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NORMAS DE ELABORAÇÃO DE TESES DE MESTRADO

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2 authors:

Luís Antero Reto Francisco Guilherme Nunes


ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa
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NORMAS DE ELABORAÇÃO DE TESES DE MESTRADO
Luís Reto e Francisco Nunes

ISCTE, Dezembro de 2001

Ref.ª: 02–03

21.07.2003

INDEG/ISCTE
Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Empresarial
Av. Prof. Aníbal de Bettencourt – Camp o Grande – 1600-189 Lisboa
Tel: 21 782 6100 Fax: 21 793 8709 E -mail: indeg@indeg.iscte.pt Website: www.indeg.org
ÍNDICE

Introdução 2

1. Problemas e Estratégias de Investigação 2

1.1. Do Problema à Estratégia de Investigação 3

1.2. Principais Métodos de Investigação 4

2. As Fases de um Projecto de Investigação 7

2.1. Do Tema ao Problema 7

2.2. A Estabilização do Quadro Conceptual 10

2.3. Definição da Estratégia de Investigação 11

2.4. Realização dos Trabalhos de Campo 13

2.5. Análise de Dados e Apresentação de Resultados 13

2.6. Discussão, Conclusões e Recomendações 14

3. Normas para Apresentação do Relatório Final da Tese 14

3.1. Formato 15

Bibliografia 22

1
NORMAS DE ELABORAÇÃO DE TESES DE MESTRADO

Luís Reto e Francisco Nunes

Introdução

O presente texto tem como único objectivo fornecer aos alunos dos mestrados de gestão os
parâmetros metodológicos e normativos mínimos para conduzirem os trabalhos de
elaboração e apresentação da sua dissertação. Este texto não dispensa, porém, a consulta
e a leitura de bibliografia especializada sobre questões metodológicas. Assim, este
documento assume-se apenas como um guia orientador para o desenvolvimento do projecto
de pesquisa e como um instrumento de autoavaliação em cada fase do projecto de tese.
O texto estrutura -se em três componentes fundamentais. A primeira focaliza -se na
necessidade de iniciar a pesquisa pela discussão de um problema e passa em revista os
principais métodos e técnicas de investigação actualmente à disposição dos que se dedicam
ao trabalho científico. Na segunda parte, enumeram-se as fases a percorrer aquando da
realização de uma investigação. A terceira parte ocupa-se das normas existentes no ISCTE
com vista à apresentação do relatório final da dissertação.
Em cada uma destas componentes apresentam-se as noções fundamentais a observar e
sugere-se um conjunto de questões a responder com vista a aferir a qualidade do trabalho
produzido. Trata-se de desafiar os mestrandos a ir redigindo, em cada fase, documentos
provisórios com um formato idêntico ao que assumirão quando constituírem os capítulos
definitivos da tese.

1. Problemas e Estratégias de Investigação

1.1. Do Problema à Estratégia de Investigação


Qualquer problema de investigação deverá ser enquadrado numa determinada estratégia de
pesquisa. A opção por uma dada estratégia obriga-nos a levar a cabo um trabalho
sistemático que distingue o pensamento científico do senso comum, respeitando, desta
forma, os critérios básicos de validade dos projectos de pesquisa. Ademais, só uma
estratégia sistemática permite a réplica dos estudos por outros investigadores e noutros
contextos.
Por outro lado, os projectos de pesquisa são configurados de modo a resolver problemas
específicos. Os problemas de investigação são questões que colocamos à partida e que
traduzem falhas ou imperfeições no conhecimento existente num dado domínio e que nos
propomos solucionar ou, pelo menos, reequacionar.

2
Se classificarmos as estratégias de pesquisa quanto ao tipo de problema a resolver,
podemos afirmar que estas estratégias praticamente se reduzem aos seguintes métodos:
experimental, causal-comparativo, associativo ou correlacional, descritivo, compreensivo e
histórico. A cada um destes métodos corresponde um modo específico de formular
problemas de investigação, bem como certas particularidades de recolha e tratamento de
informação, como adiante se verá.
Na maioria dos projectos de pesquisa, a formulação do problema é seguida de uma
resposta plausível. Esta resposta antecipada ao problema é aquilo a que chamamos
hipótese . Neste sentido, a hipótese nunca deverá ser colocada em termos interrogativos,
mas afirmativos. Também em boa parte dos casos, a estratégia de pesquisa assume uma
lógica dedutiva, ou seja, utilizamos a teoria para prever os factos e estes são utilizados para
testar hipóteses. Mas a lógica indutiva é também possível, ou seja, utilizarmos factos para
construir teorias consistentes com esses mesmos factos. Hoje em dia, na maioria dos
domínios das ciências de gestão, existe já teoria suficiente para fundamentar a dedução de
hipóteses, pelo que não se pode reduzir este campo científico a um mero conjunto de
práticas.
No entanto, quando a evidência teórica é pouco robusta, a pesquisa assume-se como mais
exploratória e as hipóteses dão lugar a objectivos de investigação a atingir. Estes
objectivos devem ser expressos de forma clara e mensurável. Se não possuírem estas
características, não estamos a fala r de objectivos de investigação, mas de desejos ou de
expectativas.

1.2. Principais Métodos de Investigação

Os métodos que descreveremos, sinteticamente, nas próximas páginas, correspondem a


grandes modelos de equacionar os problemas de investigação e, muitas vezes, não são
aplicáveis no seu “estado mais puro”. Há estudos que, pela sua complexidade, exigem a
utilização de mais do que uma perspectiva, sendo, contudo, de frisar que normalmente
existe um método dominante. Vejamos, então, cada uma das principais estratégias ou
métodos de pesquisa.
Experimentais. São investigações que procuram testar a existência de nexos causais entre
variáveis independentes (causas) e dependentes (efeitos). O princípio fundamental é o da
comparação entre grupos, sendo que um deles (o experimental) foi submetido à variação da
causa e o outro não (o grupo de controlo). O teste de uma relação deste tipo implica que se
encontrem reunidas três condições fundamentais: a antecedência temporal (as causas
devem sempre preceder os efeitos), a co-variação (à variação numa causa deve
corresponder uma variação no efeito) e a ausência de explicações alternativas. As

3
necessidades de garantir estas três condições levam a que os estudos experimentais sejam,
quase sempre, levados a cabo em contextos artificiais (laboratório). No caso das
investigações no terreno, na maioria das situações, não é possível garantir todas as
condições que permitam atribuir a variação no(s) efeitos apenas à(s) causa(s) em estudo,
pelo que se fala de desenhos quasi-experimentais.
Causais comparativos. São investigações que exigem também a formulação de um
modelo onde se procura analisar a relação de causalidade entre variáveis, à semelhança do
que foi descrito para os experimentais. Se bem que se trate de comparação de grupos, o
facto de não se (poder ou querer) manipular a causa, acarreta a impossibilidade de testar
com rigor a existência de relações causais.
Correlacionais. Estas investigações procuram analisar se, e em que medida, duas ou mais
variáveis variam conjuntamente. A designação de método correlacional advém do facto de o
teste desta eventual covariação ser efectuado, na maioria dos casos, com recurso a
coeficientes de correlação. São investigações que exigem também a formulação de um
modelo, à semelhança do que foi descrito para as estratégias experimentais. Tal como o
método causal-comparativo, a diferença essencial reside na impossibilidade de retirar
inferências causais, mas apenas associativas.
Descritivas. São investigações que têm por objectivo central caracterizar o estado actual de
um determinado objecto de investigação. Podem utilizar-se hipóteses ou não, dependendo
da robustez da evidência empírica ou teórica que se possui sobre o fenómeno.
Compreensivas. Estas estratégias visam compreender um determinado objecto de estudo
em profundidade, procurando analisar a sua dinâmica própria. São investigações complexas
e têm, na gestão, um terreno de aplicação privilegiado. Procuram estudar um fenómeno no
interior de um determinado contexto cujas fronteiras entre subunidades, ou mesmo com o
exterior, são de difícil definição.
Históricas. São investigações que procuram descrever as variações que um fenómeno teve
ao longo de um determinado período de tempo, encontrar explicações para essas mesmas
variações e, em alguns casos, efectuar previsões. Baseiam-se em factos passados, embora
possam existir ainda fontes de informação primárias (actores vivos).

Para uma síntese das principais estratégias de investigação, veja -se o quadro seguinte:

4
Menor PROBLEMAS-TIPO MÉTODO DOMINANTE Mais
Complexidade possibilidade de
(menos testar hipóteses
variáveis)

• Testar ou inferir • Experimental e quasi–


relações de experimental, causal
causalidade comparativo,
• Estabelecer • Correlacional
associações
• Descrever a realidade • Descritivo
• Compreender a
realidade em relação • Histórico
ao passado
• Compreender a
realidade presente • Compreensivo
contextualizada

Maior Menor
Complexidade capacidade de
(mais variáveis) deduzir
hipóteses. Mais
objectivos de
investigação

5
Do ponto de vista terminológico, convém ainda clarificar alguns conceitos aqui utilizados,
uma vez que se regista uma enorme variação das expressões utilizadas nas várias obras
que versam sobre questões metodológicas. Assim, utilizamos a palavra método ou
estratégia de investigação apenas para referir os grandes tipos de pesquisa atrás descritos.
O conceito de técnicas de recolha de informação é claramente distinto do enunciado no
ponto anterior, não fazendo, por isso, qualquer sentido por exemplo falar "do método do
questionário" ou utilizar expressões semelhantes relativas a outras técnicas de recolha de
informação.
As técnicas de recolha de informação são subsequentes à definição do método e devem ser
ajustadas ao modo como a informação se apresenta disponível e ao re spectivo nível de
medida. Em princípio, qualquer técnica de recolha de dados pode ser utilizada, como
principal ou secundária, no quadro de qualquer um dos métodos anteriormente
apresentados.
No campo da gestão, as técnicas de recolha de informação mais frequentes são as
seguintes: questionário, entrevista, recolha documental e observação. Algumas destas
técnicas fundamentais apresentam versões já estabelecidas ou padronizadas e mesmo
publicadas em obras de referência dos respectivos domínios científicos.
Finalmente, há que decidir sobre as técnicas de análise de dados mais ajustadas ao teste
das hipóteses ou à verificação dos objectivos. Aqui, o importante é levar em consideração o
método de partida, o nível de medida das variáveis utilizadas e a quantidade de variáveis a
relacionar num mesmo tratamento, tendo em conta a dimensão das amostras.

2. As Fases de um Projecto de Investigação

2.1. Do Tema ao Problema


Uma tese, ou dissertação, pode ser comparada a um funil. Começamos com uma temática
bastante abrangente e encetamos um esforço de delimitação progressiva do nosso campo
de análise, de modo a podermos testar as nossas hipóteses ou atingir os objectivos de
investigação que formulámos no início do trabalho. A disposição gráfica seguinte ajuda-nos
a co mpreender o processo global da realização de uma tese. Esta será objecto de descrição
mais pormenorizada nos parágrafos subsequentes.

6
QUADRO CONCEPTUAL
Escolha da área/tema
Formulação geral do problema de investigação
Enunciação dos objectivos ou formulação de hipóteses

QUADRO OPERATÓRIO
Escolha da estratégia geral de verificação
Escolha das técnicas de recolha da informação
Escolha das técnicas de tratamento da informação

TRABALHO DE CAMPO

ANÁLISE DE DADOS

DISCUSSÃO

CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES

Este processo global da investigação implica percorrer diferentes etapas, de natureza


distinta. Na primeira, desenvolve -se um processo interactivo entre as questões gerais de
investigação, inicialmente colocadas pelo próprio investigador, e o estado da arte no
domínio temático em estudo. Na prática, esta fase consiste na conciliação dos nossos
interesses pessoais, tanto teóricos como práticos, com o desenvolvimento científico
acumulado na área de conhecimento em que nos situamos, ou seja, há a necessidade de
confrontar as nossas interrogações gerais de investigação com o estado do conhecimento já
produzido nesse campo.
Frequentemente, esta é uma fase de grande incerteza, de permanentes reformulações dos
objectivos da tese, mas que corresponde a um enriquecimento da perspectiva de partida a
qual, se bem sucedida, se traduz numa formulação inovadora do problema de investigação.
O resultado desta primeira fase é a definição de um problema de investigação e da
respectiva estratégia de pesquisa. O grau de consistência teórica do campo em estudo, bem
como da respectiva evidência empírica, determina a possibilidade de se deduzirem
hipóteses ou, em alternativa, de se estabelecerem objectivos de investigação.

7
Usualmente esta é a fase mais difícil de qualquer tese e onde se regista maior probabilidade
de abandono, principalmente nos casos em que não existem linhas de investigação em
curso, bem delimitadas e orientadas pelas universidades, as quais poupam ao investigador
o esforço de ser criativo na formulação do problema. A integração de uma tese de mestrado
num projecto de investigação mais vasto se, por um lado, propicia mais eficácia (acabar
mais depressa e ter maior número de teses terminadas), por outro lado priva o investigador
da actividade criativa e do treino necessário que possibilite a aquisição de competências
para investigar autonomamente no futuro.
Neste contexto, as pistas que podemos fornecer para a procura de problemas de
investigação são seguintes:
• aquando da revisão de literatura, pode procurar-se identificar incoerências, contradições,
saltos, falhas num mesmo autor ou entre vário s autores;
• proceder ao teste de hipóteses deduzidas de teorias alternativas sobre o mesmo domínio;
• replicar, para o contexto nacional, investigações pertinentes levadas a cabo noutros
países, com os devidos ajustamentos;
• as teses e artigos científicos contêm, frequentemente, sugestões para investigações
futuras;
• animar ou participar em discussões sobre temas relacionados com o âmbito da tese com
especialistas, professores ou colegas;
• problematizar a prática profissional pessoal, tentando enquadrá-la em teorias existentes
nesse domínio.
Uma vez efectuado este primeiro trabalho, passe à escrita, sem se preocupar se está ou
não a redigir um texto definitivo. Depois de escrever a sua primeira versão, verifique se é
possível responder afirmativamente às questões seguintes:
• O problema está apresentado de uma forma clara que permite a sua fácil interpretação?
• É possível obter-se uma resposta para o problema através da recolha e análise dos
dados, isto é, podemos dizer que com ele se pode desenvolver uma investigação?
• O problema está contextualizado, ou seja, é possível situá-lo no campo da ciência?
• Foi mostrada e discutida a importância do problema para a temática em questão?
• Foi possível, para este problema, identificar as variáveis que o podem operacionalizar e
determinar as relações específicas entre elas?
Se respondeu afirmativamente a estas questões, o trabalho sobre o problema que efectuou
permite-lhe aprofundar a revisão de literatura.

8
2.2. A Estabilização do Quadro Conceptual

O aprofundamento da primeira fase exige a realização de uma revisão de literatura


abrangente que possibilite, não só enquadrar o nosso problema no seio do estado do
conhecimento nesse campo, como também identificar as variáveis mais relevantes, as
relações mais importante entre elas, e o modo como costumam ser operacionalizadas.
A revisão de literatura, que, no relatório final da tese constitui a primeira parte, é a
materialização das contribuições dos autores mais relevantes e actuais para o campo de
conhecimento em análise. No fim desta actividade, o aluno deverá encontrar-se totalmente à
vontade na respectiva área de conhecimento.
A pesquisa de literatura e a revisão teórica variam em extensão e profundidade de acordo
com o tipo de estudo que se está a efectuar. Para a concretizaçã o desta revisão de literatura
é importante que o investigador consiga elaborar uma grelha de análise, que permita
mostrar um fio condutor da investigação e que conduza à materialização de uma estrutura
de referência.
É ainda essencial fundamentar todas as afirmações pela consistência lógica dos
argumentos apresentados, fazendo, sempre que necessário, referências precisas aos
autores proponentes. Espera-se, deste modo, que esta revisão de literatura apresente uma
argumentação sustentada, isto é, que exista uma explanação clara e consistente das ideias,
podendo -se recorrer a exemplos e citações que possam sustentar as ideias-chave.
A revisão de literatura, aquando da sua redacção final, deverá desembocar na
fundamentação do problema de investigação e na sustentação das hipóteses a testar ou
objectivos a atingir na fase empírica.
É de realçar nesta fase, que a revisão de literatura efectuada, no âmbito de uma tese de
mestrado, não pode ficar-se pelas generalidades, sendo exigida a consulta das obras
fundamentais dos autores de referência na área, seja sob a forma de livro, seja a informação
presente nas revistas da especialidade.
Após a primeira redacção da revisão de literatura, deve sujeitar o seu texto ao seguinte
interrogatório para aferir da qualidade do mesmo:
• A revisão de literatura efectuada foi suficientemente abrangente para cobrir e explicar
todo o fenómeno?
• As referências citadas são relevantes para o problema em questão?
• As fontes consultadas são sobretudo primárias e apenas marginalmente secundárias?
• As referências foram analisadas criticamente e os resultados dos vários estudos
analisados receberam do investigador alguma incorporação, não se limitando a fazer uma
sequência de resumos?

9
• A revisão de literatura obedece a uma estrutura criada pelo investigador, com uma
sequência lógica, que se inicia no geral e se encaminha para o particular?
• A revisão de literatura termina com um breve resumo onde se podem evidenciar as suas
implicações para o problema de investigação, identificado nas interrogações iniciais?
• Se possuir hipóteses, estas estão justificadas pela revisão de literatura efectuada,
servindo como resposta para a questão de partida?
• Cada hipótese contém uma relação ou diferença esperada entre variáveis? Se
necessário, as variáveis estão definidas operacionalmente?
• Finalmente, as hipóteses são testáveis?
Se respondeu afirmativamente a estas questões, está em condições de começar a planear a
sua investigação, a definir o método de investigação que vai utilizar, os instrumentos de
recolha de dados, o universo e a amostra necessária para o projecto.

2.3. Definição da Estratégia de Investigação

Se o seu texto resistiu à bateria de questões anteriores, há fortes probabilidades de


conceber uma estratégia de investigação adequada ao seu problema. Esta consiste em
determinar como, na prática, vai testar as suas hipóteses ou atingir os objectivos a que se
propôs.
Esta fase da investigação, uma vez que o investigador tem uma ideia muito clara do que
pretende atingir, define que métodos de trabalho utilizar, quer para a recolha dos dados,
quer para a sua análise. É uma fase de planeamento, pelo que importa avaliar a
exequibilidade do projecto, face ao tempo, aos recursos disponíveis e à acessibilidade da
informação. Trata-se de um confronto entre a tese ideal e a tese possível.
Uma boa fonte de inspiração para esta fase é a releitura dos estudos empíricos já visitados
aquando da revisão de literatura, dado que, na sua maioria, constituem projectos de
pesquisa bem sucedidos.
É nesta fase que devem ainda ser identificados ou construídos os instrumentos de recolha
de dados a utilizar e as características essenciais das amostras pertinentes para o problema
de investigação formulado.
No caso particular das técnicas de recolha de dados, é aconselhável recorrer, sempre que
possível, a instrumentos padronizados em anteriores investigações, desde que os mesmos
satisfaçam os critérios normais de validade e que permitam medir as variáveis relevantes
para a nossa investigação. No entanto, a adequação ao campo de estudo exige,
normalmente, a realização de um estudo exploratório que possibilite um melhor domínio dos
instrumentos em causa.

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Deve, no entanto, salientar-se que é possível levar a cabo boas investigações sem a
necessidade de se proceder à recolha de dados primários, pelo que não deve excluir-se, à
partida, a possibilidade de trabalhar apenas com dados secundários. Actualmente existe
uma enorme profusão de informação já registada, a qual pode ser utilizada para fins
científicos. Neste caso, o que importa é averiguar em que medida esta informação se
adequa aos objectivos da pesquisa e se tem a credibilidade necessária.
Deve ter já nesta fase uma ideia muito clara de como os dados recolhidos deverão ser
tratados e quais as técnicas de análise de dados a utilizar. Como já mencionado, a escolha
destas técnicas depende, em boa parte, da estratégia de pesquisa seguida, mas também do
nível de medida das variáveis e das amostras em causa.
Tal como já fez para a formulação do problema e para a revisão de literatura, passe a
escrito a definição da sua estratégia de investigação. Em seguida, submeta o seu texto a
mais um interrogatório.

Instrumentos de recolha de dados


• Tem no seu quadro teórico justificação para os instrumentos de recolha de dados, bem
como das medidas que pretende utilizar? Eles vão responder aos seus objectivos de
investigação ou às hipóteses?
• O instrumento ou as medidas traduzem as variáveis que é suposto medirem?
• O instrumento ou as medidas estão adequados à amostra que vai ser utilizada na
investigação?
• O instrumento foi avaliado em termos da sua validade e os respectivos coeficientes estão
dentro dos parâmetros aceitáveis?
• O instrumento foi avaliado em termos de fidelidade e os respectivos coeficientes
encontram-se dentro dos parâmetros aceitáveis?
• Descreveu os procedimentos de codificação, aplicação e interpretação dos instrumentos?

Sujeitos
• Descreveu o universo que pretende estudar, indicando as suas principais características
e as variáveis de estratificação (se for o caso)?
• A amostra seleccionada tem os critérios da sua constituição bem definidos?
• Se a amostra é representativa estão definidos os seus níveis de representatividade? Está
definida a sua dimensão?

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Procedimentos
• O plano de investigação é adequado ao teste das hipóteses ou à consecução dos
objectivos?
• Descreveu os procedimentos para levar a efeito a investigação de forma a minimizar os
erros e a poder descrever o trabalho a efectuar com o detalhe suficiente para que ele
possa ser replicado por outro investigador?
• Se efectuou uma investigação exploratória prévia, ou um estudo piloto, tem a sua
influência nesta investigação perfeitamente clarificada?
• Descreveu os procedimentos de controlo para minimizar os erros de recolha e de
informatização dos dados?
A resposta afirmativa a estas questões permite validar a qualidade da concepção da sua
estratégia de investigação, pelo que estará em condições de proceder ao trabalho de
campo. Não se esqueça de confrontar a sua avaliação com a perspectiva do seu orientador
de tese.

2.4. Realização dos Trabalhos de Campo

A recolha de dados deve obedecer a cuidados especiais de modo a minimizarem-se os


erros e enviesamentos e a garantir que ela é fiável. As fontes de enviesamento são
múltiplas, dependendo a sua natureza e importância do método em uso numa investigação
específica, pelo que, uma vez escolhida a sua estratégia de investigação, é aconselhável
aprofundar os riscos mais usuais do respectivo método.
Para além destas especificidades, deve ter em atenção que, para uma tese de mestrado, o
tempo disponível para a recolha de informação é reduzido, pelo que a informação deve ser
recolhida num intervalo de tempo relativamente curto. Deve ainda informar as pessoas que
são objecto de recolha de informação que os dados são confidenciais e que a sua
divulgação será sempre anónima e os dados tratados de forma agregada. Deve também dar
conhecimento sobre o âmbito e a instituição na qual a investigação se desenvolve.
A informação deve, preferencialmente, ser recolhida pelo próprio mestrando. É melhor
dispormos de amostras mais reduzidas e garantirmos, pessoalmente, a qualidade dos
dados, do que possuirmos grandes amostras cuja qualidade seja duvidosa.

2.5. Análise de Dados e Apresentação de Resultados

Todo o trabalho de análise de dados deverá estar configurado no sentido de proceder ao


teste das hipóteses ou à verificação da consecução dos objectivos.

12
A apresentação dos resultados da investigação deve, sempre que possível, assumir a forma
de tabelas ou de gráficos que possibilitem uma leitura imediata e fácil, se m esquecer que,
no texto, não podem existir tabelas ou gráficos sem serem comentados.
Se se tratar de dados quantitativos, não se deve dispensar a apresentação das estatísticas
descritivas, mesmo se o método aponta para outros tipos de análises próprias a esse
mesmo método. Caso se trate de análise qualitativa, deve ficar claro qual é o procedimento
analítico utilizado.
Nesta fase da análise dos dados e da apresentação dos resultados, existem também
algumas questões a que deve responder para saber se o seu trabalho respeita os critérios
de aceitação mais comuns. As principais questões a responder são as seguintes:
• Os resultados estão apresentados através das estatísticas ou outras técnicas de análise
mais adequadas?
• O nível de significância, face ao qual os resultados dos testes foram avaliados, foi
especificado antes da análise dos dados?
• Se utilizou testes paramétricos demonstrou que evitou violar os pressupostos relativos a
cada um?
• Os testes de significância são os adequados às suas hipóteses e ao seu plano de
investigação?
• Todas as hipóteses que formulou foram testadas?
• Os testes de significância foram interpretados usando os graus de liberdade mais
adequados?
• Os resultados estão apresentados de forma clara, sem duplicações e fáceis de ler e de
interpretar?
• Os quadros e as figuras estão bem organizados e são fáceis de compreender? Cada um
está adequadamente numerado, com a sua designação e devidamente referenciado no
texto contendo o respectivo comentário?

2.6. Discussão, Conclusões e Recomendações

Esta última fase da tese deve demonstrar, de forma clara, a coerência global da
investigação, isto é, se as hipóteses foram ou não verificadas ou os objectivos alcançados.
Esta é a altura de proceder a uma discussão dos resultados encontrados por referência ao
quadro conceptual inicial e à experiência adquirida no desenrolar do trabalho empírico.
Esta componente do trabalho é a que incorpora mais contribuições pessoais do
investigador, sendo ele quem assume a total responsabilidade das inferências
apresentadas. De igual modo, importa neste capítulo proceder a uma avaliação crítica das

13
limitações da investigação efectuada, tendo em conta a aprendizagem que esta
proporcionou.
É usual realizar a discussão dos resultados em torno de eixos, tais como: a possibilidade de
o método escolhido e as técnicas de recolha de dados poderem afectar os resultados
produzidos; a confirmação ou refutação da teorias de suporte, das hipóteses de partida e
dos objectivos enunciados, bem como a apresentação de explicações alternativas; o
confronto dos resultados com outros já publicados; e existirem eventuais implicações para
consumidores, empresas, entidades governamentais; etc.
O alcance das conclusões e eventuais recomendações dependerá do tipo de investigação
levada a cabo. Assim, deve equacionar-se a possibilidade e pertinência da formulação de
cada conclusão, bem como a relevância das recomendações de carácter aplicado e as
sugestões para futuras investigações.
Tal como temos vindo a sugerir nos capítulos precedentes, podemos agora submeter uma
primeira versão da discussão a um conjunto de questões de verificação. Uma vez mais,
importa responder afirmativamente a cada uma delas:
• Cada resultado é discutido no quadro da hipótese com a qual está relacionado?
• Cada resultado é discutido quanto ao seu acordo ou desacordo face aos resultados
obtidos por outros investigadores ou outros estudos?
• As generalizações efectuadas são suportadas pelos resultados?
• Os efeitos possíveis de variáveis não controladas são discutidos?
• Discutem-se as implicações teóricas e práticas dos resultados?
• São feitas recomendações sobre acções futuras?
• As sugestões de acção futura estão baseadas no significado prático ou apenas na
significância estatística, ou seja, o autor evita a confusão entre significância prática e
estatística?
• São efectuadas recomendações sobre investigação futura?

3. Normas para Apresentação do Relatório Final da Tese

3.1. Formato

O formato do relatório da tese deve obedecer aos seguintes critérios:

Capa
A capa deve conter o título da investigação, o nome do autor, o nome do orientador, o nome
da instituição que a patrocina e a data de entrega. O papel deve ser A4 e de cor branca. O

14
texto deve estar centrado e enquadrado numa página A4, com a ordem representada na
figura da página seguinte.

Texto

Resumo
O texto da tese inicia-se com este ponto, o qual consiste num resumo da investigação, onde,
em cerca de 300 palavras, se apresentam, de forma sucinta, os objectivos do estudo, a
metodologia, os principais resultados e as conclusões obtidas. Não deve ultrapassar uma
folha A4.

Índices
Devem ser listadas todas as secções da investigação, com a respectiva indicação das
páginas. Deve ainda ser realizado um índice de tabelas e outro de figuras. Os anexos
devem ter uma numeração própria e integrar um volume autónomo, se muito volumosos.

Nota: a dimensão aconselhável da tese deverá situar-se entre as 80 e 120 páginas, sem
anexos.

15
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA

Designação do curso de Mestrado

Título da Disserta ção

Nome do Autor

Nome do Orientador

Data de Entrega

16
Agradecimentos
Quando se justificarem agradecimentos, devido à colaboração prestada ao investigador, os
mesmos deverão ser incluídos antes da introdução e não ultrapassar meia página.

Introdução
A introdução inicia a descrição da investigação e deve dar uma ideia global do trabalho que
foi realizado. É a apresentação do problema em pesquisa, a sua pertinência e justificação.
Deve permitir ao leitor ficar com uma perspectiva rápida, mas precisa, do âmbito da tese.
Esta introdução não deve conter sub-capítulos. A sua extensão não deve ultrapassar as
cinco páginas.

Capítulo um: Enquadramento Teórico


O enquadramento teórico destina-se a fazer o ponto de situação do conhecimento existente
no campo teórico no qual se situa a investigação. Este enquadramento deve sustentar os
objectivos de investigação ou as hipóteses a testar.
O quadro teórico deve estar devidamente justificado e conter as respectivas referências
bibliográficas. Este capítulo pode ser subdividido em várias áreas temáticas, de acordo com
as diferentes orientações que a questão de partida determinar. Se existirem hipóteses, estas
devem ir emergindo à medida que o quadro teórico as for justificando e não em conjunto, no
final do capítulo.
Importa sublinhar que a redacção de uma revisão de literatura não é um mero somatório de
fichas de leitura ou de resumos de livros ou artigos. Esta deve demonstrar um trabalho de
organização da informação teórica e empírica recolhida e evidenciar que foi apropriada pelo
aluno. Uma boa revisão de literatura deverá acrescentar sempre algo ao já publicado.
O texto deverá ser redigido no presente do indicativo e mostrar que é um documento da
autoria do aluno. Tal significa deixar claro quando um parágra fo pertence a outro autor.
Neste contexto, as estratégias mais usuais consistem em parafrasear ou citar os autores
consultados. Estas duas situações podem surgir, no texto da dissertação, das seguintes
formas:
Parafrasear (possibilidade 1)
De acordo com Yeung, Brochank e Ulrich (1991), as práticas de gestão de recursos
humanos e a cultura organizacional encontram-se intimamente ligadas. Na sua perspectiva,
a cultura organizacional constrange as práticas de gestão de recursos humanos, sendo que
estas últimas deverão levar em consideração as características da primeira, sob pena de se
tornarem ineficazes.

Parafrasear (possibilidade 2)

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As práticas de gestão de recursos humanos e a cultura organizacional encontram-se
intimamente ligadas. A cultura organizacional constrange as práticas de gestão de recursos
humanos, sendo que estas últimas deverão levar em consideração as características da
primeira, sob pena de se tornarem ineficazes (Yeung, Brochank e Ulrich, 1991).

Citar (possibilidade 1)
As instituições entram em declínio quando perdem a sua fonte de legitimidade. Aconteceu à
monarquia, à religião organizada e ao Estado. E acontecerá às empresas, a não ser que os
gestores dêem a mesma prioridade à tarefa colectiva de reconstrução da credibilidade e
legitimidade das suas instituições que consagram à tarefa individual de melhoria do
desempenho económico da empresa (Ghoshal, Bartlett e Moran, 2000, p. 28).

Citar (possibilidade 2)
Como argumentam Ghoshal, Bartlett e Moran (2000), as instituições entram em declínio
quando perdem a sua fonte de legitimidade. Aconteceu à monarquia, à religião organizada e
ao Estado. E acontecerá às empresas, a não ser que os gestores dêem a mesma prioridade
à tarefa colectiva de reconstrução da credibilidade e legitimidade das suas instituições que
consagram à tarefa individual de melhoria do desempenho económico da empresa (p. 28).

Capítulo dois: Método


Este capítulo deve proporcionar uma descrição detalhada sobre o modo como a
investigação foi realizada, permitindo a sua réplica p or outros, sem haver a necessidade de
consultar o autor. Este capítulo é redigido no pretérito perfeito e deve conter as seguintes
alíneas:
Sujeitos. Deve estar indicado o universo dos sujeitos em questão, bem como o processo de
definição da amostra que fo i utilizada e a sua caracterização nas variáveis pertinentes para
a sua dimensão e estratificação. Se for uma amostra representativa, deve indicar o seu grau
de representatividade e como se minimizaram os erros de amostragem.
Instrumento . Esta alínea deve conter a descrição dos instrumentos de recolha de dados
que foram utilizados e a respectiva justificação. Há que indicar, sempre que possível, o grau
de fiabilidade e validade dos instrumentos.
Procedimentos. Devem ser apresentados os procedimentos utilizados para recolher os
dados, bem como os constrangimentos e dificuldades encontrados, com especial destaque
para os que possam ter impacto nos resultados. Importa indicar a data e os locais em que
os dados foram recolhidos.
Análise dos Dados. Devem ser indicadas as técnicas, estatísticas ou outras, que foram
utilizadas para tratar os dados.

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Capítulo três: Resultados
Neste capítulo devem ser apresentados os resultados obtidos, utilizando-se um estilo de
escrita meramente descritiva, sem proceder à interpretação dos resultados. Com vista a
ilustrar os resultados, deve recorrer-se a tabelas e figuras, as quais deverão ser numeradas
e conter o respectivo título. Cada tabela e figura, sem excepção, terão de ser alvo de
comentário descritivo no texto. A sequência de apresentação dos resultados deve respeitar
a enumeração das hipóteses ou dos objectivos.
Os resultados que não são relevantes para a interpretação da investigação devem ser
remetidos para anexo. Os anexos poderão ainda conter as transcrições dos dados obtidos
de forma qualitativa.

Capítulo quatro: Discussão, Conclusões e Recomendações


Este capítulo tem uma configuração totalmente distinta da que foi recomendada para o
precedente. De facto, é aqui que se procede à interpretação dos resultados, à análise da
medida em que o problema inicial foi solucionado, à discussão da verificação das hipóteses
ou da consecução dos objectivos, ao confronto com as teorias revistas e apresentadas no
quadro teórico, à enumeração das eventuais limitações e, caso tal seja viável e pertinente, à
realização de recomendações de carácter prático e sugestões de investigação futura.

Referências Bibliográficas
Neste ponto devem ser colocadas todas as obras consultadas e que são referenciadas no
texto. Se uma obra não foi referenciada no texto, não deve constar nas referências
bibliográficas. Estas obras devem estar ordenadas de forma alfanumérica pelo apelido do
primeiro ou único autor e respectiva data de publicação. Os exemplos seguintes apresentam
as situações mais correntes.

Artigo de revista – um só autor:


Cohan, P. (2000). Como a Irlanda se transformou numa economia “high-tech”. Revista
Portuguesa de Gestão, 3 (1), 6-9.

Artigo de revista – mais do que um autor:


Ghoshal, S., Bartlett, C. e Moran, P. (2000). Um novo manifesto para a gestão. Revista
Portuguesa de Gestão, 3 (1), 18-29.

Livro – um só autor:
Drucker, P. (1997). As organizações sem fins lucrativos. Lisboa: Difusão Cultural.

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Livro – mais do que um autor:
Gay, L. and Diehl, P. (1992). Research methods for business and management. New York:
Maxwell Macmilan.

Capítulo de livro colectivo:


Nunes, F. e Vala. J. (2000). Cultura organizacional e gestão de recursos humanos. In A.
Caetano e J. Vala (Eds), Gestão de recursos humanos: Contextos, processos e técnicas.
Lisboa: RH Editora.

Ficheiro da Internet:
Bonnin, G. (1998). L’observation des comportements au point de vente: Vers une étude de la
valorisation de la visite au magasin. Disponível em http://ungaro.u-bourgogne.
fr/pagelatec/DOCUMENT/GESTION/DocTravail98.html.

Anexos
Os anexos devem conter um exemplar dos instrumentos de recolha de dados que foram
utilizados, bem como as normas usadas para a sua aplicação, sempre que estas existirem.
Sempre que se considerar que podem complementar a informação no capítulo dos
resultados e ou sua verificação, os quadros das análises de dados devem estar sempre
referenciados no texto para que o leitor os possa encontrar com facilidade. É aconselhável
fazer dois volumes, um de texto e outro de anexos.

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Bibliografia

Obras gerais s obre métodos/estratégias de pesquisa


Cassel, C. and Symon, G. (1994). Qualitative Methods in organizational research. London:
Sage.
Dunette, M and Hough, L. (1991) (Eds). Handbook of industrial and organizational
psychology, Second edition, Vol 1. Palo Alto: Consulting Psychologists Press, Inc.
Gay, L. and Diehl, P. (1992). Research methods for business and management. New York:
Maxwell.
Jankowicz, A. (1992). Business research projects for students. London: Chapman & Hall.
Reto, L. e Nunes, F. (1999). Métodos como estratégia de pesquisa: problemas tipo numa
investigação. Revista Portuguesa de Gestão, 1, 21-32.
Yin, R. (1989). Case study research: design and methods. London: Sage.

Obras sobre técnicas de recolha de dados


Foddy, W. (1996). Como perguntar: Teoria e prática da construção de perguntas em
entrevistas e questionários. Oeiras: Celta.
Blanchet, A. (1985). L’entretien dans les sciences sociales. Paris: Dunod.
Edwards, J. and Thomas, M. (1993). The organizational survey process: General steps and
practical considerations. American Behavioral Scientist, 36, 4, 419 -442.
Weick, K. (1985). Systematic observational methods. In G. Lindzey and E. Aronson (Eds.),
The Handbook of social psychology. New York: Random House.

Obras sobre técnicas de análise de dados


Pestana, M. e Gageiro, J. (2000). Análise de dados para ciências sociais: A
complementaridade do SPSS. Lisboa: Sílabo.
Tacq, J. (1997). Multivariate analysis techniques in social science research: From problem
to analysis. London: Sage.
Miles, M. and Huberman, A. (1994). Qualitative data analysis: A sourcebook of new
methods. London: Sage.

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