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HISTORIA E HISTORIOGRAFIA
O Blog Historia e historiografia tem a finalidade de manter os leitores informados dos temas referentes à historia e a
historiografia.
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07/04/2019 HISTORIA E HISTORIOGRAFIA: ESCOLA MÉTODICA
A objetividade em História.
Etapas do método:
Crítica interna:
Crítica interna ou veracidade dos testemunhos –duas etapas:
Etapa final
Etapa final
Dente algumas das escolas historiográficas estão a Escola Metódica e a Escola dos
Annales. As duas, de certo modo, foram antagonistas ao utilizar documentos e
métodos distintos para analisar e escrever história.
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A Escola Metódica francesa surgiu em um período onde as ciências humanas jaziam
passando por um colapso, onde elas não poderiam ser testadas empiricamente.
Leopold Von Ranke foi quem que ajudou a difundir os ideais da escola metódica. Nela
passa-se aos estudos com base nas análises documentos oficiais, já que possuíam um
caráter empírico muito forte e tinha uma estrutura diplomática militar muito forte e
tinham uma estrutura diplomática e militar, assegurando assim sua validade cientifica.
Assim o historiador deveria retirar do documento toda sua veracidade sem argumentar
os fatos ou se posicionar contra ao que encontrava, pois assim ele mergulharia o
documento em torno de uma camada de subjetividade. A responsabilidade do
historiador era pegar as informações do documento e relatar numa ordem cronológica,
então a história iria obter a mesma característica que as ciências naturais possuem a
objetividade. Acredibilidade da escola metódica teve um declínio após a primeira
guerra mundial, a percepção de que a ciência levava o homem ao desenvolvimento
sofreu um forte impacto após verem a capacidade destrutiva que a ciência havia
criado. Com a confiabilidade perdida pela escola metódica, outra forma de
historiografia surge para derrubar os ideais metódicos, essa nova forma de se escrever
história é conhecida como escola dos Annales.
A Escola dos Annales surgiu com a criação da Revista dos Annales em janeiro de em
janeiro de 1929, que coincidiu com a quebra da bolça de valores de Wall Street que
ocorreu em outubro do mesmo ano, colaborando como sucesso da revista. Criada por
Marc Bloch e Lucien Febvre, a revista tem como tema a história e econômica e social
da época e nasce num momento onde a economia torna-se o aspecto da sociedade
dos anos 20 e 30.
O movimento dos Annales, em sua primeira geração, contou com dois líderes: Lucien
Febvre, um especialista no século XVI, e o medievalista Marc Bloch. Passaram a dar
uma importância e a valorizar as mentalidades, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo
e a psicologia social, e tornaram fundamentais esses elementos para
melhorentendimento das modificações vivenciadas pelos homens e seu meio.
Em sua segunda geração está Fernand Braudel que assume o lugar de Febvre na
Revista dos Analles e tornou-se o mais importante historiador francês e o mais
poderoso também ao reunir jovens como Jacques Le Goff, com o intuito de renovar a
escola dos Annales. As bolsas de estudo concedidas a jovens historiadores
estrangeiros, como os poloneses, para estudar em Paris ajudaram a difundir no exterior
o novo estilo francês, de fazer história. E é com Braudel que surge a história
quantitativa onde se estudava tendo como base os números, as quantidades.
O que temos em comum nessas duas gerações é o estudo da sociedade sem passar
pela nação, com a anulação da identidade nacional como firma organizadora do
discurso histórico. Para fugir do estudo das nações estuda-se os fenômenos em seus
mínimos detalhes como, por exemplo, os fenômenos religiosos, sexuais e de troca-
comércio. Como fonte a serem usadas no estudo, usava-se qualquer coisa, qualquer
conjunto de fontes que ajudem no estudo das sociedades. Isso é feito pois deixa-se de
ser estudado fontes documentais pertencente ao Estado, para evitar estudos que
gerassem oufizessem apologia ao sentimento de nação. A Europa havia acabado de
passar por épocas onde o nazismo e o fascismo se fizeram presentes gerando grande
influencia populacional, tudo isspo por meio da perpetuação do sentimento de
pertencer a uma nação, e através querer submeter uma nação a outra. É como se os
historiadores da revista dos Annales quisessem a apagar todos os desastres causados
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pelo forte sentimento nacionalista. Então, à partir disso, é estudado a ação humana
“sem envolver países”. O estado de dependência para com o Nono Mundo revitalizou a
mensagem universal dos europeus e mudam a direção também do discurso do
historiador, no sentido de separar o euro centrismo, no sentido de levar em
consideração os destinos no plural e as civilizações múltiplas.
Tanto quando a Escola Metódica, quando a Escola dos Annales, apesar de possuem
modos diferentes de se pensar e escrever história, veem o estudo da história como
ciência que tem como principal objeto de estudo o passado. Cada uma tem sua
importância para a compreensão na evolução do ato de se construir história e surgiram
da necessidade de criar novas formas de pensamento de acordo com cada escola
historiográfica.
TEXTO 04:
A ESCOLA METÓDICA,
DITA “POSITIVISTA”
JOSÉ CARLOS REIS
§ Questões histórico-sociais
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alemã, será iluminista, positivista e
evolucionista;
- o papel central do povo-nação e dos homens à frente do Estado;
- a evolução como um caminho sem volta, progressivo, linear, irreversível, mas que
pode ser entendido e controlado
(ordem e progresso);
- por que o tempo seguiria essa premissa, rumando progressivamente para uma
sociedademoral, igual e fraterna;
- portanto, sobrevive, apesar do apego e do apelo científico e objetivo, uma profunda
filosofia da história baseada numa
determinação prévia que empurrava a humanidade, se não para um estado de Espírito
Absoluto, como sustentava Hegel,
mas para uma sociedade global positiva e progressista, conseguida pela manutenção
da ordem e da harmonia da jornada
humana, jornada cuja história contribuiria como registro dos passos da jornada
humana.
§ O método
- os dois principais veículos para a escola histórica científica francesa foram a Révue
Historique e o manual de método
histórico Introduction aux études historiques, de Charles Langlois (1863-1929) e
Charles Seignobos (1854-1942)
- objetivo geral do manual:
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§ história positiva e não positivista – positivismo comteano como termo guarda-chuva
para
“historicizante”, “metódico”, “cientificista”.
§ O que seria esse apego ao “positivo”, incluindo os remanescentes desse tipo de
historiografia do XIX
a) tem como “modelo de conhecimento objetivo” as ciências naturais;
b) o ideal de conhecimento verdadeiro é o objetivo, a extração do fato “em si”,
guardado no documento;
c) rigor na crítica contextual como herança para toda a historiografia.
§ A ciência histórica do século XIX conseguiu a distância sonhada da filosofia da
história?
- na aparência, sim. Mas o rigor do método, o objetivismo sonhado das ciências
naturais e a evasão do eu,
apenas mascaravam tendências políticas e projetos para a sociedade.
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