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INTRODUÇÃO

As aulas praticas são situações nas quais os estudantes podem planejar , executar, observar
e reconhecer as interações existentes entre os aspectos experimentais e teóricos da ciências.
O modelo tradicional de ensino é ainda amplamente utilizado por muitos educadores nas
nossas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Segundo Carraher (1986), tal modelo de
educação trata o conhecimento como um conjunto de informações que são simplesmente
passadas dos professores para os alunos, o que nem sempre resulta em aprendizado efetivo.
Os alunos fazem papel de ouvintes e, na maioria das vezes, os conhecimentos passados pelos
professores não são realmente absorvidos por eles, são apenas memorizados por um curto
período de tempo e, geralmente, esquecidos em poucas semanas ou poucos meses,
comprovando a não ocorrência de um verdadeiro aprendizado.
Um contingente significativo de especialistas em ensino das ciências propõe a substituição
do verbalismo das aulas expositivas, e da grande maioria dos livros didáticos, por atividades
experimentais (Fracalanza et al, 1986); embora outras estratégias de ensino possam adotar
idêntico tratamento do conteúdo e alcançar resultados semelhantes, assim como proposto por
Carraher (1986) no modelo cognitivo, no qual o ensino e a aprendizagem são vistos como
"convites" à exploração e descoberta e o "aprender a pensar" assume maior importância que o
simples "aprender informações".
Segundo Lima et al (1999), a experimentação inter-relaciona o aprendiz e os objetos
de seu conhecimento, a teoria e a prática, ou seja, une a interpretação do sujeito aos
fenômenos e processos naturais observados, pautados não apenas pelo conhecimento
científico já estabelecido, mas pelos saberes e hipóteses levantadas pelos estudantes, diante de
situações desafiadoras.
Diante desses aspectos, esse projeto presta-se a realização de técnicas de aulas
práticas, proporcionando uma distinção clara entre idéias e fatores observados em aulas
teóricas, ou seja, estabelecer a relação entre a ciência teórica e experimental. Aplicando uma
visão crítica e inovadora, visando a todo o momento contribuir positivamente para uma
melhoria na didática ministrada nas escolas, didática essa voltada em especial à disciplina de
Ciências, e biologia, ministradas no Ensino Médio do 1º ao 3º ano.
Nessa perspectiva, considerando à proposta da ementa da disciplina Prática de Ensino
III, do curso de Licenciatura em Biologia, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI.
OBJETIVOS

Geral
Contribuir por meio de aplicabilidade de atividades experimentais que incentivem o método
científico para os alunos de escolas publica do Ensino Médio no município de Parnaíba - PI.
Específicos
• Realizar um levantamento bibliográfico sobre o estudo dos métodos experimentais de
ensino de ciências para melhoria na qualidade do ensinar e aprender;
• Executar técnicas metodológicas no ensino de ciências-aula pratica para alunos e
professores como instrumento didático pedagógico para assimilação dos assuntos
estudados em ciências;
• Identificar o grau de envolvimento e aprendizado pelos alunos a partir da aplicação
das práticas experimentais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A educação sofre diversas transformações ao longo do dinamismo social, e


atualmente, na grande maioria das redes de ensino, de uma maneira geral se encontra falha no
que diz respeito às metodologias, recursos de ensino e estrutura do ambiente, de tal modo, há
uma necessidade de rever meios para melhorar a educação brasileira (GALIAZZI et al.,
2001).
Por conseguinte, o professor de Ciências enfrenta uma série de desafios para superar
limitações metodológicas e conceituais de formação em seu cotidiano escolar. Acompanhar as
descobertas científicas e tecnológicas e adequá-las a cada série no ensino é um desses desafios
e, portanto faz-se necessário a utilização de novas metodologias de ensino.
De acordo com Prigol e Giannotti (2008), para o aluno, na maior parte das vezes o
simples fato de estudar ciência numa abordagem escolar tradicional não o ajuda a constituir o
conjunto de competências e habilidades para elaborar conhecimentos novos. De outra parte, é
consenso que a experimentação é uma atividade fundamental no ensino de Ciências. Muito já
se tem escrito, estudado e pesquisado sobre a experimentação (GALIAZZI et al., 2001).
Ceccatto et al. (2003), afirma que há dois conceitos bem difundidos entre os
educadores de ciências de hoje: a valorização do uso de uma abordagem prática para o ensino
de conteúdos de ciências e biologia e a busca de uma prática de observação fora da sala de
aula são consideradas um ambiente e um universo absolutamente distanciado do mundo físico
real do aluno.
Segundo Hofstein & Lunetta (1982), a técnica Aula Prática propõe aos alunos,
despertar e manter o interesse; envolve-los em investigações; desenvolver a capacidade de
resolver problemas e habilidades, além da compreensão de conceitos básicos. Nos últimos
anos essa estratégia tem ganhado crescente importância, pois está relacionada com as
concepções que os alunos têm a respeito dos conceitos científicos (DRIVER, 1985) e na
construção do conhecimento.
A aula prática se caracteriza em um momento de aprendizagem em que o aluno
absorve o conteúdo vivenciando a ciência, possibilitando uma melhor compreensão e maior
período de armazenamento em sua memória, ou seja, a educação em ciências deve
proporcionar a todos os estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades que neles
despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis,
levando os alunos a desenvolverem posturas críticas, realizar julgamentos e tomar decisões
fundamentadas em critérios objetivos, baseados em conhecimentos compartilhados por uma
comunidade escolarizada (BIZZO, 1998; CECCATTO et al., 2003).
Sendo assim, a abordagem prática poderia ser considerada não só como ferramenta do
ensino de ciências na problematização dos conteúdos como também ser utilizada como um
fim em si só, enfatizando a necessidade de mudança de atitude para com a natureza e seus
recursos, pois, além de sua relevância disciplinar, possui profunda significância no âmbito
social (CECCATTO et al., 2003).

METAS

• Execução de três experimentos sobre assuntos em biologia;


• Envolvimento de todos os alunos do Ensino Médio turno noite;
• Aplicação de questionários;

MATERIAL E MÉTODOS

a) Caracterização da área de pesquisa

A pesquisa será realizada no município de Parnaíba, no Colégio Estadual Senador


Chagas Rodrigues, localizado na Rua Paulo Airton Gouveia Pacheco, Nº 435, Bairro
Rodoviária. A Escola funciona nos três turnos oferecendo Ensino Médio (manhã, tarde e
noite).

b) Sujeitos da pesquisa

Serão sujeitos da pesquisa os alunos do ensino médio de 1° ao 3º ano do turno da noite


da escola já mencionada.

c) Execução das atividades

Serão realizadas aulas práticas envolvendo assuntos referentes ao conteúdos


programáticos para o ensino médio na disciplina de Biologia. Com temáticas diversas
envolvendo assuntos estudados no ensino médio do 1º ao 3º ano, conforme apresentados a
seguir:

RESULTADOS ESPERADOS

• Realização de aulas práticas como forma de melhoria do ensino - aprendizagem;


• Estímulo para aplicação de técnicas de aula prática no cotidiano da Unidade Escolar;

AVALIAÇÃO

Os indicadores de avaliação a serem utilizados, contemplarão os seguintes aspectos:


− O nível de freqüência, número de participantes nas atividades;
− O grau de evolução do conhecimento dos alunos com relação aos conteúdos;
− A interação do Público - alvo com a equipe de trabalho;
− O índice de rejeição e aceitação das ações.
Para que sejam avaliados os aspectos supracitados, serão adotados os instrumentos da
observação e do registro de manifestações espontâneas relevantes durante os contatos formais
e informais (diário de campo), das atividades.
CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO

MESES
ATIVIDADES
AGOS SET
Levantamento Bibliográfico X
Elaboração do projeto X
Aplicação de questionários X
Observação em sala de aula X
Revisão do conteúdo estudado pelos alunos X
Aulas práticas/experimentos X

REFERENCIA
BIZZO, Nelio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ed. Ática, 1998.
CECCATTO, V. M.; SANTANA, J. R.; COSTA, C. H. C.; VASCONCELOS, A. L. S..
Importância da abordagem prática no ensino de biologia para formação de professores em
Limoeiro do Norte - CE. In: XVI EPENN - Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e
Nordeste, 2003, Aracaju – SE. Aracaju-SE: Editora UFS, 2003.
DRIVER, R. Children’s ideas in science. Milton Keynes, Open University Press, 1985.
FRACALANZA, H. et al. O Ensino de Ciências no 1º grau. São Paulo: Atual. 1986. p.124.
GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GONÇALVES, F.
P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo
de formação de professores de Ciências. Ciência e Educação (UNESP), v. 7, 2001.
HOFSTEIN, A. & LUNETTA, V. (1982). The role of the laboratory in science teaching:
neglected aspects of research. Review of Educational Research, 52(2).
LIMA, M.E.C.C.; JÚNIOR, O.G.A.; BRAGA, S.A.M. Aprender ciências – um mundo de
materiais. Belo Horizonte: Ed. UFMG. 1999. 78p.
PRIGOL, S.; GIANNOTTI, S. M.. A Importância da Utilização de Práticas no Processo
de Ensino-Aprendizagem de Ciências Naturais Enfocando a Morfologia da Flor. I
Simpósio Nacional de Educação e XX Semana de Pedagogia. 2008.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CAMPUS ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PRÁTICA DE ENSINO III
PROF. CLEIDIVAN
BLOCO VIII - 2011

VIVENCIANDO AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA NO COLEGIO ESTADUAL


SENADOR CHAGAS RODRIGUES, MUNICÍPIO DE PARNAÍBA – PI

ANTONIA CLAUDIA DOS SANTOS COSTA

ANTONIA PAULA ALMEIDA BARROS

MARIA DE FÁTIMA DOS SANTOS COSTA

PARNAÍBA-PI
SETEMBRO/2011

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