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MANUAL DE
APOIO
25 horas
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Ìndice
I – Introdução 6
Caracterização do processo comunicacional 7
O processo de comunicação 7
Inevitabilidade da comunicação 8
Os elementos da comunicação 9
Tipos de comunicação – verbal e não-verbal 12
A importância da comunicação não-verbal 13
Dicas para melhorar a comunicação verbal e não-verbal em contexto de equipa de trabalho13
Diferentes perfis comunicacionais 14
Empatia 21
Barreiras da comunicação 25
II- Conclusão 35
III- Referências Bibliográficas 36
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OBJETIVOS DO CURSO
Objetivo Geral
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Comunicação Interpessoal
- Elementos básicos do processo comunicacional
- Determinantes da comunicação eficaz
- Estilos Comunicacionais
- A comunicação como objeto de dinamização de uma equipa de trabalho
INTRODUÇÃO
- O processo de comunicação
O que significa comunicar?
A palavra comunicar tem a sua origem na palavra latina comunicare, que quer dizer:
- Pôr em comum;
- Entrar em relação com;
- Associar.
Podemos, assim, dizer que comunicar é estar com os outros, partilhar as suas ideias, opiniões,
pensamentos, sentimentos, experiências, etc.
Deste modo, comunicar remete para sinónimos como: transmitir, participar, avisar, falar,
corresponder-se, informar.
- Comunicar é partilhar algo com alguém, através de sinais, aos quais as pessoas dão o mesmo
significado.
Consequências:
- Inevitabilidade da comunicação
Comunicar é um ato tipicamente humano, sendo essencial porque se trata de um processo que
faz do homem aquilo que ele é e permite que se estabeleça a relação interpessoal.
Para interagir com os outros, o homem utiliza um sistema de símbolos que podem ser: sinais
verbais, sinais escritos, sinais não-verbais.
É através deste sistema de sinais que o homem exprime o que quer e estabelece um sistema de
relações.
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- Os elementos da Comunicação
Um emissor
Uma mensagem transmitida em código
Esquematicamente:
Canal
Contexto
Feedback
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Emissor:
É o que emite a mensagem.
Para comunicar com eficácia, deverá:
O emissor para comunicar corretamente, deverá:
Organizar corretamente as suas ideias para melhor as transmitir.
Encontrar as palavras mais ajustadas (sinais) para facilitar a descodificação do recetor.
Canal:
É o meio através do qual passa a mensagem. O canal mais vulgar é o ar.
Existem outros canais; a rádio, o telefone, o computador, etc.
Mensagem:
É o conteúdo da comunicação. A mensagem deve ser transmitida em código.
Estes, são de caracter mais universal e têm uma relação de semelhança com a
realidade.
Os sinais são criações do homem, sem qualquer relação com a realidade.
Recetor:
É quem recebe a mensagem.
Para receber a mensagem de forma eficaz deverá:
Estar atento.
Descodificar corretamente a mensagem.
Feedback:
Colocar questões acerca da sua mensagem para verificar, através das respostas do
emissor, se ela foi ou não compreendida.
Perguntar:
Fui claro?
Há dúvidas?
Ser breve.
Ser simpático.
palavras.
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Verificamos que inúmeras vezes podemos impedir a nossa comunicação verbal, mas não o
podemos fazer em relação à comunicação não-verbal. Citando Maria Odete Fachada: “
Quando duas pessoas se encontram, mesmo que não falem, não podem deixar de comunicar,
porque todo o seu comportamento tem uma dimensão comunicativa.” ( in Fachada, Psicologia
das Relações Interpessoais, 2003, pág.26).
Num processo de comunicação é de extrema importância que os sujeitos intervenientes
partilhem o mesmo código, para poderem codificar e descodificar as mensagens. Torna-se
necessário que as mensagens sejam suficientemente motivadoras para lhes despertarem a
atenção e o interesse. Os sujeitos têm que manter o canal de comunicação aberto entre eles, e
devem partilhar meios comuns para que não se verifiquem distorções. Finalmente, é
necessário que estejam num contexto que estimule e permita a comunicação.
É importante porque:
Tende a ser mais autêntica do que a verbal, dada a sua diversidade e riqueza.
É mais difícil de controlar.
- Projeção de voz – Nem demasiado baixa (maior esforço por parte do recetor) nem demasiado
alta (cansativo e provoca o “desligar” do recetor), o som emitido deve estar em sintonia com o
registo emissor;
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Os braços cruzados;
Os braços atrás das costas;
As mãos na cintura;
Passar as mãos pelo cabelo, pelo pescoço, ou pelo queixo de forma sistemática;
Empatia
A Empatia tem sido normalmente definida como a capacidade psicológica que permite, de
uma forma aprofundada e íntima, a compreensão de ideias, sentimentos e motivações de
outras pessoas.
Muitas vezes, é caracterizada como a capacidade de “se colocar no lugar do outro”.
Para se ter empatia, o primeiro passo é OUVIR.
A arte da empatia, mais do que a simpatia é o grande segredo de uma boa comunicação.
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No processo de comunicação:
Veja o problema do ponto de vista do outro;
Identifique as questões-chave e as preocupações envolvidas;
a) Empatia e comunicação
A empatia é uma ferramenta poderosa que permite com que duas ou mais pessoas interajam
de forma proveitosa. No fundo, é através da empatia que se criam as pontes de comunicação
entre duas pessoas. Nem sempre a forma que escolhemos para transmitir uma ideia é
suficiente para que ela seja perfeitamente entendida pelo nosso destinatário. Assim, a empatia
tem tudo a ver com as palavras que escolhemos e a forma como as organizamos para
comunicar as nossas ideias. Se temos algo a dizer, é essencial sabermos escolher a forma de,
não só transmitir a ideia, mas faze-la ser bem compreendida por quem nos ouve.
b) Saber escutar
Tão importante como a forma como se comunica é a forma como se escuta. A base de toda a
empatia está em demonstrar que só quer dar o que o outro precisa. A isto se chama empatia. O
que temos não é mais nem menos que a resposta, na medida certa, às necessidades dos outros.
Para tudo isto, torna-se essencial compreender as necessidades do seu interlocutor, ouvi-lo e
entendê-lo.
c) Os limites da palavra
O segredo da boa empatia passa igualmente por manter limites na forma como se expressa. Não
seja excessivo, nem ostentoso. O excesso de ênfase nas suas palavras pode criar o efeito inverso e
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suscitar a dúvida sobre as suas reais capacidades e a veracidade das suas afirmações. Por outras
palavras, a intenção funciona melhor quando não é claramente intencional. Ou seja,
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mais do que ostentar o objetivo, é preciso saber fazer acreditar que temos a resposta. Caso contrário, o
que irá transparecer não é a sua qualidade profissional, mas o esforço que está a fazer para parecer
convincente.
Barreiras da Comunicação
“ A comunicação é uma ponte de relação entre as pessoas. Ao usar essa ponte, uma pessoa
pode atravessar seguramente o rio da incompreensão que separa toda a gente.” (Cooley, Cit In
Pinto, 2000, pág.26)
O processo comunicativo é eficaz quando o recetor recebe o conteúdo da mensagem, tal como
o emissor pretende. Porém esta situação pode estar comprometida com a existência de certas
barreiras à comunicação. Muitas vezes ouvimos o que o outro disse, ou os outros percebem o
que não dissemos.
Obstáculos à comunicação:
São obstáculos que dificultam a emissão ou receção de mensagens.
Emitir mensagens que sejam compreendidas nem sempre é fácil.
Barreiras
Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos do recetor (visão, audição etc.).
É do nosso conhecimento que as relações entre pessoas não são neutras, caracterizam-se por
inúmeras influências e interferências com um forte registo afetivo. Sendo o comportamento e
a comunicação duas componentes da relações interpessoais, é de extrema importância termos
em conta as consequências das nossas opções, principalmente sabendo que:
Como já verificamos não existem pessoas que atuem perante as mesmas situações exatamente
da mesma forma. Todos os indivíduos têm modos mais ou menos estáveis de se comportar.
Todos nós usamos quatro estilos de comportamento. No entanto, podemos aprender a ser
mais assertivos.
Comportamento Agressivo
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O comportamento agressivo é o mais complexo. Este pode ser ativo ou passivo; a agressão
pode ser direta ou indireta, honesta ou desonesta, mas comunica em todos os casos uma
impressão de superioridade e de falta de respeito. A pessoa que utiliza uma atitude agressiva
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tende a agir como uma pessoa que coloca os seus desejos, necessidades e direitos acimo dos
outros, agindo como se fosse intocável e não tivesse falhas nem cometesse erros.
Critica as pessoas
Autoritário
Aponta os dedos
Postura evasiva
Este tipo de comportamento pode ter como consequências a violação dos direitos dos outros,
como também pode originar outros comportamentos agressivos e retaliações.
Comportamento Passivo
Este tipo de comportamento é não assertivo e indireto. Aquele que utiliza este estilo é, quase
sempre, um explorado e uma vítima, raramente está em desacordo e fala como se nada
pudesse fazer por si próprio e pelos outros, tende a ignorar os seus direitos e os seus
sentimentos.
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Gera simpatia
Cede facilmente
Solicita aprovação
Justifica-se excessivamente
Culpa-se de tudo
Atitude defensiva
Voz hesitante
Discurso confuso.
Comportamento Manipulador
Uma pessoa com este tipo de comportamento considera-se hábil ao nível das relações
interpessoais, apresentando e estudando discursos diferentes consoante os interlocutores a
quem se dirige. Este indivíduo apresenta-se como um intermediário inútil e considera-se
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mesmo indispensável, raras vezes se assume como responsável, age por pessoa interposta e
tira partido dela para atingir os seus próprios objectivos.
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Suspira de impaciência
Comportamentos Assertivo
É um comportamento ativo, direto e honesto. É o comportamento ideal, que comunica
uma impressão de respeito próprio e respeito pelos outros. Uma atitude de assertividade
leva a que o individuo evidencie os seus direitos e a sua legitimidade, sem nunca ir contra
os direitos dos outros. Uma pessoa assertiva pronuncia-se de forma serena e construtiva.
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É objetivo e claro;
Procura entender
Redução de tensões entre as pessoas, sendo útil quando é necessário dizer algo
desagradável, quando é necessário dizer não, quando se é criticado, quando se
pretende desmascarar uma manipulação.
Ser breve;
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O que é a assertividade?
Empatizar
Respeitar os outros
Aumenta as reações positivas dos outros que passam a sentir mais respeito e
admiração.
Referencias Bibliográficas
Baginha, M.ª Lurdes, Dinâmica de Grupo, IEFP, Lisboa, 1996. Colecção Aprender.
Fachada, M.ª Odete, Psicologia das Relações Interpessoais, Rumo, Lisboa, 1992.
Fachada, M.ª Odete, Psicologia das Relações Interpessoais, Rumo, Lisboa, 2003.