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LABORATÓRIO DE FLUIDOMECÂNICOS
Experimento 2 - Viscosidade
Belo Horizonte
2019
SUMÁRIO
1 Introdução 3
1.1 Objetivos 4
1.2 Materiais 4
1.3 Métodos 5
1.3.1 Cálculos 6
2 Análise de Resultados 8
3 Conclusão 13
4 Referências 14
1 Introdução
1.2 Materiais
Fonte: Autores
● Um tubo transparente contendo óleo de rícino (1);
● Um tubo transparente contendo óleo lubrificante SAE 30 (2);
● Um tubo transparente contendo glicerina (3);
● Três termômetros;
● Três densímetros;
● Esferas de aço com 0,003175 m de diâmetro e 0,00014 kg de massa.
● Um cronômetro digital
1.3 Métodos
Para a realização deste experimento foram feitos três testes, um para cada
líquido, pois como não há uma certeza sobre os parâmetros das esferas de aço,
podem aparecer erros entre um teste com uma esfera e com outra. A figura 2
representa os valores requeridos para o experimento destas esferas citadas
anteriormente.
Figura 2 - Esferas de aço
Equação 1
1.3.1 Cálculos
Equação 2
Sendo m: Massa da esfera [kg];
g: Aceleração da gravidade [m/s²];
γ: Peso específico do líquido [N/m³];
Ve: Volume da esfera [m³];
V: Velocidade terminal da esfera [m/s];
μ: Viscosidade absoluta [Pa.s];
Equação 3
Sendo: μ: Viscosidade absoluta [Pa.s];
ρ: Densidade do líquido [kg/m³];
ⅴ: Viscosidade cinemática do fluido [m²/s];
Fonte: Autores
Fonte: Autores
TABELA 3 - Valores do terceiro experimento
Fonte: Autores
Nas tabelas 2 e 3 expostas acima é possível observar que as variações
percentuais da viscosidade dinâmica (µ) apresentam uma boa aproximação no
experimento envolvendo a glicerina, variando em uma diferença percentual de
4,32% até 10,7% do valor encontrado em comparação ao valor teórico da fonte de
pesquisa. A equação corrigida do experimento possui um erro ± 68,7 cP em relação
a um valor médio de 881,30 cP, este valor de erro é aproximadamente 7,8% do
valor da média. No segundo experimento, envolvendo óleo de rícino, há uma
diferença percentual considerável entre os valores 19,93% até 26,15% e o valor
encontrado teoricamente nas fontes de pesquisa. A equação corrigida possui um
erro considerável de ± 119,93 cP em relação ao valor médio de 640,94 cP, este
valor gera um erro percentual aproximado de 18,7% no sistema. O terceiro
experimento apresenta os melhores valores encontrados para viscosidade dinâmica,
tendo como base uma diferença percentual entre os valores variando somente de
5,73% até 9,96% e o valor encontrado teoricamente nas fontes de pesquisa. A
equação corrigida possui também um baixo erro de ± 15,68 cP, que representa
somente 7,3% do valor médio dos valores práticos. Os experimentos ordenados por
precisão decrescente são definidos como: ensaio utilizando Lubrificante SAE-30,
ensaio utilizando glicerina e ensaio com óleo de rícino.
Em relação a viscosidade cinemática (v) das tabelas 2 e 3, há uma diferença
na relação de erros encontrado nos valores referentes a viscosidade dinâmica (µ),
sendo a precisão dos testes, variando em precisão decrescente, definida como:
teste envolvendo glicerina, teste envolvendo Lubrificante SAE-30 e teste envolvendo
óleo de rícino. No primeiro teste, envolvendo a glicerina, há uma diferença
percentual variando entre 1,13% e 5,92% quando comparado aos da fonte. A
equação corrigida apresenta um erro de ± 0,24 Stokes, o que representa somente
3,38% do valor médio prático que é de 7,11 Stokes. Esta pouca variação corrobora
que há uma excelente aproximação entre os valores teóricos e os valores práticos
calculados neste experimento. No segundo experimento, envolvendo óleo de rícino,
há uma diferença percentual considerável entre os valores 19,8% até 26,2% e o
valor encontrado teoricamente nas fontes de pesquisa. A equação corrigida possui
um erro considerável de ± 1,28 Stokes em relação ao valor médio de 6,82 Stokes,
este valor gera um erro percentual aproximado de 18,8% no sistema. O terceiro
experimento apresenta uma diferença percentual menor quando comparado aos
valores da viscosidade dinâmica do mesmo fluido ao se observar o valor teórico
tabelado. Os mesmos estão variando entre 1,71% até 5,49% e o valor encontrado
teoricamente nas fontes de pesquisa. A equação corrigida possui também um baixo
erro de ± 0,09 Stokes, que representa somente 3,73% do valor médio de 2,41
Stokes.
Os principais erros acumulados neste experimento estão relacionados com a
temperatura do fluido. Na revisão bibliográfica deste relatório foi discutido que a
viscosidade de um fluido é diretamente influenciada pela temperatura do mesmo.
Devido a isto, é muito difícil encontrar valores tabelados de fontes seguras que
apresentem os valores de viscosidade com a temperatura que foi trabalhada neste
experimento, variando entre 28,5 e 29°C, sendo mais usual encontrar valores fixos
relacionados com a temperatura de 20°C. Os valores de viscosidade não são
lineares com a temperatura, ou seja, isto impossibilita uma interpolação linear que
apresente valores reais de viscosidade para uma determinada temperatura. Outro
importante motivo para erro foi o meio utilizado para o cálculo da velocidade, as
esferas e a cronometragem do tempo de queda das esferas. Estas esferas, devido a
desgastes e constante uso do laboratório, não apresentam as dimensões
apresentadas na tabela 1, podendo haver significativas variâncias de massa e de
diâmetro das mesmas, o que compromete os valores encontrados nas equações 2 e
3 demonstradas na metodologia. Em relação a cronometragem há sempre o erro
atribuído ao operador, e esta velocidade tem relação direta com a equação 1.
É importante salientar também que a Glicerina apresenta uma viscosidade
dinâmica e cinemática que varia também com a quantidade de água na sua
composição, ou seja, quanto maior a concentração de água na glicerina, menor os
valores de ambas as viscosidade deveriam ser encontrados. Este fato acrescenta
mais um pequeno erro no experimento, já que não é conhecida a composição exata
deste fluido.
Mesmo com os erros expostos acima, há uma boa aproximação dos valores
de viscosidade dinâmica (µ) e viscosidade cinemática (v) quando comparados aos
valores previamente calculados tendo em vista que o primeiro e o terceiro
experimento apresentam valores de erros inferiores a 10% do valor esperado. O
experimento pode ser considerado bem preciso e atende os requisitos necessários.
3 Conclusão
[1] BERTULANI, Carlos. Viscosidade, turbulência e tensão superficial. [S. l.], 30 ago.
1999. Disponível em:
https://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/viscosidade.html. Acesso em: 24
mar. 2019.
[2] MECÂNICA dos fluidos/Tabela: viscosidade de algumas substâncias. [S. l.],
2018?. Disponível em:
https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/Tabela:_viscosidade_de
_algumas_subst%C3%A2ncias. Acesso em: 26 mar. 2019.
[3] CAETANO, Mário. Óleo Castor. [S. l.], 2010. Disponível em:
https://www.ctborracha.com/borracha-sintese-historica/materias-primas/plastifica
ntes/plastificantes-de-origem-natural-2/plastificantes-de-origem-vegetal-2/oleo-cast
or/. Acesso em: 26 mar. 2019.
Citações: