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Ninguém pode negar o conflito como parte fundamental do fenômeno político. Só existe política porque
existem diferenças, discordâncias, visões de mundo que se distanciam, ideologias, lutas por direitos, por hegemonia.
Isso quer dizer que no cerne do fenômeno político está a democracia como um desejo de participação que implica as
tenções próprias à diferença que busca um lugar no contexto social. [...]
Esse texto não tem por finalidade tratar da importância do conflito ou da crítica, mas analisar um fenômeno
que surgiu, e se potencializou, na era das redes sociais: a “militância de tribunal”. Essa prática é apresentada como
manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de proferir julgamentos, todos de natureza condenatória,
contra seus adiversários e, muitas vezes, em desfavor dos próprios parceiros de projeto político. São típicos
julgamentos de excessão, nos quais a figura do acusador e do julgador se confundem, não existe uma acusação bem
delimitada, nem a oportunidade do acusado se defender. Nesses julgamentos, que muito revela do “militante de
tribunal”, os eventuais erros do “acusado”, por um lado, são potencializados, sem qualquer compromisso com a
facticidade; por outro, perdem importância para a hipótese previamente formulada pelo acusador-julgador, a partir
de preconceitos, perversões, ressentimentos, inveja e, sobretudo, ódio.
Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o “acusador-julgador” não se identifica e, por essa razão, nega
a possibilidade de dialogar e, o que tem se tornado cada vez mais frequente, o ódio relacionado ao próximo, aquele
que é, ou deveria ser, um aliado nas trincheiras políticas. Ódio que nasce daquilo que Freud chamou de “narcisismo
das pequenas diferenças”. Ódio ao semelhante, aquele que admiramos, do qual somos “parceiros”, ao qual,
contudo, dedicamos nosso ódio sempre que ele não faz exatamente aquilo que deveria – ou o que nós acreditamos
que deveria – fazer.
Exemplos não faltam. Pense-se na militante feminista que gasta mais tempo a “condenar” outras mulheres, a
julgar outros “feminismos”, do que no enfrentamento concreto à dominação masculina. A Internet está cheia de
exemplos de especialistas em julgamento e condenação. A caça por sucesso naquilo que imaginam ser o “clubinho
das feministas” (por muitas que se dizem feministas enquanto realizam o feminismo como uma mera moral) tem
algo da antiga caça às bruxas que regozija até hoje o machismo estrutural. Nunca se verá a “militante de tribunal
feminista” em atitude isenta elogiando a postura correta, mas sempre espetacularizando a postura “errada” daquela
que deseja condenar. Muitas constroem seus nomes virtuais, seu capital político, aquilo que imaginam ser um
verdadeiro protagonismo feminista, no meio dessas pequenas guerras e linchamentos virtuais nas quais se
consideram vencedoras pela gritaria. Há, infelizmente, feministas que se perdem, esvaziam o feminismo e servem de
espetáculo àqueles que adoram odiar o feminismo. [...] Apoio mesmo, concreto, às grandes lutas do feminismo, isso
não, pois não é tão fácil nem deve dar tanto prazer quanto a condenação no tribunal virtual montado em sua própria
casa. [...]
(Marcia Tiburi e Rubens Casara. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/01/odio-ao-semelhante-
-sobre-a-militancia-de-tribunal/Publicado dia: 10/01/2016. Adaptado.)
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Está(ão) de acordo com o texto apenas a(s) afirmativa(s)
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e III.
03. (CONSULPLAN/Estagiário-Direito/TJMG/2016) Sem que haja prejuízo aos sentidos do texto em relação ao trecho
destacado, a sugestão de substituição apresentada está correta em:
a) “Essa prática é apresentada como manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de proferir
julgamentos, todos de natureza condenatória, [...]” (2º§) – que conclamam o acusado
b) “Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o ‘acusador-julgador’ não se identifica e, por essa razão,
nega a possibilidade de dialogar [...]” (3º§) – contrapõe-se ao estabelecimento do diálogo
c) “[...] perdem importância para a hipótese previamente formulada pelo acusador-julgador, a partir de
preconceitos, perversões, ressentimentos, inveja e, sobretudo, ódio.” (2º§) – desfazem a hipótese
d) “Apoio mesmo, concreto, às grandes lutas do feminismo, isso não, pois não é tão fácil nem deve dar tanto
prazer quanto a condenação no tribunal virtual montado em sua própria casa.” (4º§) – à perseguição sofrida
pelo feminismo
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06. (CONSULPLAN/Estagiário-Direito/TJMG/2016) Em “[...] próprias à diferença que busca um lugar no contexto
social.” (1º§) é possível identificar o uso do sinal grave decorrente da união de dois segmentos sintáticos do
texto. O uso correto do sinal grave, indicador de crase, pode ser observado em:
a) Caminhamos até à praia todas as manhãs.
b) Durante o discurso não houve referência à vocês.
c) A alergia à algum medicamento pode trazer efeitos desastrosos.
d) Tornarei à frequentar o local quando estiver emocionalmente estruturado.
b)
c)
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d)
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12. (CONSULPLAN/Estagiário-Direito/TJMG/2016) A citação de textos autorizados, assim como de depoimentos,
constitui um recurso argumentativo empregado na comprovação da tese defendida no texto dissertativo-
argumentativo. Ao utilizar a citação de Freud: “narcisismo das pequenas diferenças” pode-se depreender que
ocorre:
a) Uma referência que se enquadra, de acordo com aspectos semelhantes, à situação em questão apresentada
no texto.
b) Uma demonstração de apoio dos autores em relação às atitudes e ideias de indivíduos referidos através de
tal citação.
c) Uma contra-argumentação em relação às ideias defendidas no texto, através da qual a tese será ainda mais
reforçada.
d) Desenvolvimento de ideias contrárias às apresentadas no texto e confirmação da existência de ideias
discriminatórias provenientes do autor de tal citação.
[...]
Entrevistador – Como você vê o papel do escritor em um país como o Brasil?
*João Antônio – Para mim, o escritor, enquanto escreve, é exclusivamente um escritor – operário da palavra
queimando olhos e criando corcunda sobre o papel e a máquina. Pronto o livro, o autor brasileiro não deve fugir à
realidade de que é um vendedor, como um vendedor de cebolas ou batatas. Mas com uma diferença, é claro: no
Brasil o livro não é considerado como produto de primeira necessidade, como os cereais. Também por isso, há de se
sair a campo e de se divulgar o que se sabe fazer. Efetivamente, é mais do que um camelô de sua área: conversa
sobre a obra, mas o ideal é que ouça muito o seu parceiro, o leitor. Que jamais se estabeleça um clima formal,
doutoral, beletrístico, mas de debate, discussão, questionamento, amizade. Se o escritor se enclausura numa torre,
se atende apenas à onda geral da feira de vaidades que é a chamada vida literária, jamais poderá sentir a realidade
de seu público.
(ANTÔNIO, João. Malagueta, Perus e Bacanaço. São Paulo: Ática, 1998. Fragmento.)
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Professor: Augusto Vieira
Disciplina: Direito Constitucional
Assunto: Exercícios
01. (2015/CONSULPLAN/TJ-MG/Titular de Serviços de Notas e de Registros) Quanto aos fundamentos, objetivos e
princípios da República Federativa do Brasil, é INCORRETO afirmar:
a) Não constitui como fundamento da República Federativa o pluralismo político.
b) Garantir o desenvolvimento nacional é objetivo fundamental da República Federativa.
c) A República Federativa rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade.
d) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
05. (2012/FUMARC/TJ-MG/Técnico Judiciário) Pode-se afirmar que, dentre as proposições abaixo, apenas uma delas
não integra o rol dos objetivos fundamentais da República Federativa do brasil.
Assinale-a:
a) a erradicação da pobreza e da marginalização e, assim, a redução das desigualdades sociais e regionais.
b) igualdade entre os Estados.
c) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
d) estabelecer a garantia do desenvolvimento nacional.
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06. (2010/FUNDEP/TJ-MG/Oficial de Apoio Judicial) Quanto aos princípios fundamentais da República Federativa do
Brasil, é INCORRETO afirmar que
a) se constitui em Estado Democrático de Direito.
b) é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
c) o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si.
d) todo poder emana do povo que o exerce somente de forma direta nos termos da lei.
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MONITORIA
Direito
Constitucional
TJMG –exercícios
AULA:01
PROFESSOR(A):Augusto Vieira
MONITOR (A):MÚRIA HONORATO
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SUMÁRIO
AULA 01
Resoluções dos Exercícios 01 a 10
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Princípios fundamentais Fundamentos: art. 1º ( o que somos )
Comentários:
d) Atenção: a República Federativa do Brasil não buscará a integração militar dos povos da
América Latina. Lembre-se também de que a integração não é de toda a América, mas apenas
da América Latina. Não estão incluídos, portanto, o Canadá e os Estados Unidos da América.
Comentários:
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a) É objetivo.
Comentários:
Comentários:
Comentários:
Comentários:
crime de responsabilidade SF
semi-direta
Plenitude de defesa
Soberania dos veredictos
Comentários:
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I
HC
M gratuitas
HD
F
MS
MI
I
M AP isenta
F
procedente
Poderá AP
custas judiciais
improcedente +
+ ônus sucumbência
condenação
má – fé
Comentários:
a) o princípio do contraditório está presente no Tribunal do Júri, mas não está previsto
explicitamente na Constituição.
Comentários:
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voto
eleito
alistamento
eleitoral
Comentários:
a) Habeas Data:
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MONITORIA
Português
TJMG- exercícios
completo
AULA: 01
PROFESSOR(A): Flávia Rita
MONITOR (A): Tatiana Rosales
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SUMÁRIO
AULA 01
ESTUDO DA BANCA CONSULPLAN
RESUMO DO TEXTO
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I- ESTUDO DA BANCA CONSULPLAN
a) TEXTO
b) GRAMÁTICA
Fonética:
Morfologia
Sintaxe
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Também são recorrentes questões de regência, crase e concordância.
c) REDAÇÃO OFICIAL
Pouco usual.
Democracia acusado
geral
ódio
próximo
admirar fizerem algo diferente
Muito teatro
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II.II – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES (1/15)
QUESTÃO 1
I- VERDADEIRA.
II- FALSA.
Segundo o texto, o acusado não tem direito de defesa, mas o acusador se manifesta e nega
ao acusado a possibilidade de defesa.
III- FALSA.
Segundo o texto, a militância não é mais importante que o tema que a fomenta. O debate
crítico é mais importante do que a militância.
RESPOSTA: LETRA A
QUESTÃO 2
a) FALSA.
b) FALSA.
c) VERDADEIRA.
d) FALSA.
RESPOSTA: LETRA C
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QUESTÃO 3
a) FALSA.
b) VERDADEIRA.
c) FALSA.
Dizer perdem importância para a hipótese não é o mesmo que desfazem a hipótese.
d) FALSA.
Dizer apoio às grandes lutas do feminismo não é o mesmo que apoio à perseguição sofrida
pelo feminismo.
RESPOSTA: LETRA B
QUESTÃO 4
a) FALSA.
existem diferenças
b) FALSA.
O sujeito do verbo distanciam é o pronome relativo que e a concordância é feita com visões.
c) VERDADEIRA.
d) FALSA.
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Visões se distanciam a concordância se faz com visões.
RESPOSTA: LETRA C
QUESTÃO 5
julgar
MT
acusado
ódio
geral próximo
admirar diferente
a) FALSA.
b) VERDADEIRA.
c) FALSA.
d) FALSA.
RESPOSTA: LETRA B
QUESTÃO 6
a) VERDADEIRA.
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Foi até a sala.
à sala.
Pede preposição a
Crase facultativa depois de até desde de que o termo regente peça a preposição.
b) FALSA.
plural
singular
c) FALSA. Impossíveis
Casos proibidos
a algum pronome indefinido
d) FALSA.
a frequentar verbo
RESPOSTA: LETRA A
Observação: Apesar de, na alternativa a, a regra ter sido aplicada de maneira errada, a
questão não foi anulada. Marcar a alternativa a porque é a que tem palavra feminina.
palavra feminina
QUESTÃO 7
a) VERDADEIRA.
_______________ : enumeração
b) FALSA.
complemento nominal
VTD o, conflito,
d) FALSA.
____, e se potencializou,
As vírgulas podem ser retiradas, pois foram colocadas para dar ênfase.
, , ________:___________________.
Aposto
RESPOSTA: LETRA A
QUESTÃO 8
a) Monólogo/carência.
b) Narcisismo.
RESPOSTA: LETRA B
QUESTÃO 9
a) FALSA.
Ódio não
Decepção sim
b) FALSA.
Revolta não
Ansiedade não
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c) VERDADEIRA.
d) FALSA.
Perplexo sim
Esgotado não
RESPOSTA: LETRA C
QUESTÃO 10
Narração – personagem
(superar)
b) FALSA.
c) VERDADEIRA.
OPINIÃO: Apresentação.
(história)
d) FALSA.
Narração – personagem
(rotina)
RESPOSTA: LETRA C
QUESTÃO 11
RESPOSTA: LETRA B
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QUESTÃO 12
a) VERDADEIRA.
RESPOSTA: LETRA A
QUESTÃO 13
RESPOSTA: LETRA A
QUESTÃO 14
a) VERDADEIRA.
b) VERDADEIRA.
c) FALSA.
d) VERDADEIRA.
RESPOSTA: LETRA C
QUESTÃO 15
a) FALSA.
b) FALSA.
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Aquilo que é devido.
c) VERDADEIRA.
finalidade
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