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PRIMEIROS
SOCORROS
3 NOÇÕES BÁSICAS DE
PRIMEIROS SOCORROS
SUMÁRIO
1. SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE
A sinalização de um acidente..........................5
Calculando a distância para sinalização...... 6
Regras de sinalização..................................... 7
Como evitar maiores riscos.............................7
Acionando o socorro........................................9
Polícia Militar - Ligue 190............................... 9
Polícia Rodoviária Federal - Ligue 191......... 9
SAMU - Ligue 192............................................ 9
Bombeiros - Ligue 193................................. 10
Serviços de Atendimento ao Usuário (SAUS).10

2. O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE


Primeiros socorros.........................................11
Equipe de socorro profissional................... 12
O que fazer em caso de acidente.................12
Como reagimos diante de um acidente
de trânsito..................................................... 12
Sequência de ações...................................... 13
Acidentes sem vítima.....................................13
Infração e crime de trânsito..........................14
Omissão de socorro..................................... 14
Prevenção de incêndio...................................15
Como manusear o extintor......................... 16
3. PRIMEIROS SOCORROS
Equipe de socorro profissional.....................17
O que fazer para ajudar a vítima..................18
Não coloque sua vida e segurança em risco.19
Verificação das condições gerais da vítima...19
Análise primária............................................ 19
Pulsação......................................................... 20
Respiração..................................................... 20
Temperatura................................................. 21
Dilatação da pupila....................................... 21
Cor da pele.................................................... 22
Parada cardiorrespiratória.......................... 22
Cuidados com a vítima...................................22
Desmaios....................................................... 22
Convulsões.................................................... 23
O que não fazer...............................................24
Cuidados especiais com
a vítima motociclista......................................25
Parte inferior do corpo................................ 25
Movimentação da vítima............................. 26
Capacete........................................................ 26

REFERÊNCIAS............................................. 27
11 Conceitos de
direção defensiva
SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE

Neste capítulo você verá:


Atenção!
Sempre siga as regras em vias sem
„„ sinalização de acidentes; sinalização, pois como você sabe, as
„„ como calcular a distância velocidades das vias variam conforme
determinação do órgão de trânsito local.
para sinalização;
„„ como acionar o socorro.

1 A SINALIZAÇÃO DE UM ACIDENTE

Um acidente pode provocar outros se o local não estiver bem


sinalizado. É importante que você esteja atento e, caso tenha
sido o responsável pelo acidente ou esteja prestando socorro,
peça ajuda a alguém para direcionar o trânsito para longe.
Para ser mais eficaz, a sinalização deve estar a uma distância
segura. A sinalização depende do tipo de via, da velocidade má-
xima permitida e das condições da pista. Uma regra é sempre
contar os passos.

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Calculando a distância para sinalização

Vias coletoras
Velocidade máxima de 40 km/h. Para
sinalizar, conte 40 passos largos se a
pista estiver seca. Em pista molhada, com
chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte
80 passos largos.

Vias arteriais e estradas


Velocidade máxima de 60 km/h. Para
sinalizar, conte 60 passos largos se a
pista estiver seca. Em pista molhada, com
chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte
120 passos largos.

Vias de trânsito rápido


Velocidade máxima de 80 km/h. Para
sinalizar, conte 80 passos largos se a
pista estiver seca. Em pista molhada,
com, chuva, neblina, fumaça ou à noite,
conte 160 passos largos.

Rodovias de pista dupla


Velocidade máxima de 110 km/h. Para
sinalizar, conte 110 passos largos se a
pista estiver seca. Em pista molhada,
com, chuva, neblina, fumaça ou à noite,
conte 220 passos largos.
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Regras de sinalização
Se a via for sinalizada, leve em consideração a
velocidade indicada na placa. Se a pista estiver
seca, calcule 1 passo para cada quilômetro. Se
a pista estiver molhada, com neblina ou à noite,
calcule 2 passos para cada quilômetro.
Para evitar acidentes, veja o que é necessário para sinalizar a
via corretamente:
„„ Sinalize o local nos dois sentidos de direção quando for via
de mão dupla. À noite ou com neblina, sinalize com objetos
luminosos (lanterna, pisca-alerta, faróis de veículo).
„„ Se na contagem dos passos encontrar uma curva, pare a con-
tagem. Caminhe até o final da curva e recomece a contar a
partir do zero. Faça o mesmo quando o acidente ocorrer no
topo de uma elevação, sem visibilidade para os veículos que
estão subindo.
„„ Utilize triângulos ou outros objetos do local,
como galhos de árvore.
„„ Pessoas também podem sinalizar o aciden-
te com uma camisa, desde que:
–– Estejam posicionadas longe de curvas, lombadas e pontes;
–– Utilizem roupas que contrastem com o local e agitem um
pano colorido para alertar os motoristas;
–– Fiquem na lateral da pista, antes do local do acidente e
sempre de frente ao fluxo de veículos;
–– Estejam atentas e preparadas se surgir algum carro desgo-
vernado.

2 COMO EVITAR MAIORES RISCOS

Sinalizar o local de um acidente é uma ação que não apenas


serve para alertar outros motoristas, mas também protege a
vítima. Por isso, seja consciente: ao ver um acidente, aja para
8

preservar vidas! Além da sinalização do local do acidente, outras


atitudes evitam riscos. Confira:

1. Proteja-se 2. Sinalize o local 3. Chame o socorro


Evite contato com as Na maioria dos Se precisar acionar
secreções ou sangue casos, você não o socorro, informe
da vítima. poderá remover o o local, número de
acidentado da pista, vítimas, riscos e
por isso sinalize para veículos envolvidos.
os demais motoristas.

4. Reúna extintores 5. Não fume 6. Cuidado com a


Desligue o motor do Não fume no local do eletricidade
veículo e reúna todos acidente. Nunca encoste
os extintores que em cabos ou fios
puder. elétricos partidos.

7. Desvie o veículo 8. Evite risco de 9. Evacue a área


Coloque o volante e combustão Em caso de fogo ou
rodas virados para Caso exista algum de vazamento de
fora da via. Assim, se risco de combustão produtos que possam
houver colisão com o ou explosão, evite causar incêndios e
seu carro, ele não será entrar no veículo explosões, evacue
arremessado para o envolvido no e isole a área
local do acidente. acidente. totalmente.
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3 ACIONANDO O SOCORRO

No caso de precisar acionar o socorro para um acidente, fale


com calma e pausadamente, relatando o que viu acontecer. In-
forme sempre:
„„ Localização: a localização, pontos de referência e se há vias
interditadas.
„„ Vítimas: o número de vítimas, gravidade do estado delas e
quais providências foram tomadas.
„„ Veículos: quantos e quais são os veículos envolvidos.
„„ Riscos: o tipo de acidente e riscos (incêndios, desmorona-
mento, cargas perigosas).

Dependendo do tipo de acidente, existe um socorro mais


apropriado. A seguir, conheceremos cada um deles.

Polícia Militar - Ligue 190


A Polícia Militar deve ser acionada quando um acidente for em
vias urbanas. Por mais que não esteja equipada com materiais
para atendimento de vítimas, pode auxiliar e garantir a seguran-
ça do local e dos envolvidos.

Polícia Rodoviária Federal - Ligue 191


A Polícia Rodoviária Federal deve ser acionada quando um aci-
dente for em rodovias federais.
Por mais que não esteja equipada com materiais para atendi-
mento de vítimas, pode auxiliar e garantir a segurança do local
e dos envolvidos.

SAMU - Ligue 192


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência atende a qual-
quer tipo de emergência relacionada à saúde. Pode ser aciona-
do para atender vítimas de acidentes de trânsito ou também
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pessoas que passam mal ou se acidentam (queda, torções) em


via urbana ou rural.

Bombeiros - Ligue 193


Os bombeiros atendem:
„„ Acidentes com vítimas presas em ferragens ou capotamentos.
„„ Quando houver perigo identificado como fogo, fumaça, faís-
cas, vazamento de substâncias, gases, líquidos, combustíveis.
„„ Em locais instáveis como ribanceiras, muros caídos, valas etc.

Serviços de Atendimento ao Usuário (SAUS)


As rodovias possuem Serviços de Atendimento ao Usuário
(SAUs) e devem divulgar seus respectivos números aos usuá-
rios. Mantenha o número das rodovias que utiliza com frequên-
cia sempre atualizado.
Algumas rodovias disponibilizam telefones de emergência nos
acostamentos a cada quilômetro. Para utilizá-los, basta tirá-los
do gancho.
12 Conceitos de
direção
O QUEdefensiva
FAZER EM
CASO DE ACIDENTE

Neste capítulo você verá:


„„ o que fazer em caso de acidente;
„„ omissão de socorro;
„„ como lidar com situações de risco.

1 PRIMEIROS SOCORROS

Este módulo traz informações básicas sobre o que fazer em


casos de acidente de trânsito para que você atue com calma e
segurança.
O objetivo desse módulo é apresentar o conteúdo sobre a se-
quências de ações para prestar socorro, deixando você prepara-
do para atuar em uma situação de risco dentro das suas possibi-
lidades e restrições. Lembre-se: para realizar ações de primeiros
socorros, você necessita de treinamento técnico e prático.

11
12

Equipe de socorro profissional


Medidas de socorro exigem treinamento específico, oferecido
por entidades credenciadas. Mesmo assim, elas não substituem
um sistema profissional de socorro.
Por isso, lembre-se sempre: caso presencie um acidente de
trânsito, mantenha a calma e chame a equipe de socorro profis-
sional!

2 O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE

Acima de tudo: faça somente o que estiver ao seu alcance. Não


coloque sua vida ou de outras pessoas em risco.

Como reagimos diante de um acidente de trânsito


Ao presenciar/sofrer um acidente de trânsi-
to, as pessoas podem ficar em choque, parali-
sadas ou em pânico. Procure estar no contro-
le da situação e afaste os curiosos do local.
Mantenha-se calmo e focado! Depois de ve-
rificar se você não está ferido, é importante
ter em mente que, se há uma vítima no aci-
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dente, você precisa prestar socorro. Por isso, busque se acalmar


e procure ajudar de alguma forma.

Sequência de ações
Para prestar socorro, existe uma
sequência de ações que sempre
seguirá a mesma ordem.
1. Sempre mantenha
a calma.
2. Estacione em local seguro e deixe livre a passagem da polí-
cia ou do resgate. Ligue o pisca-alerta e sinalize o local com
o triângulo.
3. Tente garantir a segurança de todos e mantenha os curio-
sos longe. Verifique se existe risco de vazamento de combus-
tível ou outros riscos.
4. Peça socorro profissional imediatamente e informe o nú-
mero de vítimas e a localização.
5. Verifique a situação das
Atenção!
vítimas, tranquilize-as. Se Para realizar algumas ações com as
não houver risco de queda vítimas com o objetivo de socorrê-las,
ou incêndio, evite que ela se você deve ter conhecimento e
treinamento em primeiros socorros.
mova e não retire os equipa-
mentos de segurança.

3 ACIDENTES SEM VÍTIMA

„„ Retire o veículo do local do aci-


dente para desbloquear a via e
permitir a passagem.
„„ Não chame o resgate (não é ne-
cessário).
„„ Faça o Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia mais próxima
(a polícia não faz mais o B.O na hora e no local do acidente).
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4 INFRAÇÃO E CRIME DE TRÂNSITO

7
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
o condutor comete uma infração gravíssima (7
pontos na CNH), passível de multa, ao deixar de pontos
prestar socorro à vítima de acidente de trânsito,
sair do local, deixar de sinalizar e afastar o perigo,
identificar-se, prestar informações ou acatar de-
terminações da autoridade. multa
Na maioria dos acidentes, a vítima necessita de
cuidados imediatos que podem salvar a vida dela ou não agra-
var o seu estado, tornando a sua ajuda decisiva. Em acidentes de
trânsito, não podemos saber o real estado da vítima. Portanto,
é fundamental prestar assistência e aguardar o socorro médico.

Omissão de socorro
Omissão significa deixar de lado, desprezar ou esquecer. Mes-
mo as pessoas não envolvidas no acidente devem prestar so-
corro. Além da infração, a omissão é considerada um crime e,
segundo o Código Penal Brasileiro:

“deixar [...] de prestar imediato socorro à vítima ou,


não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, dei-
xar de solicitar auxílio da autoridade pública”.

Também é considerado crime se, por conta da omissão do


socorro, o acidentado tiver uma lesão corporal de natureza gra-
ve ou morte. A pena pode variar entre detenção de 6 meses a 1
ano ou multa.
As penas por omissão de socorro são:
„„ lesão: detenção de 6 meses a 1 ano;
„„ lesão grave: detenção de 9 meses a 1 ano e 6 meses;
„„ morte: detenção de 1 ano e 6 meses a 3 anos.
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5 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

Alguns acidentes podem causar incêndios e explosões. Isso


porque o tanque de combustível do carro pode ter sido atingi-
do.Caso ocorra um princípio de incêndio no acidente, na ausên-
cia de especialista, use o seu extintor e tente conter o fogo.
O primeiro passo é reconhecer um princípio de incêndio. Você
pode saber isso observando o tipo de fumaça. Nesses casos,
isole a área rapidamente e saia do veículo. Em hipótese alguma,
tente apagar o fogo.
„„ A fumaça branca e sem cheiro indica a
presença de vapor de água do radiador.
„„ A fumaça escura e com cheiro forte in-
dica um princípio de incêndio.

Ter um extintor de incêndio no carro não é obrigatório desde


2015. Porém, você pode adquirir um. O indicado pelo Contran
(Conselho Nacional de Trânsito) é o do tipo ABC. Ele é fácil de
manusear e é capaz de eliminar pequenos incêndios em mate-
riais sólidos, líquidos e equipamentos elétricos.
Verifique sempre a data de vencimento do extintor e troque-o
se estiver expirado. Como medida de segurança, a frequência
recomendada para inspeção dos extintores é mensal ou sem-
pre que houver uma suspeita de problema. Você deve verificar:
„„ localização correta dos aparelhos, verifican-
do se todos estão nos compartimentos certos;
„„ facilidade de acesso, verificando se não es-
tão em compartimentos trancados;
„„ lacres de carga, pinos de segurança e etique-
tas de registro de inspeções;
„„ possíveis danos causados por quedas, pan-
cadas ou choques.
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Como manusear o extintor


13 Conceitos de
direção defensiva
PRIMEIROS SOCORROS

Neste capítulo você verá:


„„ como ajudar uma vítima de acidente;
„„ como fazer uma análise primária da vítima;
„„ o que não fazer diante de um acidente.

1 EQUIPE DE SOCORRO PROFISSIONAL

Medidas de socorro exigem treinamento específico, oferecido


por entidades credenciadas. Mesmo assim, elas não substituem
um sistema profissional de socorro.
Por isso, lembre-se sempre: caso presencie um acidente de
trânsito, mantenha a calma e chame a equipe de socorro profis-
sional! Lembre-se que os procedimentos médicos devem ser re-
alizados pela equipe de socorro. Enquanto espera pela chegada
deles, há alguns procedimentos que podem ser realizados para,
simplesmente, ser solidário.

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2 O QUE FAZER PARA AJUDAR A VÍTIMA

Para saber como proceder no auxílio à vítima, é necessário


realizar a análise primária.
Esta análise tem o objetivo de avaliar o estado geral da vítima
e seus sinais vitais para que os devidos procedimentos sejam
adotados. O resultado da análise primária será essencial para
ter uma visão geral do quadro da vítima. Confira abaixo as eta-
pas para que você, motorista, esteja preparado:

1. Fique próximo à vítima


Fique próximo à vítima de forma
que ela possa vê-lo. Verifique
sempre se ela está consciente.

2. Proteja-a
Proteja-a contra o frio,
sol ou chuva.

3. Verifique sinais vitais


Verifique sinais vitais como
respiração, pulsação, batimentos
cardíacos, além de sangramentos
e lesões. Você verá como,
mais à frente.

4. Converse com ela,


acalmando-a
Ouça e aceite suas queixas.
Mantenha-a informada do que
está fazendo e do que está
ocorrendo.
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5. Seja paciente
Ao responder perguntas da
vítima, seja paciente, não minta
e mantenha a calma. Também
não dê informações que causem
impacto.

Aconselhe as vítimas a aguardarem em local seguro, mesmo as


que conseguem se movimentar. Se houver mais de uma vítima,
a equipe de socorro atenderá primeiro aquela que estiver mais
quieta e não conseguir se movimentar, pois isso pode indicar
que ela tenha tido uma parada respiratória. Antes de qualquer
procedimento, o motorista que prestar socorro deve identificar
o estado das vítimas, como verificar os seus sinais vitais.

Não coloque sua vida e segurança em risco


Algumas vítimas de acidentes, movidas pelo medo, podem se
tornar agressivas, não permitindo o auxílio. Nesse caso, procure
apoio de familiares ou conhecidos dela, se houver. Mas afaste
se a situação oferecer riscos a você.

3 VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES


GERAIS DA VÍTIMA

Análise primária
Como o objetivo da análise primária é verificar a consciência e
os sinais vitais da vítima, deve-se observar:
„„ pulsação;
„„ respiração;
„„ temperatura;
„„ dilatação da pupila;
„„ cor da pele;
„„ parada cardiorrespiratória.
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Pulsação
O melhor local do corpo para verificar a pulsação de um adul-
to inconsciente é na base do pescoço, onde fica a artéria caró-
tida, responsável por levar oxigênio do coração para o cérebro.
Para medir a pulsação, coloque 2 ou 3 dedos no ponto arterial.
Também é possível realizar a medição pelo pulso da vítima. Esta
análise permite verificar e avaliar os batimentos cardíacos.
Para avaliar os batimentos cardíacos e sua frequência é neces-
sário levar em consideração alguns fatores, como idade, sexo,
peso, emoções etc. As crianças pos-
suem o batimento cardíaco mais al-
tos e os idosos mais baixos.
Em um adulto, por exemplo, se os
batimentos estiverem acima de 100
por minuto, são considerados altos
(taquicardia). Se os batimentos fo-
rem abaixo de 40 por minuto, são
considerados baixos (braquicardia).

Respiração
Você pode avaliar a frequência e a qualidade de respiração
com passos simples:
„„ Veja os movimentos respiratórios por
meio da elevação do tórax/abdome.
„„ Ouça, colocando o ouvido próximo à
boca e ao nariz.
„„ Sinta, colocando a mão próximo da
boca e do nariz.

A frequência respiratória média varia de acordo com o sexo


e idade. Em seu estado normal de saúde, um homem adulto
respira de 14 a 20 vezes por minuto. Já uma mulher adulta de
16 a 22 vezes. Um bebê de 40 a 50 vezes nos primeiros meses
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de vida e uma criança de 20


Atenção!
a 26 vezes. Se a vítima estiver inconsciente,
Se a vítima não responder sem movimento respiratório, além de
lábios, língua e unhas azuladas, significa
a você, isso indica que as vias
que ela teve parada respiratória.
aéreas estão fechadas. Avise
imediatamente o socorrista. Ele tentará desobstruí-las, evitando
movimentar a cabeça da vítima, para não ocasionar ou agravar
uma lesão na coluna.
Caso a vítima esteja com a respiração ofegante, ela pode estar
com um quadro de sintoma de asma, estado de choque, em-
bolia pulmonar, asfixia devido a inalação de fumaça, intoxica-
ção por monóxido de carbono, hemorragia ou lesão do pulmão,
pescoço ou tórax.

Temperatura
Verifique a temperatura da vítima com um termômetro ou po-
sicionando a sua mão nas axilas dela. Se a temperatura for:
„„ Menor que 36 graus: pode indicar estado de choque, hemor-
ragia interna ou morte.
„„ Maior que 37 graus: pode indicar febre ou exposição prolon-
gada ao sol.

Dilatação da pupila
A pupila é o centro do olho. Ela se adapta conforme a luz: con-
trai quando está muito iluminado e dilata quando está escuro.
Observe as pupilas da vítima e verifique se elas estão contraídas
ou dilatadas.
„„ Ambas as pupilas estão dilatadas: pode indicar estado de
choque, parada cardíaca ou morte.
„„ Ambas as pupilas estão contraídas: pode indicar traumatis-
mo craniano ou intoxicação.
„„ Uma pupila está dilatada e a outra contraída: pode indicar
derrame cerebral.
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Cor da pele
Observe a cor da pele da pessoa e identifique se ela está arro-
xeada, pálida ou avermelhada.
„„ Pele arroxeada: pode indicar exposição excessiva ao
frio, estado de choque, parada cardiorrespiratória ou
até mesmo morte.
„„ Pele avermelhada: pode indicar febre, calor ambien-
te, ingestão de bebida alcoólica ou início de envenena-
mento por fumaça.
„„ Palidez: pode indicar hemorragia, exposição ao frio
ou parada cardiorrespiratória.

Parada cardiorrespiratória
Quando uma pessoa não apresenta o movimento de respira-
ção no tórax, ela pode ter tido uma parada cardiorrespiratória.
A equipe de socorro atenderá primeiro a vítima mais quieta e
que não consegue se movimentar, pois pode indicar parada res-
piratória ou cardiorrespiratória. Veja a diferença:
„„ Parada respiratória: perda da respiração.
„„ Parada cardiorrespiratória: perda da respiração e pulsação.
A equipe de socorro fará a massagem cardíaca.

Principais sintomas da parada cardiorrespiratória: incons-


ciência, o peito não mexe, pele arroxeada (cianose), ausência de
pulsação e/ou palidez acentuada.

4 CUIDADOS COM A VÍTIMA

Desmaios
O desmaio é a perda instantânea ou temporária da consciên-
cia e da capacidade de manter-se em pé. Normalmente, os des-
maios acontecem por causa da diminuição da circulação sanguí-
nea no cérebro.
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Um dos maiores riscos do desmaio é a queda, pois pode cau-


sar traumatismos cranianos ou fraturas ósseas.
Uma pessoa apresenta alguns sintomas antes de desmaiar:
„„ Fraqueza e palidez.
„„ Náuseas, enjôo, suor frio e pulso fraco.
„„ Respiração lenta e visão turva.

Se perceber esses sintomas,


apoie a vítima antes que ela caia,
sente-a e coloque a cabeça dela
entre os joelhos. Peça para ela res-
pirar fundo e não permita que ela
se levante sozinha.
Deite a pessoa desmaiada o mais confortavelmente possível,
mas não a movimente se isso puder agravar o seu estado. Não
tente acordar a vítima do desmaio. Se ela ficar inconsciente por
mais de 5 minutos, chame a equipe de socorro imediatamente.
Depois que ela recobrar a consciência, mantenha-a deitada até
ter certeza de que seu estado de saúde está bom.

Convulsões
As convulsões são contrações
musculares involuntárias de todo
o corpo ou parte dele. Podem ser
ocasionadas por febre alta, falta de
sono, menstruação, estresse, emo-
ções intensas, exercícios vigorosos,
determinados ruídos, músicas, odores ou luzes fortes. Os sinto-
mas que surgem antes das convulsões são:
„„ Sensação súbita de medo ou ansiedade.
„„ Enjôo, tontura, alteração na visão.
„„ perda de consciência seguida de confusão, espasmos muscu-
lares, salivação saliente;
24

„„ movimentos rápidos dos olhos, alteração súbita de humor,


lábios e dedos arroxeados;
„„ respiração irregular, perda do controle urinário e intestinal.

Deite a vítima de lado para evitar que ela se engasgue com a


própria saliva. Apoie sua cabeça em algum material macio. Afas-
te os objetos ao redor que possam machucá-la. Afrouxe suas
roupas, erga seu queixo para facilitar a respiração, jamais tente
puxar a língua da vítima para fora e nem coloque objetos em
sua boca.

5 O QUE NÃO FAZER

NÃO movimente a vítima: você pode agravar uma lesão


1 na coluna ou uma fratura de braço ou perna. Se houver pe-
rigos ou riscos imediatos como incêndio, queda do veículo
ou explosões, faça a remoção da vítima utilizando técnicas
adequadas e peça ajuda. Também peça para a vítima evi-
tar se mover.
NÃO é permitido que um leigo aplique técnicas de rea-
2 nimação cardiorrespiratória: em caso de parada cardior-
respiratória, chame socorro imediatamente.
NÃO realize nenhum procedimento que possa dificul-
3 tar a respiração da vítima: como enfaixar o tórax em
caso de fraturas de costelas.
NÃO tente colocar no lugar membros, vísceras ou ór-
4 gãos expostos: a parte amputada jamais deve ser recolo-
cada. A movimentação pode agravar as lesões e provocar
o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões nos nervos.
25

5 NÃO troque curativos: você pode agravar o ferimento,


além de correr o risco de contrair alguma doença conta-
giosa ou infecção.
6 NÃO aplique torniquetes: atualmente o torniquete só é
aplicado por profissionais treinados e, mesmo assim, qua-
se nunca é aconselhado.
7 NÃO arranque partes do vestuário grudadas ao corpo
por motivo de queimadura: você pode contaminar, infec-
cionar e agravar o ferimento.
8 Não aplique produtos nos ferimentos e queimaduras:
você pode contaminar e infeccionar o ferimento, agravan-
do o estado da vítima.
9 Não dê alimentos ou bebidas para a vítima: a ingestão
de qualquer substância, até mesmo água, pode prejudicar
os procedimentos hospitalares (com exceção de pessoas
cardíacas que podem usar seus medicamentos). Podem
ocorrer hemorragias internas e o líquido pode chegar aos
pulmões, agravando a situação.
Além disso, caso a vítima necessite de uma cirurgia, ela
precisará estar de estômago vazio e o líquido ou alimen-
to ingerido pode demorar várias horas para ser absorvido
pelo organismo.

6 CUIDADOS ESPECIAIS COM


A VÍTIMA MOTOCICLISTA

Quando a vítima de um acidente é um motociclista, todos os


cuidados vistos anteriormente são aplicáveis, além de considerar:

Parte inferior do corpo


Por causa da queda, é provável que haja uma fratura na parte
inferior do corpo da vítima. Por isso, não é recomendável movi-
26

mentar e nem elevar a cabeça ou as pernas, pois geralmente as


fraturas de vítimas de moto são graves.

Movimentação da vítima
Não movimente a vítima e nem a remova do local: você pode
agravar o estado geral dela e gerar outras complicações.
Neste caso, também não é recomendável elevar a cabeça ou
as pernas, como vimos anteriormente. Lembre-se de que as fra-
turas de vítimas de moto normalmente são graves.

Capacete
Não retire o capacete, pois esse movimento pode agravar le-
sões no pescoço ou no crânio. Somente o retire se a vítima esti-
ver correndo risco de morte ou sem respiração.
27

REFERÊNCIAS

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MET, 2005. Disponível em: <http://www.abramet.com.br/files/cartillha_pri-
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nual Básico de Segurança no Trânsito. [S.I.]: [s.n.], [s.d.]. Disponível em:
<http://www.anfavea.com.br/documentos/capitulo5seguranca.pdf>. Aces-
so em: 12/01/2016.
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nível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>.
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