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ATIVIDADES

SOCIOEMOCIONAIS
PARA EDUCADORES

Tonia Casarin
ATIVIDADES
SOCIOEMOCIONAIS
PARA EDUCADORES
Tonia Casarin
Sumário

• Objetivo ...................................................................................................... 4

• Atividades .................................................................................................. 6

• Jornalista Curioso ................................................................................. 7

• Potinho da Calma ................................................................................. 8

• Controle Remoto .................................................................................. 9

• Calendário das Emoções ................................................................... 11

• Nuvem das Forças ................................................................................ 12

• Círculo de Controle .............................................................................. 13

• Conheça nosso trabalho .................................................................... 14

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Objetivo
O objetivo desse material é ajudar o professor a implementar ativida-
des práticas em sala de aula integradas com disciplina que ele leciona
de forma a desenvolver as habilidades socioemocionais de seus alunos.
O aprendizado socioemocional inclui aprender os valores, conheci-
mentos e competências que permitem que a criança se conheça me-
lhor, se relacione com os outros - crianças e adultos - e contribua de
maneira positiva para a família, a escola, e a comunidade onde vive.
Desenvolver competências socioemocionais na infância tem impacto
positivo na vida social, emocional, acadêmica e profissional do adulto,
como muitas pesquisas já mostraram. Conforme o The Collaborative
for Academic, Social and Emotional Learning (CASEL), a aprendizagem
de habilidades socioemocionais é uma das estratégias mais significati-
vas para promover o sucesso acadêmico e reformas escolares eficazes.
Pesquisas apontam que a aprendizagem socioemocional melhora os
resultados acadêmicos; reduz conflitos e ajuda os alunos a desenvol-
verem o autocontrole; melhora as relações entre a escola e a comuni-
dade; mantém o controle dentro da sala de aula; e ajuda os jovens a
serem mais saudáveis e bem-sucedidos tanto na escola quanto na vida.
Os estudos longitudinais estão entre as mais interessantes pes-
quisas sobre crianças que participam de programas de aprendi-
zagem socioemocional em escolas. Essas análises comprovam re-
sultados em todos os anos escolares, contextos sociais e tipos de
escolas. Os resultados mostram que 23% dos alunos apresentam
melhoria em habilidades socioemocionais; 9% mudam de atitude
frente à escola, família e outras pessoas de seu convívio; 9% me-
lhoram o comportamento social; e 11% apresentam melhoria em
testes acadêmicos. Esses benefícios são acompanhados pela re-
dução em 9% dos problemas de comportamento e 10%, em dis-
túrbios emocionais. Além disso, os pesquisadores identificaram a
redução de fatores de risco para a vida de uma criança, como a
violência, o abuso de substâncias químicas ou a reprovação escolar.

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Objetivo
Por mais que essa temática tenha ganhado notoriedade mais
recentemente, a discussão sobre a importância do desenvolvimento
das competências sociais e emocionais não é nova. Na década de
1990, o best-seller “Inteligência Emocional”, publicado em 1995, de
Daniel Goleman, já abordava esse conceito. Chamado de Inteligên-
cia Emocional e com dimensões sociais incluídas no conceito, o autor
tratava da importância dessas competências para o sucesso na vida.
No trabalho dele, o interesse pelo impacto das emoções é focado nas
áreas relacionadas ao âmbito profissional e às relações de trabalho.
Porém, esse conceito é anterior a sua popularidade. Edward L.
Thorndike , em 1920, usou o termo “inteligência social” para descrever
a capacidade de compreender e motivar os outros. Em 1940, David
Wechsler, um psicólogo americano, mais conhecido por seus testes de
inteligência, defendeu o papel e a influência dos fatores “não-intelec-
tuais” nos testes. Ele enfatizou que outros fatores além da capacidade
intelectual estão envolvidos em comportamentos considerados inte-
ligentes. Argumentou ainda que os testes de inteligência não estariam
completos até que pudesse descrever adequadamente esses fatores.
Em 1990, a Unesco promoveu a primeira “Conferência Mun-
dial de Educação para Todos”, em Jomtien, na Tailândia. Lá fo-
ram definidos quatro amplos pilares sobre o que todos os se-
res humanos deveriam aprender em sua educação formal, e
todos eles abordam a questão das competências socioemocionais.
• Aprender a conhecer;
• Aprender a fazer;
• Aprender a viver com os
outros;
• Aprender a ser.
Além de resultados significativos de pesquisas a Base Nacional Co-
mum Curricular também aborda o desenvolvimento das competên-
cias socioemocionais como pilar no desenvolvimento e aprendizagem
das crianças. Dessa forma, torna-se fundamental que agentes educa-
dores incorporem em sua prática as competências socioemocionais,
de forma a garantir o desenvolvimento da criança como um todo.

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ATIVIDADES

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ATIVIDADES SOCIOEMOCIONAIS PARA EDUCADORES

Jornalista Curioso

Competências abordadas: Curiosidade para aprender;


Imaginação criativa; Empatia; Iniciativa Social; Assertividade; Entusiasmo.
Duração: 30 minutos
Materiais:
•• Folha de papel;
•• Lápis e borracha.

Como preparar a atividade?


Essa atividade tem como objetivo incentivar a criança a fazer uma entre-
vista com 3 amigos ou professores da escola, pedindo que eles dividam
com ela um momento em que sentiu medo. Ao dividir experiências de
medo e expressar emoções e sentimentos, a criança desenvolve a em-
patia e reconhece que é um sentimento comum, em que inclusive, os
adultos sentem. Além disso, ela tem a oportunidade de conhecer outras
pessoas do colégio e desenvolver a iniciativa social e assertividade ao
entrevistar as pessoas. Caso julgue necessário, você pode deixar a ati-
vidade mais lúdica para incentivar o entusiasmo, fazendo com que os
alunos incorporem o personagem de repórter para realizar as entrevistas.

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ATIVIDADES SOCIOEMOCIONAIS PARA EDUCADORES

Potinho da Calma

Competências abordadas: Foco; Paciência; Tolerância ao estresse;


Tolerância à frustração; Responsabilidade.
Duração aula introdutória: 45 minutos
Duração aula rotina: 5 minutos
Materiais:
•• Pote transparente de plástico com tampa de rosca;
•• Cola Gliter;
•• Purpurina, estrelinhas;
•• Água;
•• Cola superbonder (manuseada apenas pelos adultos).
Como preparar a atividade?
O objetivo desta atividade é treinar o foco e a paciência das crianças através
da observação do seu potinho da calma. A ideia é que cada criança construa
o seu pote da calma desenvolvendo um trabalho artístico e na sequência
o professor coloque uma etiqueta com nome do aluno em seu respectivo
potinho. Você pode utilizar o potinho da calma de diversas formas: pode
fazer dele uma atividade diária em sala de aula para treinar a atenção e con-
centração. Por exemplo, toda volta do recreio você institui que os alunos
deverão pegar seus potinhos para prestar atenção antes da aula começar.
Ou você pode utilizá-la como uma atividade ˜coringa˜, ou seja, sem-
pre que o aluno tiver um comportamento inadequado ou esti-
ver muito agitado, você pode pedir para que ele pegue o seu poti-
nho da calma para se acalmar um pouco e refletir sobre o que fez.

Instruções de como montar o pote de calma:


A quantidade de água a ser utilizada varia de acordo com a capacidade
do pote. Leve em consideração que você deve deixar um espaço vazio na
parte superior do plástico, para agitar o seu conteúdo. Despeje no plás-
tico a água e a cola glitter. Mexa bastante para que o glitter da cola se
desmanche na água. Adicione a purpurina e misture novamente. Quando
acabar passe um pouco de cola super bonder na tampa e feche o pote.

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Controle Remoto

Competências abordadas: Regulação emocional; Autocontrole;


Responsabilidade; Autoconhecimento; Empatia; Respeito.
Duração aula introdutória: 25 minutos
Duração aula rotina: 10 minutos
Materiais:
•• Cartolina e caneta pilot (para montar o controle remoto);
•• Impressão de fichas “controle remoto”;
•• Lápis e borracha.
Como fazer a atividade?
O objetivo desta atividade é estimular as crianças a tomarem consci-
ência de suas emoções e dos colegas, trabalhando o autoconhecimento,
empatia e respeito. O professor deve questionar a turma sobre o que é
um controle remoto e qual é a sua função. Na sequência explicar que
muitas vezes precisamos usar um controle remoto para pausar a cena
que estamos vivendo e reconhecer quais as emoções que sentimos na
naquele momento e se nossos comportamentos foram sábios. A ideia é
que o professor possa criar um controle remoto de papel com a turma e
sempre que um aluno tiver um comportamento inadequado, você aponta
o controle remoto para criança e fala “Pause”. O aluno deverá parar nesse
momento e preencher uma ficha abaixo de como ele está se sentindo.

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ATIVIDADES SOCIOEMOCIONAIS PARA EDUCADORES

Exemplo

A ideia é que você prepare várias dessas fichas para ter em sala de
aula. Ela visa ajudar os alunos a identificarem o que estão sentin-
do e organizarem o seu comportamento. Ao escrever sobre a pró-
pria emoção e como o seu corpo está, a criança ganha um espaço
maior de liberdade para encontrar uma estratégia do que precisa fazer.

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Calendário das Emoções

Competências abordadas: Consciência emocional; Regulação emocio-


nal;
Autoconhecimento; Empatia; Respeito.
Duração aula introdutória: 30 minutos
Duração aula rotina: 15 minutos
Materiais:
•• Cartolina
•• Folhas coloridas recortadas em círculos
•• Lápis de cor
Como fazer a atividade?
O objetivo desta atividade é desenvolver o vocabulário emocio-
nal das crianças, além de fazer com que elas tomem conhecimen-
to de emoções que sentem frequentemente. A ideia dessa ativi-
dade é que o professor crie uma rotina de 2 a 3 vezes na semana de
fazer uma rodinha de conversa na sala de aula sobre episódios que
aconteceram ao longo da semana e as emoções associadas. O intui-
to é que cada criança conte uma situação que aconteceu no seu dia
(Por exemplo: cheguei atrasada; Meu amigo não quis brincar comigo; bri-
guei com meu pai) e a partir dessa situação, contar a emoção que sentiu,
o que ele sentiu no corpo e o que ele pode fazer para mudar o comporta-
mento numa próxima vez que essa situação se repetir. Sempre que termi-
nar de contar o episódio e a emoção associada, ele deverá escolher uma
carinha para pintar sua emoção e colar no calendário da turma (cartolina
pré montada pelo professor). É importante que durante a roda de conver-
sa, você professor, estimule os alunos a falarem o máximo possível sobre
seus sentimentos. Caso sinta necessidade, pode usar as perguntas abaixo:
Qual a emoção que você sentiu com Como é que seu corpo ficou quando
esse acontecimento? você estava (triste, com raiva...)?

O que você acha que te fez sentir isso Você ficou (triste, com raiva..) por
(raiva, medo, nojo..)? muito tempo?

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Nuvem de Forças

Competências abordadas: Autoconfiança; Autoconhecimento;


Interesse artístico; Empatia; Respeito; Iniciativa Social.
Duração: 45 minutos
Materiais:
•• 1 Folha em branco em forma de nuvem por aluno;
•• Tiras de folhas coloridas (5 tiras por aluno);
•• Fita adesiva;
•• Lápis e borracha;
•• Canetinha Pilot ou hidrocor;
•• Grampeador.

Como fazer a atividade?


A nuvem das forças é uma atividade em que os alunos irão
criar uma nuvem de papel em que cada tira da nuvem represen-
ta uma força ou qualidade pessoal. As nuvens das crianças serão usa-
das na construção de um mural, Nuvem das forças, na sala de aula.
Esta atividade tem como objetivo trabalhar a auto-estima e a autocon-
fiança dos alunos. Sugerimos que o professor separe a turma em grupos
e proponha um debate para que cada aluno defina suas habilidades, ta-
lentos e características positivas. É importante que os colegas do grupo
o ajudem nessa investigação. Quando todos acabarem de estabelecer
5 pontos fortes, o professor deverá entregar uma situação problema e
o grupo deverá pensar numa solução em que cada aluno irá contribuir
através de um ponto forte seu descrito em sua nuvem. Assim, duran-
te o trabalho em grupo é desenvolvida a habilidade da iniciativa social.
Além disso ao descobrirem forças diferentes e valorizar que todas elas
são importantes, são trabalhadas habilidades como empatia e respeito.
Por último, o aluno terá sua auto confiança fortalecida ao reconhecer no
que é bom e em como pode contribuir para resolução de problemas.

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ATIVIDADES SOCIOEMOCIONAIS PARA EDUCADORES

Círculo de Controle

Competências abordadas: Foco; Tolerância à frustração;


Imaginação criativa; Tolerância ao estresse; Autoconfiança;
Determinação; Persistência.
Duração: 45 minutos
Materiais:
•• Lápis e borracha;
•• Folha de exercício “Meu círculo de controle”.

Como fazer a atividade?


O objetivo desta aula é que os alunos possam classificar eventos e
situações cotidianas que estão dentro e fora de seu controle. O intuito
desta atividade é que as crianças aprendam que nem sempre se pode
controlar tudo e desenvolvam a capacidade para lidar com a frustra-
ção quando situações que estão fora de seu controle acontecem. Por
exemplo, muitas vezes, as crianças se frustram com situações que es-
tão fora de seu controle, como um dia de chuva que as impede de jo-
gar bola, ou quando ficam doentes e não podem sair de casa ou ainda
quando não recebem um elogio do amigo. O círculo do controle incen-
tiva os alunos tanto a se concentrarem nas situações que estão den-
tro do seu controle e dependem de seu esforço, quanto a aceitarem e
aprenderem a conviver com situações que estão fora de seu controle.
Sugerimos para a atividade que o professor comece a montar
um círculo de controle no quadro negro/branco junto com a aju-
da dos alunos, pedindo ideias de ações rotineiras que podem con-
troláveis e de ações que não podem. Em seguida distribua uma fo-
lha de exercício para que cada aluno construa o seu próprio círculo.
Quando todos acabarem de montar seus respectivos círculos, con-
vide os alunos para se sentarem em círculo e debaterem estraté-
gias de como podem lidar com situações que estão fora do controle.

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