Professional Documents
Culture Documents
sendo ij o delta de Kronecker. Como ij 0 somente para i=j (e seu valor é unitário), tem-se
também
u v ui vi (B.3)
A notação de produto diádico para tensores (single dot, também), que define a forma para
se escrever o produto matricial
u nx1 Tnxn v nx1 (B.5)
Ressalta-se que esta representação simbólica não deve ser interpretada somente como uma outra
forma de se escrever o produto matricial. Na verdade, simboliza uma operação que relaciona um
vetor físico ou geométrico com outro, sendo que não se depende do sistema de coordenadas
usado para a representação. Por outro lado, Tv é o produto matemático de matrizes apropriadas
~
das componentes de T e de v~ num dado sistema de coordenadas. Contudo, num sistema de
coordenadas retangular, a forma matricial sempre pode ser usada para representar a operação
~
T v . Alguns autores usam a notação de operação simbólica de produto diádico sem o ponto:
~
u T v (B.7)
É importante enfatizar que o produto diádico converte o produto de uma matriz por um
vetor em outro vetor.
A seguir, apresentam-se algumas propriedades das diádicas (para coordenadas
retangulares):
~ ~ ~
a) S T U equivale a Sij Tij U ij (B.8 a)
~ ~
b) (T ) v (T v ) (B.8 b)
~ ~ ~ ~
c) T U U T (B.8 c)
~ ~ ~ ~ ~ ~
d) T (U V ) (T U ) V (B.8 d)
~ ~
e) ( T ) ( )T (B.8 e)
~ ~
f) 1T T (B.8 f)
~ ~ ~
g) ( )T T T (B.8 g)
~ ~ ~ ~
h) (T U ) T U (B.8 h)
é um escalar.
A seguir, apresentam-se algumas propriedades do produto escalar de dois tensores:
~ ~ ~ ~
a) T : U U : T (B.11 a)
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
b) T : (U V ) T : U T : V (B.11 b)
~ ~ ~ ~ ~ ~
c) (T : U ) (T ) : U T : (U ) (B.11 c)
~ ~ ~ ~
d) T : T 0 a não ser que T 0 (B.11 d)
T
a1x 3 d1x 3
b : e a dT b eT c f T a d b e c f
3 3 3
1 x 3 1x 3
i 1
i i
i 1
i i
i 1
i i (B.12)
c1x 3 f1x 3
~
resultando em cada elemento do tensor T .
Em notação matricial, o produto tensor ab é dado por:
a1 a1 a1 b1
~
T a2 a2 a2 b2 [aT aT aT ] b T (B.16)
a 3 a3 a 3 b3
ou em notação matricial
P TU (B.19)
~ ~ ~ ~~ ~~
b) T .(U R ) T .U T .R (B.20 b)
~ ~ ~ ~~ ~~
c) (U R ).T U .T R.T (B.20 c)
~~ ~ ~ ~ ~
d) (T .U ) (T ).U ) T .(U ) (B.20 d)
~ ~ ~~ ~
e) 1 .T T . 1 T (B.20 e)
F
(F ) k (B.21)
xk
onde se fornece cada componente. Em notação simbólica (em coordenadas retangulares), tem-
se
F
F xˆk , para k=1, 2, 3 (B.22)
xk
Como se observa, este tipo de gradiente transforma um escalar num vetor. Outras notações
usadas na literatura são:
F
k F F, k , para k=1, 2, 3 (B.23 a)
xk
e
F xˆk k F xˆk F, x (B.23 b)
Se o operador for tratado como o vetor simbólico xˆ1
xˆ2 xˆ3 , então, o
x1 x2 x3
gradiente corresponde ao simples produto entre o vetor e o escalar F (em coordenadas
retangulares).
v xˆ1 xˆ2 xˆ3 ( xˆ1vx xˆ2v y xˆ3vz ) (B.24)
x y z
ou
v v v v
v x y xˆ3 z i vi ,i (B.25)
x y z xi
Verifica-se, assim, que o divergente de um vetor resulta num escalar (ao contrário do
gradiente). Com isso, verifica-se que se for tratado como um vetor, a divergência corresponde
ao produto escalar entre vetores estudados na seção B.1.
Neste caso, tanto F quanto o seu laplaciano resultante são funções escalares.
Em notação tensorial, costuma-se escrever (B.28) como
2 F F, kk (B.29)
onde a representação com vírgula, F,k , indica uma derivação em relação a xk. O duplo índice
(,kk) implica tanto em derivada dupla em relação a xk, quanto somatório (pois o índice k é
repetido), ou seja
3
F, kk F, k (B.30)
k 1
Figura B.1 – Deslocamento generalizado de um segmento de linha dx . O ponto x0 se desloca
de uma quantidade u ( x0 ) , enquanto o outro ponto extremo, x0 dx , desloca-se por u ( x0 dx ).
Tomando-se os dois primeiros termos da série de Taylor da expressão de u em torno de
x0 :
u
ui ( x ) ui ( x0 ) i dx j ... para i=1, 2, 3 (B.31)
x j
x0
sendo ui a componente i do vetor u . O índice repetido (j) implica em somatório. O termo ui ( x0 )
representa a translação de corpo sólido, pois todos os pontos na vizinhança de x0 compartilham
o mesmo deslocamento. Expandindo-se (B.31) (usando-se apenas as duas primeiras parcelas da
série de Taylor), tem-se:
u
u1 ( x ) u1 ( x0 ) 1 dx j (B.32 a)
x j
u
u2 ( x ) u2 ( x0 ) 2 dx j (B.32 b)
x j
u
u3 ( x ) u3 ( x0 ) 3 dx j (B.32 c)
x j
onde u ou ij ui / x j é denominado de tensor gradiente do deslocamento. Como se
observa, o gradiente de um vetor resulta numa matriz. Infelizmente, o tensor u não é
simétrico, o que limita diretamente seus limites de aplicação.
O tensor gradiente do deslocamento pode ser separado nas partes simétrica e anti-
simétrica como:
1 u u 1 u u
ui ( x ) ui ( x0 ) i j dx j i j dx j (B.35)
2 x j xi 2 x j xi
Assim,
u ( x ) u ( x0 ) S u dx Au dx (B.37)
sendo
u S u Au (B.38 a)
ij Sij Rij (B.38 b)
1 u u
Sij i j , para i,j=1, 2 e 3 (B.40)
2 x j xi
u1
S11 (B.44 a)
x1
u
S22 2 (B.44 b)
x2
u
S33 3 (B.44 c)
x3
1 u u
S23 2 3 S32 (B.44 d)
2 x3 x2
1 u u
S13 1 3 S31 (B.44 e)
2 x3 x1
1 u u
S12 1 2 S21 (B.44 f)
2 x2 x1
~
A partir daí, define-se a matriz S como
onde foi empregada a notação de Voigt (111, 222, 333, 234, 135, 126). A relação
(B.45) também costuma ser expressa nos textos de mecânica dos sólidos como [3]:
S1 S11 / x 0 0
S S 0 / y 0
2 22 u x
S3 S33 0 0 / z
. u y (B.46)
S 4 2 S 23 0 / z / y
u z
S5 2 S13 / z 0 / x
S6 2 S12 / y / x 0
Como o operador s em (B.46) é uma matriz 6x3, então, também se usa a representação:
s Ij , para I=1, ..., 6 (6 linhas) e j=1, 2 e 3 (3 colunas), ou seja
uI u j
IJ (B.49)
x j xI
Nota-se que, se não houver rotação, então Rij 0 , e ij Sij , isto é, torna-se igual ao gradiente
total. De fato, se não há rotação, então,
1 u1 u2 u u 1 u u u
0 1 2 1 2 1 (B.50 a)
2 x2 x1 x2 x1 2 x2 x1 x2
1 u1 u3 u u 1 u u u
0 1 3 1 3 1 (B.50 b)
2 x3 x1 x3 x1 2 x3 x1 x3
dx1
u u1 u1
u1 ( x ) u1 ( x0 ) 1 . dx2 (B.51)
x1 x2 x3
dx3
e idem para u2 ( x ) e u3 ( x ) . Nesta situação, pode-se escrever que
u ( x ) u ( x0 ) u .dx (B.52)
como havia sido anunciado em (B.34), porém, agora, com u su . Nesta situação, (B.48)
torna-se
~
S
s v v (B.53)
t
ou então
Sij vi
(B.54)
t x j
Ou seja, se não há rotação, u só exibe a parte simétrica su , o qual passa a ser simplesmente
a matriz u com u1 / x2 u2 / x1 , u1 / x3 u3 / x1 , etc. Como discutido no capítulo 6,
equivale a se ter ângulos 1 2 durante a deformação.
B.12- Dilatação
A dilatação do vetor u , , corresponde a um divergente de vetor, definido conforme
u u u
u 1 2 3 S11 S22 S33 (B.55)
x1 x2 x3
u1 xˆ1
xˆ1 xˆ2 xˆ3 .u2 xˆ2 (B.56)
x x1 x1
1
u3 xˆ3
B.13- Stress
Tij 2ui
2 (B.57)
x j t
O sistema (B.58) pode ser escrito como o produto de um vetor por uma matriz (diádica):
Neste estágio, pode-se recorrer à definição de produto diádico (single dot) estudado na seção
B.2, e se escrever (B.59) como
~ 2u
T 2 (B.60)
t
desde que se opere no sistema de coordenadas retangulares.
Conforme havia sido estabelecido na definição do produto diádico, o operador divergente
matricial transforma uma diádica (um matriz) num vetor.
Em notação de índices reduzidos, o tensor stress dado em (B.59) é escrito como
T1 T6 T5
T T6 T2 T4
~
(B.61)
T5 T4 T3
no qual observa-se que os fatores ½ [como os usados em (B.45)]) não são necessários. Já a
equação de movimento (B.57) torna-se
~ v
T (B.62)
t
Em notação simbólica, a equação de movimento (B.57), ou (B.62), para índices reduzidos, fica
como
T1
T
/ x 0 0 0 / z / y 2 vx
0 T3
/ y 0 / z 0 / x . v y (B.63)
T t
0 0 / z / y / x 0 4 vz
T5
T6
~
onde foi necessário se aplicar Ts , a transposta de s . Assim, tratando-se T na forma de
matriz coluna, dada em (B.63), tem-se
~ v
T
T
(B.64)
t
s
O operador matricial é uma matriz 3x6, tal que: Ts iJ , sendo i=1,2 e 3, e, J=1, ..., 6.
B.14 Bibiografia