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ROTEIRO AULA 3-4-2019: CAPÍTULO 4 PARTE 2 HB: Vasari e Hegel – início e fim da velha

historiografia da arte (p. 187-194) (RESUMIDO)

I-A RETÓRICA ANTIGA E O CONCEITO DE ESTILO:

Retórica antiga: Arte-técnica do bem falar / Arte de usar uma linguagem para comunicar de forma eficaz
e persuasiva / Retórica de Aristóteles (384-322 AC) / Complementada por Quintiliano (35-95) em Institutos
de Oratória / Uma das 7 artes liberais (desde Antiguidade; universidades dp XII; trivium (lógica ou
dialética; gramática; retórica) e quadrivium (aritmética, música, geometria e astronomia) / Conceito de
estilo: na Retórica antiga e em Vasari (estilo do artista ou maneira); dp, transforma-se em estilo de um
povo ou de uma época.

- As teorias estilísticas da retórica antiga inventaram evoluções históricas que se mostravam mais evidentes
do que os modos narrativos da história real / A gênese ou decadência do bom estilo em literatura e nas
artes plásticas era um tema recompensador, porque permitia aos intérpretes revelar uma norma ou um
ideal para a arte / A obra de arte individual constituía uma etapa do caminho para o cumprimento da norma
da arte / Parece paradoxal que uma norma (como fim de uma realização futura) submetesse, nesse
caminho, todo resultado a um movimento histórico.

II-GIORGIO VASARI (1511-1574):

Cânone inalterável de valores, mas havia um percurso histórico / ciclo biológico / Antigos e Modernos /
renascimento / 2 edições das Vidas – 1550 e 1568.

- O conceito de estilo servia para denominar as fases isoladas dos acontecimentos e ordená-las ciclicamente
em torno das condições do clássico / Foi assim que a apresentação histórica da arte começou como teoria
da arte aplicada e, dessa forma, terminou quando essa teoria perdeu a sua validade.

- No Renascimento, a historiografia da arte tb desenvolveu um cânone inalterável de valores, sg o qual a


beleza ideal na arte podia ser aferida onde quer que se manifestasse historicamente / O processo no
cumprimento da norma sp foi para G. Vasari um percurso histórico e conduzia a um classicismo, ao qual
todas as outras épocas foram relacionadas / As avaliações de sua teoria da arte estavam ligadas às regras
de ordenamento de sua HA, porque para ele o ideal não se revelava a todo momento, mas somente num
estágio avançado de desenvolvimento histórico: classicismo / O classicismo encontrava seu momento
histórico no modelo biológico: crescimento, maturidade e velhice / Vasari, como todos os seus
contemporâneos, transferiu da vida do homem para a vida da história / O modelo mostra um ciclo que se
repete (estações do ano) / Para a repetição, havia a fórmula do renascimento / A equivalência entre ciclo
antigo e ciclo moderno da arte era pura ficção, mas oferecia a prova histórica de que a norma da arte já
fora descoberta na Antiguidade e podia ser redescoberta então / O classicismo era a realização visível de
uma norma estética, que não derivava de nenhuma norma: foi estabelecida absolutamente / O
prosseguimento da historiografia para além de Vasari não precisava modificar os critérios escolhidos,
mesmo que a arte não mais correspondesse a eles.

III-JOHANN JOACHIM WINCKELMANN (1717-1768):

Só arte antiga / história interna ou estilística / embora relacionasse com a histórica política dos gregos,
arte permanecia autônoma e orgânica em seu desenvolvimento / compreensão puramente formal / História
da Arte Antiga, 1864 – enorme repercussão.

- O rígido quadro dessa historiografia da arte era tão prático para Vasari quanto não prático para seus
sucessores. Johann Winckelmann, o seu herdeiro mais importante, já não descrevia a arte do seu próprio
tempo, mas só a Antiguidade, escolhendo para isso a forma de uma história interna ou uma história
estilística do desenvolvimento e queda da arte grega / Embora fosse relacionada com a história política dos
gregos, permanecia autônomo e orgânico em seu desenvolvimento / Desvio da arte do presente e volta à
Antiguidade perdida, tomada como verdade absoluta / Da distância de uma contemplação desinteressada,
Winckelmann buscava a compreensão da Antiguidade autêntica, considerada de modo puramente formal,
pois esperava a sua imitação na arte do presente e do futuro / As noções de valor de sua teoria da arte
marcavam a sua descrição do verdadeiro curso da HA, que ele descobrira nas obras da Antiguidade / O
modelo biológico do ciclo, que sp culmina no classicismo, tem validade inalterada.

IV- PERÍODO SUBSEQUENTE:

Antes, dependia dos valores de uma teoria universal da arte (que dependia da arte aplicada) / Agora,
depende da estética filosófica (que amarra a arte à história do espírito).
- No período subsequente, a despedida de uma teoria da arte aplicada (da qual derivou toda a historiografia
da arte) / Antes orientava-se sg os conceitos valorativos de uma teoria universal da arte, para apresentar
a arte historicamente / Agora dependia de modelos estranhos da historiografia remanescente ou de
máximas estranhas da estética filosófica, que concebia a arte como princípio puro, sp fora do contexto
histórico e empírico / Separavam-se, agora, a consideração histórica e a estética: retornava-se à metafísica
estética da história do espírito, celebrando de maneira idealista a criação irracional e descrevendo a
aparência de autonomia do desenvolvimento artístico.

V- GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL (1770-1831): (Consultei o livro em inglês para maior clareza:
encontra-se em verde)

Em vida, Hegel publicou as seguintes obras: Fenomenologia do Espírito (1807), Enciclopédia das Ciências
Filosóficas, Ciência da Lógica, Princípios da Filosofia do Direito. As demais obras foram compiladas por
alunos e publicadas postumamente: Estética, cursos oferecidos de 1820-1829, quase todos na Universidade
de Berlim, editados por H. G. Hotho, nas obras completas de 1832.

O espírito absoluto se desenvolve através de 3 momentos - arte, religião e filosofia -, como realização do
espírito humano na história do mundo.

Em relação à arte, Hegel afirma que ela passa dialeticamente por 3 formas: arte simbólica (confronto entre
ideia e forma sensível), arte clássica (adequa a ideia à forma e descobre a forma da figura humana) e arte
romântica (como a arte clássica não conseguiu libertar a ideia do sensível, há uma ruptura entre conteúdo
e forma, regressando à oposição entre ideia e forma sensível; possui um conteúdo mais elevado que a arte
clássica; é a arte romântica ou cristã; mas a obra de arte tem uma importância cada vez menos decisiva
e é superada pela religião; diagnóstico do fim da arte, como superação da imediatez da experiência
estética) .

1-PONTO DE MUDANÇA ENTRE A VISÃO ANTIGA ARTÍSTICA E A NOVA HA / NOVIDADE ESTÉTICA


DE HEGEL: FORNECER FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA PARA O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
DA ARTE PARA TODOS OS POVOS E TODOS OS TEMPOS / FUNDADOR DA NOVA CIÊNCIA DO
ESPÍRITO / A ESTÉTICA DE HEGEL DIMINUI O PODER DA ESTÉTICA DO ARTISTA OU CRÍTICA
DE ARTE / A IDEIA DECISIVA DE QUE A ARTE, COMO SÍMBOLO SENSÍVEL DA CONCEPÇÃO DE
MUNDO, ESTÁ INTEGRADA INDISSOLUVELMENTE NO CURSO HISTÓRICO DAS CULTURAS.

- Esses métodos surgiram todos na sequência da filosofia da arte de Hegel, que marca um ponto de
mudança efetivo entre a antiga visão artística e a nova história da arte.

- A novidade estética de Hegel consiste em fornecer fundamentação filosófica para o desenvolvimento


histórico da arte e isso para todos os povos e tempos / A Estética de Hegel proveu um suporte filosófico
para a escrita da HA – a arte de todos os povos e de todas as épocas.

- De fato, Hegel tentou desqualificar todas estéticas de artistas e toda crítica artística aplicada, em favor
de uma história global / A estética de Hegel é, antes, uma tentativa de diminuir o poder de qualquer
estética de artista e de qualquer crítica de arte aplicada em prol de uma consideração teórica da HA do
ponto de vista do historiador universal / A nova HA aproveitou muito do sistema de escrever história de
Hegel e sua revisão historicista dos discursos estéticos anteriores.

- “A arte nos convida a uma consideração teórica com a finalidade de não provocar novamente a arte, mas
de conhecer cientificamente o que ela é”: aqui não fala mais o conhecedor de arte que via na imitação o
sentido da HA a favor de uma renovação no presente, mas o fundador de uma nova ciência do espírito,
que vê a arte como produto cultural ligado a um estágio passado da história do espírito / O connoisseur,
que olhava a imitação como significado e força motriz da HA, é substituído pelo filósofo, para o qual a arte
incorpora um estágio passado na história do “espírito”.

2- A ARTE NA MODERNIDADE / O EXEMPLO DO CLASSICISMO / NOVIDADE DESSE PENSAMENTO:


A ARTE OCUPA UM LUGAR TEMPORALMENTE DELIMITADO NA HISTÓRIA / A ARTE VIVE AINDA,
MAS É UM FENÔMENO DO PASSADO / A ARTE SE TORNA AUTÔNOMA, PELA PERDA DAS ANTIGAS
FUNÇÕES.

- A filosofia da arte de Hegel pode ser mais bem caracterizada com o exemplo do classicismo / No
classicismo, toda arte possui um período de florescimento para a formação plena como arte, no qual
demonstra para o que está capacitada como arte / O classicismo, porém, não faz mais parte, como nas
teorias antigas, de um ciclo que constantemente se repete, mas está ligado para sp a um desenvolvimento
do espírito e da cultura, que é impossível de ser repetido / Um classicismo já realizado torna-se, na distância
agora definitivamente fixada, tanto intocável como inimitável / No futuro, a cisão entre sujeito e mundo
tematizado por Hegel, não é mais superada na arte, mas somente na filosofia.

- A novidade desse pensamento não consiste em que o classicismo ocupa um lugar na arte, mas que a arte
como tal ocupa um lugar temporalmente delimitado na história / No quadro da visão de mundo propagada
por Hegel, a arte, como revelação sensível do espírito, cumpriu uma função já histórica, que só pode ser
iluminada retrospectivamente por uma historiografia da arte universal.

- Na modernidade, esse papel é questionado, pois a arte não está mais ligada a um conteúdo particular e
não possui mais a autoridade de representar uma concepção de mundo universal válida para todo público
/ Por isso, fica à escolha do artista individual refletir a sua própria consciência / Não ajuda em nada
apropriar-se de concepções de mundo passados, como fizeram os nazarenos (pintores alemães reunidos
em torno de Johann Friedrich Overbeck (1789-1869) e Franz Pforr (1788-1812), quando se tornaram
católicos) / A essência própria da arte já se realizou na história - o que foi cabalmente desmentido pela
arte moderna.

- A HA transformou-se primeiro em seu próprio conteúdo teórico, desde que a arte se deixou conhecer
mais facilmente em seu passado / A arte vive ainda, mas é simultaneamente um fenômeno já passado,
quando é aplicado a ela o critério de “sua mais elevada determinação”, como é dito na célebre frase /
Desde que perdeu “a sua antiga necessidade na realidade efetiva”, ela “se transferiu mais para a nossa
representação” / Hegel esclarece essa tese acrescentando que “a obra de arte – trazida ao presente estético
– não se encontra mais no contexto religioso e histórico” do qual surgiu.

- “Ela se torna autônoma como obra de arte e (já por isso) absoluta”, ou seja, como obra de arte clássica,
que o burguês cultivado admira no museu, sem encontrá-la ainda em seu antigo local de destino e sem
compreendê-la em sua antiga mensagem.

- A autonomia estética da obra de arte tornou-se totalmente visível justamente com a perda das antigas
funções / Ela foi liberada, por assim dizer, depois que as antigas funções foram suprimidas / Por isso, o
novo observador tb pode lidar livremente com a arte, sem se deixar desviar por conteúdos e símbolos /
Quando não é contemporâneo, mas historiador, ele encontra a arte no arquivo da cultura

- A estética de Hegel tem seu lugar na história e coincidiu temporalmente com a cultura burguesa, na qual
o artista estava referido a si mesmo e a arte era exposta apenas ainda em museu / A reflexão artística
alcançou então um novo estágio, que possibilitava a pesquisa histórica como ciência.

- Já que o clássico já aconteceu, imitação cessa de fazer sentido, de uma distância que é fixada para sp /
Mas não é só o clássico em arte, mas a própria arte que já aconteceu na história / Como a revelação visível
do espírito, sua função na história universal só pode ser retrospectiva / De agora em diante, arte é
entendida como uma atividade do passado, quando medida contra “seu mais alto destino” numa famosa
frase de Hegel / Já que perdeu “sua antiga necessidade no mundo real”, foi substituída “mais para nossa
imaginação” / Hegel acrescenta “atraída pela presença estética, a obra de arte não mais guarda o conteúdo
religioso e histórico”, com que nasceu / “Emerge como uma obra de arte, que é autônoma” e, como
resultado, permite sua nova vida no território do museu ou sua qualificação para o discurso da estética /
É por isso que arte pode ser vista sem as distrações da temática ou simbolismo / Se o espectador é um
historiador, em vez de um contemporâneo, ele encontra arte no arquivo da cultura

3- EFEITO DURADOURO NA ESCRITA SUGSEQUENTE SOBRE ARTE / NO ENTANTO, É ERRADO


CONSIDERAR HEGEL COMO PROFETA DA MODERNA REMOÇÃO DOS LIMITES NA ARTE

- É decisiva a ideia de que a arte, como símbolo sensível da concepção de mundo, esteja integrada
indissoluvelmente no curso histórico das culturas / A arte não recebeu sua norma de si mesma, mas
representa as concepções de mundo fundamentais que residem em seu conceito / A ideia de Hegel,
fundamentalmente nova, de conceituar a função da arte na sociedade humana, foi na sequencia muito
depreciada como estética do conteúdo.

- A revisão de Hegel da função da arte na sociedade humana, que foi frequentemente depreciada como
“estética de conteúdo”, teve, no entanto, um efeito duradouro na escrita subsequente sobre arte, mesmo
dp de afastar-se do sistema de Hegel.

- Por outro lado, como reflexão livre acerca da nova situação da arte no mundo moderno, ela inspira até
hoje todas as formações teóricas.
- Uma vez que a arte hoje não permite mais a satisfação completa, a ciência da arte serve à nova
necessidade de definir a sua importância de modo geral / É um papel que já se cumpriu historicamente há
muito tempo / A nova ciência da arte é, no fundo, uma tomada de poder do intelecto, que tb vê a arte
começar e terminar, por assim dizer, a partir da visão superior de Deus, arrogando-se um juízo sobre para
que serve a arte / A arte ainda é apenas a matéria para uma consideração teórica, que sabe mais do que
a própria arte jamais soube / Por isso, é um mal-entendido alemão festejar Hegel como o progenitor da
estética, como se nunca tivesse existido uma estética mais antiga, mais próxima da arte / Hegel afirma
que, uma vez que a arte não mais oferece “total satisfação”, a “ciência da arte” serve para responder à
necessidade nova de definir o papel da arte, um papel já esgotado / A nova “ciência da arte” olha para a
arte numa bird´s eye view (vista panorâmica) da onde sua história é vista espacialmente, isto é, como um
panorama de uma evolução universal.

- Nesse estado de coisas, Hegel oferecia um modelo teórico em que a arte, embora ainda revele a sua
essência propriamente dita na observação retrospectiva do historiador, não o faz mais na prática de vida
do artista / Todos os estudos hegelianos (por mais que fossem realizados com grande empenho intelectual
com vistas a fundamentar novamente a modernidade de Hegel mediante uma interpretação adequada) não
conseguiram desfazer essa falha, talvez esse equívoco, na sua filosofia: o de poder julgar fora da história
e sobre a história.

- Por isso tb HB duvida que se possa requisitar Hegel como profeta de uma moderna remoção de limites
para a arte, como descreve mais uma vez Gianni Vattimo (1936, filósofo e político italiano, autor importante
no pós-modernismo europeu) em seu ensaio O fim da modernidade: tem-se em vista aqui a “utopia de
uma sociedade em que a arte não existe mais como fenômeno específico: ela é abolida e, no sentido
hegeliano, superada numa estetização geral da existência” / Ou: não se pretende a abolição, mas “a
experiência da arte no sentido de uma ocorrência estética integral” / “Semelhante explosão da estética
fora dos seus limites tradicionais” pode ser uma experiência contemporânea, mas dificilmente, sobretudo
quando relacionada com a negação do museu, pode ser justificada com Hegel, que presenciou e apoiou a
fundação do museu.

- Hegel era antes um representante do seu tempo e criou uma justificação decididamente metafísica para
o museu de arte recém-surgido, de cuja prática, no entanto, pouco sabia, apesar da proximidade com a
primeira fundação de um museu em Berlim.

VI- QUATREMÈRE DE QUINCY (1755-1849) - CONTRA HEGEL:

Secretário perpétuo da Academia de Belas Artes de 1816 (sucedendo a Lebreton) até 1839; não aceitava
a historização da arte; observava a nova HA com desconfiança; criticava a arte nos museus.

- Um homem da prática, como Quatremère de Quincy (1755-1849), o “Winckelmann francês”, tirou dos
mesmos fatos conclusões totalmente diferentes e publicou em 1815 a primeira crítica de museu sob o título
Considerações morais sobre a destinação da obra de arte / A fundação de museus era um fato irrevogável,
após o qual o olhar sobre a arte tornou-se uma visão retrospectiva sobre a HA / Mas para que servia ainda
a arte que perdeu nos museus todas as suas funções públicas? / A arte, em exposição como testemunha
principal da história, oferecia uma “imagem impressionante do progresso do espírito humano”, como
escrevia Joseph Lavallée (1747-1816, polígrafo e homem de letras; foi secretário do Museu Napoleão –
nome que o Louvre tomou em 1802 – e temporariamente seu diretor após demissão de Vivant Denon) em
1804, no 1º volume de sua Galeria do Museu Napoleão / Os catálogos do Louvre foram desde o início o
lugar de uma história abrangente da arte, um curso histórico no qual era possível informar-se sobre “a
origem e o progresso das artes”, como é dito pelo próprio Lavallée / Ao contrário, Quatremère, amigo de
Casanova e crítico de Napoleão, não queria conformar-se com a historização da arte e com a perda de sua
tarefa de permanecer na vida da época e formar o público no sentido autêntico / Era um adepto da
“imitação”, em vez da “observação” e do “raciocínio”: imitação, não apenas como ideal do artista, mas tb
como máxima dos leigos que tiram da arte uma “utilidade moral” no sentido do Iluminismo / Uma arte que
se retira da vida para o museu deixa de ser uma “escola de gosto”, na qual se experimenta na beleza um
ideal estético / Por isso acusava o “mal uso dos museus e o de uma crítica” que sabia tudo sobre a arte e,
no entanto, não havia compreendido nada sobre a essência dela / Naturalmente, ele observava a nova HA
com desconfiança e deplorava a falsa presença de obras no museu, onde estão “condenadas a um papel
passivo” e satisfazem apenas a curiosidade indiferente / Desde que “perderam o seu efeito, perderam o
seu motivo. Quando se faz da sua exposição um curso prático da cronologia moderna, mata-se a arte para
fazer a HA”.

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