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'L'
TORNEIRO MECÂNICO
( 1 FASE)
Elaboração de:
HELIO NAVES - MEC - Goiânia
HERCULANO LEONARDO SOBRINti0 -
LEOLINO DE SOUZA MATTA - SEiNAI -
NICOLINO TIANI - SENAI - São Paula
SÉRGIO RIBEIRO - SENAI - São Paulo
DEUSDEDIT CÂMARA - SENAI - Mina!5 G
SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEhIA1 - Mii
SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS
Algarismos de aco
Alargadores cõnicos
Alicate
Arco
universal
Contra molde
-
Cossinete Tarraxa - &
Desandador
Porca calibre
Ferro d e soldar
Gramin ho
Morsa de mão
w
Mandril - manivela
O torneamento cilíndrico é uma das da é quando a peça está prêsa na placa uni-
operaçóes básicas da profissão de torneiro me- versal ou na de castanhas independentes.
cânico. Trata-se de uma operação muito exe- Para abrir uma rosca ou para ajustar
cutada em quase todos os trabalhos de tor- um eixo num mancal, numa polia, numa
nearia. engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilín-
A maneira mais simples de ser efetua- drico.
FASES DE EXECUGÃO
I -- DESBASTAR
l.a Fase
2.a Fase
PRENDAA FERRAMENTA de desbastar,
verificando: Fig. 1
Escala
4.a Fase
APROXIMEA FERRAMENTA até tomar
7.a Fase
DESLOQUE A FERRAMÉNTA, pare o torno
I
contato com o material (fig. 6). e tome a medida (fig. 10).
Fig. 6
1- 5.a Fase
DESLOQUE A FERRAMENTA para a di-
reita e tome referência no anel graduado
Ifig. 7), marcando o ponto zero.
Fig. I0
_C
h, Comprimento do peço
Fig. 7
Fig. I 1
Fase
I
- DÊ PASSES, em todo o comprimento
Fis: 8 Fig. 9 (fig. 11), até que o diâmetro fique na medida
desejada e pare o torno. No fim de cada c) Se tiver que dar acabamento, deixe 0,5 a
passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao 1 mm a mais no diâmetro.
ponto de partida para iniciar novo corte.
OBSERVA$~ES
: a) Atenção para o sentido de giro da inani-
vela, quando afastar a ferramenta.
a) Antes de parar a máquina, afaste a ferra- b) Não abandone o torno nem desvie a aten-
menta da peça e desengate o avanço auto- ção, enquanto êle estiver em movimento.
mático. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes.
b) Para o torneamento automático, determi- d) Não use mangas compridas, pois são mui-
ne o avanço, consultando a tabela. to perigosas para trabalhar em torno.
I1 - DAR ACABAMENTO
1.a. Fase
OBSERVA~ÃO
:
2.a Fase
3.a Fase
5.a Fase
QUESTIONÁRIO
I
12 MEC - 1965 - 15.000
.- -- - - - -- .-- ..- . ..
FOLHA DE
TORNEIR0 TORNO MECÂNICO HORIZONT.4L INFORMAÇÁO 1.1
MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLOGICA
O Tôrno mecânico horizontal é uma rotajão, por meio de uma ferramenta de corte
máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta
mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da
superfície de urna peça em movimento de = peça.
Fig. 2 Fig. 3
Tdrno mecânico horirontal com transmissão Tôrno mecânico horizon-
extel-na. Vista lateral. tal com transmissão inter-
na. Vista lateral.
NOMENCLATURA
I
MEC - 1965 - 15.000
I
33
T~RNEIRO T O R N O MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE
INFORMAÇÁO 1.2
MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLóGICA
J
~ ~ ~ ~ r O- n
MnC~ctrnwnpabtM ~
CARACTERíSTICAS DO T 6 R N Q HORIZONTAL
QUESTIONAR10
1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vanta-
gem principal, quanto ao novo aspecto externo?
2) Diga as características principais de um tôrno mecânico horizontal.
3) Em que consiste a operação de tornear?
O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência.
de grande rigor ou precisão.
Fig. I
USOS DA ESCALA
I
MEC - 1965 - 15.000
F6LHA DE
TORNEIRO ESCALA . INFORMAÇÃO 1 -4
MECÂNICO TECNOL6GICA
L.o* 1"lM"nJ
CONSERVAÇÃO DA ESCALA
1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Náo flexione a escala, para que não se
ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre.
2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e
3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras.
diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de óleo fino na
escala, antes de guardá-la.
QUESTIONARIO
TORNEIRO
NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS
CONSERVAÇÃO
INFORMACÃO 1.b
TECNOLÓGICA I
1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inc1inaçã.o dêste,
da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida.
pressão exagerada no impulsor OU no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí-
fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da
2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça.
peça, mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura nor'mal. O
calor dilata a mesma e altera a medida.
I UUIVI PAQU
1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi-
evitando-se quedas. que com óleo fino.
2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me-
não deve ficar em contacto com as ferra- dição.
mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é,
3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida
judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa.
4) O paquímetro deve ser guardado em estojo
próprio.
38 MEC - 1965 - 15
I TORNEIRO
MECiNICO I RECOMENDAÇõES SOBRE O USO DO TORNO
I ..LHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA 1, 1.7
Tratando-se de máquina de grande pre- 11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha
cisão, de mecanismo complexo, de constante de atenção pode causar sério acidente.
emprêgo na oficina e de custo elevado, todos
12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada
os cuidados devem ser adotados pelo opera-
na placa de castanhas.
dor a fim de manter o torno sempre em or-
dem e bem conservado, assim como para usá- 13) Não tome desordenadamente as medidas
10, convenientemente, conforme as técnicas de da peça. Os detalhes dos desenhos ou dos
trabalho mais adequadas e as indispensáveis esboços são dimensionados visando a fins
normas de segurança. determinados. Execute-os dentro dos li-
Algumas regras gerais, consagradas pela mites especificados.
prática, são dadas em seguida, para orienta- 14) Não desperdice tempo trabalhando com
ção dos principiantes. precisão ou cuidado maiores do que os
exigidos pelo desenho ou pelo esboço.
15) Não procure justificar-se quando inutili-
1) Aprenda bem as funções dos seus diver- zar uma peça. Assuma a responsabilidade,
Isos órgãos. e procure executar peça melhor da próxi-
ma vez.
2) Mantenha-o convenientemente lubrifica-
do. 16) Não manobre qualquer alavanca nem gire
qualquer manípulo do torno, senão de-
3) Conserve-o limpo e em ordem. A máqui- pois que,conheça os resultados da mano-
na suja não é adequada a um trabalho. bra.
4) Compreenda e planifique completamente 17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu-
a tarefa, antes de iniciá-la. mulem em tôrno da ferramenta de corte.
5) Observe se o torno está bem equipado e, Quebre-os com um gancho. Melhor ain-
em seguida, trabalhe com prudência, e da é, em certos casos, esmerilhar a ferra-
menta, dando-lhe um "quebra-cavaco"
de modo ordenado.
(rebaixo de forma adequada).
6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- 18) Não trabalhe no torno com camisa de
te. As ferramentas embotadas ou "cegas" mangas compridas. Mantenha-as enrola-
atrasam a produção; dão mau acabamen- das acima do cotovelo.
to e impõem ao tôrno um injustificado
19) Não use paletó ou avental folgados, quan-
ou desnecessário esforço.
do trabalhar no torno.
7) Execute um corte que possa ser bem su- 20) Não use também gravatas longas ou anéis.
portado pela máquina, pela peça e pela
21) Não trabalhe no torno e converse ao mes-
ferramenta de corte. Várias sucessões de
mo tempo. Se você precisa falar, pare a
cortes leves desperdiçam tempo, obrigan-
máquina.
do o operador a trabalho desnecessário.
22) Não deixe de usar óculos de proteção,
8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize quando tornear peças cujos cavacos sal-
a máquina como se estivesse trabalhando tem. ,
i para si próprio, 23) Não tente verificar um furo, sem antes
9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das proteger-se da ferramenta, a fim de evi-
ferramentas de corte, depois que tenham tar ferimentos no braço ou na mão.
sido esmerilhados, o que aumenta a du- 24) Ao limar uma peça no torno, não o faça
ração dos mesmos. arqueando o braço esquerdo sobre a pla-
10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um ca.
requisito indispensável para que uma pes- 25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma
soa possa trabalhar. pesa ou ferramenta que esteja girando.
L
MEC - 1965 - 15.000
F6LHA DE
TORNEIRO
MECÂNICO
RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO T O R N O INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1.8
26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas
to. Se for obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno.
na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a
27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor-
tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base.
contra as guias do barramento do torno.
Um hábito que se deve adotar, ao apren- 1) a porca do carro não está engrenada no
der o manejo do torno, é o de certificar-se de fuso;
que o carro se move livremente ao longo das
guias do barramento, antes de pôr a máquina
2) as alavancas de avanço não estão ligadas;
em rotação. 3) a trava do carro não está,apertada;
A primeira medida que o mecânico ex-
perimentado deve tomar, quando vai traba- 4) as guias do barramento estão lubrificadas;
lhar em um tôrno, é mover o carro ao longo 5) a peça passará livre pelo carro, quando em
das guias, manualmente, para assegurar-se de .
rotação.
que :
I
positivos ou dimensões exigidas em cada caso,
Os tornos mecânicos podem ser classi- '
os seguintes mecanismos e partes:
ficados nos seguintes tipos:
1) Partes que suportam ou alojam os dife-
1 ) Tornos horizontais, de árvore horizontal e
rentes mecanismos (barramento, pés, ca-
barramento horizontal.
beçotes, caixas).
Fig. 1 Fig. 2
Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que na0 se dê flexão
cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre O
prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno.
parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal
porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da
Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de
do centro da peça, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~ão
penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90°
é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4).
!
.
Fig. 4
TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA
São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável
(fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7).
14 Fig. 5
Fig. 6
Fig. 8 Fig. 9
FASES DE EXECUÇÃO
l . a Fase
PRENDA
A PEÇA na placa (fig. 2).
OBSERVAÇÃO:
Deixe para fora da placa uni compri-
mento L, menor ou igual ao diâmetro 1) do
material.
2.a Fase
PRENDAA FEKKAMENTA de facear adc-
quada (fig. 3).
OBSERVAÇ~ES
:
a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em
ângulo com a face da peça (fig. 5 ) e na
altura do centro (figs. 4 e 5).
I)) O balariço 6 deverá ser o menor possível.
Fig. 4 Fig. 5
C) Quando, iiu taceamento de pecas não fu- tura da ponta cortante. No caso de ser
radas, a ferramenta é prêsa aciina ou ferra~nenta de carbonêto, ela quebra-se
I abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa ainda com maior facilidade.
um resto de corte H que provoca a rup-
3.' Fase
LIGUEO TORNO,aproxime, cuidadosa-
mente, a ferramenta do ponto mais saliente
da peça (fig. 8) e fixe o carro principal.
OBSERVAÇÃO:
Consulte a tabela de velocidade de
corte e determine a r.p.m.
1 4.' Fase
Fig. 10
Fig. 11
DESLOQUE A FERRAMENTA para o cen-
pzno
tro da peça (fig. 10), avance meio milímetro
e corte do centro para fora.
1 6.a Fase
Fig. 12
REPITAA 5.a FASE até que a face da
peça fique completamente lisa. CEAMENTO
OBSERVA~~ES:
a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos
dois lados e divida o material excedente
pelas duas faces.
b) Faça o movimento das mãos lento e uni-
forme, para obter uma superfície bem
acabada. Habitue-se a trocar de mão sem
parar o deslocamento da ferramenta.
c) O último passe deve ser bem fino ( I a 2
décimos de milímetro).
d) Sempre que possível, faceie usando o au-
tomático do torno. Neste caso, consulte a
tabela de avanços.
Fig. 14 - Faceamento d e peça
pequena, presa n a placa u n i -
versal.
Não deixe a ferramenta avanqar além
do centro da peça (face plana sem furo), pois
isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta.
NOTAS:
a) O faceamento no torno pode ser, também
feito em peças prêsas:
- entrepontas, com a contraponta rebai- Fig. 15 - Faceamento d a peça
xada para permitir o faceamento total entmpontas.
(fig. 11).
- em mandril paralelo (fig. 12).
- em placa lisa com cantoneira (fig. 13).
b) A ferramenta de facear deve ser escolhida
conforme o caso (figs. 14, 15 e 16).
c) Faceando entrepontas, use lubrificante na
contraponta.
d) Cuidado para que a ferramenta não toque
a contraponta. Fig. 16 - Faceamento de peça
grande, prêsa n a placa d e cas-
tanlzas independentes.
I
8 MEC - 1965 - 15.000
MECÂNICO
USO DA PLACA UNIVERSAL DE
TRÊS CASTANHAS I INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
.OLHA DE 1 12*1
i Cuidados a tomar:
-
1) Coloque a placa sôbre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno,
como mostra a fig. 1.
Fig. 1
5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoia- rior da placa, possaui concorrer para eni-
da sobre as castanhas. Coii~isso se evita perrar o seu mecanismo.
que os cavacos, por acaso caídos no inte-
1) Não prenda na placa peças fundidas em 4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa
bruto ou barras em bruto, com laininação dentada da placa. N5o convém lubrificar a
defeituosa. ranhura espiral, a fim de evitar a aderên-
2) Não introduza canos no inanípulo da cha- cia de sujeira ou cavacos.
ve de manobra com a finalidade de aumen- 5) De vez em quando, ou se houver alguma
tar o braço de alavanca e tornar mais enér- anormalidade no funcionamento da placa,
gico o apêrto. desmonte-a e limpe cuidadosamente todas
3) Para tornar melhor o apêrto da peça, as peças do seu mecanismo.
basta usar a chave de manobra nos três
encaixes dos pinhões da placa.
1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não
prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes.
que as castanhas fiquem muito salientes, 4) A peça bruta, com empenanlento ou irre-
ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa
ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem
2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes.
deverá, em regra geral, ser superior a três
vêzes o diâmetro da peça (A 1 3 d).
Fig. 5 Fig. 6
(Representação esquemática).
- -
I
1 =O
MEC 1965 15.000
TORNEIR0 FOLHA DE
MECÃNICO
OS A N É I S G R A D U A D O S D O T O R N O INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
2.3
OS ANÊIS GR.4DUaDOS
Para explicar coino se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a
tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2.
tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-
- -
TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÂNICO
OS ANÉIS GRADUADOS DO T O R N O INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
2.4
Aplicações
FERRAMENTA DE DESBASTAR
? *
4 MEC - 1965 - 15
I TORNEIRO
MECANICO I FERRAMENTA DE 1-ALEAR
I
FOLHA DE
INFORMACAO
TECNOLÓGICA
1 2.7
Fig. 1 Fig. 2
F ' r r ~ - ~ i i i ~ r reta
n t a (1'0 I r r ~ ( i t i i c , ! ~ reta
t a de
~ iti direita.
f ( i c ~ I. ftir c.r!l- ( i ~ s q ~ l e r d a .
/*= 1 I ~ e r r a r n r ? ; t areta d e
5 Fig. 6
curva d e Ferramenta cilrva d e
direita. facear 6 esqz~erdn.
FERKAMEN?',1 DE FACEAR
FBLHA DE
INFORMAÇÁO
-..-
TECNOL~GICA
2.8
Ferramenta faca
lateral direita. lateral esqu erda.
Fig. 7 Fig. 8
em passes profundos, com pequeno avanço e para os lados, isto é, se o gume é lateral, o
produzindo faceamento no rebaixo que deixa corte se dá do centro para o exterior; se a
na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- face é inclinada para trás, isto é, se o gume
ramentas: faca direita e faca esquerda. é frontal, o corte se dá do exterior para o
O faceamento com as ferramentas in- centro, qualquer que seja a forma da ferra-
dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro menta: reta ou curva.
I para o exterior da peça. Quando a ferramenta
tem a face de saída ou de ataque, conforme As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são
indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do montadas com pequena inclinação em relação
exterior para o centro. O que influi, então, ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5,
no sentido de deslocamento da ferramenta, é 6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal
a forma da face de ataque: se ela é inclinada perpendicular ao eixo longitudinal da peça.
FERRAMENTA DE FACEAR
I I
56 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
MECÂNICO I FAZER FURO DE CENTRO NO T O R N O
I FOLHA DE
OPERAC~~O 1 3.1
FASES DE EXECUCÃO
1." Fase
PRENDA
E CENTRE O material na placa.
2.a Fase
FACEIE(fig. 1 - Veja Ref. FO 2/1).
3." Fase
LIMPEOS CONES do mandril e do man-
gote.
4.a Fase
COLOQUEO MANDRIL no mangote
(fig. 2). Fig. 2 L
5.a Fase
PRENDAA BROCA DE CENTRAR no man-
dril.
6." Fase
APROXIMEA BROCA da peça e fixe o
cabeçote móvel, apertando a porca A (fig. 3).
v Fzg..4
OBSERVAÇÃO:
FUREaté atingir a medida.
QUESTIONARIO
FASES DE EXECUÇÃO
Fase
FAJA FURO DE CENTRO numa extremi-
dade do material.
Fig. 3
2.a Fase
COLOQUE LUBRIFICANTE no furo de
centro (fig. 3).
3.a Fase
LIMPEOS CONES e coloqiie a contra-
ponta no mangote.
4.a Fase
SITUE E FIXE O CABEJOTE móvel aper-
tando a porca A (fig. 4).
OBSERVAÇ~ES:
a) O mangote deve estar fora do cabeçote
de um comprimento igual a duas vêzes o
seu diâmetro (fig. 5).
b) A distância da contraponta à placa deve
ser igual à parte da peça que fica para Fig. 4
fora da mesma.
Fase
INTRODUZAO MATERIAL N A PLACA e
feche as castanhas sem, contudo, prendê-lo.
6.a Fase
APERTEAS CASTANHAS, acertando antes Fase
o furo de centro na contraponta e girando o VERIFIQUE O ALINHAMENTO da contra-
material. ponta pelas referências B e corrija, se neces-
sário, girando o parafuso C (fig. 4).
7.a Fase
AJUSTE A PRESSÃO DA CONTRAPONTA, OBSERVAJÕES:
girando a manivela do mangote, e fixe o mes- 1) Para essa correçáo, deve-se soltar a porca
mo apertando a alavanca D (fig. 4). A (fig. 4).
Fig. 6
I
62 MEC I
- 1965 - 15.000
TORNEIRO
MECÂNICO I SANGRAR NO TORNO
I FOLHA DE
OPERACÃO 1 3.5
A operação de sangrar no torno é muito SANGRAR OU BEDAME (fig. 1); tem a .ponta há-
executada pelo torneiro na abertura de canais gil e, por isso, é necessário muito cuidado na
e no corte de peças. A ferramenta usada nes- sua utilização.
sa operação é denominada FERRAMENTA DE
FASES DE EXECUÇÃO
I - ABRIR CANAL
l.a Fase
PRENDA,A PESA.
OBSERVA~ÃO:
Se usar placa, introduza a peça o máximo pos-
sível, de forma que o canal a ser feito fique'
próximo das castanhas, a fim de evitar que a
peça flexione (fig. 2).
2.a Fase
MARQUE OS LIMITES DO CANAL usando
uma ferramenta de ponta e o paquímetro
(fig. 3) ou, então, com o compasso de centrar 3.a Fase
e a escala (fig. 4). PRENDA O BEDAME, observando a altu-
a Pig. 3 Fig. 4
1
TORNEIRO F6LHA DE
SANGRAR NO TORNO
MECÂNICO OPERAÇAO 3.6
Fase
PREPARE
E .LIGUE A MÁQUINA.
Fig. 9
OBSERVAÇÁO:
- 1965 - 15.000
r
' 64 MEC
TORNEIRO FOLHA DE
MECÂNICO
SANGRAR NO TORNO OPERAÇÁO 3.7
Fase
Fig. 11 Fig. 12
I1 - CORTAR
l.a Fase
PRENDAA PESA (Veja parte I, 1.a Fase).
Corte A- B
2.a Fase
PRENDA O BEDAME (Veja parte I, Fig .
3.a Fase).
3.a Fase
MARQUE O comprimento da peça (fig.
14).
4.a Fase
SANGREcomo na 7.a fase, parte I, dei-
xando material para facear.
5.a Fase
CORTEA PESA (f ig. 15).
I I
MEC - 1965 - 15.000 65
I TORNEIRO
SANGRAR N O T O R N O FOLHA DE
3.8
MECÂNICO OPERACÃO
OBSERVA~~ES:
OBSERVAÇÃO:
PRECAUJÁO: NOTA:
Quando se sangram peças compridas,
Adote êste processo sòmente se o torno tem o esforço do bedame é muito acentuado. Usa-
placa de encaixe cônico e prêsa com porca, se, por isso, uma luneta fixa, a qual deve ser
pois, nos tornos comuns, a placa pode se de- montada bem próxima ao canal ou ao corte
satarraxar, expondo o operador a perigo. a ser executado (figs. 18 e 19).
. I
,
MECÂNICO (TABELAS)
INFORMAÇAO
VECNOLÓGICA
3.1
I
MEC - 1965 - 15.000
ROTAÇÃO POR MINUTO NO T O R N O FOLHA DE
TORNEIR0
MECANICO (TABELAS)
INFORMACAO
TECNOLÓGICA
3.2
C ' *
1" 1 "
WTERIAL A TORNEAR DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m )
F e r r o fundido 4 8 42 3% 35 32 29 27 25
Aço doce 95 85 76 69 64 59 55 51
O - d o 80 71 64 58 53 49 45 42
Aço d u r o 48 42 38 35 32 29 27 25
Bronze 182 159 127 113 102 93 8 5 78 73 68
Latão e dlumínio 296 259 207 184 1 6 6 1 5 0 1 3 8 1 2 7 118 110
@ TABELA DE nr.p.mm PAJU ACAJL D COM FERRBMENTA DE AÇO AO CARBONC
DIAMETROS (mm) -
MATERIAL A TORNEAR N ~ E R oDE ROTAÇ~ESPOR MINOTO ( r. p- .m )
Ferro fundido 136 119 106 95 85 76 69 64 59 5 5 51 48 42 38
Aço doce 159 1 3 9 1 2 4 111 99 89 8 1 74 69 64 59 56 50 45
Aço semi- duro 136 119 106 95 85 76 69 64 59 55 51 48 42 38
Aço d u r o 91 80 71 64 57 5 1 46 42 39 36 34 32 28 25
Bronze 296 259 230 207 184 166 1 5 0 1 3 8 1 2 7 1 1 8 1 1 0 1 0 3 92 83
L a t ã o e Alumínio 341 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 136 127 119 106 95
"2"
1 L a t ã o e Aluminio
L82
341
159
298
497
141
127 1 1 3 102 93 8 5 78 73 68 64 57 5 1
239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 1 3 6 1 2 7 1 1 9 1 0 6 95
265
442
398 354 318 289 265 245 227 212 1 9 9 1 7 7 L59
P68
EXEMPLOS : 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas-
1 tar ferro fundido corn ferramenta de aço
1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res-
I tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 111 r.p.m. (tab. 3).
pido, diâmetro da peça 55 mm. Res-
OBSERVA~ÃO:
1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3).
No caso de diâmetros que não constam
2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para traba- nas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para
lhos de acabamento em latão C O ~ Iferra- menor mais próximo. Exemplo: para des-
1 menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido,
I peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar
1
C
2). com 91 r.p.m. I
68 MEC - I 06s - 15 nnn
TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÃNICO
BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
3.3
Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren-
ap~iadaentre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro
cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica
Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, lia face dêsse outro topo,
quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptacão da contraponta.
O
0
N
Fig. 1 Fig. 3
Para a execução dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o
usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado
cujos tipos inais comuns são indicados a se- (fig. 6).
guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado-
broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das
(fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti-
boilo; e a segunda de aço rápido. Devido à cos.
.- .-
Fig. 5 Fig. 6
EXECUCÃO DO CENTRO
QUESTIONÁRIO
FERRAMENTA DE SANGRAR
A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI-
nominada Bedume, apresenta usualmente uma . GEIRA INCLINA~ÃO,a fim de conseguir a com-
das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des-
Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peça (fig. 2).
I
MEC - 1965 - 15.000 '1
71
.
TORNEIR0 INFORMAÇAO
FOLHA DE
MECÂNICO
FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME)
TECNOLÓGICA
3.6
I I
Fig. j
vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casas, a inversão da ferramenta e da rotação
ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man-
ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi-
trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. X desvantagem é que, conforme a
r
vore. Esta ferramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo
xibilidade que a ferramenta reta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se.
QVESTIONA.RJO
l.a Fase
I - TORNEAR CGNICO EXTERNO
I
TORNEIE CILÍNDRICOEXTERNO no diâ-
metro maior do cone.
OBSERVA$~O
Leve em conta o comprimento do cone.
2.a Fase
FIXEA ESPERA no $ngulo de inclinação
do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: *
a) Solte os parafusos de fixação da base Fig. I
giratória.
b) Gire a espera no ângulo desejado,
observando a graduação angular.
c) Aperte os parafusos.
OBSERVA~ÃO
Consulte a tabela de velocidade e de-
termine a r.p.m., considerando o diâmetro
maior do cone.
3.a Fase
INICIEO TORNEAMENTO pelo extremo B
da peça (fig. 3), com passes finos, girando a
manivela da espera vagarosamente. Troque as
mãos, na manivela, de modo que não inter-
rompa o corte.
4.a Fase
VERIFIQUE O ÂNGULO do cone, quando
Fig. 4 Fig. 5
Tvet,ifir.a!.ãocom trcc?zsfe~.i(loi. T'erificação com. calibrado?-.
( C o n e po?ico precisa). (Cone de precisno).
I
MEC - 1 965 - 15.000
a) Para corrigir o ângulo, desaperte os para-
fusos da base giratória, gire-a levemente no
sentido desejado e reaperte os parafusos.
6.a Fase
Cuidado para não machucar a mão na DÊ os PASSES FINAIS,movimentando a
ferramenta. Afaste-a bem. ferramenta de A para B (fig. 6), até ficar no
comprimento desejado.
5.a Fase
RECOMECE O TORNEAMENTO pela meta-
OBSERVAÇÃO:
de da parte cônica, com cuidado, para tirar o Os cones dever50 ser ajustados no ân-
mínimo possível (fig. 6) e, se necessário, faça gulo desejado, antes de atingirem a medida
novos ajustes até que o ângulo fique na me- final.
dida.
l.a Fase
TORNEIE CILÍNDRICO INTERNO no diâ-
metro menor do cone.
:
OBSERVAÇÃO
Leve em conta o comprimento do cone.
2.a Fase
FIXEA ESPERA no ângulo de inclinação
do cone (Veja 2.a fase da parte I).
1 Fig. 7
3.a Fase
A FERRAMENTA de alisar inter-
PRENDA
no. .
OBSERVAÇÃO
:
Movimente a ferramenta, girando-a no
sentido das flechas, quando faltar menos de
1 mm, para acertá-la na altura (fig. 7), utili-
zando, para isso, o verificador. Fig. 8
4.a Fase
SITUEO CARRO em. posição de tornear
o cone (Veja 4.a fase da parte I).
Fig. 1
FASES DE EXECUÇÃO
l.a Fase
CONES LIMPOS
FACEIE
---
2.a Fase
COLOQUEO MANDRIL para brocas 110
cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca
pela haste cilíndrica (fig. 3).
Fig. 2
OBSEXVA~~ES:
a) Se a broca tiver haste cônica (fig. 4) não
precisa de tnandril; basta introduzir sua
haste no cone do mangote. Se necessário,
use bucha de redução (fig. 5). Para a inon-
tagem, os cones do mangote, da haste da corpo / /Haste cilíndrico
broca e da bucha de redujão devem estar
liiilpos e secos. Fig. 3
a .-.-. -. -.
HASTE cÔNICA
Fig. 4
ESPIGA
Fig. 5
3.a Fase
PREPAREO TORNO, para a furação.
Fig. 6
Consulte a tabela de velocidade de corte para
brocas e determine a r.p.m.
Limpe e lubrifique as guias do barramento.
4.a Fase
5.a Fase
FIXE O CABEÇOTE MÓVEL,apertando a
porca, e ligue o torno.
7 .a Fase
AFASTEo CALFO e verifique novamente oBsERvA~Ã02
8.a Fase
CONTINUE A FURAR, afastando, constan-
temente, a broca da peça e limpando-a com
um pincel embebido em um fluido de corte
adequado ao material a ser furado.
5
Furo inicial
Se o esforço para furar é muito grande, verifi-
que se a broca está bem afiada. No caso de
broca de diâmetro grande, às vêzes, é neces-
sário fazer um furo inicial de diâmetro menor
(fig. 10).
Fig. 10
9." Fase
TERMINE
O FURO, na profundidade de-
sejada.
OBSERVA~~ES:
Fig. 11
a) O comprimento do furo pode ser contro-
lado pela escala existente no mangote (fig. passo, neste caso, é igual ao comprimento
12); se não houver esta escala, use um total que fica fora do mangote, menos o
compasso interno. A abertura do com- comprimento do furo (fig. 13).
/'1
MANOOTL
- Comp. do furo
-_Abertura do wmpos6e
r :
Com~rimrntototol
Fig. 12 Fig. I?
I-
MEC 1965 - 15.000
TORNEIRO FOLHA DE
FURAR NO T O R N O
MECÂNICO O PERACÃO 4.8
r
Fig. I 6
O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa: para medir ou verifi-
I
I
ou verificar ângulos nas pejas que executa, a car ângulos, é um Goniômetro o.u Transferi-
fim de usinar ou preparar determinadas su- dor.
perfícies com o rigor indicado pelos desenhos.
MEDIÇÃO DE UM ÂNGULO
Em geral, o goniômetro, ou instrumeil- dro universal, que possui mais duas pejas (es-
to de medida angular, pode apresentar, ou um quadro de centrar e esquadro com meia es-
círculo graduado (360°), ou um semi-círculo quadria).
graduado (1800), ou um quadrante graduado O fixador prende o disco graduado e a
(90°). Pràticamente, 1 grau é a menor divisão régua. O alinhamento dos traços extremos do
apresentada diretamente na graduação do go-
disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da
niômetro. Quando possui vernier, pode dar
aproximação de 5 minutos. O goniômetro de régua. No arco, encontra-se um traço "O" de
alta precisão aproxima até 1 minuto. referência. Quando a base é perpendicular à
Um tipo de goniômetro muito usado borda da régua, a referência "0" do arco coin-
na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). cide com o "90°" do disco. Quando a base é
Suas duas peças fazem parte de um conjunto paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco
denominado Esquadro combinado ou Esquu- coincidem.
Rdguo groduo
,
o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura.
ples (figs. 2, 3 e 4).
II
I
I Fig. 7
CAUmfLiT"Im
L0 BOM GONIÓMETRO OU ?"BAN.?FZRI3iCIR
5
QUESTIONARIO
A broca helicoidal é a ferramenta que, to da broca, cujo corpo se apresenta com ares-
adaptada à máquina, produz na peça um furo tas e canais em forma de uma curva denomi-
cilíndrico, em conseqüência de dois movimen- nada hélice.
tos que se realizam ao mesmo tempo: rotação A broca helicoidal é também chamada
e avanço. broca americana.
O nome "helicoidal" é devido ao aspec-
I É fabricada, em geral, de aço ao car- lor do atrito, desgastam-se menos, podem tra-
bono. Para trabalhos que exijam, porém, alta balhar com mais rapidez, sendo, portanto,
rotação, usam-se brocas de aço rápido. Estas mais econômicas.
oferecem maior resistência ao corte e ao ca-
Si& c
dd OEk*
Fig. I - Broca helicoidal de haste cilindrica.
1) Ponta da broca
É constituída por duas superfícies cônicas A ação da aresta é a de calcar o mate-
que, no seu encontro, formam a aresta da rial., mediante a grande pressão causada pelo
ponta (figs. 1 a 3). O ângulo destas duas movimento de avanco (fig. 3). A aresta da
superfícies cônicas é denominado ângulo ponta não corta o ,material.
da ponta.
I
MEC - 1965 - 15.000
FOLHA DE
TORNEIR0 BROCA HELICOIDAL INFORMAÇÁO 4.4
MECÂNICO -(NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA
I
C
2) Corpo da broca
a) Guias - São estreitas superfícies heli-
coidais que mantêm a broca em posição
correta dentro do furo, sem produzir
corte, O DIÂMETRO DA BROCA É MEDIDO
ENTRE AS DUAS GUIAS (fig. 4).
QUESTIOI - - RIO
A broca helicoidal 6, por vêzes, usada 2) para a execução de furo, definitivo, com
em trabalhos no torno. Eis alguns casos: diâmetro pequeno, quando não é posslvel
I 1) para a execução de furo, q;e deva ser pos-
fazer nêlê penetrar- uma ferraminta de
torno;
teriormente torneado no seu interior por
I
uma das ferramentas de torno, tais como 3) para a execução de furo em peça fixada na
a de broquear, a de facear interno, ou a espera superior. Em tal caso, monta-se a
de abrir rosca interna; broca na árvore do torno.
No caso mais comum do uso da broca dem ser de haste cilíndrica, não exigindo gran-
no torno, é ela fixada no cabeçote móvel, en- de pressão de corte, faz-se a fixacão no man-
quanto a peça se prende geralmente numa pla- gote por meio de um mandril (fig. 1).
ca de castanhas: a broca é então fixa, a peça As brocas maiores devem ser de haste
possui o movimento de corte e o avanço é cônica e se fixam, ou diretamente no mangote,
dado manualmente no volante do cabeçote se forem iguais os cones Morse, ou por meio
móvel, pelo deslocamento do mangote. da bucha de redução que for adequada (fig. 2).
Para brocas até cêrca de 1/2", que po-
Fig. 2
A aresta da ponta da broca ao iniciar até que suas arestas cortantes tenhain pene-
a penetração na peça, devido à rotação desta, trado bem na peqa.
tende a desviar-se, podendo assim descentrar Em trabalhos comuns, usa-se guiar a
o furo. É necessário, portanto, guiar a broca, broca, no inicio do furo, por meio de uma
..v -.
TORNEIR0 FÔLHA DE
MECÂNICO O USO DA BROCA HELICOIDAL NO T O R N O INFORMAÇÃO
TECNOL6G1CA
4.6
Fig. 3
Fig. 4 Pig. 5
QUESTIONARIO
,.- .
I
I
TORNEIR0 FOLHA DE
4.8
CABEÇOTE M6VEL DO TORNO INFORMAÇÃO
MECÂNICO TECNOLÓGICA
v
QUESTIONARIO
Fig. 3 Fig. 4
Placa de arrasto, de pino. Placa de arrasto, de segurança.
1 TORNEIRO FGLHA DE
MECÂNICO
PLACA AlIRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACAO 5.2
TECNOLÓGICA
ARRASTADORES
O tipo de arrastador mais empregado é o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com
a placa de pino ou com a placa de segurança.
As pontas do tôrno são cones duplos de se adaptam aos centros da peça a tornearl cotii
aço, temperados e retificados, cujos extremos o fim de apoiá-la (figs. 1 e 2).
PONTA E CONTRAPONTA
1) Para retirar a ponta da árvore do torno, Para afrouxar o apêrto da haste da contra-
mantém-se sua extremidade, envolvida em ponta no mangote, gira-se o volante do
estopa, com utna das mãos. Com a outra cabeçote móvel da direita para a esquerda,
mão, dá-se uma pancada firme em uma até que as extremidades internas da con-
haste própria que tenha sido introduzida traponta e do parafuso de movimento do
no furo da árvore. Dêsse modo se conse- mangote se toquem. Com urna ligeira
gue afrouxar o apêrto da haste da ponta pressão, girando no mesmo sentido, con-
e esta é retirada, em seguida, com todo o segue-se afrouxar a contraponta.
cuidado, protegida pela estôpa.
L I
MEC - 1965 - 15.000 95
PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA FÔLHA DE
TORNEIRO
MECÂNICO
ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇÃO 5.4
' DILATAÇÃO DA PEGA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA
A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na pega e danificar o tbrno.
a contraponta deve girar sem folga, mas tam- Conforme o grau de calor, pode ser alterada
bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, também a tçmpera das portanto, du-
porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da
ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo rante a operação, deve-se manter sempre bem
com a contraponta. O calor D r o ~ u za lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,
dilatação da peça. Estando ela sem iolga, re- ainda, corrigir, de vez em quando. a ajusta-
sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.
PONTA RDTATNA
Neste tipo de ponta, que
é adaptado no mangote do ca-
beçote móvel, não há atrito. A
ponta de aço pròpriamente
dita, temperada e retificada,
gira com a peça (fig. 4).
É montada dentro de
uma bainha, cuja parte poste-
rior é em cone Morse, para se
adaptar no furo do mangote.
Entre a bainha e a haste da
ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira
suavemente e suporta bem esforços radiais e axias ou longitudinais.
QUESTIONARIO
A planeza das faces das peças verifica- trumentos auxiliares de controle, estará então
se por meio de réguas ou planos de controle. habilitado a verificar a forma que vai dando
Os ângulos entre faces podem ser verificados à peça, em obediência aos desenhos orienta-
por esquadros, goniômetros ou transferidores. dores da sua execução. Tais moldes ou mo-
Quando, entretanto, o mecânico necessita delos são chamados gabaritos.
executar uma peça com um perfil complexo
como, por exemplo, o da fig. 1, não bastam
os recursos citados.
Há curvaturas e formas especiais cujo
rigor tem que ser controlado durante a exe-
cução da peça, sem o que ela irá apresentar
defeitos e não poderá ser utilizada.
Em tais casos, o mecânico será obriga-
do a utilizar modelos ou moldes exatos de
partes do perfil. Muitas vêzes, terá mesmo
que confeccionar, antes da execução da peça,
um ou mais moldes do perfil. Com êsses ins- Fig. I
Fig. 2 Fig. 5
;;Ii Fig. 3
Fig. 4
Estôjo de gabaritos de
curvaturas.
Fig. 6
GABARITOS DIVERSOS
O ferreiro, o serralheiro e o caldeireiro usam como gabarito uma peça inteira, exe-
usam com frequência gabaritos (que não são cutada cuidadosamente em primeiro lugar
de precisão), para confeccionarem as suas pe- (exemplo: ornatos, peças curvadas, etc.). Na
ças. A maioria dêsses gabaritos é de chapa. confecção das demais peças, iguais, vai o ope-
Podem ser de dois tipos: 1) chapas re- rador dando-lhe formas sucessivas, cada vez
cortadas; 2) simples traçados sobre chapas. mais aproximadas do gabarito, até atingir
Por vêzes, entretanto, em trabalhos seriados, aquela que com êle coincida.
As vêzes, no torno, precisa-se dar à peça Êste trabalho é, entretanto, difícil, exi-
uma forma variada mas regular, cujo perfil, ge muita perícia, redobrados cuidados e fre-
formado de retas e curvas, seja simétrico em quentes controles da forma por meio de mol-
relação ao eixo geométrico da peça. Serve essa des ou modelos chamados Gabaritos. Para uma
operação para tornear um Sólido de revolu- só peça ainda serve. Para o torneamento de
ção perfilado. A usinageiil no torno pode ser várias peças, em série, é, entretanto, uma ope-
feita, como está na fig. 1, por movimentos ração imprópria, capaz de produzir, apesar dos
combinados de avanços transversais e longi- cuidados, variações de formas e de medidas,
tuclinais da ferramenta. além de exigir longo tempo.
Fig. 1
rzg. Fig. 8
Fig. 9
PorM fctiomcnta
m t o circular
de aloque
Fig. i 1 Fig. i0
QUESTIONARIO
Os recartilhados são feitos para evitar aperto. Variam de formas e dimensões segun-
que a mão deslize quando se toma a peca. Há do as finalidades e proporções das pecas em
casos em que são feitos para melhorar o as- que se aplicam.
pecto das peças Os recartilhados podem ser paralelos
Os recartilhados se aplicam em pegas (fig. 1 ) ou cruzados (fip 2). Os paralelos são
de máquinas que devam dar ao operador fir- geralmente usados em superfícies curtas, me-
meza ao empunha-las ou, então, em pecas de ilores ou iguais a largura da recartilha.
Fig. I
FASES DE EXECUÇÃO
l.a Fase
Rddono estriado
TORNEIE
a parte a ser recartilhada, dei- I
xando-a lisa, limpa e com diâmetro ligeira-
mente menor, dependendo:
a) Do material da peça.
b) Do passo e do ângulo das estrias da recar-
tilha.
Za Fase
PRENDA
A RECARTILHA, verificando:
a) A altura (fig. 3). A recartilha deverá ficar
na altura do centro da peça.
b) O alinl-iamento (fig. 4). A recartilha deve-
rá ficar perpendicular à superfície a ser
recartilhada.
3.a Fase
RECARTILHE.
a) Desloque a recartilha até próximo ao ex-
treino da parte a ser recartilhada. Fig. 4
h) Ligue o torno.
FOLHA DE
MECÂNICO
K K A R T I L H A R NO T O R N O OPERACÃO 6.2
OBSERVA~ÃO:
Consulte a tabela e deterinine o nvanco e a
I
104 MEC - 1965 - 15.000I
TORNEIRO FOLHA DE
MECÂNICO
TEMPERAR E REVENIR OPERACÃO 6.3
I
FASES DE EXECUÇÃO
I - TEMPERAR E M AGUA E REVENIK
l.a Fase
A Q U E ~'1APEJA NA FORJA.
OBSERVAÇ~ES :
a) As peças de pouca espessura não são cober-
tas a fim de permitir o coritrôle visual do
aquecimento e evitar que se "queimem". Ferramenta
b) O aquecimento deve ser lento.
c) Deve-se aquecer sòmente a parte que vai
Parte
ser temperada. resfriada
2." Fase
Fig. I
TEMPERE.
a) Segure a peça com a tenaz.
b) Mergulhe, em água. sòmente a parte da
pega que vai ser temperada (fig. 1)) até o
esfriamento total.
OBSERVAÇÃO: ,
i
- 1965 - 15.000 105
TORNEIRO T E M P E R A R E REVENIR
FÔLHA DE
6.4
OPERACÁO
. MECÂNICO
NOTA:
Quando o mecânico tem prática em fazer tra-
tamento térmico, pode, em alguns casos, tem-
perar em água e fazer o revenimento com o
próprio calor do corpo da peça (fig. 5). Neste
caso, êle esfria a ponta da ferramenta, limpa, locarnento
espera que o calor que ficou no corpo se pro-
pague até o corte e, no momento que chega ~ l g 5.
INFORMACAO COMPLEMENTAR:
2." Fase
ESFRIEEM ÓLEO, depois que a bola e a
pancada atingirem a coloração desejada.
Fig. 6
t
106 MEC - 1965 - 15.000
j TORNEIRO FOLHA DE
1
I
MECÂNICO
RECARTILHAS INFORMACAO
TECNOLÓGICA
6.1
RECARTILHAS
REÇARTILHADO
Levam-se em conta o material e as di- recartilliaclo. Eis uma pequena tabela que es-
mensões das peças, para dar boa aparência ao pecifica dimensões (ver figs. 9 e 10).
3-
T
Fig. 9 - Simples.
a
6 a 14mm
Acima de
64mm 14mm 1 1 192
~ t 66mm O *8 O *8 O *8
De 64mm 6 a 14mm 0*8 0, 8 1
a 14 a 3Omm 1 1 1*2
100mm
Acima de
30min * 192 192 196
te-(
Fig. 10 - Cruzado.
QUESTIONÁRIO
FASES DA OPERACÃO
1.0) Aquecimento lento e uniforme até que tura do forno) mostra a temperatura da
o aço adquira por completo a tempera- têmpera e o momento em que a peca se
tura de têmpera (aproximadamente 500 torna totalmente aquecida, passam alguns
acima do ponto de transformação). De minutos. Deve-se manter a peca no forno,
um modo geral, como exemplo, a tempe- portanto, mais algum tempo: cêrca de 3
ratura de têmpera pode atingir aproxi- minutos para peças delgadas e 10 ininu-
madamente os valores a seguir: tos para peças pesadas.
Aços meio-duros (0,4 a 0,6 Oj de carbo- 3.O) Resfriamento - Passa-se a peça o mais
no) : 750° +50° = 8000 C ràpidamente possível do fogo para o ba-
Aços duros (0,6 a 0,8 % de carbono) nho de resfi-iamento. Deixa-se que se res-
735O + 50° = 7850 C frie ràpidamente até cêrca de 400° C, a
Aços extra-duros (0,8 a 1,5 Oj de carbo- partir daí a temperatura baixa lentamen-
no) : 720° + 50° = 7700 C te. O resfriamento, assim em duas fases,
diminui as possibilidades de deformação
2.O) Manutençno da tenzperatura de têmpe- da peça e de ocorrência de fendas ou
ra - Entre o momento em que o PirÔ- fissuras na massa do aço, devido às ten-
metro (aparelho indicador da tempera- sões internas.
I I
MEC - 1965 - 15.000 109
TORNEIR0 FOLHA DE
MECÂNICO
A TÊMPERA DO AÇO INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
6.4
I
Fig. 2 Fig. 3
Aquecimento no forno a óleo Aquecimento no forno elétrico
MEIOS DE RESFRIAM TO
Os fluidos usados na têmpera têm a fi- 3) óleos vegetais e minerais. Produz têmpera
nalidade de provocar o resfriamento rápido mais suave, sendo lento o resfriamento em
das peças, das quais êles retiram o calor. É relação aos dois primeiros fluidos citados;
usado, em geral, um dos seguintes banhos de
4) corrente de ar frio, para fraca velocidade
têmpera:
de têmpera. É usada na têmpera de aços
1) água, com temperatura de 15 a 20° C (água rápidos;
fria). Produz a chamada têmpera sêca, que 5) banhos de sais químicos ou de chumbo fun-
endurece bem o aço, sendo rápido o res- dido, ou de zinco fundido. São também
friamento; usados para a têmpera de aços rápidos.
2) solução de água e soda ou cloreto de sódio.
Produz a chamada têmpera muito sêca;
QUESTIONÁRIO
Amarelo claro
Amarelo palha
Amarelo
-Amarelo escuro
Amarelo de ouro
Castanho claro
Castanho avermelhado
Violeta
Azul escuro
Azul marinho
Azul claro
Azul acinzentado
Como no caso da têmpera, uma vez atin- calor por alguns momentos, de modo a per-
gida a temperatura desejada (acusada pelo pi- mitir que o grau de aquecimento se torne uni-
rômetro ou pela cor), mantém-se a peça ao forme na peGa.
A ferramenta de desbastar é a mais usa- las depende a boa execução dos trabalhos de
da no torneamento e no aplainamento de torno e de plaina.
peças. As fases de execução da afiação da fer-
A preparação e a reafiação de ferra- ramenta de desbastar à direita são as mesmas
mentas constituem importante operação a ser para a afiaqão da ferram.enta de desbastar à
feita pelo torneiro e pelo ajustador, pois de- esquerda (figs. 1 e 2).
FASES DE EXECUGÃO
I .a Fase
ESMERILHE
O ÂNGULO DE RENDIMENTO
R (fig. 3).
PRECAU~ÃO:
Use máscara ou óculos de. proteção (fig. 4).
Fiç. 4 Fig. j
Fig. 7 Fig. 8
I ?.a Fase
ESMERILHE O OUTRO LADO, formando o Consulte a tabela de ângulos.
ângulo de ponta (figs. 11 e 12), repetindo as
iiiesmas fases anteriores.
Fig. 12
Fig. 11
a) Deixe a aresta de corte na posicáo hori-
zontal (fig. 13) e paralela coni o rebolo
(fig. 14).
b) Consulte a tabela de ângulos.
' 3.a Fase
FAJA O ÂNGULO DE ATAQUE (saída), es-
merilhando a face de saída ou de ataque.
.. . _ ." ._ ,. ,. ..
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I . . . .,
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3..
. I
1 1
MEC - 1965 - 15.000
I TORNEIRO AFIAR FERRAMENTA DE DESBASTAR FOLHA DE
7.4
. MECÂNICO OPERACÃO
I
4.a Fase
VERIF~QUE
O ÂNGULO DE CUNHA com transferidor (fig. 15) ou verificador firo
(fig. 16).
OBSERVA~~ES: NOTAS
:
Fig. 17 Fig. 18
QUESTIONÁRIO
118 MEC
-
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 SERRAR IMATERIAL ESPESSO FOLHA DE
7.5
MECÂNICO (A MÃO) OPERACÃO
FASES DE EXECUCÃO
l.a Fase
PREPARE
O ARCO DE SERRA.
Fzg. 1
Za Fase
SERRE.
a) Inicie o corte, guiando a serra com o dedo
polegar (fig. 2). Mantenha a serra ao lado
do risco e levemente inclinada para a Fig. 2
frente (fig. 3).
OBSERVA~ÃO:
Essa inclinação facilita o início do corte e
evita que se quebrem os dentes da serra.
..
LICP I ~ L C i c nnn .l-a
QUESTIONÁRIO
-
6RGÃOS DA MAQUINA
APOIQS DA FERRAMENTA
Os apoios da ferramenta são articula- ranzentas) nas quais o apoio tem articulações
dos para permitir a colocação da aresta de diversas, peças de fixação da ferramenta e gra-
corte em contacto com a superfície do rebolo, duações de precisão, para se obterem ângulos
na posição apropriada (exemplos nas figuras rigorosos. Nessas máquinas a afiação se faz la-
3, 4 e 5, no caso de ferramentas de torno). teralmente, na face de um rebolo especial (Re-
Há esmerilhadoras (Afiadoras de Fer- bÔ1o Cilíndrico).
Fig. 3 Fig. 4
QUESTIONÁRIO
MODO DE USAR
I
(A-"
Fig. 3 - Verificação do i n g u l o d e uma ferramentu
de plaina o u tdrno.
I
MEC -- 1965 - 1 5.000 1
TORNEIR0 VERIFICADORES DE ÂNGULOS
FOLHA DE
INFORMACAO
MECÂNICO TECNOLÓGICA 7.4
-- -
---
-
i
-
--
-
-
----. .~
=
MEC - 1965
I
- 15.000
TORNEIR0 FERRAMENTA DE CORTE DO T O R N O FGLHA DE
MECÂNICO (NOÇÕES GERAIS)
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
7.5
J
O mecânico utiliza, no torno, uma fer- para usinar o ferro fundido, o aGo e outros
ramenta de corte, de material muito duro, metais ou ligas.
Fig. 1 Fig. 2
I J
I MEC - 19.65 - 15.000 125
TORNEIR0 FERRAMENTA DE CORTE DO TOKNO F8LHA DE
MECÂNICO (NOÇÕES GERAIS)
INFORMACAO
TECNOLÓGICA
7.6
I
2) Aço Rápido - É uma liga de ferro, car- 3) Carbonêto Metálico - É mais duro que o
bono e tungstênio. Apresenta também; em aço rápido, apresentando-se em pequenas
menores porcentagens, outros elementos pastilhas, duríssimas e de diferentes for-
como cromo, cobalto, vanádio e molibdê- mas. Suas marcas mais conhecidas são: Wi-
nio. Fica muito duro (grau 65 da escala dia, Carboloy e Estelite. Estas pastilhas
de dureza "Rockwell C"), uma vez tempe- são soldadas numa haste de aço, que for-
rado, até a temperatura de 550 a 6000 C. ma o corpo da ferramenta de corte.
Fig. 6
Fig. 7 Fig. 8
QUESTIONAR10
I I
126 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
MECÂNICO I ÂNGULOS DAS FERRAMENTAS DE CORTE
(CARACTERIZAÇÃO E VALORES USUAIS) I FOLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
1 7.7
Para a obl c iição das melhores condições ta, de uma só vez, na ferramenta de desbastar,
técnicas e econômicas, em cada tipo de traba- em que se apresentam todos êles. Na maioria
lho ou de material a usinar, foram feitas nu- das ferramentas de torno aparecem ângulos
merosas experiências, de que resultou o esta- em condições semelhantes. Há poucas exce-
belecimento de determinados perfis, assim co- ções, como na ferramenta de sangrar e nas fer-
mo de certos ângulos nas ferramentas de corte. ramentas de alisar. Nessas não se encontra a
O conhecimento dos perfis vem sendo dado, totalidade dos ângulos que, na presente folha,
nesta série de Informações Tecnológicas, em serão discriminados e caracterizados em rela-
cada tipo de ferramenta que se estuda. A ca- ção à ferramenta de desbastar.
racterização dos ângulos, porém, pode ser fei-
Fig. 2 Fig. 3
-
S 0 O
O
O
4
F e r r o fundido macio 5' 7g0a 77' 6Oa 8' 12Oa 18' a OO a
k d
P) OJ O
Aço ex tra-duro 10' 74Oa 72' 6Oa 8' l o O a 15' O* rd cdo
(B cn
a m o d o a
Aço duro 20' 64Oa 62' 6Oa 8' 12Oa 20' O
rl
k
a a a
'2
,* v
0
Aço doce 22Oa 30°620a 52' 6Oa 8' 15Oa 25' a Q> a
0 0a d
(d
QUESTIC I0
FASES DE EXECUÇÃO
Fig. 1
Fíg. 3
Fig. 5
h
132 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIR0 T O R N E A R C;LL,INDR 1C:O INTERNO
FOLHA DE
OPERACÁO 8.3
MECÂNICO
I
3.a Fase
PREPAREE LIGUE O TORNO.
OBSERVAJXO:
Consulte a tabela e determine a r.p.m. e o
avanGo.
4.a Fase
Fig. 8
I e) Desligue o torno.
QUESTIONARIO
Quando o torneiro fura uma peça no A operação que o torneiro executa para
tôrno, com uma broca, obtém geralmente o desbaste e o acabamento das superfícies in-
uma superfície interna rugosa que nem sem- ternas dos furos, com diâmetro preciso e bom
pre se apresenta bem centrada e perfeita- estado de superfície, se chama broquear. Por
mente cilíndrica. Por outro lado, as brocas essa operação se produzem interiormente
de diâmetros grandes são muito caras e, por tanto superfícies cilíndricas como superfícies
isso, r.aramente se usam nos trabalhos de cônicas.
tôrno.
FERRAMENTA DE BROQUEAR
Fig. 1
Fig. 3 Fig. 4
Fig. 8
neira que a parte mais elevada da aresta de Figura, a seguir, uma tabela de valores
corte fica à altura do eixo da barra, como se dos ângulos de folga ou incidência e de saída
vê na fig. 8. ou ataque para alguns materiais, com ferra-
A curvatura do bico deve dar uma in- mentas de broquear de aço rápido (indicadas
clina~ãolateral segundo o ângulo de 30°. O por R) e com ferramentas de pastilhas de
ângulo de direção é também de 30° (fig. 9). carbonêto metálico (CM):
I I
136 MEC - 1965 - 15.000
TORNEI R 0
MECÂNICO
FERRAMENTA DE ALISAR
FOLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLóGICA
1 8.3
FERRAMENTA DE ALISAR
A ferramenta de alisar pode ter uma Os dois tipos devem ser cuidadosamen-
das formas indicadas nas figs. 1 e 2. A de te afiados na pedra untada de óleo. Quanto
fig. 1 é a Ferramenta de alisar de bico urre- mais caprichada for a afiação dos gumes des-
dondado, mais comum. Apresenta U M LIGEIRO sas ferramentas, mais aprimorado será o ali-
ACHATAMENTO NA PONTA,MEDINDO 1,5 A 2 samento da superfície.
VÊZES O AVANJO POR GOLPE.É RIGOROSAMENTE Na operação de alisar deve haver tam-
PARALELO À SUPERFÍCIEA ACABAR. A da fig. bém unia refrigeração abundante, que con-
2 é a Ferramenta de alisar de bico quadrado. serve a aresta corcante da ferramenta. É tam-
Seu gume, também rigorosamente paralelo à bém conveniente que as ferramentas de alisar
superfície em acabamento, é largo, produ- trabalhem com profundidade de corte e avan-
zindo mais acentuada pressão de corte, razão 50 reduzidos e com rotação elevada.
pela qual esta ferramenta provoca trepidação O grau de acabamento de uma super-
quando há folga, por menor que seja, nos fície alisada é relativo e depende das condi-
mancais da árvore. O avanço, por volta, pode ções de ajustagem a que a peça deverá satis-
ir até perto da metade da largura do gume. fazer quando for montada num conjunto
mecânico.
TORNEIR0 FÔLHA DE
MECÂNICO
FERRAMENTA DE ALISAR INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
8.4
h
Fig. 3
Fig. 6 Fig. 7
Fig. 9 Fig. 1O
,FACES E ARESTA DE CORTE
Face de saída ou de ataque - ABCD laterais ou de incidência lateral; planas, ligei-
(figs. 2 e 10). Face frontal ou de incidência ramente inclinadas, dando folgas laterais.
frontal: plana na de bico quadrado (fig. 2) e Aresta de corte - Existe sòmente no
curva na de bico arredondado (fig. 10). Faces bico, nas duas (figs. 2 e 10).
QUESTIONÁRIO
FASES DE EXECUÇÃO
I l.a Fase
ESMERILHE
O SEMI-ÂNGULO da ponta
b) Apóie o bite sobre o dedo médio da mão
esquerda e faça leve pressão com o indi-
(fig. 3). cador da mão direita (fig. 5).
OBSERVAÇÃO:
Use óculos ou máscara de proteqão.
Consulte a tabela de ângulos de ferramentas. Maneje a ferramenta delicada, mas fir-
a) Segure o bite (fig. 4). memente.
Fig. 3
2.a Fase
VERIFIQUE A INCLINAÇÃO (fig. 6), a in-
cidência ou folga (fig. 7) e a espessura (fig. 8).
3.a Fase
ESMERILHE A PONTA (fig. $9, repetin-
do a l.a e a 2.a fases.
4.a Fase
ESMERILHE A FACE DE SAÍDA OU de ata-
que ou ângulo de saída (fig. 10).
5.a Fase
I
Fig. 8 VERIFIQUE
O ÂNGULO DE CUNHA (fig. 13).
I
MFT - 1Q -
A ~ I c, nnn A J I
i
L
-4
Vista de
lado.
Fig. 9 . Fig. I 0
OB~ERVAÇ
: ~ES
PRECAU~ÁO:
a) As reafiações posteriores deverão ser fei-
Maneje a ferramenta delicada, mas fir- tas, esmerilhando sòmente os flancos (figs.
memente. 13 e 14).
NOTAS
:
a) Nas grandes indústrias existe, geralmente, uma seção para
- .. :; ' .
O:..
L ~ n z r . E nnn
FOLHA DE
TORNEIRO REBOLO INFORMAÇÃO 9.1
MECÂNICO TECNOLOGICA
MONTAGEM DO REBOLO
Fig. 4
CONSTITUIÇÃO DO REBOLO
ABRASIVOS ARTIFICIAIS
Até fins do-século passado, sòmente se ta, que se aplica ainda hoje aos rebolos, de
conheciam os abrasivos naturais. Dêstes, um maneira geral: Rebolos de Esmeril. O esmeril
dos mais empregados era o Esmeril, mineral tem dureza inferior a 9 na Escala de Mohs,
de côr preta, com cêrca de 40 % de óxido de que é uma escala padrão de dureza na qual o
ferro e 60 O/, de óxido de alumínio. Dêle vem Diamante ocupa o número 10: o ma'is duro.
a denominação comum, mas raramente exa-
TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÂNICO
REBOLO INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
9.2
1 r'"
Os ângulos adequados ao corte se obtêm convenientes ao corte que o torneiro vai fazer
pelo esmerilhamento, seguido de afiação na no material.
pedra, das faces de folga ou de incidência Costuma-se denominar afiação da fer-
(frontal, ou lateral, ou, então, as duas) e da ramenta a operação completa de preparo da
face de saída (também chamada face de ata- cunha, compreendendo o esmerilhamento para
que). Dessa forma se prepara, no bico da fer- desbaste e a afiação na pedra para acabamen-
ramenta, a cunha com o ângulo e a posição to e aperfeiqoamento das arestas cortantes.
Fig. 1 Fig. 2
Para se preparar a face que forma o 2.0) o rebôlo destinado à afiação de ferra-
ângulo de folga ou de incidência, emprega-se, mentas deve ser reservado sòmente para
de preferência, um rebôlo que corta na face essa operação.
(figs. 1, 2 e 3). Na falta dos rebolos indicados nas fi-
Nos dois casos, a afiação se faz na face guras acima, pode-se afiar a ferramenta na
plana do rebôlo que, como se vê na figura 3, periferia de um rebôlo plano. É êste um pro-
é uma coroa circular. A ferramenta deve ter cesso de frequente emprêgo nas nossas ofici-
sua base firmemente assentada sôbre um nas. Deve ser evitado, sefnpre que possível,
apoio, com a inclinação adequada ao ângulo pois produz desgaste irregular do rebôlo, o
de folga que se pretende obter. que, além de prejudicial à sua duração, influi
Para boa conservação do rebolo dois desfavoràvelmente nas condições de afiação
cuidados são indispensáveis: da ferramenta.
A face de folga ou de ataque deve ser
1.O) a ferramenta deve ficar em contato com
sempre plana. Por isso, não é aconselhável
tâda a face plana do rebôlo, para o que
prepará-la na periferia do rebôlo plano, pois
deve ela ser deslocada constantemente,
sôbre o apoio, para um lado e outro. esta produziria uma face côncava que difi-
cultaria ou impediria o correto controle do
Assim se evita a formação de canaletas
ângulo.
ou o arredondamento das guias do re-
bolo;
Para ferramentas com a face de saída tato com a coroa plana do rebôlo, na incli-
plana, a afiação se faz também em rebôlo que nação desejada para o ângulo de saída.
corta pela face. A ferramenta é posta em con-
\
Fig. 5 Fig. 7 Fig. 8
QUESTIONARIO
I
146 MEC
I
- 1965 - 15.000
ABRASIVOS EM P b E EM PEDRAS FGLHA DE
TORNEIR0 INFORMACÃO 9.5
MECÂNICO - AS PEDRAS DE AFIAR - TECNOLÓGICA
São peças de abrasivo artificial muito ménte variados, contra a superfície da peça
fino que, uma vez aglomerado, recebe pren- em acabamento. O desgaste se faz progressiva-
sagem capaz de lhe dar formas variadas (fig. mente, lentamente tôdas as ruga-
sidades e defeitos superficiais até se obter uma
I), tais como prismas, cilindros, meias-canas,
superfície polida ou "espelhada".
etc.
Para o uso, seja na rodagem, seja na
afiação de ferramentas, passa-se óleo na su-
perfície da pedra, a fim de evitar que os poros
desta sejam obstruídos e para permitir a re-
moção das partículas de metal que são arran-
cadas pela ação do abrasivo.
Consiste a rodagem em atritar a pedra
oleada, por meio de movimentos constante- Fig. 1
I
MEC - 1965 - 15.000
TQRNEIRO
MECÂNICO I ABRASIVOS EM PO E EM PEDRAS
- AS PEDRAS DE AFIAR - I FÔLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
QUESTIONARIO
Grande parte das peças torneadas tem Tornear côncavo é uma operação difí-
superfícies côncavas, seja por efeito estético, cil que exige muita habilidade manual e gol-
seja para fins de guiar ou alojar outros ele- pe de vista do torneiro. Sòmente a prática
mentos de máquinas. pode dar ao mesmo êstes atributos.
FASES DE EXECUCÃO
l.a Fase
DESBASTE
E ALISE a peça.
I 2.a Fase,
MARQUE, com riscos de ferramenta, os
limites do côncavo (fig. 1).
I 3.a Fase
PRENDAA FERRAMENTAapropriada, de
acordo com o perfil do côncavo que vai ser
torneado (figs. 2 e 3).
Fig. 1
4.a Fase
Fig. 3 - Côncavo c o m face limite.
INICIEO CORTE pelas partes que deve-
rão ficar mais profundas, conforme mostra a
figura 2.
I
I
MEC
po, a da espera, com a mão direita, procuran-
- 1965 - 15.000
Fig. 4
15
TORNEIR0 TORNEAR CONCAVO FBLHA DE
MECÂNICO (MOVIMENTO BIMANUAL) OPERAÇÁO 10.2
Fig. 5 Fig. 7
NOTAS
:
a) Se necessário, verifique o diâmetro e a
posição do côncavo com paquímetro.- Nes-
te caso, procure localizar o instrumento
de medição no diâmetro mínimo.
b) O emprêgo de ferramenta de ponta agu-
da dificulta a operação e prejudica o as-
pecto da peça. Por essa razão, deve-se tra-
Fig. 6 balhar com ferramenta de ponta bem ar-
5.a Fase redondada, porém não muito exagerada
para evitar trepidação.
VERIFIQUEcom gabarito, mantendo-o
bem alinhado e bem centrado (fig. 8), e assi- c) Se o côncavo é um semi-círculo, use, de
nale os pontos de contato com a peça. preferência, um bedame com a ponta ar-
redondada.
I
152
I Fig. 8
-m Gabarito
MEC - 1965 -
A
15.000
FOLHA DE
TORNEIRO FLUIDOS DE CORTE INFORMAÇÁO
MECÂNICO TECNOL~GICA 10.1
I
FLUIDOS DE CORTE
Função lubrificante
Durante o corte, o óleo forma uma pe-
lícula entre a ferramenta e o material, impe-
dindo quase totalmente o confácto direto
entre os mesmos (fig. 2).
Função anti-soldante
Algum contacto, de metal com metal,
sempre existe em áreas reduzidas. Em vista
da alta temperatura nestas áreas, as partículas
de metal podem soldar-se à peça ou à ferra- Fig. 3 (ampliada).
menta, prejudicando o seu corte. Para avitar
isto, adicionam-se, ao fluido, enxofre, cloro
ou outros produtos químicos.
I
MEC - 1965 - 15.000
I
153
FGLHA DE
TORNEIRO FLUIDOS DE CORTE INFORMACÃO 10.2
MECÂN ICO TECNOLÓGICA
i 1
*
TIPO DE IRAEALNO
MATERIAL A TRA.BBL&AR ROSCA.
Tornear F u r a r Fresar Aplai- Reti-
ficar o/ponta
de c/machos
f e r r . ou tarraxa
Aço ao carbono 2
0,18 a 0,30Y$C 1 2 2 2 10 8
Rt= 50 kg/mm:! 2 8
Aço ao carbono 0,30 3
a 0,60%C - A o s - l i g a 3 3 3 3 1O 8
Rt= 90 kg/mm P 9
- Aço ao carbono acima 3
de 0,60%C -A o s - l i g a 3 3 3 3 10 8
Rt- 90 kg/mm B 4
3
Aços i n o x i d á v e i s 3 13 3 3 12 6 7
F e r r o fundido 1 1 1
-
1 1O 9 8
Aluminio e s u a s l i g a s 5 7 7 7 11 7 7
7
1 1
Bronze e l a t ã o 2 2 1 11 8
2 8
Cobre I 7 2 2 11 4 7
RIO
-1 TORNEIR0
MECÂNICO
TORNO MECÂNICO HORIZONTAL
(FUNCIONAMENTO)
FÔLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
10.3
I
!
I &a e~pwnco
Po<lO Csndutorg
Para fazer êsses dois movimentos, pos- 3) transmitir os movimentos, a partir do mo-
I
sui o torno robustas estruturas de "ferro" tor elétrico;
(barramento, pés, cabe~Otese carro) que su- 4) modificar os movimentos ou as velocida-
I portam o conjunto de órgãos e de niecanismos des;
destinados às seguintes funções: 5) comandar as modificações dos movimentos
1) prender ou suportar a peça a tornear; ou das velocidades.
A figura apresenta um esquema geral
2) fixar a ferramenta de corte; dos órgãos e mecanismos do torno.
e
I
QUESTIO
AVENTAL DO TORNO
Fig. 1
É uma
caixa de ferro fundido, adaptada 3) AVANÇO A U T O M ~ T I C ODO CARRO TRANSVER-
na parte anterior do carro longitudinal. Con- SAL DA VARA - Estando a porca aberta, mo-
tém o mecanismo de movimento longitudinal ve-se a alavanca A2, para a posição que
do carro ao longo do barramento do torno, produz o acoplamento das luvas L1. A ro-
assim como o mecanismo de movimento auto- tação da vara determina as rotações de R2,
mático transversal do carro transversal. A R3, P (parafuso semfim), R4 (roda heli-
fig. 1 indica todos os mecanismos do avental. coidal), P1, R1 e P3. Estando P3 engre-
nado na cremalheira, o carro se move ao
1) MOVIMENTO MANUAL DO CARRO - Estando longo do barramento.
o pinhão P1 desligado (alavanca A2), gi-
ra-se o volante V. A rotação do pinhão 4) AVANÇO AUTOMÁTICO TRANSVERSAL DA ES-
P2 faz girar R1 e o pinhão P3, que, engre- PERA INFERIOR - Estando a porca aberta,
!
MFr - 1 OXQ - I r; nnn 1
TORNEIR0 - F ~ L H ADE
MECÂNICO
AVENTAL, CARRO E ESPERA DO TORNO INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
10.6
CARRO DO TORNO
A ESFERA
É o órgão que serve de base ao porta- graduação angular, para mostrar qualquer in-
ferramentas. O deslocamento da espera se faz clinação da direção de avanço da ferramenta
girando o volante, que move um parafuso em relação ao eixo da peça que está sendo tor-
conjugado a uma porca existente na mesma. neada.
Um anel graduado, no eixo do volante, faci-
lita a execução manual de avanços micromé- O porta-ferramenta é o órgão superior
tricos da ferramenta de corte. A base da es- que suporta e prende a ferramenta de corte,
mediante parafusos de apêrto.
QUESTIONARIO
I I
1911 M F ~- 106'; - I r; nnn
TORNEIRO FOLHA DE
MECÂNICO
AFIAR FERRAMENTA DE ALISAR OPERACAO
11.1
Quando a superfície a ser usinada exi- mento da superfície. Ela deve ser muito bem
gir bom acabamento, o mecânico deve usar afiada, porque o estado da superfície usinada
ferramenta de alisar, também conhecida como depende do acabamento do gume de corte.
ferramenta de ponta redonda (fig. 1). A ferramenta de ponta redonda (fig. 2)
A ferralilenta de alisar tem a ponta ar- deixa ondula~ões(restos de corte) nleiiores
redondada para permitir um melhor acaba- que a de desbastar (fig. 3).
FASES DE EXECUÇÃO
l.a Fase
ESMERILHE
UM DOS FLANGOS e verifique Use proteção para os olhos.
(fig. 4).
Fig. 5
.I I
MEC - 1965 - 15.000 161
I
TORNEIRO F6LHA DE
MECÃNICO AFIAR FERRAMENTA DE ALISAR
OPERAÇAO 11.2
r
I Za Fase
I REPITAA
outro flanco (figs. 9 e 10j.
PRIMEIRA FASE para fazer o
3." Fase
ARREDONDE
A PONTA.
Fig. 11
I 4.a Fase
I I
L
(fig. 13) e verifique o ângulo de cunha
(fig. 14).
OBSERVA~ÃO:
- . ... .
S
. . ,.
.
.< . . . .. .
3
. . ' . - '. . .
, '
'.. .
S.-:
<.
. . ..
5.a Fase
Fig. 15
OBSERVAÇ~ES:
NOTAS
:
J
MEC - 1965 - 15.000 163
-
Fig. 18
QUESTIONÁRIO
A figura 1 apresenta o esquema do rebolo guns de formas especiais, usados em geral para
de forma usual. As figuras 2 a 6 mostram al- trabalhos de retificação e afiaqão.
DESIGNAÇÃC )A GR iq
Conforme o quadro que se segue:
8 12 3O 7O 150 280
1O 14 36 8O 180 320
16 46 9O 220 400
2O 6O 1O0 240 500
24 120 600
L
. LODC J
As letras indicativas da resistência ou dureza do aglomerante seguem a ordem alfa-
bética, à medida do aumento da dureza:
FASES DE EXECUÇÃO
-.
!
Fig. 2
l.a Fase
TORNEIE no diâmetro da rosca (Veja
Ref. FO 1/ 1) e chanfre.
2.a Fase
GIREO CARRO superior no ângulo con-
veniente (fig. 3).
3.a Fase
PRENDA A FERRAMENTA DE ROSCAR, ob-
servando a altura (fig. 4) e o alinhamento
(fig. 5).
OBSERVA~ÃO:
O escantilhão (fig. 5) serve para alinhar bem
a ferramenta para que o filête fique perpeii- Fiç. 3
dicular ao eixo da peça.
-.-.---
Fig. d Fig. 5
5.a Fase
Fig. 8
Fig. 9
-1 :
TORNEIRO
MECÂNICO
ABRI& RÓSCA TKIANGULAR DIREITA
EXTERNA POR PENETRAÇÃO OBLfQU-4
FOLHA DE
OPERACÁO 12.3
6." Fase
DÊ os PASSES necessários até terminar
a rôsca.
' a) Retorne a ferramenta ao ponto inicial do
corte.
7.a Fase
Fig. I 1
VERIFIQUE A ROSCA com uma porca-ca-
libre (fig. 12).
Fase
REPASSE,
se necessário, até conseguir o
ajuste.
I -
MEC - 1965 - 15.000 1
TORNEIR0 ABRIR ROSCA TRIANGULAR DIRE~TA F6LHA DE
EXTERNA POR PENETRAÇÃO OBLfQUA OPERAÇAO
12.4
MECÁNICO
9.a Fase
A OPERA~ÁO, chanhando ou abaulando (figs. 13 e 14).
COMPLETE
OBSERVAÇÃO:
Na abertura de rosca por penetração oblíqua,
a ferramenta corta com um dos gumes, en- Fig. 15
quanto o outro apenas raspa um dos flancos
do filête (figs. 15 e 16).
I ! I I
w UULl
l0 passa 2?passe 30 passe 40 posre
Fig. I 6
QUESTIONAR10
O processo de abrir rosca triangular. cução de roscas finas (pequeno passo e pouca
em que a ferramenta penetra no material em profundidade) e no acabamento de roscas
posição perpendicular, é usado para execução desbastadas pelo processo de penetração oblí-
de roscas em peças que requerem bom aca- qua. Nesta operação, é muito útil o uso do
bamento e bom ajuste. É utilizado na exe- suporte flexível.
FASES DE EXECUCÃO
l.a Fase
TORNEIE
NO DIÂMETRO da rosca e chan-
fre.
2.a Fase
PRENDAA FERRAMENTA, observando a
altura (fig. 1) e o alinhamento (fig. 2).
Fig. I I
OBSERVAÇÃO:
3.a Fase
O TORNO para roscar.
PREPARE
a) Disponha a alavanca da caixa NORTON
na posição ou, então, calcule e monte en-
grenagens para roscar.
PRECAUÇÃO:
Fig. 2
Desligue a chave geral do torno antes de tro-
car as engrenagens.
b) Consulte a tabela de velocidade de corte
para roscar e determine a r.p.m.
4.a Fase
DÊ UM PASSE para ensaio.
OBSERVAÇÁO:
?
MEC - 1965 - 15.000 173
TORNEIR0 .ABRIR ROSCA TRIANGULAR DIREITA EX- FOLHA DE
OPERACÃO 12.6
MECÂNICO TERNA POR PENETRAÇÃO PERPENDICULAR
I
5.a Fase
OBSERVAÇÃO:
OBSERVAÇÃO:
Fig. 10 - 3 . O passe.
Fig. 11 - 4 . O passe.
I? passe
+
20 passe
t
3? passe 40 passe 50 passe
Fiç. 12
Fig. 1 ;
I
176 . MEC - 1965 - 15.0C
TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS FBLHA DE
MECÂNICO TRIANGULARES
12.1
TECNOLÓGICA
INFORMACAO
Entre as ferramentas de abrir rôscas depois esmerilhadas com a parte útil ou cor-
usadas pelo mecânico, são usuais os bites de tante calçadas em aço rápido (fig. 2) ou com
aço rápido montados em porta-ferramentas pastilhas soldadas de duríssimo carbonêto me-
(fig. l ) e as ferramentas forjadas em ajo tenaz. tálico (figs. 3 e 4).
Fig. 1 Fig. 2
Fig. h
Fig. 5 Fig. 8
I 1
MEC - 1965 - 15.000
TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS FOLHA DE
INFORMACÃO 12.2
MECÂNICO TRIANGULARES TECNOLÓGICA
~ o s ~ ç aUAS
o FERMMENTAS NA F I X A ~ A O
As regras são as já conhecidas para 2) o gume deve ficar na altura do eixo da
outros tipos de ferramentas: peca, usando calços, se necessário (fig. 12);
1) a ferramenta é fixada na posição horizon- 3) o eixo longitudinal da ferramenta deve ser
tal (fig. 12); perpendicular ao da peça (fig. 13).
QUESTIONARIO
A transmissão do movimento
se faz, logo no início, através do
mecanismo inversor da rotasão (figs.
1, 3 e 4). O exame destas figuras
esclarece o funcionamento do dis-
positivo. A alavanca exterior mano-
bra uma peça P, que se desloca em
torno do eixo do inversor e leva o
conjunto das rodas R2 e R3 a uma
das posições seguintes:
PosrjÃo 1 - R3 engrena c0111
R1. Em virtude de R2, a rotação
de R4 tetil sentido contrário ao de
I'ig. I - Marcha ilzvertidn. I'ig. 2 - Esquema da deriva~ão
de marcha.
PosrqÃo 2 - R2 e R3 não en-
grenam com R1. O sistema está em
ponto morto". Não transmite, pois,
rotação ao eixo do inversor, que co-
manda o mecanismo de avanço do
MEC.4NISMO DA GRADE
As engrenagens da grade formam um e o fuso, nos tornos que não possuem caixa
dispositivo de ligação entre o eixo I do in- Norton. A grade é uma peca de ferro fundido
versor de avanço e o eixo condutor A da articulada em torno do eixo A, podendo ser
caixa Norton (figs. 5 e 6), ou entre o inversor
-- ----- - - - -- - - - - - - - . - - - -- .-
1'
TORNEIR0 MECANISMO DE INVERSA0 DO AVANÇO DO F6LHA DE
INFORMAÇAO 12.4
MECÂNICO CARRO DO T O R N O - MECANISMO DA GRADE TECNOLÓGICA
I , Redução =
40 X 30 30 1
60 x 4 0 6 0 2
QUESTIONARIO
Os cones longos, de pequeno ângulo como, por exemplo, no torneamento dos ca-
de inclinação, podem ser torneados desali- bos de desandadores para machos e no des-
nhando-se a contraponta, desde que a peça baste de cones a serem acabados por outros
possa ser prêsa entrepontas (fig. 1). processos.
Esta operação é executada quando a este processo, para tornear cônico,
precisão do cone não é muito importante. permite trabalhar com avanço automático.
Fig. I
FASES DE EXECUÇÃO
1." Fase
FACEIEa peça (Veja Ref. FO 211).
c) Verifique o valor do desalinhamento a por
um dos modos indicados nas figuras 3 I
2.a Fase
FAJA FUROS de centro (Veja Ref. FO
311).
3." Fase
TORNEIE NO DIÂMETRO (Veja Ref. FO
811) e retire a peça do torno.
4.a Fase
DESALINHE
A CONTRAPONTA.
Fig. 3 Fig. 4
9.a Fase
CORRIJA,se necessário, e TERMINE O
CONE.
QUESTIONARIO
Ao montar a
peça destinada ao
torneamento cônico
por meio dêste pro-
cesso, dá-se um pe-
queno deslocamento
transversal e à con-
traponta (fig. 1 ) .
Ê s s e deslocamento
não é qualquer: cal-
cula-se, tendo e m
Fig. I
conta certas medidas
da peça e da parte
cônica que se deseja
tornear.
Resulta, das condições de montagem feituoso contato do cone da ponta com o cone
da peça entrepontas, um desalinhamento, do do furo de centro. Isso acontece tanto na
eixo geométrico da peça, em relação ao eixo ponta como na contraponta. Nos trabalhos de
do torno. Êstes dois eixos passam a formar, grande precisão, tal defeito é prejudicial, mo-
portanto, um pequeno ângulo (fig. 1). tivo por que é aconselhável o uso de pontas
O torneamento cônico pelo processo de esféricas, como está mostrado na fig. 3.
desalinhamento da contraponta sòmente é No torneamento de uma série de peças
realizável nas seguintes condições: cônicas iguais, é indispensável que os furos de
centro sejam executados com grande cuidado
1.O) peças colocadas entrepontas;
e precisão, sem o que haverá variação sensível
2.0 torneamento de cones externos nas conicdades.
(consequência do 1.O item);
,
TORNEIR0 O TORNEAMENTO CONICO PELO PROCESSO FOLHA DE
MECÂNICO DE DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA INFORMACÁO
TECNOL6GICA
13.2
C
I
A peça, mon-
tada entrepontas e
prêsa pelo arrasta-
dor, gira em torno
do seu eixo geomé-
trico XX' que, com
o desalinhamento e
da contraponta. não
é paralelo à diresão
do deslocamento da
ferramenta. Fica en-
tão uma superfície
cônica (fig. 4).
Sendo C o
comprimento total Fig. 4
da peqa, c o compri-
mento do cone, D o diâmetro maior e d o diârnelro rrienor do cone, calcula-se o desali-
nhamento e da contraponta pela fórmula:
(D - d) X C 1.0 exemplo: Sendo D = 42 mm, d = 38 mm, C = 160 mm e
e=
2Xc c = I20 mm, resulta:
( 4 2 - 3 8 ) X 1 6 0 -- 4 x-1-
60 2x160 160
e= - 2,66 mm ou
2 X 120 - 2 X 1 2 0 120 - 60
aproximadamente, e = 2,7 m m
2 O exemplo: Sendo D = 46 mm, d = 40 mm, C = 130 mm e c = 100 mm, tem-se:
(46 - 40) X 130 6 X 130 - 3 X 130
---
390
e= = 3,9 mm.
2x100 -2x100- 100 -100
Em lugar de todas as medidas indicadas, pode-se, às vêzes, ter apenas, como ele-
mentos de cálculo, o comprimento total da peça (C) e a conicidade dada em percentagem.
Aplica-se, então, a fórmula:
conicidade
e=
2
xC
1.0 exemplo - Sendo L = 164 mm e a conicidade de 8 %, tem-se 8 % = 0,08.
QUESTIONARIO
.--
n .
TORNEIRO FGLHA DE
MECÃNICO
AFIAR BROCA HELICOIDAL
OPERAÇÃO
14.1
Uma broca helicoidal, que não está A afiação desta ferramenta é feita em
bem afiada, não permite furar bem; o furo rebolo abrasivo, à mão ou com dispositivo
pode desviar-se e o tempo necessário para a apropriado.
furação é aumentado. É, pois, indispensável A afiação manual é uma operação difí-
ao mecânico saber afiar bem a broca heli- cil que exige muita habilidade por parte do
coidal. mecânico.
FASES DE EXECUÇÃO
I - AFIAR A MA0
Fig. 4 Fig. 5
I I
MEC - 1965 - 15.000 189
I
1
TORNEIRO FdLHA DE
AFIAR BROCA HELICOIDAL
MECÂNICO OPERACÁO 14.2
3.a Fase
VERIFIQUE O ÂNGULO DA BROCA usando
5.;' Fase
* ~ F OI OUI-RO
~ GUME. faça a veriiicac,ão
I
verificadores fixos (fig. 6) ou transferidor e a correyão finais (lig. 8).
(fig. 7).
4.a Fase
REPITAA SEGUNDA FASE as vêzes que
forem necessárias, até afiar o primeiro gume.
D-d
dada pela fórmula e % = X 100. Fig. 1
C
Exemplo:
D=34mm; d = 2 8 m m e C = .....
= 120 mm. A conicidade é então e % = . . . .
34 - 28 1 1
120
X 100=-X
2o
100=-=5
20
yo.
3) ou pela inclinação da geratriz do
cone, dada em porcentagem pela fórmula Fig. 2
R-r
i%=--- X 100.
C
VERIFICASAO DOS CONES - CALIBRADORES CONICOS
14078/& &
/uro dümrro
i
MEC - 1965 - 15.000
I
191
-- - - -- --- -
I
CONES NORMALIZADOS
I ' 1
MEC - 1965 - 15.000
I TORNEIR0
MECANICO
BROCA HELICOIDAL
(ÂNGULOS E AFIAÇÃO)
I FOLHA DE
INFORMAGAO
TECNOLÓGICA
1 1
14.3
Para a verificação do ângulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usa-
se o tipo de verificador da fig. 8.
Fig. 9
AFIAGÃO DA BROCA
'QUESTIONARIO
A operação de facenr interno ou a de nos fundos dos furos não passantes, ou nos re-
rebaixar interno serve para terminar o tor- baixos internos de qualquer tipo.
neamento com uma ferramenta apropriada,
A mesma ferramenta pode tanto facear posição do seu gume em relação à face em usi-
como rebaixar. Sua ponta é bem aguda (figs. nagem, a ferramenta de facear interno não
1, 2 e 3) para a obtenção de cantos vivos na deve ser utilizada em trabalho de desbaste
interseção da superfície cilíndrica interna do grosso mas apenas em operações de acaba-
furo com os planos transversais do fundo ou mento.
do rebaixo. Como as demais ferramentas de torno,
(vista de cima).
Sua aresta cortante deve fazer u1i1 ân- a de facear interno é forjada em aço ao car-
gulo de 80 a 120 com o plano transversal que bono ou em aço rápido, esmerilhada e afiada
por ela está sendo executado, como está na para formar as faces, os ângulos e as arestas de
fig. 2. Vê-se, na fig. 3, a posição em que a fer- corte. Após essa preparação, passam ainda pe-
ramenta faceia o fundo do orifício. Observa- los processos de têmpera e revenimento. As
se, ainda, na fig. 2, que apenas uma pequena ferramentas de usinagem interna (broquear,
parte da aresta cortante, próxima ao bico, ata- facear interno, abrir rosca interna) são de con-
ca a superfície do material. fecção mais difícil que as de torneamento ex-
Por ter ponta bem aguda, e devido à terno, devido às suas formas especiais.
Fig. 3
Para evitar o trabalhoso processo de for- de aço rápido, bem esmerilhado, afiado no
jamento da ferramenta, pode-se usar um bite extremo cortante e montado etn suporte pró-
FÔLHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO INFORMACAO 14.6
MECÂNICO TECNOLOGICA
FASES DE EXECUC;ÃO
I l.a Fase
TORNEIE NO DIÂMETRO e faça o canal
de saída (fig. 1).
2.a Fase
ESCOLHAA FERRAMENTA E O SUPORTE.
I Fase
PRENDAA FERRAMENTA, observando a
altura (fig. 5 ) e o alinhamento.
Fig. 5
i
MEC - 1965 - 15.000 199
I TORNEIRO
MECÂNICO
ABRIR ROSCA QUADRADA EXTERNA
FaLHA DE
OPERA~AO 1 1
15.2
OBSERVAÇÃO:
Verifique se a aresta cortante fica paralela à
peça (fig. 6).
4.a Fase
PREPARE O TORNO para roscar.
a) Calcule e monte as engrenagens para ros-
car, ou disponha as alavancas na posição,
no caso de tornos com caixa de mudanças.
PRECAUÇÃO:
Caso seja torno de mudança de engrenagens, Fig. 6
desligue a chave geral do mesmo, antes de
trocá-las.
b) Localize a alavanca de inversão de modo
que o fuso gire no sentido desejado (figs.
7 e 8).
c ) Consulte a tabela e determine a r.p.m.
5." Fase
DÊ UM PASSE para ensaio.
Tome referência, engate o fuso, dê
certo número de voltas na placa e verifique
o passo, medindo o deslocamento (Veja Ref. Fig. 7 - Para rôsca Fig. 8- Para rosca
direita. esquerda.
FO 1812 - 5.a fase).
6;" Fase
I
200 MEC - 1965 - 15.000
I
TORNEIR0 ABRIR ROSCA TRIANGUL-\R ESQUERDA FOLHA DE
15.3
EXTEKXA OPERACÃO
MECÂNICO
FASES DE EXECUGÃO
l.a Fase
TORNEIE
no diâmetro da rosca e chanfre.
2." Fase
PRENDAA FERRAMENTA (figs. 3 e 4).
3.a Fase
PREPAREO TORNO para roscar.
a) Calcule e monte as engrenagens ou tlisponha as alavancas para
roscar.
PRECAU~ÃO:
N o caso de trocar en'grenagens, desligue a chave geral do torno,
antes de trocá-las, e, ern seguida, feche a tampa de proteção.
bj Consulte a tabela de velocidade de corte para roscar e deter-
iniiie a r.p.m. I
Fig. 4
r Conol de entrodo
Fig. 6 Fig. 7
Fig. 1 Fig. 2
Os ângulos de folga frontal (f) e de saí- Quando o passo da rosca for à direita,
da (s) devem ter os valores usuais, iildicados na a face BB' deve ter maior folga lateral (£1)que
tabela geral de ângulos das ferramentas de a face AA' (fig. 1). Quando o passo for à es-
corte. querda, BB' deve ter menor ângulo de folga
As faces laterais apresentam ligeira in- lateral que AA'.
clinação para trás, de cêrca de 10.
Fig. 3
t
MEC - 1965 - 15.000 20d
TORNEIRO
MECÂNICO
FERRAMENTA DE ABRIR ROSCA QUADRADA
- SLTPORTES F1.EXÍVEIS -
FÕLHA DE
INFORMASAO
TECNOL~GICA
, 1
POSIÇbES DA FERRAMENTA
Fig. 6
SUPORTES FLEXÍVEIS
QUESTIONÁRIO
Fig. 1 Fig. 2
Os ângulos de folga frontal (f) e de saí- Quando o passo da rosca for à direita,
da (s) devem ter os valores usuais, iiidicados na a face BB' deve ter maior folga lateral (£1)que
tabela geral de ângulos das ferramentas de a face AA' (fig. 1). Quando o passo for à es-
corte. querda, BB' deve ter menor ângulo de folga
As faces laterais apresentam ligeira in- lateral que AA'.
clinação para trás, de cêrca de 1°.
Fig. 3
I
MEC - 1965 - 15.000 20d
TORNEIR0 CABEÇOTE FIXO DO TORNO - ARVORE FOLHA DE
INFORMACÃO 15.3
MECÂNICO REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE TECNOLÓGICA
Corh &ia.
do fui0
Fig. 1 - A polia P gira livremente na (l.igadas por uma bucha e deslizantes no seu
árvore do torno ("polia louca") e constitui um eixo E) se desengrenam das rodas dentadas su-
só conjunto com a roda de engrenagem A e periores A e D (deslocamento para a esquerda)
a parte esquerda da luva L de acoplamento. quando a luva de acoplamento se fecha. Neste
A parte direita desta luva desliza longitudi- caso produz-se marcha direta.
nalmente na árvore, por meio de rasgos de Na marcha com velocidade reduzida, o
chavêta ou de estrias, com pequeno desloca- acionamento da alavanca exterior engrena as
mento, suficiente para que, ao acionar-se uma rodas B e C com as rodas A e D (deslocamento
alavanca exterior, ela se una à parte esquerda para a direita), ao mesmo tempo que a luva
ou dela se afaste. A fie. 1 mostra a luva aberta. de acoplamento se abre (posição da fig. l),
As duas rodas dentadas inferiores B e C resultando a marcha reduzida.
QUESTIONARIO
ARVORE
Éum eixo Ôco, de aço especial (por Na árvore, estão montadas externamen-
exemplo aço-cromo-níquel), endurecido, reti- te (fig. 1) a polia, que recebe a rotação do mo-
ficado e superacabado, de modo a apresen- tor elétrico, e as engrenagens de transmissão
necessárias. Quando o dispositivo de redução
tar superfícies finamente polidas nos contac-
ou "de dobrar'' é do tipo da fig. 1 (moderna-
tos dos mancais (fig. 2). Assenta a árvore em mente o mais usado), há ainda o mecanismo
mancais & bronze fosforoso. Junto ao rebaixo de acoplamento, capaz de permitir a marcha
posterior, fica em contacto com um manca1 direta (acoplamento fechado) ou a marcha re-
de encôsto, que recebe a pressão longitudinal duzida (acoplamento aberto).
resultante do esforço de corte exercido pela
ferramenta.
A conicidade do furo, na parte interior.
se destina ao alojamento da ponta de aço.
mt. & i 0
do tum
I
Fig. 2 - Arvore do tôl-no.
I I
MEC - 1965 - 15.000 205
TORb(EIR0 PRINCÍPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇAO FGLHA DE
INFORMAÇAO 15.5
MECÂNICO DA VELOCIDADE DA ARVORE DO TORNO TECNOLÓGICA
1
Fig. 1
c
MEC - 1965 - 15.006
- --
:r - Y
-1 I TORNEIRO
PRINCÍPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇÃO FOLHA DE
INFORMAÇÃO 15.6
4
1 MARCHA DIRETA
NUMERO DE VELOCIDADES
QUESTIONARIO
i
1
MECÃNICO .
CALIBRADORES DE ROSCAS INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
15.7
r
A produção em série exige que todas Nos conjuntos sujeitos a ajustes é fre-
as peças fabricadas sejam verificadas com o quente a existência de peças roscadas, cuja
máximo rigor. Essa verificação abrange não confecção deve ser verificada com todo o cui-
sòmente as dimensões e o acabamento, mas (lado, sem o que não poderão ser aproveitadas,
ainda outros aspectos da execução que possam perdendo-se, pois, tempo, dinheiro e material.
influir no'ajuste, quando as peças tiverei11 de
ser montadas no conjunto mecânico no qual
irão funcionar.
CALIBRADORES DE ROSCAS
Fig. 1 Fig. 2
CALIBRADORES COMUNS
Quando não se exige que as rôscas se- a rosca de uma porca, dentro das especifica-
jam executadas com grande precisão e não se ções e medidas do desenho, a porca será o
trata de produção em grande série, o proces- calibrador. O mecânico abre as roscas corres-
so comum é calibrar uma das peças por meio pondentes em diversos parafusos e controla a
de outra ("macho" com "fêmea" ou vice-ver- ajustagem usando a porca.
sa). Por exemplo, preparada cuidadosamente
QUESTIONARIO
FASES DE EXECU(2ÃO
l.a Fase
PRENDA
E CENTRE a peça na placa.
a) Abra as castanhas da placa em uma dimen-
são ligeiramente maior que o diâmetro da
peça.
.<
Fig. 2
Fase
FACEIEA PEÇA.
3.a Fase
FASES DE EXECUÇÃO
l.a Fase
PRENDA
E CENTRE a peça na placa.
a) Abra as castanhas da placa em uma dimen-
são ligeiramente maior que o diâmetro da
peça.
Fig. 2
I
Fig. 2 Fig. 3
FASES DE EXECUÇÃO
3.a Fase
APROXIMEA FERRAMENTA da peça e
fixe o carro longitudinal.
4.a Fase Consulte a tabela e determine a r.p.m., con-
PREPAREE LIGUE O TORNO. siderando o maior diâmetro do rebaixo.
Fig. 7 Fig. 8
5.a Fase
DESLOQUE A FERRAMENTA transversalmente até
que sua ponta coincida com o centro da peça (fig. 6).
OBSFRVA~ÁO:
Sempre que possível, faça um pequeno furo antes de
iniciar o torneamento do rebaixo. O furo deve ser mais
raso do que o rebaixo (fig. 7). Para rebaixos muito
rasos, a furação é dispensável.
6.a Fase
DESBASTE O REBAIXO.
a) Encoste a ferramenta na face da peça, girando a ma-
nivela da espera, tome a referência no anel gradua-
do e avance a ferramenta contra o material, apro-
ximadamente 0,s mm.
b) Desloque a ferramenta girando a manivela do carro
transversal, até que se aproxime da medida do diâ-
metro (fig. 8).
c) Deixe de 0,5 a 1 mm de sobremetal para acabamento.
I
216 MEC - 1966 - 15.00'
TORNEIR0 ABRIR ROSCA TRIANGULAR DIREITA F ~ L H ADE
OPERACÃO 16.5
MECÂNICO INTERNA
Grande número de roscas internas são filete. v á também muita dificuldade na mo-
executadas no torno com ferramentas de ros- vimentação da ferramenta, pois o espaco é, ge-
car. ralmente, muito reduzido, apresentando, as-
A rôsca interna é de difícil execução, sim, limitações.
porque quase todo o trabalho se desenvolve Para facilitar, é sempre recomendável,
sem que o torneiro veja a ferramenta cortan- no caso de ajustes, executar primeiro o para-
do; além disso, a verificasão da rosca também fuso e com êle verificar a rosca interna.
é difícil, porque não se pode ver o perfil do
FASES DE EXECUÇÃO
I .a Fase
FUREe torneie na medida.
Za Fase
FAÇAO CANAL DE SAÍDA para ferramen-
ta de roscar (fig. l), caso não se trate de rôsca
total em furo passante. Fig. I
OBSERVA~ÃO:
Toriic a referência e controle a profiindida-
Fig. 2
6.a Fase
LIGUEO TORNO e tome a referência (fig. 7).
7.a Fase
CHANFRE e inicie a rosca.
a) Avance transversalmente a ferramenta.
OBSERVAÇÃO:
O avanço é feito no sentido da flecha (fig. 8).
Os passes devem ser mais finos que para rôsca
externa.
b) Engate o carro principal.
c) Desengate o carro ou desligue o torno quando
a ferramenta chegar no final da rosca (canal de
saída).
OBSERVACÃO:
Use um anel de arame para referência (fig. 9), ou uma
marca de giz.
8." Fase
REPITAOS PASSES até próximo à medida final, segundo
a ordem da figura 10.
9.a Fase
VERIFIQUE O AJUSTE com calibrador tipo "passa não
Fig. 8 passa" (fig. 11) ou com a peça macho (parafuso, por exemplo).
OBSERVAJ.L\O:
Não force o calibrador ou a peça macho.
10." Fase
REPASSE
até conseguir o ajuste desejado.
Fiç. 9
Fig. I 1
i
21 8 MEC - 1965 - 15.000
FOLHA DE
TORNEIRO BLOCO PRISMATICO PARA APOIO DE PESAS INFORMACÁO 16.1
MECÂNICO TECNOLÓGICA
L
Fig. 1
I
-- -
TORNEIR0 FOLHA DE
MECÃN ICO BI.OCO PRISMATICO PARA APOIO DE PEGAS
~ ~ : ~ '16.2
g$~
I
EXEMPLOS DIVERSOS DO USO nos BLOCOS PRISMÁTICOS .
I
As figs. 5 e 7 mostram trabalhos de tra- cão, sôbre uma geratriz traçada num cilindro.
I
çagem em superfícies cilíndricas e a fig. 6 uma A fig. 9 apresenta o exemplo de um trabalho
determinação de centro num topo de cilindro. de furação no cilindro, perpendicularmente
I
A fig. 8 dá um exemplo de marcacão com pun- ao seu eixo
I
1
I
1
I
I
I
i
I
I
I
1
I
1 Fig. 7 Fig. R
I
Fig. 9
I
QUESTIONAIIIO
I
1) Para que serve o bloco prismático? De que materiais pode ser fa-
bricado?
2) Quais as condições a que um bloco prismático deve satisfazer?
3) Faça esboços de três tipos de blocos prisniáticos.
Virias operações de tornearia tnecânica exigem que a peça seja prêsa, apenas por
uma das partes, em uma placa que possa mantê-la firmemente durante a usinagem. A
placa de quatro castanhas independentes é uin dos tipos utilizados para êsse fim.
FBLHA DE
TORNEIR0 PLACA DE QUATRO CASTANHAS INFORMACÃO
MECÂNICO INDEPENDENTES TECNOL6GICA 16.4
I determinada posição.
As circunferências concêntricas, grava-
das na face anterior da placa, a distâncias de-
terminadas, facilitam a centragem aproxima-
4
da de peças cilíndricas.
Para a fixação, e centragem aproxima-
da, de peças cilíndricas, assim se procede 3
(fig. 4) :
Fig. 4
Devem ser observados os mesmos cui- peito da colocação e remoção da placa univer-
dados e regras que já foram indicados a res- sal
QUESTIONARIO
Ponto
'reta
Fig. 2 Fiç. 3
USOS DO GRAMINHO
Quando possui, na base, uma ranhura da sôbre o barramento do tôrno; sôbre uma
em "V" (exemplo da fig. 2), pode o graminho face plana de um dos carros ou do barramento
apoiar-se, em casos especiais, sôbre um cilin- do torno; ou a própria Mesa de uma das m5-
dro ou uma guia prismática, se necessário. Na quinas-ferramentas, como a plaina, a fresado-
maioria dos seus usos, porém, o graminho ope- ra, a furadeira.
ra apoiado, pela base, em uma SUPERFÍCIE Em certos casos, usa-se o graminho man-
RIGOROSAMENTE PLANA E NIVELADA: a face su- tendo-o parado. Em outros trabalha-se desli-
perior de uma Mesa de traçar; ou a face su- zando-o sobre a superfície plana e horizontal
perior de uma Placa nivelada e plana, coloca- de apoio.
A base do graminho tem sua FACE INFE- ralela ao plano de apoio sobre o qual desliza
RIOR PLANA. A haste do graminho é PERPEN- O graminho.
DICULAR AO PLANO DA BASE. A ponta da âgu- Se o graminho é estacionário, a ponta
lha do graminho, enquanto se dá o desloca- do riscador serve como ponto fixo de referên-
mento, risca a face da peça; logo, qualquer cia. Pode servir também para um traçado de
que seja a inclinação da agulha, sua ponta referência no topo da peça (caso de peca que
traGa sempre, na face da peca, uma linha pa- está sendo centrada na placa).
Para que a verificação seja facilitada, a favoreça a boa, visibilidade, para serem per-
ponta da agulha deve ficar em posicão tal que cebidos os desvios da peça.
Fig. 6 - Centragem por traçado feito n a face. Fig. 7 - Centragenz de biicha e m dtrns inetcrdes.
1) PROCESSO DO GIZ
2) PROCESSO DO GRAMINHO
I
MEC - 19.65 - 15.000 225
TORNEIR0
MECÃNICO
NOÇBES SOBRE CENTRAGEM DE PEÇAS NA PLA-
CA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES
FBLHA DE
INSOIMAFAo
TECNOLÓGICA
, ó.8
i
3) PROCESSO DO C O M P A R A O O ~
QUESTIONÁRIO
1
I
226 MEC - 1965 - 15.000
I -. I
.TORNEIRO FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS
FOLHA DE
INFORMAÇÁO 16.9
MECÂNICO TECNOLÓGICA
As ferramentas de abrir roscas internas, na sua forma geral, podem apresentar-se se- I
gundo do& tipos: ferramenta forjada e bite.
I
MEC - 1965 - 15.000 227
I
FaLHA DE
TORNEI~O FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS
MECÂNICO ;!;;t&!Z;C, 16.10
Z uma pequena peça de aço rápido, ein Quando o furo a roscar não é vazado, a
cuja extremidade útil se esmerilham e se afiam rôsca é terminada numa ranhura cilíndrica
os ângulos e o perfil do tipo de rosca que deve (rebaixo de saída), preparada antes no fundo.
ser aberta. O bite é montado num suporte Neste caso adota-se um sistema de apêrto di-
próprio, reforçado, de forma cilíndrica, con- ferente (fig. 7), uma vez que o parafuso no
forme ilustra a fig. 6. Aí se aloja num orifício topo de ataque impediria o acabamento da
transversal, de seção quadrada ou retangular, rosca no fundo. O parafuso é disposto no topo
no qual é apertado por meio de um parafuso contrário e o apêrto é transmitido através de
de pressão. uma haste alojada num furo central.
Fig. 6 Fig. 7
OBSERYA~~ES:
1) A parte livre da ferramenta forjada deve 3) A altura do gume deve coincidir com a al-
ter o comprimento estritamente necessá- tura do eixo da peça.
rio a cada operação, de acordo com a pro-
fundidade do furo. 4) É preferível o uso do porta-ferramenta com
bite ao emprêgo da ferramenta forjada,
2) O bite deve ter também o comprimento es- que apresenta dificuldade em sua confec-
tritamente necessário para não embaraçar ção e, em certos casos, não executa acaba-
a manobra do porta-ferramenta no inte- mento tão bom quanto o do bite.
rior do furo.
QUESTIONARIO
POSIÇõES DA FERRAMENTA
Fig. 6 Fig. 7
SUPORTES FLEXÍVEIS
QUESTIONÁRIO
1204 MEC
1
- 1965 - 15.000-