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ANÁLISES

CEFALOMETRICA
DE TWEED
Incisivo inferior
como chave
cefalometrica
Vários autores têm tentado
organizar e tornar visível a
aplicação de cefalometria na
prática ortodôntica,
agrupamento e magnitudes
lineares ângulo que iria permitir
que o ortodontista para obter
informação numérica sobre a
posição dos dentes ou bases
apicais.
Incisivo inferior
Com esta informação pode-se
como chave
determinar:
cefalometrica

Diagnóstico Cefalométrico:
encontrar o problema morfológico
e definir a má oclusão.
Planejamento: corrigir o problema
da má oclusão.
Prognóstico de Tratamento:
estabelecer a expectativa de
atingir o objetivo cefalométrico.
Incisivo inferior
como chave
cefalometrica A análise facial tornou-se muito
importante no diagnóstico e no
desenvolvimento de
Ortodontia.

Na prática atual da Ortodontia


a análise facial antecede a
análise cefalométrica e quando
encontramos discrepância
entre os dois, análise facial é
dominante.
Esta análise foi desenvolvida por Charles Henry Tweed, a partir do
estudo de indivíduos com oclusão normal e boa harmonia facial.
Tweed seguia a filosofia de Angle, realizava seus tratamentos
sem extrações, no entanto percebeu que os objetivos dos
tratamentos propostos eram alcançados em apenas 20% dos
casos.

Sem
extrações
Assim comparando os indivíduos normais com seus
casos bem sucedidos ele percebeu que eles tinham algo
em comum, a relação dos incisivos inferiores com o
rebordo da mandíbula.
A partir desse achado ele
estabeleceu o triângulo de
diagnóstico facial:
Formado pelos pontos:
Pório - Orbitário (Plano de
Frankfurt)
Gônio - Mentoniano (Plano
Mandibular)
Longo eixo do incisivo
inferior.

As interseções desses
planos formam os ângulos:
FMA, FMIA e IMPA. Para
visualizar os ângulos.
União dos Pontos
Cefalometricos

FMIA
FMA • Mento - me
68° • Gonio - gn
• Porio – po
• Orbita – or

IMPA
TRIANGULO FACIAL

Quando FMA fosse igual a 25º(±4º), FMIA


deveria ser 68º
Quando FMA fosse ≥ 30º, FMIA deveria ser
65º
Quando FMA fosse ≤ 20º, IMPA deveria ser
< 92º
A partir dos valores de FMA, FMIA e IMPA determina-se
a discrepância cefalométrica (DC).

Discrepância Cefalométrica = Angulação ideal do


incisivo anterior - Angulação real do incisivo inferior
Quando a discrepância é nula, a posição real é
coincidente com a ideal.

Quando a discrepância é negativa o incisivo inferior está


vestibularizado em relação ao ideal, portanto consome
espaço no arco ao ser lingualizado.

Quando a discrepância é positiva o incisivo inferior está


lingualizado em relação ao ideal devendo ser
vestibularizado, o que disponibiliza espaço no arco.
A discrepância cefalométrica é obtida em graus,
para convertê-la em mm devemos utilizar a
seguinte fórmula:

DCmm = (DCgraus × 2)
2,5
Outra alternativa para converter o valor em
graus......para mm é multiplicar o valor que resulta
de DC=FMIA pac – FMIA ideal e multiplicar por
0,8.

Exemplo: DC= 54° - 65° = -11° e para converter em mm


multiplicar por 0,8, ou seja, -11° x 0,8= -8,8mm
A discrepância total do paciente
corresponderá ao somatório das
discrepâncias de modelo e cefalométrica.
Quando a discrepância total for nula ou
positiva o tratamento poderá ser realizado
sem necessidade de extrações, caso a
discrepância seja negativa de pequena
magnitude poderá ser feito recuperação de
espaço através de distalização de molares
e/ou desgastes interproximais, no entanto
se os valores negativos forem superiores a
10mm será indicado realizar extrações.
Os ângulos FMIA e IMPA permitem relacionar o eixo
longitudinal dos incisivos inferiores com o plano da base
óssea mandibular e com a zona do tercio médio facial,
representado por o plano horizontal de Frankfurt.

O ângulo FMA, formado pela união do plano mandibular


com o plano horizontal de Frankfurt, mostra o padrão de
crescimento facial.
Valoração do prognóstico de tratamento ortodôntico em relação
a os valores proporcionados por o ângulo FMA.

Po Or
FMA

16º - prognóstico excelente


28º - prognóstico Bom
32º - prognóstico regular
35º - prognóstico desfavorável
FMA FMIA IMPA
20° 92°
Resumem da análises 20° - 30° 68°
de Tweed
30° 65°
1. Quando na cefalometria inicial, o valor FMA se encontra entre
20º e 30º, o ortodontista deve modificar FMIA com o tratamento
ate conseguir 68º.
2. Quando FMA seja igual o maior de 30º, o plano mandibular
encontra-se muito inclinado em relação al plano horizontal de
Frankfurt, deve-se “compensar” a inclinação dos (inc. inf.)
diminuendo o valor do IMPA ate conseguir um FMIA de 65º.
3. Quando o FMA e igual o menor que 20º, o valor do IMPA pode-
se aumentar mais sem sobrepor os 92º.
CASO CLÍNICO 1
FMA 25° + ou - 4° = FMIA 68°
> 30° = FMIA 65°
< 20° = IMPA não > 92º
FMA = 29° entra no primeiro ítem da fórmula de Tweed,
que preconiza FMIA = 68°.
Já temos, portanto, dois dos três ângulos:
FMA = 29° (que permanece constante)
FMIA = 68° (dado pela fórmula)

Sabendo que a soma dos três ângulos de qualquer


triângulo, é sempre 180°, tendo dois deles, pela operação
que segue encontra-se o terceiro (IMPA).

180° - (29° + 68°) = 83°


Assim, neste caso, com FMA = 29°, Tweed recomenda:

IMPA = 83°

Obtida a DC do incisivo inferior, o posicionamento do


incisivo superior se faz buscando uma oclusão
satisfatória entre os incisivos.
Na figura abaixo, o triângulo com linhas cheias é o
original do paciente.
O triângulo com o longo eixo do incisivo em pontilhado,
representa a posição recomendada por Tweed.
Quando se encontra o novo valor para IMPA, no caso 83º,
subtrai-se este valor do IMPA original do paciente (no
caso 104°) e se obtém a DC do incisivo inferior em graus.

104° - 83° = 21°

Se o movimento do incisivo for para trás, como no caso, a


DC será negativa. Portanto, -21° é a DC do caso.
Para transformar graus em milímetros usa-se a fórmula
5° = 1mm.
Dividindo o valor encontrado em graus por 2,5 se tem o
valor em milímetros.

DC = -21° + 2,5 = -8,4mm


-8,4 é a DC em milímetros
Toda a movimentação do incisivo inferior repercute nas
duas hemi arcadas.
Assim a DC do incisivo deve ser multiplicada por 2, para
se ter a DC da arcada dentária.

Dca = DC x 2
Dca = -8,4 x 2 = -16,8 mm
-16,8 é a DC da arcada dentária inferior
Críticas ao Triângulo de
Tweed

O método de Tweed resulta em


posição retrusiva dos incisivos,
segundo o critério de estética nos
estados do sul dos EUA. Também,
no nosso meio gostamos do perfil
mais cheio, discretamente
biprotrusivo.
Críticas ao Triângulo de
Tweed

A formula de Tweed para


transformar graus em milímetros
sofreu muitas críticas. Há
variações significativas em
diferentes alturas da borda incisal
do incisivo inferior e o plano
mandibular, como pode-se
observar no desenho acima.
Críticas ao Triângulo de
Tweed

É recomendável desenhar o
incisivo na nova posição, que se
pretende levar, com os grãos que
lhe corresponde, e então ai medir
a distância em milímetros, ao
invés de usar a fórmula
recomendada por Tweed.
CASO CLÍNICO 2
FMA 25° + ou - 4° = FMIA 68°
> 30° = FMIA 65°
< 20° = IMPA não > 92º
FMA = 26° pede, pela proposta de Tweed, FMIA = 68°
Cálculo de IMPA: 180° - (26° + 68°) = 86°
97º - 86º = 11º
DC = -11º

-11° - 2,5° = -4,4mm


DC = -4,4mm

Dca = 4,3 x 2 = 8,8mm


DC da arcada inferior: - 8,8mm
Este caso apresenta uma leve biprotrusão
dentária, com perfil discretamente
biprotrusão, o qual nos agrada muito. Para
Tweed isto seria uma acentuada biprotrusão
que necessitaria retruir o incisivo inferior
4,4 mm.
OBRIGADO

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