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A Rio 92

Antecedente

A Conferência do Rio, oficialmente denominada a Conferência das Nações Unidas para


o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, considerado um momento histórico para a
humanidade, reuniu delegações de 172 países, com a presença de 108 Chefes de Estado
para discutir estratégias e medidas para diminuir e reverter os efeitos da degradação
ambiental. Um fator que marcou a Conferência foi a importância atribuída ao papel das
ONG´s, reconhecendo a capacidade que têm em influenciar os governos, organizações
multilaterais, a mídia e, sobretudo, a opinião pública. Também foi notória a participação
de especialistas, cientistas e outros representantes da sociedade civil.

O Brasil, sede do evento, participou ativamente do processo preparatório, na


Conferência mesma e nas negociações já que é um país que abarca todos os aspectos da
agenda ambiental: poluição, florestas, pesca, população, pobreza, biodiversidade,
desertificação e drought, recursos do solo, recursos hídricos, restos tóxicos e emissões –
temas importantes para o país.

A Conferência do Rio, realizada entre ....., deu origem a três documentos principais:

A Agenda 21, um documento de mais de 600 páginas, considerada um programa de


ação que contribuiu como uma nova dimensão de cooperação internacional e que
estimula governos, sociedade civil, acadêmicos, científicos e o setor produtivo para
conjuntamente executar programas a partir de uma nova concepção de desenvolvimento
econômico e proteção ambiental. A agenda foi dividida em 4 seções: i) dimensões
econômicas e sociais do desenvolvimento sustentável, ii) gestão dos recursos naturais,
iii) fortalecimento dos grupos sociais na implementação do desenvolvimento
sustentável, e iv) meios de implementação.

A Declaração do Rio resumiu em 27 princípios muitos dos assuntos principais que


dividiram os interesses e preocupações dos países desenvolvidos, em desenvolvimento e
economias em transição. Do ponto de vista do Brasil, foram ganhos conceituais o
Princípio 3) direito ao desenvolvimento; Princípio 7) responsabilidades comuns, mas
diferenciadas; o Princípio 8) redução e eliminação de padrões insustentáveis de
produção e consumo; e o Princípio 12) políticas ambientais disfarçadas de barreiras ao
comércio internacional (ver!!!).
A Declaração das Florestas foi o resultado de firme oposição do Brasil e outros países
em desenvolvimento para que não se negociasse uma Convenção. A delegação
brasileira conseguiu que o documento enfatizasse a importância da cooperação
internacional e reconhecesse a importância das populações que vivem nas florestas e
seus direitos sobre o desenvolvimento econômico e social baseados na sustentabilidade.
(Algo mais!!)

Além desses três documentos principais, foram assinados durante a Conferência do Rio,
o Framework Convenção sobre Mudanças Climáticas para criar medidas de redução
de emissões de carbono responsáveis pelo aquecimento global, e a Convenção de
Diversidade Biológica para criar medidas de conservação da diversidade biológica, seu
uso sustentável e redistribuição justa e equitativa dos benefícios advindos de seu uso.

Uma das conquistas do Brasil foi retirar as negociações da Framework (ver!!!)


Convenção em Mudanças Climáticas da UNEP para a Assembléia Geral das Nações
Unidas para que fosse menos técnica e científica e tivesse seu aspecto político
reforçado. Nesse aspecto, o Brasil também logrou evitar que as medidas de redução de
emissão de carbono tivessem ênfase nas florestas para focar-se sobre aqueles que são os
verdadeiros responsáveis pelas emissões: os países industrializados.

Na Convenção de Diversidade Biológica, o Brasil conseguiu prevenir a noção de que os


recursos biológicos são uma herança comum aos seres humanos. Ao contrário, o Brasil
conseguiu o reconhecimento da soberania sobre os recursos naturais, além do
reconhecimento de seu valor econômico e mecanismos de compensação às comunidades
locais e indígenas pela utilização de seus conhecimentos tradicionais.

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