Professional Documents
Culture Documents
EN TORNO
AL HUMANISMO
HEIDEGGER, GADAMER, SLOTERDIJK
R „ x géH zSZ -M l
D iseño de cubierta:
JV, D iseño gráfico, S. L.
1 .a edición, 2002
Reimpresión, 2006
© F é l i x D u q u e , 2002
© EDITORIAL TECNOS (G RUPO A N A Y A , S. A.), 2006
Juan Ignacio Luca de Tena, 15 - 28027 M adrid
ISBN: 84-309-3834-6
D ep ósito legal: M. 17.337-2006_____________
A D V E R T E N C I A ....................................................................................................... P ág. 9
I N T R O D U C C IÓ N : D E L M E T E R S E E N P O L Í T IC A , D E L A G E N T E Y
D E L A E S C R IT U R A .......................................................................................................... 11
1. O t r a v e z a v u e l t a s c o n e l « n a c i o n a l s o c i a l i s m o » d e H e i d e g -
GER ........................................................................................................................... 12
2. E x p l o r a n d o e l c a m p o e n e l q u e v i v e l a g e n t e .............................. 17
3 . E l o g i o d e l a e s c r i t u r a . .. y d e s u s r e s i d u o s .................................... 19
4. D i m e q u é p i e n s a s d e l l e n g u a j e y t e d i r é a q u é p u e b l o p e r t e
n e c e s ....................................................................................................................... 21
I. H E ID E G G E R : L O S H U M O R E S D E L P A S T O R ......................................... 29
1. DE LA AMBIGUA FASCINACIÓN DE LOS TEXTOS HEIDEGGERIANOS .... 30
2. TEORÍA DE LAS TONALIDADES AFECTIVAS ................................................. 41
2 .1 . Cuestión de h u m o r ............................................................................... 43
2 .2 . Una a fe c tu o s a visita d e H eid eg g er a N ietzsche ..................... 47
2 .2 .1 . E n e l in ic io e r a e l se n tim ie n to ....................................... 48
2 .2 .2 . E m o c ió n y d is p e rs ió n o r i g i n a r i a ................................... 49
2 .2 .3 . C u a n d o la p a s ió n a n d a d e re c o g id a ............................. 52
2 .2 .4 . L o s p o s ib le s d e l a m o r ....................................................... 55
2 .2 .5 . E l m ie d o c o m o to n a lid a d c o n d u c t o r a ......................... 59
2 .2 .6 . L a ra íz d e la a n g u s tia y l a flo r d e o tr a h is to r ia ...... 61
3. Los MALOS TIEMPOS DEL HUMANISMO ....................................................... 66
3 .1 . E l p a sto r d el ser ................................................................................... 72
3 .1 .1 . L a f ra g u a d e l m u n d o .......................................................... 75
3 .1 .2 . S e r e l « a h í» , d e s p e j a n d o .................................................. 78
4. D e c a s a s , n u b e s y s u r c o s : e l l e n g u a j e .............................................. 80
5. E l s e r : u n a d o n a c i ó n r e t r á c t i l ............................................................ 85
6. E l h o m b r e : a r r o j a d o p r o y e c t o ............................................................. 89
II. G A D A M E R : L A F IL O S O F ÍA C O M O E S C U E L A D E T R A D U C T O
R E S P A R A L A V I D A ............................................................................................. 95
1. S o b r e e l d u d o s o p r i v i l e g i o d e s e r u r b a n i z a d o r ........................... 96
2. Q u e t o d o d e p e n d e d e s a b e r q u e r e r c o m p r e n d e r ......................... 98
3. A l ENCUENTRO DEL LENGUAJE ..................................................................... 103
4. E l o g i o d e l a t r a d i c i ó n ............................................................................... 104
5. D i a l o g a n d o s o b r e y d e s d e l o s c l á s i c o s .......................................... 106
6. U n a HISTORIA INTERMINABLE ( y NUNCA INICIADA) ............................. 107
6 .1 . E l hom bre, traductor de m e n s a je s ................................................ 109
6 .2 . Q ue el s e r crece con las interpretaciones ............................... 111
6 .3 . C uando la lectura no da m á s d e s í .............................................. 114
[V]
8 EN TORNO A L H UM ANISM O
B I B L I O G R A F Í A ................................................................................................................... 183
ADVERTENCIA
[9]
INTRODUCCIÓN
[11]
12 E N TORNO A L H UM ANISM O
6 R egeln-N g, p. 302.
16 E N TORNO A L H UM ANISM O
Es cierto: todo ello tiene que ver con la escritura. Para empezar,
el Génesis es a su vez el libro genesíaco por excelencia, ya que ha
generado muchos libros semejantes a él, tanto al ser copiado, co
rregido y «depurado», glosado e interpretado de m il maneras, como
al ser «trasplantado» a otras lenguas, repitiéndose en otro terreno
las operaciones antedichas. Y hasta hay algunos [...] — sí, claro: me
refiero a los cabalistas— que piensan que las letras y palabras del
libro originario, bien interpretadas, son como las matrices de toda
realidad y toda objetividad. Basándose en ello y yendo bastante más
allá, otros piensan — más atentos a las aplicaciones prácticas—
que su conocimiento equivaldría a la posesión de un poder poco
menos que absoluto, literalmente divino, para cambiar esa realidad
ad libitum. Así que, aunque los medios empleados para convertir el
poder (en alemán, Machí) del lenguaje en dominio mágico de la
nulidad no cumplan los cánones científicos actuales, bien se ve que
la intención, que el objetivo final es el mismo en los magos caba
listas y en los apóstoles de la biogenéíica en particular y de la an-
tropotécnica en general (no está m al traído el término que usa Slo-
terdijk, ¿verdad?).
M ás aún: como saben ustedes mejor que yo, desde el descubri
miento de la llamada «doble hélice» por Watson y Crick las cadenas
20 E N TORNO A L H U M A N ISM O
9 Para estas derivaciones etim ológicas, ver bajo las respectivas voces (par
tiendo de G enu s) el H erkunftsw örterbuch de G. D ^ ? ^ skl eí B lb‘10f [ f '
p h ísch es Institut, D u d en verlag, M annh eim /V ien a/Z u rich, 1963 (D er G ro sse
Duden: B a n d 7).
22 EN TORNO A L H UM ANISM O
10 Ver U ber Sprache überhaupt und über die Sprache des M enschen, en Spra
che und G eschichte. Philosophische E ssays, Reclam, Stuttgart, 1992, pp. 30-49.
INTRO DUCCIÓ N 23
11 Ver, por ejemplo, la descripción de las musas en Theog., vv. 65-67: «en m e
dio de las fiestas (en thalíeis)·, y sus bocas, en encantador (eratén) son, van can
tando (m élpontai) las ley es y glorificando (kleíousin) las costumbres comunes a to
dos los inmortales». Así que, cuando en los vv. 77-79 son nombradas las musas, ya
estamos preparados para reconocer a Talía, Erato, M elpóm ene y Clio. Los nombres
de las otras cinco remiten igualm ente a sus cualidades o funciones: E uterpe (de eü
y térpo: «la regocijante»), T erpsícore (de térpsis —> térpo y ch oros: «la que ama la
danza»), P olim m a («la sabedora de muchos himnos»), Urania («ia celestial») y Ca-
tíope («la que tiene bella voz»).
24 EN TORNO A L H UM ANISM O
Retomando ahora las tesis del inicio, les pido que consideren a
M artin Heidegger, con todos los matices y cautelas que se quieran,
como el pensador que más resueltamente ha echado a andar por la
primera vía (la del lenguaje naturalmente afincado en el ser) en el
tiempo inmediatamente anterior al nuestro: en los confines de la mo
dernidad. El segundo camino, en cambio — más propio de la ciudad
y de la máquina— , está siendo transitado últimamente, no sin au
dacia, por Peter Sloterdijk, aunque sea dable encontrar en él huellas
de un filósofo mediador entre Heidegger y él: me refiero a Hans-
Georg Gadamer (aunque ciertamente no defendería éste el carácter
convencional, y en todo caso derivado, del lenguaje): dos pensado
res que, a pesar de seguir otras sendas (no necesariamente «perdi
das»), no dejan por ello de sentirse «descendientes» de Heidegger:
descendientes «urbanos», si queremos decirlo así, frente al Maestro
de la Selva Negra, en cuya frondosidad se correrá a veces el riesgo,
no tanto de que todas las vacas sean negras cuanto de que todas las
vacas se conviertan en árboles, o sea que echen raíces para hincarse
en esa tierra silvestre. Pero yo aquí, en esta charla, me voy a ocupar
fundamentalmente de lo que significa para Heidegger ser hombre y
tener «descendencia», y sólo muy tangencial y escuetamente de la
real descendencia intelectual de ese controvertido pensador. Pues de
lo contrario, y dada mi afición a meterme por trochas perdidas, nos
darán aquí las tantas sin haber dicho nada a derechas.
[...]
Y a me doy cuenta, ya, de que puede ser preocupante este vai
vén mío de un tema a otro, en lugar de enfilar la cosa misma. Les
pido algo de comprensión y de paciencia, y espero que m e sirva de
escudo protector la famosa «salida» de Ortega: que la filosofía es
como Jericó, que se toma a base de darle vueltas.
Pero en fin, procuraré dejarme de rodeos — ahora que ya he
centrado más o m enos el problema: la relación entre la gente y el
[29]
30 E N TORNO A L H UM ANISM O
2 .1 . Cu e s t ió n d e h u m o r
2 .2 . Una af e c t uo sa v is it a d e H e id e g g e r a N ie tz s c h e
ls Han sido recogidas en N ietzsche I, Pfullingen, N eske, 1961. Los textos que
exam inarem os tienen por título: W ille als Affekt, L eiden schaft und Gefühl (pp.
53-66). Hay excelente traducción de J. L. Vermal en D estino, Barcelona, 2000, pp.
52-61. O bsérvese q ue vierto Affekte por «em ociones», y no por «afectos».
16 El filósofo delim ita por lo dem ás el problema en los m ism os térm inos ne
gativos que había empleado en S er y tiem po y en las coetáneas Contribuciones a la
filo so fía (B eiträge zu r P hilosophie): desechando la «importación» a la filosofía de
nociones y lugares comunes procedentes de la biología o la psicología. M ás aún, re
procha a N ietzsche el haberse servido en dem asía de esas nociones, irreflexiva
mente introducidas en el ámbito m etafísico (o p . cit., pp. 55). A continuación se ci
tará N ietzsch e I directamente en el texto.
48 EN TO RNO AL H UM ANISM O
18 P. e„ en G A 26, 280.
HEIDEGGER: LOS HUM ORES D EL PASTOR 51
rácterdel D ios aristotélico, que por así decir se «hace» energéticamente a sí mism o,
sin necessidad de procedencia alguna, de ex hoü. La W irklichkeit heideggeriana re
mite, sí, a una «obra» (y fundamentalmente a la obra de arte, que es la «puesta-en-
obra» o Ins-W erk-setzen de la verdad). Pero ésta no descansa en sí ni se hace a sí,
sino que se alza desde un fond o indisponible, fá c tico .
27 «R azón», en el sentido de fundamento. Sólo que ese G rund no es sólo de la
«cosa» (com o si ésta existiera con independencia de quien se interesa por ella, se
com promete con ella y se inm iscuye en ella), sino de mi propia vida. Esta «razón
cordial» puede verse ejem plificada en el letrero de venta o alquiler de las casas:
«R azón aquí». A l respecto, «dar razón» e s «dar parte», hacerle partícipe a uno de
algo que le im-porta y que exige de él un com -portamiento con-veniente.
28 Y a en SuZ § 7, lapidariamente: H öher als d ie W irklichkeit steh t d ie M ö
glichkeit («M ás alta qu e la realidad efectiva está la p o sib ilid a d » ). S ó lo que el
contexto (alusión a la fenom enología y a la deud a de H eidegger con Husserl) pue
de confundir y llevar a pensar que la frase se refiere únicamente al sentido de la fe
nom enología com o disciplina filosófica, como se aprecia en la nota de J. E Rivera
a d locum: «Heidegger contrapone aquí la realidad de la fenom enología, tal com o se
da ejemplarmente en H usserl, a la po sib ilid a d de ella, es decir, a lo que ella en cie
rra com o posibilidad aún no explotada» (o p . cit., p. 461).
56 E N T O R N O A L H UM ANISM O
tona, se acuerda con (en vez de: se acuerda de) la lengua alemana y,
así, piensa la Möglichkeit (nuestra «posibilidad») no desde la lengua
latina y menos desde la tradición escolástica (como a nosotros pa
rece forzamos en cambio el castellano), sino desde el verbo mögen
y el sufijo -lich. Ello no quiere decir que el sentido normal y lógico
— nunca m ejor dicho— de la possibilitas sea incorrecto. Al con
trario, es justo y acertado. Pero oculta su procedencia de origen. Y
ésta es afectiva, y hasta sentimental. Possibilitas viene de possum,
un verbo formado por el adjetivo potis («capaz») y el verbo sum.
Ahora, para propiciar el «salto» al sentido del término alemán, pa
remos mientes en que quien es «capaz» de [hacer] algo lo es por es
tar justamente capacitado, «facultado» para ello. Uno tiene esa fa
cultad (al.: Vermögen), pero porque le ha sido d ada19. Ahora bien,
en el sentido riguroso de «donación» (piénsese en una herencia) no
cabe hablar de «donar cosas»: lo que se donan son más bien los p o
sibles con los que hacer cosas (por eso, en alem án Vermögen sig
nifica también «fortuna, riqueza»). Se dona pues la la facultad de
ser uno mismo, o sea: de irse haciendo el propio ser (en alemán,
Wesen — «esencia»— más que Sein) a fuerza de ir haciendo cosas
facultativamente, o sea, según una voluntad ajustada a mis p o si
bles. Según esto tenemos un donante o remitente, lo donado y el
destinatario: el facultado para realizar los posibles (y para realizarse
en ello). A esta estructura de envío llamamos «destino» (Geschick:
«conjunto de envíos»). El que o lo que destina lo hace gratis et
amore. O mejor: el «amor» es la manifestación del envío. Pero en
este caso se trata de un amor que nada tiene que ver con el deseo
{Liebe tiene la misma raíz que el latín libido). Un amor que da y se
da: por eso hay cosas (o sea, en latín: causae: «reuniones, ajustes,
ensamblajes»). Ese tipo de amor, que da el ser, y que se da al ser, es
nombrado en alemán con el verbo mögen: «Hacerse cargo de una
“cosa” o de una “persona” en su ser (Wesen: habría que verter,
mejor: en el despliegue de sus posibilidades de ser, en sus posibles',
F.D.) significa: amarla, quererla bien (sie mögen). Esta benevo
lencia (Mögen) significa, pensada de un modo más originario: do
29 A sí, la Facultad es la que «faculta» a quienes cum plen con sus requisitos
para «hacer» (de fa ceré) algo, no a capricho, sino de manera apropiada y conforme
a ley y derecho. Quien, p. e., ha ingresado por oposición en el cuerpo de profesores
de una Facultad está capacitado para enseñar. Tam bién los autocares de «servicio
facultativo» llevan a los viajeros a donde éstos quieran, pero porque am b os— trans
portista y usuarios— se han puesto d e acuerdo y todo se ajusta a lo deseado por
ambas partes.
HEIDEGGER: LOS HUM ORES D E L PASTO R 57
por favor, a este rotundo texto de Ser y tiempo: «la existencia pro
pia no es nada que se cierna por encima de la cotidianidad deca
dente, sino — existenciariamente hablando— tan sólo un modifica
do [acto de] empuñar esa vida cotidiana.» (SuZ, 179). No se trata
pues en absoluto de esperar «otra» vida, sino tan sólo — o nada me
nos— de vivir de «otro modo».
[·..]
Tiene usted toda la razón. El problema está en dar con ese
«modo» tan señalado. Pero me parece que, a la chita callando, ya se
ha ido anticipando ese modo apropiado de ser hombre. Pues quizá
hayan ustedes ya advertido que entonado el ser-humano, el Dasein,
con la «voz» del ser (piensen ustedes en un Lied para piano y so
prano; por ejemplo, de Schubert, caro a Heidegger) y haciéndose
cargo afectivamente de su propio carácter «cadente» (y por ende, al
cabo, caduco): encontrar-se-ya-de-siempre entre maneras posibles
de ser, el Dasein ha de reconducir — ¡no reducir!— en cada caso su
commercium con lo ente — tanto en el plano práctico de la utilidad
como en el teórico de la presencia— a las tonalidades afectivas
(emociones, pasiones, sentimientos) que enlazan a cada hombre
con otros hombres y cabe los entes desde el envío — en cada caso
modulado— de los posibles del ser.
35 Lo cual, dicho sea de paso, es lo m enos cristiano que decirse pueda, ya que
el D ios cristiano es el único que radicalmente m uere (la Trinidad soporta la muer
te del Hijo, eternamente). D e seguir a San A gustín, nadie — ni D ios— está libre de
la p rim era muerte. Otra cosa es la segunda muerte: la condenación eterna de los ré-
probos.
62 E N TORNO A L H UM ANISM O
época. Cf. los B eiträge d e r P hilosophie, escritos entre 1936 y 1938, pero sólo pu
blicados en 1989 (G A 65). A quí no es posible desarrollar todo este cam ino (quizá
un Irrw eg, aunque apasionante), sino sólo ceñirse a la fenom enología de las tona
lidades, dejando a un lado sus ram ificaciones históricas y políticas.
64 EN TO RNO AL H UM ANISM O
«cristianismo»: no tanto una doctrina cuanto una manera de ser). Com o es eviden
te, los términos acabados en -heit no admiten plural. Sí en cambio los en -tum. Así,
justamente, M enschentüm er: diversas «posiciones» y «m odos» colectivos, dignos
todos ellos de ser considerados com o «humanos», sin que sea posible establecer je
rarquía o gradación entre esas «maneras» (porque no hay sino «maneras»). Ver en
general sub vocibus el ya cit. D U D E N H erkunfstw órterbuch, pp. 724 y 258 s., res
pectivamente.
HEIDEGGER: LOS HUM ORES DEL PASTO R 71
44 El hecho de que el hombre sea visto com o una esp ecie perteneciente al g é
nero anim al y, sin embargo, sea colocado com o distinto y por encima de la anima
lidad es lo que da lugar a la oscilación típica entre «especie humana» (la denom i
nación correcta, desde el punto de vista zoológico y lógico) y «género hum ano». Y
ello se com plica aún más con la división de sexos, que gramaticalmente (y ahora,
por influjo anglosajón, también psicosocialm ente) son considerados también com o
«géneros». Y hasta parece que el único g e n d e r de veras sea el femenino.
45 En toda definición «clásica», la diferencia específica (gramaticalmente, el ad
jetivo) se «desgaja» del género (el sustantivo), de modo que la complexión de todas
las diferencias (p. e., en el caso de los mamíferos: ungulados, roedores, rumiantes,
etc.) debiera constituir el género. Pero esto no parece aplicable en e l caso de la ra
cionalidad: una nota que no sólo no sería posible atribuir al género «anim al», sino
que marcaría la distinción esencial entre los anim ales (definidos negativam ente
com o «irracionales») y el hombre. Ante esta insostenible contradicción sólo caben
tres salidas: a) ver a la racionalidad com o una extensión y com plejificación de la
72 EN 'l O R N O AL H U M A N IS M O
3 . 1. E l p a s to r d e l ser
ist in der Geworfenheit. Das sagt: der M ensch ist als der ek-sistierende G egenwurf
des Seines insofern mehr denn das animal rationale, als er gerade w eniger ist im
Verhältnis zum M enschen, der sich aus der Subketivität begreift. Der M ensch ist
nicht der Herr des Seienden. D e r M ensch ist d e r H irt d e s Seins. [...] Er gewinnt die
w esenhafte Armut des Hirten, dessen Würde darin beruht, vom Sein selbst in die
W ahm is seiner Wahrheit gerufen zu sein. Dieser R uf kommt als der Wurf, dem die
Geworfenheit des Daseins entstammt. Der Mensch ist in seinem seinsgechichtlichen
W esen das Seiende, dessen Sein als Ek-sistenz darin besteht, dass es in der Nähe
des Seins wohnt. Der M ensch ist der Nachbar des Seins.» BH, G A 9, 342 (cursiva
mia).
74 EN TORNO AL H UM ANISM O
lógica del ser). Si a algo se parece «eso» (un lechoso ser indeter
minatum que, como il y a, turbó las noches infantiles de M aurice
Blanchot) es a la chora del Timeo platónico: la «comarca» o «te
rritorio» móvil del que surgen los entes y al que regresan. Algo así
era también el ápeiron de Anaximandro, y la mélaina gé, la «negra
tierra» hesiódea.
Y, sin embargo, hemos hablado antes de «río», y ahora de
«tierra». ¿Cómo es ello posible? Lo es porque, en medio de ese tor
bellino, de esa torm enta (Heidegger gusta de hablar de la «tor
m enta del ser»), y formado por ella misma como si se tratara de un
tornado, se alza un ser desde el cual es literalmente factible «tomar
medidas», poner un orden relativo, mudable, en ese caos, estable
ciendo vanos, huecos, creando por así decir «bolsas de nada»: va
cíos relativos, interiores imaginados, dentro de los cuales colocar
esas líneas de fuerza, armoniosamente dispuestas a base de retor
cerlas y dirigir unas contra otras (es lo que nosotros vemos ahora en
la famosa «astucia de la razón», de Hegel). Ese ser «genera» desde
sí lugares y tiempos, espacia y da tiempo al tiempo. En una palabra:
convierte al ser en «mundo». Y recuerden ustedes que la expresión
española rem ite a un adjetivo latino: mundus, que significa «orde
nado, limpio y bien dispuesto» (de ahí que lo contrario sea la in
mundicia). Pero ya en esa conversión se halla el peligro de hybris,
que Heidegger ha creído ver desatarse con especial saña en la mo
dernidad. A saber: envalentonado por su triunfo, el hombre olvida
la «fuerza» a él «donada», y sobre cuya base él mismo actúa. En el
mejor de los casos, la proyecta en un Dios sospechosamente pare
cido a un «hombre superior» (de manera que Nietzsche, con su
«superhombre», no habría hecho sino dejarse de hipocresías y po
ner las cosas en su sitio) que puede dictarle al hombre leyes y nor
mas porque éstas — como sabe muy bien, con un guiño, el «último
hombre» nietzscheano— han nacido en definitiva de su arbitrio, y
ahora él las recibe, reflejas y «objetivadas»), Pero no sólo olvida su
origen «terrenal», sino que hace también como si esos precipitados
hostiles o favorables que él solidifica llamándolos «cosas» o «en
tes» procedieran de fuerzas que, en cuanto leyes de la naturaleza, o
sociopolíticas, él está en posición de m anejar gracias a la técnica, y
de poner en consecuencia a su servicio. En última instancia, inten
tará incluso suplantar tanto esas fuerzas como sus productos, los
«entes», para formar por fin un mundo simulacral a su imagen y se
mejanza. Eso es lo que Heidegger critica: la creencia de que el
hombre es el Señor, el Amo de lo Ente.
78 IN TO RNO AL H UM ANISM O
alemán así: Ich werde dabei sein (literalmente: «Yo estaré cabe/en...
clase mañana»; o sea: «Allí estaré», «Estaré presente»), Pero no
sotros — en español— no podemos traducir ese da: queda siempre
implícito.
Eso es lo que intenta decimos Heidegger desde Ser y tiempo, a
saber: que la Geworfenheit, el hecho ineludible de «estar arrojado»,
no implica la aceptación de una herencia fija, determinada, sino de
un conjunto de posibles que sólo se «encaman» en y a través del
Dasein, del Da o «Ahí» del Ser, que es lo que constituye el ser del
hombre: el «cuidado» o Sorge por el cual debe el hombre cuidar del
todo al cuidar de sí mismo es ya de antemano también y sobre
todo «cuidado» por el Ser que se entrega o consigna al hombre. Por
esa consignación, que lo marca y d esign a, el hombre está ya de
antemano congénitamente «afectado». Mas eso que le afecta — lo
que podemos llamar en general «tradición», incluyendo en ella la
herencia genética— no es un conjunto sólido de cosas, sino un
montón de incitaciones, de posibilidades que él debe realizar a su
manera. T al es la condición humana: lo que Heidegger llama fac-
ticidad49. Como si dijéramos: la herencia que el hombre asume es
como un libro que él tiene que leer y aprender a descifrar, reescri-
biéndolo de nuevo desde su perspectiva inalienable, y no un peso
muerto que él deba transportar y transmitir tal cual a las nuevas ge
neraciones 50. No quiero insistir en todo esto, ya que hemos hablado
de ello por extenso y por menudo; m e basta con que recuerden
ustedes hasta qué punto ha de considerarse a Heidegger (cosa que
norm alm ente es pasada por alto) como el pensador de los afectos,
de las emociones y las pasiones.
Permítanme que conecte ahora los dos cabos anteriores: el Da,
el «ahí» del ser en el cual se da el hombre, se muestra — según he
mos gramaticalmente visto— como factor de apertura de todo lugar
(entendiendo por tal, literalmente, un espacio-[hecho]-de-tiempo:
una demora). Heidegger hablará a tal efecto de Lichtung: un tér
mino que no tiene tanto que ver con la luz (Licht) cuanto con la le
vedad (leicht: «leve»). En virtud del Da, del «ahí», el hombre es ca
paz de espaciar, de «hacer sitio» y abrir «vanos»: en una palabra, es
49 SuZ, p. 135.
50 E n e s a diferencia entre «libro» y «carga» se cifra, a m i m odo de ver, sea di
cho de paso, la distancia extrem a entre el pensar de H eidegger y el fascism o, con
tra las propias ilusiones que aquél se hiciera en 1933 sobre ese «m ovim iento», por
entonces todavía sin una definición ideológica m edianamente coherente.
80 EN TO RNO A L H UM ANISM O
A hora bien, el «lugar» hum ano del que brota la respuesta (Ant
wort) a la exposición despejante-retráctil del ser es el lenguaje.
Por eso dice Heidegger que el lenguaje no es un m ero medio de co
municación que los hombres puedan dominar para sus fines, sino
que, m uy al contrario: «El lenguaje es la casa del ser» (Die Sprache
ist das Haus des Seins)52. La inteligencia — siquiera sea mediana—
de esta sentencia arrojará luz sobre la descripción del hombre como
«pastor del ser». En primer lugar, había que guardarse de ver en esa
«casa» una mera metáfora. Heidegger — ¿quién lo diría?— no es en
absoluto amigo de metáforas: es más piensa (en La proposición del
de algo, por lo que ello «dé de sí», o sea: por su «poder» (können)
para hacer tal o cual cosa. No en vano se decía hasta finales del si
glo xviii Tun und Lassen para referirse a la Ética: «Hacer» (en el
sentido del propio «obrar», no de «fabricar») y «dejar hacer», mas
también: «dejar de hacer», cesar de hacer daño, o sea, de no per
m itir ser o desarrollarse a algo o a alguien.
Ya se está viendo cuánta atención terminológica, cuántos ro
deos lingüísticos requiere Heidegger para ser m edianamente en
tendido. Algo muy natural, para el filósofo: la condensación (poé
tica) y congregación (pensante) del lenguaje han sido solapadas y
casi cegadas por los usos teórico-prácticos de éste (¿quién diría
incluso que hay algo «más acá» de la teoría y de la praxis, regiones
que parecían repartirse todas las maneras humanas de ser?). Y esos
usos brotan todos ellos de la metafísica, basada en las ideas de
identidad, producción y dominio: en suma, en la presencia de un
Ente supremo que juzga, dirige y dispone a los demás entes. Es ló
gico, pues, que la metafísica, y los usos lingüísticos de ella deriva
dos (correspondientes a las diversas formas de vida), no dejen ser al
lenguaje del ser, y que éste haya de ser entrevisto, tras mucho es
fuerzo, sólo com o de soslayo (mit einem Wink, dice Heidegger:
como «haciendo una seña», recogida con el «rabillo» del ojo).
Pues bien, todas estas vueltas que yo he ido dando apuntaban,
como en una espiral, a una misma dirección: a la definición del
hombre como pastor del ser. Si no fuera por esas vueltas, el dictum
heideggeriano podría pasar muy bien por una banalidad pseudo-
poética (más bien un poco cursi, y con resonancias cristianas en
plan: «Yo soy el buen pastor») o incluso por una más o menos
encubierta declaración fascista (al fin, Hirt: «pastor», tiene la mis
ma raíz que H erde: «rebaño»). Ambas comparaciones yerran el
tiro: el hombre no es el pastor del ser ni como dueño o amo de un
rebaño (como en el caso del Señor Jesucristo, que cuida de sus
ovejas), ni como conductor de una manada (como en el caso del
Führer, que guía al pueblo alemán al dominio del m undo)61. Para
61 Com o cabe suponer, al m enos entre 1933 y 1938 H eidegger no tenía ese
concepto de Hitler; al contrario, aproximaba la «abnegada» labor de éste a la del
«dejar ser». H e aquí una muestra de cóm o una refinada concepción filosófica (el ser
com o Es gibt, com o «se da») puede descarriarse por las sendas de los lobos pardos:
pidiendo el voto para el N SD A P en las elecciones del 12 de noviem bre de 1933,
arenga H eid egger a lo s hom bres y m ujeres alem anes (D eu tsch e M än n er und
Frauen!) de esta guisa: «El pueblo alem án ha sido llamado a las elecciones por el
Führer. El F ührer no pid e nada, em pero, del pueblo. El d a (E r g ib t) más bien al
HEIDEGGER: LOS H UM ORES D E L PASTOR 85
catión y de acción). Así que habría que decir que ser es dar (no que
«el ser» da), que es pura donación, y no que el ser se da. Pero no
dar tal cosa o tal otra, sino el ámbito espacio-temporal, la «locali
dad» (Ortschaft) de toda donación. Dar... el don y su recusación: la
vida y la muerte, dejar ser y dejar de ser, pero porque al ente le
«toca» y le concierne, no porque lo decida el ser (el ser, literal
mente, no es nadie para decidir nada). Y en efecto, tanto en il-y a
como en «hay» o «se da», lo que tenemos «ahí» es un campo im
personal e irreflexivo que transita hacia los «habidos» o los «do
nados» sin identificarse jam ás con uno de ellos o con su totalidad.
Más claro se ve esto aún en alemán, donde Es gibt quiere decir li
teralmente: «ello da», quedando ese neutro Es absolutamente inde
terminado. Como que es la pura indeterminación, que todo lo de
termina y destina y a todo se determina y destina62.
En su pensamiento más maduro, cuando — tras el Sein (el ser
del ente) y el Seyn (el ser, relativo a la cuadratura de cielo y tierra,
seres divinos y mortales)— entrevea borrosamente Heidegger la
raíz del Ereignis, del «acaecimiento propicio», intentará condensar
todo su pensamiento en una aparente tautología, en la que brilla
una «falta» gramatical. Dirá: «Das Ereignis ereignet»63. Para «res
petar» el idioma, Heidegger debería haber escrito: D as Ereignis
ereignet sich, ya que el verbo es reflexivo. En nuestra lengua no se
nota en cambio la falta y lo que falta, de modo que uno estaría ten
tado de traducir la frase así: «El acaecimiento propicio acaece»
(o si se quiere, más vulgarmente: «Pasa lo que pasa»). Pero con
ello se pierde lo esencial, a saber: que el Ereignis «dona» acaecer,
deja que acaezcan los casos del mundo sin que él mismo acaezca;
sin que él sea un caso, por excelso que fuere. Quizá por ello habría
que interpretar (más que traducir): «El acaecimiento propicio pro
picia acaecimientos (en el sentido de eventos, de sucesos).» A través
65 Para H egel, por caso, decir: «El ser es» equivale a una m ísera tautología.
Para Heidegger, en cambio, expresa un sinsentido, una confusión liminar; pues sólo
lo ente es... tal o cual cosa, y no el ser, el cual — desde la perspectiva óntica— li
teralmente nada es.
66 D icho sea de paso, aquí se encuentra una diferencia radical entre el inicio en
H egel y el ser en H eidegger. El ser p u ro hegeliano es absolutam ente indeterm ina
d o , pero no indeterminable. Es más: si no es esto, ni lo otro ni lo de más allá es por
que en él se ha hecho abstracción de todas las posibles determ inaciones, salvo de
una, a saber: la determ inación de la entera indeterminación. Darse cuenta de esto
implica atender ya a una primera escisión y desequilibrio de la diada primitiva:
«ser/nada», a saber: el devenir, que «destina» al ser «primero» al lado — por decirlo
judicativamente— del predicado y «remite» la nada «primera» al fondo: al sujeto.
D e esta dialéctica irá surgiendo toda la determinación de la realidad (elemental, re
flexiva y conceptualmente ordenada). D e manera que el ser sí admite definición, y de
finiciones (todos los primeros momentos del curso lógico), hasta la última: que el Ser
es la Idea Absoluta. En cambio, el ser en Heidegger es indeterminable, y por ende in
definible. «Está» ciertamente en todo ente y alienta en toda proposición humana; se
dice — como en Aristóteles— de muchas maneras: pero ninguna de ellas es la mejor
y última, com o la verdad, aunque sí sepamos grosso m odo su historia (porque el ser
no es una «cosa», sino «movimiento»): la historia de la diferencia entre la relación
«exposición/retracción» y el modo de acogida por parte del hombre, con base en el
despliegue de la m etafísica (ver al ser del ente com o presencia continua).
67 Com o es sabido, el pensar (Denken) no es desde luego en Heidegger una ac
tividad psíquica, objetivamente plasmable en signos lógicos, sino el elemento en el
que el hombre adquiere memoria (G edäch tnis) y en el que, a través de ésta, puede
agradecer (danken) su existencia al m odo histórico de ser en el que él está «pro
yectado».
HEIDEGGER: LOS H UM ORES D EL PASTOR 89
noce Heidegger: «El pensar se deja (lässt sich) llevar por el ser,
para decir la verdad de éste». Pero por otro, continúa: «El pensar
lleva a cumplimentación este dejar (Lassen)» 68. Y bien, ¿cómo
cumplimenta el pensar ese dejar que el ser «deje ser» a los entes
(y disculpen la formulación tan pesada)? Ya lo hemos insinuado an
tes: congregando, o sea: reuniendo, distinguiendo y clasificando.
Justo lo que hace un pastor. Justo lo que hace el lenguaje. Ahora
bien, el pastor es del ser, no de lo ente. Por ende, su «grey» no está
constituida por cosas, y mucho menos — si aceptamos la idea hei-
deggeriana de que «hombre» por antonomasia sea el pensador y el
poeta— por el resto de los hombres de un pueblo, tratados como
ovejas (como el nombre de «pastor» puede inclinar a p en sar69),
sino por respectos y relaciones.
68 BH , G A 9, 313.
69 Y no sólo el nombre: en la tristemente célebre R ektoratsrede (m ayo de
1933), H eidegger reivindica para sí — en cuanto Rector de la Universidad de Fri-
burgo— la «función de guía» (Führerschaft) de las ciencias y del saber, tal como
hay guías del ejército y del trabajo: todos ellos, cabría suponer por alocuciones po
líticas ulteriores, bajo la guía única del Führer supremo. Cabría suponer, digo, por
que lo cierto es que en la R ede no hay la menor traza de ello, y adem ás en los cur
sos de la época pensador, poeta y «político» están situados siem pre en el m ism o
nivel. Es m ás, en el discurso se advierte de que: «Toda guía {Führung) ha de ad
mitir que los guiados (d ie G efolgschaft) tengan su propia fuerza. Pero toda acción
de seguir (je d e s F olgen) conlleva resistencia (W idestand). Esta oposición esencial
entre guiar y seguir no debe ser ni difum inada ni, menos aún, anulada.» (D ie
Selbstbehauptung der deutschen U niversität..., Klostermann, Francfort d e l M eno,
1989, p. 18).
70 H eidegger prefiere emplear e l término griego téchne para referirse al traba
jo; la razón estriba seguramente en que este último término estaba demasiado «im
pregnado» por las ideas de Emst Jünger (ya es sabido que su obra capital fue El tra
bajador), así como por el m arxism o. Y por otra parte se vedó a sí m ism o el uso
«positivo» de «técnica», que él entiende com o lo que m ás bien debiera denominarse
«tecnología»: la cum plim entación planetaria de la m etafísica.
90 EN TORNO A L H UM ANISM O
[95]
96 EN TORNO A L H UM ANISM O
3 W ah rh eit und M eth ode. G run dzüge ein er p h ilo so p h isch en H erm eneutik
(= WM), en Gesam m elte Werke (= GW ), Mohr, Tubinga, 1990f’(orig.: 1950), I, 478.
H ay trad. esp. de R. de A gapito y A. A gud, V erdad y m étodo, Sígueme, Salamanca,
1984.
4 Es p reciso insistir en la conexión entre «acontecer», «narración» e «historia».
El com ún denominador de estos conceptos, el «hilo conductor» que vincula acon
tecer y narración, es el sentido (el cual, al contrario del significado, implica siempre
una intención y una dirección). Ahora bien, sentido se da sólo en cuanto a con te
cer... de la com prensión misma. Y es tal acontecer lo que convierte la narración en
texto: «¿Pertenece la comprensión al acontecer de sentido de un (ex(o... al igual que
a la m úsica le com pete el volverse audible?» (W M , p. 169).
98 EN TO RNO A L H UM ANISM O
s Según el Coraminas, el lat. merovingio com panio es un calco del gótico: gah-
laiba (de hlaifs, «pan» — todavía hoy, en alemán, L aib es una masa de harina fri
ta— , y ga-, «todo junto» — en el alem án actual: G e-, com o Geschichte: el conjun
to de acontecim ientos— ). V éase J. Corominas y J. A. Pascual, D iccionario crítico
e tim ológico castellan o e h ispán ico, Gredos, Madrid, 1989, II, 161, sub voce
«compañero»:
6 Por eso recuerda Gadamer que, en el alemán del siglo xvrn, ser «comprensivo»
y ser «hermenéutico» eran términos sinónimos. Y, en efecto, interpretar es «dejar
ser» a mi través la voz o la im agen del otro (piénsese en la interpretación musical,
teatral o simplemente en la lectura de un texto). Cf. Logik oder Rhetorik. G W II, 297.
7 Es verdad que Gadamer señala (en WM, p. 312) que verstehen corresponde al
intelligere latino. Pero, salvo en el m uy poco usado (y algo pedante, en verdad) ver
bo «inteligir», los derivados («inteligencia», «inteligente») han adquirido un sabor
subjetivo y hasta «psicológico» que en nada recuerda al intelligere del tercer grado
de conocim iento en Spinoza, a la literalmente «e-mocionante» intuición intelectual
en Schelling, y menos a la inteligencia en Nietzsche: «una cierta relación de los ins
tintos entre sí» {D iefröh lich e W issenschaft. K G A V , 2/239).
102 EN T O R N O A L H UM ANISM O
esto, bien puede ser verdad que yo use el lenguaje, pero desde lue
go no lo domino. El lenguaje no es un instrumento del hombre, sino
la manera en que se conducen las cosas mismas (Sprache, die die
Dingeführen: WM. G W I, 478).
Y la consecuencia inmediata de esto — tan coherente desde el
punto de vista hermenéutico como sorprendente para el sentido
común— es que, para las cosas: «llegar a [adquirir expresión en el]
lenguaje (zur-Sprache-kommen) no significa obtener una segunda
existencia» (WM. GW 1,479). Hablar o escribir no es poner una eti
queta por encima de las cosas presentes, como si fueran los precios
de los puestos de un mercado: lo que se presenta (sich dar stelli) a la
comprensión es el ser mismo, el evento situacional. Es el ser el que
viene a palabra y toma la palabra. El ser, bien entendido, no como
una Cosa enorme y omniabarcante, sino como un espacio-de-juego
que se va trabando, condensando y — atrevámonos a decirlo—
conociéndose a sí mismo a través de la interpretación — siempre
más compleja— del juego. Es evidente que esta concepción del ser
— aparte de su nunca negada ascendencia heideggeriana— debe
tanto al linguistic turn de los años cincuenta y sesenta como al
Hegel de la Fenomenología: sólo que aquí no tiene el privilegio la
conciencia histórica (ni, por ende, el saber; y menos, el saber ab
soluto). Pues en el juego de la constante autointerpr et ación (ejem
plificado en el intercambio de preguntas y respuestas propio de
toda conversación) las cosas interpretadas, y la conciencia que de
ellas se tiene, van mudando y derivando según se perfilan aristas, se
atiende a otros rasgos, se cambia de actitud, etc.
4. ELOGIO DE LA TRADICIÓN
9 Carsten Dutt (ed.), En conversación con H an s-G eorg G adam er, Tecnos,
Madrid, 1998, pp. 41 s.: «Todo el que comprende algo se comprende a sí m ism o en
G ADAM ER: L A FILOSOFÍA COMO ESCUELA... 105
cuentro que supone un evento, sí, pero al que ahora podemos dar ya
su nombre más exacto. Recuérdese que el prefijo ge- alemán equi
vale al cum- latino: el conjuntar y el reunir algo. Y Sprache se
vierte como «lenguaje». Pues bien, si unimos a esa voz — como
raíz— el prefijo ge-, el término resultante es Gespräch, que con
vencionalmente — y a la griega— traducimos como «diálogo». No
está mal esta traducción, que alude al hecho de que el lógos va a
través (diá-) de los interlocutores, formando así una especie de
trama, de tejido (por eso se habla de texto). Pero falta la noción cla
ve — aportada por el alemán— de que el lenguaje, no sólo conjun
ta y reúne, sino que crea compañía: la compañía indisoluble de co
sas y de hombres. Estamos sobre un plano en el que, por principio,
se da lenguaje: así podría replicar Gadamer a Sartre y a Heidegger.
Perdonen que insista: para Gadamer, el lenguaje no es sólo un
acto de un sujeto para capturar in mente, idealmente, un objeto ex
terno (o sus «hechuras» y modo de «fabricación»); un acto además
de ida y vuelta, ya que sólo en el lenguaje podría reconocerse ese
sujeto a sí mismo. Gadamer no niega que el lenguaje pueda ser uti
lizado así (y que de hecho es así como viene utilizado por lo común
y por término medio): lo que dice es que ésa es una forma derivada,
empobrecida y unilateral del lenguaje, que olvida lo esencial, a
saber: que el lenguaje es literalmente e-nunciación (Aussage: lite
ralmente, «lo dicho desde...»). Enunciación del ser, o sea: de cómo
están las cosas. Un estar móvil, por lo demás. De ahí el proceso
continuo de corrección lingüística, corrigiendo en detalle lo en
conjunto adelantado como marco general de interpretación (pién
sese en la lectura de un libro, o en la escritura de un ensayo, y ad
viértase cómo en ambos casos se van corrigiendo las expectativas
iniciales según lo exigen las cosas y su coherencia). Eso es lo que
Gadamer — aplicando, como en tantos otros casos, nociones pro
cedentes de Heidegger— ha popularizado con el nombre de círcu
lo hermenéutico del comprender.
mente le toca a cada uno su tumo» (das Spiel, in dem wir alle
mitspielen. Keiner vor allen anderen. Jeder ist ,dran und immer
fo rt am Zuge) 10.
Convendrán ustedes conmigo en la subyacente, pero clara in
tencionalidad democrática de este pasaje. Frente a su maestro H ei
degger (o a lo que parece seguirse de sus textos de los años treinta
y cuarenta), con su exaltación de los conductores (Führer: fea pa
labra, aunque también el guía de un museo sea un Führer), es decir,
y según él: del poeta, el pensador y el fundador del Estado, Gada-
mer afirma explícitamente: Keiner vor allen anderen, lo que podría
traducirse muy castizamente por: «Nadie es más que nadie».
Todos, absolutamente todos tienen el mismo acceso a la pala
bra, a las palabras transmitidas, emanadas de la tradición. Ello no
obsta, sin embargo, para que esa accesibilidad redunde en algunos
en una interpretación más lograda y convincente, mejor trabada y,
por ende, más vivificante y transformadora de lo recibido: una in-
tepretación susceptible por tanto de hacer ella misma historia, de
tomarse la narración en que ella se inscribe y escribe, en una obra
clásica. El hermeneuta escucha al lenguaje para ir aprendiendo a
hablar y escribir mejor, no para recibir órdenes (el lenguaje no
ordena, incita; sólo los juegos lingüísticos artificiales exigen dog
mática sumisión a las reglas). Pero hablar y escribir mejor significa,
a su vez, tener una mejor comprensión... de s í mismo y de lo-que-
hay (uno se conoce a sí mismo en lo que hay, o mejor: en su ha
bérselas con ello, porque no hay haber sin hacer). De ahí la ya fa
mosa definición de lo clásico en Verdad y método: «Clásico es lo
que se mantiene (erhält) porque se significa a sí mismo y se inter
preta a sí mismo; lo que dice, pues, de un modo tal que no consti
tuye un enunciado sobre algo desaparecido, un mero testimonio de
algo que requiere, a su vez, una interpretación, sino lo que dice algo
en cada caso al presente respectivo como si se lo dijera expresa
mente a él» (WM. GW I, 295 s.).
6.1. El h o m b r e , t r a d u c t o r d e m e n s a je s
6 .2 . Q u e e l s e r c r e c e c o n l a s in t e r p r e t a c io n e s
13 El ensayo en que se inscribe este pasaje tiene un título que vale muy bien
— en su valor m edial y «traductor»— para designar la entera empresa gadameriana:
Zwischen P hänom enologie und D ialektik - Versuch einer Selbstkritik. Por lo de
más, está ubicado com o «Introducción» &H erm eneutik 11. W ahrheit und M ethode.
Ergänzungen, Mohr, Tubinga, 1986, G W II, 19s. (es m ía la cursiva).
G ADAM ER: LA FILO SO FÌA COM O ESCUELA. 113
6.3. Cu a n d o l a l e c t ur a n o d a m á s d e sí
loro danno le interpretazioni, allora esse sono prive di vera identità e determinatezza
e non possono costituire una stabile misura per l ’interprete» (p. 15). M e parece que
para responder a tan «tremenda» objeción basta con remitir a este intérprete a la
teoría de los «clásicos» en Gadamer. El problem a— el dilem a, com o vam os a ver
inmediatamente— es mucho m ás grave q u e el indicado por e se «lam ento» por la
identidad y la presencia perdidas y halladas en el templo... de Habermas.
GADAM ER: LA FILOSOFÍA COMO ESCUELA... 115
y a los pueblos que las componen? Así que ahora pueden ustedes
advertir cómo «suena» de modo diverso (no íbamos a ser menos
que Gadamer) esta interpretación de su teoría de la interpretación, a
saber: que unos pocos escogidos habrán de ser entonces los que in
diquen a los demás «traductores» del montón, a la gente corriente
alfabetizada, la pauta a seguir y los modelos a imitar. A sí que de
nuevo surge aquí la inquietante sombra de Platón y de Nietzsche
sobre los «pastores», el «rebaño» y la buena «crianza» de éste.
Con lo cual parece que Gadamer — dicho sea con todos los respe
tos— ya no da más de sí, y que hemos de acudir a quien, en efecto,
se ha hecho también parecidas preguntas — aunque por caminos
muy distintos a los que hemos ido siguiendo ustedes y yo hasta
ahora— : Peter Sloterdijk. Con él empecé — ¡hace ya tanto tiem
po!— y con él concluiré estas apresuradas reflexiones sobre la
descendencia de Heidegger y sus concepciones del ser-humano.
III
SLOTERDIJK O A LA LIBERTAD
POR LA TECNOLOGÍA
[117]
118 EN TORNO AL H UM ANISM O
6 E s sabido, por lo demás, que e l propio Heidegger fue más allá del ser, al de
sembocar su pensamiento en el Ereignis. Y , significativam ente, el congreso de El-
mau en el que tom ó parte Sloterdijk se llamaba: Jenseits d e s Seins. Exodus fro m
Being. P hilosophie nach H eidegger.
7 I. Kant, Idee zu einer allgem einen Geschichte... (7.a T esis), en W erke, de
Gruyter, Berlín, 1968, VIII, 23.
8 Sloterdijk no lo dice así de crudamente, claro. Y no só lo eso: co m o verem os,
él cree que, tendencialmente, el hombre — en un futuro próxim o— no necesitará ya
de amos (de ahí el caveat adelantado por mí, y que he resaltado en cursiva). En todo
caso, yo he construido la frase invirtiendo el fam oso eslogan (estas cosas hay que
decirlas en inglés, aunque el texto de referencia sea alemán) del últim o hom bre
nietzscheano: «¡N ingún pastor, sino un solo rebaño! Todo el mundo quiere lo
mism o, cada uno es igual que el otro: quien siente de otro m odo, se va voluntaria-
SLOTERDIJK O A L A LIBERTAD POR L A TECNOLOGÍA 121
3 .1 . D o m e s t ic a n d o a l a f ie r a
3 .2 . Q u e d e spu és d e l a g u e r r a y a n o m e r e c e l a pen a
E S CRIBIR CART AS
17 U n a denominación que se antoja ya tan añeja com o e l film que reflejaba crí
tica y a la vez poéticam ente esa sociedad: M etrópolis, de Fritz Lang.
SLOTERDIJK O A L A LIBERTAD POR LA TECNOLOG íA I2 9
5 .1 . L a a n t r o p o t é c n ic a , c u e s t ió n d e b u e n a c r ia n z a
5- 2. ¿ Q u ié n v a a m a n d a r , y e n n o m b r e d e q u ié n ,
SI LOS HOMBRE S SE QUE DAN SOLOS ?
w artu n g («cuidado y vigilancia del rebaño») y el térm ino griego agelaiokom ikén
(276e). Pues en el primer caso, tanto en alemán com o en español se remite inequí
voca y exclusivam ente a animales. En cambio, en griego a gelatos significa, según
el D ictionn aire G rec-F rançais de C. Alexandre (Hachette, París, 1878, p. 8): «qui
vit en troupeau ou par troupes», y se puede aplicar perfectamente a hombres o a co
sas, en el sentido de «com mun, trivial, vil». Es más, com o sustantivo designa al:
«hom m e du commun; sim ple soldat». Por eso y o he vertido, de forma más neutra,
«tropel». En cambio, es correcto traducir zóon por lebendige Wesen («seres v i
vientes»), ya que el término g riego abarca todo aquello que posee vida, desd e el
dios y la ciudad hasta el más ínfim o animal.
27 Adviértase el estrechísim o parentesco entre P flege y Pflicht: «el deber».
Kant intentará introyectar el «cuidado», y más: el respeto que todo hombre m erece
a cada hombre (en cuanto representante de la humanidad), a través de la ley moral.
El «orden celestial», pre-terrestre, es sustituido así por el «orden moral», que en
Kant — recuérdese la función d el sentim iento de lo sublim e com o pródromo de la
ética— es m ás bien post-terrestre, o sea: cosm opolita, propio de la rcpitblicii noii-
menon.
134 E N TO RNO AL H UM ANISM O
m a n g a s . Por lo dem ás, creo que es obvio que Sloterdijk ha elegido a sabiendas y
cuidadosamente tan agresiva term inología para remover un poco las aguas intelec
tuales alemanas, estancadas por la calma chicha de la ética discursiva y de sus pia
dosas alusiones a la «com unidad libre de dom inio» y al consensus.
136 EN TO RNO A L H UM ANISM O
6 .1 . Pr im a c ía d e l a t é c n ic a
6 .2 . C u a n d o l o s h o mb r e s se q u e d a n s in c a s a
cita «nostalgia» (H eim weh) y que debe ser restaurada por la filosofía en Novalis, o
com o una carga o fatalidad de la que no podem os ya paradójicamente escapar en
Sartre, consiste efectivam ente en tomar por un hecho (o por algo hacedero) lo
que sería una condición humana, demasiado humana del pensar y del obrar, a saber:
que el mundo es o debe lleg a r a se r la casa d el hombre.
34 Rainer Maria R ilke, D uineser Elegien. D ie Erste E legie, v. 68 (en D uineser
Elegien. D ie Sonette an Orpheus, M anesse, Zurich, 19918, p. 10).
35 El excelente escritor que es Sloterdijk utiliza aquí de manera sugerente e l tér
mino liaison: nuestro «ligue», lo cual deja insinuar una «relación íntima» pero no
oficial ni natural, non sancta.
SLOTERDIJK O A LA LIBERTAD POR L A TECNOLOGÍA 141
38 Por cierto, otro párrafo que Sloterdijk se ha «saltado», esta vez sin señalar la
falta con puntos suspensivos.
SLOTERDIJK O A LA L IB E R T A D POR LA TECNOLOGÍA 145
6.3. La t é c n ic a : e l se r d e v e r d a d , l a v e r d a d de l se r
39 N o hace falta insistir en las conexiones entre cien cia y técnica; pero sí debo
señalar, por mi parte, que la filosofía es la reflexividad de la técnica (en el sentido
lato en que em pleo el término) en cuanto anámnesis y anagnórisis de los procesos
históricos de construcción del (sentido del) mundo; y el arte es a la v ez florón y re
niego de la técnica, pues que saca a la luz la in dispon ibilidad de la raíz de la técni
ca: la «tierra», en lugar de «emplazar» a ésta y «ponerla a disposición» com o na
turaleza (así es com o se tom a usualmente el término «técnica»: com o factor de
transformación de la naturaleza en provecho del hombre). Sobre las relaciones
entre arte y técnica m e permito remitir a mi ya cit. A rte p ú b lico y espacio p olítico.
40 Filosofía d e la técnica d e la naturaleza se publicó en 1986 (Tecnos, Madrid),
pero su redacción se rem onta al invierno de 1983, en Erlangen. Cf. espec. § 4: «La
técnica com o matriz», pp. 24-31.
41 Ibidem , pp. 2 7 y 26.
146 EN TORNO A L H UM ANISM O
empleada por H egel [la Ciencia d e la lógica, F.D.], el primero que arroja luz sobre
ese nombre, al entenderlo com o propio de ese pensar que sondea y fundamenta
[e.d.: que pone las bases ónticas y lógicas, respectivam ente] por doquier al ente en
cuanto tal [y] en total a partir del ser, entendido éste com o fundamento (ló g o s). La
característica fundamental de la m etafísica se llam a onto-teo-lógica» (Identidad y
diferencia. Id en tität und D ifferenz, ed. de A. Leyte, Anthropos, Barcelona, 1988,
pp. 128-129; trad. m odif.). M ás extraño aún es el hecho de que Sloterdijk, al final
del m ism o párrafo, interprete en cambio la Irre desde una ortodoxa concepción hei-
deggeriana, a saber, com o la «huella histórico-universal del programa platónico-
aristotélico (dicho del m odo más general, del programa m etafísico de cultura su
perior) de dominar la totalidad del ente por m edio de la bivalencia» (M ensch-Ng,
p. 217). Extraño, digo, porque con este aserto, y aunque sea de manera indirecta, es
taría acusando al propio H eidegger (pues que éste, según él, sigue «parcialmente
preso» de la bivalencia) de ¡fomentar la errancia y pretender un dominio total! Por
lo demás, Sloterdijk no aporta texto alguno com o B eleg, ni menciona siquiera algún
tema o punto en H eidegger que nos ayude a comprender por qué este pensador si
gue «parcialm ente preso» de aquello que él «de(con)struyó» im placablem ente
(salvo la «sospecha de que la teoría de la errancia... surge de una descripción falsa»
— p. 216— , cuando, com o hemos visto en nota 46— según todas las apariencias es
más bien Sloterdijk el que ofrece una interpretación incorrecta de esa «teoría»).
Pues precisam ente en H eidegger el ser no es, ni ex iste (sólo lo ente es o existe), y
hasta es discutible que pueda decirse: Es g ib t Sein, «se da ser». Es más, por la casi
insalvable dificultad de tener que ejercitar un pensar postm etafísico en un lengua
je acuñado por la m etafísica, el ser m ism o será sondeado y ahondado — ya desde
mediados de los años treinta— hasta dejar ver en su fondo el Ereignis. Lo m ism o se
diga de la «lógica» y su form alización (bivalente o polivalente) del lenguaje, y de
sus consecuencias para el pensar. V er al respecto Ü berlieferte Sprache und T ech
nische Sprache (de 1962), Erker, St. Gallen, 1989. Por lo dem ás, H eidegger dictó
varios cursos con el título Logik o con términos alusivos a la lógica (en Marburgo,
W S 1925/1926: G A 21, y SS 1928: G A 26; en Friburgo, SS 1934: G A 38, W S
1937/1938: G A 45, SS 1941: G A 51, y SS 1944: G A 55); y se habría quedado s e
guramente entre asombrado y divertido si alguien le hubiera acusado por entonces
de estar sujeto (sans le savoir?) a una lógica bivalente (V/F), regida por el principio
del tercio excluso, porque él ha insistido en que a toda verdad le es íntimamente co-
pertinente la U nw ahrheit (algo que no es lo mismo que la falsedad, al igual que la
errancia n o e s sin más u n error); y h a señalado también que 1a falsedad oculta y a la
vez re-vela algo más profundo que ella: lo pseü dos rem ite al «caso» (F all) y a la
«caída» (Verfall); com párese c o n el latín falsum , d e fa llo r. Para el pensador, esa
más honda «falsedad» com pete a la propia ex-posición de aléthcia (el. el curso WS
1942/1943: P arm enides, G A 54). Sobre la posición «lógica» de I le id e r e r , lo m e
jor sigue siendo a m i ver enfrentarse a un ensayo que para Lacan — por ejemplo—
tendría una importancia decisiva a la hora de separarse definitivamente de las pío
longaciones psicológicas de la m etafísica. M e refiero, claro está, al célebre i'nsayo
L o g o s ,de 1951 (en Vorträge..., pp. 199-221; trad. pp. 179-199; su origen eslii n u il
curso SS 1944: Logik. H eraklits Lehre vom L ogos, ahora publicado com o si-p-uniki
152 EN TORNO A L H UM ANISM O
6.5. «H a y » in f o r m a c ió n / «H a y » g e ne s
58 Repárese en que ese «recogim iento» (Sam m lung: norm alm ente, « c o le c
ción») no tiene que ver con el de la dominación metafísica, com o señala Sloterdijk,
o sea con la colección de objetos, convertidos en bienes o propiedades en las que y
por las que se reconoce a sí m ism o un sujeto com o dueño de esas cosas, exigiendo
a los demás sujetos que respeten sus posesiones. En el límite, todo sujeto querría ser
el único coleccionista: un «recolector total» (All-Sam m ler). M ensch-N g., p. 222.
162 E N TORNO A L H UM ANISM O
entiende por tal cada quisque, e l ego homuncio terenciano). Falta por pensar el sen
tido de la donación del ser a lo ente com o técnica, la cual — com o dice, sin embar
go, agudamente el propio Sloterdijk, remitiendo a Nietzsche— hace del hombre una
K om positionschance, una oportunidad para componer las fuerzas que en cada caso
lo traspasan (bioquímicas, sociopolíticas, culturales, etc.); com o diría tam bién D e-
leuze, lo que llam am os hombre es la historia de una serie de estrategias de en
cuentros azarosos.
61 Identidad y diferencia. Identität und Differenz, ed. de A. Leyte, pp. 114-115
(trad. m odif.).
166 EN TORNO A L H UM ANISM O
Según esto, el hom bre es aquel ser capaz de oír la voz del ami
go, la voz del «ser-técnica»62, modulada históricamente, y de trans
formar esas señales «acústicas» y «visuales» en signos susceptibles
de radiodifusión y televisión: en signos e impulsos eléctricos y
electrónicos63. Por ello, bien podemos aprovechar una metáfora
6.7. Al é x it o (p o l ít ic o ) po r l a pr á c t ic a (b io t e c n o l ó g ic a )
genérica y genética e s la pertenencia a una etnia, estirpe, lengua, etc. Y sólo a través
de esas perten en cias específicas se «escucha» y se «obedece» — siempre de mane
ra m odulada, situada— a la «llamada» general a ser hombre. D e este modo, según
creo, se evitan los extrem os del determ inism o y de las cosm ovisiones estancas,
discontinuas e incom patibles entre sí.
168 E N TORNO A L H UM ANISM O
6 .8 . La so m br a d e Or t e g a : l a t é c n ic a , u n l ujo a su a l c a n c e
6.9. A lo té c n ic a v e r sus h o m e o té c n ic a
6.10. Qu e e l h o r iz o n t e d e l a l ib e r a c ió n e s b ie n b o r r o s o
[1 8 3 ]
BIBLIOGRAFIA .
184
operable, en la revista Sileno, 11 [monográfico dedicado a Heidegger]. Madrid,
2 0 0 2 .)
* * *