde
o XVIII começa a sua história como instituição moderna preparando-se o
futuro, temas dos quais falaremos nos dois "Manuais" que se seguem,
desta mesma série.
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S. J. justa e perfeita.
Esta pergunta é fundamental para o Aprendiz e, à semelhança de Édipo,
deve esforçar-se em respondê-la satisfatoriamente, buscando em si mesmo
a solução do problema das origens: a origem de seu ser e do universo que
o rodeia.
Que representa, pois, para os maçons a expressão "Loja de S. J." ?
Já sabemos que a Tradição Maçônica guarda uma relação profundamente
íntima com a Tradição Joanita ou mística do Cristianismo (como é
claramente demonstrado pela superposição de nossos instrumentos sobre a
primeira página do Evangelho de S. J., que representa a Tradição Cristã
mais pura, assim como as Tradições Gnósticas e iniciáticas anteriores).
Igualmente sabemos que S. J. foi tomado como patrono pelas Corporações
Construtoras da Idade Média, e conhecemos também, o uso - que remonta
a uma época remotíssima - de festejar os dois solstícios, cujas datas
coincidem respectivamente com as festas cristãs de S. J.
Estas mesmas festas celebravam-se também antes do cristianismo, sendo,
em época próxima aos romanos, em honra a Janus, o deus de duas faces
que muito bem simboliza a Tradição, estando uma das faces
constantemente voltada ao passado e outra ao futuro. Este nome relacionase
etimologicamente com o latim janua, "porta", de onde vem igualmente o
latim januarius, "janeiro". (4) É interessante notar a este respeito que
"porta" é também o significado originário da letra grega delta (do semítico
daleth), representa por um triângulo, e que a antiga porta das iniciações,
era triangular.
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Este deus presidia todos os inícios (em latim initium, de onde também
initiare, "iniciar") e, em particular, o do ingresso do Sol nos dois
hemisférios celestes, e a própria iniciação cuja chave possuía e guardava.
Agora, é evidente que o nome Janus tem também em sua forma latina, uma
semelhança singular com João (Johannes) e não foi por acaso que este
último foi colocado no exato lugar do primeiro.
Por outro lado, o hebraico Jeho-hannam ou João significa "Graça ou favor
de Deus", isto é, homem iluminado ou iniciado. Assim é que a justo título
pode este último ser chamado irmão ou discípulo de S. J.. A importância
iniciática desta escolha tornar-se mais evidente por esta dupla ou bifronte
etimologia: a primeira pagã ou voltada ao passado (tradição iniciática da
qual constitui a porta ou passagem, e a outra, cristã ou voltada para o
futuro (os eleitos ou favorecidos de Deus que continuam e darão
prosseguimento à tradição por todos os séculos).
A expressão Loja de S. J. vem a ser assim, um nome simbólico de toda
união ou agrupamento de iniciados, de homens iluminados e favorecidos
espiritualmente, aplicando-se, em sua acepção mais geral, a todos os que
são admitidos nos Mistérios e mais particularmente aos verdadeiros II S.
J., os Mestres da Sabedoria que constituem a Grande Loja Branca, a mais
justa e perfeita "Loja de S. J.", na qual devemos buscar a inspiração e a
origem profunda e verdadeira de nossa Ordem.
Notas Explicativas:
1.- Falando em linguagem geológica, aquelas que remontam ao princípio
da era quaternária ou talvez ao próprio período terciário.
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2.- Confronte-se com o que foi dito por Jesus: "Minhas palavras são
espírito e vida".
3.- O documento chama-se "Leyland-Loche Ms." e sua data remonta a de
1436, estando escrito em inglês arcaico daquela época. Referindo-se à
Maçonaria, responde à seguinte pergunta: De onde veio? Informando que
começou "com os primeiros homens do Leste, que foram antes dos
primeiros do Oeste", sendo transmitida ao Ocidente pelos venezianos.