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Distinção entre as Organizações civis e as Organizações da Sociedade Civil de

Interesse Público

Para que sejam traçadas as diferenças entre as Organizações


Sociais e a s Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público é necessário
compreender o objetivo de suas constituições.

A O.S. visam assumir certas atividades que são desempenhadas


pelo Poder Público, mas que não são de sua exclusiva competência e desempenho e
substituem algum departamento da Administração Pública que passa a ser mera
fiscalizadora de sua execução, ao passo que a O.S.C.I.P. toma para si certos serviços
sociais e retira do poder público tal responsabilidade, abrindo caminho para que estas
atividades, antes prestadas por certos órgãos públicos estejam sob a égide de um regime
de Direito Privado muito mais descomplicado que as rígidas diretrizes do direito público,
em regime de fomento à inciativa privada de interesse comum.

Como dita a lei 9.790/99, a O.S.C.I.P., diferente da O.S., não é


meramente constituída, mas sim qualificada, ou seja, é conferido tal status a uma entidade
já existente, o que não implica dizer que há transferência ou delegação de serviço público,
já que a mesma não possui fim lucrativo, o que ocorrem, em verdade, é o mero
recebimento de incentivos por parte do Poder Público, consolidando verdadeiras
parcerias.

Serviços Sociais Autônomos

Não se encontra melhor definição doutrinária para S.S.A. como


aquela do magistério de Hely Lopes Meirelles: “Serviços sociais autônomos são todos
aqueles instituídos por lei, com personalidade de direito privado, para ministrar
assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins
lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentarias ou por contribuições
parafiscais”.

De fato, elas não compõem a administração direta e nem a indireta


e são conhecidas como ‘entidades do sistema S’ (SENAI, SESI, CNI, SENAC, SESC,
CNC, SEBRAE, CEBRAE, SENAR, CNA, SESCOOP, OCB, SEST, SENAT e CNT),
que não prestam serviços públicos, mas atividades privadas de interesse público. Assim,
sua principal forma de manteneção é a contribuição parafiscal que consiste no
aproveitamento dos tributos que seriam cobrados para que ela subsistisse, e, por tal razão,
está sob a égide de um regime jurídico misto, submetendo-se ao controle do Poder
Legislativo e a auxiliado pelo Tribunal de Contas.

Entidades paraestatais

Ainda que hajam ventilações doutrinária do que venha a ser uma


entidade paraestatal devido a carência de definição legal em nosso ordenamento jurídico,
conclui-se, na prática, de que consistem em espécie de serviço social autônomo, voltado
para fins filantrópicos, que compõe o chamado Terceiro Setor1, que caminha ‘ao lado do
Estado’2, como entidades privadas que colaboram com a execução de atividades de
interesse público.

Entidade de apoio

São pessoas jurídicas de direito privado que se prestam a apoiar


instituições de ensino superior, destinadas a colaborar com o ensino e a pesquisa3. Tais
entes são constituídas mormente à servidores públicos com seus próprios recursos e
assumem forma de fundações na forma do artigo 66 e seguintes do Código Civil, ou
associações (CC, art. 53 e ss.) e cooperativas (CC, art. 1.093 e ss.), atuando geralmente
em comissões no mesmo sentido da entidade publica a qual está vinculada e atendendo
as exigências da lei 8.112/90.

1
Vale notar que o dito “Primeiro Setor” é composto pelo Poder Público e o “Segundo Setor”, pela
iniciativa privada.
2
i.e. Paraestatal.
3
P.ex. FUVEST e FIPE.

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