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MINISTERIO DA EDUCAÇAO
INSTITUTO DE INVESTIGAÇAO CIENTIFICA TROPICAL
' J w . 1 ~
PREFÁCIO D E
JORGE BORGES DE MACEDO
CENTRO DE SOCIO-ECONOMIA
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA
TROPICAL
em que participaram virios eleinentos do CISE Coor-
d e n l m u s assim um estiido rraiii->ido prlo D r Jns.4
Gonçalves. do Ministério de Transportes d a RepU-
bhca Popular de Angola c invesligadnr v~sitanteno
CSE, e um Anexo estatístico elaborado pela Dra Ana
Neto, estagiária de ~nveqtigação no CSE Para cssa
coordenação, ale mo-nos de uin trabalho apresentadri
em Maio de 1978 na cadeira do Professor Carlos
T)la~-A1cjdiidiu, da Uritveisidade de Yale, tiaballici
esse inspirado no livro que aqui sc reedita
Em vez de bcneficiai- da estabilidade monetária e
cambial que urn 0~çamedtriçcntral~zadcipressupõe, o
desenvcilvimrnto econAmico de Angola f o ~travada
por um ient~alisnioadrninislrati%oe financeiro - que
havia de perdurar ate í i indcpendêricia Ao mostrar
que já em 1910 existlam alternat~rasvdveis ao modelo
colonial centralista, cont~ibui-separa explicar o apa-
Nota Prévia rentemente i~iexplicívelatraso da autonomia de Ango-
la Atraso culas conçequencras de politlca econbmicn
Nos últimos anos, o Centro de Socio-Economia vêrn ate aos nossos dias
(CSE) tem privilegiado, na sua investigação, o ajusta- Dessa actualidade surge precisaniente a relevância
mento macroeconómico de pequenos países tropicais, de Angola para o segundo projecto D e facto, foi
em especial os de língua portuguesa Ocorre portanto totalmerite esquecida esta alternativa autonoiil~staque
explicar a escolha de Angola, uma economia tida por tinha o inéntu tão actual de não gerar dependência
grande, e da administração colonial, cuja política orçamental, visto assentar na ideia de que as receitas
macroeconómica se presumia ajustada, para tema da fiscais de Angola. autonomamente administradas, erani
nossa primeira publicação A explicação é clara. a suficientes para financiar o esforço de desenvolvimentr,
Angola d o príncrpio do século sofreu os choques de Mais, a política posterior de Norton de Matos, cor-
um pequeno país tropical sujelto a uma política rentemente associada à ideia da autotiomia colonial
rnacroeconÓmica desajustada. Esta visão, que ressalta nngolana, envolieu uma dependêricla do orçamcrito
d o trabalho coevo ora reapresentado, tem também metrnpolitano clue a tornou rnstavel 0 esquecimento
sido revelada por investigações d o CSE. d c iinia altcrnnttva, clara~nentcprefcrívrl tanio para
.São dois os projectos envolvendo Angola. Pri- Portugal corno para Angola, mostra berii a inipossibi-
meiro, o Banco Mundial, enquanto agente do Pro- Lidade de nos mantermos competitivos se n.30 sou-
grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento, bermos aproveitar as lições da nossa história
encomendou ao CSE um relatório sobre a economia A autonomia pirinara ajuda, pou. um sécirlo mais
colonial, para esclarecimento da situação económica tarde. à formiilação de uin "niodelo da coopera~ão
actual, tal como ~esultados trabalhos de uma missão pnrtuguesa" adequado a uma cconomia mundial etn
em que participaram vinos eleinentos cio CSE Coor- constante mutação Assrm, do programa de investiga-
denáii-ios assim um estudo realizado pelo Dr José ç5o que a EJ,O - A s s o c ~ n ~ ã uI'ortrtgtre,~~~ para o
Gonçalves, do Ministério de Transportes da Repi1- Deseni~oli~lrnento, Econhrco e a CnoperaqRn enco-
blica Popiilar de Angola e irives~igadorvtsltante iio mendou ao CSE; consta um projecto histórico,sohre
CSE, e um Anexo estatístico elaborado pela L3ra Ana sucessos e insucessos da presença portugiiesa ein Afnca,
Neto, estagiária de investigação no CSE Para essa dirigido pelo autor do prefáclo desta ediç8o O pri-
coordenação. valenio -nos de um traballio apresentado mciro caso escolhido para reflectir sobre o rnodelo foi,
em Maio de I978 na cadcira d o Professor Carloç como se carnprcenderh, a Angola do principio do
Diaz- Aiejarid r-o, da Llriiversrdade de Yale, trabalho çiculo
esse inspirado no livro quc aqui sc reedita l'or terem logo aceite as razões desta primeira
Em veL de bcnehciar da estabilidade monetária e publicação d o CSE, é devida uma palavra de agrade-
cambial que Lirn orçamento ccntral~zadopressupõe, o cimento As instâticias e n v o l ~ ~ d do
a s Instituto de Inves-
desenvolvimento econbmicu de Angola foi travado t~gaçãoCientífica Trop~cal,nomeadanicnte ao Eng
por um centralismo administrativo e firianceiro - que Fcrnando Almeida Ribeiro, ao Prof Doutor Liiís de
havid de perdurar até h independkncia Ao mostrar L41buquerquee Inst bzrt rrof least ao presidente, Pruf
que JA em 1910 existlam alternat~vasviáveis ao modelo Doutor C S U Le Silva.
colonial centralista, cont~ibiii~se para explicar o apa- .Jorge Braga de Macedo
rentemente i~~explicável atraso da aiitonomia de Ango- Director do CSE
la Atraso culas consequêncras de política económica
vêm até aos nossos dias
Dessa actualldadc surge precisaniente a relevância
de Angola para o segundo projecto De facto, foi
totalmente esqiiec~daesta altcr~iativaautorioliiista quc
tinha o mérito t5o actual de não gciar dependência
orçailiental, visto assentar na ideia de que as recatas
fiscais de Angola, autotioliiamente admiiiistradas, erani
suficientes para financiar o csforço de deserivolvimento
Mais, a política posterior de Noiton de Matos, cor-
rentemente associada i d e i a da autorioniia colonial
angolana, erivolveu Llnia dependi-ncia do orçanicnto
metropolitano que a tornou instável O esquecimento
dc urtia alternativa. clararneritc prefcrivel ta1110 para
Portugal coiiio para Angola, mostra berri a inipossibi-
Lidade de nos manternios competitivos se n*ao sou-
berntos aproveitar as lições da nossa hiatórla
A autonomia pioneira quda. pois. um séciilo mais
tarde. a forrniilação de um "modelo da cooperaqão
portugucsa" adequado a lima economia mundial em
O livro Autonomia de Angola('), de José de
Macedo, publicado em 1910 e cuja reediçáo, agora, se
apresenta, oferece múliiplos motivos de interesse para
dever ser lido e pensado, como um texto lúcido e pre-
cursor Reflete este livro, um momento importante na
consciência de Angola Aí a vemos assumir-se, nas
suas forças vivas, como região politicamente definida
e, como tal, capaz de formular, a respeito do seu
modo de viver e das eventualidades que se lhe ofere-
ciam, ou onde está inserida, reivindicações ou projec-
tos de futuro Revelava, por um lado, a consciência de
um possível caminho próprio Por outro, apontava
objectivos formulados, não no vazio do desejável, mas
já com a marca concreta de uma meta a atlngu.
Manifestava-se, a o mesmo tempo, a partir de uma
efectiva experiência de vida pública, em que já se res-
ponsabilizava O autor recolhe, para a posição que
assumiu, os dados da realidade angolana e da-lhe uma
finalidade que coincide com a do seu corpo social
constituído, tanto em força de projecto, como na debi-
lidade in~cialda esperança
Havia, com efeito, em Angola, uma experiência
diversificada e própria, tanto para o que se refere aos
comportamentos das potências europeias, nas suas
relações coloniais (as "rivalidades" congolesas tinham-
-se passado a seu lado e tinham tido uma forte parti-
cipação de quadros médios portugueses que, depois
foram fixar-se em Angola) Conheciam-nas como
pressões irremediáveis para a delimitação da íront eira,
como não ignoravam as relações e os conflitos entre
as diferentes etnias de Angola e destas com os portu-
gueses, a que, de um modo muito especial, estavam,
a aperceber-se, na fronteira que os portugueses cria- Europa cujos estados também Iutavam pelo aumento
ram, das suas forças, tanto reais como potenciais que dos seus poderes em África, assentava na sua Iigação a
Portugal. Por outro lado, a melhor garantia para o
se adivinhavam dentro de tão extensa superfície No
plano social, assim como no político e no económico, seu pleno aproveitamento era que Angola se adminis-
de diferentes proveniências, as perspectivas de pro- trasse em regime de autonomia Este princípio estava
gresso só podiam tornar-se efectivas, desde que se bem dentro da tradição mais remota da vida pública
mantivessem e diversificassem os instrumentos de portuguesa, os erros e lutas recentes tinham tornado
convergência interna Em primeiro plano, estava a ainda mais viva a esperança nas suas possibilidades
manutenção, para esse efeito decisiva, do que pode- imediatas. Assim, a autonomia tinha inúmeros apoios
mos chamar a "capital indiscutível" em L ~ a n d a ' ~Em
) em todas as camadas que constituiam a sociedade
angolana E esta problemát~ca e a analise da sua
interpretação que se encontra bem claramente estabe-
(h) -Cf Ilidio do Amaral. L u a n l - Estudo de Geografia Humana,
lecida e concretizada no livro de José de Macedo E
Coimbra 1968, "Subsídios para o estudo da evolução da população de eis porque ele constitui um inestimável iestemunho
I,udndaW, in Gaicia da Orta. Lisboa, 1959, "Entre o Cunene e o sobre o estado de espírito angolano, como relato
Cubango, ou a propósito de uma fronteira africana", in Garcia do importantíssimo e contemporâneo, assim como sobre
Orro. Lisboa 1980-198I , Fronteiras, Estado e Ndção em África (apon- os debates internos e metropolitanos nas viabilidades
tamentos de geografia política), in iiietnoi~o</LI Acadrniia dac Clênciar percebidas pela população.
de L.irhoa (Classe de Lisboa). tomo XXIV, 1985
A proposta de autonomia, a sua argumentação e tanto uma débil intervenção dos eventuais mecanis-
mos metropolitanos de defesa, como uma carência de
os fundamentos concretos e bem presentes de que par- meios eficazes para que tal intervenção fosse levada a
tia, não são evidentemente o fruto de perspectivas teó- efeito, na própria colónia Em especial, os seus comer-
ricas, nem derivam só do modo como as convicções
de José de Macedo se ordenaram para interpretar a ciantes e agricultores, pela voz das suas associações de
situação angolana No entender do autor, ia buscar à classe pouco, ou nada, podiam fazer Pertencia ao dia
a dia público a perturbacão desencadeada pelos cons-
sua formulação mais próxima "h geração que assistiu tantes conflitos nas atribuições oficiars ou os equívo-
h campanha contra Gungunhana / em Moçambique /
e lutou contra o potentado negro". "Foi ela que cos das decisões a distância Tudo isto é corajosa-
mente anal~sadoe exemplificado no livro. Neste con-
desencadeou a campanha contra a centralização feroz texto concreto da vida angolana, já em condições de
do Terreiro do Paço"(7) E cita, para a sua apresenta-
ção pública figuras como a de Mouzinho, Eduardo "pensar propostas", dotadas portanto de audiência
Costa, Aires Ornelas. Paiva Couceiro, Freire de receptiva e ercperiência interna, é que José de Macedo
Andrade, Soveral Martins e outros, destacando a sua fazia surgir a sua solução de autonomia e no decurso
da sua longa estadia em Luanda, empreendeu uma
condensação, simultaneamente, doutrinária e execu- campanha nesse sentido Fazia-o, certo da sua audiên-
tiva, na obra de Eduardo Costa@) cia e viabilidade Angola amadurecera, ao longo de
A receptividade em Angola deste ponto de vista da
autonomia não pode desligar-se da longa crise de que inúmeras dificuldades que se acumulavam, na indife-
sofria aquela possessão ultramarina, ao lado da passi- rença ciosa do governo central As formas de inter-
vidade ou inoperância do aparelho adrhinistrativo do venção deste último eram vastissimas, mas escassos os
poder central, no que se refere a medidas para o seu meios para as concretizar
desenvolvimento e em face do que se passava noutros A ambiguidade flagrante entre os meios legais e as
territórios africanos administrados por outras potên- capacidades efectivas tornava a centralização metro-
cias europeias, apesar de se não ignorarem a extraor- pohtana ainda mais sujeita a ataques, a queixas e a
dinária diferença em custos humanos José de Macedo desconfianças, m ~ s t oparadoxal de revolta e de con-
vai estabelecer uma evolução económica de Angola fiança no futuro De modo algum, se punha em
entregue aos seus próprios recursos e a violentas osci- dúvida a vantagem do o poder central português de
lações do sucesso e insucesso Por ela se verificava lutela Só que era indispensável que os interesses
angolanos fossem considerados na sua dimensão
indissolúvel, em relação a quaisquer outros E não
havia dúvida para José de Macedo que esses interesses
se integravam num condicionamento nacional, consi-
derado numa estratégia de conjunto
Era este também o estado de espírito, o ambiente
político de Angola, nas vésperas da proclamação da
Repúbhca, período que, hoje, nos parece extraordina-
de Angola. pags 170- 17 1
( 7 ) - Jose de Macedo, Autn?iu~?iia
riamente remoto Contudo, ao enunciá-lo, estamos no
(8) - Eduardo Augusto Ferreira da Costa, Esirrdu cobre a admrnis- ponto de partida para a consciência de Angola, como
itn( ão cr\,rl tluv irolsus po\se\ rões u/t r~anus,Lisboa, 190I
Albuquerque, Aires Ornelas, Marnoco e Sousa, Paiva
força bem definida, na dimensão que lhe tinha sido Couceiro, Júlio de Vilhena, Eduardo Costa, de quem,
dada pela diplomacia, assim como pelas forças políti- aliás, era amigo pessoal Referem-se estes nomes de
cas e militares portuguesas, sem esquecer o papel não "africanistas", pois, tendo quase todos eles, idêntica
pequeno desempenhado pela personalidade local dos experiência de governo "em estadia", era esta reali-
povos que José de Macedo em diversos momentos, dade que lhes orientava as opiniões Viam, assim os
salienta, como força polarizadora indispensável Pon- problemas da África Portuguesa com mais indepen-
tos de partida apa~entementedébeis se os quisermos déncia e profundidade, no sentido de que fosse dada
ver em diagnósticos de confronto Mas já perfeita- audiência A voz local, mais interessada, sem prejuízo
mente capazes de se apresentarem como objectivos do cálculo global dos interesses em jogo. Assim se
próprios e de não se desistir deles. A análise deste poderia ter estabelecido um debate de onde, sem
período inicial, numa confluência económica e admi- dúvida alguma, sairiam soluções válidas, para a dificí-
nistrativa, foi o objecto da Autonomia de Angola. lima situação que se vivia nas possessões portuguesas,
Constitue, por isso, um marco bem definido na cons- nomeadamente em Angola Era preciso analisar, con-
ciéncia colectiva angolana fiadamente, soluções com futuro, para além dos inte-
Não é decerto o seu autor, tão hábil no diagnós- resses imediatos que tanto tolhiam a consideração, em
tico prudente e na apresentação franca e bem argu- profundidade, do problema ultramarino José de
mentada de um tema de tanta urgência e interesse, um Macedo sabia-o e quiz que nascesse, entre os pottu-
exaltado ou um teórico, saturado de abstracções gueses, esse ambiente de debate criador O seu livro
deduzidas das suas exigências doutrinarias Pelo con- assim o prova.
trário Era um observador insistente, um estudioso e José de Macedo revelara, desde muito cedo, inte-
crítico da realidade portuguesa metropolitana e coio- resse pelo ultramar português Amigo e convivente, no
mal, habituado a debates e a confrontos de ideias De Porto, como se disse atrás, com Basílio Teles, Sam-
opiniões claras, mas tolerante, para com os pontos de paio Bruno (cujo pai fora seu padrinho), veio a cola-
vista que divergiam dos seus, preocupava-se, sobre-
tudo, com o "lado humano" das ideias, numa expres- borar no jornal A Vanguarda, tratando aí temas
ultramarinos. Concluido o seu Curso Superior de
sâo que é sua Com6rci0, concorreu, em 1897, a carreira diplomática
José Pinto de Macedo nascera em Vila Nova de e consular Aprovado em segundo lugar na lista dos
Gaia, na freguesia de Santa Marinha, em I3 de Janeiro classificados, com altissimas classificações, não veio,
de 1876. ~ 6 o l v i d 0 muito
, novo na crise nacional que no entanto, a ser nomeado Publicara, em 1898, um
decorreu do Ultimatum, conviveu, no Porto e em Vila estudo sobre cooperat~vismo~~), a que se seguiu um
Nova de Gaia, com as figuras mals destacadas que outro sobre a "socialização do ensino"(f0),saindo, no
orientavam parte da opinião pública daquele tempo ano seguinte, um ensaio sobre o poderio da Ingla-
(Heliodoro Salgado, Alves da Veiga, Alexandre Braga,
Rodrigues de Freitas, Basílio Teles, Sampaio Bruno a
quem ficou profundamente ligado). Republicano, por-
(9) - O cooperurivismo, Biblioteca do Ideal Moderno, Lisboa, 1898
tanto, não hesitava, contudo, elogiar, sem rodeios,
quando lhe parecia justo, responsáveis monárquicos (10) - A sociulrzuçâo do emino, Biblioteca O Ideal Moderno. Lisboa,
tão significativos como, entre outros, Mouzinho de I898
, altura e a propósito da guerra anglo-boer,
t e ~ r a ( " )na como as autóctones, cuja participação social e humana,
e que Delfim Guimarães lhe encomendara Além de defende corajosamente e sem hesitações. De tudo isto, ,
repubbcano, José de Macedo ~ n h auma formação lhe ficava uma certeza. a colónia mergulhava numa
politica autonomlsta que mergulhava na tradição crise económica proiunda e que não merecia. José de
do regionalrsmo, muito vigorosa no norte do Pais e Macedo interpretou-a como provindo, em grande
que se manifestava, em Portugal, em correntes politi- parte, da má gestão dos recursos da província, depen-
cas e de pensamento, inteiramente diversas A que dente em todas as decisões do "Terreiro do Paço" Iis-
adoptara, estava próxima de Sampaio Bruno. Nestes boeta, a imagem do centralismo. Mas, noutro aspecto,
termos, o seu pensamento regionalista polarizava-se levava de Lisboa uma imagem da crise metropolitana
numa formação republicana federalista, defendendo que não coincidia com esta - política, de mentali-
além disso, uma aliança permanente, mas sempre dade, de confiança nacional, agravada em constantes
negociada, entre socialistas e republicanos, dentro da conflitos e confrontos A metropolitana, mais do que
corrente politica do socialismo possibilista e proudho- económica, era, sobretudo, uma crise moral. A colo-
nlano que defendia nial angolana mais lhe parecia uma crise de gestão, A
Para além destas atitudes insoflsmáveis na vida Perspectiva dramática dessas duas crises vividas pela
pública metropolitana, o seu dominante interesse pelos mesma Pessoa, de manifestações e efeitos tão diversos,
temas ultramarinos levou-o a apresentar à comissão embora pertencessem ao mesmo espaço político,
de leitura da Sociedade de Geografia de Lisboa, uma deram-lhe multo que pensar. Percebia bem as suas
memória sobre as riquezas ~010nlaisportuguesas, consequênclas políticas as duas regiões só podiam
tpndo-se imediatamente, a proposta d a sua coincidir respeitando-se, nas essência das suas diver-
publicação, como veio a suceder em 1901 (li' Pouco gências e no valor da sua unidade
depois, um grupo de angolanos decidiu levar a efeito a Na sua atitude pública José de Macedo não era só
em Luanda, de um jornal a 4Ue tinham um observador Era também um activisla pensara
dado O nome ~ignlficallvode Defesa de e 'On-
nos quadros médios da colónia e organizara um curso
"idaram José de Macedo para o dirigir Aceite o con- comercial, sob a égide da Associação Comercial de
vite, partiu para aquela cidade Luanda e onde foi professor Toma posição, no Jor-
nal A Defesa de Angola, quanto aos principais pro-
blemas com que a colónia se debate e lança, em 1903,
É com esta formação geral e especial que chega a um manifesto intitulado "Em defesa de Angolaw que
Angola Ai, viaja por todo o território, apesar da entusiasma a opinião pública"3i, Para
enorme dificuldade nas deslocaçÕes e toma conheci- do seu
interesse, para O estudo da problemática social ango-
mente das suas populações e dos Seus problemas, cOn- Iana, 0 manifesto termina lemb~ando, "em último
tacta com as ruas elites, tanto as da Europa recurso", O "remédio eficaz e valioso A descen/rallza-
fão e autonornra adrnrnrsiratlva de Angola". A so]u-
ção apresentada sete anos mais tarde em Lisboa,
í I I) O Poderro da Inglarerrn, Gulmaiães Editores, Lisboa, 1900
-
(12) -- n c IiarraT riqueza7 culon~ais Cal Congresso Colonial Nacio- (13) - Em defesa de Angola, manifesto dos negoaantes e agricultores
naI, memoria aprcsçntada por Lisboa, 1901 angolanos reclamando auxilio e protecçâo para Angola Porto, 1904
cita, como tais), na primeira parte do Iivro, ~a impresso,
tinha, assim, sido ventilada perante a opinião publica
de Angola, em 1903 Depois, logo a seguir. mobiliza,
ao mesmo tempo que fana justiça a lúcida Y I F ~ Opes-
de novo, as forgas vivas angolanas. para a luta contra soal de muitos resporisáveis monárquicos, exautclrava,
a realização de contratos de srrvipts em Angola. se coni dureza e ironia, as jncocrências d o chefe do
não estivessem gariintidas todas as condii;ões de governo, Teixeira de Sousa, assim como o escasso
remunera~iioe dc regresso para os trabalhadores con- alcance das medidas que propunha, face à gravidade
tratados Prncurava combater todas as pusslbilidades dos problemas colon~ais.nomeadamente os angola-
de tais contratos podetcm ter consequtncias de tipo nos Mais do que a limitação flagrante dri miiiistro,
esclavagista O manifesto qiie redigrii sobre essa ques- salienta-se a indiscutivel falta de visâo em que se vivia
tãoc14),em 1904, foi asçlriado pela maior parte das for- no "Terreiro do Paço" Ao mesmo tempo, não dei-
ças vivas de Luanda Iinporta referir estes factos para xava de chamar a atenção para a exigu~dadede recur-
salieritar a audiência que tlnha em Luanda o autor da sos que endurecia a tacanhez obstinada dos oblectivos
Arrfo~zrr>n?zade Angola e salientar assiq o signiflcadn Com isso, sofria a metrópole e sobretudo Angola,
hrst8rico que nGo pode deixar de se atribuir a este uma vez que as Iigações directas desta colónia com o
Iivro Por outro lado, dá igualniente a medida da sua mundo eram multo limitadas
forma de abordagem dos problemas de Angola, onde Numa primeira parte do livro, as opiniocs quc
julgava vir a passar o resto da sua vidal15) emitiu, os arguineritos que desenvolveu, o relato de
Professor e jornalrsta, tinha-se tornado uma figura aco~itecimentos do dra a dia que niencinria dão a
representativa da opinião pública angolana Quaiido medida da situação colonial nas vésperas da re~olução
veio para Portugal, em 1909, p o ~motnro de doença republicana Segue-se, agora, na segunda parte, a
grave de sua mulher e qrre viria a ser fatal, continou a abordagem dos meses imediatos a mudança do regime
irivcr, com intensidade, os problemas de Angola O É, a esse respeito, numa nova perspectiva, um teste-
livro de José de Macedo torna-se, assim, o ponto em munho não menos preckosu, digamos. 6nico Nele
que culmina a posição dc um Iiomem público portu- ecoam as vozes vivas da gente que se dedicou ao
guês, integrado nu mundo angolano, corn a referência desenvolviniento de um novo espaço e dão conta da
L
exigente à conclusán que, ein seu entender, era indis- sua situação ou, em imuitos casos, do desamparo que
pensável tirar para a "realização" de Angola. Quem o continuava A segunda parte do Iivro começa no capí-
poderia ouvir7 tulo V A anterior terminara com um pequeno comen-
tário, em corpo menor, onde se diz que se tinha verifi-
Importa salientar um outro aspecto significatitivo cado a proclamação da República A partir da página
que valoriza a importância do tesiemunho Escrito no 122, enquanto o texto, antes tedigido, se mantém, as
decurso na segunda metade de 1909, princípio de 1910 notas acrescentadas, assirn como o capítulo fina1
(ccirno se pode ver pelo nome de rnililstros que a texto "Angola e a Republica" são a revelação dramitica de
um repi~blicanoconhecedor do que dilem as progra-
--- mas governativos e a expressão da sua amargura, ao
(14) - C)$ coiirratos r { ( ? ~Jelrfr(oij c~ A~rgulo- Ao pa17 e à Sociedade
de Gcogralia -- Mariilesto da Grande Comissão dr Lriaridn Lisboa, compará-los com a irreversívcl realidade angolana c
I904 que ele tão bem conhecia no seu espírito perplexo,
(15) - Aiitononiia de Angula. pag 21 7
surge o imenso receio, que, para além de uma 11ngua-
JOSE DE NLAGEDO
DO M E S M O A U T O R :
EilITOR O AUTOR
(10) - Devo esta ini\>rrnat;5osobre o debate srn redor de unia rolliriia
j i ~ d , i i t deni Arigola do riieu tcllcga, o Pratctsoi Doutor João Mcdina, TYPOGRAPHIA LEIRIA-Rua da
a quem apresrnto o:, rneiic ligrddccimenioa Horta Secra. 66 i a Praça de
l u i z de Camões) - LISBOA
Opinião dominante solire a s colonlas,--Erros que convem dissipar -
Angola e a s u e faltri de garantias. - A culpa nào e apena\ dos
governos -0s capitaes nacionaes e a Companhia d a Lunda. -
Alienaçfio das co1onias.-Opiniao do sr, marnoco de Sousa e da
imprensa.-A divida colonial -Quem proclama a sua necessida-
de-Os t l r f i c i l i coloniaes -Resumo da nossa historia contem-
poranea.-h dtvrda nacional e o seu crescimento continuo.-Como
a historia se repete.
As
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coioiii:is
deric.i:l;
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scin cll:is I'oi
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iiioli v o
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tiigil ~iior.ici.i:i coiiio liti-
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'l'nes sào os tei.iiios iiivoci elites roili rl~ic
cert:ts iritIivitlti:~l~~l:iclcs o s :ilii.cct.iit;iiii
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os proprlos que iitzelii :I 111 I I I I P I ~ ::~i f i ~ - n ~ :Ik \[:i
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X5o se 1 qiie t:ie\ 1clci:is s5o :il)\oliitririicii-
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i s rltte se, d e facto, as coloiii:ih
sáo :i iuiiin fii1;iiiçcii.a tlzi iileli-ol~olc"i~llns
ri50 serão, de iilotio :ilgiiiii, o iiiotivo ri:i iio5s:i
existeiir-la ;~litoiioiiin hl:is coiuu n s itleiiii~roi.-
~wites defiiieiii uiii:i epoca, est:i c1li:ilitl:ide (ic prii-
sai. deíiriirh o esttido tlc. csl)il i l o t i o IIOSSO l ~ 1 1 1 -
po, e ~ nhiitiigiil, q u e vive ii:i iiilleçisào t1;i5 o l ~ i -
1116es, l ~ l l l l l ~\-:lc~ll(l~~t~t2
i ])C1 !el\:t
1 t' I :l"oIoill~s sùo :i i.ii1ii:i c1:i
111cl1-o~)olc:' I ' ~ I ( ~ u i.
c q u e cll;is h50 :i r:i~iicitln
iiossa eaisteiicia 1~olitica'7Eis o que lifio se con- cada iiistaiite, o iiiesrno erro, e se persevere,
segue co~iliecerse p~rgiintarrnosaos que, com insistentemente, na inesriia cega-rega, que s0 1150
liiodos senteiicio~os e solenes, apresentain ta1 causa indignaçáo porque o fruto dtim profiin-
opinião do desconliecimento das coiidições finaiiceiras,
Ainda iião lia iiiuito tenil~o que o atual politicas e economicas da i efeiaida proviiicia '!
presidente do coiisellio, o sr Teiseira de Souza, E' triste que teiiliamos de coiifessar que se
quari(lo coiiiia o aniiirgo p8o do ostracismo 110- esta creaiido nas nossas colonias uma situaqào
litico, proclaiiiavn soleiieineiite, coiivictainerite, bastante critica e que os sucessivos erros admi-
que Angola é o caiicro da melrol~ole e o sr. nrstrativos d:i iiietropole hào-de acarretar difi-
Espregiieir:i, eiii docuiiientos piiblicos oficiaes, culdades sobre d~ficuldades.
afiriilava c ~ u eunia das causas da nossa riiliia Não lia a menor duvida que a l~rovinciade
financeira er:iiii as coloiiins O que, coiicluein lo- Angola sofre uma crise profiinda. Mas I m t a
gicainente o sr. Freii-e d1Aiidracte no sei1 nota- observar a desorientada adi~iinisiraqãoque têni
vel reiatorio e o sr, Couceiro no seu d~elolivro, seguido os goveihiios, seiii ordein, sem regra e
logo se admitiria dediiti\ranieiite qiie Portugal seili principias salutares a iiisl~irh-los,1131-3se
seiii coloiiias seria iiiiia iiaqáo prospera e coin chegar A flagrante conclus:?.~de qiie o futuro
vida tlesafogatla, o que contraria, como se vê, deve ser :l rcproduyão do passado e qire a s
a opiiiiiio de cpe este ~jaiztenlia como ibazáod a medidas iiidispeiisaveis para qiie Angola sai:(
sua e?iistericia o seu poderio iiltramariiio. do esfado eiii qiie se encontra, nào terão de
I!ltimaii~eiite, jit cliefe do governo, riuiiin coii- iiascei*da mefropole, inas da prol)i.ia colotiia
feleiicia coiii u i i l joi-nalista, o sr. 'reiseira de senhora, jii, dos seus destiilos
Soiiza coiifessoii que, cl~i:indo ministro do ultra- Os portuguêses que viveni eiii Afr-ic:i, qiie
inar, coni o seu boni criterio adniiriistrntivo, lá traballiam, que Ia deixam o niellior da sria
conseguira a prosperldacte das co1oiii:is e qiie existencia e da sua saude, sáo tratntlos desde-
o deficit tle 3.000 coiitos, que encontrara ao ser iihosaii~ente],elos goveriios da iileliopole e a
~ionieadoiiiiiiistio, pela priiiieira vez, fora subs- sua actividade empecilhada por toílos os
titiiido por uni s:ildo positivo. meios em qiie 6 fertil a riiente dos que, nesta
Qiie se coiiclite disto? Que sc tivesse liavido regedoria saloia, dirigem :i classica iiaii do es-
I~oiiirriterio e honi senso, coriio o que o sr. tado.
Teixeri a rle SOLIZ:~ diz ter tido í~iiaiidomiiiistro Não Ilies é concedido o mais iiecessni.io e o
rias coloiiias, coiii certeza iiào tei-iaiii ellas sido mais iirgeiite dos direitos dos cidndàos. o de
o caiicro qiie siia esceleiicin se comprax eni gerirei11 os seiis riegocios locaes.
indicar cliianto vem n proposito Não Ilies é permitida a iridisperisavel reg:ilia
Ora c~uai~cto lionieiis com i.espoiisahilidade de se instruirem e aos seiis fillios ein Aiigol:~
tle govei-iio tèin a afirii~açõesdestn iiatiireza, yuasi iião lia escolas. Não teni, pelas ~~essiinas
quando algueiii fala coiii a autoridade de qiieni coiiclições higieiiicas ein qiie se eiicoiiti-i1 n
.jií foi oii t i iiiiiiistro, iiina lingrrageiii táo l>essiiiiista iiiaior p a ~ t edas terras :ifi.icaiins, o (lireito a
e tão infiiiidadn, qiic adiiiira qiie se repita, a vida : as febres e :ts doenqas palusli~es,qiie po-
deriaiii ser, erii giaaiide p:irtc, evitadas, ciixi iiiaiii q11e crcarait3 iiicl~isti.i:issein coiidicões de virta,
iiiriitos iiiilliares dos iiossos coiiiyatriotas. ~ersisteiiierii olx3s-se As i-eclalilaçóes tle Aiigol:i,
O direito ele coiiiiiiiicficão entre as divcr- coiitra-reclaina~ido1ini-a cliie 3s s i ~ a s11a11tas115o
sns ]>o\oiiqócsiião existe, porcjue liso lia ~incfio sejam inellioral-ias, ou para cliie sejaiii iiinis rili-
regula1 i~ieiiteorgaiiisada e os caliiiiilios ocasio- rnentadas as las:is jii de si nbsui.d;is
iiacs clns caravaiias cio geiitio siipreiii iiiri:i rede Além disso qiiaiido se recoiiliece :i iieces-
de estradas sid:icle de criar cliinlquer eiiiprez:i iiiil ~ : I n I :is
Nào lia o ciireito ao tra1)aIlio 11orqiic afog;iiii coloiiias, apni-ecein 6 certo, Ararios i n dr \?i tluos
as iiidustri:is iiasceiites cciii~ pes:itiissrii-ios iiii- preparando-se para obter logares rcnclosos, ç:iso
postos, csiiingniii o coiiiei-cio coni e ~ i ~ l ) a r a c o s ella se constitua coiii capitaes csli-aiigelros, iiins
fisc:ies, :iriicliirl;iiii a agi-iciiltiii.a, cltie poderia scr os capitaes ~~ortiigtiêses reti aei~i-se,e os iiossos
I - ~ ~ u I s ~co111 ~ I : alndas
I, dil~loril~itic:is,
co111o s u - cnpi t:ilistas iiáo :~i.l.~sc;iii~ iiIiia peci~ieiinpai cth-
cedeu coiii as coiivcnyões de Briixelas. Não lia Ia (10s seus rciidiii~eiitosoii dos seus heiis.
l)il)liolccns, 1150 lia iiiiiseLis, iiíio lia exposi~ões, N5o é tlescoiilieciiio tIe nliig;iicrn clue o SI-
iião lia e~ln1)eleciiiieiitosscieiitificns Julio de Vil1ieii:i teiitoii oi.gaiiisnr iiin:i con11):i-
l'oi. i i i i i latio iiiii:t pol>ulac;âo :~iiciosii de riliia para explorai- çoinei-cialli~eni e :i Litiiria
pi ogi esso ngitaiido os lirasos eiii freiilelites re- irias eiicoiitroli grandes tlificiiltlades eiii totia a
ç1:iiiin~óc~s(le jiistiqa, por outro eiii1)araços parte e o pi-ojecto iKio foi 1ev:irlo a f i i i i , al)cs:ii*
c*oiist:iiiies dos goyernus tle 1,isl)on 111-ejudicaii- do fi aiico apoio qiie Ilie c[ispcn\a~no sr 1 ei- r 7
viado seili estes dois iinyostos, q u e lhe tornam, te tis l~rnviiiriasiiltraniariiia\, d e i!)o.i, ti iiiipoJ-
sobretrido ein I,isboa e Porto, a vida tão cara e taiici:~d a s drspesos do i11trai~l:il-,real is;itl:is i)rl;i
tiio dificil ! Mas ainda Iia recursos d~ outra iia- iiieti-opole, paiS:i exliediqóes, ot)ras exti-aoi-diiia-
tureza mas agora proseguwernos, conscios de rias, etc , shiiieiite desde 1870-1871 n 1!1(F2-$10:$
de QLIE OS leitores rios trem aromyanliado com r lcvtt-se a 4X.LOO:~i39$4!XL rCis.
alcnqâo)). ((Por esles iiiotivos r i ~ o6 jiisto (1 iic, 1);~r;iL:
Temos, pois, q u e se entendia qiie esta trans- cíipit:iqão de tod:i a divid:i I I O ~ ~ L I ~ Lse I &C'OII-
~:I,
fererrcia se rtevei-ia fazer porque: 0,) a rnetropole sidere iiiiicatiiciite a pol,iilacão cio coiiliiieiitc. i i u
teiii sido sobrecarregada com os d~ficitscolo- Eiirol);~c illias ciu!jacerites, I íi[(i g l ~ i ~ iptrr*fr t l ~ tlr.
riiacs; b) qiie as coloriias não tem encargos es- (i'iniri,~,r . 0 1 1 ~ 0 s~ v:, f c a l t l .srei-
~ i r i ~ ) r r l r r r ( í rris ro-
peciaes; c) que as ccrloiiias iiiglêsas teiii ta~nbem loriiris, n qiie hrii 1)aixtii. iiot:i\leliiieii tc :is i elu-
:is siias dividas. qões iiidiradas. Se esse tot:il de (livid:i tbiic.ori-
Semelhttiite maiieira d e pensar e, por sua na- t i ado 331 532:188$7!19 rers, :if,;iternios :i iiiil~oi-taii-
tiiresa, falivcl e não resiste ao menor exame, cia de 48.200:639$492 reis, clislieiiditlo eoiii ns co-
scndo infantil na prupria relacionação dos nioti- lonias, iio ~)eriodode 1870-71 a 1$)(1L-I)O:l, seili Ic-
vos que levnriaiii o governo a fazer essa transfe- v;ir em rontn :is ciespes:is n i i lei-ioreqe oirfi~i.srlic.rci-
rencia. go.s, que por ~ l ! ( ~ ti111mi11 s s(>rtvrf~sf(>iitts. 21 i111-
Ern 1908, o sr Espregiieira, no n~enzurandurr~ porfatici:~ total de divida iizteriiti c extei-ria, divi-
que dirigiu aos j01-ilaes, riestneiitii-ido os boa.tos dida pela polii~laqãorto coiii iiieiite e illias ad~:i-
essiiriistas q u e Corriatli, contra Portugal, Iia ceiites, scru, por Iinl~ittiiite,ile 4S$X(iK r-6is.~
Europa , dizia tarnbein o se ai~ite:ccEni Portu- O si.. Espi-egiieir:~,liesta dcdiiqiio fiiiaiiceir:~,
4.
gal não ha divida colonial odos os ernliresti-
incis rerilisados para obras de caininho de ferro,
cliegou pois, çorii pequeiin ciitci e iiç:i, hs ii~eslii;ih
concliisões qiie o aiitjgo 01.g1o I I : ~ c ~ u I I ~ ~ Iqiie S~:~,
lias yrovinriris riltrainarinas estão a cargo da eliconli-o11 iielle iiiii tliscilliilo slliei itlo ir:^<)
inetrcipole. O i~nmiiial,os j~i1.o~ r a atiiorlisação inuiido fic:tr s:iliciido qiie iiiila gi:iiide r:iiisit tia
nossa rnitia iiin dos rnotivos c10 iiosso mal es- 1902 for:iiii iin iiiil)ortaiic.i:i ttrl:il de X 354 coii-
tar é esse pesado, onermo, eiicnrgo das colo- tos. (:o~iio, j)ol-&tli, 110s t111iicts d e 181i9, 1870,
nias. 1875, 1876 e 1881 Iioiive s:rldos l,ositi\rt~s tfe
Neste caso, por çoilseguiiite, a conclusão a cerca de 1:OOO coiitos, teiiios qiie o tl(bficslipi-o-
iirav r que o sisteiiia até agora seguido iião vavel foi de '7.300coiitos, o rjiie coriesl)oiiclc o
pode coiitínuar. Eiitao as colonins, essa saiigue- iiiiia media riiiual de 150 coiitos dc i eis.
sirgi iiifti~ne, essa harpia ii~saciavel,qiie taiita Bastaria esta siiigela e elnc~iieiiteafii*iii;i~fio
geiite wpoiita colno a nossa salvaçfio nacional; ])";i iicur seiii I~asea nrgiiiiie~itaç:lcl ca1)cios:i
~01110, iiiais, a iriiica razão de ser da nossa esis- de que se tiram coiicliisóes ttio errados. (:eiiIo
teiicia uubiiorila e livre s30, afinal, os tropeqos e çiiicoeiita coiilos de réis ~)oi'aiiiio, SU.~HIO'I
qiie iios iião deixaiii carniiiliar para iimu vida a cletluçóes eiil qiie entrareriios, qiiaiicto cipc-
ii~oisregular, sol) o poiito de visla fiiiaiiceiro? çiafiiieiite iios ocupariiios iitis despe;l;is ctra 1111-
E çniiclue, iiziluralmenfe, o esyiimito tlesl)re- gola, P iiada eiii coii-il~araqiiocoiii o qiie se 111 c-
veiiido do patriotn, do çontribtiiiite, que a so- teiitle ntril)iiii' ao iniiiotauro coloiiial. 1:' coii\ r -
liiqfio esth tia nliena@ío desses misera~rets))oca- ~ I , 110s I-CCOI'CI~I~IOS0;t ilos\;~
~iieiite, ~ J O I - &c~iie
dos tfc ternt qiie rios atrofiam, qiie nos esiiia- Iiisloria coiiteiiipoi aiiea, pai-a que se liqric i5:i-
g""'. lieiido eiii que 6 que as coloriias ti.111 1)i'clu-
A soluqão, por&iii, q iie eiicoiilr:~arluele qiie dicaclo a i~~etropole, ein [pie tciii ell:is csol:il)o-
cleteii~:i siia atenqào sohre esses assiiiitos, i.ntlo iia riiina fiiiaiiçeira do 1):u;/. c u n ( ~ i i c
i. :I qtie se iiiipóe pela propria logira dos racio- iiiisera siliiacfio ellas se t O i i i eiicoiili-arlo, \ciii-
ciiiios ; essa soluqfio é a autoiioiiliti. pi-e eiltregiies ao iiiais coiiipleto :il~:iiitloiio,çoii-
Olijectar-se-8 que as colonias ritio teri] reciir- tando coni os iveciirsol;lii~ol~rios t' coiist;iiilcx-
sos ~>:ti*a viver aii toiiomaiiieiite, e (pie pre- iiieiite exl)lol-:itfns ii:i su:i seiva, pois ]lei-iii:iiic'iilc5
cis:ini, iiriicia, de ttitela. hlas iieste caso niida- sai1 si'i:is :ios seus reditos e á siia ecotioi1ii:i
inos 116s iiioveiido-lios neste circulo \?icioso, de kteiideiido*se ao estado (Ir : i i i I o ~ oc111
que iiiio p o d e r e i ~ ~ osair
s : ris coloiiias seiii a riie- que tiido se eiicoiiti.ii, rel)rii~:iiidoiios oi qtiiiicii-
iropole inori-eiSáo,e, por siia Irei.,, ri riieti-opole tos coloiiiaes, coiifroiittiiido us iiiesqiiiiilias ci--
serii coIoiiias iiiorreri taiiiberii ])as coin cjiie leiii sido clot;t(lns, eiiti cgirr.s, isola-
Porcrn, iia proprin espress5o do povo, o ct:is, :i si prolirias, eiii aiiiios rlc siicessi\ :is i - i I -
(lial)o iião k tHo feio coiiio o piiitii o espirito, ses coiiieiqciacs e agricolas, c.oiiili:ii.:iii tlo clel~oi.;
;iliAs prlizeiiteiro, do illuslre arilor das D e ~ p o e s ~ . ~ todo o SCLI atraso coiii os s:icrilicio~ cliic Ilicq
Ynhliccrs teiii sitio c\igitlos, eloyiiciiteiiicii te uoiic 1 iii-
l'anios ti desfiar essa riieatla, c. se este livro tnos q u e leiii sirlo, tle tacto, o iii:iioi clcslci\o
iiver algiiin leitor, no fitii iiie dir6 se ;i atito- '1"' teiii 0i.iciil:tcto tis :idiiililisll.:i~«cs lllli u1ii:i-
rioinia P, oii 1150, :t iinicti soliição salvadora ri1l:~s.
J h iio seu relatorio tle 1002, si.. l'eiseira de Ha iiu iiossa 11ist0ri:l 1111111 CI)OÇ;I (Ic exl):ii~\")
Soiizti ~>ul)lira\~:i a tiota d:is reçeilas e rtespezus iiititeriul e\ii.aoi*diiiai.i;i, cliic çciiiieyoti coiii o
e por cllas se ~6 que 0 5 Oc$cits $tlestle 1852 a ndveiilo jcgeiici.:i~No, ciii 1852, ;i ( l l l r '01'-
(I
rc>pr,iideu um pasni oso niiiiicii to riris clespexas embriagavamos com a ~ngancisav i s ã o dc q u e
1~~1l)Iic:is. rrainns urn pai2 e s s e n c ~ a l ~ n e n agr t e ]cola?
Foi i i i i z ciclirio de grandc-sas quc se apossciii Havia, cornu i. sabido, dois meios fareis d e
(10s iiassos yolitiços rliie, lia e x ~ ) r c s s " à ~ l o t l ~ i e r i - vida, era o ernpr~stirrio~ i e r i o d i c ue, aI)vsar de
ir de (iueri'a .Iiiiiqiieiro, cliiel iarri i egar o paiz t i d o , a holsa d v criritribiiirile ainda Iiavia d e
curii liljras nfiin dc sul-gii. i i t r i Poi.ttigal i ~ o ~ equi-~o, chegar para alguma falha, E' uni lagar roinlirn,
t.;ilcii te ~10sO L ITOS ~ paizrs ciiroyciis, e erii egticics mas nunc:t 6 d e mais repeti-10.
çoiirliçòes d e progi-esso. O periorlo d e expansão economrca ia r-orne-
iil)cn'i\s Ila\fia da iiossa p a ~ - t edificiildades qar, v ~ i i d ojuntar as causas tlc novas ri-isw,
mais tortrs a vencer, porcliic., r x a i i s l o s por per- novas perturhaqfies r h ~ ? o \ ~ oa s c l o s da hamhoclia-
iliaiien tes tiesliaralos. qiie priricilialmcntc vililsam ta polilica, porque o reinado da pedantocr;rçiii.
tlestle as coiic~ii~stas as iirvasóes fi'aiicCsas, se como o definiu Tcolilo Braga, ia acoiiipwnhar
j)roloii*\,:~~n pelo pcriodn iirt'risto tla dol~iii~ti- esta twolucsn niaicr ia], c o i.~s~~onrlenclci
~ a umia
ylio iiigIi'x~,eiii clue 110s tiiilln loiic:icl,n o :i)ia~ido- dcsorieritaqào govcrnaliva, c1cscirieni:icào tal
iio vrrgoiihosv tio regelite, esteiiderido-sr, nliina qiie procurava no vaslo das foi-miilas bombesti-
iiic.ess;tiite carreiia, desde :i revoliicão de 1820, ras, d e peqas oralor-ias hein base, tle rclali>rius
aiiida por esse iiielu scrulu fdrn, coiii girPi.i:is srrn nriqiiiâli~latlv,os funriamenlos para as SU;IÇ
c i ~ i s ,;is siicessiviis yei.tiii~I~a~riec revoluciona- leis, asdm como n a i 1 ~ s o r i ~ i i t a ~da ; i ali(ei.attii-,-i
J iiis, cle lSi:IIj, 18-(íi, e , pai- iiltiii~o,18.51, i-eiila-
ultra-romuntlca, ainda 111;iiS c.viciriiciada ria tor-
iniitlo, cpi:isi cxiiiiglic, corn {r prctloiiiitirtr dc Fotr-
s t c ; ~cte McigallirTr\, cliie piinl~;i, tariihem, cni exe- pe imoralidade do elogio n ~ u t i i o ,a gei ay;ir) Iiie-
rar-ia cristrilisni~, e s l c r ~ l i n e n t ~ ,
riuin:i viclii scrri
r.ii<.5ci o pl:liio d e l e t ~ r i o (!:i ~iibrirtltiinqiiorlas
r.uiiscjr.~ici:is. ideal estetico ( ')
A regeiiei-ncàci enconirou iiiiia situãcào Nuin rmportanIlssiinn [I-ahall-io,digtio d e 1r.r-se
I~nsl:itiie dificil riu" tentori 1icjiiid;ii- e Iir~iiiilou, e d e mcdi tar-se, A r j r i ~ s f f i cfiçrc~l
i r Lrs Jinnnqas par*-
--)>riiiOCI mal, i ~ à oC para t1gui.a cliscii tir,- -111as tuyuêsos, (?o sr Anselino Vieira, uiii dos e\liir i-
eiit~-oiieI'ccli\?aii~eiiteiiiriij cçt;kdo !iiiniiceii o nor- Ios mais c.\iltcis tl:i rnodcriia gci-ação portiig1i0-
111;i 1. sa, cieçcreve-se, com a mais desassoinbr:ida liia-
(;C)IIIC'L'OII R epoca tle foiiie~ito,B toa, sem se meza, toda eski rniseravel vida de ficcòes e de
pensar 110 {rituro, numa :ai~ci;l f o ~ * l i ~ ~ i l ~: ~i ~e- e l embustes. ctcsrlc 18.51 a 1903.
lii.r>gt-esso,i i i i l i i 11-~iiiriiteriesqci de jazer ~ l Por- c Principalmrnte o s capitrilos rogimen do9
tiig:tI i i i i i iiiodelti eiil coiif~-ciii to roiii os orr tros d ~ f i c r / s e O abuso d o credifo. rcft)rerri-sr so-
I'"i7,t'S hretucIo a o assiiiiio q u e estanlos Iratai~do
Conlo iiaviaiiios de so1vt.i os ciirzirgo:, (pie Da mesma forma o extinto clit.!e d o ~ i a r t l d o
s I I I I I ~ C 111 ~ odiiziani,
: ~ c çniiio liair~a- regenrrador, Hintze Ftlhitiro, que c apcinlaclo,
iiiris c l t 3 ri-e:ii- i cceit:ib. se o 1 ) : i i ~ ~ikr,tiiilia :igii- por qWrn conví\lia com i~llr,iomo iirn rnrlic-u-
c'iiltiii.:t, pois cjiie as 1vilt;i tivtts d e hfoii.sitilio fa- ----
liiiri t i i i i c 1150 tjiil~niiiosiiitlricli.ias, ~ i ocil i i c L iioi. ( 1 I r - 4v d ~ r I I r I I I r I ? '.o-
1 umi
IOSO,quer nas siias aiirriiacfies, quer nos elemeritos poi'que elles esclarerem, com muila verdade,
d e qiie l i i n ~ a v uiiiao para argunientnr, tendo, com muita lucidez e com muila çiiiceridade,
pela contissào tliim seu rorrrligi oriarin, o si.. a serie de erros acumulaclos, e que a revoliição
Cristovão Aires, um ri~eiotlo de tral~alho cliie do Porto náo fez rnais que precipitar. No livro
o levava a çoiiclitsões seguras, embora, corno do si- Anseliiio dlAiidracle,--o mrriistro das fiiiari-
iiluito heiii afirrnoii Teixeira Rastos, nào P X ~ O - qas na efectiviílade-Portu@ econornico toda a
zesse. por receio, tudar as conseqiieiicias das pre- gente que estude estes assuntos enconlrará oti-
missas, disse no seu trabalho sobre a divida iiios e autoi.isados rleniei-itos de plciia elucicla-
portiigiiêsa, roni toda a precisiio, as causas da ção, demonstiando-se que no aumento das des-
desçraçncla aitiitiçào fiiiaiireirii tainbem tisseada pezas publicas tein o nosso paiz, eiitl e todos os
n a falia de ordem, de regulari(iac1e e dc honesti- oiitros, a palma da gloi-ia c lia obra do s r A
dade ria ndministi-acào puhlica. Fuschini, O p r ~ s ~ n iPe o futuro de Portugcrl, o
AlntIu iium relatorio apresentaclo pelo sr. Res- leitor cui-insu poderá obter, çnrn verdatlr., a se-
s:irio Cai.cia 5s cortes, ern 1897, faz-se uma de- rie de erros q u e arrastoii o paiz a situacào
tida aiialise a gcrençia antecedente, reçaltando atiial.
de toda a argumentacão qiie tem havido inuita Por lodos os dados foi-iiecidus se coiiclric
falla de criterio e muita irnprevi(iencia qiie os erros se acuinu1av:tiir siic.cssiv:iiiiciiIc
E' esparitosa a progressào das despezas pii-
E é do dorninio cle todos qiic iini exlinlo blicas (I. os sucessivos c!o/i<*c(s orcainciillteu
p:ii.lnmenl:ir e estadista, Jose Dras Ferreira. n ã o in'iicliain, coiiici i i i i i iii:iiiIo ([c c.liii~iil)o.sol))tb o
teve pejo em afirmar. iihliçamente, q u e o paiz I>;UL, s~ifoc.ariclo-o 5ob o seii pe\o i t i lolci.:i-
iião te111 sido governa ! c o com honestitladc, cm- \ el.
pregando mesino, uma frase hastaii te aspera Assi 111,scgitiido u leslciiiii iilio tle vai ios i i i r rirs-
que, muilissiiiias vezes, !c r epctida pelos Joiqnaes Iros de ftizeiitl;i, lios w i i \ i-cluto1 ios c\ciii:i-
anti-monar qiiicos, e qlie nós aqui não escreve- dos tis cairiaras, os dc/icilq dcscte 1852 a IfJ03 To-
mos, poi a acliarrnos bastante cruel, ernhora rani na impor-tiiiicia dc 31 -1 198 contos de J eis,
Emrg1110 Navarl-o, pela mesma epoca, a çorto- a qiic o si. Esj)reg.uciia jri c~afrulai-:i rio s e ~ i
borasse coni a siin ciicrgin 1ial)itiial livro, tlin 18!)4, a iiicdia :i~itial de 1 000 roii-
Dernais a proclamacão dc vida nova, por Lo- 104, e, O SI 1 ' 1 ~ ~ ~eiil ~ ~ 1t; ~
1 ~1899, , çoiilo\
287
d o s O S ~ I . U I I O S ~ I O ~ ~ ~ I C 6' OaS ,confissão implicita Coiii taes viiçai gos, iiirig~ic'ni reparava, lal
de qiie a vida vellia nào teni qucri-i a apore, cr;i :I cegiieii :i, q u e cariiiiilin\ aiiios pai a a tiioi -
coino nào (levei ia ter qitem a seguisse te. loiiciimcritc. A'rjiicles sircessivos d r ~ / r c11's ianios
Foi assiiii q iie sucessivas crises estalaram ocorrciltlo, coiiio e sabido,- coiiio ,I& di\sfh, corii
sendo a ultima, a d e 1891, a mais g p v e , a que o iiiil)oslo alieriiado cc)iii o eiiipi-cstiiiio, r chC-
dois escrilores iIiistres, o extinto Scixeira Bas- g;iiiios a esta 11-isle silua<ào (te tcrinos iiii1:i di-
tos iia sira Crisc e o s r Dr. Silva,Cordeiro, no vida ptililicn de iiiais dc. SOO i i i i l coiitos, cboiii~ i i i l
sei1 primoroso l i v i s o A C J ' I S ~ern seus ~ , s p e ç i ~mo- ~s C I I C ~ Y ~ gci-:iI
O ( I c cberc:i dc 'L2 inil coiitos cni
I (r('$, (Ic(~Ic';II A I I I ( ~ s l i i ( I c
~ l\ i ~ i ~ o(!C'
s ponderacio, 1'309 Quer clizclr* csln cliiuli Ira ~ s j > a i r l o s; 1~) 3. 6 ( ~ - -
ile coiivoi-dar-se ( 1 1 1 ~I'o~iio\
~ 1it~lilas(I(> :icIii~iiiis-
\e clllasi 35 l b / l l dos iiossos i enctinicntas, te11-
d o viiido nuiil i,icsceiiilo tiiaiictito pois eiri tr:ic;Ocs tlesoiiest:~~. AIi.iii clisso, ioiii tues ocoi.iseii-
1828 ( lesleiiiiiiilio tle Sil\7cii-:i Yiiilo) ci-a na irn- ci:is, niinça ~iorfei.iaiiiospi-ogreelii., porqiie teste-
i,oi.t;iiici:i 39 niil coiilocl o tot;il d:r tii\iidn liacio- ~iiiiiiliosiiisiispeitos afii iiiaiir qiie o que se gas-
;ia1 ( I ) tori em rnelhoraineiitos, liti inetroj~ole,1)ropri:i-
Niiiiias cri c~ii1islaiici:isilcslas, tciido :ilj~isado iiieiite rel)i.eseii ta uma pec1ueii;i ~):ii.cel:i elo s:i-
c l c Lodos os fiiceis exl~eclieiitcs,iiào pode deix:ir crificio e\igiricl :ios coiitri1)iiiiites
Se ISSO foi :issiiii, as cololiias tlcvci-áo ter :i
sti:l (1i10t:i p;ii*tr, iios ciicai-#os loiicameii te cs-
l)ai!ludos'?
Nesta violeiiio ci-isc qiie resiiltou de erro\ so-
1)i.e erros, e (pie, eiii gi.:iiide ~):ii*te,se teiii i.eHe-
t i d o lias coloiii:is, c.,i~l)oi-aagravada çoiii oiitras
çaiisas, acaso teeiil rlIas coiiçoi~ritlocoin a ine-
iioi ri-cela de i.esljoiisal)iliclnde?
li' coiisolarloi P j11sfo ~ o ~ i f e s s : iqiie
~ , :I$ po-
~ I es
J coloi~lrise111 iiad:i teiii coiicori ido 1):ti :I se-
iiielliaiites i-csiilt:idos, ii:io si) porqiie iiào iiitcr-
v1(11';i111 lios a(~o~~fec~iiieiifos qiie 111-oclii~ii.aiii t.st:i
grave sitriacao rnetrol)olitalia, como tarnbem
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([,I t i l \ l l l ' , l l l l t 111'1, > < n l t \ <1\.-10
, 1 l ~ > l i l l ~ l i *I nem mesmo tein tomado ri iiiciior j)ni-te 1i:i \ii:i
t 111 t l l l l l l ) \ i11 t ' / , ' ' I , , ( I i l l > .11111~ IOIO)< l l b
prol)i adniiiiistiaqão.
1 '"o I>< I p i tu<, : ' i 4 IIIHI
4 ";,, , I I I I ~ I II I \ ~ \ I I (11 1800 1 il-l A11eii:is teiri ellas vivido 1):ii-ii pagar e para
4 . :',, tlc IXIIX i*IKXii 14 i l b sofier as coiiscc~iieiic-rnsd e todos os desvarios,
1 oL.il (1.1 ( l i \ 1t1.1 I I I I ~1 11.1 271) 2 :I1 sei v~iidode bode esl)iatoi-io 1101s tlestlc teiiipos
passaclos, *já coiii D ,080 111, era sobi-e ellas
qrie se laiica\rarn as crilpas dos desperdicros loii-
co\ que lia iiiuito, carntei-isn :i iiossn :idiiiiiiis-
tr;tquo iilter11:i e, - coi~ion I~istoi~ra se i-rlicte I-
o i ci Piet?«so. coiiio iio \eii I-elatoiio o si- 1%-
111 egiieira, d i ~ i aaos qiie reçlaiii;i~~aiii ii:is c01tes
dc Evoi-:i colili*:i :i i i i n rl~sli.ilriiic,iodo tiii~iosto.
cI;is aixas qire o iiiío j)o(li:i iiiellioi ai., e iiitiito
nicnos nl~)lii., tlc\,rdo lis t1esj)e~iist l o iiiipei-io
orieiit:il 1
E o que C iiileiesi5:iiile L. qitc iio :iiiiio de
1888 enn ~ L I Ço dt~Jicmrf a t i i i g ~a ~sorna colossal dc.
( 1) çoiiloa
<).(i()~ ati.it)llia-o o iiiiiiistro da fitreiida
de p~ii:ío (M.de C.:rrv:dlio) &s íles!>e~ascolo-
iiiaes ClLIe tiiiliuiii tido o ( i ~ f i < . iiiiesqiiiiilio l de
872 col~tosçlijeifos a rec.tific;icões, eni íliie fica
Iinstaii te reduz~do.
Aléiii disto o si. Espi cglieiric iil~oiltnas des-
p e m ~feitcts com o iiltrniiiai. eiii 48 inil coiilos,
iiesde 1870 :I 1902 Mas 6 para iidinirai- qiie seii-
d o elle iiin fiiiniiceiro distiiito, c teiido h liiáo
elerneiitos de coiiti-aprova, iiào i-eqnrassc cpie
iie,sses 48 i i i i l çoiitos, estáo iricliiidas as despe- O qut3 dlzem a l g u n s homens publicos relativamente 6s despezas
zas qiie vieraii~ja orçanieiitadns desde essa epo- colonises --Faltas cornetfdas n o ultramar.-Carencla d e elemen-
ca, e (["e 1A veria varias rii1)riças qiie iião d a - tos de trabalho.-O que dizla D. Job6 I. - A s colonias nao s i o
~ s i i ia i-iieiioi. dtivid:i Se siia IIx *' iiáo tr\,esse culpadas dos seus r(rfici1; - Contradições em Incorreu um mi-
n i s t r o e publlcista.
sido 1xecipitado, o11 1150 iiecessitnsse tirar efcilo
clesses 1111 iiieros, logo reliar:irin que essas <(iiii-
portanuaspagas peIo coti-e d o i-eiilo pnr-tr rírs-
p e r u s do i t l t i * c i r i i r r i . , i.ett1i~rrtlri.s nu ~ric~lropole- vr:i iin -
1150 sigiiificaiii, sti por ISSO,oiiiis ~itii-ao tcsoti-
i o ii~etrol>olit:iiio,pois foi-ai11 Iicliiidadns, c111
H otciiil)o (1:)s coiicliiist:is tittlo
Iicciliiliicle, Ii;iise,a de aeiilitiieiitos c ~ii-ofiiii-
dii dcgeiicresceiicia nioi al utii.:itlo, iio eii - ci-n
cliiiiiif o
e\ei.cirios sucessivo(;. Mas estou eu a cilsiii:~i' c) xiii-i-o, p:ii-ti a s teri.:is que cainrii sol) o iiosso
l'atll-e Nosso ;\o ladiiio vigario 1 tioiiiiiiio, e se l i o i i ~ e 1nii1t:i :~f>i~egacHo, iiiiiifo
Se iião teinesse cair iio ridiculo de ~ireteii- s:aci.ificio e ~ i i i it:ii eleviicfio, tnnibeiii Iiori \,e
iiei* d a i Iii.6es :i rliieiii i' iiiestrc esporia o cliie tiiuito criiiie lev:irlo, fi.iaiiiente, a firn, a poiito
sig,rriificna verlla t3u iiitleiiisa~ào(10 l i.il)riiial :ir- diiiii iiot:ivel esci*itor poi-:iigtiès, Hrriiio, z i f i i -
I)itral de Hei tic, quc eiitregoii no g o ~ ~ e r i ioo itiai. (lYof(rs 110 hh'ilio) qiie cotisidern esta de-
c:iiiiinlio de ferro de 1,oiireiiqo Mal qiies c cie gi.ii(l:iqão e col~arrliac.olecti\ra a cjire o ])ovo por-
q u e taiitos beiieficios tem usiifriiido :~cliielacid:i- tiigirbs thegoii çoino iiiiin especie de exl)i:icào
tle e n proviiicia, o qiie é esse estii~)eiiclo111:riio Iiisloricu.
cio caiiiiiilio de ferro de S\~azil:iiidia,q u e ser- Sào 6 , positiviiiiieiiie, este o iiiotivo da tlc-
viir par;' co~iti.ni~. I I ~ I Iem~xestiiiiocle :; 000 coii- c:iclericin c.iviç:i dti iii~cioiialidnde,ni:is elle i e;il-
elo q u e (li/: o si.. 'i'ci\cii.:i dc So~ixa, (a tmi to que, iiu sii:i Iiediniitle~, Potic :ipa-
ciistoii R: / çoiitos
e (jLie2& rccei , i11in-i iiioiiieiito de pessiiiiisiiio, çoii~o11111
M:is vailios ao cjitc segue. niiteritico tiiitecbederite.
.iii rapid:~ii~ei~te, iiotitro tl~~~l):ill~os o l ) i ~:IS
coloiiias ( ') esl~oceio ~ L I foi C este desi.cgraiiieiito,
est:i eilibi i:igiie~, estti i.cl)tigii;iiile :iiicietl:i(~c ( ] c
( ,
l i\ JI(I\\II\ ~ I ~ I I I I ~ : (I ~I *I / ~ I I ~ 7~ (( ~lI r i t ~ ~ ~ d ~ ~ ~ ~ i o ~
l ~ i c r oq ~ i econsprircou e, e111 a. oraride parte, em- instituiqao execravel, riias a que 01. Mai-tins alii-
~ ) a ~ i o;i i ~
iiosst~liis toibia denomrriada dc glorias, hue todo o progiesso das fnzcndas bras~lriras,qirc
riias acentlienios qtic quando os povos S L I ~ J U - a falta de braços podia reduzir h ruiria Sb 1';ira
gados pediniii justiqa jairiais erani ouviclos, a isto servia esta miseravel terra, a ponto de, pe-
iionto duni fidalgo dcsiileiitado (conta-o o si las estatisticas aiitigas, se verificar que rieiihurri
Aircs Ornelas 11a sua coiifereiicia sobre MOLL- otitro comercio se clcseiivolvia, porque a veiida
siiiho d'Albuquerque) cxpi-obrar, em ancias, do preto compensava todas as fadigas e, ate,
que "a 1ndi:i se v$ de muilo longe e se oiive todos os perigos
inuito tarde)) Quando se ouve Era t ~ i d oa ambiyão, o lucrti, a verialiria-
O cluc o fidalgo disse ç o t n respeito á de, e os felizes governa(lores, com pequenos
Iiidia, 11odi:i qrialquer nutro dizer coiii relaçào 01-(leriados, porem, seni esci-iipiilos, retiirivniii-
ao Rrazil, a .\iigola e a Mociiiribiqiie e a fodns tis se com foi*t~iiias colossaes. A vidu era eiiclici,
osse sessões ençlier as algibeii:is, e os ~ ~ r o ~ ~ r i o ~ i i o i i i t
E o si.. .li1110cle Villiena, qiiaiido ininislrcr dc ncoiiselliavam o pec~ilatoe a coiiciissão.
nlariiiha, cscreve~iq u e (I em tres periodos se po- Nào ha i1 iiigiiciii qtie iiiio coiilieca estes fa-
d e divi(1ii :i iiossa ridniinistracáo cdloiiial. ctos, se tiver lido algo tia historia patria, ~>oi-clue
((No prinieiro pe~'iodo inetemos latiças em (liiasi totlos, os iiiodt.i.iios c. ris aiitigos, os iiiii -
Africa. Esse pei-iocio deixou-lios fortes desniarite- 1'3111,seii(10 1 eofilo l$r:ig;i, iio scii Cn~i~òcj.\, tliiiiia
]:idos, i-pslos veneraiidos de aiitigos residios os, cliiresa e diiiii:i verd:ide tfio docirn~cntndn cltic. 1150
~oii\~eiitos ciii rriiiias, leridas cle regiões de 0pliir deixa a iiieiior duvida. ( 1 )
em CILIC O oiro se iiiesclavn As :i]-elas eiii fiiias Mas iios ultiiiios Icmpos ti4 ~'ois:is1)011c0 teiii
yallietas, oii luzia entre pedras rm Liarras e iiiellioratIo 'l'ciii 1i:ivido :il~iso.st i o gi-:ives (lite
iii:i ticaes. os ministros da ni:irinlia çoiif'essniii cliie sO teiii
((Foi o 1)ci-iodo cln coiiqiiista, d a espada e tla ficado iiii1)tiiies 1101 que os c8r irniiiosos tiùo Lriii
cruz, dti aventura ca\~:ilheirescae fidalga, clo fei- al~a~*cci(lc) :i 1)i.e~ t:ir coiit:is oii porcllie, qiiaiitlo
tio autlncioso, neiii seiiipi-e digno d o poeriiu rpi- se notiiiii iis tialides, j:t os fiiiic.ioiiai.ios :i ti~igi-
co, 1101 que ~ i i i oI-cilacrsoezti~~ I I C O ~ I ' I C«I ~ r u e l d i l d ~ . dos 1150 potfchiii.sei' : ~ I c ; ~ I ~ c ; ~ c ~ l)e4;i os ~r~htiç:i
rr e.rtor-süo tr rapi17(1» (1-eg. u1tr:im:ii-inn-t8N- O 1)r01)11osi. 1 eixeii-n de Soris:i, iio sei1 rc- 7 7
n:is algu~isin~iiisii~os iiiais pess~iiiistuscitic iory;iiii ~ e r g e i ~ ccie i a pensar, qunsi, até, os iiiesiiios lei-
:i iioia, t: i i i i i piii'o eiig:iiio. Bai.1-os ( ; o i ~ ~ eeni s, 1iio5 para qiie :I logica náo ftillie.
1888, íiei;ci.e~,e,n t<; Ilistoi.r:iiicio, o est:iílo de dcs- SO eii) cei tos j)oiitos tiivei-geiiOS ~ ) I - I I I ~ I ~ ) Ie1O11R
i cgriu~wnto ciii que tiitlo existi:i N o i.el;iloi io (fite (leveria asseiit:ti' u11i:i i'eforiirn coloiiial. Os
(lu' apreseiitava oc riiotivos da reíoi li):\ dos sci- çlaiiiores da parte da iiretropole deviaril, poi 1%-
wyos fazeiitlai-10stio i i l traii~aiciii l (i de jziilcii o so, sei' 01-ientados i i u i i i seiitrdo iiioralisacior, iii:ts
(Ie 1888 e\j)licav:i elle ao i-ri c :io IiaiL: «h('- iiifeli~iiieiite,eiii velz de se evitai-eni os esctiri-
iilioi.: L1111 iiilg~isto preciirso~ (le yoss:i Niiges- dalos e as extol-sões tão iieliiieiite retratados por
tade-El-ltei 1) .Iost;, disigiiido-se eiir 18 de iio- ináos eaperiei~tes,pensava-se yite era I I ~ C P S S 10 ~I
vei~ihrode I í ( i l , pai- cai-ln regiti n Aiitoiiio de evitar- os al~lisos dos :idriiiiiistradosl Era iiiiia
Vasco~icelos,y ~ i ceiitio er:i goveriiactoi, e calli- f o r ~ i ~eiiipii-icn
a tle resolver o px-ol)leiil:i, r o
tào geiiernl cle Aiigola, aceiitii;i\.n jti iiessa ejlocti miiiisterio de 1)lns Fel-reira, e111 18W, le\.ado
a iii<lispe~isaveliieçessidade de prontas provi- pelo espírito cie ecoriornra que o dotiiiiioii, or-
clençias ]):ira que 110 ~nesiiioi-eiiio tle AiigoJ;i sc deiiava aos go\reriindores do ultramar c~iiese
fo~iiasseiii:IS çoiif;~snos ~iliiioxaiifeb e fertures 1160 fizesseiii setião despesas o al)soliitainei~tei i i i -
cln i-e:il fajíciicl:~,i*cceiise:iiido-sc (levictuiiieiitc tis j~reteriveis,),c( cluaesyuei- que sejaiii as rnsUes de
i.eceilas c tlcspez:is, re:\lisaiido-se os ilec.essai.ios cotiveniencin cjiie a s teiiliarii rletertiiiiiado», por-
:!iiistnii~ciit o ciii pei'iorlos 1i.ieiines e pi-octideli- que, dizia o iiiesiilo dociiineiito, (10estado geral
- financeiro do paiz, de ciija gr:ividade foi.c;oso
1 ,:r i t t l i r i i i ~ i s t i n i i < Iiir,iitcc
i Ii I I I ~I P P I , ~ I ~ ~ I P I ~ «
ira i ~ l l ~ . i r n i~ ~i i i c~
L I ~ I I'J OKPIII~IPI
I I U f i f ~ Cr ( r ~ f i ( l i f t i ( ~I ~ Sr ~ ~ r l O
r sU ~ (IIII(-II~<I
I dr 1W7-I#.? (pie todos nos roiiipeiieti.eiiios, iiierece ao go-
verno particiilai- ;itciiq;io, coriseguindo-se o equi- dos, i i ~ a sas 1oiig;is liesilaqóes eiii se t[esciiil)e-
lihi io iiitli\pc.iisavel iios oi c:nii~ci~tohdas pi ovin- ii1i:ii. esse pol~eltlesagradti~,el1130fiaei-niii sciião
tia\ ultraniaiiiias ct1,jos deficrls f c r i l crlé hoje sido to1 iiiii cridti vez iii:iis ~)esaclosos snci-ilicios iiie-
sirp ulo., l)í'l(i niclr.op~le>>(I) vitaveis.)) ( I )
(:o111tiitio, eiriqir;iiito os ~)essimistasolliavaiii 0 testeiiiiiiilio tlc l'iiilieiro (:li:igiis, seiiil)t-e
por este modo (1s eiicaigos coloiiiaes, ii~iiiistros li-niico e coiisçieiicioso, 1150 pocte ser ])osto cin
roiiio . J L I ~ I Ocle Vilhcria, Piiiheirtr Cliagas e Bar- tlii\~d:i, de iii:iis :I iilais, quaiido elle, iio esc1.e-
i os Goiiies iiiiliaiii I ideiic~asegura para reco- Irei. estas pal:~\~iasçoiitu~ideiites, iiao o hizra
ii1iccc.r cliic :ts coloiii~is i150 \fio ciiIliadt~stlos çoiii o espirito oposicioiiista, iiitis paii ttiv:) :is
t l ( l / i c x i f s de cliie :i iiia nd iiliilisti ayào ii~eli ul)oli ta- suas p;ila\lras pel:i priideiicix iiiereiite (Ic i i i i i
lltl ei.:i :I IllilCa l c~s~~olls:ivc~l. iiiiiiistro de eslado.
,T:i \,iiiios o que f3ai ros (;oiiieç csci-c\ eii iio Eiii face ctclle ti iiieti-opole ii5o pode e\igjr
scii i clatoi to Vela-sc agora o cjiic esci evia Pi- saci-ificios por eiicai-gos de q u e as coloara\ ii:io
iilieii o i:ling:is, cboiiioiiiiiiisti o (10 iiltr:iiiinr, eiii -titilisar:iiii, e cliie iiuiicti cIevei.iniii coiistitiiii. ;ti.-
1x85. 1,ikin-se, coiii iodn :i aieiiqào, esie tói-iiiidn- gunieiitos coiili-u ellns
\ el Ichstriiiiiiilio tio 111 illiaiiie loi.iinlist:i, cliie, Bater eiii fel i o fito seru d a iiossn pni-le ~)i-o-
1 i ~ 4 t ciocb~iiiieiito
e piil)li(.o e coiii :is i eslioiisa- crrrar iiovns aíiriiititl\ as qiie testeiiiiiiilieiii tis
I)ili(l:ides iiici eiiic5 :r i i i i i iiiiiiisti.~ tlr cst:ido, i i u s s : ~:ifii-iii:iyóes
~ H;(, 1)01'eiii, o lesteiiiiiiilio de
iirio liesitou ciii 11or n \,ei.d:i<Ie criiel, c: ceivto, iii:iior valor e q u e iiào pode <lei\ar de ser ciln-
iii:is iritl~sj)ciisn\.t.I do, taiilo iii:iis qiie o seu :iiilor ociil~ti,iiii 1)oIiti-
o Mas, csc.1 c\ in 't'iiilicii o i:li:igus, coiiio 1)ode c21 l~orliigiiCsa, iinl ç:irgo cle e~i(1eiicia-Itcfiro-
csti.:iiili:ii-sc cjiic as coloiiias Iossein, poi iii~iito iile :to si.. Jiilio tle ViIlieiia, (Iiie fez iiiiin esl)leii-
teiii1)o, 11111 í J ~ ~ ( - ( l i so! q~ ~oI I I ~ I ~ / ( ~ ~ I ( J ~ ~ 1I 1I1 I~ 1~ ( >1 [)(>r-
II~(> .<11(l:1 ol)i*:i coloiii:il, n qiiaI, tlesgrnyadiiiiiciitc, sv
~ ~ o l l ~] )l ( l I l2 ( l ( 1 llltlflo ] ) o / ~ , 0 5 t ( l ilfl(i(!f(lzl(1 p U I ' ( 1 esteriliso~i ao eiiil~titetlas iiiesc~iiiiilitts111tas dr)s
( ~ 1 ~( ] ( > I I l l P I l , $ (l(1 111 o*$pPlf~lcldo,q l l c lu-
( i o s ( ~ l l t ) 6 ) 1 1 ~ O.% 1x11ti(los e dns iiisofi-idas aiiil~iqõe~s pessoacs.
J I IIO \rro tic\\tt.\ /r~c.iirttii,svii~ttrs1~11'(1~3 550 (leste clisliiito Iioiiieiii piililico as coiisi-
~ d ' ~ ,wJ ~ i ~ oo s p ( j (11
~ po(Iiu ~ (pw ( 1 pi o o z ~ ~ c ido i l ,-I 1?go1([ (lei-iiqúes que segueni e clue iiiereçeiii sei ~)oiidc-
])I 0 \ ] ) ( ' 1 (!.$A' .\v urct>s .\c111 ( - o ~ i f ( oi s 11ro111~tos do i :id;is
w J r r \(rio i l ~ t l ~ trl et ~fic.crl. ~ ~ 11o ~ I I ~ C I ~ I O.\o111
I- 111(vod~ ~Seiilior- As tlespezas p:ig:is iios ciiico c\ci -
c.hocj(uO I I ~ tro litor-{ti') Se lia iii:iis teiiil~ose ti! es- ciçir:s qile decorreiil de 1885 ti 1X#!l, pois coiita
scb seiiic:ido inais 1)re~cii-i~iite çolllei-iniiios os tle creditos \rotados pelo ~)arlanier~to pai-;i ;is
h-11[OS.)) pi.oriiicias riltr:iin:iriiins, foi n i i i as s ~ g i i i r i t ~ s
((I?' ti11 cf:i irigi.uta, Iieiii sei, 1150 falar seiiáo 1885 - 18Mi 1 198 ti(i8$93:S
1105 Siicl ilicios iiecess:irios, 6 t:ii efa iiigis:itissiina 1886-1887 I .:<(i4 349$5(2
]N'r~):wi~ro 1ei.i-eiio :i ciist:i de i l i i i i t o 1i*:il)aIlio, 1887- 18x8 1 300 060$(i-l2
(I(> tiiiiito ctisl)eiirlio, pai n cliie :i% geracfies fiitii- 1 888 - 1889 2.2,iO .520$1(i4
].as lciiIi:iiii sti q11e niifeiis os I)i illiaiite~i*csiiltn- 188!t - 1890 3.4'74; 8~iO$~MM)
--- -- - .- -
( ) 1 (qivkr,Nf! ~ ~ I .I I LL ~ I I ~ I ~ ~ ~ nI I oic.iiiic'iili)i[< I&%F-lWO
-
li111 f i l ~ t f ~ <!r ISrll! p.1: i 0 4
~ lr i a I l c l.iiot
( I ) 111 II~I
,<A sinl j>Ies 1eiliii.a destes algiirismos iiidica cuiqsos para salisfiizei*os f i i tiii-oi, qiie :I ci\lilisa-
qiie o eiicargo da inetropole para coiii as colo- qfio exige »
iiias teiri segiiido 110s riltiiiios ciiico alilios iiiiiri Mas ha u m depoiiiieiilo qiie convem nào fi-
evoliiqào asceiiciotial e cliie, c.oiiiparado o ulti- qiie ociilto iiesta série delles (pie taiito vez lan-
mo c0111 o primeiro dos annos deste pei-io(lo, yarain si,l)re a vida desiiittiilelnrlsi e :iiiarrluica
;i despe/:i tripltcoii (l'este paiz seiii tino e seiii orieiitaqão governa-
nas c i r c ~ i i i s t ~ i ~I I cO ~~I a~ I~: I C Sdii friseiida lia- tivti; i. o do si.. Mttiioel Afonso Esyregueira. O
cloiial, e teiido eiii ~iiiisa a vasta exteiisáo do WLI li\'i'o, iIrie t; ti111 docuineiito iiota\lel, cliie fi-
~iosso iiiiperio coloiiial, a .iiitiltil>Iiciciaclc dos c:ir;i :i atestar as caiisas iiiiediatas da iiossa rui-
srits servryos e ns exigencias cresceiites duliia iin liriaiiceira, qiie revelou o sei1 auto]. como iiiii
civi1isnq;io que coineqa a iirndirii-, nào seria de- j)i~l~licistn esiiiiio e til11 tioinetii de goveriio poli-
certo para ate~iioristireste clesciiiieiito das des- derarlo e ateiito a todos os feiionieiios que lios-
pexas e iierli jiista~iieiite se poderia :itril>iiii. i1 siin ilifliiir iin adniinistraqão pirlilica, coiilieceii-
desperdicios oii Iargiiezas Itixiros:is lia adiiiiiiis- tlo os coilipIicados escaiiiiilios das fiiiaiiqas iiacio-
11'3~50. iiaes, é rligiio de ser lido e coiisultado por. todo\
((Sese advertii- qiie estão iiisçritas 110s arca- os que se iiiteressaiii pela coisa publica Poi
iiieiilos do riltraiiiai. as despesas d e adiiiiiiistra- elie se ~ e r i qiie i liavia sofisi-tias fi~ia~iceiros qiie
qúo geral, qrie ein todrrs ris t~ciqõe.sc.olor~irre.\se 211- prodii~iraiiio desc:ilabi.o e a riiin:i rceiicol~riiitlo-
rlilc.111 1io.5 o r y a n ~ e ~ ~ t c/ci o s ~i~etr.npole, se ateii- se 1101-esta fornia, c l i ~ i asilri e\celeiici:~, a auiiiento
tler 2iiiid:i a qiie os cai. os das provi1ici:is iilfr;~- coiistaiite e rniriirts upres irljristificado da despe-
i
i i l n i iiias se et1cortfr.trtit ( rspzcrs que yr.c~)r*iciri~eri-
f r llie ttdo peI tertcc.~n, se sc, cuiul)crr-trr tleliois o
si c0111 o serviqo 13ro1)i-10dos iiiiiiisterios, r1r.s-
r)itr~~tio-se da cipiic.rrqfio (pie irniccrnierite tlei)rtrili
cti(-iiryo q t l o (r.s c01oiji~l.st t w z e ~(10~ ~pcirz oelS-st>-(í ~ P ,I OS eiii~~restii~ios coritr.tritlos ptrrci oht-ir.r ~ ~ ( ~ p l ' o
(/r/(: ~ l l e(; c ) r . c i t ~ t i ~ ~ ~it1f~ri01-
~ í e ~ ~ t (e1 0 cliie teor~icts tlritir?cl.s, cori~ocriir~ttthostie fetSr.« e berii trssirn (11-
potert~~r~,s c~lo~ii«c.s íii~~ ~ ~ ( l /iC oI I IiI C' I 110sseus pi-O- t ~ u r ~ w l o frtrbctihos
.\ ilos po~.tostlí. 111crroii destí-
cersos tJe ctrlntir~tsirtrcüo e qiie iião lia iinperio Lados ao desenvolvimento das nossas co-
coloiiial cle eglial exteiiyiio qrre iellhci sido mrcrs lonias. ))
brcr.rrio cjcre o r~ossoM E' este cliiacli o sli igelo iiias elor~iieiitissiiiio
«Para i-eforriiar o nosso i.egitiieiii coloiiirtl deseiivolvido e ariil>liado eiii iodo o expleiidido
iião é I I C ~ C ~ S : I ~ e\ager:ii7
IO os eiicargos, iieiii to].- Ilvro n que 110s wlnos i~feriiido \'è-se, port:~l-
nar odioso ;to priiz iriii doniinio que constitue to, cjiie quer a iiietrol,ofe quei as coloiiias, teeiii
o I>riliieiro elenieiito de sua aiiiptitiide geogra- sido viliinas diinia a(liniliisti.aq5o bastaii te clcfi-
f i t x e n Jilaioi forca (]:isii:i gi-aiidezn ii-iorai. cieiile e iiiiiito ctill)osa M:ts o 1liesiiio :iiitor airi-
c( hfcrs S P as C O ~ O I I ~ ( I 11. Ffio ieerlt ( r ro,~l~ortsnBrlr- da ti iiitiis coinpleto, se i. ~iossiveliioiiti-o ~)oiito
clarlr tio r~o.\so i ~ i t r l e s f u ~J?rI(o~c.eir*o t! todavia tlo sei1 valiosissiiiio li\.i,o, ( 1 ) rjiie to(los os por-
certo clue iio inoiiiento ~?i*eseiite,o pais iiáo
(') M A E\ptr Turim - .I\ I!I'~]IFIII\ I I I I ~ > It iI\I I
pode s q ~ ~lar ) i o eiicargo aiiial iii:is iino Iciii rc- reirn ifo r<totf,,-l.~rhn.i. 18'Wi
~ ~ I ~ I ~ I I I ~ / Ir i i~f l 1~ 1 -J ~ I I ~
tugueses deveriani c o n h ~ c e r ,por elle apreseri- yortnricia coiii quc o go\ ei no adquirili o çarni-
ia1 ;IS causas duina siluwcào tào dccadrrite iilio dc Sei-ro tle I,oiiieiiqo hIarqiies é \aiitalosu-
Acaso as coloitia\ iciii sicio I ) c ~ I c ~ I c I ~l ~ ~l ~: s men le i.eiiuriic~-adocoin o trafego valiosissiiiio
adiiiiiiislraç5o tla iiietroyolc') Nau,' afiriiia o sr que tanto vaIorisa a capit:il e a pro\ iriviti i16
Espi clgiicii-a, ] ) o i ~ l ~ i((sc.r-r,icrni
c s01r171ttc (1s (-010- Moctin-ibique?
~ i i t r spara ciil sc cwlut.nr erii 0.7 ytrl cuiccc~s r anir!gos AIéiii d e tiido o s i . Anselnio tfe Andi ncic. ( I )
tios rrirril.rlros yirc 11iro linli«.rr~1ogtrrc.s 110 rcpi!to)) ieiil palavras-de d0i- para o estado d e Ati-tça Oci-
filas o sr I<spr-eglieii-:i iio sei1 rn~~~loi-ondlrrri dental c o sr Aiiselnio Vieira, ' ( A ) aiitigo rle-
th iio scii i-elatoi-io da tazeiida asscgurti qrie as putado regeiiei-ador, c2 d'~iiiia exatidiio perteita
coloiiias Leiii d:itio I I ~ C I L I I S OA n ~ e t ~ o p o lche qtie quando afirma qtie as rolir ir tas expedicòes ini-
esta C clLie paga as t f t ~ s l ~ e zcom a s obras p~ibll- Iitares poiiço 1ein i~ifliiicloria decndelicin [Ia inc-
i a s e çainiiilios de ferro Coii~oassir-ii se o iiics- tropole. E o ssr. (luetroz Veloso, iiitlicado lia
1110 sciihoi- no seti lr\*ro lios cilsiii:i qiie (ri150 inuito p:ira iilriiistro d o ulti-aiiiar ou d:i f a ~ e i i d n
1i:i icc,iiisos pai-a 1ii osegtiii nos rnt.llioiameiitcis ao inesnio teinpo qiie lastimava a s!jiiacSo dc
tilatci-iaei, dc qiie t:into w " a w e no reino Angola afiri~iava que qrialido se ~)edirarii iio
e e m todas as colonias ( O suhlinliarlo e, parlamento inforriiaçòes a respeito d a seu esta-
seiiil)i ?, m e u ) nem mesmo para t onclurl' mui- do finaiiceiro e das S I I R S (I~vldasse reconheceu cltie
tos clos que esla~)uriiel~ceiudos, mus I ~ S O não iião se possuiai~ic l a n e i ~ t o spai-a tii-iia ii~fi)~-tila-
(1
o b ~ l aa cliie por torlos os iiiodos e foi iii:is se cão ião direi cabal nias pelo iilerios salisi:ito-
:tumei~leiiias clcsl)esas oi tliiiarias com novo e dih- r1a.n ( I )
pe1t.wu01 ~ ~ e s s o a I 'Mais
~ ) i ainda; porque 6 , qiie em E i i ~conclusào, genci-icanieiite, íicu l ~ i - o ~ a d o
gi.ancie pai tc, não potlem havei mellioramentos que, por totlos os inotivos, as rolonias riào sán
n a colonia3 Afirma ainda o ilusti e 11ublicista, culpacfas tios c1cficrf.s coin que tlizem solirecai r e-
porque se gastam ([em expetiicóes mal ordena- g&r 0 ooiSyaiiie~itoiiietrol,olitaiio
d a s e preparadas, q u e ficaram sem resultados Sei á o ellas iini eiiciii.goL?N ã o sei 50 u i i i cn-
, s , supei ior a q u e custarram os 200
~ ~ - ; i l n ~ osoiiia ciirgo logo cllie iiii~a:icimiiiistraqiio 1120 sti lio-
ki1oiiict1.o~de caminho de ferro a construir para uesti mas sensata, seja o t i m h ~e do.; setis go\,u-
mantei a nossa 1)rel)onderancia nos sertões, q u e iios, q u e dever50 ol>ed~cei. :i i i i i i çi-itei-io .;à0 e
o Longo 1)elga rios drsliuta, e com vantagem, por- justo, eilergico e impl;içaveI
que Ia cliegara priiiieiro d o que nds ,, São os prop"os ii?iiiisti-os ilo estatlci qiie
Sendo ~ s t oporque sei-a qrie o ilustre minis- atesta111 cliie :is finanqas çoloiiiaes te111 arid:itlu
tro progressista veiii afirmar nos documentos que ao desbarato
publica qiie as obras publicas e os caminhos de Não ~ ~ o d e i n onegar-
s cliic lacs ttsteiniiiitios
ierro n o ultrarnar eslão a caigo da rnetropole, sáo valiosiss~rnos e qiie e iim ir~lt.poiieo Iial)il
quando k certo que obras publicas, as poucas
que ha, estão a cargo do orcamcnto colonial, ( r ~ 4 1 1 t f lr q~ ~~ l~l ~t O l l l f ~ ~ l - l 2112
~ ~ I I ~ I ~ (~I A I >
) - 1 1 0 ~ ~C O~I I 1I I ~I I ~ I ~O( I-
dentaes coii\i.i v.tiii-se iio r c g ~11~t iic r l r i c i n i i i < i (. c o i i < l c t i , i < l , t i o i i t 1.11-
os carninhos d e terro, excelo o d e Ambaca e meiite a urna e~ierilid,iilc( ~ i i Ia" e pena H
Morniugào, não sei em encargos, e y ue a im- ( ) A qi~c\tGo/ i \ ~ r c l r$$ / L I ~ ( I I (1s
i ) Qiieii o z \ e l o ~ o - - S i t u u ~ Ü
~ I I N I I III(/III \ ( I \ - p ~ g% !2
~ i c i i i c eut id o p<r?z-ti.in '17
~ ii ~
ati-ihiiir á s çolonias lodos os motivos dum es- quando em quando, para protestar, mas, ainda
fac.elo doloroso qiie, por. vezes, desperta trisies assim, froiixamciitt~, seiii cutitiiiiiidr-ide, lalvez
v:iticiiiios porque a lassidão que o calor dos ti-opiios ino-
Niiigiieiii w', logo que esliide o assunto, em cula prosta todos os individuos que pretciitlem
iaes argiimeiitos, neiri havera qiieiii, seiii base erguer a voz, para reclamar mais jiistica, itiais
segiila, çoiicretisaiido a sti:i opiiii3o possa dar tí honestidade e iiiciis ~ecoiil~rcinierilo. Queni por
iiotii ~)essiiiiist:i, < ~ i i cdoiiliiia 11-0 I ~ O S S O grande lá vive, lariibein tem direilo :i qur os respvitciii
] > l t b l l i ~ a, e\pressào segura duiii fitçto coin- e atendam as suas reclrimaqòes.
]>""\';"Io. I3ortanto as coloilias, repila-se, eni ii:icia sáo
N ~ i scoloiir:is, coiiio :itostaii~iniiiisti-os e go- culpadas da siluacRo eiil qiie se enioiili-;iiii, nn-
V ~ iiildorc~,
I i i ~ e s i ~ ~teiii
o , liavido iiiiii ta falta de lcs, com Irislcsa, tem visto ~ i ~ a l b a r a l ntaiitos
r
esçi-iipulos e iiào serei eii, (qiie aliiinl i150 estou recursos sem ao inenos poder piir enil):irgos iis
kizeiido a eaposiqão detalliada das caiisas da viole11ci:is d e que sào viçtiinas inuçeiiles.
tleç:ideiicia possessões portugu+sas, o que reservo
I):II':~ oiitro livro mais airipio ( 4 ) pala o qiial aiido
1i:i iiiii~to teiiipo a reçollier elemeiitos), qLie oculte
a verdade que :i ii~iirliacoiisçieiici:i se i~ilpòe,
diiiiia iiiaiieira iiisofisiiia~~el.
~ co1oiii:is coino 116s leirios go-
Qileii? g o eriia
vei.ii:ido, qiieiri 1\50 teiu titio esçriipulos lia for-
iii:i çonio tein scgiiido n ndiiiiiiistrnqúo iiltrama-
I iiiri, ii;ib te111 ( l i 1 ei to n nss:icar taritas ofensas
:i pi oviiiçi:i q u e iieiiIiiiiiiii iilgei-eiicia terii tido
ii:i sii:i :idiiii iiisli-:iqi30 propi i:]. (;ovei.iiar como
:iliiiiini-ntii clirc teni sido goveriiadws coloiiias
H:ii 1.0s (roiiies, Piiilieiro (:liagas, Oliveira Mar-
litis, .4iitoiiio Eiiiies, Moirsiillio de Alhuqiierque,
c, deitli-e os vivos, inais e111 evideiicia, a s srs.
:liiscliiio dii Xiidi-:itIe, Jiilio de \'illiena, Espre-
giieir:i ( 1 ) Aires Oriielas, 'Seiseira cie Soiisn e Sil-
vtt I eles, e iiáo ter o direito,-o iiienor direito,--
r .
I
-- - /
d t pai Li(la esl:i cpocn por'lue E t:iiul)eiii tl:tlii I t.io <nleva<lo :iteii<lriirlo ,I\
( l i ~ e5.1s
~ ~ i rt\ i~~ t e r l inos q i ~ ~ t r l r oliit\
\ r t ~ : ~ t ([III,
i repnrticüe? 1 t o i i ~c ~ p r c i n l i < l n t lios l ~ c o i ~ r o >riiilit.iie~(Rrlu-
>
C I L I Pos varias I ~ I I I ~ I S ~ I ' coliieq:kliI
OS :i s1i;t CXI)OSI- tor r < , que ncoti~pniilino oi ( n ~ i i r i r t n(ir 1856-5i
( )-1)estle lX;i8-59 n 186445 tleiuoii-\c </e ~oiifecinitnroor(íiiiieiil<i,
cáo de 11iinic.i-os. ibii ~ w l oI I I C I I O ~ , ~ I e i x o t i<I( ~iti1>lirrt~-'ie SCI> 11110-110s 110 .111110 d ~ 1&7-%i .
01-;i, lios 01C ~ I I I C L I ~d~eSi t e tcitipo, ha ensi- :il>csar de iião b c mdei :tssegurar duina f n r m a prrcis:t, pnis itr\les e i t -
1105 <leeorr1t1o1, dt.\r*ii~ t e r Ii.i\ ido altcrtiri,c> q u e s r ni:iirilestnm no
iinniciilos tao rloc(iiciitrs, tào tligiioq diiiiia aria- o 1HW-65 ? a tabc1.1clr confroitto :i{utrrce.t o r ~ t u t l o,i, re-
( i i q n ~ i i t ~ i i ltlr
? i l l y ~ il(- c ~1RkL-b4
~ qie que nte \irvo
Iise ~)orrnencii.isada,(jue vou, arites dti liiiln, apre- c(b11.1
dI/oi / F ? ~ c E I ~ DESFEZAS
~ 1 1 NEGATIVAS
DIFERENÇA
POS~TIVAS
40.557 7288564
v 7
1)cstle 1882 ate 189'2 ri50 tcrilio eleiileiitos ~,ni-:i (te !):(i00 coiitos, elle desce, :icertaticto os tIa(los
ofiriiieç, R cifra iiiuíto iileiior de ,i 36'3 coiitos, o
i cçlilicai- a s c1esl)ez;is e receitas, nias ~iesiie18$Yl
:it6 agora, l~ijdciii-se colisegirir al~uiiins111 ovas
que eiii vez (lu defirif iiietIio ;iiitial qiie 1" COII-
SJ~JI~:II~IOSde 175 coiitos, o rctlu,: ti iiietliti tlc !)i
pelas c[rt:ies se çoiicliie cliie iiào P jiista :I aciisa- coii tos por niiiio.
yào ieitn ;i 1)rovliici;i. .1.iveilios, porta t i to, 1)nseaiiclo-lios seiiipre iios
Eiii 1897-93 estava orc,.aiiieiit:td:i uiii:i i ccei ta dados ofic~aes, qiie o tl~fkifiiikdio geral (Iesrle
d e 1.137 coiitos e iiiiia despeza de 1.270 1'01s ])e- -- -
.
las coiitas tlo c\eicicio se sahe que arlucias fo- () l o i o to I 'ret\cii:i tle \oiiaa, ~>ul>lii,ic\n >>:i \ o l > i \ s i i > i c i I(+-
f ~ i s l n c c i o riltr niiini riin, (png 442 \ o1 1002) ( oiiitti(l<t, i i o i i l i i> \ oliiii~r,
i niii iio v:iloi- ile 1 -I-!)(i coiitos e estas iio ~ : ~ l otle
i- ~ l a h o.iclo i pelo iiieiiiio seiilioi, o n p i c ~ e i i i a d <. il i criitt i iin i <\\,iti I r b
I%!) co~itos,O ~ I I C ' ,e111 YCZ diiin tl(>fictf,de 213 gisln\i\ .i (tc 19(1'>, a p,ig 1\13, kctir iiiiiù i t ciaita (li. t R / R coiitci\ i, riii 1 1 . i ~
.$97 uiiia (leil~ez.itle 1 008 coiitoi, o 11111' I v-,uit:i titii 5.iltlo iii:iinr [li 08;.
coii tos, 111 oduzlii tiiil saldo de 207 choirlos. ionlo\ Cni <[tia1 ( I o ~ dots IIO\ d ~ \l iii o \ íi,~? O I I~I O, c \.I( 10,.
7 I ' I Y C I I ~C O
a%e l r ~ i t ~ ~ z\."to
(15 ~ I ~ ~ I I ! I O \1101s~
, j>if~\ l e , o\ q i ~ c I* (~itiit.i111 tio\ i z b l c i110s + I
( ) 1:c l.ilOl i 0 tio i i i i i l i ~ I rii , 1,ag 2 giiins tln coiilzit>ili<latlcd o iiiiriisit3rio
18.72 a 1'307 te111 sitio cie '75 coiitos, e 1)ateiitei.- tipendiados, lias repai tiyões ; este acaii1barc:i-
iiios I~eiiieste iiuinei-o 1):irti que o aiguiiieiito iiiento continuo da i-iqueza colonial e, inais qucs
seii~pi-enpieseiitado c seiiipre aceite por totlos, tiido, estas deplor;\\~eisiiiedidas arIiiiiiiistrativas
de ijue A~igola 6 n rriiiia d a iiieti opole, iião fi- dirnaiiadas de geiite seiii o seguro coiilieciineiito
que subsistiiido. dos fciioiiieiios locaes, só cegos, iiisisto, ii5o re-
E' coiiio se v@, de 1901 eiii de:iiite qiie co- paravam que trido corria para iiiila i r i i i i w fntal.
Iiieqa, 11e1ii nceii~uada, :i crise liorrtvc.1 tle cjiie Porque e preciso reparar neste terrivel siiito-
:iiiida se seiiteiii os efeitos e foi iiesse aiiiio qiie nia ; c~uaiitoiiiais aiiiiie[itavniri :is i eceitas, iii:iis
se iiiiciaraiii as \.ioleiit:is arse~iietidasda 1)ai.t~de ncresciaiii as despezas; ein 188C-81 Iiarriii tlis-
certa iiiipcensa ~)ortiigiii.snc certos yolilicos coii- peildio de 500 coiitos; uitite ariiios depois esse
1i.n t i absorqáo dos i-cciiisos pela 1)roviiicia dispeiidio era quatro vezes iiiaior, seiii o iiieiiok-
;\Ias iiiis deveiiios, niiidn, fnxtr iiiiia desti.in- beneficio pttra os serviços pii1)licos I
a. I i e l ~ ; w i ~ ~ ddeo , relaiice niesiiio, ver-se-;i qiie Mas o que 6 sobretudo injusta t: a iJi;iiieii.:t
os grniides t l ~ f i c i f siirgeiil
s ~'rnwll):tlincntc desde coiiio os proprios clociiineiitos oficraes 1:iiic:iiii
1!)03-!I01 ALP essa elloca os tlrficrfs, c-oiiio se e iio reei imiilacões so1)i.e a pro\~iiiciade Xiigolti, e\-
qu;idro ]unto, sito peqiiei~asdifereiiqas, que iiiiii- pondo, 6 laia d e 1abCi1, iiiiiiieios, q u e I~eiiie l a -
tas velícs cliegavniii, pela ~irolwiat'oiifissão dos ~iiiiiaciqse I~eliiateiididos, iiada represeiitaiii d e
iniiiisti-os e ]>elaaiialise das coiitiis d o tcsoiii*o, :i deprinieiite.
ser xiisigiiifi~':~iiles, tsailsioi ii~niido-seeiii saldos No selatorio qiie acoiiil)anli:i o oi-c::iiiieiito
Eiii 1903 al)ai.ece-iio4 o 1,i.iiiieiro grniide r/(,- de lilOCi-1'307 exi1)erii-se arguii~eiltosiiisii1)sisleii-
li(-rfde (i44 coiitos. tes e faceis de destruir
1)nlii avaiite foi ~);ivoroso ;il~arecciido-iios o Diz esse docii~iieritoq u e A pro\Tiiicia d e Aii-
iilnior rle todos eiii lYO(i-'307 liiqevisto lia iiiil)os- gola forarii feitos siiprimeiitos iin iiiilioi t t i i i -
taiicia de 1:260 coiilos. cia de 3426 coiitos u coritar de 1901-902, ate
;\Ias fixniido-iios iio deceiiio 1!)00-910 116s 190.%(906.
veinos que rio 1 x 1 iodo rlue vae tle 1852 n 1899 E q i ~ eteiii isso de extraordiiiai-io '7 Se li:i\ ia
I i o i i ~ e~I(~/ic.il.siio viilor total de 5 ,500 cniilos ao iiin rlplirrt geral, iio periodo iiidlcado, de ?.T,!)f;
passo qne iio peyiotlo de 10 niiiios qiie veiil cies- (iiiedia anual de 674 coiitos), ficou eaisiíiiilo [Ir
de 1!)00 n 1!)10 Iioiive-os iio vlilor total de 3:426 coiitos (iiiedia niiual d e 858 coiitos) Qiiei-
7.100 coiitos isto significar apeiias que lio~ivei1111 crio d e
Eiii 37 aiiuos. . . . . . . . 5:t500 contos. previsiio, iiesses tres aniios, dc 830 coiitos. o
E111 t o :iiiiios . . . . . . 7 100 coiitos. qiie e n coisa iiiais iiatiiral deste iiiiiiido, desde
(pie no iiiliiido lia orcariieiitos.
I<fectivaiiieiite 1150 teem sido satisfatorins as Por isso O argiiiiieiilo resulta iiiaiie, oii re-
roi~dicõeseçoiioiiiicas e fiiiaiicerras tie Aiigolii. sulta, iiiesnio, coiitt*aproduceiite E' cltii'o; se
;\Ias sti cegos, diiiiia cegrieii-c?fatidicn, 1190 \ iaiii Iiavia deJicbits,cliieiii os havia de c0111 senáo
qi1e asper~iiaiieiitesdespezas iriiiteis, qiir este a iiietropole e, (Iada esta pessiiiia oi-gaiitsacáo
cto~istai~tr vasar de eiii],reg:~dos,l a ~ ~ i ~ i e ics-
ilc coloiiial, viesse doiide vlesse o dirilieii-o '7 A iiic-
ti-opole serviii-se (Ias sobras existeiiles das ou- que ofendem a inellior e mais iinpoi-taiite ca-
tras coloiiias? (jrie teiii Ailgola coiii isso'!! Foi loiiia por1 uguêsa.
i1111 abuso, porque rlpelias os adiiiitiistradures Não 6 necessario iiliiito esforço para cliegiii.-
do l'erreii-o d o Paqo siio resj>oiisa\feise cae seiii mos a unia coiicliis60 frisalite e eloquei~te.
efeito a assercão de que as coloiiias são um 01111s E' certo que a afirmativa do sr. Paiva (:011-
para Porlugal, porqiie o que ellas serinii~,pela ceiro, ($)de que a ~ I L ' O V ~ I ~se
C I eiicoiitra
~ co~-iio
ai giiilieiitaçáo :i]>l.eseiitadci, 6 tiiii oiiiis uiiias qtiarido foi co1oc:ido o padi-50 de Iliogo (:aili,
]>ara :is outras. i., dirin 111odo absoluto, iiies:ita, porqiie 1150
Mas i10s lieiii snl~eiiioso i i i ~ t i v oci:ts reciiiiii- sofre duvida algiiina que Loaiida e inuito (li-
nny15es e beiii coiilieceiiios que foi iiecesstirio foi - versa do teinpo da coiiquísin de Paulo 1)i:is e
cais ;i nota 11a1-a que :i provii~ci;~ 1150 tivesse de He~igiielali50 se parece nada coiii a ctesçriyáo
cluc se cliieilai pelo estiipeildo e clescoiiiiiiial (Ir- da epoca de Cei-veira.
firii de 1 .'L(iO coiitos coiii qiie se fecliii o orqa- Muita ~ ~ o v o a ~se" teiii f~~i-idacloe, alIesar. de
meiilo de 1906-007 tudo, nvanqa-se, eiiibora lentanieiite.
Scria ~erdadeiraiiieiite iiiaci'ectiiavel, se os Alas é necessario ver cpie k seriipre a iiiiciti-
frios :ilprisiiios, lia sua seca eloqiieiicia, iiào se iiva partícu1:ir cjne realisa esses progressos e as
estntieussetii frisaiites, iiidisciitivt~isi caniaras iiiiiiiicipaes fazem sacrificios elioriiies
E' i i i i i a \ ei-goiili:~! Pai a iiiiia receita geral dc para 1wosegriir eiii inel lioi.aiiieiilos e so os
1:31/ coiitos lia iiiiia despezu total cie 2 / 7 7 con- eznbaraqos iiii:~iiceiros e as coiitrarieclaães dos
tos, de qiie i esiilta u ciiffer eiiça i>eferid:\. Mas o tlitores iinpecleni q u e iiiais se coiislga.
q u e i. oiiida ii1:iis descoiisol:idoi- é cpe dess:i Aias pela cornparncão esata dos dados oi--
receita de 1::)17 coiiios .5ci yntScr rlesp~ztisi~aiiifn- çameiitacs se verificaimiicoiiio trido progride leii-
I.P.S se ti\-ci-niii tie retii.:ir 1:410 coiitos, o ylicl taiiienle, conio qiie n iiietlo
sigiiiiica cIiie fotitr, pcíde-se dizer-pois que os Vistas e confroiitadas as desliezas de 1852 n
i estaiites 107 çoiitos iiiicía sáo eiii coiiiparacão 1907, observa-se ritiin colossal progressiío das r p c .
çoni o <pie falta - cliie fotin repito, a receita da nada ori ~ ~ o i r crepreseiita~ii
o de prittico c tiiii
l~soviiiciase exgotci ein encargos belicos. desolador estacioiiaiiiento ou reçUo lias qiie si-
Ilcpois disto veiillaiii dizer qrie Angola & li111 gnificariaiii aigiiiis resultartos positivos de 1x.o-
s o i edoui.o,
~ ~eiilitiiiiafiriii:ir que esta I)r.oviiicia gressos a (rllcaiiqar
s0 acarreta eiicaigos para a iiieti-opoIe , veiiliaiii Jlas estas clriaii tias exl~riii~eiil,de facty, coii-
claiiiar que os que trabalha111 por ell:i deve111 cretarnentc, mellioraii~eiilos para a viria colo-
cohi.ir o rosto de vergoiilia, porqiie das outras nial e assegrii tiiii aos habi tatites da proviiicin
osse sessões Ilie esta0 a atirar coiistaii teiiieiite cs- iiriia iilaior soma de 1)eiii estar e ccuiforto? Se-
inalas. ria arrojo afiririii-lo. 13ealiiieiile iião lia i i ~ i iest u-
Mos iiáo cpler-o perder a 1iiili:t cle serenidade do das necessidades s;lnitni,ias, iiAo se coiilieceiii
c \voii prosegtur n:i esl~osiqiiocnlm:i dii iniriliti as condições d e salubridade clas ~)ovoações e
tese, cliie, 1101. ser baseada eiii ;ifgr?risiiios, 111e- iiáo ha, iieiii se ca1c~il;tr4ue possa Iiavê-lo pi'o\i-
1hois pcitlc tazei- s o l ~esailb i a grave iiijiistiqn coiii (I) 1) (.oiiic.ii o- I riqoln p n g 10
ii1:liiieilte, i i i i i esboyo, cnibora, cliiiiico da 1)ro- orgaiiisndos e as despczas feitas coni cstl:idas,
viiicia. portos, ari'itriiiieiitos, ])raças l~iiblicas,c o l.esri1-
A vida do coloiio e do ii?di eria esta sujeita tado foi o clue lia de 11i:iis desaiiiiii:itioi.. Nada
"1
;i i1111 acideiites, qiie tima riiel ior organisaqão
coiisegui que tienioilsfrasse qiie estes 5 li111 çoii-
tos ~)iidessei~-i ter sido utilisndos eiii iiielliora-
(10 serviço de 's:iiide poderia evitar, e nem ao
iueiios os liospitaes d a 1 ~ 0 \ ~ i l 1 ~est#o
1 a em con- iiieiitos iiiateriaes, porqiie ernf)oi-a iiti ilossa le-
cliqijes de podereiii satisf:izei. 6s iiiais eleiiieri- gislacfio coloiiial 1i;qa algiiinas ~irovide~icias so-
tai-PS exigericias iiiedicas e cirurgicas. A náo ser I ~ i eo asri~iipto o qite P certo é qtie i~;~ckicle
ciii I,oaiida, onde o Iiospitnl';\Iaria Pia 6 iiiii iiiiportaiite se teiii I-etilisado (:oiifessoii-o o sr.
iiiodelo iio geilero, eiitregiie h direcgiío siipeiior IIoreii n J~iiiroi., cluiiin niaiicira coiiçliideiite,
e :~tiladado si.. co~iselheiroRi-rto. qtii~idorio seu i.el:itorio :itii.ii.i:rva que dos I40
(Junsi toda a despem se teiii leito excliisiva- coiitos coiisigiiados iio orqa~iientode 1!1(32-903 e
iiieiite coiil pessoal, feliziileiite ni~iitoapto, ~ > o i s 1110:I-904, npeiias 2.5 coiitos ci-aiii clesliiiatlos a
o cj~iadro (10 seivico de Angola 6 coiistituido poiites e estradas e 16 coiitos a portos tle ixiar'
por Iacultativos eiii iegra hahilisiiiios, rniiitos «O ~ I I (P: I ( ~ 1 1 1 1 ~ t l~t ne i ~ i It IuO ~ ~ C OU. J ~ II J I U d l e ,
tios ( p i e s eu i-espeito pelo seu caixcter e pelo ( i s I I P C C . F I ~ « ~ P da
(v11 C I I I P I I ~ I ( O S l ) r o / ) i ~ w i ( l II(>S~P
seli saber, Iioni.:trido-i-iie coiii a nriiisade cfalgiiiis !IrrtetSo ( l i i ~ ~ a l l i o r ~ a ntos i e n,)
Jlas iião t ciisio cjue se trata. Se I~ernqite seja 1)esde 1852 ate 1907 as tlesliezas c0111 or-
coi-~-eii€c o proverbio de que i ~ i n c i bon ficrdrirn oaiiisacão
9
iiiilitni-, eclesiastica, de f':ixeiid:i e al-
~ t i ! n i~ C U 'f i a , o que k certo 6 cliie para Ião iin- faridegas sáo :is seguintes, ciii quiiiqueriios, obti-
portaiite serviqo pirhlico iião lia eiii Angola cle- dos pelas tabelas orqaiiieiitaes e, portaiitu, sii-
iiieiitos coiil q u e se possa dar realce its al~tidòes jeil:is a rectificaçòes qiie aqui se iiào l)odeiii f:i-
iiiniiifestas dos cliiiicos Isto, conio se ;ifiriiia, %er, dada a falto de elenieiilos 1):ii-rr1;ires : ~ r a
rclati~:iiiieiile ti saiide 1,iil)lica. [;i] liiii. Mas, iio coi~jiiiito,ii coiicliis.'io resiiE:ir;i
elotltieiite e 1ii:tr.s frisaiite.
. - -- - . -- .
.
.
..
. -
.......
Eorreios, telagralos
Puinquanios Saude publica Marrnha Obras publitas e laioes
----
53 a 56-57 89 698C000 137 3'37&09h 113 115,32G0 i 0533GG.5
- 58 61-62 109 050$000 149 2956!)00 153 4744,320 b ?O08000
- 63 a 66-ti7 l i 0 078-3240 '3814445Y1 I J 5 (i544770 fj 2t1.3664
G$a 71-72 lO553l.$tlXG 55949JíD5 895194760 !15494i50
'i3 a 'ib-77 167 949$J'i!)O 245 'i91 f lo() 238 5153700 16 9384iOO
78 a 81-82 184 807dG25 370 80j&ioO 533 5,723200 l i 9;43t;Oí)
à3 a H(;-H7 222 1518930 412 (iG8gl(K) 'i01390-%(K)O i1 4896000
88 a 91-92 350 3138335 483 5576880 'i24 24030?0 I!)! IHC-iTOO
93 n 96-97 354 .í3G$$15 282 S05$030 G i i OHOSOOO 21 1 423$8GO
- OHn 901-302 557 l(l5$935 397 ilG.S4lO 1013 9266000 30:) 0224iOO
-903 a 906-307 654 4578360 575 771 -?:<i0 987 418aoOO 42!1 5bl4000
O que ii:i totnliclade tiveraili, respectivaiiieti- i(Co1~1o se liotlin rsp~rm,c/rir « pr*oi)iirckr (10 .Iryo-
te, iio espace Oe teiiipo (pie toiiiei roino refc- ia prosper-cis.se limes sem c o ~ i i oos pt otllifos d o
rencia, n s seguintes soiiias : s e a solo tirlhrcllt cie Jircrr. 110 i ~ i f c ~ - i osenz
r, i~lcjrt~
de chegar cro 1lto1-crl~7
Saiide puliliçn.. . . . . . . . .. 2876 contos Hoje, apesar cio caiii~iilio(te ferro de I.o:iiid;i
Obras pul)liças . . . . . . . . . . 5:l i )) ter atingfdo BI:ilaiige, :iiiid:i 1,ai.a as povo:iqi,es
Mari iilin .. . .. ....... 3:2,51 ))
do iaterioi. SIIIISISI~III as I I I ~ S I I I : ~ Sdili~l~l(l;rdes,
(:ori eios, telegrufos e Ini-oes . 1:229 M surgem os iiiesinos enibarnyos.
-- Pode-se, por isso, nTiriiiar que s6 coin ~iesso:il
'1ol:il geral .. 12593 » dispeodioso e i~iinsiiniiiii, se teiii gasto os iiii-
1liai.e~de coii tos qiie os or~:in~eiilos de Aiigol:~
Ha, iia ~erI):i1)ai.n 01)i.a~pul)licas, nlg1iiii:is aciisam para taes ctespezns. Mas, aind:i assirii,
<!iia~~tias pala e(iilicios, hias essas qiraiitias iiiio li30 6 nos oryaiiielitos da iiieti-opoIe, coriio iiiii--
se sabe oiicle teri1i;irii sido aplicadas. Eiii 1,oaii- ma o sr. Es1)regtieli.a que el1:is se iiiçliieiii
da gnstaraiii-se algiiiiias ceiitciias de cotitos tiiiiii I:oiii relaqào aos caiiiinlios de feri-o, lia qiir
casarão, seili arte, setii gosto, dcstiiiado :i resi- distingiiir 'Teiiios, iiáo liti dti~,icln,.ires caiiiililios
dencia cio l~ispo,iiias, eiii coiiil)eiisa~iio,os tri- de ferro de peiielraqáo hIns a c~eIel~eri.iii~n liiiliu
1)iirines fiiricioiiarii eiii pardieiros, ;is repai liqóes de Loanda ;i Aiiibac:i 6 d~iiiiacoiiipriiiliia coiii o
publicas cstão iiistaladns nlriito açniiliaciaiiieiile tit~iloas teit toso de Corlzpnrllri(i tie Ctrjitirz hos tle
O ~)roprio p:lIncio do goveriio geral, as re5i- Z:er.imo 4: trrivc>z tl'Africci, a que eiii Lo:i iicf:i, 1 1 0 1-
clericias tIos gover1i:tdoi.e~ disiritaes (a iiiío ser iroiiia, su1)stitiieiii por nfrcli~ez(10 I!t!yoinbottr
n da I~iiitfa, eiii Matange), as riioradias dos Tem este catiiiiilio de ferro, não lia duvida, si<to
vliefes dos coiicellios e as reliartiqões de ftizeiid:r ti111 sorvedouro cie diiilielros 11iib1icos. Mas cilic
eaisteiii oii ern chn1et.s desgi-nciosos, ou eiii c:i- culj~aterii a proviiicia d e cpie os rciidiiiiriitos
sarões ~ e l l i o s ,ri cair, ou eiii riepei-ttleiicias tle de tal emlireza sejam niaI cidiiiitiisti.ados, pu:iii-
casas particlilai-es O p:ilacio cio go\-eriin(loi. ge- do as reclaliiacões são pei iiialieiites c011t i a n
ral 6 i i i i i c:isarrlo seiii ainplitiide, seiii l)eleza, exorbitaiicia tias larifas, e cliiaiido os i eiidiiiicii-
seiii sriiitiiosidade. Em 1,oaiirla c eiil Heiiguela tos da liiilia sobe111 de aiiiio para :ii-iiio')
os eiiificios das cainaras iiiuiiicipaes aiiida ilio O camiiilio de terro de Mossainecles :i (:liel:i
-foram ac:ibatlos e jii estiio aiiieagaiitio ruliia, 6 feito coiii verbas especiacs qrie n proviiici:~
seiri ~111~3se teii1i:i concedido edilidade iim teiii de pagar e o de Lobito n Cataiiga, ati-ave/.
peqiieiio sulisidio qiie Ilie gni-aittisse a sua coiis- de Bengiielri, k duiiin einjjreza pariiciilnr, coiiio
truqiio pelo iiieiios clacliii a 50 aiirios e foi iieces- notorio e sabido.
sario qric, depois de niiiitn dificiildatíe, o i i i i i ~ i i - Portaiito, iieiii obras piil~lic:is,iieiii c:iiiiiiilios
cipio de Idoarida contraisse iiiii eiiiprestiiiio qiie de ferro sáo eiicargos I>ar:i a iiieti.ol>ole, iierii
I he assegiir:l a coiiclus8o da siia casa. laes mellio~~nmentos sáo ii~cltiitlosrio oi-çaiiicii-
Piiilieii-o Clingas tiiilia jii i-nzfio eiii 1885, to -era1do Estado.
cit~aii(locscr9c\.in iio sei1 i.elntorro de iiiiiiistro : \Ias airida lia ineis . .
A' dcsl)e~;iteita coiii ;i iiinsiiiliii, eiii serriqo do pelo Esiiido Iiidel~en<leiite do (loiigo, (lualito
ila provi~ici:i, pode al>licar-se a 1eosi;i de ;ilgiiiis a nnvegal~ilidadedos seus rios e ii foi.iiia 1i:it)il
iii111isii.o~(10 ulti.:iiiiar. Na olmi150 destes, seii;e- coii~ote111 sabido npi-oveitnr-se tiestes helos ele-
lliaiites tiespeílas devei.i:iiii perteiicer, coiiio lias ineiitos de traiispoi te. Pois o si. l~resideiitedessa
o~itriisiiaqòes coloiiiaes, ao o s c a ~ ~ i c ~diat oiiie- sessão, honieiii nlibs diiiiio selisatez ~~rovrrtiinl,
frollole 1>oiscliie, ate ;igora, iieiiliiiiii sei-viyo okqectava n tal opiiiiíio que Poi.liiga1, iiin liaie d e
te111 l)i.cstado ii proviiicia ( a 1150 ser, eni casos iinvegadores, não podia seguir eseiiiplo diiiii
\ iilgares, lios sci+viyos íle portos, relirodiitivos)
estado ineicaùor coiiio era o estado do (:oiijio.
polxlue iieiii as liairtis teiii uiereci(lo a ateiiciio Se hein q u e devia peiisnr qiic quniido I'orliignl
dos goreriios, iieiii as ( I I ~ ~ I I ~ E I se I S te111 feito (lo~~iinava OS mares, coiii as siias caravelas e coiii
çoiivei~ieriteii~eiite,iiein o ]>iq ) r i o 1>oihlode as suas iiaiis, f0ra taiiibem iini paie de iner-
I,o:iiida, ( 1) o prii11eii.o tia 111 o\ri~icia, iiiereceu cnilores, chegnii(lo os iilniiroiites n ti-aaer giuaiiiles
:iiiid:i i i i i i caes açostavel, Liiiia iliiiiiiii:ic5o regli- carregaineritos de especiarias, coili i-ccoiiiericl~i-
lni-, l>oi<[iiciiin serviqo coiill)lelo iIe tarolageiii ~Uesespeciaes de 1). Rlailiiel.
;iiii<I;i iiiío foi 1)oslo eiii pi.:iticu, !i deslieito das
I)a iiiesiiia opiiiiiio E i i i i i ilosso distiiito ofi-
1)rol)ostt;iss o l ~ r eo asiiiito i'eit;is e diis ilesl~emns cial da armada o sr. t'edro 1)iiiiz qile ,lulga qiie
F o i ~ s i ~ i ~ aAd aiiinriii1i;i
~. çoloi~inlrliic, I~eiiiorieii- os oficiaes de i~iariiilinse dc\liisti.nri:iiii eiiil~ie-
t i podei i;i repi eseiit:ir pa12 asc'01oiiias i1111
gatido-se eiii t i alxillios de utiliilade geral pois
I c c , ol~eilece :i ~ i i i i criterio que esse ((serviço iião Ilies í. 11roprlo e iiáo se
Iiai riioiiisa corii os de1 eres e 1ioiii.a 1nilit:ii-es 1%-
t i te prej ~iiIic1:111)01+[11e 5e :ifirina qtic esta
(leve sei clcsliiiada hs giiei-ras coni pretos e iiio ses iiavios (jile sejaiii ~on~c?iid;tdos ~ O I .01iciac5
:i i i i i i ser\iqo rrgiilai. e 1)riieliro de resiiltados
ciuis e wpeíte que lfle poul>eiii o desgosto cle :iii-
1)i'nticos. dar lias coloiiias deseiiipeiiIiaiitIo iini scl v ~ c o
I< este l ) r e ~ ~ ~estii ~ ~ tdoe i lili\retera<lo
~ iio qtie de certo repligiia aos seiis ])i-ios dc i i i i -
;ii~ii~io cle iiossos lioiiieiis ~)ul,lic.osqiie atk os Iitar
~)i-o111~ioseesp~ilos rsçlui eciilos rel>isniti ;i ol~iiiifio Náo 6, pai-éni, aqiii qiie i l e s ~ j olratoi- rxpi c\-
cIc rliic :i iiinr~iili;~ colonial, n orgaiiissr-se, iião saii~eiite deste nssiiiito, ~ i o i salieiias desejei ii i-
(!c\ ei-ia ol)edeçer iio fiiii iitrlitario tle cluc :is co- sai que, pela orieiitaqiio tios goveiiios c. tlos ]>i o-
loiiias iii-gciiteiiieiite 1)1-ecis:iiii ])rios oficiaes d e iilni.iiilin, as iiespczas fcitas
1)uina ve/: ou\.in o auto]' deste livro iimn L O I ~esta,
~ lia coloiiia, 1150 ser\ e qiiasi eiii iiad:i
coiilei-eiicia 1x1 societlade de geografia, pelo Sr. o seti progresso. Siío desl~ezaspei feitatiieiile de
l'ei eii :I tle 31~1 tos, so1)i-e iiiar1iiIi:i coloiiial ( 2 ) eiii represei] taçilo e cfiie npeii:is iii te1 essnili, 1101 i s s o ,
qiir eslc seiilioi. tiizin apo1ogi;i iIe sisteiiin segiii- ii nietropole. h iiBo sereiii os sciriços (Ir l)oi--
tos, afinal icl)iudutivos, iiáo se VI? que algiiiiia
I I)-( oiiio iioutio to-ni 6 d ~ t oterli 5i111, olrril.i<lo O ahsiintn r llilln
iitilidadc resulte (Ias despezns coiii a iiiarii11i:i
~oiiiiss.io foi iiicuiiiiil8i1 yoi 1101tal IA <i?< i r l l 11111 1' 1 ecel S O ~ C qiie nssiiii foi.:iiii 1:iiiil)eiii roiisitlei ados 1101- "I-
,i r x \ I1or inibalhos ii:io rri, pniece que f i ~ a ~ a, cnk~i u ~ ~ < 1no
o r f111r guns i~iiiiistrosdo rrltrai-iiai
~ I t i~ , I S ga%ctnc d a s iepartiqóes
iii-E\w coiiferci~iafm ~ ~ h l ~ ~110 t nli\i 10
a do Iilestiio sciibor iob o
tiliilo - 1
i i i ~irilicl
i tio Joirrento calo~ical
de fazer :il:irnie. I.:' ;i verdarle, elii toda n s i i n
evideiicia, que atesta quniito relaanineiito ieiii
elisticio da parte de qlieni tinlia por (levei. ollini-
I:oiii relaqào ao ci esciiiieiito das despezas, coin nteriqáo para coisas ião esseiiciaes.
sol, o rotulo geial de coireios, telegrafas e f:i-
isoes, esse ciqesciiiieilto 1150 teiii correspondido,
absoliitameiite, As necessidades ut'geiites tle An-
gola que i. 11111 p a ~ zeiii qiie existeni taiitos e tão
t1ist:iiites iiiicleos <?ecoloiiisac5o. Apeiias algili-is
1,ilometros cle fios telegrrrficos estão estabelecr-
tos, ailida assii-ii siijeitos a coiiti.atei~i~>os oii
cleii 101-as, ati-iliuiiiclo iiiii~tosfiiiiçioiiarios destes
sei.\ iqos t:ies roiitrnriedades nos pessiiiios 11111-
terliles foriiec~tIos pela reyni.tic5o cential do
'I'erieii-o do I'ayo. XRo sei coiii qiie fiiiidaiiieiiio
se t;izein taes :icus;iqòes, o qiie 6 certo C. que as
Iiiilias telegritticas cst:io grriiitle parte do aiiiio
iiitei i oliipiclas e qlie liara as pol)iila<;õesservi-
elas pelo cnl~o-sul,r~i:~i-ino oii pelas liiilias do c:r-
iiiiiiho de ferro, 4 preferivel sofrer o oiitis dn Este quadro resiiine-se dizeiido tl~ieneste
cirfereiic:i tle taxa, 11or l~alavra,pnrn iiiis nego- pei-iodo, relali\aii-ieiite loiigo, se gastou çorn :
cios iii-geiitcs, a ter de esperar-se cltle o telegrafo
olicial fiii.içioiic.
(:oii\,elii nceii trini- c[iie, d e resto, (luasi todas
:is i lespcz:is, coiiio saude 1)iil)Iica, ol~rnspubli-
CY~S, i1iar11111:i, roi-i-elos e telegi afos, si, sdo feitas
coiii pcsso;i1. OS melliornineiilos c[Lre pareceria
iial~iralqiie existissem, coin seii~elliantescw-bas Não são precisas p : t l a ~ ~ a sporque
, os iiui-rie-
osleiitndas, 1150 existeiii porque quasi tiido esti i.os fnlaiii ~iinisalto q u e qiiaesqiier coi~sidern-
pov fazer eiii Angola ~Oesque fixessernos, ~)riiicipalrileritepondo eiii
Aind ;i assiiii é eloqileiite o coiifi-onto. coiifroiito as varias verbas, dos cluadros aritece-
O quadro que segue c\A l~eriin e;\pressiva no- dentes. Sáo esses os quadros revehdores da
l u do cliie teiii sido a atencáo dispeiis:ida a taes iiossa ad~iiiiiisti-ac5ocoloiiial, eili Angola, iio
sc~-\~iqos pelos goyeriios (1:i iiieti opofe. Qireni periodo mais nctivo da vida ecunoniica rlacio-
:issiiii :idiiiiiiisti.n, iião teiii o direito de se apre- zial.
sentar coliio tiitos de popiilacões anciosns dc Eiii face de taes iiumeros, não lia, iião pcicIe
1iix e de progresso. Não e iiiiia afii~iiiati\rnirifiiii- linver, retoricn florida, o11 frases eiig:ilaiiadas,
tliid:~,a que iiyiii al~reseiito,coiii o fiin exclusivo para prodiizii. efeito. Não teli1 ha\wio, isto sc coii-
clue, da l ~ a r t ede quem tcnl rlirigiilo a iiossa Ile facto, iir'io se trata, coliio cra Iiecess:iisio,
i1drniiiislrag.5o iiltraiiiarina, nrin criterio, iieiii da i ~ ~ s f l ~ ~ ic0111
q ã o ,cai.inlio, c0111 cuiclado.
rcoiioinia. Eni oritro 11vl-o, que sera coinn qiie o rorn-
("riescliiei- que sqjaili os argunieiitos eiil favor lilei~ieiito deste voliirne, rnsisiii-CI iieste iin~ni.-
clri atfniiriisli-ação metropolitana, iião liaver5 iiiii- tai~lissinioassi~iitu,pois qiie o co1iside1-o11111 C105
;iuen~qiic I ' O S S ~ provar qire tem liavido ~ i ~ s t e s iii;iis i m p o trinles,
~ qiiei. 1mra :is cololiias, qiierv
seruicos siiiceridnde e jnstiqa. para a inetr-opole.
Eiii todo o caso i. horii i-eflectii. sol~l-eesta
24; ~ i ~ coi~ios
i l pnrn serviqos ~iiilitni-es,ec'cle- iiirsil~~inlia verlia, iri+isoria e elotl~iciitc.
Se este livro fosse iim panfleto, ttrm ciiselr,
siasticos, adiraiieiros, triliuiiaes e adiiiiilistl.:i~Au parti capriinir toda a iiidigii:iy:io pclo iiieiios-
civil ; preso a q u e se rediiz a niola real de todo o
i'L.500 coiltos para saucle ])iiblica, olil.iis pii- I?rog"C""U.
I)IIc;Is, inariiil-io, coli.cios, telegrafas e faroes, O que 6 iiildispei-is:ivcl tI. qiit. firfiie Iicrii p:i-
!)O0 coritos para inslriicfio puhliça, coloi-irsn- tente o [pie 1111 tlc iiisiit~sisteriteiiesta v i ~ l g i :ifil--
r
.:i0 e exliloiaqão scieiitifica !
iiiiitll n iie que a yro~,iliciade Aiigol:~6 liiii cuii-
Cl-o
I'i.ecisn-se iicilar, todavia, qiie aiiidn i. coii~ Esse caiicro iicfaiido i. apciias iini:i exploi a-
~jessc)al,:ilwnas, q u e se teiii deslieiid~doess:is da, uina viclii-iia, íliie, s c i i ~Lei. c j t i v i i i n defciitl;~,
i iiil~ortnncias. 1)iii.aiil e luiiilo tcriilm n I<:'sco/rr caril iiiteresse e coiii siiicei~cl:ide, npeii:is tcrii
I'i*i~ii.ipal, d e Loniida, 1150 fuiicioiioii. 'I'oda~ia, iiirrccido riire n esiiirigirriern, (pie Ilir: Iniiceni its
110s ol-qniiielitos xt-iscre~~ini~i-se, pelo iiiriins, reis face5 esnicilas riLie, de i-~sto,rIJn, L: parte 1rnl):i-
IiOO$OOO pari1 u~i-i'l)i.ofessoi.,ntE que ç l i c g o ~iiiiin lliacloi-:i, iiiio nicrece, iliio aceit;l c i-el~udifi,iiies-
ocasiào eili cjrie tal clunlitin f oi eliiliiiiada, 1)or- nio, Iiriosnii~ciite
: ext~iitodefiiiiti\~aiiieriteesse c.stal~elcci-
r l ~ ~ tfoi *
~iiciltodc ciiisiiici, iiins sci rliiantio o 1irol1rie1ai.10 .y f
t1:1 ca'111~i1-a iniiclnu pai-n a Escolri l-'i.ofis,sron«l,de
T.oaiirIti, que, ~ i e l n sriobcias rliic teiilio, nrio f i i t i - I-'ois, coiiio j:'i TI, ii;tu Iin dn p:irtc da iileli-o-
çioiioit durante iiiuito tetiil~o. IIU~P ~ssaci-iliciosrliie se l~roclaliiniii.
Po~tantcs, ailidti esses inisernwls coiilos tle O d ~ f i c r f i.ecoiilirc.itlo
, ,--
lielos d:iclos cifici:ir.s,
i+is iião foi n i i l efectivaiiieiite aproveitados. ficoii i-ediizldo n / , i c.oiitos ii-iccl~o~s aiiiines l i t c
1.:' iiiiin oltiii i-gatona coiiliinl dizer-se qite os E!)( 17
govci-nos prcfere~tiquc os ~io\.ossc iilnnteiilitiri~ 1i:i, 11oi.ki11~f~iiida111l1a i ~ i i l ~ o i ' t al-e~tifi~';t-
~it~~
iio ol)sciii tili tis1110 E' verdade ; nias a s Irases y:io :i frtzcr, qiie ii da iiiuxiina rinl~oriaiicia.
leit:is siTo sen1pi.r grafias para e ~ p r i i i l i riirii fe- .[ri o sr. .l~iliode Yllliciin afii.iixou, como 1111-
iioriiciio i-iio~itlrIiic se repele, ate receber tl coii- iiisii-o das coloiilas. q u e li:] despczas coloiiinc-,
sitgraqiio rios liai-1ze.i dt. cèra I-'ni.rr~,t hei11 vel- cjiic iião de\ e~~inrii ser inclnidas n o oi q:tilieiilt)
cl:ide, rlltc essri Si-asc te111 alilic:ir.iio iiu munieiltci. iiltr:iiiiariric,, pois q u e iIns oiiti-os pnizps qtie 110s-
sueiii posscssi%s, essas d e s p c z n q ~ ' ~ r t e n w AS m I~ido.A c l i r i iifio f:icn :r ii~ciii)~.
o11jecr;ãodeçcaf)ida.
iiieti.opoles. Suponha~iios qiie os seibvicos ~clesiasticostra-
Ei.iiliora esta ai.gu~nentaq;io, que, efectrva- zem vantagcili pai-n o cleseiivolviincn to das ideias
iiieiite, 1150 aiitorisava ti çoiiclirs~o pessiiiiistii ieligiosns. Qiiein lucra, evidenteiiieillc, coiii se-
clne se p : ~ t e i ~ t e a iio~ a trabnllio de S. E1 .', srja niell-iaiite progresso I? :i cgreja, e iieste caso que
fa\loi,:ivel t'i proviiicia, o qire é certo e qiie iião ella zii1)sidiassc os inissioiiai ios oii os ~iadi-es
;i torno ein considei'ayáo. que I A v30 pregar. :i palavra de I)eus. A ~)i'oviii-
Siipc~~iliaiiios que 6s coloiiiris coiiil~eteiii3s cia n5o deveria siisteiitai. i1111 çiilto clire, i-eco-
despezas coiii a sua adi~~iilistrncfio, que, ate rei-to iihccida~nciitc,iião presta c) iiienor sei-viqo, cltier
I I O I I ~ O , se rstA jit 1io.je adolaiido lias fraiicêsns, :to coiiiercio, quer i ociipriqão politica, IILICI. ao
ciijo tipo tem sido seg~iidopelos iiossos cctatlis- desenvolviitieiito da educnqão iiidigeiio.
Ias, ;ité lwln l ~ o p r i osi+. Aii-es OineIas, coii- Se representa i1111progresso religioso ou sci \ cb
soaiite elle coiifessn no seii relatorio cliie acoin- IIN-a colocar, ap0s o seu curso teologico, os jo-
paiilia o decreto qiie reoi-gnriisoii a ndiiiiiiistra- \eiis levitas saíclos do sciiiinario de Serilaclic, :t
c.50 civil d e hloc,.aiiihiqiie iiietropole li30 tem o clírerto de, liara satisfa7,ci-
Seja, esth (fito, assim Aiiicta iiiesriio (pie tal coii~~womissos politicos ou religiosos, sol~recar-
(bo~iccss50se ri$, O tjii(-' ci veidade k qiie iro or- legar e ~ i niaist de 100 C O I I ~ O S1)01-:ti1110 O j:i 011e-
qanieiito da pi'ovincia de Arigola niiiito ha n cor- vado orqameiito de Aiigola.
lar, rixis a cortar seiii i.cceio que os sei.vi(os 11u- Mas est:i verdade airida iiiais se evidcirr-cix
I)l iços fiqiiein ])i'eliidicados, ailtcs, sob o poiito coiii relacáo ao deposito geral de rlegi'ed.i c1 OS C
iIc I ista iiioral, iiiuito liaveria a lticrar. coin que se teiii, pelo iiieiios, gasto a ~liiaii!ia$1
Hn diiris verbas qlic cstão a 111iiis110 oi*q:i- indicada; 1.2110 cotitos
iiieii to d e Aiigola ' s5o as que se p s t n m c0111 ser- E' veridico (liie os corideiiacIos Tortiin ewliii-
\ ' ~ C O S religiosos e coili 5i siisteiltaqnii do dcl~osi to do do riicio social c111 que viviain por os tril~ii-
geral dc cicgredados. n:ics os recoilliecer iiicoiiiliativeis coi-ii esse iiicio
Só colii a el~iniri~qiio (lest;is ~ t ~ l st.
~ al e lsia c rboriiorrio tivo d e sari~darle111or:tl.
teilo uiiin ecolioniia, nos ciiicoeiita e ciiico an- Seja cliial fôr a orientaqiio que cada cliinl te-
lios decori.idos, tle 3.519 coiitos. nha a respeito do crrine e do rriiriiiioso, o qiie
Cciiiio j t i se ~ i r i ,:i ticspcza feita com os ser- 6 ~ e r d a d ee que esle 6 afastado do cotivi~iod o
viqos eclesinsticss desde 18.72 loraiil i-ia iiiilior- resto da ~)opiilnqãocoiiio incapaz de gar:ii1111-
laiitissiriia soiii:~dc 2 319 coiitos. :i 1)amocial. Pois, se :issixii i., iim iiidiviciiio coil-
Colii o deposito geral cie clegi-eclndos e friiida- siderado iinpui-o pela sociedacle riela elimiiin-
qào d c coIoiiins pe~iues,gasloii, clesde 1881, l.21Mi tlo eili heiicficio dessa soried:tde e, se fi,r 1:iii-
contos, tiido iin iniportniicia cie 3.5t!l coiitos. qatfo iioutrn terra, elle irh coilt:iii.iinai. a iiieio
Mas t a ~ sdespezas sào, acaso, iifeis :í 111 nviii- pa1*a on(lt. for ~ ~ e r ~ t i a i ~ eEssas r e i - . dcsl~ezrissAo
çin ori. por oiitrn, iião deveria :I iiielropole, qiie, roi-i-esponcleiites :is das cadeias e 1)eiiiteiiciaiias
d ireclaliieil te, coiii ellas Iucrn, pagi'i-Ias ? que estáo cargo do orqanieiito da iileti.ol>ole.Eiii
1'01-que, vqi:i-se Irtliii, sciii cspii-ito procor~ce- ia1 caso o nieio para onde vac este olcinerito 11ci--
fiirbadcii- i. prejudicad(i. kirece isto ilc Ic>gsic:i Por Irojc liiiiilo-mr a coiisliit;ii. (,[ir Aiigo1;i
clenieiitar. ii:'iu lei11 dado prejiiizu á iiletrojmle. I<[i 11~1ii
Pois ~ 0 1 1 1 os coi-ideiindos da-se cste caso sei as okjecqões que v:io opcir-se aos nieus I-sicio-
siiigiil~irissiitici: :i coloiii:i recebe-os, sein aiile- ci~iios; coiilicqu-os e espeio i ~ u elles
c seja111 :itlii-
rir o iiieiior Iiicro, í. rtepreciada nioraliiiei~lc, zidos- se o foreiii-pai-;i os coiitradltai-, creio I,c*ii~
e niiidn te111 o dever de despeii<ier c o i ~ ielles q i ~ evi torio3:inieiite pois 17ad:i podei-B :iltei-:ii .
cerc:i de 70 coiilos por a11"o. hiiitl:iiiiciiialri~ei~tt~,a iiiiiilia argiiineilt:iq50,
(Ira isto iieiii é justo, t-ieiii preclsn disciissão, ella 11:tseadn eii-i iiriiiieros e eni factos os i i i i i i ~ c -
ia1 6 n cviilenci:~ t l o :il>siirdo.' i'os eltrfirdos, iiiiiii tra1)allio loligo, dos dr>c.lr-
P o r Isso tino Iiieiece ol\yecyiio qiie seiricll-iari- mei~tosoficiaes, os façlos ol>servnrios pol* torlos
te soilin deveria cslnr i~icliiido i10 orc.aiiieiito que terzi ullios ri? ver
iiicti.ol)oli t:iiio, iXc>iiioiicle s6o iiicliiirlns as des- Mas e, íiiiiclu, iiiais co iicf iirlrli te :I I I I E ~ I I ~ ~ ~ * ; I
1 ~ ~ " ;C". Ds~ I Ic " : d c i ; ~~)enitaic~ai-i:is,
~ rusns de coi- coriio os srs. ;0is1ã0,A i i es OriicI~ise biai ii<rco
i ecc5o c oulias de egiinl iiaiiirez:l e Ç O ~ I Io iiies- cle Soiisa se aspi-iliiciir lios reliilorios rliw ;icoii?-
iiio f i i i i pri~ifr:ii-fiiii os seus orq:iiii ~ itoi, i t lp 1!)03-1!)04,
Eiii \iriiide clcstcs i.aciocii~iusse t.t cluc {I to- 190fi-l!)07 e f910-191 1
t;il ilo tl(~jic-iti ~ o sniiiios decoi-i'irlos de 1XI12 ate I l i ~ l no priiueico ((No iiiliiito tle iiit4lioríii
1907 licni L; i rilli~iclu h rlir:liilin de 1 .S,50 c o ~ ~ t o s as roiidiqóes fili:iiiceir.ns d : ~jii-o\liici:i, coiitc, ctil
i ~ i isqjaiii :5:3 coiitos ~ O :IU I I ~ O Iirel e siibnieler ;i :ipr~ciac50 (Ic \'o&s:r J1:igc.s-
Eis as 1" opoi'qfi~sd o 111011stro~ 0 1 1 1 tple 110s tade aIgtiri~:is 111-o\crdeilci:ls, sciitlo ~inssr\-r1cllrc7
:ip:i\ 0r:Ilil i1 c:lcl;l llls~:~iltc* 110 exercicio f i i t i t ~ oo íl~,fir.if rl:i l j r c>vriici:i,
, sc 1?ciiscsCILW este c o
Mtis, ;iiiitln : i s s i ~ i ~1150 I?«» tlrstil~a~.rrei. tle f otlo ceiBrí ~ ~ o n s i t l ~ ~ . ~ r o
iiiitirriio a q1ie o f;111iosod{'Jirit pode liiilit;i~.-se. 1 ~ ~ ~ ~ SI,~ l l z ~ o o
I<sscs i i i i irrisciiloç 33 coii l»s pai. Liilitri, j)o(iê I~eiii Afii-iiiavu o segiiiitlo, ace1f:iiirlo a s ~inl:i-\.r;is
cli~cr-seque i~ati;isci.i:iii~, iii11:i vez qrre lias rlcspe- ile r<tl~inrdo(:ost:i, o eiiwi I lu nrliiit izisti-ttctor co-
/,:IsJ ~ Ii I;II
I es (ia ~ I - o \ - ~iciíi
I se c o i - l a s s e [ ~[)elo
~ 111~- loiii:iI qiie, evid~iiteirieiite r c s l ) ( ~ ~ A~ lafit ~ n iii:i-
I i c i s 200 roii tos j)oi niiiio, 111I I I C ~ ~ I : I ~ I I I C tirsde
~II~~ 111 ;i tei'iii~iiaiited o si. (;o~:jão~ L I P O ct(l(n/i('il ~ C ' I I I
i t siiir verdadcir:~r:i/ão d~ ser elii carisns eiti ti-
<IV l:l(Yl ]>:ll;l íY'l. r
rieilieinerite Iiitnvarii pela siia aiitoiioiiiia pririiei- Foraili 1)aIdados totlos os clniiiorcs, iiii1)roli-
i-o, e deliois pela sua indeperideiicia. 'Tivesseiii os cuas todas as iiiprecaeòes, estereis todos oq pio-
tlirigeiites ouvido os coiisellios seiisatos de Alar- testos. A tlraii~a reacioii:iriri, iel>ieseiitatl:l ~ O L -
gall c Ikifael I,af~i.ae os acontecimentos toiiiariam Ciinovas de1 Castillo, cega alite a e\ri(leiici:i, i i á o
oiitr:t direcção e teriam, coiil certeza, oiiti'o re- recoiilieciii aos cubailos o direito d e at~iiiiiiistin-
siiltiido. I)e resto ri opiiiiâo de Pi l7 Marg-111era ção, i epudiaildo-os desdeiiliosanieiite coiii :i oieii-
logica; elle qiie esc] a r e r a o livro l;rinioroso Lns siva ;ilcriiiha de 1wgrito.5. loda ;I tiraiiia se,iiilgn
7 .
~ttrcio~~cllitltrtles não poderia ter outra iiiaiieira a stibsisteiite aiite os direito5 dos povos e iii-se
eiicarar o pi ol)Ieii~n ((Coiiceder a (Iulia iiiiia air- beiii que, apesar cie vei+sadoiia Iiistoi-ia, o (lei-
toiio~ninreal, dizia elle, isto 6, unia constituicão potico iiiriiis1i.o esl)aiiliol iiGo s o u l ~ etii+aisdela o
Liiialoga A do (kinadit. Parece-iiie qiie seria essa ~ ~ e i i oeilsii~;liliclito,
r i-ilorreiido \.itiiiin tln siin
n riiiic:i refoi nia qiie os insiirgeii tes :iceitariaiii de
('1 - \X'cl~c.t -- --
l T i l i < ~ r r ~ nVol
I i r ~ l o r{(i l IV -- >ag 187 r \egtiiiilcs.
(-1 - ~ 1 ~ iC'
1 15 llOl\t - ,,'E5~~~cJllt', t.llbfl ct lf'\ ! > ( C C ( Y - ~ r l l ' i
coo-se por fazer coinpi-eerirler 6 Espai~linqiie
iiiiyroficun teiiiiosia pai;? niaiiter, iin Espniilia, uiiia iiiiida1iq;i poli fica se ii~ipiiiilia.1) ( 1)
o domiiiio diimn tirania 1)r~ital
A Espanlia venceu pela astucia de Mai-tiiie~
A America esyaiihola foi, desde seinpre, o Çanipos, ,lias ~mpeiiiteiitereiricidiu lios nies-
teatl-o de acoiiteciiiieiltos que deveriaili :IrrilS- mos erros, lia mesma atitude de guerra aliei-ta,
t:i-la rllilja e :i' ilec:itleiicia. Coiii Cortez e Pi- até que sofreu as coriseqlieiicias de taes fiiltns
Lari.0, (0 pnnierro) esiiiagoii cirilisayóes iiidige para iiáo Ilies ch:iiuarmos crimes.
iias, onde liavia iiiis loiiges de e(1iicai;'do e or- Qiiaiido os Iioliieiis da i.el>iihlicn esliniiliol:~
ganisaqc50 politica. J>e11ois c o i i ~a e ~ e c u ç 5 odo tomararil coiita do goyeriio iião liirderaiii coiii-
iniiào do conqiiistadoi do I'erii e de Carvajal, preeiider n grande iiiiportaiicia do prohlenia qiie
])elo ,jes~lita(;ascu, clevido 6 s niniieiras iiiit~io- 1120 podia ser visto de relaiice e iiiaiiiiver:iiii :i
sas tieste hipocrita delegado do igno1)il Cailos Y, niesiiia atitiide. Entregue ao abaiidoiio da iiie-
;isseguiou o seti pi-edoiniiiio politico diiraiite tiol~ole,Ciil~aIibei-toii-se da siia sit~tayão<lepeii-
quasi tres seculos, para por f i i i i vir cair fulnii- deiile e ~~roclaiiioii iiiois tarde n sua conip1et;i
iintl;i eiii Cnvitc, qiie defiriltiv;tinctite assegurori sepai.ayão da aiitiga iiaqáo doiiiirladora.
:i iiidepeiidericia de (111 ba e n aiiesaqiio das Fili-
pinas aos Estados-Uiiidos, apes:ir da luta iiltiiiici-
(:orno difere da Espaiilia a Iiiglateri-a, reiido
ri:\ st.j>arayiío tla Ai iierica do Noidle uin eiisi ii:i-
i~ieiiteter. toiiiado iiiais uiiin feiçrío ecoiioiiiicn iiieri to para os fii turos goveriios das co1otii:is !
caril os eiii bar:icos fiscnes qiie a Espaii1i:i 011~1-
iilia As diias coloiiias restaiites ( I ) .
Kraiii sempre olhnrlos cotii eatreiiia iiidife-
I eiiqn todas as recliiriinc;.óesq u e os autoi~oriiistas U I I ~ I I I i.?\~ ~ Oia ?%ta+) I O \ C I \ i-01 ~ ~ I O L I ~ IaI IIcq>tit)I~c~t
~ ~ ~ I ~ riii I 1'01 tligal
I i * \ ~<ielitr q11e 11io po<Cii.iinor iniitllir.ti to<loo tirt>alliuh i l o . IxuqtiIs
1':i~iiiii1,iiuiiia alitiicie pacifica de coriciliaqáo. .i doiitriii,i que rleteiirlo iicslc \oliriiie ~ i i h c i i t pa , i w i n coin iii.ii5 i i f f i i i
Urii pii1)licista c11bailo, que foi depiitado As i coiii 11111110 111aioi ('\pc'iaiicd O que Iin n fciltr'& n s c411 r igrridn 2 0 s
I~r111os ( ~ L I C ' iiJn cotitiiiiiatii n \iit>sistir oficinlnit.rit~. rorrio i i i i ~ i i s t ~ ~ i i o
cbòi.ter; esl)aiiliolas, e\puiilia a questão beiii elii- tio reirio, (Ia f.izeii(I.i, ohrai plil>licas, !,e111
coiiin a t ~ l i i i i i i i n ç i o ,i r i I I I P I I -
cida t ivaiiieiitc - (I S:i pi.opria coloii~ti,os Iioineiis /I-, 11.15 fiasri, nttinl iiiiliisli o da fnrcii<la,altictl p~e\ideiiledo ~011it~111o.
elt
iiiais p r e ideiites
~ deiiiiiiciavat~i o caricro da es-
cravntrii a, os 11oi.i-orescio trafico, c7 col-rtiqiio dos
eiiil)~-eg:~:"los, os :il)usos do go~.ei.iio, o descoii-
leiitniileilto cio pais çoiideiiado a tiina perfeita
~iiferioi-itladel~olilica NAo os escutaraiii e co-
iliec;ii'i\lll OS pr1111~1i.0~ coi~flictosariiiados. ,
~ A i i t e sda forniida\~eliiisiii.reic;ão cie 18(58, qiie
(lurou 10 aiiiios, o ],ai tido reforiiiista, q i i e coii-
Inva iiris siias fileiras os cubaiios inais illiistla-
dos, os iiinrs ricos e os iiiais i~itlueiites,esfor-
- -- -
crziiii recoiiliecidas ( I )
gnsciir e corii a itecessidade d a guerra de çaii-
r~iiistafoi iiecessario ii~aiiteriiiila certa ociipa~iio Aqui terilos coino o regiiiieii i1 dchii i csril-
iiiilitdr A :id~iiiiiisti*açi?o de Galieiii refiiildiii coin- tados tjrie iino poderia (lar o icgriiieii iiiifilni,
pletaiiieiite os servrços da colonia em 9 ailiios. oiidc as r a p s iiidigeiins são coiisiderad:is iiiiirto
O goveriio de Paris iiotori, coiiitrido, qrre as iiiars irasciveis qiie as de Angola.
agitocoes giierreiras cias tribus liialaias da graiide 1):i inesmn f6riiia isso siicede lias coloiiia\ i i i -
rllia erS:i1ii constarites e prociiroii estirdal' os 1110- $lesas cia Afi ica clo sul, oiide lia t i il~iisagtieri i-
iivos. O governador geral desilaturnva-os, npon- d:is coilio os ziilus, os I)ristilos, os c:tfi-es, ctcb, c.
tarido como rriziio de semelhante estado, a raj- ;i cjticin os goreriios civi5 iiisiicl:ilii, eiii caio (i<\
va coiitra a doniinaqáo francesa. Hoiive unia rc- iiecessict:idc, coiiil)ater
pressfio I~ol-rorosadtima siiblevaçáo de 81-alide
pa~-teda illia. Gaherii irsoii da inasiiiia ferocida-
r ~ i l111- ;Clniisilli:~,qiic se nrliavrt iio I I ~ O IIC 80-
veriio, evitado a coiii1ilet:i niiai rjui:i tlacjii~1:i]):i1 -
I? mcsino cc,iiIiccicto c~twos govcr-iios ii~ilita- te tia l~iboviiiçin,eii~iaiidon roliiii;i tln I,ilicilo,
res iiiío Iciii sido tao f e l i ~ e scoiiio os paizanos, sol) o c.oi~i:iiitlotio si. I'ites J ~ ~ : I I I ~ ~ o .
rluaticlu se le\raiilatii rebeliões irirlrgerins. I'orlniito, iitTo e cssciiçinl q u e A f'l-eiif~(13s
\'ela-se o que sucedeu n a Afi-ica alemã; \!e- i)i-oviilc~:is 111 t ~ - : i ~ i ~ aesic~jarii
~ ~ ~ ; i s~ i ~ i l ~ t 1x11 a r :Ic ~
ia-se o clric siicedeu dtiraiite inuito tt3rrilio Pni cjile a se iiiatiteiiliii.
hIoq:ti~iliirl~t~, O I I ~ P liai-ri
, e x e ~ n l ~ tiylco,
lo o Bon- !+Ias 11:\ li111 c \ c l ~ ~ ]~~r -~l sc~~~ l l t i s sIlI Ílll ~l l ~o ~ ~
ga za~iihoiide toclas as arreiiictic1:is dos goIrer- irioderiiii Iiistoi tn coiuliial. I-:' t i celclii-nrlo (li>-
iiridoi-cs i i i i l i tal-es, c l ~ e g ~ i i d iic~iiele
o exli*emo trito da I,iiilcla. X I,u~idato1 seiiil~r-c,e :iiiitl;i c,
liori~oroso rIa rliairiia ttuina cslictiiqáo, coliiaii- lioje npoiitacl:~ roino r i t i x i I cgião iiis~iJi~iiiss;i c
tlndn pai. í;iiiIlieriiie de Porliigal, oiicle inor- tciie1)rosa Pois aiites de tcr sido cloiiiiii:icla 1)elo
i.rr:iiii, aleiii cleste, Xiitoiiio '1'i.av:issos Valriez, elerileiilo lilili t;ir to1 irivnrlicta pelo coiiiei-cio,
(:ai tiosri e os alferes Qtieli oga, iC1oiiteiiegi.u c Al- pcli) ativo ti~alinIliadoi-que se clesigii:i, iio i i i tc-
ves, ctc i ior de Angol:i, coili o iivlile cle rrnlrrtlo.
I=, govcriiava a proviilcia d e Moqaml~ique,
I)t. i.cpentc, I A luiigc, cin logarc5 iijst;iiici:iclo~,
iicssa ocasião, o mllil:i~. hligiiel Airgusto Gou-
veia ein poii tos oiitle :i ar1tal-ir1:ide ~)o~trlgi~+,:i, i15o
Coin relnq5o :i iiiigola governava a provin- tiiilin or.iipacáo cfertri-;i. o gciilio i rtvolln c \c-
ria i1111 major de estado ni:iioiq, u q u e sucedeu quioso, Iniiqou iiiiio, eiii 1!10.5, tle h:i\.cres qiic o
uiii c,:ipil:io clc inai. c guerra, cluaiiclo ein IYK.2 coinercio, r*o~ii11111 c~iiclur~os e sac.i~riic~rcis, 1i;ii ;i
Iioiive n 1ev:ii-i lameiilo cIr (;assaiige de clue i-e- lii tililia levado. Sacrific:~ ;I sua saiiliii 1x10 iile-
siiltnu (1 1101-i-or-osorilartirio cio coroncl C::isal, iios iiiiia \~lcta precios:i, c tlisliei.sos coiiici (pie
iiiii fiiraçáo os tilrcsse iii~l,eIrclo, todos os qiic,
d e clueiil os l>angIaszoiii tiai-aiii a polito de t i ans-
ii>rni:irein, nliilia tefrica l>riilcadeira, o SÉ'LI cra- iio Citengo iaiii g:iiilinr :li-i isr.:id:iii-ientc :i \II:I
rieo eIn vasiIli;i ])aia heher marufo vitla, para seu siistenlo, ])ai-.? iii:i~iiilen{iio d o s
I1 para não n o s a l o t i g : ~ ~ ~ ~ o smais e t i i consi- qi1e lia Etirol);~csper:ini os seiis Iiciicficios, \ cii-
(ici.:iqiics apantnrcmns a cxprdiyf~oaos I:iiarilia- do, i1uiii;i l~orrnscarii:ildilit, toclns as siia\ ccpe-
tiias, sendo govei-nadoi da provIiicra urii capitão t.niiy:is esvali-ei71-se, e 1otl:is :IS <li:\\ : I I I C ' I ~ ( ~ : I C ~ C ~
de inar e gliei-ra ( o siii- l301:ja) e go\~ei'~i:idordo tle IcliçitlatIe (lesfeilns.
d 1sli.i to revol tatlo iiin capitão de engenh:iria,
:tlias iiiuilo Ijeri~coiarlo pelos seus cailiaradas.
Em coiitraposic;iio goYcri1ava hloçaiiili~rliie
A4iitoiiioEnes, quaiido se domiiioii a revolta for-
iiiitl:i~,eltio graiide potciitudo 11cgi.0, Gungunlia- S5o t1esqj:irnos i eci-i~ii~ii:ir riiiigiitJiii, iii:is vi-a
lia, lia inalor r e ~ o l t :dos ~ ultimos lerrilios iiirigra da iilais cl:ira ~idei-iciac~iictiiilo Ir~:i\.:iiiiii cn-
Aiigol:~ C n b r n l Moiic:ida c~unriclose :iri~cltiiloua iiiriilio crratlo c a : t i l iiilriisti-:i~iio tlo clis1i.it o t l : ~
iiistii'reiyào do Bailiintfo, telirio o sccretai.io gc- I,ui-i(la, c0111 sede eiii 3ial:tilge, Iirivin, fot*c.osn-
As tril~usilidigeiias de Aiigola 1150 são niais e , tlesl:i tcroci(1:i~le severa e oliiiiliica ;i qiic
iiis\ibiiiissas que as tril)us, j A iiitelectiialiiierite Iiistoi'icariieiile se rost~l111:l cliaiiiar I~ernisiiio
siipeiiores, da Argelia, oiide a po~)iilaçAoaiabe. Note-se qiie era :i iiiiica co1oiii;i fi-aiici.s:i gniret-
c0111 teclas as raivas da tloi.iiiiiay5o politica, e iiatla por ui11 iiiilitiir e taiiil)ein eia o iiiiicn qric
c0111 todos os precoiieei tos duma ediicaqão i-eli- : i n d a ~ aconstaiiteiiieiite ],ertlii,lxidn.
glosa ret~iiiiitadanientefaliatica, e, aiiida, coni O goveriio cli;iiiiou a Paris (ialieiii, eaoiie-
ai.iiias aperfeiçoadas, qrre riiaiiq:i conio c~ual- roti-o e iioiiieoa o socialista Aug:igiieiis, espc-
q"e] soldado eiiiopeii, c' a doiiiiiiaiite. E tot1avi:i rieiite liiaire d e IJyon, aiitigo tlepiitado, ]>ara o
o cliefe da A1gelia é civil. siil)stitiiii. Ntiiicti i~iaislioii\ e I-evoltnseiiz Nada-
O que teiii sol) as suas ordciis a forqa ar- gasçar e Augagiieur a1)atidonoii lia ceic:t de uili
iiiada, para, eiii dado iiioinento, poder eiivinr :iiiiio o goveriio, co~iin illia r.om~~letniiiciilc 1~1-
iiin exercito, sol) a direcç50 duiit general, em çilicada
coi-ri))atea qualquer iiisurieiqão (:uni o go\ e i iio riiilrtai o lircqo de I,iloiiic-
Sabe-se o ctue acoiitecia ila Argelia, coiii os lro (!e caniiulio rIe feri o c.~ista\~a 992 880 l i aii-
govei.iios niilitares O iiiiiiistro iiotoii qiie, alie- cos; pois c0111 a :~diili11istra~;iode Arigigiieir i-
snr do regiii~elilielico, as i evollas eram perina- licoii redusido a 1:38.4/0 fr:iiicos, e :issiii-i 1101-
rieiites e teiri17eis e p t ocurou conliecer os iiioti- ~iiniite,se iijíeraiii econoixiins qiie des:ifogni-aili
vos qiie taziam ergiier e111 arrnas os sii1)iiiissos ii ida da coioiiia eiil roiidiçóes vaiitajosissiinns
1ial)itaiites de cei tas coiiiuiias. I<ecoriheceri cpie e iin exl)1.essl70 d iiiii joi-ital tln especial r(lac1e ( f i e -
as cdiisas tliiliaiil sido as violencins de que eraiii J'ithc Colo~lzule)aos r1erd:ideiros tra1)allios de a i . 1 ~
vi tiiiias os iiidigenas e eiisaioii o regiineii civil. est50 eiii propoi-qào riul)ln coinl>ar:idos coiii os
Os resiiltaclos foi-arn tão lisoiigeiros clrie a ilo 1)ruiieii.o~)(os tle GaIieiii) :icabarido c0111 :i
I?i-:in<j';i ii~iiica ~iiais111a11doii i~iiIitarespara o explor:icáo religiosa que constttui:t li111 pi-ejiii~o
iloiqtcde Alrica coiilo gover~iadores. eiiorriie para :i cololiia, esln1)elecelido 11111 cstti-
luto ao irldigeii:~coni g;ir:iiiti:is qtic a16 nlli 1150
'iodailia coiii a ~risiirreiqti'ioliova eiii Mada- eraiii rccoiilieciùis. ( I )
gascar e c o ~ n:i iiecessidade da guerra d e coii-
cfi~istafoi iiecessario riianter- uina certa ociil~ayiío Aqui teiiios coii~oo iegiiiiei~c1111 (leu icsul-
i i i ~ l i t ~A~adiiiiiiistraqiio
r. de Galieiii refiiiidiii coin- tndos qrie iirio ~ ~ o d e r clari a o i-egriiieii iiiiIi1:ii ,
~~letni~iciite os sei-viqos da coloiiia em 9 :iiiiios. oiide as 17aq:is iiidigeii:ts srio coiisiderad:is ri~trrlo
O governo de Paris iiotoii, coi~itlido,que as iiiais irasciveis que as de Aiigola.
açitaqòes guerreiras cias trxbus innlaias da giaride I)n iiiesiiia fdrnia ISSO sircede nas coloiii~tsi i t -
illta erarii constaiites e procuroii estudai. os 1110- glksas da Afisica c i o sul, oiitle 1i:t tril)iis agiiei-i i -
tivos. O governador geral desilaturnva-os, apoii- das coiiio (3s eulns, os Iiasiitos, os c-:ifrcs, elc, c.
taiido coiiio razão de semelliante estado, a rai- a quein os goveriios ci~lisiiiaiicl:iiii, ciii C:ISO d c
\.:i coiitra a doiiiinaqão fraiicêsa. Houve unia i r- iieces~ictndc,coii11)alei-.
pressáo Iiorrorosa diirna sublevaqáo de graiicle
parte da illia. GaIieiii usou da rnaairiia ferocída-
iiieiite, tle arrastar a este eslarlo qiic, lia iiiiiilo, sGo; Iieiii sei ttiiiil~einque ellr nao tiii1i;i ctilp:i
ilueiil ri50 fosse ~iroliositadnnieritecego, previa. <!e 1i;ío possilii a taticii go~e1'lia~iv;i qiie os <liri-
Hnvi:i 9 aiiilos que o iiialor Verissiiiio Sai= geiites d0~111-asi i a ~ ó e sco1oiii:ies 111-ociiraiii ço-
iiieiito goveriiav:i 1,urictn e a ociipa~ãotlacluele iiliecei niiqi~elesque cscollieiii ~>:~r:i c;ii.gos (lili-
~ilsti'ifoestava yLiasl por fii~er,Havla iiove aiios çeis.
qiie tis po~i~iIn~cies civiliçadas reclain:~vaiiidos Mas se elle 1150 lii~liadtido pror:is iie grnn-
l)oder+espul)licos a ~ i i l i d n n ~ para a , (:al)erida Ca- dcs eoiil~eciineiitosgoverii:itivos, lierii tia iieces-
rtiiileiiil):i, d:i scde do disliito porclue se ol~ser- snrin piVevisL?o,que P a piiiic~~);tI virtutle do ho-
lr:i\7a esta i~iconce br\.el veibdatle. estar n raliital iiieiii de gorei-iio, te-lo iii;iiilido iiaqiiele jogar
ito disti-ito da I,iiiicln, riiiiii coiisell~odo disti ilo ti1 tlo qiiaiito r[iiixri.eiii, iiias era ~)riiici~inliiiciile
r.oali~ki. querer- ron~proii~etê-lo e niiiiiter ein pei-tlii ba<.ões
F. iiúo se (11-1 qiie isto 6 iiidilereiite par;i o atliiela terra
C:lSO (111 OClIjl;t('aO 1301 (111e, 106'0 (1°C ca1)ltid Raslava te]. estiidttdo o iiiovii~ieiiiodo 1i;iii-
i i t i i i i t1isti.i to c s t ~esse
\ i i i i i i ~local pei-leiicelite a gala, coiilieccr-Ilie o scii ~ i l ~ i i ' r ltle
o iii1rig:i c a
esw disii-ito, setSiniiiais i.:i])idn ri ol)sci.\*nqãudos inlli~eiicia que elle exerce ii:is ~~opirla~,.õc.s clc
iiioviiiieiitos I)eIicos do geiitio, i i l n i s f:icil a aiiri- leste, 1)asicivaiu 1)lniios qtic elle nào Iivei ;i (111-
I:ic50 tlc rliililr~uei-i ehelciia sei\ ageiii, e riiais e\- vida em p~iblicai.,alto c hoiii soiii, para rjueiii di-
1)edito o esiii:igaiileiito d c alguiiin coiis1)ii.n- rigissc o cIislisilo ]>i-evissco qiic 1invi:i clc sc
c 3 0 l):iii~la ? coiitrn o predoiniiiio coniercral dos dai.
~ O tiiguescs,
I ;t1çii1 (:t~:ii~go Era iilesirio esli.:i- h grande forriiiilri clt. (:oiiitc C aplica~e!,scin
Lrgicaii~eiite,niiiito va1ilnlos:i tal sitli:iqáo, pois d~tictildndes, iieiii :i1 gucia : SnOcv*. j)trr ci pj ~ r ) , * i . ,
qiic (::issniige, etici a v d n ciiti e (101s diítritos, trfinl tlc 111 eor-.r1rlB
iiào iiiais teria l i l a i i c ~ aeficazes
~ cle se ii~sril~oi~di- E p r q i i e iiiio se previu'' ],oix111ç1150 se 171 e-
iiai. iieiii iitir-iii:ii., tiuiii:~ 1naiieii.a nfi-oiitnsa e vcniri? porclue iitio se s a h a
:lu1 '"\I\ a, ']"e """"as ""1 :irit1:1s, acilllllll:t~las Uiii liolrieiii ~)iil)fico,i150 é apciias, o cliic
iio scii cstutio, [ ~ r i :i i :ilgtii~~:tcois:~1i:il.ei.i:iiii d e osteliia iimg faidri agaloada o11 terii iriiins 1,:\1i-
SC'l V i l
das no iiracolo.
E teiii sitlo, sciii cliivlcla a~giiili;~, esta iiiiij<les,
l o , 1olli:ir l i i i l i ~I C S O I ~ I defi-
e\tr < J L I ~ S Ii ~ > ( ~ i e111 ~~~O Keiii iroiiica, iiias niriitu selisai:\ é :i a(liieI:i
I I , qiie tci~i 0;ido alei]to hs ii il~iisdi\s clio-
sorliila do astiito I,olio, da Itel)olerr:r, (jtiarido o
iii:id:i lida ciii clesres1)citar 05 i ~ o s s o1011112:1- ~ ceiisiirarniii de iião sc nl~reseiitni.,rleceiitciiiciitc~,
t i ioln\, corisy~~ircaiido-os coiii escali-os iia cara, a pres~dir ~ I S sessões (Ia cniiiai x iiiuiiicipal t l o
:iíl-o11t:iiido-05 ol)rigaiiiio-os a pagaiiientos dr Poi to Elle, COIIIO ieniocirie, eii\-roii, II:I s c s s ~ o
iiii110410s q11~ 1150 950 ~ ~ c \ I ( C~ oa scoiiti.lbuiq0es seg~~iiite, :i sii:i faid:i doii.arl:i, o seli cli:il)eii :)i--
qric iiào ]x)clt'iii ser- sntisteitzis, por e\agerad:is i~indoe a siin faclia, n yi-esidir :tos t1iili:iflios i1:i
c. vr~nlorias. verenção do aliligo bui.go
Eii I)ciii sei qtic o govei.ii:itlor tln 1,riiiila nào E c011tilclo, iintIa iiiois filosofico, i~ncia III:IIS
1c.i ia cnulp:i claqiielas Iril)~ls 1 ebel(1es serciii o cluc ei:ito, linda iiiais fuiid~iiiieiitaliiierite vei~tindc~ii o.
clue esse sai-c:isit~o (li1111Iioi-i-ielii de vi vri iii tcli- inraiii osto tos h sua disl~osiqào para fazer uina
gencia, seguiiclo coiitaiii os coiileiirporaiieos. obra limpa.
S o s logai-es que inip<ieiii res~~oiislihi1i~i:~~~es Com 453 conlos, que tal foi a qtiaiitin desti-
lia riecessidatle de co1oc:ii- iiiiiçioliai ios que çoiii nada, logo em 1895 e 2896, potli;i-se ter feito
etlas passaiii a]-rostnr. uma boa instalaqào cin Capeiida (:ainiile~iibn
SI:llaiige iiiiiica for corisitfei-ada capital d:t podia estabelecer os postos niilitnres, de que
I Illalaiige, era, segiiiiclo o ciecreto qiie fala o decreto, e pod~a-sealargar a arca da acqáo
iuiidou este iiovo tli5tiit0, o local qiie sei-\-i- do comercio, iiido aos politos mais distantes
ria de inicio c poiito (ic parttda parri toda5 as E que fez Verissirno Sarinento, eni todo eslcb
ol)erncOes. tempo, eni 10 aiinos 3
Iliz clairiiiieiite o deçieto « o goveiiiado~gc- Nem a o ineiios fez a ocupaçáo dc Cassarigc,
i-;il d a ]>i o v ~ i e i ~ c i :~in~w'cieiiciur:i
i para q ~ i cvi" que não é ria Lunda, pois csta aquerii Ctiarigu!
Jlnlariçe se cstaliele(:n o ceiitio r I ~ a s cde iodos Neiii, ao merios, Cassaiige, que, segundo afir-
OS reci~rsasnecessai ros 1)ni-ti d a r e;\ecu(;áo I cq)l- mam algiiiis iiiilitares, i. de façil ocupacão e d e
tl« r srgrir cr (tos ol)jr~l~ilos tlcsie t l c c ~elo )) rapidii paciiicaçáo sendo apenas temida pela
Ora 0% priiicil~aesri1qetlr.o~ei-niii, peIo i11e\- prova de fraqueza pateiiteacla e pelo pi.estig~n
iiio docuiiieiilo, os scguii~tes.«E' c.~.cacloii:i l i i o- das siias itisul~ortlii~acóes 1-ictoi.iosas do iiiendo
viiiciw de Xiigola uiii disti ito denoiiiiiiarlo cirlis- do seculo passado.
(rito cla J,riiiclu~, coiiil~ieeiidendo o h tcrl itol ios
Ir~~~r!nrlo,s no 1101 r (1 lc.\ir pcE(l f i ~ o ~ ~ ftltr c l /)i.o-
~~z
urltcrrc, « orste prlo rio Cilcr11,qo p cro srll /)rio 1 r o
Ccisstrt e I r 1 1 lzcts (I((.$ ~ln.sc-e/if(.c tlo Crznnoo.
E estal>elecia, diiiiin loriiia I~eiliciarn e ter- E apòs o desastre afirmarani os adeptos de
iiiiriniile tIiie 6 tr sc;tEc t i o gonrr-iio tlu drstr~to\r/ ri Verrssiii~o Sarinetito que este n5o era cull~:tdo
j)~-ovi.soriítrricnir. ialcibí~l~~itlrt rrri Cnpcvltlci (,'criirli- do conlercio ter avrinqado ate Cueiigo, cliiaiiclo
ionlbri N sabia que não tinha nieios de defeza,
I.:slli, 1)oi.c1ili, c.v~(leiiciado, l ~ e l nlei, qi1e o E' extraordiiiario! O comercio enviara unia
oi),leti~o (10 go17ei-iioilrie ci-eoti o tlisti-lto ei-n fa- rcpresentayão ao goveriio geral da prouiiiçia,
zer a slia O C I I I ) : I ~ ~ Oi ~ i i l ~ t acoineqaixdo
r, pol. (;:rs- ])ara ser mudada a sede d o ctistrito (Ia 1,tinda
sassa e I<iiiiliiriido e passaclos 1 1 aiiiios dc clislrilo para o local conipetente; foi por este acto :iltivo
I 0 de go\'eriio Sarineiilo, iia I,iiiida, ; i r [ ~ u i ~ e pntriotico processado colectivailiente, qirasi 1150
Criaiigo, apenas e x ~ s t i ao posto xiiilitar do Liiieiiia, haveiido i1i.ii Iioiiiei~idigi-ro eiii Mal:ii~ge e Q LIis
e eiil 19ti4 foi riistalado o d:i Caii~igiilae oii- sol que ntio fosse apanhado na ratoira; iiidicou
tio, ri pedicio dos l~ropi-iossohas, e cjiie foi nni o camiiiho a seguir; ia viveiido pacificaltiente
:is causas I ) I ' O S ~ ~ I ~ : Idos
S Clesast~*es (pie O co~llcr- coiii o gentio, pouco teiido que reclainar. eiii-
cro sof'reii. liora tivesse pela sua oiisadia, de sofrer ~3110s
Siilgueiii se opuiilia qiie Sarliieiito stgiiisse dissabores; aventurara-se n arriscar a vicia, pelo
])ara (:;ipeiida (::iiniileiiil)a, e todos os i.ec~irsos sertáo e, quaiido ixienos se esperava colocou-sc
iiiii posto iiiilitar elii 1oc;il iiicoiireiiieiite, pois vaiite essa repr eselitaçùo Q Niio; e r a conccbi(la
tlido iiielícriua cliie sc colocasse iio sitio de i~iais lios segiiinles ternios:
aglotiiernciio de coiiierciniites Deste posto iiiili-
[:ir surgiu uiiia pavorosa qiie fez dispersar os nos- Ex."lUSr. Conse1lieii.o Go~e~.iiatloi.
113.1110 i %c\-
50s colixpatriot;ts, ;iiid:liido perdidos, :to acaso, ral da Provincia de Aligola - Os Iial>itaiites t i o
coin as faiiiilias l)eiii pateiites 1i:i leiiibrariça. E Concellio cle Afalaiige veeiii in iiilo iSespctitos:(-
são ellcs os culpados de todos os, desleixos, de iiiente perante \'. Ex." repiesentrir, coiitra a iic-
tocliis as iiiciirias e de todas as ccil)ardias, que fasta perriianeiicia, neste coiicell~o,do l~cssoal
:iti. acIiii se tem coiiieticlo' que coriipõe o dislrito da 1,iiiid:i. e liedeiii :t
Isto, fraiicaiiieiite, ftiz descorqoar! trarisfereiicia, para a sede cliie Ilic foi iuax c:itln
Ver-se :i lic, oica teiiacida<lc dos Iioii~ensque pelo decreto que creoii o iilesiiio Dis~rilo.(,(::I-
r i-:ib:illiaiii, assi111 a11ies([i~iii1iac~i~ pela l~oltroireria peiida (:aniiilemha ».
ilisi giiific:aiite y ue doiiiiiiava. Ex.'"~Sr. - AS razucs qrie Ii:i S aiirios let a-
Eiitáo qiie seri:i Aiigola se não fosseiii os pio- rain o goveriio d e S . Jfagestncle, n niie\:iiV a o
~ieirosd o coiiiei-cio que te111vii~do,numa pere Ilistrlto da Liiiidri os coi~celliascle JIalaiige r.
gviii;ic.iio Ini aorios;i. alargalido o ainl~itode iiossn 1)uqiie d e I31 ngaiica, 111 oduzii-mi coii~ecjiieiilc~
;iccão ~)olrtiqa?Siiii, tligaiii os seiiliores clue as- efeitos yre~judiciaesaos ~iifeiesses rf:i Pi-01iiicin
51iii f:iluiii, c.r c ~ l i l ~ c l t l i - lpor
i, estareili 111uito satis- e do Paiz, pois qrie o govcriio do Ilrstrito, c o -
tcilos, gosniiclo eiii r e1:iIivo I~eiiiestar, o qiie va- iiio era de espetar, liiiiitou :i siia acyrio h adii~i-
Icria o ISniliiiitIo, o }fie, o Congo, Cacolida, etç., iiistraqiio dos dois coiicelhos c o qlie riiais i i i i -
clc , sc iiào fosseni as aiidaciosos qrie i~iiiitoaii- portaria, n ocril)aq:io tios iiossos f'ei.lilissiiiios tci-
tes d:i aiitor~tladccoiistitiiida, pai- I;i aiidaram si tilissiiiios tei.ritorios dti I,iiiidn, fic:im por fa~ci..
iriorire*j:ir, a nidictir a iiossn iiiflueiicia e a espn- E certo que coiii a aiiexaç5o destes dois coii-
I l i a r o iiosso l i t est~gio,teiido coiiio e\pr essào cellios e traiisfereiicias da sede tIo Ilistri to 1)ai':i
1)eiii salieiite esse tipo classico d e 5ertaiielo qiie Malaiige, preteiideii o govei-iio se S. Ríagestntlc
Si11.n Porto') iiisfalar i~iellior, poi n1griii-i teinpo, o pessoal
II o qile i. iii;iis c' [pie qiie111 ousasse ~irocln- d'ocu~açãoc ]Irepai ar iios dois popiilosos coii-
iii;ir que o govcriio 11.50 ia I>eiii, iieiii podi;iin os celhos, forças [pie se ir-istriiisseiii 1)ai.a fri7eis :L
iiiteresses dos districtos estar siijeilos nos caprl- acupocão, niio provisoi.tn liias efectiva, dos ter-
clios tle clLieiii iiào a\-a~ic;ava,coiii receio, ria ocii- ritorios cio ~iossoDistrito da 1,uiida.
11ac50 era, sciii cointeiiililay.iio. ~~ersegiiido. (:oritudo jit o Goveriiador podia coiittii corii
(;overnavn a 1)roviiicia o sr. Custodio bIigiie1 o ciporo das forcas dispoiiiveis d o coiicellio dc
Boi ln e o districto da IAiiiitl:i, iiileriiianieiite, o Malaiige, quaiido estacioiiou iio Qiiela, gosai~do
sr. Jlucecio I > i i ito o conforto qiie l i lhe deixoii o goverriadoi. (::li-
Estc oficial recel~eiilima rel>reseiitaqiio coii- vnIlio, se 6. que 1130 ei-aiii bastaiites as fo'oi.<:is
Irti n 1)crmniieiicia (]:I capital do districto eiil Mil- eiiropeias que do reino vierrini a ncoinpniilili-10
1:iiige c., eiii vez tlc titeiitler :ís j~istasrerlainap6es lias duas primeiras lentativas.
tlri\ siiialarios, iiiaiidou-os processar Era agr:i- Mas, Ex."'"S r . oito alilias são passatios qiie
h
$ =
I
rei
çial a « Moiia Qti iriil~~iiido)), verdadeira Luli- 1orid;icle siiperioi,, niioii~aliai.c.sultaiite cln tidiiii-
(in, telida 16 deixndo uina feitoria coni capitaes nistracno do coilccllio e jiii~atlo iiistrutoi scrciii
l>ai.oa per~l~itta de horraclra, e da I~srideira(pie :fados ao secret:iiio ilo I)iali*ito e i. ilo qiie Iiojc
tim grupo cle danias portiiguesas ofereceu ao ~-iro\+~iii :i ttesoi.dciii c despi cbstigio t1:i : i ~ tori- i
1~iiileii.0goveri~ador(ia I,ulitla, Jaz Lillla parte dade
:I LIIII reçaiito (Ia sala lia i.esideiicia tios gover- Vive-se in:iI c c:itl:i \.e/, pcroi Ex."lC'Si (:OII-
ii:idorrs da 1,unda eiii Xlalaiige; a oiitrn jh o teiii- sellieiro ~;o\~eriintloi- (;er:il,
pn tl o I)OUCO aiidado rediiziii rio itc.i.izo i i i p i i l - Os 11al)itaiites tle M:ilaiige e Qiiissol le\,:tiil:i-
111 S. i :i111 as sii:is 1iaj)ilnqóes ~-i;u,:i loiige, e oiitlc Iiii
Dcvi:iiii os siiint:ii-ios (festa rel-irese~iiayáo poucos iiiiiios liaai:\ iiiii:i popul:iyào cteiis:i c ti a-
pedir :i V I%.", seriIior (;over~indorGeral, i1111 I):illiadoiii, sào Iioje ei-ii~os,cas:is tles:il)it:ldrir,
iiiqrierito aos factos qiic veeiii apoiitaiido e de j)ei-correiido-w 1egii:is c 1cgti:is sciii c.iico~iii:ii
se :il)urari:iiii iniii tos outros que e rnellior i1iii:i stiiiznla por(1He o pi.01)110 iiitligei1;t liigit,
iirlnci~ilia soml)rn pnr:i dig~iidndetle todos iis pei scg:.iiicxc>cs tl:i :)ti toi.icl:icle.
A s tiTesoii c ~ u aoi ~sii~dicniiclasfeitas ao pi i- 0 co~iiercio\itiiiia de titclo isto vi. passar
iiieiro scci-elario da I.iiiid:i, :t iiltiiiia :\o ad nii- tfe W I ricla loiige (10s I ) O V O U ~ I O S ;IS c o i r i i t ~ ~c l'c ;x ~ ~
riisli riclui- e jriiz iiisti-ritoi., qiie tanibeiii era i~egoçioe Mal:iiig:.c e ()uissol oiitlc sc ciico~itiaiii
secretario do llisti-ito, troti;\eraiii a luiiie ler- c a ~ ~ t a c ~ i i i i o l ) i l i s u c tceiii
tos tlc relrocc(1ci :i c:i-
gorill:isqi~e iiiiiito riiais aL111gira111OS goveriia- iiiiiilio do 1,ric:il:i oiide icíl u cl:i sede tio coiiic-
dores. [Iio e das vrslas d:i sol cl:itlesc.:i o gtliitio iic(roci:i-
Eiiil~oi-:i:i\-o1ia d ~ s s a ssirid~c:iiicias se tivesse dor \volta :i rctoii-itii :i esti ntl:i. e :ilii çoiii ".I:icili-
forriiado iiiii vi.0 1j;1r:1 se e i i c o l ~ ~:i raiitoriclade clade sc c o i i ~ ciicc :i pci i i i i i tal o scii iicgocio.
siipei-ior. do L)lsti-ito, salvando-o da ridiciilzi 1):ilii o :iiiineiito rle peqiicriits c;tLn\ tlc coii~ct-
vergo~ilin das i-esyoiisabilidades (pie sci a elle rio c111s u q à o cboiitriiii:i da cl\ticiiiitla(lc rlo coii-
pei-leiiciaiii, esse vCo nada co~iseguiridoencol~rir c ~ l l i otlc M:il:iiigc :i16 :io I,iic:il:~
aos qiie o corilieceiii de pei to sci veio iiiosts;ir o libt:ilieleciiiiciilos coiiici-ci:ic.s tlos i i i ; i i \ 1111-
cscudo c0111 cliie se erico1)re 1mi.a iiiipriiieiiieiite I)(H t;tiltcs teeiil jli I ctii :iclo :i c~iiii~iilio tlc 1 ,iick;if:t
p1-atiçar inictuidades de q u e vnictoso se gaba. o i i t i os ti cspci :i zii iitl:i de iiicllioi-cs (lias I i i i i i t:iiii o
Ser6 coiii estas ~~iic~uidades, coin estes faii- seri coiiiei.c~o:io iiegocici <f:tleiit ()ircirigo, c' lifio
tasticlos relatorios de giicir:ts qiie iiiaiida produ- \.iii(lo 1)roiito 1 eiiietlio :i cste cil;itlo tlc coisnq,
7ir cri1 tela pelos seus celebrados piiitores, que ~ 1 1 1 ! ) r c ~ eo çoiiicrçio serti to] c:\rlo n :tli:iiicltr-
o goveriiador quer resgtttar-se da Iiipoteca cla iirir por coiii1)leto o ioiicc~lliotlc M:iliiiigc, c :i
suti pessoa feita a Sua Magestade El-rei? iigi i c l l l L ~ l l ~ : iqizr 11:1 llili 110 V C I I I :i11 :i\ c ~ s : ~ i lli111
~~o
Forani eiicoil ti-:idos abusos graves a ciijns pcr i o c \ o ctos ii1;iiorc.s sacrificií)\, tlcs:ipnrc.ccr n
i.es~~oiisal~rlirlatles se eximiu n autoridade supe- p o r coiiil)leto,
i-ior cirzeiido sereili praticados pela aritoridade Se OS f:lcto\ qiic \ ilnos :il)oiil:iiitlo iirio torcili
~iidicialou adii~iiiistrafiva,indeperideiite da sua I)nslniitc coii.ciiiceiitec Ici~il)r:iiiio!,o (IC'S:~\~T-L>~ I c
:ilqatIa; estes clefencliaiil-se corn ox-deiis da aií- I í_)iiii~giiaiigii:io i i t l ~i i \ till:itio\ ctil)itac.\
do coiiiercio nleiii do iii:~te;tal do govei iio, l'ois por esta r?lti\'ii ~.êi)~'e~etil:iyà~ 1 0 1 ;i111 1ti1-
foram roul)ados pelo geritio dos l3oiiclos aiiida ~ a t t o stocios os siii:itarios, seiitlo coiiclc~~iatlus til-
i i i i p u i ~ e , oii o d o s o l ~ a(:atiilio (;niii:iiia qiie, a giiiis a ~ ) r ~ s á11"'o náo ciiiiipriraiii por o [ I i1)ii-
tliu e iiieio d e Malaiige, jii fel: p:tssar as forças iial tln 1tel:iqào tle 1,o:tiicl:i te] aiirilacio :i sciitcti-
cio govcriio por t i e s oii c1li:iiro tlesristres de que <a Vci-se, poi-lniito, 1 ~ 1 1 u n i e s e i i ~ l ~ lL o IJ)IU) o
I-esiiltaraiii g~aiidesbaix:is q u e foi ti atlriiriiistl-nqão do si-. I:iistodio Iior ];i
E' este Sr. Coiisellieiro (;overiindor Ge-
"I" Pela niesnia epocn ela o ciutoi tlesle o, cliic 1 1 \ 7 1
ral o estado eiii qiie se ciicoiitraiii os 1inl)itantes t l i ~igia a s 1 ) e f e ~ ade Aligola o , preso eili I,o:~iitl;i
cle 'llalniige ao i-cpreseiit:ii eili n V. Kx.", pediiido pelo :idiniiiisti-adoi do coiicellio, o si. I) ( ; ~ i ~ f l l c ~ .
liarti tlesaiiexar o co~iccllicitle Muloiige do dis- iiie cle Meiiezes, ( I ) eiiteatlo do goveiiiaiIoi gc-
t r i t o da 1,iiiidn e 1i:ir:i 1101-tei-iiio a este estado i al, e esl)iiiso d a 1)rovliicin Aiitonio (iiiei i :i I'cb-
tle coisas eniqiiarito c! teiiil~o I< i., coiifiarlos no i'w, por ~ii'otcstariiioscoiilra o s corlir t r f o s qiic
alto criterio e alevaiitado ~)atriolisiliode q u e ali se f a ~ i n i i iiiici t:itlos pelo dito *yo\.ciii:itloi., :to
V. 1:s." te111 dado i i i ~ i t i i e r n s1)rov:is qiie aguni-da- iiiesiiio teinpo qiie se 1111iilia etii ])e!-tiii-l):iciio pci -
iiios coiifi:idos, l~rovi(lciiçi:lssc iiào facair1 espe- iii;iiieiitr. n ~i:icificti p o l ~ ~ l a y ãda
o c:il)~l:il tle 1111-
rar eiii ])e111dos iiossos iiiteresses riuc s5o taiii- g0l;i
Iieiii os do I'niz E I<. M " Mas, afiti:ll, ripesar (te iiiililai., o govci ii:idoi-
Malaiige, +rie l)ro\-isoi ia do disli.ito dri Liin- iiào e \ rloti :i dei iola clo Cuaiiiato oiitle i i i o i - i c-
tia, 3)de jnillio CIP 1904. ( I ) i ali1 nlgi~iiiasd c ~ e i i a sde pai-1iigiiCses, sciiclo tal
.
l i c ~ \ ~ i (o* L, I ( I I C I L% *, 1.1110 P t b ~I P I I < I ,C t, \'III~ LLO \ t\C ~ c ~ c iA~I In~,O - r r i i c ( I CIi 10, A ~ i l o ~ .li>.i<luiiii
i~o I < * ii i 11.1 31.1ig.111110 l i i l i o \ c \ ( . \ \,iiiIii\.
1110 I;~II.I 1 ( I L I I ~ ~ I ( OI ,I . I I I C I S L ~ , I « < I ( I I I ~ I I ~1<0<11 I~IIC'~ 11.1110i1
, *lai(1uiL\ lto/,i S C , lo\c L ' i ~ i i i i i l ( ~ IA l l i i ~ ti o <I,i \iI\,i \I< I < lii\.i\ t\!t*\,ii~iIi< 11.1-
I)iiigrr, 1I.irioi 1 A l i > <i lo I'iii 5 I o u i i i c1.1 (..IIII.I, Jo.i([iiiiii Jligui I Itniiios, I I i i l l i l \,illllililll '4IIl< tlo I iI1iil I( I oii\ibc'l, 1 loii
l<tli~lzco I \ti \ i
\iitoilio .losc 11.1 \ i I \ , i , l i 1) tio Xoitcb \:I/ $ CI '-i\l~loilio ~t.lltllls
I : I ~ I ~ I I O ,,ln,ir~11,11di \ ( 01 I <,I, , I o c i o 131 I I I C I I ~ 1'1~iL1, ~ O t\,rf?\l11111o I ~ I I ~ C I I I O ('1 -- * l i ~ l l l ~ I ' I ~ c I~ l ~ l l ~ <(1111 l l l l < l lli ~ i l l i ~ l l ~l <. ll \ I i \ I 1 i l \ ~ l l l l i1 1 1 1
<to ( a i i i i o ~ 1 o i i i . 1 ,.~o,icliiiiii (105 \.iiito\ \ , I I I . I ~ I I I ~ I , I()\? 1'1 1110 \nz AI- : I I M I I I ~ . I ~ ~ Icoiiio
I 11111 I i ri( i i l i i i i1.1, r ~ i l i i i i r : ~ ~
IIII>I~~.I\ , 1,11io It 111~11ig11c5 I~o/;I qIi~~A l~ IIo AI<II 11115 ( l i ) \ \.i~ito\,
~ O~I I, I O ( 011\ 1 I11 1 1 , t I l i 1 1 11111 ( r l \ < l C 1 1 l ' l l l l i l l l t 1111< 1 < \ \ i l l l l < ' 01 '1 1101 (11 \ I ,
I I . I I I ~ I \ C O A i i i n i i i o > ~ . I L I ( I T , I Io~ic-<Ia \ I I \ ~ S I< I I ~ I I IAI ~I t111ii
~ I , dt . I ( s l ~ i l l l l l < l i \ I 0 t l . l l l < l ~ l l f l < [li \ ( l i I # l ] I . l / l l t l l (11 1 ) ) i I L I ,11,1 1.111 1X1IO l l t ~ < l l l l \ ~ ~ l l - \ i
J i I I ~ ~ I ~ CJ05o I , \IIIIC \Iii1G(
\ s, Ai~p,ii\to l'ifc I', 11I I S I , AIIIIIO, I'dr & ( ', l l i l 1'111 111 i l l l i ~ iI < \o11 i 51) l i ( > l l ~ > ~ l ~ ~f i lll i\ l~<l I - l i 1 1 I 1 I O l ~ , l l i l ~C~I Ol tI I \ O -
I ~ i ~ i iI il r i r i i c l i i i s 11.r \i11,i, .I 11 í ofliio, X i i t r i i i i i > A l l i r i l i r , Aiitoiiio A(- I i i c i o i i . i i ia iI,i , i c . i t l < ii11.1 \ ( \\( ~ i i i ~ ~ t .ii i~i rri o i lei i i i i t i i 5 i o I I I < 11 i i i i \ i i i
i i i i s i o 1'trieit.i. I ) ~ I I I ~ I I I ~A ~O. I\ I ~ I I I , , A l l i c i l ~ , c \ ~ ~ p , i1~) isi li i~~ .~I.(lu.ii(iti \ I 1 1 1 ]'.L" \ 1ll.l \ O \ . i <I<. ~ ~ . 1 1 ' 1 ,l i l l 1 1 1 l . l 11.1 1.1 1 i . l l . i l ( o t i i o I i i i l l l l i l t r \ \ c
I i i g i i ~ t o111, l3,irto\ \I.irn, 1'~,111ci~co M,III,I ( It*~iic.iit<~, I c,firht r i o ( uslo- r1111 II.-IO I i , i \ i . i ti,iIialliri i i \ ~ I ~ I ( I ~ I I I . I I I O 11.1 \ i1.1, (I( i I i i i,i<io\ I o11i.1 c
r110 i l , ~\II\,I. { ~ / . I I AII~II\IO ( l i I I ~ L I I I ~I ;, ~ I ~ \ . I 1I III ~ IT I ~ I < I O ( O , AII~OIIIO
4 o(~1l10 I'LZI 11'1, \1~111o(,lFl I II~III(I(\\ 1ti1\, ,105~ i.ol)c\ clCl ( ~ I I I i( a ~ c q i.ol,~ \ -
(ilc 1'111!1I ~ < < ) l l l ~ ) ~ O.~ < ~ \ ~ k <l* lll (d
i 1l~< 1(1 '~ 1 1 .1<1<~.
~ ~ 1020 1 1'11~ \ l ~ ' ( ~ ~ l ~ < ' i l ~ l ~
10~1o\ I , i i i < i v I Uiirgo, Ioie I)<.] ii.ii(lo, . I o . i ( [ i ~ i i ~Ii< o i i i ~ ~ cAi ,~ i l i i i i M.illo\ 1.1 1~111'\( I X < I ( l t < l \ . l l l l 1111 \ < LI 111,111< 1 0 , 11111.I\ \ < / r \ < I11 I c 1 1 1 l l l l \ < l l \ l l l l l i \
\,li. A h e l tli \l.ig.iI1i6< \, ( . ~ i i l l i i . i i i i i . iIc \,I,
I I . I I \ .I. J o \ i A I \ . I I O I. 1 1 (1.1. .loir I,III/
I i i w (1t. \.I d ( ".
Il.t\50, ( I < \ i i i i o J I I V r.iiiiie~ici,,
~ ~ ,
Aiitniiio i>itll.I\ iio\ cr 1111 o., (1.15 I>"\ o'lc 'I< s <' l l l l l l t ' l \ \ I / < i 1 1oi i i r 1 l l l l l til\ 1 1 1 1 ~
I i l i . i i l i > s l , i . ~ i i l ~ i ~ i - i i i q<t i c i l r i i ~ i , \~< / 1111 i S i c ii l o i i o <li>\ I 1.11~ i i t ( 1'1 I -
~ l , ~ ~ i (oI ci ~I,IIIIJ l ( , o ~ i ( n I \ ( ~A\ ,I I ~ O I I I1'1rc\
O Fc.1 1e1i.1,I:IILI.II d o 110 A ~ I I O - li'ilo \e clc\liclioi~ 1111i.i r.ii.11111i.i < i ( i i i i r i i i L i ~ iti i 11.1 i r i i ~ i i i \ \ . i r i 11.1 \ I h i -
I 11, 1 r . i l i i i \ < o (1.1 ( t t i / , lo\i* h1.11 t i i i ç \ i1l.11 1111io.Hil<lcl>i.i~ido t1'1 ( oit.i
I'i I ( 11'1 I IIII'I, ,to\< (I<" J<*\II\ 1-c I I C I I < I , F r . i ~ i r ~ \ c(IA o \11\,1I < I \ ' I I C ~1'1 , '-
i 1 1 0 i i i h JC\II\ 1.1 I I I I ~A , <iIii,I (I( \OII/<I \ , I C ~ I ( I I I I ~\( I , 1g1o c I ' A I I I I ~i i l < ~1.~1-
,
i io L< 11i i i . i i > . I O . I ~ ~ ~ I I I 1l.i
I I \il\.i í oi~llio,1 i . i i i < i \ c o X i i i i i \ 1'11 rs t1'Al-
i t i i b i i l I , z\ugiiilii C,ii \ ,111ii> 1'1 0 < ~ 1 1 ~ : 1FI .iiici\co 11.1i i~ii(~\ 1I,1 Al.iIla, Bls-
I I I I I ~\ ~I I I I & ~ > OI <r I \ ~ II,I \ ' I I T I I~ I~ < ' I , I lC' ,~ t r I i c ~ ~d',it~iI~,~(lc~,
I ~ o A I I ~ O I I I110-
O
I I C I I ~ ~ iIl cP VcI1o !ri\( 11 AIIII~I~!<I S O L I ~ ~,To\( I I ' V I ~ ~ I<II Al<ic l ~ , ~ ( l1.1
o ,III.
1 I - i 11 \ i . i i < l l ~ t\ l l i i ~ g o \ i b r i , i i i c io I.oiiirii(n lI(iitlcss, .!os<- II,iii,i Ccci<loLo
desastre i1111 dos 1iiaiore.s da iiossa iiioderiin Iiis- Ela iiati~i;ilqiie eiiviasse ~ t i i iteciiiiico, iii1i g,l;,r-
torra coloiiial, coi-iesl)oiidciite npeiias As c:tt:is- da livros Niio seiiliores; tal 6 O prestigio dos
trotes dos ~ierriiciososteinpos da coi~quist:~. Ices iltie eiirioii Iiin calir [fio (te ca~al:iri;i, qiir
Estes e\eiiipfos cjue ve11-i do g ~ \ ~ e i - isáci
i o sc- ciitrav;~ lios escrito1 ios, tle espada rastelnii tc c
giiidos pelas coiiipailliius agrlculas (Jiia\i todas çoiii ares d e cointiiido. 1'01s que h:~v~;id e fazct;
:rs eiripreL:is co1oili:ies 6 0aclniiiiistrad:~s por iiii- se o rxenijilo do go\tei-iio -, (1"" iii;ui(i:iv:i 11111
l ~ t n r e s A coiiiliniiliin (10 (:a~eiigo tem Iitlo ali- çtipilào estudar 11s arvores ile horrnçliri . rio
teiitrços ofici:ies ri gerir ris s u a s f a ~ e i i d a s e i ~ (ioliiiigo A1 to,--era coiii~iiiicalivo,1 ) ~ q~u se dei-
Afi-ica. Alguiiias socas de S. 'l'oilic leiii cotno \uva inorrei de t ~ i ~ s e r ion iliistre iiatui.:ilist;i
:idiiiiiiisti adoi-es otiçities si~pci-ioi*es do elei-cito Ne~i,loii,i eliiitli:iiitlo-o coni ocios:t i i i t l tereiiq:~,
~
Afisriiaiii eiii 1,oaiida q u e liouve epocit eiii qrie o troqaiitlo-o, aniesc~riiiifiaiitlri-ocoiii a i ecl~iiiit:~~l:i
:idiiiiiiisli ador gei :i1 d:i do ::izeiigo, 1,ai.a ir e111 ig~iol-:tiic5ia,disc.iitiiitlo ~iest~i:\rneiitc os exeiiilil:t-
visita ás ~)rol)ricdndesdo iiitei ior leva] a iilriito?i rc\ ~ o o l o ~ i c oqiie
s cllc \):ira cti in:iiitlav:i, ir1110
ci.eadoç, cosiiilieiroç e . oficiaes 5s oi-deiis Nào ;iiii:ii giii udo d n siia I oiiingt3iii
-
scici~tific:i
OSSO 3ssegiir:tr cjue isto h s i e liosili~~arneiile as- 1,astiiiio estcs I:tctos doloi osos rio1 qiie 1 iii
sim, riias i. ])rov:ivt.l ([ire, g~aiic1c.s sciilioi-cs, lc- :iiiiigo e ciclinii-ndor do esceiitrico afric.:iiiistn.
iiliaiii taiiil~e~ii as SU:IS c0rtes e c:tt~cl;ttarios clue ii:i siia Iioiiclaclc iiigciiita e lia sua col.ifiniic.;i
1)urii:t \ ez o 13:iiico Lii ti-ariiai 1110 precisoli cii-
o siias :igeiici:is dc X1i.ic:i.
uni. iinia i i i s ~ ~ e c c á5s
Icim iiidivitIu:ilidndc, oi g;inisacào, :icqiio. Dc iiio- Porque é q u e muitos autores condenam a autonomia.- A razão do seu
tlo c ~ u e eri-i
, ineii eriteiitler, haveria rnuilo a lu- desacordo, - O debate doutrinario sobre o assunto - 0 5 grandes
acusadores da centraliíação. O s partidos politicos e o proble-
c.iqar corii iima revisiio da o l ~ r aclos s i s Villieria -
trniii iiiii ~mlirestiiiiode ( I ) 2 000 contos - pelos dor-li berel, coiitradizia-se, coillo d e i-esio se ri,ii-
qiiaes SE (1era1112 500 contos!-para O ca~~lllilio de t u d i z lodo ;i(liiele q u e roiiilriin o ;iil-a\o
ferro de S~vasilaiicira E ciuerii conieteti esse er- liia!, O ~ Md:i reiitrnlisa~do~ ~ l i i i i i ~ i qi>ief*-<i- i ~ ; ~ l ~ ~
ro'? Foi a pro\liiicin de Moyoiiibic~ueqiie aliida ~ioll~an:i,e afii9iiia que a :iiiloiioilli~i Sei-Ia rlii- :,
iião tiiilia i ece1)itlo a clefiçieiite orgaiiisnçáo qiic lia das coloiiias.
hoje possiie ?' O ~ ~ r o l ~si..
r i o])ias (;ost:i, 1150 levoii 3 su:, co-
t ageiii a polito d e iieg:ii a ~~i.oficiiict:itle ílc tal s i ~ -
Aiiida iio seli disciirso de 26 de j ~ i l b ode 1908
- -
o sr 'l'eixeii-:i d e Soiisa condena a aiitoiioii-iin. iein:i aiites e\]>licn qiie r' coiitra ellr ~ ~ o r i l i i c
Porque? Elle o d i ~ porque ; os gorei iios da iiie- s<i E piatiro «coiii l~essoal(jlie tciili;l ail~oci(l:ide
tropole tein iiiniilido o rleficit coloiiial c porque precisa para iielle se coliliai. ,I ( I ) (:oiifesse-se qric,
çoiitiqaiii iliiicins que teve de pagar, l>orclLieo iiiipIicitriineiite, siia cxcelt.iicia ii;io coiitlciia o
çuii~iiiliotle ferro d e Arrlbacn ti credor a o tesou- sisteiiia, a i ~ l e so aplaiiile e s6 i v C qiie n f;ilta (ic
r o e, liiialiiiciite, porque f o ~ desviado o fiiiido do cinpregn<los erloiieos c c:il)eLcb 111e~jiitlic:~. O
cainiiilio <le ferro de Malitiige 'Sudo erros da ad- .. SI-. I)i:is Cust:i niio viri tieiii o prol)lriiia u i i iião
coiiliece ;is ol)sei.rnqões qiic ;i \titi ai-gitiiiriit;iriio
iiiiuistruqào d:t iiletropole e de que o si. Icixei-
:111t01 lsalll.
i-a tle Soiisa olitcve argumentos pai n coiideiiar
11111;i a~itoiioii~ia (pie 1150 existe. 13ec tivaineri te Etliiardo Costa iio seii Ii.;iI)~tllio
O que ine parece, 11or6iii. digno rle ~ioii(lern- foi ao eiicoritro tlclle e resl->oiitlc.iri i i i i i to I~eiii.
~ i í oe (pie o si. 'S~r'leii-aiIr Sousli, ~ i oseii plaiio « Ile resto, escrevia 15diinrdo (:ost:i, (-) sc iitio l i t i
<\e govcriio qiie alirese~ito~i qitaiido foi nrlainti- fiiricionarios capazes dc 1)eiii {rtlliirrtrslr l r r ns co-
d o chefe d o scii partido patrociiia n tlesceiitrali- loiiias i11 loco, p o ~ . q ~ ns i e Iiavcrii par a ;li, : i c i ~ i i i -
sacáo adniiiiistr:itiva pai a os distr.ilos da iiie- i~istiai- d e loiige, tle I .isl)o:t'))) i\ o11lecc;río i., c.oiiio
ti.ol>olr, mas iiega-:i para as coloiiias c i. de olii- sc Y~I, triiii~fiii~le,e parece iiici-ivcl qiic i r i i i Iio-
li130 qiw se e<Ic~e (iiiiodificar o rcgiiiirii <\c23 de
incin coiiio o si. I>ins t:ost:i, coiisiclci :itlo f ~111-
iiinio d e 1!)0/, ~)rociir;iridoestn!>elecei-ilicirs c ~ c f i - cioii:ii.io iiiteligeiite, ]:i » 1150 coiiliet.c\ic ~ ) t ~ i : i
i ~ ri r i y eil<*lrr
~ do yoi?ri.ilo do ~ r i e lopol<~
i itn {idilii-
iiúo iiicidir iio erro clrre :ipoiito.
I I ( S ~ I ' ( Z ~ ~ /iilitltc~11-«
?« (Im C O ~ O I ~ ~ C qiier
IS, no qiie Mas Ii:i, :iiiid;t, i i i i i oii ti o ai gliii~ciilt)c eisc
d i I-espeito
~ iis tlesl>ez:is, que1 iio q u e (h.! respei- ~i:u*ece-iiie Iilesiiio iiiais feliz c iiinis t11\:1iitcl,
to tis i.eceit:is)). Ora iito i. tiiclo qiiarito 113 iiiais iiiíiis coiicliitle~itee cliic ~)erleiice:i() SI .J:iciii lo
ateriador e teiilio 1)cii:i qiie o sr. 'l'cixeirn de (:niicliílo, i)i/i:i o cliete iincioiialisl;~,coiii tiiiia 10-
Soiisn iiáo visse qiie, cniiiieiiriiiclo, como conde- grca i igoi osn c iiisofisniavc.1 r ( 0 iiicsiiio Iioiiiciii
iioii, o tralado coiii o 'l'iaiisvaal, que foi nego- -(deu-se o caso lia Iicni l)oiiros :iiios cniii o
ciado poi oi-deiii da iiietro~>ole,r~u:~iidoo si.. s r (leiiei.:lI (;oi'ião, ( I ) o ~.espcitode Ml>~:iiil~)i-
(:astil110 jti tiiilia coiilelrdo o erio d e susl~ciider --
a reforiiia ncIiiiiiii,strntivri do govci no regeliera-
() I i i r l i i i ~ ~ i i (?t i! 170
~ 1 iciri. rtt
que) -esf:iiido iio eaeicicio do gore1 iio de qual- piii.:i ;i iiletropole conio aiiicl:~se iiiruiteelii Tieis
ClLler pi.oviiicia, iião pode resolver o iiiais iiisi- :i iiiiiu so1)ertiiiia cjiie as iiáo vexa iieiii iiiilicde
gllificaiite nssirnto, sern p r f ~ i aaprovação d o riii- :i seiis proglessos iiiateriaes e iiitcleclrines Jti se
iiistro do riltiLaiiiar, mas seiido eIle iiiii~istrore- vè, pois, qiie o joveii e tIisliirlo escritor fracas-
solve tudo ,, E' iiicoiilroverso, perante estes dois sou lia sua arguiiieiit:i@o e taiito mais evitleiite
argriineiitos, o de Eduardo Costa e do sr .Inciii- é o SPU erro rjuaiito iitjs veiiios que elle eiii oii-
to Catidido, qiie se coiripletaiii, nao lia objeções ti-:i parte rlo sei1 livro (pag 2(il e seg ), se 1110s-
e sO iinia teiiilosia iiiacreditavel, poderli manter ti:i adepto do regioiialisiiio e dum:i I:irgti iiiiei--
de pi. unia organisaçào cliie n pratic:l condena e veiiqáo dos iii~iiiicipioslia :idiniiiisti.açáo colo-
a Iogica reduz a iini valor ii~ilo. iiinl Vne iiiesiiio iiiais loiigc «Coiii i.espeito a
E' assim seiiipi-e contraditoria toda a obje- tiiiaiiyas coioiliaes, e;\l)lieii o sr. F. I< Ca Silva,
cão qiie se erga coiitra o a b ~ i s oceiitralista que clizeiiios cliie as graiides asscti~l)Ieiasdevei.raii,
doiiiiiia. Aiiida o si. Fernai~doEiii'gdio d a Sil- iiáo sci orgaiiisai os or)anieiitos coi.11 as ieceitn.;
va, iiiiiiia disserlaqáo acadeinica se riiaiiifesta e desl~esasrespei1:iiites a lodas as frayóes adnii-
çoii t i a essa orgaiiis:ição diííelido qiie n aittoiio-
(I iiistrativas dtis coloiiias iiias taiil11eii.i Iini-iiioni-
111ia coritlii/ {isep:ir:ic,.50 O proprm iioiiie o 111- sai- e corrigir os 01-qaiiieiitus iniiiiicipacs ~incluilo
~ i i c n)I (1) Svrileiite o autor teria dificultiade eni qlie ])i-igasseiii c se coiiti-ntlissesseiii as siias i i i i -
deferider este nrgriiiieiito se o leirte da cadeira a posiyões.)) Estas palavras Ia Iiriiitai~iruiirto a su:i
que n dissei.laçáo era destiiiaci:~o cliainasse ri op1n150 sohr-e os iiico~iveiiieiites11:i nutoiioi~iiti,
prtIi-rr. Efectivai~ieiited e hlstoria ia freiite 116s iiias o que iiiais a restriiige ti quaiido diz c[iic
veiiios que os Estados IJiiidos se afastaram da 6 1ui:to (Ias asse~iibleiasque or-gaiiisni iaili os oi-
iiiile ~)atrsn ~iorcliie esta llie queria coartar as cniiieiitos geraes, os iiiuiiici~iios iiicriiill)ii-se-
strns legalias; cpie as colonias espaiilioias da iaiii cio e1al)orayào e execução dos orqaiiientos
Aii~ei-ic:icio siil, c pai- f i i i ~C i i l ~ se
~ , i-evoltarain locnes, \~erciadeiroscodigos taiiil)eiii das receitas
por 1150 terei11 regalias nem autoiiomin, que iiio- r despesas, i10 seiitido da crrrtoilor~licr iinaiiceiin
tivai aiii coiistaiites r-ecl:irnaqões e qiie o proprio çoi~ip;itiveI coiii tis iiecessitlatles gci nes da colo-
I3razil iii:irs depressa se afastou rle 110s por iiioti- LllH 11
1 os politicos que iiào e s t a ~ a m longe da coiicessão Aqui temos pois que ii:i detluqiío logica dos
diiiiia ntitoiioiiiia a que tiiilin tiis-eito e a ylie se seus raciociiiios o si. Silva atk a pi-opria ],:i-
Iial~ituar:~, depois qiie do50 VI se foi acollier h lavra aiitorioiiiia eiiilii ega 1):ira renlis:ir i i i i i pla-
soiii1)r;i I~eiielicatlns siias ai+I.oi7csgigantes, mais iio de adiiiiiiistrnc.50 colonial. . eiii ( I L I C iião cjiic-
ag~'adavelque a artiiin 1iari.ac:i de cnriipaiilia, eiii i.i:i :i aritonoiiiia! L)e fiicto se a divel-geiiçi;~est:i
giiei-i.:i eiiiliarncosa :ipeiias iio Lei-iiio ptr1-1trntcvtto isso poiico oii ii:id:i
Eiii c o i i l i a p o s ~ à oa Auslralia, o (::iriada, n alteia ri de ia fiiiidaiiieiitnl. Pai-laiiieiito, nsseiii-
Afi-ica tlo sul, etc, coiii ;i grciiitle niito~ioiiiia Iileiiis locaes oii regioiiaes. oii o qiie se cliieii:i,
que g o " ; " ~ , nào s6 iião são eiicargos oiierosos Liinn vez que sqja a coloilia qtie t i tite iin s~i:i
:i(tiiiiiiistrncrlo. Niio sc iltz ([iiesttlo (Ic ~ ) a l n \ -ai,
s
~ ) o i sque »" O 111 i i ~ t ] ) i o6 csse~ici:il. Nota-se,
pois, c~iicos 1)ro1)r1oscliie se ;ipresentaiil coiilra- tem dado 1x1s coloiiias inglesas. A ti.ansniissCo
I-ios a tal sisteiiia o cief'ciideiii coiii a siia ai-gri- <Ia ~woprledadeprecisa ser siiiiplificada.
ii~eiitaqiío. ((Melios foririalidndes, iiieiios papel 1
Aiiidri este ~ o v c i iescritor iiiiili trabalbo apre- @E:' iixii absiirdo querer aplicar as leis (10 coii-
sen ta(2o 11~1111C ' O I I ~esso
I de scieiicia adniiiiistra- tiiieiife As iiossas cololiias. Os ~ n e i o ssfio di-
tiva iiiosti.;i-se adepto di~iiiaa i i i ~ ~ ldesceiitrali-
a reiiies. E u111a das coisas a atelider C aos iisos
saçào. - Iiidecisóes prolirias da cdacle, mas que iiidigeiias, de nconio coni os qiiaes i. preciso legis-
c!esal)arecerrTci cju:ii-ido tivei- ntiiigido iiilia niellioi- I:ir Para esta desçeiiti.alisat;ão faz-se e~~ideilte-
iioyt-io cios Seiioiiieiios iliente inister ci-enipiriii tuncioiialisino cololiia1
que possa responder pelo Iioiii f uncioiiai~iciito
O si., Mai.iioco dc Sousa ( I ) esse iieiil inesiiio da v~dada colonia ; e eii peiiso justaiiieiite em
:i coiitrarin sendo tIe parecer clrre sb se liode preparar esse corpo c«lulii«l rri~~plin~itlo (1 ntnnl
rea1is:ir eiii detei.ii~iiiactus coiidi yóes. I)ncordo; clsco!a culorii«!, de rt?«do a (]ire ell« pussn /)>r 17P-
iieiii e possivel i-eirittiiv-sc iiiiln opiiiiáo que, ein c.c.ii-iios ru~i pcs.socil qrre trith(c ccrpcrcitintle pto.cc
p:u-te, e ra~onvel,iiiiia vez clue se 1150 tome iirini r o ~ ~ i p l e f t rri .pl n i i c n ~ .os ~ y i ~ t c i p i otki
s c!rsr-crlf~a-
seiitido eacliisi~istn, Ii,sncGo A desceirtralisnqiio ,jii 1150 6 un1:i ilovitla-
Mas este incsiiio seiilioi-, iiiiiiia i ~ ~ f . ( ~ ~qiie ' ~ ~ l o r u de: o coiisellieiro Aires de Oi-nelas jA a p6z em
foi ~ ~ l l ~ l i c ano d oI ' o i , t « , joriial qiie se pu1)lic:i 1111 pratica elii Moqciiiil~iclue Mas o que eii desclo i.
cnl>it:tl c10 norte, nfii.~iiori,clu:iiido rniriistro, ter- fa~ei- obra iifil e iião pessoal.»
rniiiaii teiueilte, sei ta\loravel no sisteiiia ingl5s. Portaiito o sisteiiin iiiglCs 6 o qiie o si-. M:ir-
Sáo estcs os seirs ])i-ol)r~os terriios que registo: iioco de Sorisa tcnciolia\~aaplicar Lis coloiri:is
- «Ei:'ii~dispeiisavelfazer n i-evisào ndiiiiiiis- l~ortiiguêsas Parece-nos, t o d a ~ i a (pie , Iiouvc itiiia
tr:iti\~idas iiossns coloiiias so1)i.e os pi*iiicipiosda ta1 011 <~iiaIcorifiisáo ria sua iiianeii-n de ver pnr-
tlesçeiiti.alisag.50 I:" Z I ? T ~ ) O S . S ~ U P CI S ~ C I I '110 i'ei-r'eiro que, em oiilro Iogar refere-se ;io sisteiiia adota-
tlo IJtrc-o cz cidi~trliis/i-ccj, cu colo~tresPor 111iriiogirt! do eiii Mo~ainlii(~ue pelo si-. Oiiiellas, que c! t l o
o 11iiriisti.o r o ~ t l t ~ O~ p1'0õle111«
(r co1011r~r1, 111es1110 iiiodelo í'ranci.~. Feito este relitiro note-se qiie o
( ~ [ l c *wjrr iriii colorirtil, IorIos os dias sul.gelli nspc- I I I ~ S I I I O qtie sua esceleixcia rsti~essede nc.orclo
c.tos j,onos clrtc' .sO Iti .vJl)arln~rctp~-rc~~tIer A ceil- coiii o sisteiiia coloiiial iiig1i.s iião seria cstc o
tralisnt,:ào sol^ ?carrega de deliiora c atE de despe- preferido.
Las iiiii tcis a vida :idm~iiisfi,ati\~a das colonias. E:" Passado teiiil)o o clicfe rio gowi-iio de qiie
,1ji.c>cl.5od,ii -1ltcs 1~1crisrtrp«c.itlntle c i t i r i i i ~ ~ i s i f . c i l i i ~ r r , qiie ele fazia parte, o sr 'Tetseira de Sousn, co-
i (1 te111jrrto cís siitts co10~1ia.s
~ . U I J I O( 1 I~i!jlntc~ cltre ino qiielii replic:i As afiii~iri~<ies cio seu iiliiiisfi-o,
(/(~sr(~~ttr(t/t,sncfio ~ ~ ~ z c r ~ r z t ~ *i111ta
t t i . ndo,s
~ n i-uzGe,s afirinav:~ tarnbeiii 11 um redator d u iiiesiiio lar-
rlo seir / l o i ~ e , s c ~ l i ~ ~Oe registro
~~lo 1)r-edial iiltraiiia- iiril
- « ~ { I Iacjio o pi-iiiciyio cI:i desceii t i alisacúo,-
i ir10 P ~ ~ r c c i t:iii~beiii
so siiriplificai--se e talvez apli-
car-llic o ncto iOr.~-c.rrnqiie t:?o bons i~es~~ltndos. atelide-lios o sr. Tcixeiitl de Sousa, - iillirt bela
teoria. A)]' que de Deus cfiie se teem apIiçatIo
hs çoloiiins jiiglesas, roiii otiiiio~i-esiiltados pois
12
sim, mas as colonias iiiglèsas sào 1)ovoadas por eùucaiido a colonia para a descent ralisação, siiii,
inglèses que iiáo se parecein iiada c0111 os colo- seiihoi*. Agora, descei~tralisação,desde jâ, 1150 I))
iiiaes l~ortiiau$sas. O livre di~.eitode legar faz Teiiaz teimosia a deste ilustre e genial esta-
iliglês o Rorneiii de iiiiciativ;i que vae para a dista. Qiie sei-ie de coisas tão fallias de logicn!
Africa do sul procui-ar fortiliia, apetrechado pa- Coni as coloiiias lia mSio tudo serH progresso,
i o rstruggle)), e obi iga a eiiiigrar não sY as mas 1101- desgiaaça, iiiesiiio coni essa orieiltaqáo
classes baixas coriio o ((gclitleinari» que iiáo p6- d e maiiclieia, foi eiicoi-itrh-las arruinadas. Passa
de contar com os niilliòes estei-lriios do pae. um atestado de 11icnl)acidade civica ao p o \ ~ 31'01-
NAS coloiilas iiiglèsas teeiu, por coiiseguinte, ti~guêse, coiiitiido, passado pouco teinpo, esse
iiiiia I ~ o l ~ u l a q áeuropeiao iiiaiol. e iiiellior. Ora iiiesmo povo dii-lhe a ~ w o \ mais
~ a frisante da sua
lias coloiiias portiigiiêsas o que siiccde? Que iião vitalidade iiioi~al, com uina grandeza de altiia,
teiiios geiite, eiii 1,oureiiço Marelites por exem- que cliega ti desculpar até todos os crimes coiile-
plo, para iiioiitar irina caiiiara iii~iiiicrpal Como tidos. Atesta l~orerno mais perfei to descoiilieci-
tl. qiie unia popiilaçáo que 1150 teiii geiite para ~iieiito d:i organisaçáo colonial inglèsa qiiando
coiistituir o corpo que iel~rcseiitna priiiieira re- afiriiia que as colonias li50 podeni dispor livre-
g:ilin duiii p o v o , o iiiunicipio -- pode iiiciilcar- iiieiite dos seus recursos proprios.
se 110s casos de requerer unia autoiiomia adiiii- Aiiida nega o direiio h autonoiiiia por iião se
~iistrati\'a'? Isto eiii ~ ~ r i i n e i rlogar o Elit , S P ~ L I I I C ! O fazer, teiiiiosaiiieiite, a eleiçào niiinicipal, iiiiiiia
l o g a ~ .rc, 11111111cr c.rperi~rtciatlc ~ ~ I Z I ~ ~ da S ~ I I YI ~ I( I I + I - terra oiide lia associaqões populares e comei-
~llin, quc j t i orupc.i cirrtrs u e z t J ~ ,~ I I S I I I O L ( - I I I11s ~ ciaes e de proprielarios, alerii das de iiistruçúo,
o ( I ~ ~ ~ ( ~ ~qrze P I I pcri
s cr a c c o ~ l o ~ i - culonral
i~n lia ter adiiiinistradas corii crilei-io e economia, e oiide
cts c-olo~iicts11a 111fioE Lsei ~ que tis vezes, para aii- lia casas iiiiportaiitissiiiias e 11ancos eapleiidida-
torisar iiii-ia despeza d e 27$000 reis se gasta111 iiieiite clirigidos, oiide, eiifii-ii, sri o estado dli
treze iiiil reis no telegraiiia, inas tninbeiii sei que provas de iiicoiiipeteiicia. eiii Loureiiço Marqiies.
se gasta111 treze mil reis ])ara evitar que a coloiiia Proslgainos, todavia, ria nosso exposi<j.ãoe 1150
( rrc) gaste iiiu tilriieii te quati oceiilos iiiil reis. De nos denioreiiios riesta lastitiiavel prova de de-
I esto, as cololticrs irq~l$scissfio nritoitoniris, Icem o sorieiitação politicn.
S P I ~« s e l f - g o o ~ i * ~ z i ~ I1lfl.F
~ e ~ i qzlrc~lt~
t», (I~SPOI'
scli.5 ~~~~~~~~~~~os 11do o pode111fiizc~~. .wnz licpnca
I l l e f r o ] ~ o l ~(2iie seria d e Aiigolii se pudesse dis-
1Idi' Iilrreiiietite dos seus ciiitlieii-os Qliaiido eu
tolnei coiitn da pasta da iiiaiiiiiin, as cololiias Uiii acadeiiiico ( I ) tanibeiii afirnia (pie neuliiiiii
dava111 uiii passivo de 3.000 coiitos! Deixei-as dos sisleiiias, cm absoluto, 6 vaiilajoso e aceita
c0111 ri siia I)alaiiqa eq~ii1il)rad:i.Ayoryr uirii ~11- :i autonoiiii:i sb eiii deterniiiiadas coricliqões.
~ ( l l ~L ~i ~~l g' ~~(l '(~orI~?11111~' (c(!(>fic1[)) d01.y l ~ l l ~ l 011- Alas que iiiil>ort;t isso, iiiiia Ire,: qiie se coiicoi de
tos Pai-talito, cluaiito a iiiiiti. lios ri50 ~ , o d e l l ~ ~ ~ ,
enic~ilaiit~, a ~ l i c a i o. ~ ~ r i i i c l p ida
o desceiltrn-
Iisaçào. Aiii1)li:iqão tIe l)odei.es, que iiiesliio
c[ue tal orieiitayiio adiiiite iiin estado mais ain- lios iiiter1~2lil3 iniiido até para f a v 0 1 . e o~ ~ ~
1310 d o progresso e de civilisaqáo? Aiiidn voliio seiivolineiilo iiid~isll.in1e coinercial beiiefrciaiido
adepto coridicional da autonoiiiia e co~ivenieiile a pesca, (sic) o autoinol>ilísrno (sic) ci e:iiido liin
iiidrcar o sr. 1,oiirenqo Carola qire lias siias liqões depos~tode carváo ria ilha de Lo:iiid:i (sic) daii-
de Escola coloriinl a discute e ern certas condicGes, do graiide esteiis5o iis Iiililas leiegr~ficasc pos-
sO a aceite, bem como os srs. Lima Bastos e lus ~ ~ i i l ~ t a r(ce ssic).
~~
Alrneida Garreil, professores da iilesrna escola. Mostra isto as i i i h iiiforniações rlue Ibossiie
Fuiidamental~neritetodos estilo do acordo ; siin esceleiicia e que, sinceraiiietite o declara-
apeiias divergencias cle o~~ortiriiidnde. Mas iiiii ~iios,Iioiive ciiteni estivesse troçniido d e si :\o
fiincioiiario do ininisterio da iiiariiilia, o si.. Au- liitlicar-lhe essas coisas, Procure sua exceleiicia
gusto Ribeiro, tem-se iiiosirado uiii adver sario 1)oa fonte de iiiforiiiaqiio, leve o seii grtiiide cs-
1160 sei se coiiveiiciclo duma autonoin~acont- p i r ~ t otIc curiosidade a porito de a coiiseguir de
pleta, e no Portugal elri Ao-ica, ii:~ siia croiiica pessoas 1)eiii iriteilcionadas e ver5 que 1150voltnid
de abril de 1904, cliega a cliaiilar tlescc.nii.rrlrscr- a pulAico corii seinelliante iiiaiieira tle ver. O ciis-
qúo pr.czfzcn ao sisteii~ai11tra-ceii t i alista até :irrui t i i i to esçi-itor çoloiiia1 iiiod~fictlrja111 ofii~idaiiieiite
seguido! Ao yuc leva a aiiçia de depreciar i i r i i a siia orieiltacão sc algriem q u e iiâo o e s l i v e s ~ e
yriiicipio. LTniarguiiieiito contra n ce~iti-alisaqiío a desfrutar Ilie desse iioçóes segui-as e e1at:is
iiponinda por este croiiist:~6 yiie :i testa d o cn- do estado cnlaiiiitoso das iiossas coloiiias. O s
i~iiiiliode ferro de Airihaca foi colocndn eiii 1,oaii- arguineiitos piieiSis de qiie se ser1 e, eiil (lesar-
da ((coiiti-atodas as iridicnções, o-são os seus pi'o- ii1011ia coma sua ciiltiirn, serrnin completnriieiitc
prios termos -a parito de ((agi-nvoi*os eilcargos nboiidonados.
de coiistruç50 forqaiicto a iiiaioi. tai.ificnqiicr dos Seiii ofensa ao coi~iprovadoiilerito I)iirocrn-
tiVaiisportes e dificultaiido o ciesenvolviineiito tico tlo si. ~ ~ r o f e s sde o ~c(Ecoiiomia coloiiial.
doutra povoaç5o suscetivel tfe largo f'~1tt11-o, se Ha, aiiidn nri ii-iesma orieiitnyáo, a opiii~ào
fosse iiela colocado a tesla (10 caminlio de fe'erro)). d;i coniissão clue deu parecer. solwe o oi-qni~ieii-
E :i ciilpa dc que111 fo'ol? Não foi tudo islo i'e- to iiietro1,olitaiio de 190!1-910 eiii qiie cliz a S o -
solvido ],elo govei-rio tia ~iietropole,sern n iiie- iiios cie opiiiiùo qtie as iiossns colonias poclelii
iior iiigereiicia da coloiiia') Mas o inesrno cro- e tlcverii viver coni recursos 11ropr10w)
iiista E diima ingeriuidade tão candida qiie ate <i(:oiiipreeiideinos a iiecessidntlc de dcscr~i-
escre\c que «lia frilt:~de iiirci:itiva local)>c qlie li alisaq,;to coloriia1 o
«Iia iiina larga desceiitralisacão e 11111 foi-te de- «Mtrs leual. cssci d e s c e i ~ul ~l ~ s t l ~ i nli;
i o (to ~ ) o ~ i t o
senvolviii~entocia acqão local ,). Salvo iiiellioi. ikrs c.oloi~icrsy a s f a r ~ n tintorl~~~udnmertio o s tlliilivz-
jiiizo sua eeaçeleiicia talvez iiào reparasse ila coi-- /'o.\ do nzetropol~,11Zo con~pr~ ~ n d e n r o s
tradição eni <pie caiu, o qiie 1150 adinira \.isto o A iliesiiia cega rega, ~ 0 1 ~ 1se 0 ~ ' 6A . iiiesi~l:l
sr. A. Rllielro estar deferideiido uiil abstirtlo. ol)l'lifio de qiie as coloiiias teili iiecess~cl:ic~c d:l
O inesxilo cav;ilheii.o diz tanil~enique Aiigoln de~c~~~ti.tilisaçáo, lilns, ai~itln,a errada iiosáo de
iião teni jiistificado as suns reclnriiacóes e ariida ( p ~ c~ ~ o l o i i i nses atiiiiitiistrarii n si ])lopliai*.
:tfiriilc7, cont~-adizei~d~-se,de iio1+o,q i i e os gover- E' pelia, l.e~liiie~itc, cjuc os ~ ) ~ l n i l l e i i t o I - Jes-
es
coilheqrini, táo prof'iiiiclt~iiieiite,o iiosso sisteiila coloniaes. E assim rniiito facilrrierite, se explica
ndiiiiiiistraiivo, que 1150 teiilirii~ilido os relntorios porque a nossa administracão ul tibaniarina, t e m
de quasi todos os goveriiadoies do ulti*aiiiar, o tom uiiifoinie, j~ezado e inadaptavel a qual-
especialiiieute os expleritlidos traballios ile (:a- quer territorio qiie todos iios conheceiiios e d e
bral Moncada, Aiitotiio Lies, Moiisinllo ile Al- que tanto sofrem as inesiizas coloiiias Ficará,
l)iiqiiei-c~ue,Eduardo Costa, FI-eire tle Andrade, pois, assente, d e que o iiosso Terreiro do Paqo
Aires Oriielas, e q u e a d ~ r ~ a 1)aseados i~i nuiiici por fori~ianlgiima quer rntiicar o grupo de fui1-
igiiorniicia grave, nrgumeiitos tâo ])erlclitaiites cioiiarios que ali trabalhani, iieiii qtialyuer dei-
Porque k preciso repetir-se, seiilior-es, clrie as les eni particular, [nas e unicamente n orientn-
coloiiias 1150 tciii a meiioi' p:ircela tle ingeren-I
c50 adrniiiistrativa que dali dii-iia~ia,e pela qiial
cia iio seu govei'iio. e moralniente respoils;ivel o niiiiisti-o, e os seus
O Jor-nnl dcrs Coiorircts que desrinpeiilioii tlio colaboradoi-es esseiicraes, os 2 o u 3 coiisellieiros
ilolii enieiite o papel de porta estaridai te contra n intinios, aquela especie de fiz Tudo de carteira,
eacessiv:i ceiitralisaqáo do iiltraniais escrevia nes- a que ja aludimos nials acima (I)
tes teriiios concretos e enei'gicos, çi'eiiios que pe-
Ia pena do saudoso publictsta e go~rei-riadortle
Angola 13 Costa « O que cpier d i ~ e r então, , Ter-
ieiro do Paco7 Eapriiiie a orieiit:ic,.ão e as idéns
fuiirlariieiitaes cllle j)residein it iiossn adiiiiiiisti.a- Ciibral Moncada, foi rude para coiii uiii siste-
qáo ~iltraiiiariiia,tatia [ ' O I I C P I I 1~ f l ~ 1 ( 110
1 I I I Z I Z ~ S ~ ~ I ' ~ O . » .nia de adriiinistrar que iiiipedia uina boa 01-dem
« (>iieiii s;io esses Iioineiis 'l' c u m proficuo progresso. O seii r-elatoi*ioqiie c
(1Em priuieiro logar os iiiinistros que iiiiiitei-- uiiia peça de fiiia ironia literaria põe a descobei-
1.11t:iiiieii tc seguem ila iiiesrna estrada. . qiie iiáo to a cliaga pestilenta da nossa vicia g~~~ei-iiativ:i
e eiideii teiiieiite a de L)niiiasco. colonial. Ahi terão os recalcitranies niuito q u e
«Mas seqjntiios,!ristos: os iiossos iiiiiiistros do apreridei- Escrevia o extrnto goveitiadorq dib
i i l ti-aniar, escolliidos ao valor das coiiveiiieiiciiis Angola:
politiças cliegani a táo importaiite lugai' seili pre- a No v tl-{ice (ia piraiiiicle repi eueii t:iliva d a
1)nra";à" suficieiite, e seiii orieiitiicAo defiiiida, e nossa admrriisti.a~ãocolonial ei-giie-se tiliia cliies-
q u e os toi-iia de ~ ~ i ~ i ~ i ce111 i i ~cilrigidos
io eiil \TL tiio a qual eiitei~docie nieu dever ~eferir-ineiies-
sereiti dirlgeiites da adiniiiistl-:ic;ào que Ihes 111- te relatorio, embora liçeiraineiile, porc{uarito a
çuin1)eiii E qiieiii dirige eiltão o ii~iiiistro,pelo julgo diima inil~ortaiici:i seiisivel 1m-a o f i i t i i i ~ )
111~110s110s seus ~ ~ ~ ~osi i~~assos'? i i c ~ Alguris,
~ poii- das nossas coloiiias, o qlie o mesii1o 6 qlie di/ci
ços cleçei.to, dos yriucil~aesiiingtiales cio iiiiiiis- ])ara O fritiii-o (10 ilosso pau. Quero referi1 -iiie
terio Isto 6 , o Ultraiiiar yoi.tiigut:s esth seiido :io sisteili:i, jb coiii raiLes nit nossa adininisti ri-
gover1i:ido por 2 ou 3 lioiiieiis qiie, qiiaesquer cão, em deiiiasia centr:rlisador, que teiii residi-
que sqjaiii as srias f:\ciildadcs de t i nballio e de do A gereiicia das iiossas coloiiias, toi-iiatido rlc-
iiiteligeiicia, 1150 teeiii a oireiitnq50 coii~eiiientc,
11~111 o çoiilieciiiieiil o prtitico (Ias iiecessidades
qiie tal orieiitac.iio adiiiite iiiii estado mais am- iios iiiterveiii n iiiiiido atii para fa\-orecer o de-
plo do pi-o,oresso e de civilisaçáo'~Aiiitla conio seiivolineiito iiidustrial e coiiierciai 1,ciieficiaiitlo
adepto coiidicional da autonoiiiia ti coiiveiireiite a pesca, (sic) o automohi[isino (sic) crealirio ti111
indicar o sr. Loui-enqo Caiola que iias suas 1iq6es d e p o ~ t ode carváo n a ilha de Loaiidti (sic) daii-
de Escola colonicrl a discute e em certas coridicões, do graiide exteiisão As litilias telegraficas e pns-
sb a acerte, bem como os srs. Linia Bastos e tos i i i i l i t:tres (e sic).
')
Alineida Garrett, professei-es da iiiesinn escola. Mostra isto :is inhs inforniaçóes c ~ u cposstie
Furidanientalmeiite todos estr'ío do acordo; siia cxceleiicia e cliie, siiiceraiiierite o [teclara-
npeiias divergencias de oportutiidade. Mas triii iiios, Iioiive qiieiii estivesse troçairdo d e si ao
~iincioiiariodo iiiinisterio da liiariilha, o sr Xii- iiidicar-llie essas coisas. Procure sua eaceleiicia
giisto Ribeiro, tein-se iiiostrado uiii adversarro 1)oa foiitc de iiiforiiiaqfio, leve o seu gi.:iritlc es-
1150 sei se con~eiicidoduilia aiitonomia coiil- ],w'to de curiosidade a polito de a coiiseguir cic
pleta, e i10 Portugal ent Afisiccr, lia siia cronica pessoas beiii inteiiçioi-iadrise ver6 que 1150 vollai.5
de abril de 1904, cliega a cliiiiiiar dc.~cent~.crlisn- :i ~u1,licoconx seiiielliante iiiaiieira de ver. O ci~s-
(-cioyrtrilca ao slste~iiaiiltra-ceiitralista atC aqui triito escritor co1oiii:il inodificarin profiiiidainciitc
seguitlo' Ao qiie leva a ancia de depreciar unl :i siia orientacão se algiieiii clue iiáo o estivesse
yriiicipio. [Tni arguiiietito coiitrn a centralisa<áo n desti-utar Ilie desse noções seguras e exzitas
apontada por este croiiista C. (pie a testa do ca- do estado calaiiiitoso das iiossas coloiiias. Os
ili~niiode ferro de Atiil~acafoi colocada ein I>oaii- arguii-ieiilos ptieiSls de qlie se serve, eiii (lesar-
da «coiitr,.itodas as indicaqõcs, D-s5o os seus pro- iiionin corna sua ciiIlura, seriani completniiieiite
I I ~ I O S termos--a poiito rie ~agra\'aros eiicargos al)aiidoiiados.
de consti.uçào forqaiido a maior tarificag.,?~dos Seiii ofeiisa ao coii~liro\~ado i~icritol~iii-ocra-
ti-aiisportes e dificultalido o cIeseiivol\~itneiitn tico do sr pi*ofessor de «Ecoriotilia coloiiial. 11
doutra povoaq50 stiscetivel de largo futrii o, se Hu, aiiida na iiiesnin orieiitação, a 01)111lao
fosse tiela colocado a testa do caniinlio de ferro)). tlli coiliissão quc (leu parecer soln-e o oiqqniiien-
E a ciilpa de qriem foi? Não foi tudo islo re- to iiietropolitaiio dc 1909-910 erii (pie cliz «Si)-
solvido pelo goverrio da i~ietropole,sem a ine- i~iosde opinião que as iiossas coloiiias podeiil
iior iiigere11ci:t da colonia ?' Mas o iiiesrno cro- c deveiii viver corii reciirsos prol>rios.))
i~ista6 diiina ingeniiidade tl?o caridida qiie ate C:oinpreeiideiiios a iiecessidade de dcsccii-
escre\ e q u e «ha falta de i~iiciritiualocal» e clue íralisaqiio coloiiial. »
«lia iiina larga desceiitralisocão e uni forte de- <(M(l,sleval. essa rlescertil+crltscipio t ri4 cio portlo
senvolvi~i~ento cia acqão localj>. Salvo iiieilioi. tltrs colortias gastarrili iriiotiel adciniel~ioos t l t l t h c l -
juizo sua esceleiicia talvez iião repartisse lia cor- I o s tln riletl.opole, 1160 coritprc~n(lor~i,,s
'tradrC,?o em que caiu, o qiie iião adiiiira visto o A iiiesiiia cega rega, coiiio se \.i.. A iiicsiiia
sr. A. I<rl)eiro estar defeiiderido triii absilrtl(t. oljiiiilio tle que as coloiiias te111 iiecess~dtidetfa
O niesino cavnllieiro diz tamlieiii que iliigola (lesceiitralis:iqão, riias, aiiid~t,n errada iioc;ão d e
iião teili jiistificado as suas reclar~iagõese aliida (1," ; l ~ o ] o i i i n sse adiiiiiiistrarii ri si 1ii.01~1ias
afii1113, coriti.adizendo-se, de ~ i o \ ~ qiie
o , os gover- E' ljeiin, 1 enliiieiite, qire os par larileii ta1.e~de\-
çonheqani, til0 profiiiiciari-iciite o iiosso siste~na coloniaes. E assim miiito facilniente, se explica
adiiiiiiistrnlivo, qire li30 teiihaiii Itdo os relatorios porque a nossa administracão ultramarina, tem
de ~ L I ~ Stodos I OS govei-liadores d o ~ i l f l ~ ~ r n a r , o lom unifoi~me, pezado e inarlaptavel n q~ia1-
especialtnei~ te os exjileiididos traballios de (:a- quer territorio que todos nós conheceinos e d e
bral Moncada, Antonio Eiies, Mousinllo de Al- que tanto sofi-crn as iiiesiiias coloiiias. Ficai h,
I>ilqiierque, Ediinrdo Costa, Fi-eirc íle Aiidrade, pois, assente, d e qrre o nosso Terreiro do Paqo
Aii-es Ornelas, e cjiie nduzaiii I>aseados iiiiiila por fornia algiiriia quer indicar o grupo cie furi-
igiioraiicla grave, argunieiitos tiio pei iclitai-ites. cioriarios qiie ali trabalham, iieiii qualquer dcl-
POI-qrieC preciso repetir-se, seiiliores, qsie as les eni paiSticular, [nas e rinicamente 3 orieijta-
coloiiins iiáo teiii a ineiioi. 1):irceln de irigereii-
I
cão adniinisti.ntiva qiie dali diiilaiia, e pela clual
cia iio seli goveriio k rnoraliiiente respoiisavel o iiiiii~stro,e os seus
O J o r * ~ ~tius
u l Co101ticr.s que deseriipe~iliout:io colaboradores esseiiclaes, os 2 ou 3 coi-isellieiros
iiobi-enielite o papel de porta estaiidaiste coritra :t intinios, aquela especie de fiz Tirdo de carteii.:~,
cacessiv:i ceiitralisaqiio do iiltrainai escrevia iies- a que já aludimos mais acima. ( I )
tes termos coiici-etos e enei-gicos, creilios yrie pe-
Ia 1x11;1 do saudoso priblicista e governador de
Aiigola E. Costa: « O clue v i e r d i ~ e r eiitdo,
, ler-
i.eiro tlo I'aço? Exprime n oi-ieiitnyáo e as idtns
fuiidaiiieiitaes que presicleiii A iiossa adiiii1iisti.a- Cabra1 Moncadn, ioi rude para com i1111siste-
yào riltraiiiariiia, iotirr c'oi~cc~iliintl« rio iriiiiisl~r-io.» nia de adi-riiiiistrar que itiipedia uma boa ol.den1
« (_'rielii sfio esses honleris '7 e lim proficuo progresso. O seli iel:itol.io cilre 6
((Eiii])i-iiiie1i.o logar os iniiiistros que iiiiiiter- uti-ia peqa de fina iroilia Ilterar~apõe a descol~ei-
rutaiiieiite seguem lia iiiesmn estrada. . , que iiáo to a cliaga pestilexita da nossa vitia govei-iiativ:i
4 evideli te~iierilea de I)aiiiasco coloiiial. AIii terão os recalcitraiites ri~iiitoq u e
aMns sej;inios ~iisios:os riossos iiiiiiisti os do api-eiider. Escrevla o extinto goveri~adoi d e
iiltrainai', e'scolliidos ao valor das coiiveiiiel-icitis Ai~gola:
politicas cliegaril :i táo ~inportaiitelogai. seiii 131-e- c No v6rtice tla pir.aiiiitIe i.ej)i,eseiita ti vn d:i
1)ar:iyào sific~eilte,e seiii ai-ieiit:iciio defiriidn, e nossa admiriistraqão colonial ei-giie-se nina clucs-
q u e os torna de pi*iiiclpioc111 dirigidos eiii Yer, tão N qual enteiiclo cle meu dever referir-me iies-
sereiti diriijeiites da adiiiiiiistr:iqiio qiie llies iii- te relaloi io, eml>ora ligeirainenle, j>orrliiatito a
curnl~eiii L qiieiii d i r ~ g eeii tiio o i n ~ i i ~ s t r pelo
o, julgo duma iml)oi.taricia setisivel para o fii t i i i o
ii1enos 110s seiis I,riiiieiros passos') Alguiis, liou- das nossas çoloiiias, o que o niesnlo 6 cliie tlixci
vos cleçerto, dos pi iiici1)nes iiingiiates tio ~uiiiis- 11ar:i o fii t 111-0 do i~ossol ~ a ~ z Q ~ i erefei-11
i . o -mc
tei-io Isto é, o UItrariitir poi tugu$s esta seiido ao sisteiii:~, 16 com raizes i1:i iiossa a~lllii~listic?-
goveriiado por 2 ou :3 lioii~eiiscliie, cluaestliier yao, em tfe11iasi:i ceritralisatlili., que tem presrdi-
cIiie se.jani as sii:is faciildncies de ti abalho e d e do ;i gcreiiçia das iioirns coloiiius, to]-iiaiido (I?-
iiiteligeiiçia, 1150 teeiii a orieiitaqiio coiivenieiite,
iiexii o colilieciiiieiito pratico das iiecess~tincies
l)eiideiites elas i epartifles s~iperioi.cs,iiiil1ioi.e~ Inres qiie os iudeiaiii e Ilie dèo caralei- esl)cci:ii
(te Iiipoteses !)ara cuja soliicão alii hão-de, Iior sào desconliecidas, :H soluções, niiii tas veLes
forca, escassear elenieritos)).. ((Sisteiiin coi-iio o complicadas por iilunierns forn1iil:is I)uroci'a ti-
liosso, cciiti*nfisncioi.eiii extl-eiiio, e cativo duiiia cas que as asfixiaiii, deixaiii cle corresporitler tis
eaageratla e coii-ililicrida regulaiiienlaçiio adiiii- mais instantes necessidades, qrie srj a iiiicintira
i~istrativa e fiiinnceira, tt!eiii-no seguido outros pro\iinn, devidaniente aprecia e jufg:i, por I A e
paizes Mas deles pequeno inci tarneiito pode por cá, preciosas lioras de tralinllio perdidas ii:i
~ i r - n o spara proseguii', porqiie ao passo que 1111s elaboração de loiigos oficios, de riu~iierosostc
collieraiii de tal sistenia a decadencia e ate a re- legranzas e lia cifr-age111 eiiervaiite tle iiiriitos
cliiqfio, se 1150 o :iiiic~iiila~iieiito do seu doiriiiiio {lestes, e a admi~iistrayfioiieiii por isso detnnis
co1oiiia1, outros, coiiheceiido-lhe os iiiconve~iieii- eaelilplar e as colonias eiii pisogressos e pronlcs-
tes e os riscos, uiiitoriiieiiieiitc o coiideriaiii pela sas corno lia alma d e todos L: seritidri aspiraccio.
voz dos seus ~iiiblicistasiiiais nvariqados, que, Agai-ranio-rios desesper)irinirieiite ao l)riiic11)io
elii iiinterla cololiial, tiio elotlriente ciuaiito per- de ceiitralisacão, rjue dia a dia mais se aretitiia
suasi ~aiiieiite apregoaiii Iioje o desci~editodas c &-se cjue os iiossos estadistas ni-\rorai.aiii eiii
~ e l l i n sf o r n ~ i ~ l aadmiilistr:xiivns,
s oiicte n tiassa d i v ~ s aa sua frase tão coiiliecitla de L<ohespiei.ic
iiiaiieira de \ r e i - é taiiil~eiiiiiispirada 0 . . . q i ~ a n d ona asseiii1)leia disse. I'é~~is.seiit 1e.5 rolo-
aNào t: c p e rias secretariris clo iiiiliistei-io iião J ~ ~ P -plufdt
S qic'nl? p/-incnrpc.»
liala fuiicioiiarios distiritissi~iios,de ciilos ser-
vicos o 11:iiz iiiulto pode lucrar C felli Ii~crritlo; Os teriiios v i r ~ siiias jiistos do g ~ \ ~iiatlor
ci
iiins est5o loiige as Iii])oteses cIiegaiii lii deiiio- Mo~icada são duiii gi-atidc. eiisiii:iiiieii to. Sc iiic
iarlas, e ali. clescoradas pe1:i loiiga travessia qiie fosse possiveI e iiáo toi.nasse excessivaiiieiite tc-
teiii de realisiir, e lia casos qiie sti exaiiiiiiados diosa a leitura deste tral>alho,tiaiiscre~eriapni:i
sirr plcicc 1)odeni de\,id:iriieiite ser julpíias e de aclul os qiieixuiiies (pie r.esalt:iiii, oia violeiitos,
111011 to l ~ i * o ~ i d c i i c ~ a d a s
1) o r a serenos, ora iroiiicos iiias seiii1)i.e ~iistosrl:t-
I(Esses fuiicioi-i:irios, r~oiocacios aqrii, a11er:i- queles qiie pelo ri1tr:iiiiar tetil assado gt :iiidc
rixiii profuiidzliieiite o seu poiito cle vista e p:i- parte da vicia e (pie se tP1ii isto esil~ag:lílospor 11111
1.a deplot ai 6 (pie algiiiis lias coloiiias iiáo exer- sisteiiia ridmiiiisti-a li\.() qiic iiiui to aiiiesc[iiiii1i:i
caiii fuiicòes qiic iiotavelnieiite 1uc1uri:tiii coiii nqlreles cjue por Iú 1i.al):illiam. ,lU al~oiiteios i-c-
o coiilicciiiieiito esrito dos assuiitos qiie o seti latorios espleiididos (10s tuiicioi~:iiios i1idic:itloi.
:i1 to csl~iritoadqiiri.iriii tleprcssn, e coiii :i apli- (:orno eles cliocnvaiii a iiossa :tpatia 1,iil-ocr:iti-
c.nc5o tledicatln d:is srins elevriíltis qrialidatles, Fol coino qiie 11111 s;icrileg~oaquclc gi 110 d c
q u e o sei1 i~icoiitesta\-e1civisiiio efic:iziiieiite liri- Moiisiiilio de All)iiquerr~~ie cj~iaiitlo (11. Moq:iiii-
\ ia tlc. instigar. 1) 1)icluc replicou p:lix c l i iiiiia qiie Ilie pccii
(1 I A sol) as ai cadas oii iio I-eliiaiiso dos seus r:i~iio o~~qailieiito. «O oi c.niiieiilo, c\cluii~oiic l l ~ ,
L) al)r ii e t e s , os assuritos clieg:ri\i iiilperfei tos e e u c:i o faqo pois que os seiilioi es itlii iiào o s;i-
([11;151 seiiil)i e tardiri~iieii te pai a o qiie :I siia li:)- 1)eili elaborni. por ~~~~~~~~~~~~~~~eni os ~ e ( ~ i r sdo: í~
Iiiicsa iiiil~òeiirgeiite, as cii.cuiislaricins p:irticii- pro\ iiicia.))
iirgentes; regular~aiil :i siia i n i p o ~ i ~ á oos, s ~ i i s
serviqos civicos e poIiticos, os c~ri:itli-o~ do seli
~)essoal,e tc
A orientaçáo que subrcsae, iiitida e forinal, (<A' iiielropole caherin n iioiiicncj.áo (10.; i-c-
ciiti+c os elen~eiitos nl:iis elevados da menta- preseiitaiites da sol~erniiia,c o foisiiecii~ieritod:is
Iidacie portuguèsa, iliie se te111 ocupado da or- forcas l)oliticas de terra e liirir. »
gaiiisacfio ultraiiiarina, 6 a coiidenaqão, por coni- Vê-se conio o ernei-ito ~)iil~l~cistt\, iiiila tlas
pleto, do riosso sistema adiliiiiistrativo. Os pro- grandes ali toridades eiil assiiiitos ecoiioriiicos
prios cpie a 1150 aceitaii~,como viiiios, te111 iiina ein Portrigal, ,]ti e m 188-1 dcl~rienv:i,a tlV:icos
debil~datlerle tiiotivos que i150 chegam a ser largos, uiilil autonoiiiia coloiiinl, contra ;i q ~ i n l
riizóes, antes, fuiidaiiienlaliilenle a aprovaiii. imda lia qiie observar.
Otitros, artida, alnda distiiigiiein eiitiLedesceii- Mas siicessivainerite tiiiitos siio os piil~licisi:i\
tralisaçfio e autoiinriiia, coiiio o sr. Zeferirio que dlficil C eiiuiiierh-10s a totlos, que defeiitleii~
(:aiiditio. antigo diretor da «Epoca» e o sr Lou- briosaiuente seinelliaiite teori:~. O si-. (ir. A i i to-
reiro da Foiisecii que foi colal>orndor do Ecorio- iiio I~odrigiiesRraga, fez tio seu Folilel~locolo-
rnistcr, pnlatliiio da Guiiié. ~iictlportrryrr& iim l~laiionclrniiiisti-ntlvo, eiii 1)ni'-
Mas isso sáo vnriaiites que niio tem o nie- le aceitavel; o si.. tionies dos Santos, lias Norjtrs
iior valor, pois que, esscricialrneiite, são afins as coloriras, põe-se ao lado driiria reforma n~ifu-
tcoi.ins de desceiitrnlisa~oe nu totioiiiiu Auto- I I O I I I ~ Sinns
~ ~ , coiii certa reserva, ~iiriscoiii licsi-
iioinia e, pode-se dizei-, o iiltirno termo da des- taçáo.
cen tralisaqRo. O sib.Pereira de Matos, 110 sei1 110ta\e1 Ira-
Mas c o i ~ t i aa correiite ceiitralista se acen- bailio intitulado a Mnl-rrtlzrc csolortrcrl diz co~iiLocl:~
tiia sempre, iiiestno 110s aiitigos priblicistas, co- n coiiviççáo : «A verdade, Iioje :ipi-ego:icl:i I)or lo-
ino Migiiel de Rulliões, lia sua bela obra A fn- dos aqueles que tem vivido ilo iillraiiiar i. \ igo-
zr~~citr pziblicrt cJr Porf~rgaf,eii) qrie diz o seguiti- rosaiiiei~te este. s O Ia. r ~ iIoco, hn os elcriieiilos
te : ~ ( A I g ~ i i i ~das
a s riossas proviiicins ultrainari- precisos para fazer-se iiiiia boa adiniiiisti a ~ ã o ) ) ,
nas deveriani 38 ter iiiis parlanientos pio\rin- E iiiais i~itidameiiteesclarece : «Nào se ti nt:i
cines electivos, oiide i150 tivessen-i asseiito em- d~1311a~ d e aiiial esl>oqadn, inas siin diiiiia as11ii.a-
psegudos neni oritros dependeiites da adliiihls- cão beni definlcla. Sú lia u i i i regiiiieu, 1111i:i li(111-
l r a ~ á oA
. adriiiiiisti~a~lio clevei.iri estar a casgo de tica que possa reiiieíiiai. todos estes ii~coiiveiiieii-
secrclarios respoiisoveis perante esses parlaiilcn- tes -o clo s e l J ' ~ ~ o o ~ ~o- da l i raritoiioii~i:i
~ ~ ~ ~ ~ f ,:itliiii-
tos. Ao goverriacior deveria caber as atribuicões iiistx.ativa, c é isto que as coloi~las~lefei~(1~111 C
de op&-se e c?~eliI)ei-:~~fies iiianifestaniente iiocr- quereiil, iio exercicio do iiiaxiiiio clirelto qiic
vas, c~~laiido as hoiivessc, dos parlamentos pro- llies d:í 3 defeza (10s seus iiitei-esses, eiii qiic
\fit-iclnes, rei~o\~anilo logo par21 O governo de iile- vPiii, e coni justa razáo, o iiiltresse (10 p:tiz)).
ti opole A s 1)roviiiçias votariain ar~iialilienteas I)n mesma Ioriiia riiii ilusti e iiingistiatlo 111-
siins i-cceitsis e despezas, bem coino as indispen- li-amar o si-. Albaiio de Magalliàcs, iio scii
sttveis opeiaçócs de credito por melhoramentos e\l>leiicii(lo ] i \ ~ oEsiirtfos c.ulorlrtrc.r arirliia cliic :i
])eiicleiites ilns i eli:irtiqões siiperioies, iiiilliares lares qile os rodeiniii e Ilie dão cnriitci. espcciai
(ie liilioteses 1)a-a ciija soliyao ali1 hào-de, por sào descoiiliecidas; as solii~òes, niuitas vems
força, escassear eleiiieiitos)). . c(Sisteiiia coiiio o complicadas por iiiuiliertis toriiiii1:is I ~ i iocrnti-
i
liosso, ceiit~.alisncioi erii exfi.eitio, e cativo d lriiia cas que as asfixiain, deixa111 de corresponc!er :is
e\ogeratla e coriil~licndaregiilaiiieritaqfio ndmi- mais instantes riecessidades, qrie s 8 :i iiiiciati\.:i
iiistr:if~\~ae fiiiniiceir;~,teeni-iio segiiido oirtros proxima, devidanieiite aprecia e julga, 1101- I A c
1,:ii~esMas deles peqlielio iiici tarneiilo pode por cii, preciosas horas de tra1)nllio pei-didas ii:i
\rir-110s ])ara piosegiiir, porque ao passo qiie uns elaboração de longos oficios, cfe iiuriierosos tc
collieraiii cle tal sistenl:~a decndericia e atE a re- fegramas e ria cifragelii e~ier\~aiite de ~iiriitos
tltiçiio, se 1150 o aiiicliiilaineiito do seu doiiiiiiio (lestes, e a admiiiistraqiio iieiii por isso deiuais
coloiiial, outros, coiilieceiido-llie os ~iiconveiiieii- exei~lplare as colonins ein progressos e premes-
tes e os rlscos, iiriiforiiiemeiite o coiideiiarii pel~t s;is coino na alma d e todos 6 sentid:i aspiraciio.
voz dos sciis piibliclstas iiinis :lvaiiqados, que, Agai-ranio-nos desesper:id:inieiite ao prliiclliio
eiii 11iatcri:i coloiiinl, tão eloqtieiite cluaiito per- J e ceiitralisa~áo,cjiie (lia R (lia 11iu1s se ace~ltii;~
siirisivariieilte apregoaiii Iioje o ciesci.etlito das r diz-se que os iiossos estadistas a1-\~01-:11'a111 eiii
~elliitsforiiiulas adn~iiiistritivas,niicle o nossa d i ~ i s an siia frase táo coiiliectda de Ro1iespiei.i c
iii:iiiciisa cle v0i. E tnliiheiii iiisl~irada)) .. . ijiiaiido n a assemlileia disse. I'c;~.isse~it1 ~ colo-
5
Náo 6 cltic i1:is seci.et:tsias c10 miiiislei'io iiâo rios plrzfdt clrr'ull pr-inc.ip~»
l\i\la fuiiciolinrius distiiitissiiiios, cIc cujos ser-
lricos o 11:iiz iiiiiito pocie lucrar c te111 luci atIo; Os terinos viris iiias jiistos (10 govcl ii:iclcii-
iiins estão longe as Iiil~otesescliegaiii lsi deino- Moricada são duiii gi-ande eiisiiiniiieiilo Sc iiie
iadns, e :itC descoradas peIa loiiga travessia que fosse possivel e liao lol-tiasse excessivniiielitc tc-
teiii tIe i ealis:ir, c lia casos (pie sti exaiiiiiiacIos diosa a 1eitiil.a deste tr:il)alho, tr:iiiscrc\ eri:i 1)ai';i
Sirr. IIIUCP ~)odelilde~ridaiiieii te ser 1 u1gad:is e de :iqiii OS qiieixuilles qiie resaltziin, oi a violeii tos,
~)roiito1'1 O \ ideiiciadas v ora serenos, ora iroiiiços iiias sciiipre luslos (!:i-
«J.:sses fiiiicioii:irios, c.oloc:idos acfiii, altern- qiieles ciuc ])elo 111traiiiar teiii pa\sado gi iiiidc
i lain prof~iiiclaiiieiite o sei1 poiito de visla e \)i'- parte da vicia e qiie se teiii visto esiiiag:itlos por i i i i i
r a drlitoi ai. k qiic alguns 1x1s coloiiias iião exer- sisteiiia ndiiiiiiistrali~~o que iiiciito aiiicscltiiiilra
caili fuiiciies qLie iiotavelliieiite luci-ari:iin coiii ;iqueles que por 15 tt*alinlliaiii. ,Jli al)oiitci os i-e-
(i coiilleiiiiieiito esato dos assiiiitos que o sea 1:itorios e\pleiididos cios fiilicioii:irios iiidic;i<lo\.
alto espil-ito :iclquii-11-iatle~>ressa,e coiii a al~li- {:orno eles cliocavalii a iiossa :ij)atiri l~ii-ocr:iti-
cacáo tleclicndn (Ias suas elevadas qualidartes, <a! E'oi coiiio qiie tilii s:ici-ilegio aqiiele gi ito dc
que a scii incoiitesta\-e1 civisiiio elicazineiite liii- Mousiiiho de Al1)tiy uerc~ue qiiaiitlo de Moc:irii-
A-ln cle ~iistig:ir D 1)irlue 1-cpllcoii para ca tinia yex (pie Ille peiti
((li' sol) as alçadas ou iio i-eiiiaiiso dos seus i-:i111 o olcaiiieiito. «O oi~niiieiilo,c\claniou ~ i l ( ~ ,
g a l l i n e t e s , os assiiiitos c1ieg:iiii iiiipei-feitos e e11 C ~ Io faqo pois q11e os seiilioi es :ilii iiao o s:i-
([u;1si seriil~i-etardiaiiieiite pala o qiie a sil:i 1x1- 1)eiii elabora1 por tlescoiiliecei-e111os i cc~tirso\t f t i
I~ii.es:i iiiil)fit' iugeiite, as circuiislaiicias pai iicii- 111 01 1iicin.»
iiossa adiiiiiiistrnqfio colonial peca por um es- adepto iiiuito conueiicido da autoiioi~iacoloiiial
cesso de assiniilaqiio e conclue qire as colonias qlle em livro publicado o arino passado, Polifictr
coiitiiiuaiii a viver coiistraiigidas, apertadas eiii rolonial, defende vigorosanieiite, com uilia argli-
foriiiiilas 1eg:ics cjue não qundraiii ao seli modo nieiltação que põe eni cheque as de}leis coiisi-
de ser, priundas tlrt srin riiicirrituci q u e uma das derações, dos qiie a i150 aceitaiii. Toda a parte do
grandes forqas colonines iiiodern~ias,e ndicula- seli hvro em que defende senielliante explessco
risadas por qi~eiiisabe algiiiiia coisa de adrni- adminislrntiva 6 diinia liicidex de criterio, duiir:i
riistraçáo colotiinl, qire s6 ao fiiigiineiito, de qiie filbnieza d e i-azOes que, erii face delas, 6 dlficil
eiil geral iisninos lias forriiiilris brirocral icas lia- liesi tar.
ci oiiaes, atril,ue a iiossa iiisisteiicia eni aplicar ao A todas as o)?jeqões a111 se repIica, coiii cor-
ultratliar liliernliri~~cleqiie nirigueiii quer, leis dura, com seguranqa, coiii ])rio
que se xião podein objectrval*, iiistituiçóes com- Os leitores qiie iiâo leram este tral>allio de-
plekas, caras e iiocivas de c[tie os adiniiilstrti- verão lê-lo, poi-qiie ao mesmo teiiipo que i-ece-
dores foge111 coiii pavor Iradlcioiial 'n berão alii iioções muito sul)staiiciosas da iiossn
E o mesiiio iliistrt. fuiicionario eiil outra par- evolucáo colonial moderna, seiiliriio tanil-iei~itini
te do seri belo livro escreve que i? Iiiglaterra ate refrigerio moral qiie tonificar& quem liesitn aiite
110s seiis niars fei~reiiliosiniper~alistastem ade- unia autoiiomia que 6 a uriica forriiiil:~ coriil~a-
ptos de que tlie 1-igtl1 of encll pnrt ofEi>ipi~-e fo tive1 corn o progresso e coiii a dignidade civica
~ritr~ltrgc r t s local c~/lcrrrr\. i11 its orni~rritrq, api-eseil- da colonia.
laiitlo c? cltissificacáo do Stiiart Mil1 que deiioiiii- Por siia vez o sr. E. \'illiei-ia tein iia siin o l ~ni
iin despotisiiio a ceiitralisayão. priinaciai Questões colo~iiaesa prova ditiii largo
Ha, ~ 0 r m 1 dois , livros, receiiteineiite publl- estudo de varios prolilernas que iiiteressani A s
cados que sào a iiltrnla palavra sobre o assunto colonias, e n defeza, se I~eniqiie iiienos calorosa
e clHe defeiideii~,dui-iia nialieira brilliaiite, o da autonomia. Comtiido, apesaibdo disliiito ]>L'-
111 iiicipio :i q u e rios viinos referiiido, I~licistaresti-ingir, em parte, a acqáo autoiiomic:i
Aiid,os esses t r a h l l i o s Iioiil-niii os seus auto- das coioi-iias dos tropicos, o clue é certo i? que
res, tlois iiota~~eis fu~icioiinr~os piihlicos, que teiii iio plano colonial qiie al~reseiitoii:i asseiilbleia
iiiii 1iii.g~ fiitiiro, iin iiossa terra, pela sua I~eln do sei1 partido, 1:í consigiiou priricipios riiiiito va-
orieii1aç;io iiieiital e pela farnia cotiio sa1)eiii por liosos, que são dignos d e estudo,
;is qiiestóes cjiie estiidaril. liin é o hrilliante publi- Em face, portanto, d e seiiielliai~teteiideiiria
çista, c l t i t foi unia glor~acia sim geracl-io acadeini- espiritual da iiossa epoca, que ernbarayos, (rue
ca, a11toi- Iatirendo da o1)i.a iiiagistrnl Ii~sfndostle obstruções e que temerario proposito cie iiiaiitei-
~ ~ C O I I O I I ZI UM~ W I O ~ o~ ~
sr,, Itui I G w s blricli, lente a arcaica e, mais que tudo, ~)re~li(licial oi'ieii-
da Uiiiversid:ide Outro E o distirito oficial de talfio adiniiiistrativa dos iiossos goveriios :i res-
iiiai,riilia, ljolitico, iio seritido eleírtido do termo, peito do iiltraiiia~.!
antigo go\reriiador (apesar de airida joven) e de- Seiido a orientacáo ineotal da nossa epocti,
put:\do que riobilitou tanto o seli matidato, o si.. em toda a parte, alisolutaii~eiitefavorave1 n iiiiia
I<i.iiesto jaidiili de Villiena. O l~ririleii-oé iim ceiltralisaçfio depressiva, a feic,.áo dos partidos
\ v i \ o ~eleineiitos da a<iniiiii~tiaq3oiilti,tiiini iiin l ~ ~ i f o r mo cncoiisr-
I ~oliticos deverào ser tain1)eiii contra a absor- Iliam R Z l~çÒe\(Ia ex]>erieiicia, L C I ~ ( ~ ~ - Y C \ei111i1e ~ 1 1 1\ 15ta o 1)eiii g~i.11
<Ia i i q i o , Hn Iior heiti Siin \Inge\tnile n Ll~iitilian Seiiliora D Uaii:i
qáo ceiitralisla i' E' assim? 1'1.1, Ilegeiite crii tioiiie tio li<i, pcln Sccr et.11 in cle E:st.i<lo (10, Nego~inz
O partido progressista, no seu grograma da d e Mnrtiilra e Vltrniimr que os go\ ei iindoi cs &is p t m 7 n m d h n n i n -
I I I I ~ I L e tio di\trito :~iitoiioi»o cle 'I'iiiioi siii ic ni a ~ s t a5tcretat i,i dr.
(;i-anja, coirsignou o seguinte : ((Retornia da ad- I'slnclo, coni n posii\el I>rc\itl,irlr, todas ,i5 propostas qric julg~iciii
+ciri\i~iii~iile foriiiulnr, riii icl.içdt> ,ioí itleiit ioiiatios I I ~ ~ U I I ~afi111
O ~ .
iniiiistraqáo das provincias iiltraiiia~iiias, liarmo- iodereiir sei oportiiii.ltilcritc coii\t(lr~atlo\pelos podei r \ tlc Lslailo -
iiisando-a, taiito quanto ossivel, com a legisla- b.i{o, eiii JO de i i o ciiibio
~ tlc. 1904 - -,lfariirc/ Irttoliio .%i cii a Jiiiiiiw
cão do reino, clesceiitra isando-a, deseiivolveii-
do-a e iiiul tlpliraiido as comiiriicações entre el-
P Como se vê o iiiiiiistro pi.ogressista jA esta-
Ias e a nietr-opole, aiixiliaiido coiiveiiienteniente 1)elecia umas certas regras qlie poderia levar
o sei1 progresso ecoriornico, procuraiido fazer a1gi1nia Iuz ao [~roblenia.(:otiitudo pela sua qiie-
desviar para elas a corrente fecuiidalite da emi- d a e pelos sucessivos acoiitecinientos politicos que
graçfto e ii-ielhoraiido e acrescentando o iioiiie surgirain, ascenderldo c tombando rniilisterios,
iiiaritii~iocoloiiial. conflagrarido-se os partidos e cliocaiicto-se os in-
Vè-se qiie hn uiiia iiiiprecisão dos problenias teresses, os proldemas coloiiiaes postos de parte,
coloiiiaes, o p r o g r a n ~ u e f e r e - s ea descetzfralisa- caindo eiii face da fatalidade Iiistorica, dois re-
( C o . eiii11oi.n duiii iiiodo a m b i ~ i i oe iricerto e ~weseritaiitesda diiiristi:~de 13r;igaiiça, assasstiia-
iacteia as qriesfòes com iim certo quê de aspira-
V
cios iio Terreiro do Paqo, lia ttirde fntldica clo
qões. (;oiiitii(lo dentro destas aspiracóes iiidecisas 1.1)de fevereiro, tiido, este partido nno voltoii,
a s se debatem, qiie se
Ira i ~ i ~ i l t o~s ~ r o g r a ~ nque duinrite muito teiiil>o ;itrntrir clo assurrto, iietii
cboçaiii, e o partido progressista teria alii vasta as ~ ~ r o p o s t aapreseiitacias
s pelos go\~eriiadoreç
inatería 11c71-a disciltir e resolver cliegaranl a sei- disciitidas e riiiiito iiieiios reali-
Mas aiiitla 113 iiovrls teiifat~vas.O s r , Mareira sadas. De resto ein Aiigola iieiiliunia das suas
Jiiiiior ariaiido foi iiiiiiistro do Ultraiiiar referiu- classes tral>alliadorns foi coiisiiltada, sobre o
caso, o que yni*ec.iauni pouco estrniilio.
~ ~
generica, e, sob o poiito de vrsta coloiiial. apli- [ t ~ j v7101 f > l c , - 711' 111
(1, Ifff/r0{1
,!I( ((1 l < i ' / f f l /
(1 fll fl- l ) * l $ 14')
No seli iii:iiiifeslo piil)licaclo este aiiiio o di- dese&jarabarcar o problen1;i o iião poclesse fazer
retorio do ~)ni.lidorepublicaiio coxiil)atia a di- coiil certo exito.
vida coloiii:il, iiins eiu bora fosse eiise-jo prol~i-io O partido rel)iilificaiio ~ioreiii,qiie pela siia
e adquacIo ir60 foi.mulava a iiecessidade d:i aii- espleii(lida o r ~ a n i s a ~ i i o!)elo, prestigio ql\e, gosa
toiioiiiia. Estoii certo, por4ii1, qiie os dirigerites em todas as c;iiiindas socines, desde o opei-ti-
deste j~artitloteeiii eiise,jo eiii oiitrns ocasiões de ~-ilicioit alta I ) ~ i ~ o c r a c ieas,e r c ~ t oe i i ~ : ~ r i i i pc~tle,
I~;~
clefiiiir-se iiiellior s o l ~ r eeste assuiito qiie ~iite- duiii iiioiiiento para o oiiti o ( e estou coiivciiclicio
ressa sobrelilaneira o futuro iiacional. que isso sei,B iiiii facto q u e se i.ealisar!t iiieslie-
Mesiiio seria até ocnsiáo 'asridzi iespoiider :I iadaiiieiite, seiii liossil)ilitlade de pievisao, niesirio
iiriia ~)ro]~ost:i npreseiitada por uiii iiiedtco por- tios ])rol>rios dirigenles i eliill>l~caiiosiiiie sei-Ro
tiiense no coiigresso ieptililicaiio de 190(i, e coii- :iirastndos pelos acoiitecinieiitos qtiniiilo iiielafi
firnintIa iio de 1010, liai a ser exaiiiiiiado por pes- sicai-iieiite estivereni discutindo eiitre si c~uestòcs
soas coinlietcii tes eii trc oiitros o p ~ ' o h l e i ~colo-
~n de seciindario valor), ser colliido d e siirl>i*eF;i
~iicxl. e ein branco, iiesia capital qriesláo quando os
A este pioposito dizia essa proposta ((A so- nconteciii~eii tos o levarem ao g~\~ei-i-io iiacioiinl
luqáo 1)ositiv:i deste 111 01)leiiin 6 que lia de ser :i Siiceder6 o niesiiio qiie i i rel)iiblica csp:iiiliol:i
i-edencão ecoiioiiiicii deste tlecrepito paiz. Deve- q u e neste, coino eiii miiilos outios prol)leni:\s
1110s coiisidern-10 sol, seiis aspe tos socoi-i-eiido- foi apanliado eni f:ilso e jiassori teinpo ri disciitii-,
iios das leis sociologicas da coloiiisaçâo iiioder- c~tiniicioos adversarios plaiieavalii a seiite~iya.0
i i a posta lia iiiuito teiiipo eni pratira pelas ou- qiie i. certo é (pie iieni as \vapsopiiiiiies do sr
tras 110tcncias coloiiisadoi tis, 11riiicil)aliiieiite a Iii- 'l~eofiloLlragn, que aspiia A coiistittiiqão, piii:~
g1:itci i a e a Holaiida C:oiicoiiiitaiiteiiieiite teiii-se niiiii utopica, do novo B r a ~ i l ,lia Africa liortu-
de estiid:ir :i eiuigtacão portugiiesc? iio seiitido gt~esa;iieiii as teiitativas, iiin taiito iilcertas e iii-
tlc a tlirigirii-ios liara as co1oni:is. )I IGla qlies- defiiiiclas, do sr. Coiisiglieii Pedi.oso, apesnr da
tão iião foi, porCiii, traiada pelo ~)arti(iorepii- sua sitiixcáo de evideiicia coiilo ])resideiite cl;i
1)licaiio (pie exigia 1)nstaiite tievoqào e iiiuit i te- Sociedade de Geograii:i, iieiii :is coiisidei-nqões
iiacidatle ~ i i i itaiito \~acilaiitesdo si.. Basilio Teles iio seli
E' iiiiiiio nolavel que possiiiiido este parlido livro sobre n revol~içáodc 31 de jaiieiro, iieiii
i ~ i i igrande niiiiiero de adeptos pelas coloiiias táo i~iiiclan aspiisacào iiicoereiitc e irregulai da i i i ~ i l -
1 ) o i ~ ose teiiiia pi eocupado coin O j ) ~01)leiiia CO- fitlão cliie aplaude as cliociiias ciii pretos e acla-
loiiial, apesar cie 1,aslniites dos seus Iioiiieuis teii- iila coina heroes qiieiii apenas pratica siiiiples
tal-ciii, seiii res~illadopositrvo, aboi-dar o 1)ro- e siiigelos iictos de l)oliria, seria111 o bastniitc.
I~leiiia.O si. 13i-ito Camaclio \Tarias Tezes, lia Trido isto é iiisigiiificaiite aiite a vastidào do ns-
cailiara, e a l>i.ol)osiio das dividas de Angola, e, stiiito.
aiiida, tia c~ireslãodos nssiicai~es,se 1)eiii irie leiii- Resal\';iisii o ])nrliclo i-cpulilicaiio, seili tliivicla,
I ~ r n trntaii
, vag:iineiite esse :issiiiilo e nuiii arligo a sria trndiyiío descen tinlrsl;i, a s i i n Jiiiiyào inu-
tio seu joriial Jasti~iiava(jue 1~0cic0 5e 1i:ilri esc1 i10 iiicil~alista e , cjiialido, por acaso, possa atin-
sol ~ r çoloiiias.
e Niio t:io pouco, todavia, que cjriein oir o governo iiacioiinl lia-tle sei- arraslado pela
h
te, iio con,j~ri~to gei al. Politicaii-ieii te o socialis-
forca da opiiiião d a s coloiiias e enti-egar-Jlies-5 o ino LL a U U I C I I ~ I C Rêx]~rcssIIoila aiiiuiioiiiiu reglo-
~ ) I - O ~ > H ~O O V C ~ I I ONiio sei 8 assiiil :I,Foi o erro
iial e local pois que constitiii(lo por perliieiios
(Ia ie1111I11ic:iesliniiliola que ianil~eiiia1)aiidoiiou coniiiiias livres elle vae foriiiaiido uiiia gr;in(le
CiiI):i, coiu1)ateii as suas aspirnç6es au toiioiiiis- cadeia íIe forma c[iic as pequenas iiacionalidatle
ias, 1):" a scgt111' ]wecis:iiiieiite o mesmo processo d o lipo denioiiatico siiisso sei5 a coiicaleiinqdo
cias adii~iriistra~0es dos goveriios d a rlioliai cliiia
[pie, eiiifj~ii,foi-niii vicliiiias (Ia pcx-tiiiacia no erro, filial dum longo api eiidizario civico.
(10 ~):~tr~otisriio iiial coiiil~reeiidirlo,coi-ilo, coiii Colirclii que se diga qire o socialisiiio riáo P,
coiiio ciiadaiiiciiie su116erii varias pessoas poil-
i-elaq50 ii (:ataluiilia, !ia-de coiiiprceiider, iiias co ilusti-adas, a coiicei-ifiaç5o 110 csiaclo de to-
t:ilve~ tarde, q u e a aritono~iiiadas regiões 6 o das as eiiergias e iiiicinti~asco1etiv:is 15' i i i i l ei.~-o
i ~ ~ e l l i n~)i-esei-vati\~o
i. coritra a doe1icj.a sel)aratis-
ta. (I) grosseiro eml>ora ii~uito seguido o que I e ~ a
muita gente a supor qiie o coletivlsiiio serA n
FaIta-nic &\lar aiiidci d o 1i:irtido sociali~tae peor das firaliias qiiarido é a cxpiessáo de IiJ)ei-
dade 1' iiiais coiiil)letn iletci iiiiii:iil;i pela Iraiis-
iin sua f~iii@ioeiil face deste prol>leiiia Coino é
forliiac,.ão ecoilomica, iiiteiccliial e, conlo re-
sal~rdodos ~iiediaiiariiciitelidos a rel)ublica socia- sultar-ile, poli tica da socreciaric
lista t' iii11;i aiiip1:i coiifedei.açào iii~i\~ersal,
oiide
cada ngregnclo social seri1 iiitegrado, logic:iii~eii- Ora queiu coi-iliece esta tloiili-iiia f'iriidaiiiei~-
c\(nx aiii, csl>ci,\~ir,rrl~i\ r!ii ~ ( L I V:I Itc l > i i l ~ l r c , i11.1 tlc i c r l i i i i i i .i \.I< to, I
t -\a i \ I > ~ I C I I I < . I 11~io
7 ~ 1 . 1I I U I I I I I < I I:III I O < I . I ~c I.I\ .I
I I O I I Q I ~(LI
~ I < 1 ol11c~10
~ I I I I ~ I I L1o1 IIT~~ ~ccc>b~(I.i C O I T I d c a t ~ ~ nfi1-5 ~ ~(I(>~ I l~ ~I ~ aI I~~\ I ~ ~ I J I I 1\ (I I I I I \ I ~ J \ -
~ 1 1 0 .ta 1 \ 5 0 ~ > 1 0 \qilt*
4 1'1, c011111 ' 1 ~ ~ 1 1 1 ,.I l ~ c ~ ~ ~ l l l lc >l 1l , 1c 'I~ l l<lil<)'l <I[ \ c l l \ s l
(;ln <1i1rl.il)i i g a \ . t ~ ~C I Oi loiigc n\ c , i i i ( . i t l ~ i i o I l i ~ ) \r l r i ii.iirfiago, prc'.I<\ .I
i11 I\.II-\I, 11 no fiiiitln )i
I)11 iiirsiiio iii~itlo n i111i.1I W I ~ I I I I ~ . Ii
I 11.1 lioi li111 l i i ~ ~ i . i l i Ii i(1.1 IIrr-
J T I ~ I I ~o ~ , JOIII'II
~ I i1a1111c~ (i<,T , I I I J ( III~!IIIL.I
\ o I ) I ~ '1 ol1>1~1~1\
I ,iIiin~,t~~i C>
1 1%l l i < i i f T i i r i i \i:ic ii.i<io (iti<. i i i s i ~ i i i i i 1.11i.i. c i i i o i i i . ~o~ gor r i o q i i c ' 1
i1
1 i i ~ t . i t 11.1
i ~ ( , i p l i ~ tao
, u I i , i i i ~ \ , i . i l , .to ( .iii.it(i r. .i 4ii\i1 .ili.t v liw-lc -
ta1 110 socialisilio sabe q u e este seiido uiii NO dia 1- d e dezeiilbro o partitio soci:l~istn1-e-
pai-tido iiitei-iiac~onal.ciue r-ealisa os seiis coii- fnrinisln, creado iiltiiiiniiierite, a l r e s e ~ i t a \ ~oaseu
gressos regtil;ii-iiiente, d e i ~ n ,todavia, lirre cada prog~-tinia e sobi-e as colo~iinstlerlarava o se-
iegiiio, para oluai coma jiilgar coil\reiiieiite ei-ii guinte.
face das circiiiistaricias locaes. E3se arti tido qiie c (Z~testfio coloiticil O partido socinlista iqefor-
111esnio eiii Portiigt~lt e i i ~iiiiia org;t~iisu<âo perfei- iiiista declara a iiecessidade :ibsoluta e iiiiprete-
taiiieiite federalisia, coiii j tiiilas rcgionoes eiil rivel de coiiccdei. as coloiiias a autoiioi~iiapoli-
Lisboa, I'orto e Coi1nbi.a ou ?'lioril:ii-, coiii os tica e a(liniilistrativa, coiiio coiidiçrlo indispeii-
seus ceiitros agliido ntitonoiliaiiieiite. Logo se savel par-a o seu pleiio dc~seiivolviii~eiito :i's co-
coiicliie qiie a respeito cie tal nss~iiito,O partido loiiias, p01'é111, só 1150 sera periiittido o estal~cle-
socialista i;, csseiicialiiie~ite,pela autoiioiiiia co- cereni tratados de coniercio oii outros cluaescliiei-
Ioiiial. de cnrater ititeriiacioii:il seiii alttorisaç50 da iiie-
Mas a dout riria esta, geiici-icaiiieiite, exl~osta tropoIe, neiii validli-10s seiii n saiiqiio desta,, .
iio srii pr0g1-ama, \'otado eiil Tliomar, e cori- Vciiios, 1101 tanto, ciiie alieiias o partido i-ege-
firmado eiii Coiinl~rae 1,isboa e corno prliicipio neixclor e1 a ea ~)i.ess:iliie~itecoiiti ;i n desiciitrali-
especial o coligi-csso operario que se reuiliu em saqáo das coloiiins, iii11ii iiicoereilte e aiiia1gaiii:i
J,isboa eiii 1 !I09 \.atou expressamente a autono- de prlncipios opostos, eiii Ijrog,i.amas que dc-
mia coloriial, eiil tese e1:iborndn por 1,;idislaii vei iaiii prinlar por logicos, pois iiin taiito iii-
Rntallia. (1) coiiiyreciisivel ])aia o comum dos iiioitaes qiie
-- .- -
t i i i i gri1110 pa' t~lai.io cyue é ti.adicioii:ilii~errtr
i i o i i ~ i r ~ i i lnc clieíi i10 g o ~ e i i i o]:i t l i i i n ilii:iiitlo tlrsiiiciilia o bo.ito iin
\ ciitl.~11.1\ tnli>iiin\ <liir, %riia coiic'.t\itl.i «liliia c ~t:l i autoiioiiiia)) .I% LO- desceri trnlistn, corii ljod I-igries de Satiipato e
loiiin5 ( [ I I ~e\tí\ ~ c.ssriii eiti C o t i t l i q i , < ~(Ir n go<.ii .Irilio cte \'illietin, o que ii:i epoc:i iilodclriia reprc-
Eizi todo o c,iso f o r ~ i r \eii<ln i rlcciel.id,i\ .iIgriiiiai iiirdidns cltcr :i\
c111 ~ n ~ ~ c e l(te
coloiii.~\ ~ c i i i t p t(i , l i i i 1% ) i ni i ~ i i i ~ s t i «iai.i\
e \ CIP\ \C iiaLi seiiiou ainda :issiiii coiii a di t:idiii-n Hiii tze-Fi :iii-
(105 \eii\ iiitric\\cc, si iii qtir i'cn . i ~ > ~ c ~ c i ~ tO: ~~scbcc o ~ ~ l ~ r c i (1't 1i ~ c i ~ t ~
l l l . l ~ < l l l < i illlo\rl<il
<l~i~ co iiinn vaga teiitativa - vaga e iinperfeita - tle
E' 1\10 d c c n l ~ ~ i i t n i i i ih,io
1.11no fiiiiii r i1:io cci 1.1O I1105
(I
i ~ in poi<[~ic n pn17 Ir111 cIrciiitr tlc si ~ i i i i
lioitco\ I I I ~ X " ([iie cotiin o go\ ri iio i rpri-
desceritr;ilisnq5o co1oiiinl corii a cotisti t~iiqãodos
I I L \ E I ~ J ~i'lliodel~ll O 1111~C ~ o i ~ ~ ç i i i e ici lIrin-
r cori~issariadosregios ~ e i i l i aagora, coin n oi-ieii-
hi:iiitio-lios qlir 511 autoiini1ii.i cklns , ~ t o \ j i e r,i150 r \e,", coiii tles-
I i ~ - r j
gí>\lo, c~tiece e51,i Irgi\l.iiid<i p:iia n ii11iniiinr ii:is iiirrnin\ ~ o i i t l i ~ õ r ~ \ t a ~ a do o seu ilustre chefe S o i i ~ a~)i-oclaiii;ii.
3 gr*aii-
( I I I I ~ 1105 t c iiipos da iiioiiat<liiiG e111iontiaíliç5o ccoiii a %nspit.i$òes dc
1"ogics.o c101 D O \ n s ~ I I P I \ r111ri11 ACi icn
\
() S o coiigic\so ~ 0 ~ 1 a 1 1 9~t ni ~ l e i ~ ~ a ccle i i a l (Ir Atlistei tlniri i r -
t ~ 1909,
l.iIi\ariieiite :i i i o l i l i r . ~rnloiiial foi \ otntlo o segliiiite
O coiigi csso, coriscio tlc ([iie .i e\ >Ioi.ic,~io
c:\ i i t n l i \ l . i r 4 t i l í g l l n \ r %
111ni\ oiiei.tdn COIII D tiot111111o a \ , qiie \ I I C ntiriic-iitn .i c.\plo-
1 ~ i ~ o r i ~)cio
r.iq:io, .;i i i i i egi,i c w l i i ric~io,rsi),iiilniiclo cnpit.irs cb i icltw7.1\ ~ i ~ ~ i ~ i ~ a r ~ ,
( \ i r j ~ i t . t i i d o a pop111.1< ;io iI.is coloiii.i\ . i i i i . i i \ I ittir ta, ~ O \I :7i's, :i III"I\
r oi>iri\i», sciii lt.irt.i >.iin o ]>roli.iai
+ . i ~ i g ~ i i i i . i1,1 iallo scii.10 i) a g i a \ n
<Iasii.i iiiilri LI, 1cliil)in .I t11.ris~iocln c o i i g ~ c \ s o11c I>.IIic iIc IriCO. teiati-
\ < I $1 11111~\\,io~ o l n i i i n cL l <I p o l l t i t ~~ I N ~ I ~ I I ~ I?~ Icoit%igi~
\ ~ ; I , I ~ ~ 1 1 1 iti111
o de-
\ ci (105 )ai lielo\ soci,ilisl.iç 1incioii:rt s r tl.i\ tin(«e\ ~ . I I I i~ii~e~~liiie~
I O - ife cc nlioii I i i iiiti,iii\igeittt~illelitcri Ii~ii,i\< ~ \ ~ i l l t d i <i ti l<i 1i s> ç 1 i ~ -
Ii+tn\, oii ~ i i o t c ' cioiiiutns, .i\ r~lietirrfir\coloiii,ic~sia .i\ tIcspe7.i~lolli '1s
olollt'ls,
2 O - Uc coii111atcrl.iii i,\ iiioiinpolioi e n s coiicrsrrirs \.isto\ te1 1 ]to-
i 103, C <i<'\ ig1.11 r x \ i i ~ i p i ~ [ o i . i t iiitr
i< ),li n tIiir :is I I < ~ I I C / , I $ <lu IIIIIII<IOco-
I ~ ~ I I R11in
I *i 1 < i I I i .II.II~II>.IIC,I~I,I~~
l > v l i l <i110~.1pit:111\11i1>
diosidatlc teorica da desceiifi.alisaçAo coIoiiia1, n o u menor arali do sei1 deseii\~ol\~ii~ieiito ecoiio-
exceleiicia da tfcscciiti-alisação iiiiinicipal, tilas, inico e social.))
pi-alicailiente, iiâo a aceitar. Mas-parece iiicrivel'-apesar d e tudo, e devi-
do ii iiiercia cle quem iiào teve coragem para i-oiii-
Mesiiio a sociedade portrlqi4sa coi-iipreeii- per coni fornialismos estei-eis,polico se tein a v a ~ i -
deii, lias suas classes l~eiisaiites,iiidepeiideiites e qado no deserivoluiiiiento dessas colociias, pela
ti.aballiadoias qiie as coloiiias 1150 l~odernestar aplicação de pl-incipios qiie coiisti t ueni a asyirn-
subiiietidas a uiii regiineii ;ihsorvente e esmaga- qào sincera da iiossa epoca detnocralica.
dor.
No pro )r10 congresso coioiiial que a Socie-
8
dade de ~ e o gapliia i i eal~sou em 1902 foi vo-
tadn a autoiioiiiia colonial, lios seguiiites teriilos. E as coloiiins 1150 tOni ellas reclanlado ? I:oiii
«O corz~~~.esso rrliilc o r)oto de qrre parrr o deserl- relaçfio a Aiigola essa i eclamaqão teiii vtiido n
uolvlriic~r~fo I rrp(io r segiii o tias iiosstrk possessócs fazer-se coiista~itei~ieiite, de teiiil)os a esta pai ir.
c , se for.tlcr ~icc.esscr~,ioco~zrcdrrn trrr- As outras coIoiiias, especialliieiiie a Iiidia, (::I-
to~zolillncitlr~irr~istr~nirv(~ c /ilirc~trrir*rcaos ~.espcfi- bo-Verde e ?bIo~anibic~~ie Iiitaiii coiii galliardia
vos youcr.lios, rtll(ipfc~litlo ( 1 Jorliin clcssa arriona- por seinelhaiite tiesidera t u i i i , reiiiiiiido-se eiii :is-
~ n i c itis cor~c/i~'óc~srsl~rc~nes de cndtr cololiirr». sernltleias, eiii grupos, eiii colectividades cieteriiii-
Este voto i, taiiil)cii~mais iinportante e si- nadas pela asj,rrticáo ardente de retleiiyão.
criiiticnti~,~
c?
qiiaiito e saljido que deste coiigresso Angola Irita vafoi osainelite pela aiitoiio~i~ia e
íizei\at~iparte iiiiiitns depulados, pares cio reino, pode afiriiiar-se qiie iiáo Iin c\ivergeiicia neste
a11t1gos iniii~stroscle estado, ailtigos goveriiado- poiito entre as suas ~iidividuaIidadesconscieiiteh
res coloiiiacs, eiiieritos pul)licistas, fiiiicioriarios, e ativas. No relatorio cIli Associacào (:olilercial
rnedicos,jiii iscoiisultos, iiegocinlites, agricultores de T,oai~da, de 1883, li1 aparece bem aceii-
e iiiciiistriaes Presidri-arii iis suas sessóes cliiatro tuada esta aspiracão, iio iiiaiiifesto ao pai% de
iniii~strostle estado Iloiioraiio os srs. .li1110Vi- 1902; no follieto L)escc~~lt'alr,str~tTo trtli~irnrsf~*cr-
Ilieiia, Mai-iniio dc Car.vallio, Eduardo V ~ l a y ae fiuct de Angoltr, da tiraiide I:oiiiissáo de Loaiido;
Feri eii 3 do AlxinraI iio riiariifesto ao Paix e ;:i Socieciade tie (;eogl+rifia
Foi, portaiito, o pnreccr driiii:~grande ~)rtrcela iiititulado Os corilr-ritos tlos sc~.r~rccies rm ;Lr~gol(i,
das classes Iaboriosns e das pei-soiialidades dii.1- ~iotitrofolheto j~ublicadoeiii I,~sl)oapelos iiego-
gentes cliic 11" Oi\.er:~111tlirvicln e111 c o ~ ~ d e i i aor ciaiites e agricultores aiigoleiises, eiii 1904, sol, o
sisteiiia empii iço d e 601 eriiar coloiiias. tiiulo Eni ti~fizri( I P Art~jolrt,lia resposta d:ida ao
A vot~icàodo congresso coIoiiial foi niiidn goverlio so1,i.e o regiiileii 1,2111 tal da pi+o~~iiiçia,
ratificado iio coiigresso iiacioiial deste niiiio, de e111 1903, na oi-ieiitaçào ui~ai~iiiie cla siia iiripreiisa,
1910, lios scgiiii~teslei'iiios: «Urge descentrnlisnr lias reiinzóes sol) o reqiiieii do alcool iealrsad:is
:i ncliiriiiisti.;icào iiltinriini~iiin, daiido a catla co- e111 Loa~ida,tlesde 100,), eiii todas se iiiaiiifest:~
1oiii:i iiiiia :iutoiioiiiia coiiil)ativel coiii o tliaior o espirito autononiista Ali. qiie lia poiico ieinpo
se coiistitiiiu eiii 1,oaiitla urn greiiiio autoiiolnista, p ~ ' e ~ > da ~constitlii~fio
u riesta A S S O ~ I ~e, -tão ~~,
por proposta do conceituado comerciaiite Gabric.1 rliiranieiite eiiiiiiciado 110 art. 3.. do sua lei
gaiirca, po~'cpaiifose Irata tla i etirii50 cle i1111,i
de Oli~eira,corilo represeiitaiite diinin poderosa Assei~il~lein geral, cbanisda iio ernl~eiiliode trn-
orgn~iisaciiosssociati\~ada capital de Angola e Ler ,i vitla tiiii dos corpos adiiiiiiisti.ati\~osdes:ri
qiie coiitn coiii 1-aliosissirrios elemeiitos activos proviiici:i, e c ~ ~ jexerciclo
o lia-de, iiidubita~e1-
na provii~cia.N:i eleiqáo de deputados aparecem, iiierite, coiicoi*ier ],ara a gcriiliiiacaci e deseii-
110sv u e s , listas com esta simples p a l a v r a nufo- vo1viniei-ito de lar-gos iiilei-esses d i r e t a i ~ ~te e n li-
~ ~ o r l i i t reaprlriiliido
, essa fervorosa asliii.aç5o. g.ados ii vida coi~iercinl,siias iiecessirlndes e fiiis,
I [ido obrigaclo ú cs isteirci:i desta coleti\r~.i<lade,
Mas .]h yei-aiite os ~ o d e r e soficiáes cie Aligola qiie por seri flir iio se aclia destiiiada a coiitril~uir
fo'ol lev8do o clniiior iiis~steiitedeste grande e para as prosperidades de cada uin dos nssuci:~dos.
forniidavel ariceio. Nestes teriiios, e para os efeitos do exposto
E111 l!)Oli um gi upo d e socios da Associaqãcr
(11113 mais deseiivol~idaii~eiitc cxplaiiarào pcraii-
Coti~ercial de 1,oaritia reqiiei eir ri coii\rocaq50 le a Assei~ibleia,espcrani que \r cx." (tefira.
duiiia asseiii1)lein geral para votar uiiin i-epie I,oaiid;i 26 de Outuk)~o d e l!)O(i.
seiitação, afilii de que a .Jiiiita gera1 de proviriçia
i*eiiiiisse regril:ii~iieiitetodos os aiios, ioino 6 lei. I< ,1.Icu.qz~c.síZlhel /,o, Sehtrstlfio .To.FQ I h ~ i i c r s ,
O i-ecperinieiito era o segiiiiite : «111."'" e F x . ' ~ " ~ Jofio M m ia V(r1ncln.s P r ~ t o Juliciu, ~1forlieil.o T O I -
A.
O sr. Ei i~cstode Vascoiicelos no seli livro so- t o aproximado VC-se nelas a infliiencia iiiui t o
]>se as co1oiii;is c117 que a provincia deveria ser iiri~ietliiniri opiiii5o ~~iililica que os iiorteou, teri-
dlvidicia 110s seguiiites distritos: Cabinda, fican- do, ;tlguns, coiiio Eduardo Costa, sido taiii1)eiii
(10 o eiiclave, ao norte do Zaire, constitiiiiido uiii o Itlctindador dessa opiiii5o. coiiio J$ disse, ;il>Os
tiisti-ito aparte; o do Congo com a capital, cim a guerra coiitra o (;uiiguiil~aiia,cliie teve a grnri-
S. Salvacior, c~l)rai~getido todo o territorio, alem íIe \-:iiita#eiii de ])atei., de cliapa, 11n iiieiile (10s
Zaire, e a o sul do Coiigo; Loanda, cor11 a ca- iiassos oficlaes que I A coiiil)ateraiii, lodo o gi-nii-
p ~ t a llia capital da pi'ovriicia, teirdo coiiio limite de reflexo do iiioviiiie~itoaiitonoiiiista que se
ao iioi-te o Coiigo e ao sul o Ciiaiigo e a leste o opwmra, jA, lia Afi-rcn do sul, e qiie ia Ic~raiido
Ciiaiigo, Novo Redonclo, cotii a capital ria po- o caiiiinlio e\~oIuttvoque haveria, iiiais tarde,
voaciio deste tiome, Iiiiiitado ao tiorte pelo Quaii- ap6s a guerra aiiglo-lwer e o periodo 1incifíc:i-
za, ao leste pelo Cuango e ao sul por iiiria linha dor do i.eiiindo de E d ~ i a r d oVII, de iSealisnr:i
de vai-ios vales de rios, mas, fica limitada, iio iii~idnde politica do Estiido qire lioje erilac;n,
litoral, rio Eval. iiuina graiidc e íecuiida un~lto,ioclos os povos de
A l2uilda ficaria coin a séde onde mellior con- origeni euroyeia ilaqiielns latitudes.
viesse e iiiaiiteria os atuaeç liinites legaes, Ren-
triiela iria do litoral A Haiilia oii Huaiiibo e te- No plniio de Cabra1 Moiicacia, relalivaii~eiite
-.
ria coxiio liiiiites norte e sul o Eval e o Carui~i- au iiiimero de distritos e ri localisaciío d a calii-
jarnl>a. O distrito do Bie, séde ein Helmonte e tal lia\ria unia allerayão. Os d i s t ~itos ficrtriaiii rc-
i-esii ito aos territorios entre Benguela, Novo Re- íliizidos, deveiido desaparecer o de Mossailiedes
doiido, 1,aiidri e, ao s ~ i l ,por iiiiia linlia que se- porque n5o o julgava eili coiidiyões iiiaterines
guiria, aproxiinadan~eiile,o y aralelo de coiiflrien- de sei. ii~aiitido,incorl)orando-se rio da Hiiila,
cin do Cachi e c10 Cribango. ytie tinha sido creado rcceniemeiite, coiil a ca-
O cIe hlossainedes leria a atual exteiisáo. O p t e l rio pla~iaito,por niotivos l~oliticos,inilita-
res e econolnlcos. O distrito tlo Congo seria al-
tei-ado. O cnclave de Cahiilda ficaria constrtuiiido
iiiiiii ci~~cuiiscricáo, não se1 se eiicoi-porada ndiili- lSste 111 hiilln i i ~ i i nallei,nyfio iiolnvel- A
nistrativaiiieiitc t i o distrilo, iiias a capital iiiii- I'l'ovjilcia d e Aii~olne1.a ;iiii~iei>t:ida,;igl.eg;ilirlo-
dar-se-ia parri Saiito Aiiton~octo Zaire, qiiasi iin se a de S. i'oini., ficniirto a (ieiloiillilni--aen p r o -
foz do rnesiilo rio, iin ilialgeiil esc~uelcla.O de viiicia de Aiigola, S. l ' o i i i ~e siias <lelIeiiileli-
1,oaiidn inniite~*-se-1:i coiii a Iiiesiiia exlens50, cias~) (jlial ficava niiexo o iiliirus<.~ilo tei-i-itor
iiias iii11d:ir-se-lhe-ia a sua capital p:ii*:i o iiite- de S. Joáo ]<alitista de Ajtida
i.toi, Goluiigo A1 to, pai* e x ~ i n p l o pai
, a loiige eril Esta :iltei-aqão foi nitilto coiiiIintitl:i, ttiiito cri1
tocto o caso, do go\,erno geral, afim deste, loca- Aiigola coiiio eiii S. 'l'oiiie, ~ioi-Iiaver i1111 111ii1
11sacto lia capital, iio litoral, onde Iioje se eiicoii- elttei~dido,de ]:ido n Iiirfo.
tra, ~nidesseestar iiiars despreociipado para se Coiii este pl-ojeto 1i:ivei iu sele clisti-itos os de
;iteiideiqtis c~ueslòesgeiaes, relativas ri p r o ~ i n c i a . S. Toiiii., Coligo, Galriiigo .Ilto, I,iiiii(:i, 13cii-
(4 1,iiiid;i 111:iii te1 -se-ia, tal qual esth, geografica- guela, Mossanledes e (:iiilo. Aleiii (lestes Iinve-
iiieiite, 1113s ;I capital ficaria e111 Cassaiige, Irara ria o coiicellio, ií ,ai te, de I,oaiidn, coiiio side
1,ealisar a ocul~acáosiicessrvn do distrito. Reli- 1
do Govei-no (;era , coiil os atiines liiiiiies tc4.i-r-
toi-iaes. S. 'Toiiit5 ficaria sciido iiin g,rovei.rio (11s-
giiela, cotiio distrito, coiisci var-se-ia com a ilies-
iija cxtei~são tcrrltorial, mas a caprtaI deveibia trital, abi-aiigeiido o I'riiicilie que coiislrttii~~ia
ser ti.niistèr,ldn para Cacoiida, por ser iirii ponto lliil c011ccll10.
tfe iritersec<cio tios vai-ias c:iii~iiilios con.ierciaes O Cotigo iiiaiitei-ia n alua1 arca, poiico iiiais
c10 iiitei.ioi. E' l)oss~vel(pie coiii a ti-a,letoraiado oii ineiios, iiias a capital \ oltaria par;\ a tt-:itLi-
caiiiiiilio de fer*lo tivesse de ser alterada a sua clonal localidncle de S. S a l \ ~ ~ d o r .
situa$ào O dlstrito d o (;uliiiigo X l to licai ia coiii o rluc
Era este sei11 porriieiior-es. o plano geral da 1;iz hoje parte do dislri to cle I,osi~idn, iiieilos o
estat ica drstii tal, e5lmqado por Cabrnl Rlonca- coricellio tlcste iioine, e incliir lido-llie os coiice-
da e c111e, c01110 jh disse, exporei, iiiais detida- Ilios cie Ca~eiigo,Ducjiie de Bi agaoca e M~i1:ili-
riieiite, ein corifi-uiito corn os restantes. ge, q i ~ eficticiaiiieiite fi~zeiii\):irte do d a I,itiid:i.
O da Lllnda c o i ~ s e r ~ a i - ia: ~exteiisão leg:rl,
Na ordenl cio~iologicasegue-se-lhe o do sr. eiitre o (:ua11oo e O Cassa~e a fi-oiiteira cio Coiigo
l%ani:irlnCcirto, eii\rindo de Loaiida e ((elaboi-ado jielg, no s i , ~ U r i s 1ll<l<lill-~e-11ie-~ B ~ill>ilal.
iin prvvirici:i enl ltIOT>)), coriforrne os seus pro- j)rov~soriaii~eiite, 11a1-aMona (~uiiiil~oiido
prios terinos, exarados 1 x 0 froiitespicio. Afirma-se Weli ruela ficaria coiil os coiicel1ios do Bni-
que este tra1)allio E devrdo li pena do iliistre iiia- Iiiiido, $il, (:atuiiil)ele, lieiiguela, IIoiillii Gl.ai1-
gistrado si.. illiileida Ilibe~ro,preseiiteiiiente juiz de, Cacolida, Qriileiigues e (;uf)aiigo. A c:il)it:il
d a Relaçáo de Lisboa e yiie, ao tempo, era iiin mridar-se-ia liara o Hik
clos j~iizesda Kelnçáo de Loaiida, vivendo iiestâ Mossamedes abraligei-ia todo o atiial disll lt0
cidade envolvido iliiiila aureola de quasi veiie- deste lionie e gi-aiide parte tlo da Iliiiila, que se-
i açào, pelo elci~teiilociilto da terra, seiido con- ria extinto, creatido-se O do Culto, c0111 a capi-
13
tal em Rcingo Acoiiuio, ficaliclo coi~-iprec~i~clido en- i-essriii it liroviil~ia,s e i ~ ~ e l l i a ~ i t e i ~ai c1ini:t
~ i t cp i n -
tl-c os distritos il:~ I,rriid:i, Keiigirela e iiIossaiiic- ))osta cllie u si. I"r-t'i1.e de ~jiiiii-acie,governado^. tle
rles e a fi-vilteir-u lestc. Quer dizer era uiil dis- Moqaiiibiyiic, t c coni~ respeito a esta e cfiir iiiiii-
trito perfeitaii~eilte110 ~iikeriorda provincia, fo rrifluiria ila i esoliiq5o das siitis rliiestões.
Seg~nldoa ordcril ri-oiiologrca w j a se a dis- 1'01 f i i n 110 plauu (10 si-. Alvcs Ror;;ld:is,
posiqão do plano eii~riatioj ~ o rEdu:ii-clo Costa, sol o lilltnio govei-iiarloi. iio t e n ~ p o(lu
tiiiz '24 d c noi cinliro clc 1!)06. oiii~iciitausi(J ~illnierodos clistrilos qiie ficnriniii
O goyernt, clc Aii~~olri seria rlividido erii duas sendo nove, assim dc~~oniiir;iclos: ~;oiigu,rnliit:il
pi.o~,iiicias, ri da norte e a clo sul Ambas eslas erii (:aliliida, eit~l,oi-:i o si. I<oqndns julgasse
seriiim rliv~tlidasein 12 tlistritos civis e ~iiililares ~~rei'ei.~\~cl Santo Aiitoiiio, iião :i 131 opíjiido pai-
r»iii a t1eçign:~yào h'o1-f~r Srrl ?I proviiicja do riiotivos de riificuldnrle fiiianceira t: pela iiccessi-
nortc [eira a siia sGdc eiii Loatida c abrangeria dncle d;i c o ~ i s i i ~ ~ i crlea ocr~iiiinliospira o iiiteiini-
os clistrllos ç r ~ i srie (:ubinda, {cap I;abind:i), do clistrrto. I,oniida teriti ctipilnl iia cid:idè do
t:oiigo, ( r a l ~ S:irito Aiitoi~iod o Znii-e), Angola, nlesiila 110111e, se 1,eni ~ I I PrlIe 1iilg:isse ],i-e
{cal). Gol~irigliAlto ou X' Dala Saiido): e os dis- ferivel ~ ~ o i i s t i i i iiiiii
i ~ - dislrito iilia~le, coiii si.-
cs cle hl:ilailgr. (cal>.hlalange), Lun-
tritos 111111 t a ~ d e iio ii~terior,o cliie laii~l~ern riua ~iro])" por
da, (ç:ip. ~ ~ ~ o v i s o iJ.iire~iin),
-i;~ NOYO13~cTotid0, jiiotivos d e orc!e~iil l i ~ i i ~ i ( *h1aJ:i ~ ~ r ange,
. t - i ~ ~ ~~i 1l a1 1l
(vap Novo Rccloiicto) &ial~iiige;I,liiidn, cal). prri~isoria cri1 (:a~iciici;i
A yroviiicia (10 si11terin a sua skcle iia ~lclacl? (::iiliiilemba, Ue~iguela.cap eni 1:eiigiiel:i; IPii:,
d e I:cnguel:i c nl,roiigei.i:i os distritos civis ~ I P cnpi tal eiii 13t.ln1oiite, I.ul~;ile,cti 1) iio Jlocli~co,
I3eiigrrela (cri]) S. I ' i l i p ~ r l r Beiigiiclu); 1Jié (cal) H L I I cal)~ ~ , lA~ilji~ilgo: ( ; L I I ~r:1111
O , tal I M c0>1ll11t~21-,
I3eliiior-ite); hlossame(1es ( c n p , hlcisç:iiiietics). e os ç i ; i do Culto coiii o (;otiil)inge.
rlisii~rtosiiiilitaies ila I'laiiulto (cal, Sii tia I h n -
rlcira); 1,ul)alc. (cal,. Moc~l~icn). Culi:iiiao orierital 0 sr. nlaior J4:111tiel M:II-~:I (;oel11(1, o pi i [iiei-
o i I'oi~tri Prriicesa Arnelia).
[cal'. ~ ~ r o v i sia ru govei rintlor gei.al i-el~ulilic;iiio cic ,lligol:i, j:i
nie iiiai~ifesloii, eiii 1)reves liala\ri-;is, ciiiaiido o
Xo ~ i l a n orle c~rgaiiisaqáoaciniinistr.ativa cio si. iiitervistei solire :i qiiesláo dos seivic::ies. cliinl
(:niice~r.o, pouco ha :i iiidicai., pois este distiiito 0 Sei? ~hlll(1:[lrCI)iiVlkI' i~ll#31ii l l ~ l l * t ti
\ allt0-
I~iiiciriiiiirir,coiis1de1.a H 011l.a ( ] C I<tluai.tlo Cosia iiomia. hfns atiii:il esse f u esti.ibillio clrl lotlcis
a c e i t n ~el, tizas, para ,]a, aponta çoilio iiecessaiIti a os guveriinciores, pois poiicos drixaiii dc d~;l,ci
iiiiidni-ic:i ria c a p ~ t a l d o Coilgo parat o s i i l do isso mesiuo. (JLI:] I I ( ~101naiii coill:i I:!( :i tf t r ~ ~ i i i s -
%;iii.r, (licaiido o ~iivlnvec.oilstit~iiiitlounia iiii~c:i ii-a(:Go d:i ~ir'ovilicia,Ess:i r\lirc%são 6 , ;ileiii dc
ciiciiiiscr-içáo), e a insttilacâo do dislrito clo Hit;. tudo, excessjvaaiiieil \.agn crA a~rtoiioini:iii"
i-\ te111 (11sto cririsidera necessaria a orgaiiisri- (.)iialitlo estar6 esta 1)roviiicia ciii coiidiçiies de
c.50 duilin ngeiiria dr Arigoln, e111 I,isboa, qrie sir- ser aii ioiioiiia, srgtiiirio o cri lei io tle c[iial(lii~r
yn rlc iiiterriiedifirin c1iti.c n p h e r i i n de I,isl>o;i gover.ri;irile? 1'2-sc I ~ t . i i i qiie tal foi-i~iiiIc?
C irii])re-
c n de Aiigola, c111 iodos os negocios q u e iiite- clsn e pode ati. at~iigii* os srt-tilos fii tiivos. Xieni
disso o iiiesiiio setilior iiifoi-niava-iiie umavel- Mas lifio s6 iio iiiimero de distritos estava a
ineiite que iioineair:t oficises d o exercito coiiio aftei-a+, porque havia outras iiiodificnyOes iia
chefes d e conselho, porque tiiilia sobi e elles o do- estrrltiira geral. Assiiii o qrie lia de iiotavel, nes-
miiiio d a disciplina. (:oiiitudo, se reparasse beiii te particulai-, em alguns dos ~ ~ l a i i oEs ,a divisiío
tio i~iofivoaduzido, e levasse i ~ srililiiias coiise- ~ ~ r e c i sde
a distr~to~s eln ii-iilitares e eiii civis,
quericias a suas razóes, Iogo resiiltaria que as- acerituaiido-se esse progresso princil>almeiite coiii
sim, p a ter ~ acqRo disciplinar sobi-e os fiiri- Ediinrdo Costa, que, coiiio se v6, apesar do seu
cioiiar.ios sob as S L I ~ orcieiis,
S fel-ia111de s:jir d a grande anior pela sua proiissáo, que varias ve-
caserna a totnlidacle dos ser-vidoi-es d o estado, zes mnriifestoti ale a o exagero, tililia a perfeita
lia proviiicia. iioçáo do eiro tio cuclus~visriio,enl que se reiil-
Sria ICu." esqiiecia-se, dessa fornia, íliic todos cide, norneaiiclo-se, absoliitaiiiente, para gover-
os funcionarios teiii obilgaqões e que, q~iaiido nar os dislr~tos,oficiaes d o esei-cito e da ai-iiia-
coineiaiii faltas, quer elles se.jarn crvis quer iiiili- da, como pieceilo segjtido desde niiirtos seculos,
lares, estiio sujeitos hs respoiisabjlidades dos seiis erro c ~ u cse eiiiai~iem,~ ~ I L ' Riavelii~eiite
I do tempo
iitos Beiii I~astariaisto, iiiiiii i'egirileii heni eqiii- viole~itoda coiicluista E; 6 notavel que si, seja
Ilbrado, pala regular totlas as i i i n ~ õ r sdos em- isso e\l)rcssamcn te cletermiii:ido, l)riiiieiro 110
pregados publicas. traballio do sr. Ramada Crirlo, que loi o ii~trodu-
O sr. Coelho !c taiiiberii f a v o r a ~ e l coirio
, j6 o tnr desin disposic~áo, e eiil seguida n o d e E
si.. llai-iiada Ciii to iiianifcsli~ra,1í riicoi pai aqao Costa, teiido o plaiio postei-ior clo sr Hoqailtis :I
tle S . Toir16 e Principe lia provinciri de Aligola. tletei.iuiiiac;.fio de cliie s O pocleriaiii ser goirci.na-
Não Ilie 1~e,j0iiicotiveiiieiiles, tinia vez qiie se dores de clist~iioofiçiaes militares, riào interioi'cs
siga o pr~ncipioda aiitonoinia dos distritos (I) a capiláo oti 111 iineii o lenente da ariilatln, eiii
SI:is ~~aieceii-iile qiie o int~iitod o sr. (:oeIIio, ;to tleteriniiiadas condiydes.
apresentar este parecer, era sul)ordiriar a si to-
das as fiiriçóes goverririti\ras, coiii iiltiiitos tloiiii- .Li inaiiifestc~,eiii outro Iogai , o e1 i o tio elrlii -
iiadores. Confesso cpie eiiiboi-a houvesse i ~ i n sivisnio. A orielitaçio do sr I \ a n ~ a d n(lu1 to, o
gi.aiide plniio (te govei-ilo elposto pelo sr Coe- cluc introduzicio principio çi~ilista,e o clc Etluar-
1110, isso, parti o nosso c1 iterio, seria por coilij)Ie- cio Costa il digna de aplniiso.
to iiicllfcrente, uma vez qiie nâo desejo a goyei-
iiador legislaiido, a sira iiileira vonfpde, iiias a Qiian to 5 d i s ~ ~ o s i ~ geral
i ' i o dos d i ~ t i itos c1 elo
coloiiin dirigilido-se, aclriiiiiistrando-se, seiiliorn que niio liaveria i~icori\reuienteeiii aceitar qual-
da sua prol>ria indi~idiialidadepoli tica. quer dos planos Mas lia para niiii~uiiia orien-
São tissiiii esboçados os planos d e orgni~isa- tay5o que coiivern expressar.
c20 clislrital dos governadoi-es çeiaes qiic tem Se ifeguirnios esseticialtiieiile, corii :ilgurnas
servido lia pio\linci:i ~ i o siiltiiiios 10 aiiilos, e o varianles, a ntual orgaiilsnqão distrital, 6 claro
do qiie vne agoru foiiinr conta della. q u e teria de alterar-sc o iiuiiieio de distritos,
e siinplifiraiido todo o sei-viyo, tudo seguiria iiui
( ' 1 Vrjii-ic a iinl:i, 110 í i i i t <Icstc r,ilnliil~,rula\ta,i a nblc as,iiiiio. CLIrso llor111~~.
rios B existeiicia de cada iim dos ires estatios
auto tioiiios.
MASI I ~iiina grtiricle alteraqgo a h z e r e111 Ali- Esborado, assim, em graiides liiilias, o tipo
gola, lia orgoiiisaqfio a(lniiiiisli.nlivn e ria siia es- consti tucronal a ado tar. ver-se-ia, depois, qucies
trii liira iii1111lr? as divisões secuiidai tas a estabelecer.
A p r ~ v ~ i c i rdevei
i ta transformnr-se iiuma Conviria, eiilão, coiiliecer quaes as disposi -
(:oiii'ederaçiio de tres estados , - o de I.oniidn, yòes a adinitir Seriani os disti itos civis os (pie
:il>raiigeiido os Ires teri.itorios liole com a deiio- conviriain a ~ 1 1 1 1determiiiado estado 3 LA est:iv:t
iiiiiinqão de Coligo, 1,oarida e I.iiiida ;- o de o seu governo para o decidir, poiidei-ando as cir-
13eiigiirln, ocupando todo o vasta territorio cliie citiistancias e ateiiderido aos iiitei-esscs lucars,
Iio,je roiistilue o districto :issiiii cliaii-iado; e o ile Se pelo contrario se precisasse, por exenil~lo,
Mossaiiiedes forliiado coni os nlriaes ciisli.itos doiniiiai no sul tlo distrito de Mossainedes liara
tle Mossail-iedes c 11iiila. aleni Ciiiieiie e (:ul~aiigu n oi gaiiisacáo ii-iilitar.
Estcs tres gi.niides estados arito~ioiilos,setiie- estudar-se-ia siificieiitentetiieiite o assrriito e eli-
Ili;i~iteiiieiite sei i u i i i g o ~ ~ e r i i a d o~si o iim
r iiiiiiis- t8o ficaria tlecidido seguiiido os daclos de ol)scir-
terio saido d i i suri popiilaçào clvilisadn e presi- vação diieta, e cficazmei~tesc rlefiiiii ia o tipo
dido, cada uia, por um resrcleiite, qiie repi cseri- adminlsti silvo que convinha.
taria a laetropole Bem se sabe q u e lia Iioje eiii Angola povoa-
Isto e11lc~~iai1to iiãn se cliegassc á coiicliisi~o cóes que convem que sejam ossisticias iião sti por
dos i esltierites cle sereili escolliidos pela ],i o l ~ i a uma pi-oteqão con ttiiua mas tainbeiii por iiiii;i
coloiila, por escrutiiiio Nuiii territorio iiidel~eii- vigilaiicia periiiaiieiile. SO loricos sei-iaiii capa7e~;
clciite, Z,oniida, poi exeiiil~lo,existjria o gover- tle adotar iiin regiincii iiiilfortne, pois qiie a pio-
i i o ger:11 (Ia (:«iitedeiaq:io, oiitle se fixaria o ue- jxia pi+oteccãoq u e deveiiios dedicar As tril~usti-a-
~)rewiitaiileila iiicti opuIe, coiii a tlesigl\ac;ão qire haihadoras e serviqaes iinpúem a o b r i g a ~ à ode
se eiiteiiclesst, assislitio duiii iniiiisterio que pe- as defender das exlorsõles d e que sáo vilimas, pr-
rante cllc seria respoiisavel e que se ocul~ari:ide 10s pote11tados do interior, que fornianclo unia
iotlos os iiegocios c iiitei esses C O I ~ ~ I I I ~ S . rede aduaneira muito aperlada, onei ai11 as poljrec
Este plaiio C faii(i~iiiiciit:iliiiciiletIiferelitc de cai avanas coin encargos que as pre.jucIicain. M:is,
io(los os qiie coiilieço, e fcria :i \r;i~it:ige~ilde, repiio, estcs cxei~i plos uiiila temes 1160 r[iiereiu
O L I I ~Iii(10, d~fei.eiiciarI~eiiios iieqocioa das direr qiie 116s cle~raniosaplicar tnnibein unilate-
ires gri\iicIcs reg~ilesc111 q u e sc diricliri;i:i roiii'e- ralmcrrte qualquer preceito eiii Aiigoln e se os
dei ncsào, seiii toda\ ia as ~ c s - s o ~ I ~ ~~llil)ri- ~ ~ s ~ I - ,elenieiitos alivos, que por 16 inoirejaiil, poderão
~iiiiidn caratcr c vigor n cada irnin delas, cii- reconhecer qual o sistcina mals prnficuo.
iiliciiitlo-l hc. ~litlii idii:iIidatie esl-icc~ticu,iiisiiflaii- Nota-se, por este esposto, qiie nào lia paridade
do-llie vitla iiiteiisa 'i'cila, nlCi11 de tiido, a vurl- entre o que eu enterido cIue dcveih sei- o elenco
Ingeiii dc coriceiitrar eiii s i todos cis e1eiiieiitos adininisti-atlvo de Ai~golae os (10s ilustres f l l i i -
politicos e aciiiiiiiisti.al~vosque iosscm Iicçessa- cioiiarios qne ayreserilaram os seiis.
Dacliii iiasce a profuiirla ciivergencia quanlo eles n , ? ~coiicordasse, suspciirlê-Ias iiidefiiiida-
zi orieiitayiio adiiiiiirsti'ntiva e politrca cio gouer- iiiei~te.Esta disposiçáo é jri a de 1869, e por ella
n o d e Aiigol:t os podei-es da jtiiitn crai ir aii~esc~u~iiliatl«s e
(:al~r:il hloncnrla pi-eteiirlia q u e se ccaiiipIins- iiiiiito contingentes.
sein os poderes dos g o v e r i i n d c r ~ s ~e i açresceri- Unia inovac:io iiitrudlizia, poréiii; era a no-
lava, niiihig~iaxiiriit c , ( ~ L I sPr ((a1lci~nssea orgai11- i n c a ~ ã o duin coiiiili. exec~itir.odestiii:iílo :i dai.
s a ~ rlos h scrvicos ntiii~iti~sti ntlvos da provincia~. cxeriiqào nos votos cla jtinta Esta inovaqãa
Aiioternos aclui qiie iião h a v m liirnu nrieiilaqfio teria, cfciivatnente, certo valor RIas :ilcntliiinos
firiiieiiieiite aiiliiiioiil~sta~ ~ o ai saiiiplíaçr?o dos :ilwnas a iiiesquiriliez das fiiriqóes cln Junta qiie
potle~çs do goveriiatloi- 1160 correspoiide a uina era clcpencIen1~ em tiido tlo #c)\-criiatIor 0 1 - a
aiitonoiiiia local, disti il)riid:i aos cidíidãos qiie seiirlo este jiÍ iiIiin eiilid:irlc siil)ordiiiatln ti5 iiitli-
II;I )i o\riiir.i;i viveiii c. iiel:i se snci-ificaiii. c:icOes cle Lisboa, tiido scrin safocacln por tima
l*lo plniiu dc orgaiiis:iqão do sr. Ramada ni5o cle IPrro, e t ~ i ( l ose seiitii-ia retluzido a Iiles-
Ciii'lo iiol:i-se 111iia cei ta iiicIecisào qiie iiao era qiriiilias ç1aasiilas de rlt*lei-iiiiiiaqF~~s siipei-iores.
çoiiveiiienle i i i i r i i trali:ilho lir~iieiiieiilcassente.
Poi iiin l:iilo a gn\.ei.riador c0111 certas ;itriI)iiicões, No pIaiio dr Kduui.tln Cost:i not:t-se já niaror
soh ria o~.tlrilstlirci(is cio ~i~rrlisfro (i? ESICIIIO(10 largucsa. O ittistre coloiiial, orieiitado I)or ])i-iii-
1rIf1 t r n i t r r , e c<poi teiiipo i~idefiiiido,»c com ((uni ci11io.s ílivei.sos, queria que o goveriinclor tivrv,r
coiito d e ~ e i b1101 iiiezn, ;il)aite as nulras garan- poderes iirais ast tos, iilas aii-icla Iiiiiiiados.
llws (:oiitiitlo, iio que diz ieslieito As suas fuii- ((0(;overiiadoi. Geral (:ii.t 1/11i. crgr~zirje 1 e-
~ õ c s ,iiiriilo apagatlas, limitaiido-se a Iransriiitir pi'm"elitaiite d o govcrilo tla iiiel~oliolc e (IPJ)OSI-
oi-tfei~s,siispeiidcr c de1111til-, elii vertas cii-ciiii- t31.10 (10s seus podercs n a proviiicra c. coiiicr 1ti1,
stançias, funçioiiailos, (iissolv~ros corpos arliiii- rJ:rrrce nellti o ~~ocler. execri t i ~ opor iiilei-ined io
iiisirativos, :ipi-ovai- esl:~tiitos, aprovar obras pli- dos govrriindoi-es dc pi-oviiicia, cliefes tlc tl is-
Iilicns cni ~ a l o i iião . siil)crioi- :i 25 coiilos e pro- trilo c de serviço e o porirr lc~~islufruo rliie Ilie
Ircr as riecessici:iries, ~rrgrniesda ~~~~~~~~~~~i:i. k ':I tr ~lrriitlo por iiitei.iiiedio dos coiisellios rcs-
Eiii taes roiitli~òeso governtidcii- gernl ~iouço peiivosi).
f'iizia S t ~i:ii a rnoiitiniiac,.ào(!:i ntlinl di~posicão P o r acjui se vè que os ~~orlei-es i10 gciveriia-
organ1c.n Syi-i:i aprii:is i1111 l)ui.r)cl.al:i, lia sua doi. geral sCío ~á ninpliatlos coiii f'iiiiqõcs legislali-
l'liiic-ao iiisigiiific:~iltc tIc c~tiiiiliridoi. tle oi-tleiis vas exercirlas c0111 o coiisclIio d e rictn~iiiil;li.at:ào,
s l i p t ~i 0 1 es. coiisellio de govprnti e cciiisellio çoiiteticioso. O
Pai. nii tro 1:itlo Ii:ivei.ia ;i . T l r ~ i t r i í;c.rctl d a 1ii.o- ço~isclho dc a~fniiriisli.a~Ào seria cr~iiipnslod e
V ~ I I ~coiti I ~ I r,~ l ) l - e s e i l f : i ~dos
ã ~ ço~~selllos, (10s oito Siiucioiinrios ~)iil;)licosc ciiico VO~:ICC;, ( I C'S
cninei riaii tes c agi.i~uitorcs, iiiiiii certo 1111- dos qiiaes iioinenrlos pela iii~lro;)ole,d e Irstii d e
iiici-o deles, iião i ~ l t l nalciii tle oito iioirieaclos seis iioiiies, elivi:i(los ~ ) r l : i Xssot~i;rqàocoiiiercial
pelo g o v ~ r t ~ a d o~r I, I I Pt r ~i:iiii iii1i:is cleteriiiiiindtis de Loniida, caiiiaIn ~iiiiiiiçil):ilc siiitlic*ato :igi I-
f ir~icj.i',es(:o111t~icloc.ssns fliiicòcs e1 a m ii-iferiorcs col:i, liavericlo -o.
hs c10 govei-iiadoi. o qual poderia, logo clue coiii Coino sc 01)sci \ :I predomiiiai ia o elenir~ilo
oficial. Este coiisellio de gowriio vota^-ia o or- i111-i gabinete de govei-nador, quc preociil)ndo coxii
caii~eiito,os dil~loinase regulameritos relativos a sua personalidade e coiii os podei-es osteiito-
;i proviiicia e alteraria o regiinen t r l b ~ l t ~ le' i ~
sos q u e possue, 1150 tern a suficiente coragerir
aduaiieiro Mas se o governador ião concordas- para romper conz os precoi~ce~icrs de q u e est:i
se com as decisões do conselho, não as cumpri- eivado. A autoiioii~ia clc Ai-igola deveria sci-
ria e sei-ia o miiiislro a resolver. obra da propria proviiicra, dos seus eleiireiiios
attvos e iiitelectivos.
P o r fiin o plano do sr. l\oc,.adas é, com algu- Ilevcria ser consultatla nutiia reuiiiáo piil~li-
nias alterações, o de Eduardo Costa. ca, em congresso geral, e a111 laiiçndns as siias
O conselho de governo te ri:^ poderes legisla- bases fiiiidaineiltaes.
livos restritos, votaria o orcaniento, empreslinios, Não 1iii diivida que sO a provinciti teria a sii-
iiào podeiido iilterar o r egirneii adtiaiie~roAlem ficieiite auloridade para o f;r~er.
disso os distritos, ao contrario de E Costa, ele- Eleitos os delegados dos vai-ios consell~os
geriam tamhem i e yreseti tan tes, ii~diretaiiieiite, ein coiigrbesso ~,ul~lico,a111 se debateria u que
pa1-;1 esta ciit~dade,o que era natural, visto que conviiitia. Havia divergergciicia','Mns oiide as ti50
a orgai~isa~$Ío geral deste iiltimo daria aos dis- fia ? )I depois é q u e se tletrei.ia iioiiierir a co-
ti-[tos urna certa org;inisnciio propria e autonoma missao central clric redigisse a I:oiisliturqã» (;e-
Se tivesseinos de drsciitrr os tlabalhos cita- ral da coiifederação, se se jitlgasse coiiveiiieiite
dos :i]-tigo 1101- artigo levar-nos-ia muito tenipo estc ])laiio, que i. o iilai.; aceit:ivel, c i i ~riicu pa-
e 11o[ico poderiamos av:irlcar porqiie fiindamen recer.
tc discoi+(lantlo de todos os plaiios, ficariariias A Coiifederaqão de Angola saii-ia assim, ciii
l)atalhai~doiio vacuo. I-,loco, e, depois tle ferto csl~oqo,tlisciitido iios
t seus capitiilos, para o que não seria pi-eclso seiiáo
11oii1 senso e estudo IIIO(IC'IRI' lias COIISLI~UICOPS
itlenticas, quer coloiiiocs quer iiacioilaes, e lia
Prccisa-se todavia cornprecricier que a auto- eni todas eleineritos adeqaados :i Aiigola. O i eslo
iioniia de que iiecessita Arigola, não se 1)ode era facil, desde qiie a coniissão ceiilral t i ~ ~ e s s c
conformar nos rnesr~iiriihoslimites dos fi-aba- lioiiiens iiidel~ciicteiitescle eslirritos nvaiiçndos.
lhos a que acabo de ine refer~i..Desde o plano Ha pouco, eiii iioveml)ro, foi i~oiiieadnrima
estreito d o sr Kni~iadaCurto ao mais ampliado C O I T I I S S ~ O para, ccconi urgericia)), f'oi.inulnr as 1i:i-
d o si-. Roqadas e E Costa, nada serve E' preci- ses tfui~ia nova oi.gaii~s:iciío atlii-iiiiistr;itivo d e
so q u e falenios com ti-aiiqiieza, porque o resyei- Angola E' 11111 erro, seni ofensa As pessoas ylie
to que m e illereceiii os vivos e a veiieração q u e a caimpòe. ( I )
teiiho pela meiiioiia rlo xiiorto )lustre, não im-
pi'e o dever de nceitai, ipsW verbis, os seiis tra- i') I'SW ~ 0 1 1 1 1 \ S ; l n C C O I I ~ I J ~ I I ~ C[ )I1~* 1I 0 5 \ I \ ( I I I I ~ ~ II I ~I V~ (11
y r c ~ \ i i l c ~ ~ i t PII'.;
e, A\<~T.II~O\<). (11 s A 1 1 i r i 1 1 1 o ~ I I I I 5~ ~11.1111150 <
I \IPI~(-/CL~,
1, 1 I I I I I ~I!< ~
ballios no taveis. I O I . ~ C S , W < l < t a 1 1 0 S<i> ({1tlL1l> 4 ~ ~ \ ! I l ~ t l . l l f l , l l ~ ~ l l l dl l >, , ~ 1 1 , ~ 1 l 1 1 > r < l .
< 1l > l l I 1 ~ ~ tll<l\ k l ( , l l l , ,t3111 (>\fC)l < 0, q 1 1 < . , I \ ? 1 < 7 1 1 g t , \ t ] & I l l ~
A autoriornia de Angola, primeiro que iuclo, 1 1 < ~ % ~C ~ 0 \ c 1 -\e-1.1
< I I I : I ~ F~ i i i ~ i i i o i s r i i i 1 . 1 1 t ~ i i I o ~1 1 c < ~ i i l i < ~ c i i l o -c, 1 i . i i i d r ~ p i i r l t i ; l r > i . i r i 1 -
iião deveria ser csboqacIa iio amhito estreito CIP I > \ ~ I , c~ ~ ~ I ~ ~ , ~1 : I WII;IO
o I ( ll)O., r <it l l I ~ I I . , .I 1 ~ ~ . \ 1 4LI< L I I 1 1 1 1 ~ L ( -
De Lisboa não C que deveria enviar-se lima tl.3.s iiaçóes -- Tipos aclotados eiii liarn~oiiiacom
conslituiqão como n que niandou para Yarsovia as esigencias de cada coloiiia - Centralisnio e
o filosofo Rousseau. dcsce~itralisrno- Qual o principio que nos coii-
Eu poderia esboçar, aqui, um todo constitu- vem. Autonomia. A autonomia trarb peri-
cioi~al,iiias fi'nncameiite, siijeitava-me ti mesma gos? Estará a provincia em condições in-
peclia que estou a censlirai. nos outros. Faria telectuaes e economicas de a receber? Se
obra centralista. está qual a organisaçâo que convem -- Se
Se e u estivesse em Angola ric?o teria duvida não está qual o sistema deseentralista ad-
eni col>iborai. nesse tral)allio, de comum acordo missivel em harmonia com o estado da co-
com os cidacliios qrie me acotiipniihassem, e cori- Ionia ?
tl-anaria toda a ideia de centralisaqão metropo- $ 2."- lnstitiiiqóes locaes - Junta (reral d a
litaria. i-1 auloiioniia elnl~orirdaeiii Lisboa, leva h
provincia -- Consellio do (;overiio - - (.onsellio
em cunho o erro originuI. d e provincia - - Cailiaras nitiiiiçil~aese juntas d e
Já clua~icio estive eiii 1,oarida propiiz a reu- pai oquia - Qiiaes as niodificaqóes a iiiti-odlizii-
11150 duiii congresso ~~rovincial, eiii 1904, e111 que ein cliirilqiier delas eiii I~nriiloniaconi os pi'o-
eiitixva a q~iestãotia autono~nia.Cliegiiei a ela- gressos do nosso tenipo
borar as teses, lioii\ e coii~~ssfiesque forniuldrnm $ 3."- Represe~ita~iio da proviiicia lia iiie-
pareceres. Por niotivos estrni~liosri iiiiiilia voii- ir0l)ole - Uni sci ciepii tado sntisfai-h Dcvei.áo
tade, 1150 se chegou n realisar. Mas o pouco que hnvel- taiitos deputados q~iniitosos disti.itos 011
se i e ~j)so\~ouqueAngola tem elementos valio- será necessnrio faxei- ililia orgniiisacáo por cir-
sos de li~aballioqrie cii1npi.e aproveitar. ciilo? O direito de voto deve ser coiicedido nos
Estou longe, 1150 feiiciorio voltar, ]nas POSSO iiidividuos lifio cirilisados')
afirmar q u e existeiii por eleiiierilos iiitelecttiaes,
digiios de respe~toe nteliqão, e 1150 seria dificil
5 4.0- Orgaiiisng'" ojudicial, altei-ayiío (pie s e
deve iiidicar - A siipreiiiacia cio Jiiiz --- Os ]>i-o-
(lar Iioiliogeiieidade a este graiide niovirnento. cessos siiniarios dos jurzes i160 iogttdos - I'eri-
Quarilo A 11ai.te qiie iiiteressa, neste livro pu- gos que dali1 derivai11 -- Carestia dos processos
blico o progi-nrna por iniril elaborado e o pare- - Justicn gratuita - Pi,ocessos e lei da impreiisa
cer da sul) coiiiissào o que e convenieiite conhe Cadeias e sua org1nisação - Sistenia peiiiteii-
rei.-se ciario em Angola.
.*
1.: iiilia das cluestões que iiiais se irnpõe iieste de Souza, afirmava iiiiiito categoi-lçrinien te qiic
~ i i o m e i ~ de
t o olirns obras decisivas 6 a coloninl. ein Aiigola i150 liavia crise geral. ( 1 )
Iiiil>eiidcmsobre o governo iepublicaiio graiides
i espons;'bilidndes e pena teiilio, coiii fiariquesa,
(7 I{<*lato~in c ~iiiiliostntln 1'1 r tloctiiiiriiloi ri]iici<iii.i<lo5 .i (nii1ni.i
elle 1150 telilia estado t'i nltiira destas graves dii%1)i~piitntioieiit 1901, p.ig YJ2
crever. (1) Antes de tudo, porém, é necessario lisacfio da sua riqueza; um plaiio financeiro,
ver que etn Portugal não existe iirn balaqo dos concreto, perfeito, seiii ficelles, seiii portas falsas,
elenienlos da sua riqiiêza Se efect~vamenteda- que ao Imvo a norão perfeita do desgrayado
qui Bvaiite temos, caxiio se drz, de fuiidar um estado do pai2 e que se escude na boa e justa
Portugal novo, essa obra de remodelação pro- distribuic80 d o iinposto, para que, se liovos sa-
funda deve basear-se nurn largo e vasto inquerito crificios se exigtrem, todos saibam seguramente
aos elernei-itos coni que se yvde coiitai. para a para onde vae o resultado do seu labor; uni
realisação de semelliante e gigantesco esforço. plano coloiiial que dignifique as terras distantes,
Bem sei que o trabalho coiistrutivo 1150 pbde q u e tso briosamente pligiint-ii pela prosperidade
sei. obra de iini só governo, nem isso competirá geral; e, em suma, um plano de refornias so-
ao execritivo que 1150 é o oi7gão da soberania ciaes que garanta a o trabaIliatlor o bem estar,
~iacional,Mas o q u e pbde desde j a fazer-se 6 o reina taiido isto n celel)racão duiii plaiio gri~ri-
inquerito coiisciei-ite As çoiidiyões ecoiioiilicas dioso de ed~icacáonacioiial que forriie a gei-aq:jo
do l~aiz,que terh inesmo a vantagem de unificar, nova, desde o berqo, liasa iio futuro ser a repie-
eiil cleteriniiiada medida, as aspiraqões dos gru- seiitante gIoi.iosa das aspii*a~õescia sua terra,
pos politicos q u e venhaiii, natiiralinente, a or- deiinitivamei-ite eiicorposada lia civilisnyão 1110-
ganisar-se na grande assemblela constituiiite. clei.iin cZe cpie seja col~i1101-adoi~n atn-a.
Se o governo provisorio lancar as bases duma Crie-se uina geracão que saiba coiilpreender
graiitle siiidicaiicia aos recursos com que deve a iiiasinia de 13enoit Maluii qiie diz que cca Ilcpii-
contar, elucidará niutto a d~scussãoque tem de hlica 6 a formirlri politica cla dignidade Iiiiinniia ))
haver sobre estes graiicles, rrnportaiites e decl- Sabe-se taiiibeni que n mniieira como ficnii
SlVOS ~ S S U I I ~ O S . organisado o miilisterio 6 iiicoiiipleta, porcliir
Só depois deste inqiierito euato e conscien- 1150 se coiiipreeride qtie 1i.ja nl~eiinsos yrie ;i
cioso se yoderci formular urn largo e compleio propi'ia ~iionarquiajulgava iricapazes de satisfa-
plaiio de governo. Assiili orientado, o f~ltrlro zer as e ~ i g e i ~ c i adas
s siins fiiilcòes.
parIameiito da Republica terit si gloriosa tarefa Uiii governo beiil orgririisado terti de refuii-
de apreseiitar ao p a ~ za ~ t u a ç ã oeni cpe tiido se dir, amplainente, os serviqos yiil)Iicos, sem iie-
eiicontra, asseiit:itido as suas nspiraq6es em ar- cessidnde de augiiieiito do pessoal iiem da Iwo-
niiriientos positivos der~\,adostio rsato conlie-
h. yria despeza, porque 11i~iitn.slia a coi7tar seiii
ciimento dos fenoiiieiios. prejuizo do seu fiiiicioiiaineiito.
Uin plano polrtico q u e assegure o , f ui~ciona- A orgaiiisaç3o governativa que a coiistituiçiio
meiito normal das iiistituicões deinocr a t'Lcas; uni iepriblicaiia estallelecer deva-{i, inriis tarde, ci-cnr
plriiio coiiipleto de foinenlo econoi~iicoq u e ga- outros ministerios - o da educnqáo nacioiiol, o
ranta o progi-esso iiacional, a expai~sãoe a cana- da agncultrira e iiidustria, o do coiniiiercio e o
d o ti-abalIio, e, Aliaiinei-ite, o das coloiiias.
( I ) 1 ' s . i nIiia cst.i $.i c111conityn clc. 1~1,il)oinq~in Iiilitiiln-\r .I l{c Siriiplrfic.ar-se40 nssiiii as fcinq0es ptil~licas,
~ o p i c ~ t i i i ' i l i n i l . i C i O l i ~ l c \ L' 5Llfi Il('CC5
j l l l i i l i < < r 1'01 l l l ( ~ t r c r ~ ccl ~ s i i i c ~ , l i l i O\ -
S L I I i,{ saliic.io :r c l i k r i l i o d:i\ rni iiiiiiIa\ cIr111o~i
P i ~ l ) i r c . t ~ - ~ c( -111
.ltiC.l\
i o tlc
. ~iiicniioi (10 [ ~ i o ~ i i inilo 101t,
podendo ate iediizir-se a uni so os de rriariiiha
E, todavia, N eyoca em que esse afirmativa de aitigos diim aiiii o conierciaiite da prouincia,
se fazia, ern precisameiite a que se coiisidera n
mais corrosiva e mais formidavel e tanto assiiii
f
sobre A cr'isc cle 11!golcc e ns strns caitsns. No
Coiliel.cio rio l'oi*fo versou-se Iargaiiieiite esta
que o liialogrado ~tiriscoiisiiltoCabra1 Molicada, questão coin niuito cr~lerio,e O P~*lr~zeil*o cle Jn-
a
ao teinpo gorei-tindor geral rln ~rovincia,dedi-
cava precisanieiite iilii çap~tulo o seu relatorio
a o est~idode tal fenoineno, explicando-lhe, se-
miro dedicava principalmente as suas Curtas de
Angola a esse feiioineito ecoiiomico ( à o debrli-
talite. Numa coiiferexicia iia Sociedade de Geo-
gundo o seu criterio, as suas caiisas e procurando, grafia, o si-. Sousa I,ara, audaz e valoroso co-
até niim resumo final do seu trabalho, determi- merciante dacjuela costa, uin dos ii~aisiiigeiites
iiar os reinedios de cajn aplicaqãa elle esperava iiiiciadores que teem calcado o solo africano,
obter a s a l v n ~ á oda iiiesnia ~~roviiicia. expaz, embora restritigil-ido o seu estudo á ques-
Mas não era apenas Ca1)ral TvIoiicada quem táo do alcool, coiil toda a clareza, o estado da
determinava os siiitoiiias dessa doenca, pois por nossa grande proviiicia cla ilfrica Ocicleiital.
essa ocasi50 iim agiicliltor de Angola, de quem Por firii a popiilaqáo de Aligola, em repetidas
niio sei o rioiiie, procurava refutar, brevemente, rcclnmações, iiistava por pi.o~rdeiiciaspara de-
as coiiclusòes daquele i1usti.e estadista iiiiin ar- l>elar o ii~al-estar d a provliicia, e, iiuin iiiani-
tigo ~>til>licado iio Correio dn Noiic, em que, festo ao pai%,reylicava ao ininistro do ultraiiiai-,
111111t0 concisamcnte, mas tainbem c0111 milito d e eutão, que i i i ~ o r n aein erro c~iiaiicioafii n-iava
convicqáo, sustei~trtvaque a crise existia porque qiie uáo liavia 18 crise gera1 Niiiii follielo piibli-
o coinercro lhe estava sentindo os seus efeitos. cado eiii Lisboa aili se cleterliiiiiaval~as causas
O propl-io Beiico Nacioiial ITltramakino, enti- iii~ediatasde seiiielliarlte estado ~i~oi.l)itlo
dade que, por assim dizer, toma o pillso 5 situn- A Associaqfio Coinerçial cle Loaiiria coiisagroa
<Ao econuxnica das coloiiias, o assegurava cons- iii i1 opusculo, escri to pelo sr. ];rei tas Ribeiro, seu
tantemetite 110s seus relatoiios. No do anrio de pi'esideiite, a iiin estudo iiiercan~ildo assiriito, a
1902, o goveriio daquela instiluiqii« hniicarin proposito do regiilieii pautal que incrde sobre a
dizia: ((Pelo que respeita ú Africa Ocidental te- pi-ovincla e a depaupera, e a Associa@o Iiidus-
iilos a Inirieiiiar c p e duralite o a m o fiiido, e por trial do Porto, iiotaiido o erioi iiie ctesfalque dsi ex-
divei.sas causas, se tenham agravado as a r - portaçào, para a Africa, dos tecidos nacionaes, eii-
cunstniici:is da proviiicin de Angola, IA assaz viou uni delegado a Angola, que escreveli iiiii rela-
criticas, ern r>ii*itidc da I>!-olongridu ci-iie ccorlo- torio ciru~nstaiiciadodo seu estado comercial, ha-
nzicrr tjuc a uirthti q>r'íniirido.» (') vendo nessas rnvestigacões iiiuitos elemeiitos de
Eni seguida ntribiiia o ngra~niiienloda crise estirdo e de observação clrie as regices oficiaes
á falta de transaq6es coiii o interior. náo conseguiram exceder, iieril niesiiio egualar.
Coiiitudo liavia as iiictica~õesprecisas nos Foi uecessario que extra-oficialmelite se ÙR-
jorniies da epoca e Ienibro-iiie b e m que iiina tesse perinaiientexneiite a mesnia tecla, para que
ganeia d e I.isl)oa, o Mliildu, publicou uma série os governos metropolitanos despertassem e seii-
tisse111 que na realidade alguma coisa de grave
se ia passando iiaqueln terra.
Não lia entidade nlgntna, qiie tcnlia i.elaçoes
Veio fiiialiiieiite a confirmaqáo oficial, da me- coni Angola, que iião recoiilieqa, para assiiii di-
ti-opole, pois a d a proyincla j5 se deima com o por zer palpavelmente, q ~ i ã oprofriiidameilte essa
miiil tão citado e valioso livro de Cabra1 Moncs- crise tem sido coirosi\ra aos seus iritel-esses e
da, ein 1902, depois da yiiblica~áodo decretoriii- até mesmo aos da iiietropole.
iiisterial ein qlie se dizia no relatorio: crumaperi- Q~iatidoEd~iardoCosta foi governador geral
gosa e grave crise afeta aquela provincin? Não.» de Angola tive ense-jo de conliecei. qiiaiitas teii-
Comtudo, apezar da iiegntlva formal, no pe- iativas fez esse liornem expondo para Lisboa as
riodo segiiilite corifessava que em Africa ha cri- criticas circiinstancias da proviiicia de qiie era
ses conierciaes quasi periodichs. devidas a cau- governador geral apresentando alvitres yiie lia
sas iieiii sempre taceis de apreciar. siia opiiiião ciirnvaiil a doeiica (jiie niinava riii-
Rias a coiisatrraqáo olicial do facto, veiu ein iiosainente a nossa grande coloiiia africana. Por
19U5, pois, seiii Tresitni6es, o si-. Moreira Junior iiifelicidade a morte ueiii, brutalmente, piir teia-
pòz a í111estGo clarnineiite, afiriiiando que m o a esta iiidivrdaaiidade tão taleiitosa e tão
proviiicia iie Aiigoln vem atravessando desde cauta e, ao iilesnio ieiiipo, tão amiga de Aiigold
alglirls aniios uiiia crise ecoiiomica e fiiiaiiceirn que, qi~eiiiacred~tasse lia fatalidade Iiistoricn
que niuilo teiii prejudicado os interesses do es- c ue, diz-se, persegue n iiossn riaciorialiciade, 110-
tado e os d a iiidiistiia e comercio locaes e da I
c eria afirmar que uin geiiio tragico abatera
s
nietro ~ o l e ,pl eociipando, coiii s o l ~ j o motivos,
OS po eres cornpeteiites.))
ç
Dai a\.aiite Iiouve até exageios ria afiinia-
esse hoinein qiie, coiii laqueza de acç-;to e, ali-
xiliado pelos eleineritos iiteis da proviiicia, seria
capaz de arcar coiii a soluciio de t30 iritriiicado
tiva. E' o Iiabilo vellio do ~ > o r t u g ~ ~Ziido ès~~u tiio triste probleriia.
oii iiatln. Nos relato1 ios- dos srs. Aires Ornelas,
Hafael Goqáo, Terra Viaiia e Mariloco de Souza
que aconipaiiliaiil os orçamelitos tiltrnmariiics,
110s disciii-sos de posse dos govel-nadores e em
tioiile do consellio goveriiati~~o, entregalido o ao- A crise de Aiigolii é, coiisequeiiteiiieiite, i i i i i
verno ao sr. Roqndas, o proprio Bispo de Air- rios factos niais grnvosos e mais ~~ersisteiiteiiieiile
gola e Coiigo. se frisoii o ponto esseiicial, i~iilti- ~uorbsdosdesta proviricin a cpie conlrein investi-
divel. Por fiin o I[\-ro do sr. Paiva Coucelro, qiie gar as causas, quer reiiiotas, quer pioxiiiias,
é iiiii est[ido siiicero de semelhante izial-estar, quer atuaes, qiie iiiflrierii na sua perdui-aqáo
npi-eser~tava:I fúrina como, eni seu entender, este
poderia ser saiiacio. Não se deve, sbmwite ver os que sobiesaeni
Portanto n ci-ise eaistia e, por i~ifelicid:ide, a eiiipirica rntui<;ãode iiiomeiito, porque este des-
niiida siihsiste. Apeiias ha passageii os iitonien- graqado estado ecoiioinico teiii frliidws raizes ii:i
tos de prosperidiicie resiiltado de cnirsns extev- tradição e 6 iiiotivado náo sO peIos goveiiios,
lias cli~ando,yriiicipalniente, se eleva iiin pouco te pre telidem espii-itos sii-
conio coinesiilliriaie~i
o preço dos geiiesos de exl~ortaqào,coino :i I ~ o r - peerficlaes; iião sU pelos erros dos coinerciaiites
raclin e o cale, iios inercndos iiiiiiidiaes.
de Benguela e Angola, como entendem elemen- ses coinei-ciaes ao regiiiie~ibaiicario. Serão as
tos oficiaes, salieiitando-se, justamente, o sr. l'ei- crises feiiorneiios periodiws, coiiio pretende Ju-
xeira de Soiiza e Moreira Juiiior; iiáo só n o re- glar? Sendo assini fUt:ies nùo podeiiaii~sei. regri-
gimen pautal, como crccm algumas corpornqões, ladas pelas reis Iiriinanas e , neste caso, todas as
salieiitnndo-se :i AssocinçRo Coiiiercial de Loaiida rec~aninqõesdos interessados seriarii iiifii~idadas
e o Cei~tr.o coloiiial de I,isl>oa; náo sU li confe- visto que, c o i ~ ono detern~iii~si-iio hiologico, não
reiiçia de Bruxelas que matou a florescente agri- obedeceriani a quaesquer iiiediclas legislati~asori
cultura da cana, como preteiltlem os agriculto- a quaesqtier traballios dos iiiteressados.
res :ingoleiises , iiZ;io ainda, apenas ii eniigraçâo Seráo efectivanieiite, c o ~ ~ expóe
io Coqueliii,
para S. l'home, corno siip6ein varias iiidividua- inotivadas pelas restrjções 110 regiineri I,aticai.iu?
lidades , iiias a i-azòes historiças permanentes, a Ainda discoido de iai opiiiiáo l ~ u i sque tal ma-
eiros ecoilomicos coii~etidospor governos e co- iieira de ver se ri50 poderia adot:~i. eiii Aiigola,
loiios, e a certas circunstancias de iiioniento oiide, todavia, o ci edito 6 qiiasi niilo. blesnio que
que agravam a situaqáo do ja tiio co~iibalidoor- nus coiisiderasseiiios este tini tios iiiotlvos da crise
ganisrno proviiicial e (pie se agravara cada vez de Angola, 1130 o coiisideio, eiii absoluto.
mais, enquarito riáo se compreender o prohle-
rna no seu aspeto fiindaiiiental. Queiii, coni inais precisão, ~ i ou prolilcma
foi o ecoiioinista eiiiiiieiite, professor lia Polite-
cnica do Porto, IIodrigucs de Freitas, iio seu su-
bslancloso trabalho sobre as crises conierciaes.
Estudando, com iiiiiiiicia e com escrupulo, a
A s crises economicas e comerciaes são feno- obra de Juglnr e Laveley, e, ainda, os aiitecedcii-
menos inuito coniplexos e e iieeessario nào os tes como Stuarf Mi11, chegoti a deten~iiiiarqliaes
lYerde aiiinio l e ~ enias
, procurar, coiii lodo o ri- tis causas complexas de taes feiioiiienos c iiicto
gor, desciiiriiriai- os seiis sintomas para Ilie defi- ~)rocurá-Ias ii:is perturhag6es, qiier polificas,
nir o diagiiostlco. Este assunto, crises economj- quer ecoiioinicns, d a segiiiida metade do seculo
cas e conierciacs, teiii sido estudado com inuita passado, acliou, coiii algunia aproxiiiiaqão e it-i-
cautela por varios escritores economistas e to- ductivameiife, certas variaveis eiii relação coiii
dos lhe teciii reconliecido as dificuldades, clie- as constaiiles que, coordeiiriiido-se, pi oduzein o
garido alg~ins a conclusóes variadas mas em f'eiiorneilo mais Grave da ctise.
parte coiicordan tes. A crise é, pors, o resiilta~itette erros, caiisas
Qiianclo Juglar escreveu o seu famoso livro variaveis, e de certos feiiomenos sociaes, causas
sobre o assunto, definiu, e m termos precisos, coiistaiites, e cnraterisa o estado niorbido 111a-
einbora incompletos, as causas das crises co- xiiiio d e deter-rniiiado estado coletivo.
Iiierciaes e Laxreley coiisegiiiu obter iirn todo Creio, pois, que este feiiomeiio, CI-ISPSCO-
doutriiial que, eiii certa inedidn, expoz os fuii- 1rie17ciaes.e iiin aspeto, ayeiias, de outra grande
damentos de taes fenomelios. E' digna de ver-se crise, mais funda e mais iiitirna, da crise social.
a opiiiiiio de Cocliieliii atnl>uiiido todas as cri- Como todos os acontecimentos hisloricos, quer
l~olit~cos, quer íllosoficos, qiicr religrosos, qiier, factos ecoiioiilicos iio coi?junto social, cliegar-
11011troste~-~iios, iiioraes, si50 espressos pelo so- se-ia naturalnieii te ;i aceitacão da coiiceito de
liiatorio ccoiioiiiico, este 6 , prir:i assiiii dizer, ein Conite qiie integra a ecoiloiiiia politica na so-
i ~ l t i ~ i iaiiallse,
a x foriiliiia de todas as grandes ciologia. Em face deste espirito scieiitifico é rliie
crises. C01110 hlalon afirniou não ha fenoriienos deverinin ser eiicnrados todos os f:rctos ecoiio-
iiisulados e Greet' ria Sorrologitr Eco/lonlicn, coni rnicos qiie niio são instilados, que s5o solidai ios,
oiilras pnlavras, asseiitou iios mesinos priiicipios, e que, eni caso aIguiii, deveriam ser coiisidern-
se be~iiqiie, coiiio t iiatiiral, eijcontrasse lia for- dos como coi~stiluiiiciouni facto $parte lia fe-
mula ecoiioii~ica a verdadei1 a expressão de to- nomenologia sociologica.
dos os factos socines Eii tentarei, iiesta mesnia Assiin quando Gariiier afirma yiie «tis crises
orientaqiio, que I,orla, antes do propi io Greef, ti- corilerciaes sáo perturbações subitas do estado
iiha deter~iiiiiado,duiiisi forma sriperior, lia sua ecoiiomico natural e iliais particiilarn~entc,]ler-
C o ~ t s t i t ~ i i ~Ecoi~oriiiccr,
~do estudar este assiiiilo tiirbagões lia fiinqão geral de troca, a manifes-
tação duma a1terac;go mais ou menos profiiiid:i
E' claro que siiiiplificaria exce~sr\~aiitelite o du111a obstruq,?~ lia circulação oii na correiite
pi.ol)leiiia, se o olhasse só pelo sei1 lado coiiier- d a s trocas, eiii coilseqiiencía da qual quaiitidades
cinl, iiins :lssiiii visto iiiiilatei'alli~ei~te, ri50 o ex- notaveis de prodiitos e de serviqos veenl a fal-
pl~caria colii r igor e coiitluziria a erros iniiito tar iios mercados de sorte q u e li50 podem eii-
grosseii-os, por sei iiicoml~lelameiiteestudado. eoiilrar seliao preços inferiores ao ciisto da 1,t-o-
Esla feicão excessi~~arneiite siiiiplista v e ape- duqào, a preços ruiiiosos para os proclutores e
lias os factos atliaes seiii llies descrimiiiar a tral>aIliaùores» 6 iiicoiiipleto, Aparte o erro eco-
oi-igeiii logica e liistorica, scleiitifica emfirn, e noinico q u e nesta na pasçageni manifesta, pois
daqui teiii resiiltacto a esterilidade cle todos os apenas deterinina, ernpii-icaineiite, as siias ea-
titilialllos que se teeili levado n cabo coin as nie- pressões mais eili realce, mais palpaveis, pode-se
llioi es das i~iteiiqões, mas, desgraqadninenle, dizer, sein ter o argucia bastalite para ir 1,uscar
corii o peor dos resultados ao aniago dos acontecirneiitos as autenticas caii-
E tniito e assiiii que Tarde, que csludou lite- saes de tão graves coiilplicaqòes lia vida de so-
Ilioi~ a psicologia ecoiioiriic:i, afastando o pro- ciedade. 1)a mesma fornia o proprio Juglar vendo
])leilia do gitosseirisiiio enipirico eiii que o tinliam estes fenomeiios das crises um facto coni qiie ne-
cleisado os ~iiestresclassicos, determiiioti o pa- nliiiiiia relaqáo tem os oritros factos sociaes
pel ecotioniico da creiiqa e, lia parte da sua obra cl~ega, inioyeiiieiiie, a afirinar qtie o estado tie
cpie dedica 6s crises, eiicoiitroii poiitos de coiitato guerra, e elle exemplifica coiii o bloqueio coii-
entle as ari ias crtses quer polit~cas,íliler reli- tinental, em nada iiiflue nas crises coinerciaes
giosns, qiier inoiietarias, yaer scieiitificas E' E' o mesino que se afirinasse que a perturbaçáo
par:{ o caso, U I ~ I a ~ a l l c e ,se 1)eiii que ellas sejain dos herreros náo pre,jiidicoii a ecorioiiiia da
vistas ~~arcelariiieiite qiiaiido de~eriaiiiser enca- Damaralalidia, s6 porque soùresaisse, rias esta-
i.:id:is corilo inlerdepeiirleiites, seguiido a feliz ex- tisticas da coloiiia, o auineilto notavel de inipor-
pressiio de Greef e, assiiii, cori'clacionando esles tapio, por ocasião da inesnia guerra, qiiatido esse
de Benguela e Aiigola, como entenclem elemen- ses comei.ciaes ao regiiileii haiicario Ser50 as
tos oficiaes, salieiitando-se, justamente, o sr. l'ei- crises fenotnenos periodicos, coiiio preteiide Ju-
xeira de Soiiza e Morelra Juiiior; iião só no re- @ar? Sendo assm fataes i150 podei-iain ser regu-
(i.irneii pautal, como creem algumas corpornções,
b
Iaclas pelas leis liiiinanas e, iieste caso, todas a s
saIieiitando-se :i Associac5o Coii~ercialde Loaiida i'eclaniaqões dos interessados seria111 iiifiiiidadas
e o Centro coloiiial ttc I,isboa, náo s6 ii confe- visto que, coiilo iio determiriistilo biologico, não
rencia de Bruxelas que iilatou a florescente a g ~ i - ohedeceriani a qiraesquer meditIas legislati~asou
cultura da cana, conio lireteridem os agriculto- a yuaescluer traballios dos interessados.
res :ingole~ises; 1150 aliida, apenas eniigraçho Serrio efectiv:iineiite, como expõe Coqueliii,
para S. l'hoiné, coriio siipVei~ivarias iiidividua- inotivndas pelas resti-iqões iio regimen I~aticai.io?
lidades ; inas a razòes historicas permanentes, a Aiiida discordo de tal ol)iiiião pois que tal 111a-
erros ecoi~oniicoscoriietidos por governos e co- iieira de ver se ri50 poderia adotar eiil Aiigola,
loi~os, e a certas circuiistancias de iiiomento oiide, todavia, o credito G yuasi niilo. iilesiiio cpie
que agi-avairi a sitiiayão do .lá t"O co~nbalidoor- 116s coiisiderassemos este iiiii dos niot~\rosda crise
ganisino provincial e que se agravará cada vez de Angola, 1150 o coiis~deio, eili absoluto.
mais, enquanto iião se compreender o proble-
ma n o seu aspeto fiindaliiental. Queiii, coni iiiais precisão, viu o prohlema
foi o ecoiiomisln eiiiiiieiite, pi.ofessor iia Polite-
cnica do Porto, Ilodrigues d e Freitas, iio seu su-
bslancioso t r n l ~ a l l ~sobre
o as crises con~erciaes.
Estiidando, coni iiiiiiiicia e com escrupulo. n
AS crises econoniicas e cornerciiies são feno- obra de Juglar e Laveley, e, ainda, os aritecederi-
riicnos inuito coiiiplexos e C iiecesssirio não os tcs corno Stuai-t MiII, cliego~ia deteriiiinar quaes
Ter de ailinio l e ~ eriias
, procurar, com lodo o ri- as causas coii~plexasde taes feiioiiienos e iiido
gor, descririiinar os seus siiitomas para lhe defí- procura-las ii:is perturbaqoes, cpier politicas,
n i r o tiiagriostico. Este assiinto, crises economi- quer ecoiioniicas, da seguiicia iiietade do seculo
cas e comerciacs, te111 sido esludado com xnuita passado, acliou, coiii algun-ia aproxiiilac;50 e 111-
cautela por varios escritores economistas e to- ductivameiite, certas variaveis e111 relação coiii
dos lhe teeiii reconhecido as dificuldades, clie- 3s consiaiites que, coordei~ai~do-se, prodirzein o
garido alguiis a concllis6es variadas mas em ieilomeno mais grave da cuse.
parte coiicordan tes. A crise 6, pois, o resultaiite de erros, causas
Quando Juglar escreveu o seu famoso livro variaveis, e de certos feiionieiios sociaes, causas
sobre o assunto, definiir, em ternios precisos, coiistantes, e cnraterisa o estado 11101.11ido nia-
eiiibora incompletos, as causas das crises co- ximo de detei-rniiiado estado coletivo.
iiierciaes e Laveley coiisegiiiu obter iim todo Creio, pois, qire este feiioniciio, wi.w.s co-
(loiitriiiaI que, em cei ta iriedlda, expoz os fuii- Ilzercraes. è iiin aspéto, apenas, de oiitra grande
dainentos de taes ferionieiios. E' digna de ver-se crise, mais fuiida e mais iiifirna, da crise social.
a op~iliiiode Cotlitdin ntriliuiiido todas as cri- Como todos os acontecimeritos historicos, quer
li
nuliiento de inipor tação foi resriltaii te dos des- 1875, são claros ailida qiie a crise de 1875 fosse
1)aclios das iiiunicões que a propria Alcnianlla agravada coin a baixa d o café e, coi-iseguiiite-
eiiviava para a repressáo. iiieiite, c0111 o retraimento do baiico ultramariiio
Não 6 preciso inesmo ser iiiuito versado eiil cl11c sofrra tambeiii nina crise propria.
Iiisloria para descobrii. y ue as guerras eiiibora Nuni iuapa piihlicado por Cabra1 Moiicada rio
inuitas vezes prodiizam u m cei to movinieiito as- seu livro sobre a Ccri~ipa~zltodo Btiiliuido ent
cenciorinl ila riqiieza publica este e puraiiieiite 1900, hei11 se nota a depressão do comercio re-
iirtificial pois bem se $76 que, as snngi'ias, quer soltalite de seiiielliante estado de perturl1aq50.
de lioniens queia de diiilieiro, qiie as mil pertur- A gi1ei.i.a de Cassange, que tanto agravou o estado
bações q u e resultam destes factos aiioirnaes lia ecoiiornico d o interior de Loaiida, rio meado do
e~isteiiciadas ~iaçóes,iiifl~ielii,del)ressiraiiieiitc, seculo passado, aiiida h o ~ erecordada, coiii
iia sua econoniia e, porfaiito, prepar:iiii as cri- cei.to ar de pavor, 1)or alguns vellios nativos, que
ses que, iiiuitas vezes, v&in iiiiedintai-iieiite. N5o eni Loaiida riic coiitarnni quanto esses sucessos
entrarei aqui eiii largas dissertaqoes liistoricas preludicaraiii aquela regiáo, de iiiais a nisis,
para deinonstrar factos por si inesino evidentes, r ~ i i a ~ i d se
o sabe que o baiigla k o verdadeir-o
que, apareiitenieiite, viriam ate, se ~ i s s e i ~ i o111ii-
s tipo r10 c o ~ i i e ~ c i a niiidigena,
te aveiit~ireiroe ani-
Iaternliiieiite o ~ ~ r o b l e i nconfirniar
n, a tese de Jil- Iilciosa e cjrie iiiíllie taii to no i~~oviineiito conier-
glai, p o i s q u e efectivnmeilte 11a os tres perioclos cial. Coiii o baiigla ein guerra é certo que o co-
que elle diz existir ])ara as crises. o deseiivolvi- iiiercio cessa, pois o yuioco, a leste, lhe obede-
inento iioriiial, o excesso de produqio e, ein ce su)~inisso.
resultado da teriniiluqáo da guerra, :i crise apa- E' certo qiie hleiides Leal, iio sei1 relatoiio
rece ~i-iterisaiiiente.E' beiii iissiiii. ~i-iiiiisterial,eaalfa a obra de pacificaç.ão d o (:as-
saiige, riias era pura~iieiite lusor rio e ficticio,
b1as o qiie Juglar iião k clrie a vida coiiio coiiio ainda se recoiiliece, o siatu qrro iiiaiitido.
que se suspeiide ein pai te lias restaiitks iiaqóes I'oder-se-ia eapcr, iiiais larganieiitc, este te-
que se preparain para essas Lutas interiincioiiaes, ma. filas basta reparar iin giierra rirsso-jal~o-
E' conio que uni estado de febre de que resul- iiesa, a ultima graiide guerra do nosso tetiipo,
tará, depois, a j~rostraç50, embora eiil certos para se ver como elIa creoii uma sitiiay5o Li-
casos, a vida volte a iioi.nialísar-se iiias muito riaiiceira e economica deploravel ás duas poteii-
tardialilente aiiida. cías l>eligeranles, e todos teiiiein Iio,je a p o ~ s i \ ~ e l
Os exemplos rnoderiios da giierra do Li-aris- conflagraqão aii~ericaiio-jal)oiiêsa ou o conflrto
vaal, que produziu a crise violenta da Afi.ica d o eiiropeii eniiiieiite, que produziria unia depi-es-
SirI, a revolta de C~istodlode Me10 que 111odiini~i são social profiiiida e dolorosa.
:i suspensão da vida ecoilomica 110 I3razil do siil Isto tiido hrin ver ao claro espirito de diiglar
influilido ate na elevacão dos preços do cafk ein c p e a siia afiriiiatlva 6 insubsisteiite, iinia vez
S. Tomé e Angola, a giierra dos Dembos eiii q u e elle não qrriz estudar lia histeria, como fi-
1872 que provocou a grave crise porque passoti zeiaiii iiltiiiiainente Levaçseur e Ciastoii Rodert,
a proviiicia, ilesse tempo e qiie se refletiu na d e c a falta de base da sua afiriiiativa
&Ias o que mostra, sobretudo, que o iiotaveI qado, c01110 se iiivoca iin poesia scilipre glaii-
pi11)licista errou, - coino erisai.ain afilia1 quasi diosa de 'roilia,: Iliheiro, tainbein teve Iibertlridc
todos os escritores econotiiistas seus conl eiiipo- e veii tiira. (r Mas 1il)erdiide e veiitura, pati-rn,
raiieos e principnliiieiite os seiis sucessores e tiiilor, tiitlo perdi!)) assim esclainn o negro a
discipiilos- foi c~t~aiido~ i apenas
u uni aspeto da (luem a desei~f~eada gniitiiicia do 1711 inercadeja-
cpestão e dessa particularidade tirou coilcliisões dor de carne liuniana, forçava a entrar na eiii-
geraes e leis fixas. barcação que o liavia ile levar (1 terra do tortu-
N30. O que coiiveiii e estudar esle assuiito raiite e ~ i l i o .
coiiio todos os assiinto,~sociae's, eiii relagiío 1111s Mas se ri50 fosse n escravatura o Brazil iiáo
coiii os outi os. Só assiiii n lei se forriiular{~e se teria deseiivolvido, dizem pul)llcistas retoi i-
1150 se cairii eni verdadeiras falsidades doiitriiia- cos. E' uin erro cjiie iião tem fiindaiiieiito sC-
rias oIliaiido-se apeiias pela feicfio parlicularista rio iiias qiie ainda eiii outro logai Iiei-de aria-
c10 observador lisar e qiie deiiioiistra que nunca se ollioii pala
,4ngoIa coiil o incsiilo ca~infiocluc se ntcii(le~i
ao Brazif.
Esta proviiicia servia, apenas, liara adquii ir
gado liumano para as suas fazendas eni Iaboin-
A crise tle Aiigola, pois, i~iÍopode ser eiifi eii- cão, qiiando conviri:i iiiiiito que ~~0ssi11ssesen
tad:i, iiiesiiio, como iiina cliiestão de ino~iienfo, tiião de obia abuildaiite parri (lar iriipiilso :isiin
porque ella é n resultante d e iiiuitas oiitrns cri- ecoiioiiiia, alargar o anil~itodas suas trans:iybcs
ses que se enciideiaiii uiri;is nas outras seli1 ,ia- e tornar inais segiiro o fiitiiro coloiiiul lia Afi-i-
iiiais se cieseii~~ciic~lliareii~. ca. Se tal se fizesse talvez o plseiiio de lignC*:io
Esta terrn teve sciiipre lima vida pi ecni*ia O das duas costas ati-~cniias,cslioqado por ~ : i r i o s
cliie nl~eiiaslliedava unia certa apareiicia de pros- governadores, coiii a inaiiiiteiiqáo do (:aljo ptir:i
peridade era o ti afico da escra\ralura qiiaiido esta Poi tug:il, tivesse dado coiiserjiieiicias iiiuiio i i i n i s
grande coIoiiia, como o resto das outras terras \raiitqosas
da costa ocideiital africana, coilstitiiiam a iiiieii- Náo se teria feito o Brazil? 17nlve/:siii-i, talvez
sa iliina onde se ia extrair o inais imlioi-taiite 1150. Mas ui-iia grniide terra con-io :i iiossa uii-
eleiiiento de traballio da Ainerica Era uiii graii- liga coloiiia alnericaila, c0111 i ecursos l~odei.o\os
de viveiro destiiiado a abastecer as fazelidas cle e, niiida assim, com yopulaqóes eiiiborn iristil)-
(:ilha, do Hrazil, da Anieric*a do Norte e oiitros iiiissas, cotitiido suscetiveis de edt1caçã0 1'0' 11111
territorros que apenas tinliaiii este iiegregado traballio lento e coiitiiiuo, poderia psogl-ectlr
negocio, que colisplirca n Iiistoria das iiacões sein a liiaiicha igilol~ildo trafico ilegi.0. h'illoils-
europeias, e coino que tis iiiaciil;~,coni os gritos Ira-o o ecoiiomista, doiiblé de teologo, 0 a ~ i i c l e -
de inaldição ci-qiiidos pelos escinvos a que for- iiiico Azevedo Coiitinlio, iio seu E,re~.cicro c.c'r)~io-
qavaiii a ai~anhoiiara siia terra, a terra lia- ~ t i r c ~sol~.e
o o coiiiei*cio tle Pol-trrycrl e ,$uns rolo-
lilirida do sol faiscaiite e coberta de vegetacão IIII~S, e coiiio se vae recoiihecciido coiii o 1rnl)n-
gigniitesca, c0111 Ilorestos tleiisas, oiidc o desgr:i- Iiio atunI dos governos hrazrleicos, (["e teiiti~tii,
com exito, npl.oveitar cerca de 5 iiiilhões de 111- q u e as cornuiiicaç6es maritimas se faziain regu-
dios que existeiil rios seus estados. Iarmei-ite, apenas embaraçadas por algitril assalto
Assiitl ter-se-ia feito a Africa portuguêça; ter- de piratas, iio alto mar.
se-ia, seiii duvida, niaiitido o predornioio eni A verdadeira crise, portarito, foi a que rc-
qiiasi toda a Afrira d o sul e do ceiitro, ter-se-ia sullou da ~iroil-iiqaodo tratico negro de q u e se
creado uiiiapoderosa iiacioiialidade africana, coin origiiiararn conseqiieiicras ecoriornlcas mais du-
o belo cl~iiiado Cabo, com os lfiiialtos coloiii- radoiras, e eliihora ainda O cui~tral~alido ii~aiiti-
J'
saveis, com os ainplos portos as costas orieii-
tal e ocldei~tal,com grandes rios servidos por
vcsse uin certo i~egocio,o rpie é verciade ti yiic
esse, sendo claiidestino, em pouco infliiia na vida
escelentes eleiiieiitos de progresso e, sobretudo, da provincia
1150 teriaiilos a iilarcar-iios, lia Iiistoria, o esti- Essa revoliiqào, começada pelo hlarquks de
gina afi oiitoso iie riegreiros qrie, eilibora corii- Ponibal, reatada pelo graiide espirito de Si1 d a
partilliado por todas as naqões coloiiiaes, iieiii Baiideira e coriscrvada pela legislacão de todo o
por isso deixa de ser uiii vilipendio que lios seculo que fiiidou, foi, apesar dos seus resulta-
iiiaiiclia iiidele\ elriieiite dos de moiileiito, o mais fec~iridoiii~l~ulsoi. d:i
ecoilomia d e Aiigol:i, obrigando a colonia a di-
~ i g i l *n sua atividade para outros traballios e
eiiibora ailida se inaiiteilliam tiiis restos de es-
cravatura, ori de servidiio, coiiio pretendeiii escla-
A vida coniercinl clc Aiigola era, pois, ficti- recer cjiiein faz questóes de palavras, o cliie i.
cra, logo que tia esc]-avatura Iiaiiria a sua priri- certo t! qiie j,i i ~ ã oi! aquela eapol-facão, aclirele
cipal rlquezii neqocio, coiii todas as formrilas iilercai~tis,coiii
E tanto c nssi~liqiie quarido o golpe vibrado todos os processos de ieciiica da troca e coiii
çoiitra esse trafico o fez terrniriar, o coiiier- todos os reqiiiiites de ci-ueldade iiiteiisa Hoje,
cio de expoi tayao, de Loaiida, desceu de 8:30 apesar de tudo, ainda o prelo é chaiiiarlo :'i pre-
e a 105 coritos. llacjueles 830 contos, 740 erani seriça da aiitoridade. E' ludibriado, afirma-se
de escravos, oii Xtl por cento, seiido depois des- c0111 provas riias 1150 6 nesta altura que quero
tes, a cera e o iiinrfiiii que coi~stituiai~i
os geile- isso discutir.
ros de e~portny5u Isto em 4823, e só de Loaii- Niio houve, certaliieiite, iiiii grande iiiipulsn
(ia. .e as crises sricessivas foratil esatameiite inoliva-
das pela instabilidade duma tal sitiiayao Der-
Foi, pois, a ppl'lineira crise coilieicial que se rubado, de repelite, uiii coii~erciosecular, liavia
ol)sei.voii, rio seculo passado, em Aiigola, se cori- seiii duvida, de reseiltii--se da falta (te iecui+sos
siderarmos oufi as ~ ~ e r t u r l ~ a ycóoe~s ~ iciaes
e i como pois as ~~opulaqóes, seiii aptidões para oiitros
passageiras e seiii inftiielicia decisiva ria vida da iraballios, riiniitivei-niii-se iiidecisas lia \rida a se-
co1onia. Aiiies disto para nssiiii dizer iião Iiavia gui i'.
crises conierciaes, gaisitnticIo como eslava o mer- Fizerarii-se vai-ias teiitatl~as.F!iii 1844 a1)i.i-
cado tlo Bi.azil pa1.a n exportaqc50 do preto, pois rniil-se os portos rle Aiigola ao coinei.cio esti-ali-
geiro, ainpliaiido assiiri a sua acçáo coinercial. factos, de r iioiiie~ito irreniediaveis. IIoiivera em
Alas foi siicessivniiiei-ite coartaiido-se com pautas, parte, uns antecedentes cluaiido, em 1783 e 1816,
essa expaiisâo do seu coiiiercio Mais tarde tornoti a fome devastara grande parte das poliulações.
a sentir um certo progresso, impreciso, rridecíso Desla vez, po~'ét~i, a triplice desgraça, sob n clas-
sempre, como ri111 ecluilil~rioiiistavel. sica designação, de fome, peste e guerra, ti-ou-
Coii~cidiuiim cei-to deseiivolvimeiito comel- sera consequeiicias terriveis a que veiii juntar-
ciaI, e 1)rincipalr-t-teiite ngricola, eiil Cazeiigo, se a c ~ n s t a r i t ebaixa do cafP, q u e se proiiuiicioii
com a c]-eação do Baiico Ultraiiiaiiiio, mas foi siicessivameiite, desde 1872, qiie coiiio J B fiz seii-
de pequena durayiio, esse progresso pors, seiido trr, correspolideu ti giierríi dos Deiid~os,a que
rapido, foi ficticio, e t5o ficticio que o banco, de- se juntaram outras siible\~açôesparcines cm Dii-
vido tis facilidades de conceder capitaes, arras- q u e de Bragaiiça, (iolui~go,41to e Amhaca, aielii
tou a agriciiltura do Cayengo e Golungo a uiiin das clieias do Quaiiza que tlevnstaraiii as pro-
situac;ão precarin, ficancIo, mais tarde, por ar- pnedades do eiierqico proprietnrio Feliciano d a
i-esto, com as mais iiiiportaiites fazendas dac~iie- Silva Oliveira, mais conliecido e ainda hoje lein-
Ias i-egióes agricolas. hrado por Oliveira Massaligo, q u e viu iiiais tar-
Foi esta sitiiaqão si101mal qiie coineqoii eril de as suas valiosas propriedades lia posse d o
1870 que, em 1872, se agrayoil com a guerra dos Banco Ultraiiiarino que com elas e as doiitros
I)enil>os, acoiiipaiihadn y ela epitlemia de hexi - agricultores, coiiio o s r Carreira, vieraiii depois a
gas e c0117 falta de chiivas. Isto deri em resiilta- constituir a que hoje se iiititula Coiiipanliiri agri-
d o que o cafe 1150 ~irodii~isse, que os maritiineii- cola d o Cazengo, bem inal adequado titulo, seiiz
tos escasseasseii~, cliegariclo a gingulia a 3.000 diivida, pols, como é sabido, algainas das suas
reis A nn-olm, itido qnas1 toda a pi-odiição para os faze~idasestão situadas iio Goliiiigo e outras, a
portos do norte mais importante, iio Quaiiza.
Esta niedonlia crise dui+ou cerca d e 8 alilios. Tal estado de coisas devia de ir~fliitrlia vida
Ein 1877 a gereiicia do Raiico Ultramarii~o,em comercial depressivameii te. Pn ra cirin ulo h a ~ i n
Loandn, ~iifolinava desta mniieira siiigela inas, a acrescentar, eiii 1878, o termo do trn1)alho es-
por isso mesnio, inais eloqiieiite: « O coiiiiiier- cravo, pois o caft;, principal produto lia proviil-
cio te111cliegado n tal grau de desaiiiinaqão que cia, o a7.eite de palma e giiigul)a, 1150 eram sii-
e ger:i1 a descoiifiaiicn e 6 eoiii ;i iilaxiii~adifi- ficientes para obstar ao estado ci-itlco de A~igol,?.
culdade qlie os iiieiios favoi-ecidos da j'ortuiia, O cafe ia, poreiii, atingindo iiiii preto rciiiii-
embora reco~il~ecidarnerite Iiorieçtos e traballia- iierador. Conieçou suhiiido siia cotaqáo eiii 1881.
dores, ohtenlia111 a assiiiatura das casas iilais so- E ~ i i1894, coin a revolta de Custonio de Melo,
11das para letras, mesino por clziailtias iiisigilifi- ilo Brazil, alcançou uma cotaqiio de 59:350, qiie
caiites. A ~llil<ctc o l l i ~ ~ t (Iei~iasiacio
ci tardia velii foi s.ricesçivan-iente decrescendo ate ao n-iiiiiiiiu
luiitai-se a foiiie yiie te111 feito baslai~tesviti- de 1$300 reis em 1903. 13 este atinieiito de preço
iiias, cliegiiiido a ser eiicoiitradas mortas 5 e 6 do cafi' in dando alento ao coinei-cio n ponto d o
pessoas por dia. ,) Raiico Ultran~arino confessar, eiil 1902,
Esta Iiorrorosa s i t u a ~ a oera n resultanle de crise que, por essa epocn, assoloa I'oi-tiign 1150 1"""
tinha iiifluido ~ i aecoiloniia das colotiias I E, to- tia proviiicia de Angola (que cni I870 fora ape-
davia, teslemiiiilios pessoaes liisuspei tos afirma111 nas, pela alfandega de Loatida, de 14.607 kilos, (I)
q u e essa iiiflueiicia foi depressora, embora inais em 1871 de 116.145 kilos, ein 1872, d e 3(i3.265
tarde. Mas o qiie valeii, iieste trniize íiificil, foi, kilogramas) foi de 389.203 282 coiitos, ein 1881,
ainda, a boiii preço do café que só coiiieçou a de 308 contos, eni 1882 de 462 cotitos, eiil 1883
descer qualido a ci isc portuguêsa metropolitaria de 850 coiitos, ein 1884 d e 822 contos, eiii 1885
j:'i decliiiava ou estacioiinv:i de 290 contos, em 1886 dc 351 coiitos
O c n f . foi iixil dos produtos que, ap6s a abo- Conclue-se, iti~ediataineiite,do coiifi-oiito des-
11qfio do trafico da e~cra\~ati\ra, veiu alentar :i tes iiumeros, quanto deveria i i l í l iiir lia ecoiiomia
ecoiioiiiia da provrncia taiito que docurrien- da provincia esta queda rapida, de 1880 pala
tos oficiaes nfirniarii clue em 1830 foi a siia ex- 1885, pi oduzindo, neste aiino, uina crise ter1 i-
yortaç,?~de 1.140 liilograrnas, erii 1844 de 3:000 veI que abaloii, profiindarneiite, a \ridii da co-
kilogranias; em 1845 de 6.000 kilos; ein 1870 de loiiia.
980 mil kilos; em I871 cie 1.12fi:OOU kilos; 7 mi- Benguela q u e até 1887 tililia eiitrado lia e\-
lliões de kilos ein 1884, atiiigiiido o inaximo de yortayão da borrrictia, coin pecjuexias quaii tídn-
cotacão em 1894, 5 380 reis. E' curioso compa- des, comecoti, desde essa epocn, gniqas a ili-
r a r estes dois ultirnos iiuinei-os e concluir que o iliieiicix da bori.achn das (iaiigiielas, a tomar tal
a n n o de iiiriior e sporta~r'ionão correslionde ao iiicremeiito que, eiii breve, foi a priiicipal ex-
1itasi1110 da cotaciiu. ~OI-tadoradesse geiiero, çorilo se podei-B :cvei-i-
Explica-se peI:i esyeraiiqa que tinliam os co- guar e certificar.
iiierciantes do iiorte de Angola, que esperavaiii A cxpansâo deste comercio da borracha deu
obier maiores cotações, cliegaiido alguiis a coii- em resultado o abnndoiio doutras niercadorias,
servai- durniite 1)nstaiite teriipo, stocis coiiside- conio o marfim, a cera, o azeite de palina, etc.
raveis, es1)eraiido 111011ção favoravel, que afilia1 e é iiiteressante coiiipnrar o aui~ieiito du~iia,
1150 cliegoii, tendo de Iiqiiidar coiii 1)astaiites corii o decresciiiie~itoprogi.essivo das outras, eiii
p r e j u ~ s o sweus depositas. face dos niirneros, o que de resto Ê 11111 fenotnc-
rio econoinico muito frequente, apesar de trazer
coilsequencias niuito lastimaveis.
Mas iieste iiiesiiio facto esth a segura aplrca-
cão da crise de 1900 de que aiiida se i.cseiiteni
Mas iião foi, apenas, com o caf6 que se de- os efeitos dolorosos.
r3111 estes factos. A borracha qiie 6 , Iioje, o ge- A exportação da bori acIia voltou 3 lotnar iri-
iiero de Inaioi- exporiaçiio de Aiigoln, eiitraiido ci-eineiito, depois d;i ultiilia a cliie me referi,
esta l)roviricia, na exportnçiio geral das colonias deii-se a baixa a que jsi alridi, eiii 1881) e 1886,
portugiii!s:is, coni uma perceiitngem de 92,78 O/o subindo a expoi-taqào de l.(iGO coiitos eiii 1895 a
(MoqailiI)ic~iie,3,O8 O / , ) G~iiiit.,4,13 %) coiiieqoti
taiill)eiii, niim crescei~doespantoso. ( l i No ielatoiio tle Aiidindc ( ano, em 147; \i.iii 550 hilogi.iiiins
Eiii 1850 o vtilor da exliortação da borracha, riii 1870 toiiioii o iiiiiiieio que i~r(lrcoiio Icuto (10 ielatoiio tlu \ I Di.15
Oosta, de 1898
7.020 contos ein 1898. Mas, por fatalidade, de- ririi grande terr:iiiloto que tivesse dei.rocado to-
cresceii eiii 1890 a 5235 contos, e ein 1900 11 tias as instaveis coiisti-iições duma terra sisiiiica
3.604 coritos. Foi quando a ci.ise estalou, forii~i- e (pie, apus elle, fosse a pouco e pouco recoiis-
davel, horrorosa, a qiie vieram juntar-se os efei- !ruindo-se, mas sofrendo sempre as infliieiicias
tos da ~ o i i \ ~ e i i ~de
: i oBruxelas. relativa ao alcool, tlo grande abalo priiiiitivo, e de que iiáo repa-
que tinha toltiado enornie impulso, e que servia rasse nas agitações parciaes, depois sofridas.
de eleiiiento de permuta com o gentio a que se Depois desta vieraiii oiitras baixas, coiiio a
juntou, taiubeiii, a peqiienn cotaqão d o cafe e o de 1907, ein que :i horraclia esteve a C300 reis e
abalidono dos oii tros geiieros de exportação. si~cessivamentecrescendo vrie toiilaiido deseii-
E' cui-ioso colilo os governos cunipreiii os volvimento ate qiie lima oscilação rapida, a que
seiis deveres. Eni 1882, devido A iiiiciativa dos esih injusto o mercrido de borraclia e que tantas
,igricultoies e ao auxilio do sr, Ferreira do Ama- c:it:istrofes tein p r o d u ~ i d o iio iiorte do Brazil,
ral, coiileçoii iiiiia iiovr7 c i i l t i ~ r para
; ~ a produ- veiilia despertar, talvez jh tarde, os iiegociantes
S.? o de aguardei) te. Essa ciiltitra fez convergir
deste genero.
para ella todos os capitaes que tinham teiideii-
cia parti a agrictiltiiia, calculados e m niilhares A licão lia-de ser 1,eii~dura porque o iiego-
d e contos. O iiltiino computo da corni6são inciiin- cio iio iiiterior de Afi-ica é o que lia dc inais 111-
bida de i-esolver s o l ~ r ca indeiiisaçáo é de iaiitil, 1150 se ateiidelido As oscilações bruscas
3.500 co~iiosde reis, (numeros redoiidos). do genero, neiii se estiidniido os varias riierca
Assiiii coiiio iiifluiu 110 levailtarilento da ri- dos iniportadores oii export:idores. A este asaiito
i p e z a proviricial, dando ocasião a qiie inuitas iiie ciedicarei iioiitro livro para, se fbi. possivel,
fazeiid:is se iiioiitasseiii, inas as conferencias de a h i r bem os ollios aos Iionieiis que andaiii eiii-
Bi~iiselasforain dnndo golpes sucessivos, ate que 1)riagados com a alta da borracha e que, si, caeiii
a iiltima, a de 1906, Ilie viliroii iiiii decisivo, a lia terrivel realidade, coiiio foriiiidavel safaiiiio
crise coiii iiiais este erro. do vá IA a siiperstiçiio -- destino.
-
Evideiiteiiieiite crises desta iiatiireza, qiie as- O terrivel efeito produzido eni 1900 perdiir:i
siin, si> iiuni geiiei o iinl~ortaiite,sofria iinia baixa :tirida e sO seri1 resolvida a crise qiiaiido i i i i i
de 3 416 coi-rtos, nuiii iliercado tfio falho de re- plaiio geral de traballio, ateiidendo a todos os
ciirsos finaiiceiros, que não teiii capitaes dispo- :ispetos do problema, der coiisisteiicia a uiii:i so-
i-iiveis, e táo iiial educado economica e tecnica- ciedade que iião tem elemeiitos de seguraiiça,
iiieiite, liavia de :il)alar, até aos fundamentos, de manuteiiqáo, de radicaçRo Tudo eiil Aiigola
iii-~iasociedade iiiercantiI qrie ia iiiini crescerido iristavel desde o sislenia de adiiiinistr:tq' ao ao
esl)antoso e febril. sisteiiia de comercio. Nesta terra iiáo se yens:i
eni lançar os fundaiiientos duma sociedade que
X
perdure, que se proloiigue, que teiilia e1enieiitos
k k seguros de progresso e coilstitua um todo.
E' deste abalo que a provincia se esta reseii- Em Angola, vivendo atravez dos seculos, so-
liiido nirida, coiilo era de esperar. Foi como qtie lida e firme, lia apenas a sociedade iiidigeria, ru-
dinieritiir ainda, pouco educada nas suas nyti- ollini. 1):iia O sei1 coiiiercio t ~iir.iiiirio l os co1nei.-
dòes proprias, que as possue, e v R2'iosas. ciaiites e iefiilidiiido os dil>lom:is legislativos ~ I I C '
E esse fuiido i-iegro e agitado, convulsianado, ubs1:ini A siia vida iiiei.c:iiitil, tcm de 01h:ii--sc
ac[tii e aleiii, ein 11erti~rbtiq6es iiion~eiitaiieas,q ~ i c liara o scu fiitui-o iiidristri:il e agricola, no sisle-
i-e~)i*eseiilao princiliril p a l d I d e tr-ciballio e d e ina de credito, B sii:i iiavcgnyão, sua vinqão
vida, enit)or:i eni cerla oposição del~loravelcoiii acelerada, tis sii:is vias ~)ublicas,fiiialirieiile, ii
o eleinento europeu. siia vitalidade.
EIIa que ~u1)sislee g:ii-alite o fiifiiro da pro- Tenlio visto, com desagraclo e desgosto, rliie
uriicia. o niiilisterio das cololiias teiii , ~ n d a d oem coris-
Foi, nniiti-os ten~lins,o pi-iilcil~ale l ~ i n e n t ode I:iriles e i n d ~ r i s i \ ~ atentativas,
s senipre seni uiil
coniei.cio, garriiiti ndo o l~tiinest:ii- iiifariiaiite ao plano dcfiiiidu. Noiiicniido coiiiissiio eiii Lishon,
ti-afictiiite seni esci.11li~ilos,foi a rriorref[r h01110qiie para coisas do ulti-ninar 6 ligo ver coiii iiititlcz
iriipeliii :i ecoiioiiii:i d:i Amei-ica, i. Iio,je, ainda, o problenia.
o priiicil':~l i'erurso, infeliziilerile táo ii~;ilagrti- Fes-st. co~il~ecei r1 uc se tciicioiinv:i acabar coni
decldo. d:t riossn exp:itisão econoinica c111 AII- a P~srolriColo~~rnI p o i q u e , afirm:ivn, não era Iire-
gola. cisa. Drl)ois consei.voii-a, irias seni a reforninr,
Valoi.isrir esla 111-oviiiciit,cujn ricluezri coils- co1i-i intuitos de :t ~iieliiorai..E' cvidcrite co1itr;i-
lit~ie11111 Iog:~i. C O ~ I U Ifrecliieiite,
~ ~ eis a grniide senso acabar colii a Escol(i fk~lonrcriliras diz-se
iiecrssidnde tle I'oi.tug:il. que isto eiitra iio pIaiio do go\ei.iio, dando-sc.
As crlses i150 se poderii evitai, e111 absoliito, o c;iso siiigirlar~ssiniode vir a ser l'ortiignl o
iiitis l ~ o d e r iiiiinoi-ai*-se
~ os seus efeitos de per- ~iiiicoIiaií! coloiiial que ficara seni eiisi~iodesta
niaiieiites coni uin coii+~uiito de i ~ f o l i i i a sadap- cspecialiiltidc..
taveis as condiqões (1ess:i terra. Foi coin espanto rluc i, ciii plena Ilcl)iiblica,
rio aiiuiicio inra o coiic*iii.si>CIP 1 " ofirlal de (h-
1.eq50 fi~i.;ildas coioiiias, exi ir,.coiiio doriiiiieiilo
F
licira arlmissáo, o a1est:ldo c o pai-oco da fi-egiie-
zia cni que o cniididato teiilia residido 110s u1t1-
E' iieste seiitido cpie deveieriins orieiitar 11 11iOS tl'C'~ :lllllOS. 1 ~ 1 06 ; i ~ l l ; l l 1 ~O~S0 110\.:\S 111~11-
a Aiigoln e iim go-
iiossa :tc~c?oc o l o ~ i ~ s a d o rcrn tuicóes, ~iroelarn;id:iseni iioiiir tln Iibei-(iade i e-
\7criio ~irevideiitee efic:iziriente coinpi-eendedor Iigiosa e ~iolitic:i,a c a l ~ a c o ~ i i o .jui.nii~eiitoii:i
c-los seus deveres civiIisnrlores devei-a coiihecer posse d;is fiinc;ões l~ul)licas,e nii~iiicinn scpain-
as iiecessrd:idcs paieii les desta grande região. são d:i egi-eja do estaclo, ior qa-se iiiil iiiilividuo,
As i.cforrn:ls a r ealisar em Angola teiii de ser iiiconiliativel com 3 egreja, a iiào cniicoi.i.ri7;i i1111
iiiu1tipl;is. Náo se podeiii enc:irar os seus 111.0- Ioga' publico, cjuaiido a piop ria ii~oii:irquia Li-
blen~as ~inilateralmente.Tem de i-cparar-se rio ii1i;i posto d e liai-Le este rcrluisi to ~.ex:iloi.io.
seu sistema de admiiiisti.:iqão c ief~iiidi-lopro- I)epois noiiieia~ii-secomissõrs, iiioi tas coii~is-
tem de atender-se ao seli ensiiio,
f'u~iclaiiler~te; sces, 1 x 1 ~esLitcI;~r
; coisns vni.i;is çoiiio n rliicstáo
;ij~~+ovcilsiitloas ap1ictóc.s do iiidigeiia: tem d e do alcool, :i coloilisnyào do ~)l:iiiulto,:i icloiniiin
l ii
das 1)aiit:is aduaiie~l-asrle Aiigola, e do seli re-
ginien adiniiiistrativo, seni se leiiil~rnrque l i ~6
que estes nssiintos deveriaili sei ti*:itnclos e re-
solvidos. (4) E' licito, pois, cspernr :llgiini 1)eiieficio cla
A l)rovi~winaspela de 7i.ciz-os-M01iies, 12 se- Republiça? Não lia diivida. I.:' qiiestão de tei11l)o
11;irado do I)ouro e Miiiho por alcaiitiladas ser- porque este periodo traiisitorio e iiin ttiiito in-
ias, que eigiiei~clo para o ceii as SLI:IS agiillias consciente dni.8 logar a 11111:i eljoca n~cIlior e
agrestes e co1)ertas dc ncyes, dão n imprcsstlio de inais perfeita.
cltie liii 11a1-aalem, i i i i i iiovo iiiiiiidu, tli\.ei,so e até A Repliblicn pode, deve e lia-de estiidar coiii
al~osto e111 cei-tos caiacteres, cliicr geologicos, conscicilcia estes tral>allios.ELla ser& terilio essa
quer liotailicos ou zoologicos e iiiesiilo 1111- f6, a grande emancipadora de Aiigola. Pode ntlio
giiisticos e niitropologicos, coilio, por exeiii- ter, nos seus primeiros passos, sido iiiuito feliz,
1110, aclueln 1)o~oac:ío extrailha de Miratida, nas suas medidas coloiiiaes.
cliie lio,je e a111da11111 1)roI)leiiia ctiiico murto iii- Poi ii-riiii soii dos qiie iiiiiica descreeiii do
teiessaii te. fiiiuro. O pessiiiiisiiio oii o oti~i~isiiio iiií0 tciil
Pois o ti~asiiioiilniioriide e orgiilhoso d a in- cal)iinento no iiieii espirito, pois, coiiio heili es-
dcpeiideiicin do seu 1)rocecIer a i ~ t o ~ ~ o m qiie
o , re- creveu Rocardo, seiido elemeiitos oliostos e i i i -
coiiliecc os ei.ios qiic os de foi a coriietem, quaii- coiiipativeis, s:io aiiibos erroiieos sol) o poiito tfc
d o tralisniiteiii ordens, teni uma foi-iiiiila siiiteticn vista sociologico.
e precisa, íiiiiiin grandezi siiiipics e dunia vihrn- O grande esyirilo de Spcncer poz-iios tle 1Ii.e-
cj.50 de clariiii guerreiro. cauçgo coritrti as ex:igeradas es1)eraiiças qire sáo
seiiipre faliveis. O progresso huiiiaiio (I iiiii facto
Dir elle : ~ n r . nc<i (10 Afalni.60 qoueriiniii os yirc iiieoiitroverso, por iiiais cluc os pigiiieiis preteii-
ccí esfZo. Como frase e lapidar e iieii1iuin:i ou- (Iaiii travar a sua iiiai-clia.
tra poderia expriniir iiielbos os intiiitos deste 11.
1'1'0.
Qiiereriio os doiiiiiiadores da ii~etropoleiiii-
1'01s 1)eiii: a Aiigol~io apliqueiiios, colii todas pedir que :ts coloiiias progrid:iiil? 1
as siias coi,sequeilcias. Qiie la goveriieiii os qiie Que aiiiargas desilusões Ilies est:i~-tliodesliiin-
1i1 estáo, os clue 1;i teiii interesses e cliie, pela sua das no fiituro se l)ersistireiii, eiii as coiisic~ei~:ir,
peibniailencia e scieiicia, coiilie<;irii os iiegocios aiiida, populn<.6es coiiqiiistatlas !
da coloiiia.
A er~olrrç& c e ~ i faliqln
i e i Portugcrl
~ -AI qrrnir~iln-
çck pr d cor~tra a desccnfr.crlrsrrc60 - A ctiilo~in-
Irirn ,?a yrciprra ~ ~ r c l ~ . o p-
a lO tlris c o-
i ~~rri!lrslei*~o
lo~licis- R111ioslqZotios sisfcriia~I ~ ~ I I ~ ~ I ~ ~ \ ! I ' c ~ ~ ~ I J o s
~icisuni inb possess6e.r alenicis, bvlgns, fi.crlir?siis,
holnndèsns e 1riy1l:sns 77
U I poiico
~ d e histoi ia - O qrrc foi a pr rnr1trr)cl 01 ryn-
n~snçciocoloillnl -Afrrcn, lj~.uzrlc lndrsr. - Art-
-
das crrrlor ldndes -
rloln c os sctts p~ i~nrfil)os
gouei-ntrtioi'cs O ctbrrso
O rrirno rla JruzCn roluullr~frr
do rilli airrnr. - A siza cuolrrçcio - A oi~c~~rirsaçüo
cttlmlnzsfrnfiucr de Rebelo cicr Sflun - As Jrrill(rs
ilerncs dc 111 ouriicrn -As rlrinlrdcides e defeztos -
A oi qcrrzzrct~üotrzr~ita~~
O codrclo biilio tlc VziIic~rri- O cspii-ifo (Ien~ocrcrtrco
c rrc o orsprrorl - QriaOo cirplornns nofnucrs -
kuzõrs contrai.ias <i orlriiiiiistr nr<io rrirlrlnr - A
/,rrrida - Uizt dociinie~ttozinpol taiitrssrmo -Pcr-
segrc<r.õcr,c117Mcrlnrige - 122
A publicar brczvemente
A CRISE DE ANGOLA
(Estudo de economia colonial)
Portugal no moderno
movimento c01ot)ial
(Esboço de critica hislorica)
Litografia Tejo
Lisboa 1988
1 500 exemplares
Dep Legal n 23894188