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PERFIL DE LANCHES

CONSUMIDOS POR ESCOLARES


E SEUS CONHECIMENTOS
SOBRE ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL*

PRISCILLA RAYANNE E SILVA, SUZY DARLEN SOARES


DE ALMEIDA

Resumo: o objetivo deste artigo foi descrever o perfil de lanches con-


sumidos por escolares de uma escola particular e comparar com seus
conhecimentos sobre alimentação saudável. Foram calculados calorias, car-
boidratos, proteínas e lipídios comparou-se os resultados ao preconizado e
aplicou-se questionário sobre alimentação. Concluiu-se que grande percen-
tual dos lanches foram compostos por alimentos industrializados e estavam,
em sua maioria, inadequados.

Palavras-chave: Comportamento alimentar. Educação alimentar e nutri-


cional. Estudantes.
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

A 
infância é considerada uma faixa etária prioritária pela sua fragilidade e
condição, na qual é relevante proporcionar oportunidades para seu de-
senvolvimento adequado (ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE
LA SALUD, 2005). Com este propósito, deve-se ter atenção às várias situações
que podem comprometer a sua saúde, dentre elas as doenças crônicas não trans-
missíveis (DCNT) principalmente o excesso de peso infantil (BRASIL, 2006).
Neste sentido, é preocupante o aumento do consumo de produtos
gordurosos, ricos em açúcares simples, sódio, conservantes e diminuição de
fibras e micronutrientes, destacando-se os alimentos prontos para consumo ou
processados (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
2011). Concomitante, tem-se a tendência de atingir, cada vez menos, o número
mínimo de porções de legumes, frutas, grãos e produtos lácteos recomendados
(BIRCH; SAVAGE; VENTURA, 2007). 601
Como consequência, o Ministério da Saúde (MS) tem investido em políticas e
programas, dentre eles, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que
institui diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas escolas, uma vez que
este ambiente é um espaço privilegiado para promoção da saúde e precisa favorecer a
escolha por alimentos saudáveis (BRASIL, 2007), bem como transmitir conhecimentos
que promovam o autocuidado em relação à saúde, cooperando para prevenir o desen-
volvimento de doenças relacionadas à nutrição (BRASIL, 2006).
Complementando as formas de intervenção nutricional nas escolas, tem-se a
contínua criação de portarias que regulamentam o funcionamento das cantinas (venda
de alimentos no ambiente escolar), como a Portaria Interministerial n° 1010, de 8 de
maio de 2006, que restringe o comércio e à promoção comercial no ambiente escolar
de produtos com teor elevado de gordura saturada e trans, açúcar, sódio e incentivo ao
consumo de vegetais (BRASIL,2006) e a criação de programas integrados com ações
educativas e modificações dos alimentos comercializados (DANELON; DANELON;
SILVA, 2006).
De acordo com Murguero (2009), 90% dos alunos da escola privada compram seus
lanches na cantina. Porém, em muitas delas, a oferta não pressupõe alimentos saudáveis
(BRASIL, 2007). Um estudo realizado por Zancul (2004) relata que, nas escolas particu-
lares, os alimentos mais comprados são salgados (69,7%), sucos (30,3%), refrigerantes
(26,6%), balas (22%) e chicletes (1,8%).
Nesta contextualização faz-se necessário o constante estudo dos lanches dos es-
colares, a fim de planejar ações de educação alimentar e nutricional com as crianças,
para que as mesmas tenham condições de se beneficiar com o conhecimento de uma
alimentação saudável, promovendo assim, bons hábitos alimentares e uma melhor
qualidade de vida (BRASIL, 2006). Assim, este estudo teve como objetivo descrever
o perfil de lanches consumidos por escolares de uma escola particular e comparar com
seus conhecimentos sobre alimentação saudável.
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

METODOLOGIA

Esta pesquisa, do tipo transversal, observacional e descritiva, compõe parte de um


estudo maior com intervenção, intitulado Impacto da Educação Nutricional no Consumo
de Lanches de Escolares de uma Escola Particular, dividido em três partes: Diagnóstico,
Intervenção e Avaliação. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da PUC GOIÁS sob protocolo/parecer de nº 01655112.4.0000.0037. Porém,
neste artigo foi apresentado apenas a fase do Diagnóstico.
A pesquisa foi realizada em uma escola particular, localizada na região central de
Goiânia, a qual oferece educação infantil e ensino fundamental completo à aproximada-
mente 280 escolares matriculados nos turnos matutino e vespertino, sendo que destes,
115 cursavam do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.
A amostra foi composta por 77 escolares, de ambos os sexos, dos quais foram
602 selecionados os que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: * estar matriculado
na escola e ser assíduo às aulas; * aceitar participar da pesquisa e * autorização do
responsável legal. Para esta seleção foram convidados todos os escolares do primeiro
ao quinto ano.
No primeiro momento, coletou-se o tipo de alimento e a quantidade ingerida como
lanche dos escolares, por meio de relatos destes, logo após o lanche, durante cinco dias,
os quais foram anotados em uma planilha. Então, calculou-se os valores energéticos totais
(VET) e a quantidade de macronutrientes (carboidratos, proteína e lipídeos), utilizando
a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) (NÚCLEO DE ESTUDOS
E PESQUISAS EM ALIMENTAÇÃO, 2011) e a Tabela Para Avaliação do Consumo
Alimentar em Medidas Caseiras (PINHEIRO, 2005). Seus resultados foram comparados
com o preconizado pela Resolução n° 38, de 16 de julho de 2009 (BRASIL, 2009).
Em seguida, avaliou-se o nível de conhecimento dos sujeitos acerca de uma ali-
mentação saudável por meio de um questionário, composto por 14 questões fechadas,
adaptado de Gonzaléz e Wichmann (2007). Considerou-se satisfatório o percentual de
acerto ≥70%, indicado pela mesma referência.
Para análise estatística de todos os resultados, foram calculados média, desvio
padrão e coeficiente de variação e para avaliação das médias encontradas, utilizou-se o
teste de Student (p<0,05). Para tanto os dados foram compilados no Programa Micro-
soft Office Excel for Windows®. As variáveis utilizadas foram faixa etária, nível de
conhecimentos, VET e macronutrientes.

RESULTADOS

Participaram da pesquisa 42 e 35, respectivamente, do período matutino e vesper-


tino, somando 77 escolares, de ambos os sexos, com idade de 6 a 10 anos. Destes, na
semana estudada, 12 (15,6%) e 5 (6,5%) escolares não lancharam, respectivamente,
em um e dois dias.
Ao analisar os alimentos que foram consumidos como lanches por uma semana,
observou-se um total de 363 lanches. Desses lanches, 182 (50,1%) foram comprados
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

na cantina da escola, sendo o lanche mais consumido a associação entre salgado e suco
industrializado (n=87; 47,8%), seguidos de refrigerante (n=28; 15,4%) e salgadinhos
de pacote (n=16; 8,8%).
Os lanches restantes (n=181; 49,9%) foram trazidos de casa, onde 80,7% (n=146)
destes continham, pelo menos, um alimento industrializado. Da mesma forma, dos
lanches trazidos de casa, os mais presentes foram sucos industrializados (n=92; 50,8%),
bolos, bolinhos e bolachas de doce, com e sem recheio (n=50; 27,6%) e sanduíches
(sendo os mais comuns pão com queijo mussarela e presunto e pão com requeijão)
(n=20; 11%).
Na Tabela 1 estão dispostas as quantidades de calorias, carboidratos, proteínas
e lipídios dos lanches, expressos em média, desvio padrão e coeficiente de variação.
Verifica-se que a média das calorias está próximo do recomendado, assim como os
carboidratos. Diferentemente, as proteínas estão aquém e os lipídios acima do reco-
mendado. 603
Tabela 1: Média, desvio padrão, coeficiente de variação das calorias, carboidratos, proteínas e lipídios
referentes a 363 lanches de 77 escolares, com idades de 6,7,8,9 e 10 anos, do ensino fundamental de
uma Escola Particular em Goiânia
Carboidratos Proteínas
Calorias Lipídios
Idade X ± DP (g) X ± DP (g)
X ± DP (kcal) X ± DP(g)
(anos) (CV) (CV)
(CV) (CV)
248,1*±99,3 42,3 ± 11,0 3,5 ± 3,0 7,2* ± 7,0
6 (40,03) (25,9) (85,2) (96,9)
(n=14)
7 345,8*±183,4 59,0 ± 31,2 5,5 ± 3,7 10,0 ± 7,6
(n=49) (53,05) (52,9) (67,4) (76,2)

8 342,1±133,0 57,2 ± 18,7 6,8 ± 3,9 9,5 ± 7,6


(n=95) (38,89) (32,8) (57,1) (80,1)

9 236,2±134,3 85,1±29,4 12,7±4,7 8,3*±6,9


(n=118) (56,9) (23,9) (36,9) (83,7)

10 293,5±122,8 6,7±3,8 8,6*±6,4


47,4*±20,6 (43,4)
(n=87) (41,8) (56,8) (74,27)

306,7*±136,7 50,5*±21,9 6,1±4,0


TOTAL 9,0±6,9
(44,6) (43,3) (66,4)
(n=363) (77,1)

Legenda - X: média; DP: desvio padrão; CV: coeficiente de variação; g: gramas; * médias iguais ao recomendado,
de acordo com Teste de Student (p<0,05).

Ao comparar o valor calórico e de macronutrientes dos lanches dos escolares com


os valores recomendados, observa-se que 276 (76,03%) lanches possuem quantidade
proteica inferior ao recomendado. As calorias, carboidratos e lipídios apresentam 42
(11,6%), 43 (11,8%) e 52 (14,3%), respectivamente de lanches adequados em relação
à recomendação como exposto na Figura 1.
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

Figura1: Valores percentuais dos lanches adequados, abaixo do recomendado e acima do recomendado, referentes
aos 363 lanches, analisados em relação a calorias, carboidratos, proteínas e lipídios dos escolares de uma Escola
604 Particular em Goiânia, Goiás
Em relação ao questionário aplicado para avaliar os conhecimentos dos escolares
sobre uma alimentação saudável, obteve-se uma média de acertos de 66,6%. Do total
de alunos, 46,7% obtiveram uma adequação satisfatória (acertaram 70% ou mais do
questionário), como consta na Figura 2.

Figura 2: Percentual de alunos com percentual de adequação satisfatório (≥70% de acertos) e insatisfatório (≤70%
de acertos) em relação ao questionário sobre alimentação saudável respondido pelos escolares, com idades de 6,7,8,9
e 10 anos, do ensino fundamental de uma Escola Particular em Goiânia, Goiás

Observou-se correlação significativa (p<0,05) entre o percentual de adequação das


proteínas e a quantidade de acertos no questionário, porém 76,% dos lanches estavam
abaixo do recomendado em relação a este nutriente. Apresentou-se, também, correlação
positiva significativa (p<0,05) entre a idade dos escolares e o percentual de acerto. Não
observou-se relação entre a quantidade de calorias, carboidratos e lipídios ingeridos e
a quantidade de acertos.

DISCUSSÃO
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

Segundo as informações coletadas, 22 escolares omitiram o lanche, sendo que os


que não lancharam um (n=12; 15,6%) ou dois (n=5; 6,5%) dias foram muitos em com-
paração com um estudo realizado em uma cidade de Portugal, que aponta um percentual
bem menor (n=6; 1,6%) (MONJARDINO, 2008, p. 13). Tal diferença possivelmente é
justificada pelo ano que os escolares frequentavam em cada estudo, já que Monjardino
(2008) estudou escolares do primeiro ano, e esta pesquisa avaliou escolares do primeiro
ao quinto ano, sendo que, ao observar isoladamente os do primeiro ano, apenas 6,7%
não lancharam um dos dias em que foram coletadas as informações.
Ao analisar os escolares que compraram seus lanches na cantina (70,1%), observa-se
resultados semelhantes com o estudo de Murguero (2009, p. 41), no qual 90% dos escolares
faziam o mesmo. Já a respeito dos lanches mais consumidos pelos escolares, esta pes-
quisa indicou que são os salgados, sucos industrializados, refrigerantes e salgadinhos de
pacote. Os alimentos mais consumidos em escolas particulares são salgados (69,7%), 605
sucos (30,3%), refrigerantes (26,6%) e balas (22%) (ZANCUL, 2004, p. 69). Porém
este não diferenciou entre suco natural ou industrializado
Dos lanches que vem de casa, grande parte (80,7%) contém alimentos industriali-
zados em sua composição, ricos em energia e gordura, contribuindo para o desenvolvi-
mento do excesso de peso e outras doenças (TRICHES E GIUGLIANI, 2005, p. 545).
Murguero (2009, p. 40) relatou resultados semelhantes a esse estudo, ao encontrar os
seguintes alimentos como mais consumidos: suco artificial, pizza, bolacha recheada,
salgadinhos fritos e achocolatado.
Em relação ao valor nutricional dos lanches, valor semelhante a este estudo foi en-
contrado por Monjardino (2008, p. 16) o qual observou 300,8 calorias. Valores inferiores,
189 calorias, foram apontados, posicionando-se abaixo da média recomendada (323,1
calorias). No entanto, o lanche estudado se refere à alimentação escolar, oferecida pelo
Programa Nacional de Alimentação Escolar (FLÁVIO et al., 2008, p. 1883).
Ao contrário da média calórica, os valores médios de macronutrientes dos lanches
não estavam adequados em relação ao recomendado, com exceção dos carboidratos,
apresentando significativas diferenças (p>0,05). A contribuição energética dos macronu-
trientes encontrava-se dentro dos limites considerados adequados (43,8g de carboidrato,
10,9g de proteína e 9,6g de lipídios) (MONJARDINO, 2008, p. 16).
Flavio et al. (2008, p. 1881) encontraram 32,4g, 7,5g e 3,2g de carboidratos,
proteínas e lipídios, respectivamente, concluindo que o teor lipídico ficou abaixo da
recomendação, as proteínas e os carboidratos ultrapassaram os valores considerados
adequados. Ambos estudos utilizaram valores de referência diferentes do presente es-
tudo, a Dietary Reference Intakes (DRI) (INSTITUTE OF MEDICINE/FOOD AND
NUTRITION BOARD, 2002), uma vez que foram executados anterior à implantação
da resolução nacional, sendo um dos artigos internacional.
Ao fragmentar os resultados por idade dos alunos estudados pode-se perceber es-
pecificidades referentes à idade, a fim de planejar uma educação alimentar e nutricional
adequada à percepção e nível de desenvolvimento dos escolares, principalmente para
os grupos em que percebeu-se maiores inadequações dos lanches. Portanto, ressalta-se
a necessidade de mais estudos sobre o assunto, uma vez que os estudos similares não
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

trazem valores médios por idade, fato justificado diante a recomendação por faixa
etária, 6 a 10 anos.
Neste estudo percebeu-se a presença de altos valores de inadequação, em relação ao
recomendado, para proteínas, carboidratos e lipídios, como constatado pela última Pes-
quisa de Orçamentos Familiares (POF) (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA
E ESTATÍSTICA, 2011). Ao avaliarem o consumo alimentar diário de escolares, antes e
após intervenção, observou-se que, na fase de diagnóstico, o único valor inadequado foi
o dos lipídios, com 44% dos valores abaixo ou acima do recomendado (GONZALÉZ;
WICHMANN, 2007-2012, p. 6), de acordo com a DRI (INSTITUTE OF MEDICINE/
FOOD AND NUTRITION BOARD, 2002).
A adequação satisfatória acerca do conhecimento sobre alimentação e nutrição foi de
46,75% dos escolares. Gonzaléz e Wichmann (2007-2012, p. 8) relataram que, de acordo
com o teste de conhecimento aplicado, 60% dos escolares acertaram mais que 70% do
606 questionário, sendo considerados como tendo conhecimento adequado. Classificou-se
16% como bom (87,5-100% das questões certas), 50% como médio (50-75% das questões
certas) e 34% como pouco (<50% das questões certas) o conhecimento geral de escolares
relacionados à alimentação saudável, mediante aplicação de questionário (PIOLTINE;
SPINELLI, 2010, p. 65).
A idade dos escolares apresentou correlação positiva significativa (p<0,05) com
o percentual de acerto, contrário ao estudo de Triches e Giugliani (2005, p. 544), que
não mostrou associação. Neste, foram avaliados escolares de com uma menor variação
de idade (8 a 10 anos).
Sugere-se, então, diante da importância da promoção da alimentação saudável para
a saúde infantil, a implementação de estratégias de educação alimentar e nutricional
eficazes nas escolas, direcionadas para alunos e cantineiros, com ênfase na escolha ade-
quada dos alimentos, objetivando hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente,
promoção de saúde.

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos na avaliação dos lanches dos escolares e sobre o conhecimento


dos mesmos acerca de uma alimentação saudável, permitem concluir que a maioria dos
lanches contém alimentos industrializados, ricos em carboidratos simples e gorduras,
pobres em proteína, tanto os trazidos de casa como os comprados na cantina, e estão
inadequados em relação ao valor nutricional, não atendendo às recomendações para o
lanche da faixa etária estudada.
Associado a isso, os conhecimentos dos escolares não são suficientes para promover
uma alimentação equilibrada. No que diz respeito à cantina escolar, esta pode e deve,
de acordo com a legislação, disponibilizar alimentos mais saudáveis para a comerciali-
zação. Pode também associar a comercialização com educação alimentar e nutricional.

SNACKS EATEN BY STUDENTS WERE PROFILED AND THE STUDENTS’


KNOWLEDGE ABOUT A HEALTHY DIET
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

Abstract: the objective this article was relate snacks eaten consumed by students at a
private school were profiled and compared with the students’ knowledge about a healthy
diet. The calories, carbohydrates, proteins and lipids were calculated and compared
to recommendations and a questionnaire about diet and nutrition was administered.
In conclusion, a large percentage of the snacks were made up of processed foods and
most of them were inadequate.

Keywords: Feeding behavior. Food and nutrition education. Students.

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608
estudos, Goiânia, v. 39, n. 4, p. 601-609, out./dez. 2012.

* Recebido em: 02.12.2012.


Aprovado em: 09.12.2012.

PRISCILLA RAYANNE E SILVA


Graduada em nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). E-mail: priscilla-
-rayanne@hotmail.com
SUZY DARLEN SOARES DE ALMEIDA
Mestre em Ciência Animal: Higiene e Tecnologia de Alimentos pela UFG. Docente curso de nutrição da
PUC Goiás. E-mail: suzydarlllen@ig.com.br 609

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