Professional Documents
Culture Documents
Torres, Hector
Liderança, Ministério e Batalha / Hector Torres
135 p. ; 21cm
1. Vida cristã. 2. Liderança 3. Teologia I. Titulo.
Capítulo 2 21
O CHAMADO DE DEUS
Há um tempo na vida de cada cristão que Deus revela o seu chamado para
aquele indivíduo. Isto tem a ver com a vocação que Deus nos tem chamado e
preparado mesmo antes de nós termos nascido de novo.
Capítulo 3 27
O REQUISITO DE DEUS: FIDELIDADE
Há um tempo de preparação entre o nosso chamado para o ministério e o
momento atual quando nós somos chamados para exercer o ministério. Deus
testa nossa confiança nele, na sua Palavra e a autoridade espiritual à que nós
somos chamados a servir durante este momento.
Capítulo 4 35
SEPARADO PARA O MINISTÉRIO
A separação para o Ministério é conhecida como ordenação. Os anciãos a
quem nós temos servido ouvem de Deus como Ele os instrui para separar cada
cristão para a obra do ministério para a qual ele ou ela tem sido chamado ou
preparado.
Capítulo 5 43
O PREÇO DA LIDERANÇA
Como todo o chamado para o ministério, há um preço. As batalhas, os processos
e o sacrifício requeridos são parte integral do chamado. Solidão, perseguição,
crítica, rejeição e desgaste são todos parte do preço do serviço.
Capítulo 6
AS BATALHAS DE UM LÍDER 53
Há batalhas diárias para serem enfrentadas na vida pessoal de cada cristão.
Quanto maior o chamado, maiores e mais intensas as batalhas serão. Frustração
e desânimo podem facilmente nos assolar se perdermos a visão do chamado.
Jesus e Judas, Paulo e Alexandre, o latoeiro são exemplos.
5
Capítulo 7 59
JEZABEL E ABSALÃO
Poderes espirituais são liberados pelo nosso adversário para nos impedir, reter
e destruir o trabalho do ministério. Cada pastor ou líder irá eventualmente se
encontrar com essas forças das trevas enquanto exerce seu ministério.
Capítulo 8 65
A JUSTIÇA DE DEUS
A reação das pessoas em tempos de testes e adversidades refletem a maturidade
do cristão. Como nós respondemos em tempos de processo e dor irão
demonstrar a nossa confiança em nosso Advogado, nosso Intercessor e
Defensor. As Escrituras relatam que Deus irá cumprir Sua justiça em nós.
Capítulo 9 65
UM OBSTÁCULO PARA O EVANGELISMO
Legalismo na Igreja rebaixa a efetividade e o poder da graça de Deus. A falta de
entendimento correto da misericórdia e graça de Deus escraviza os seguidores
de Cristo a uma vida de escravidão contrária a Palavra de Deus. Religiosidade
e legalismo retardam o crescimento da igreja.
Capítulo 10 73
VISÃO: O REQUISITO PARA A LIDERANÇA
Todo o líder precisa ter visão para o trabalho que Deus confiou a ele ou ela.
Onde não há visão a igreja morre lenta e dolorosamente.
Capítulo 11 81
O CONSELHO DE DEUS
A Escritura dá um ensino específico para aqueles que pastoreiam o rebanho de Deus. Jetro,
Paulo e Pedro são muito claros como exemplos de vida e ministério de um visionário.
Capítulo 12 89
O QUE SIGNIFICA SER UM PASTOR?
A igreja contemporânea tem falta de entendimento bíblico sobre o ministério
pastoral. Isto tem se tornado um título ao invés de uma função. Atualmente, há
indivíduos que são chamados de pastores mas seu papel e ministério é o de
administrar e liderar nossas mega-igrejas.
Capítulo 13 101
AUTORIDADE NA IGREJA
A questão de um entendimento bíblico correto de governo é revisada. O fato
surpreendente é que não há critério ou forma correta de governo para a igreja.
Títulos funcionais têm se tornado jargões religiosos e têm perdido seu
significado, criando diversas estruturas de governo através de congregações e
denominações.
Capítulo 14 117
A DISCIPLINA DE DEUS
Toda a congregação deveria ter uma política escrita de como lidar com questões
de disciplina que seja bem entendida por todos os membros da igreja. Há uma
paternidade estabelecida pela Palavra de Deus para lidar com pecado, rebelião
e outras situações. Aqueles que estão em posição de autoridade precisam reforçar
estas políticas de uma maneira justa com o fim de evitar confusão.
Capítulo 15
CONCEITOS DE LIDERANÇA 123
Verdades essenciais precisam ser entendidas e praticadas para gerar uma boa
liderança. Motivação é o contrário de manipulação, irá levar a resultados
melhores. Cristãos procuram por traços e características naqueles que os lideram.
Um entendimento correto disto nos fará líderes mais eficientes.
Capítulos 16
A VIDA DE UM LÍDER 131
A vida e o caráter do líder afetarão diretamente o seu ministério. Neste capítulo,
vamos rever os 10 M’s do Ministério: ministério, matrimônio, moral, monetário,
maturidade, mensagem, maneira, motivação, método e moderação.
Capítulo 17
A RELAÇÃO ENTRE O PASTOR E A CONGREGAÇÃO 137
Nós examinamos como estabelecer uma relação saudável entre o pastor e a
congregação que ele pastoreia. Bem como o fruto do pastoreio, as
responsabilidades de cada congregação para com o pastor e do pastor para com
a congregação.
Capítulo 18
SOBRE A MUDANÇA QUE DEUS TRAZ 143
Deus tem estabelecido um processo contínuo de crescimento em tudo que Ele
criou. Crescimento produz mudanças e todas as mudanças produzem novos
desafios. Pessoas tendem a resistir à mudanças pelo medo do desconhecido,
entre outros motivos. Deus também trará mudança de direção na vida de líderes
e isso irá causar a necessidade de se mover adiante. Aqueles que têm um
relacionamento próximo com um líder deverão entender que é a mão de Deus
se movendo para uma vida de serviço.
Dedicatória
11
C a p i t u l o 1
O propósito de Deus
para as nossas vidas
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito.” (Romanos 8:28)
“Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração,
conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus
pais e viu corrupção.” (Atos 13:36)
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor:
pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.”
(Jeremias 29:11)
Todos se perguntam por que estão vivos e por que vieram a este
mundo. A Bíblia indica que Deus tem um plano e um propósito para
cada pessoa. Há uma razão para todo cristão estar motivado a capturar
a visão de Deus para sua vida.
13
Liderança, Ministério e Batalha
José
Quando José, o filho de Jacó, tinha dezessete anos de idade,
Deus revelou através de dois sonhos o Seu propósito para ele. A
história da sua vida (Genesis 37-39) nos mostra como Deus completa
seu plano em nossas vidas. A mão de Deus, sua graça e favor estavam
com José apesar das dificuldades que ele enfrentava.
Depois de José receber os sonhos de Deus, ele contou aos seus
irmãos. Eles já o odiavam porque seu pai o amava mais do que a eles,
mas depois desta revelação eles o odiaram ainda mais. Depois disto,
eles planejaram em como acabar com ele, eles propuseram em seus
corações de matar a José. Contudo, José não tinha cumprido o último
propósito de Deus em sua geração. Então Deus interveio enviando o
irmão mais velho de José, Rúbem, para impedir que este plano maligno
acontecesse. Deus, que estava com José, permitiu que ele fosse
vendido para alguns mercadores ismaelitas, que o venderam no Egito
para Potifar, o capitão da guarda de Faraó e Deus o prosperou lá.
Quando José foi aprisionado injustamente (pela perspectiva
humana), a circunstância parecia ter piorado, mas a Bíblia nos conta:
“O Senhor, porém, era com José, e lhe foi benigno, e lhe deu mercê
perante o carcereiro;” (Gênesis 39:21).
Ainda na prisão, José encontrou dois funcionários de Faraó e
interpretou seus sonhos. Dois anos depois, Faraó teve um sonho no
qual Deus revelava os planos que ele tinha para o seu império. Foi aí
que o chefe dos copeiros se lembrou que José tinha interpretado seu
sonho enquanto ele ainda estava na prisão. Então ele falou ao Faraó
sobre o jovem que foi logo chamado para interpretar os sonhos.
Quando ele os interpretou, Faraó deu-lhe uma posição de autoridade
sobre toda a terra do Egito.
Os capítulos seguintes (Gênesis 42-46) revelam que apesar
dessas dificuldades que ele passou, Deus cumpriu o seu propósito
para José. Contudo, o inimigo fez todo o possível para impedir os
planos de Deus, mas a vida do seu servo estava em Suas mãos
desde o começo.
14
O propósito de Deus para as nossas vidas
Moisés
Deus tinha um plano e propósito para Moisés também. Na época
em que ele nasceu, Faraó ordenou que todos os israelitas recém-
nascidos do sexo masculino fossem assassinados. Contudo, Deus
preservou a vida de Moisés usando a filha de Faraó. Sem saber, ela
permitiu que a mãe da criança a criasse e ainda pagou para isso. Nós
vemos em cada estágio da vida de Moisés que Deus estava trabalhando
para guiá-lo ao momento em que ele tirasse o seu povo da escravidão
do Egito. Deus tinha um propósito para sua vida: Moisés deveria ser o
libertador do seu povo e ele era. Contudo, ele cometeu erros ao longo
do caminho (matou um egípcio e teve que sair do Egito) e parece que
ele desperdiçou sua vida (cuidando de ovelhas enquanto estava longe
do seu povo). O Senhor sabia o que estava fazendo e Moisés cumpriu o
propósito de Deus para sua geração. No fim da sua jornada, a Bíblia nos
conta: “Assim, morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe,
segundo a palavra do Senhor.” (Deuteronômio 34:5)
Davi
Deus tinha o propósito de fazer Davi rei de Israel. O Senhor
enviou o profeta Samuel para Belém porque Ele disse: “Eu me provi
de um rei.” (1 Samuel 16:1). E Samuel ungiu a Davi como rei de Israel
quando Deus disse a ele: “Levanta-te e unge-o, pois este é ele.” (1
Samuel 16:12). Mas a história de Davi revela que ele passou por grandes
dificuldades e circunstâncias difíceis antes de assumir aquela posição.
O rei Saul tentou matá-lo várias vezes. Davi era um herói, mas um
fugitivo. Ele teve que esperar muitos anos e teve que experimentar
momentos de medo e dúvida, mas Deus interveio de novo e mais
uma vez Ele cumpriu o propósito na vida de Davi para aquela geração.
Quanto a isto, a Bíblia declara “Porque, na verdade, tendo Davi servido
à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi
para junto de seus pais e viu corrupção.” (Atos 13:36).
Jesus Cristo
O propósito de Deus para a vida de Jesus era pagar o preço dos
nossos pecados na cruz e nos reconciliar com Ele mesmo através do
derramamento do precioso sangue de Jesus. Ele quis estabelecer o
Reino de Deus e entronizar seu filho Jesus como Rei dos reis e Senhor
dos senhores. Jesus é o exemplo máximo do cumprimento dos
15
Liderança, Ministério e Batalha
propósitos de Deus. Ele não só sabia seu propósito, mas ele obedeceu
perfeitamente.
Desde seu nascimento, Satanás tentou matar Jesus e impedir o
cumprimento do propósito de Deus para sua vida. Mateus nos conta
que o rei Herodes perseguiu as crianças para matá-lo, mas Deus
enviou um anjo para avisar José para levar a criança ao Egito enquanto
eles esperavam a morte de Herodes.
Anos depois, quando Jesus começou seu ministério, os demônios
tentaram desacreditá-lo (Marcos 1:23-26). Como isto não aconteceu,
os líderes religiosos começaram a observar tudo o que Jesus fazia
com o objetivo de acusá-lo (Marcos 3:2). Satanás até tentou usar Pedro
para impedi-lo de cumprir seu divino propósito (Marcos 8:32-33). Apesar
de toda a oposição, Jesus foi capaz de declarar da cruz: “Está
consumado!” (João 19:30), “Para este propósito eu vim.”
Paulo
O livro de Atos igualmente nos revela o propósito de Deus para a
vida de Paulo. Depois do seu encontro com Jesus no caminho de
Damasco, Paulo ficou cegou e foi enviado até a cidade para esperar.
Então o Senhor escolheu um discípulo dele para impor as mãos sobre
Paulo e lhe restaurar a visão. Deus chamou Ananias: “Mas o Senhor lhe
disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para
levar o meu nome perante gentios e reis, bem como perante os filhos
de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu
nome.” (Atos 9:15-16). Quando Ananias orou por Paulo, profetizou para
ele: “Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu
para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua
própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os
homens, das coisas que tens visto e ouvido.” (Atos 22:14-15).
O adversário tento matar Paulo de várias maneiras. As Escrituras
revelam que os judeus o açoitaram cinco vezes com trinta e nove
açoites, três vezes com paus, o apedrejaram e deixaram-no como
morto. Além, disso sofreu naufrágio três vezes em alto mar, foi picado
por uma serpente venenosa na ilha de Malta e sofreu vários outros
perigos. Mas o Senhor estava com ele, protegendo e cuidando dele,
porque Ele tinha um plano e um propósito para a vida do seu servo
nesta geração. No fim de sua vida ele pôde dizer:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4:7).
16
O propósito de Deus para as nossas vidas
17
Liderança, Ministério e Batalha
proteger. Eu sei que, aconteça o que acontecer, Ele está comigo para
tomar conta de mim porque Ele tem um plano e um propósito para
mim nesta geração. Como o Pastor Julio Ruibal de Cali, Colômbia
costumava dizer: “Eu sou imortal até o cumprimento dos propósitos
de Deus para minha vida.”
Chamados e separações
Eu quero que examinemos juntos esta passagem bíblica:
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito.” (Romanos 8:28)
A palavra ‘propósito’ vem da palavra grega prothesis. De acordo
com a Bíblia Plenitude, sugere “um plano deliberado, uma preposição,
um plano antecipado, uma intenção e um desígnio [...] A maioria dos
outros significados apontam para os propósitos eternos de Deus
relacionados à salvação.”
Em outras palavras, saber que Deus tem um propósito para sua
vida é saber que há um plano antecipado e o que quer que aconteça,
Ele fará de tudo para que seja proveitoso. Através das dificuldades e
sofrimentos e na mais amarga desilusão e desentendimento, cristãos
devem saber que Deus trabalha em meio à situações para que o bom
propósito dele seja cumprido nos seus filhos.
Deus tem um propósito para cada um. Seu desejo é que nenhum
pereça mas que todos cheguem ao arrependimento. Ao mesmo tempo,
também é necessário que cada pessoa decida se irá segui-lo ou não.
Para cada vida individualmente, Deus apresenta uma oportunidade
de um encontro com Ele para que então cumpramos Seus propósitos.
Isto é o que a Bíblia descreve como chamado.
O apóstolo Paulo disse em Gálatas 1:15 que Deus o separou
18
O propósito de Deus para as nossas vidas
desde o ventre de sua mãe, mas o chamou pela sua graça quando
teve um encontro com Jesus Cristo no caminho para Damasco.
No caso de Jeremias, nós vemos a Escritura dizer:
“Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos,
para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também
para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:10).
O profeta Isaías escreveu:
“Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para
ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele,
porque eu sou glorificado perante o Senhor, e o meu Deus é a minha
força.” (Isaías 49:5)
Eu recebi meu chamado em 31 de julho de 1983, um dia que eu
irei sempre me lembrar.
No primeiro versículo da Epístola de Paulo aos Romanos, o
apóstolo aponta dois momentos significantes na vida de um ministro
de Deus: seu chamado e sua separação. Se prosseguirmos em
compreender a diferença, através da vida de Paulo, seremos capazes
de entender a nossa própria situação. Romanos 1:1 diz assim:
“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo,
separado para o evangelho de Deus” (Romanos 1:1).
Estes versos indicam que tanto o chamado como a separação
são dados pela graça de Deus. O período de tempo entre o processo
de saber qual é o seu chamado e o tempo da sua separação pode ser
chamado de ‘tempo de separação e preparação’. Durante este período,
o Senhor prova a sua fidelidade e a condição do seu coração e quando
Ele encontra fidelidade, começa o processo de te separar para o
trabalho que Ele tem preparado para você.
19
C a p i t u l o 2
O chamado de Deus
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno
da vocação a que fostes chamados.” (Efésios 4:1)
“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor.” (1 Coríntios 1:9)
“Q
ual é o seu chamado?”, alguém poderia nos perguntar.
Vamos ver o que significa esta palavra tão comum no
meio cristão.
‘Chamado’ vem da palavra grega kaleo, que pode ser usada como
“mandar chamar ou convidar”. Também pode ser traduzida como
“destino” em alguns casos. Baseada em uma informação prévia, nós
podemos dizer que o chamado é um convite de acordo com a vontade
de Deus durante os nossos dias sobre a face da terra.
Todo cristão tem um chamado de Deus, “que nos salvou e nos
chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2 Timóteo 1:9). Mas isto
requer certas condições. Primeiro reconhecer o chamado; segundo
aceitá-lo no seu coração e mente; preparar-se para o seu
cumprimento; e quarto, esperar até que o Senhor o separe para
cumpri-lo. Trataremos destes pontos através do livro.
Cada chamado individual de Deus é diferente e irrevogável.
Deus nos escolheu e pré-determinou nossa vocação. O apóstolo Paulo
nos disse que fomos chamados na esperança do nosso chamado
(Efésios 4:4). A vocação significa uma profissão ou uma carreira. Há
vocações como a de um professor, um médico ou um advogado. Deus
também nos dá uma vocação no mundo espiritual. Para alguns, pode
ser um chamado para ser um apóstolo, para outros um profeta, um
evangelista, um pastor ou um mestre. Outros serão intercessores,
missionários, músicos, administradores, exortadores, ajudadores ou
contribuintes. Alguns são chamados para servir na vocação espiritual
21
Liderança, Ministério e Batalha
O tempo de preparação
Desde a hora em que nos chama, Deus começa a nos preparar
para o momento em que Ele irá nos separar para o trabalho que nos
tem chamado. A quantidade de tempo de preparação depende de
nós, nossa obediência, fidelidade e compromisso. Quando Deus está
satisfeito com a nossa maturidade e desenvolvimento espiritual,
quando Ele nos afasta das coisas que nos impedem de servi-lo e de
nos rendermos a Ele, então Ele nos promove. É como o estudante
universitário que, depois de pagar o preço e estudar arduamente
para sua carreira, recebe a sua graduação e pratica a sua profissão
com o reconhecimento de seus professores e autoridades.
O período de preparação pode ser breve ou prolongado. Treze
anos se passaram, desde o chamado de José até a separação para
ocupar o posto de segunda autoridade no Egito. Moisés passou
quarenta anos servindo seu padrasto em Midiã antes da sua separação
como o único enviado por Deus para liderar o povo de Israel para fora
do Egito. Dezoito anos se passaram antes de Davi ascender ao trono
de Israel. Dezessete anos se passaram desde o tempo que Paulo
recebeu seu chamado até que ele fosse enviado para o ministério em
Antioquia.
Vamos ler o testemunho de Paulo:
“Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me
chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que
23
Liderança, Ministério e Batalha
25
C a p i t u l o 3
O pedido de Deus:
Fidelidade
“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco
também é injusto no muito... Se não vos tornastes fiéis na aplicação do
alheio, quem vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:10,12).
“Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor,
que me considerou fiel, designando-me para o ministério.” (1 Timóteo 1:12).
27
Liderança, Ministério e Batalha
Moisés
Quando nós fazemos coisas sem ordem ou fora do tempo, nós
anulamos a bênção do Senhor apesar do nosso chamado. Moisés
tinha um forte amor por seu povo e, vendo sua aflição e necessidade,
ele se lançou em cumprir o chamado que carregava em seu coração.
28
O pedido de Deus: Fidelidade
Eliseu
Em 1 Reis 19:19, nós vemos o chamado de Eliseu para o ministério.
Quando o profeta Elias estava passando por onde Eliseu estava
lavrando, ele jogou seu manto sobre ele, isso significa que ele o
chamou para segui-lo e prepará-lo para receber o manto profético de
Deus. Por dez anos, Eliseu serviu Elias. Ele o amou como um pai e
amou seu ministério.
Em 2 Reis 2:1-15, observamos que quando chegou a hora da sua
separação para o ministério profético, Eliseu ficou perto de Elias
insistindo que não o deixaria. Quando Elias disse para seu servo: “Pede-
me o que queres que eu te faça,” ele notou que Eliseu não pediu pelo
seu próprio ministério, mas pelos seus direitos de filho primogênito, a
porção dobrada do ministério de Elias. “Peço-te que me toque por
29
Liderança, Ministério e Batalha
Lúcifer
A Bíblia nos conta que Lúcifer se rebelou contra Deus. Seus planos
e ambições eram sobrepor-se ao Altíssimo. Ele se recusou a servir a
Deus fielmente e se levantou contra Deus, tomando um terço dos
anjos com ele.
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho alva! Como foste
lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração:
Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e
no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo
do abismo.” (Isaías 14:12-15).
“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o
dragão. Também, pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não
prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso
o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o
sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e com ele, os
seus anjos.” (Apocalipse 12:7-9).
Lúcifer pensou que ele fosse capaz de sobrepor-se a Deus. Ele
recusou a se submeter aos planos de Deus em sua vida. O resultado
é que hoje ele é o adversário de Deus ao invés de ser servo de Deus.
Pais e filhos
O relacionamento entre Jetro e Moisés, Elias e Eliseu e Paulo e
Timóteo foram como pais e filhos. A recompensa veio a eles depois de
servirem fielmente àqueles que tinham autoridade sobre eles. Um
relacionamento entre um líder e seu pastor ou seu apóstolo ou mestre
deveria ser como pai e filho ou como Pai e Filho.
Jesus disse aos seus discípulos que aquele que não é fiel naquilo
que é do outro, não poderá ter algo próprio. A pessoa infiel tenta
servir a ele mesmo e aos outros ao mesmo tempo. Isto não é possível.
Nós não podemos servir a dois senhores.
30
O pedido de Deus: Fidelidade
“Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará
o que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de
aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará
ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Lucas 16:12-13).
Provérbios 20:6 declara: “Muitos proclamam a sua própria
benignidade; mas o homem fidedigno, quem o achará?”. Provérbios
28:20 diz: “O homem fiel será cumulado de bênçãos”
Quando a hora da recompensa chega, o Senhor não dirá “Muito
bem, servo bom e capaz”, mas Ele dirá “Muito bem, servo bom e fiel”.
Quando uma pessoa faz o que ela quer fazer sem a bênção de
Deus, Ele anula a bênção do chamado. Se você é chamado por Deus,
você deve seguir o exemplo de Moisés depois do seu chamado.
Embora ele tivesse um encontro com Deus, no qual Ele o chamou, ele
foi até Jetro para pedir a sua bênção para cumprir o seu chamado
divino. Moisés demonstrou sua fidelidade ao seu sogro, para quem
ele estava trabalhando.
Fidelidade é manifesta pela lealdade em servir e cumprir nossas
obrigações e trabalhos para outros. Quando uma pessoa fiel comete
um ato infiel e se arrepende rapidamente, isto é um sinal de
maturidade. Uma pessoa fiel recebe disciplina, recebe perdão e ama
incondicionalmente.
Eu faço parte de um grupo de quarenta pessoas que fundou uma
igreja a qual eu freqüentei por quatorze anos. Durante esses anos, o
Senhor me chamou para servir como professor de escola bíblica
dominical, líder de adoração, pastor de jovens universitários, pastor
de jovens, membro do comitê de missões, ancião, pregador, pastor
dos hispânicos e outros cargos. Eu tentei ser fiel a Deus e aos líderes
da igreja em tudo que eu fui chamado para fazer. Agora consigo ver o
fruto do meu trabalho e da minha fidelidade. Para ser sincero, eu me
perguntei como Deus poderia me usar. Eu não tinha a educação
teológica que muitos dos meus contemporâneos tinham. A resposta é
clara: fidelidade traz recompensa para aqueles que esperam no Senhor.
Isaías 40:30-31 diz: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de
exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas
forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam.” O Senhor nos exorta: “E não nos
cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos.” (Gálatas 6:9).
31
Liderança, Ministério e Batalha
As recompensas da fidelidade
Deus escolheu Moisés por causa da sua fidelidade não das suas
habilidades. No livro de Números capítulo 12, nós achamos uma
situação em que Arão e Miriam tiveram um conflito com Moisés e
eles falaram contra ele. Deus ouviu o que eles falaram, quando
acreditavam que estavam falando no secreto, e prontamente os
chamou para prestar contas. Ele os chamou para a tenda da reunião
onde Ele aparecia para eles numa coluna de nuvem na porta do
tabernáculo e disse a eles: “Ouçam agora as minhas palavras, se há
um profeta no meio de vós eu, o Senhor, me faço saber a ele em visão;
Eu falo a ele em sonhos.” Tanto Arão como Miriam estavam servindo
no escritório do profeta e o Senhor estava confirmando o que Ele
tinha ouvido deles. Além do mais, Deus não os tinha chamado para
governar a nação de Israel, então Ele procedeu resolvendo o problema
da liderança deles dizendo: “Não é assim com o meu servo Moisés,
que é fiel em toda a minha casa. Eu falo com ele face a face, claramente
e não por enigmas e ele vê a aparência do Senhor. Por que, então, não
temeste falar contra meu servo, contra Moisés?”
Arão e Miriam cometeram uma das piores ofensas aos seus
olhos, que foi julgar o escolhido de Deus. O resultado foi uma severa
repreensão e a ira do Senhor se acendeu contra eles. Miriam ficou
leprosa e foi publicamente expulsa do acampamento por sete dias.
Arão, vendo o que aconteceu com sua irmã, imediatamente clamou a
Moisés, reconhecendo seu pecado e clamando por misericórdia.
Bob Yandian, em seu livro “Chamado e Separação” diz:
“Pessoas altamente qualificadas são quase sempre ciumentas
daquelas que são bem sucedidas por causa da fidelidade. Além do
mais, muitos do Salmos de Davi falam sobre os tipos de pessoas que
eram invejosas da posição de Davi e do favor de Deus. Ele lutou
contra isto com seus irmãos, com o rei Saul, com os membros da corte
dele e até com seus próprios filhos. Davi, que era um simples pastor,
foi promovido por Deus. Ele cometeu muitos erros como rei, ele caiu
em grandes pecados, mas sempre se arrependia e escalava em direção
ao topo de novo.”
Moisés assim como Davi tinham algumas coisas que os levavam
ao triunfo: sua fidelidade e seu espírito ensinável. Quando eles eram
confrontados com seus erros, eles eram rápidos para examinar a si
mesmos e reconhecê-los. A Bíblia diz:
32
O pedido de Deus: Fidelidade
33
Liderança, Ministério e Batalha
34
C a p i t u l o 4
Separado para
o Ministério
“Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por
sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca,
e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.”
(Atos 13:1-2).
“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado
para o evangelho de Deus,” (Romanos 1:1).
A
separação para o ministério é o momento quando Deus
reconhece publicamente o chamado do indivíduo,
derramando sobre ele a unção para levar a cabo Seu
propósito. É oficializar seu chamado ante o Corpo de Cristo. Além
disso, estabelece a grande responsabilidade de falar da Palavra de
Deus e exercer autoridade.
O momento da separação para o ministério é o que nós
chamamos de ‘ordenação’. Este termo é derivado de dois termos:
mandato e ordem. É um mandato de Deus e estabelece uma ordem
de autoridade. Ordenação faz parte do governo eclesiástico
estabelecido por Deus. Só Deus ordena, apesar dEle usar instrumentos
humanos para fazê-lo. Há muitos exemplos na Bíblia deste momento
de ordenação.
Por exemplo, em 1 Crônicas 9:22-33, Davi e Samuel escolhem 212
pessoas e os ordenam para servir no ofício de levita, cada um realiza
diferentes tarefas de acordo com o chamado.
Jesus Cristo também viu a necessidade de confirmar um grupo de
homens que demonstrariam sua fidelidade. Ele os ordenou ao ministério
para pregar a Palavra, expulsar demônios e curar os doentes. Com esta
ordenação, Ele lhes delegou “o poder ou o direito de agir, habilidade,
privilégio, capacidade,” para ministrar às necessidades do povo.
35
Liderança, Ministério e Batalha
37
Liderança, Ministério e Batalha
39
Liderança, Ministério e Batalha
O fruto da ordenação
Muitos anos se passaram desde que eu fui ordenado ao
ministério. A verdade é que as palavras proféticas dadas para mim
naquele dia foram além do que minha mente e meu coração puderam
receber e assimilar. Algumas pareceram tão incríveis para mim e não
via como Deus poderia torná-las realidade. Todavia, elas se cumprem
dia após dia. Eu creio que todas se cumprirão. Eu continuo firme nas
Suas promessas pois sei que Ele não irá falhar. Como Habacuque 2:3
diz: “Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado,
mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque,
certamente, virá, não tardará.”
Desde aquele dia, Deus tem, sem dúvida, trabalhado para cumprir
suas promessas. Durante os últimos quinze anos, o Senhor tem me
enviado para ministrar a sua Palavra como um apóstolo, profeta e
mestre nos cinco continentes e em mais de sessenta e cinco nações.
Eu escrevi sete livros em espanhol, a maioria deles best-sellers,
dois estão disponíveis em inglês. Eu também co-escrevi um livro e
contribuí para outro com Dr. Peter Wagner. Traduzi três livros do inglês
para o espanhol. O Senhor tem me levado para centenas de cidades
e dezenas de nações para pregar, ensinar e declarar a mensagem
profética de Deus para os últimos tempos de batalha espiritual, a
conquista de cidades e nações para Cristo e a segunda era apostólica.
E ainda temos ministrado em conferências de oração, seminários
missionários, workshops de transformação de comunidades, seminários
para pastores e líderes, consultas e cruzadas. Nós temos participado,
escrito e feito programas na rádio, televisão, na imprensa e livros que
têm sido instrumentos de Deus para ministrar o evangelho. Para isto
eu fui separado. Para isto eu fui ordenado.
Durante os últimos dez anos, temos ministrado para milhões de
pessoas. Recentemente participamos de um evento de vigília de oração
na cidade do México, para aproximadamente um milhão de pessoas.
Em muitas cidades assim como Cali, Colômbia, Maracaibo, Venezuela,
Humacao, Puerto Rico, Vancouver, Canadá e em muitas mais nós
temos passado noites em vigília para multiplicar milhões de pessoas.
40
Separado para o Ministério
41
C a p i t u l o 5
O preço da liderança
“Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e
lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido
ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:7-8).
“E qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após mim não pode ser
meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se
assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para
a concluir?” (Lucas 14:27-28).
O poder e o preço
As palavras de Jesus para seus discípulos a respeito da necessidade
de estar pronto para pagar o preço da cruz foram uma parte indispensável
do treinamento para a hora da separação deles para o ministério.
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia
e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8).
Nós geralmente colocamos a ênfase desta promessa no poder
mas a Escritura revela duas coisas para nós: o poder para completar
a grande comissão vem com o preço que nós somos chamados a
pagar. Este é o preço de ser uma testemunha.
A palavra testemunha vem da palavra grega martus, daí a palavra
mártir: “aquele que testemunha com sua morte”. Isto não significa
que todos nós devemos morrer como testemunhas por Jesus. Além
do mais, Paulo declara que nós devemos morrer para nós mesmo
diariamente (1 Coríntios 15:31), para nossos desejos, para os nossos
planos, para tudo pela causa de Cristo.
43
Liderança, Ministério e Batalha
Sacrifício pessoal
Sacrifício é parte do preço que tem que ser pago. Há uma cruz
no caminho da liderança espiritual e o líder precisa estar pronto para
ser crucificado. Evitar a cruz é perder o direito de liderança. As
demandas do céu são absolutas. O fruto da ressurreição nas nossas
vidas irá evidenciar o grau em que nós permitimos a cruz de Cristo
trabalhar em nós. Estamos nós querendo pagar o preço? Estamos
nós querendo ser escravos de todos? Estamos nós dispostos a levar
as marcas do Calvário?
John Maxwell declara que não pode haver sucesso sem sacrifício.
Quanto maior o chamado, maior o sacrifício. Sacrifício pequeno,
cumprimento pequeno; sacrifício grande, cumprimento grande.
Muitos vêem o ministério como algo atrativo. Eles acreditam
que o ministro é alguém que pode viajar livremente e ser usado por
Deus. Eles imaginam as multidões em lugares exóticos. A verdade é
que muitos ministros mudariam de lugar com aqueles que têm um
trabalho de oito horas; com aqueles que têm mais tempo para gastar
com sua família e com aqueles a quem ama.
Todavia, a atitude de servo é o que é claramente visto nos
corações dos apóstolos Tiago e João. O que Jesus ensinou para seus
discípulos define a grandeza daquele que serve.
“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis
que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob
seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas
entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande
entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro
entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos.” (Marcos 10:42-45).
O apóstolo João, discípulo amado, aprendeu essa lição e depois
44
O preço da liderança
escreveu na primeira das suas epístolas, “que Cristo deu sua vida por
nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16).
A batalha do líder
Todo o cristão deve estar atento ao fato de que os membros do
Corpo de Cristo estão em guerra. Esta guerra espiritual entre os filhos
de Deus e os filhos do Diabo (1 João 3:10) durante este últimos dias
tem tomado uma proporção bem significativa “pois o diabo desceu
até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhes resta.”
(Apocalipse 12:12).
A partir do momento em que o indivíduo entrega o seu coração
para servir a Deus, ele pode ter certeza que enfrentará uma multidão
de problemas. As forças do inferno começam sua oposição e guerreiam
contra o soldado de Cristo, testando sua entrega, resistência e
paciência. O apóstolo Tiago (o irmão do Senhor Jesus, líder da igreja em
Jerusalém e um reconhecido mártir) diz, “Sujeitai-vos, portanto, a Deus;
mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7).
O apóstolo Paulo escreve para seu discípulo e filho espiritual
Timóteo:
“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo
Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta
vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.”
(2 Timóteo 2:3-4).
A preparação de um líder inclui lágrimas e provas. Esta é a parte
do crescimento espiritual que nos prepara para encarar as pressões,
frustrações, traições e tentações. Liderança cristã não é somente
fascinante; é guerra espiritual. Você se tornou parte de um exército
onde você é o comandante que está batalhando contra as forças da
escuridão para tomar de volta o que o inimigo roubou. Você está em
guerra contra Satanás e o mundo. Uma pesquisa recente na América
do Norte indica que muitos pastores que deixam o ministério durante
um mês de férias nunca mais voltam.
Em seu livro, “Líderes que faltam” Dr. Gary Kinneman cita que
“entre 30 a 40 por cento dos pastores pesquisados expressam uma
vontade de deixar o pastorado e 6.000 pastores da Igreja Batista do
Sul deixam o ministério a cada ano, e 225 são expulsos a cada mês.”
Há uma constante batalha ou conflito na vida do ministro. Dr.
Kinnaman, em um estudo do instituto Fuller, relata que 40% dos
45
Liderança, Ministério e Batalha
saído bem. Nós precisamos passar por testes como esses para nos
identificar com Cristo e com outros que estão em situações similares.
O que você aprender com isso será valioso para você compartilhar
com outros que você colocar em seu caminho.”
O autor dos Hebreus disse que alguns servos do Senhor viram
coisas maravilhosas enquanto outros “foram torturados, não
aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros,
por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de
algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados, pelo
meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles
de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens
dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos
montes, pelas covas, pelos antros da terra.” (Hebreus 11:35-38).
As adversidades que vêm sobre a vida do líder são parte do
preço da liderança. Deus observa as nossas reações em tempos
de prova e adversidades. Eu não estou insinuando de nenhuma
maneira que para ser um bom líder você tem que buscar sofrimento.
A vida cristã leva-o a encarar novas e desafiadoras situações
diariamente, mas a promessa do Senhor é que, “Em todas estas
coisas, porém, somos mais que vencedores por meio daquele que
nos amou.” (Romanos 8:37).
Cicatrizes são marcas autênticas de fidelidade e serviço na
obra do Senhor. Paulo declara que ele carrega as marcas do Senhor
Jesus em seu corpo. As cicatrizes deixadas pela rejeição, maltrato
e adversidade são uma lembrança permanente de que Deus estava
trabalhando em meio a todas aquelas situações para nos libertar
das garras do caçador.
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos
atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não
desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos,
porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus,
para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo... De modo
que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida... Porque todas as
coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se,
torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória
de Deus.” (2 Coríntios 4:7-10,12,15).
Paulo afirma que o líder deve morrer para que o povo de Deus
47
Liderança, Ministério e Batalha
Solidão
Nietzche disse que quanto mais perto você chega do topo, mais
difícil se torna. Solidão e responsabilidade aumentam
simultaneamente. O apóstolo experimentou solidão. Ele sentiu o peso
de não ser entendido por aqueles que trabalhavam tão próximo dele,
as mentiras dos seus inimigos e o abandono e traição de seus
discípulos e amigos. Em sua epístola a Timóteo, ele se refere a essas
experiências.
“Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre
eles cito Fígelo e Hermógenes.” (2 Timóteo 1:15).
“Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou
“(2 Timóteo 4:10).
“Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males;” (2 Timóteo 4:14).
“Na minha primeira defesa, ninguém foi ao meu favor; antes,
me abandonaram.” (2 Timóteo 4:16).
Alguém que é chamado para ser um líder deveria experimentar
tempos de solidão. É parte da experiência de um servo fiel de Deus.
Fadiga
Aqueles que direcionam o mundo são homens cansados. A
crescente demanda de suprir os recursos para a família, junto
com os compromissos da igreja e a rotina diária consumem
energia e tempo. Recursos econômicos, físicos e emocionais são
postos à prova. O ministério requer do líder suas forças, tempo
e recursos econômicos e requer um longo investimento de
energia. Paulo entendeu como manter o nível de força necessário
para avançar:
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso
homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se
renova de dia em dia.” (2 Coríntios 4:16).
“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não desfalecermos.” (Gálatas 6:9).
48
O preço da liderança
Crítica
Uma pessoa chamada para a liderança não escapará da crítica.
Nem Jesus, o único ser perfeito sem mancha e pecado, foi excluído da
crítica. Seus próprios discípulos o atacaram por causa da ignorância.
A maturidade de um líder claramente será refletida pela maneira
como ele ou ela reage à crítica, merecendo ou não.
A verdade é que se nós não formos maduros o suficiente para
aceitar a crítica e a rejeição, nós não estamos prontos para a liderança.
Se nós estamos mortos para as nossas emoções e nosso ego, nós não
reagiremos negativamente.
Um homem morto não reage. Para sermos bons líderes cristãos,
precisamos ter um destes elementos: pele de elefante ou casco de
tartaruga. Os dardos do inimigo através das pessoas, e em algumas
ocasiões através dos nossos amados, deveriam nos motivar a orar.
Nunca entre em conflito com aqueles que estão murmurando. Nunca
desça ao nível daqueles que, por causa da imaturidade, ciúmes e
ignorância criticaram você. Nunca rejeite correção ou disciplina
daqueles que te amam.
Eu tenho percebido que momentos de adversidade em minha
vida têm feito de mim um cristão mais forte e sábio. E sim, Deus
coloca pessoas na nossa vida para nos ajudar a amadurecer até a
plenitude de Cristo.
Eu tenho encontrado conselhos muito sábios no livro de
Provérbios que mostram que o amor ocasiona a correção, disciplina e
conselho. Nós devemos meditar nisso porque foi o que fez Davi, um
homem segundo o coração de Deus, ele reagia bem e com humildade.
Palavras de sabedoria para o discípulo
“Aquele que despreza a vara odeia a seu filho, mas aquele que o
ama disciplina bem.”
“O tolo despreza o instrução de seu pai, mas aquele que
considera a repreensão é prudente.”
“Aquele que recusa a instrução despreza a própria alma, mas
aquele que ouve a repreensão ganha entendimento.”
“Escute o conselho e receba instrução, e você será sábio nos
seus últimos dias.”
“Aquele que é vazio de sabedoria despreza o conselho do vizinho,
mas o homem de entendimento mantém a sua paz.”
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos
49
Liderança, Ministério e Batalha
Rejeição
O líder que mantém um alto padrão espiritual irá frequentemente
se achar seguindo o Mestre no caminho da rejeição. “Veio para o que
era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:11).
“Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de
dores e que sabe o que é padecer.” (Isaías 53:3a).
“Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja
rejeitado por esta geração.” (Lucas 17:25).
Antes de vermos a glória de Deus precisamos suportar
dificuldades. Se nós colocarmos os nossos olhos em Jesus, o Autor e
Consumador da nossa fé, e não nos homens (Hebreus 12:2), e
antecipamos as promessas de Deus com fé e paciência,
conseguiremos vencer todos os ataques do inimigo.
Perseguição
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque
deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois quando, por minha
causa , vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem
todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque grande é o vosso
galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram
antes de vós.” (Mateus 5:10-12).
“Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-
aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas
ameaças, nem fiqueis alarmados.” (1 Pedro 3:14).
Líderes e pastores deveriam se preparar para encarar a
perseguição. Os cristãos norte-americanos geralmente não esperam
por perseguição que coloque em perigo suas vidas.
A perseguição que costuma mais acontecer é na esfera da
confrontação, crítica e mentira. Contudo, a perseguição em muitas
partes do mundo, e particularmente em alguns países da América
Latina, pode resultar em martírio. Jesus Cristo e os mártires da Igreja
de Atos nos mostram exemplos de perseguição. O mundo persegue
os cristãos por uma única razão. Os homens amam as trevas mais do
que a luz porque as suas obras são más, e eles odeiam a luz (João
50
O preço da liderança
51
C a p i t u l o 6
As batalhas do líder
“Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual
também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas
testemunhas.” (1 Timóteo 6:12).
“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12).
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4:7).
53
Liderança, Ministério e Batalha
As ferramentas do inimigo
Embora nossa batalha não seja contra seres humanos, é
importante reconhecermos que frequentemente os instrumentos que
54
O preço da liderança
55
Liderança, Ministério e Batalha
57
Liderança, Ministério e Batalha
58
C a p i t u l o 7
Jezabel e Absalão
“Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si
mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza meus
servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos
ídolos. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer
arrepender-se da sua prostituição.” (Apocalipse 2:20-21).
E
m um dos meus livros eu disse: Satanás é o mestre do engano.
Parte da sua estratégia é se infiltrar na Igreja para causar
divisão, descontentamento, imoralidade e promover falsas
ideologias. Ele alcança seus objetivos em grande medida destinando
espíritos de engano e acusação que impedem o crescimento numérico
e espiritual da Igreja.
Em minhas viagens pelo mundo, tenho encontrado numerosos
pastores e líderes que têm batalhado contra espíritos de Jezabel e
59
Liderança, Ministério e Batalha
O espírito de Absalão
O espírito de Absalão, como o filho de Davi, é independente.
Não quer se submeter às autoridades que Deus ungiu. Tenta usurpar
a autoridade e incitar outros a se rebelar e se colocar no lugar do
pastor que Deus chamou para pastorear o rebanho.
Este método de operação procede do coração de Satanás, pois
foi o mesmo que Lúcifer fez quando ele estava cheio de orgulho e
rebelou-se contra Deus, persuadindo um terço dos anjos a se levantar
contra a autoridade divina. Se Satanás usou ele mesmo esta estratégia
no céu, quanto mais ele irá continuar a usar hoje na casa de Deus.
A Bíblia declara que Absalão era louvado por sua boa aparência.
E diz que do topo da cabeça até a planta dos pés ele não tinha nenhum
defeito. Que coincidência que Satanás, apaixonado por sua própria
beleza, caiu no mesmo orgulho e se achou ele mesmo mais elevado
60
Jezabel e Absalão
O espírito de Jezabel
O nome Jezabel significa “sem coabitar, ou recusa-se a habitar
com outros”. O espírito de Jezabel é independente, intensamente
ambicioso e que causa divisão. Não quer se submeter nem deseja
estar em unidade com alguém. É um espírito que quer controlar e
dominar relacionamentos. Só se submete quando é conveniente para
ganhar alguma posição estratégica.
Este espírito não é encontrado exclusivamente nas mulheres
embora predomine e seja mais atraído pela classe feminina. Tem a
habilidade de manipular sofisticadamente sem usar força. Ele ataca
especialmente mulheres que são amarguradas com homens por terem
sido rejeitadas, abandonadas ou maltratadas por eles. Ele opera
através de pessoas que tenham o desejo de controlar outros por causa
de sua insegurança, ciúmes e vaidade.
61
Liderança, Ministério e Batalha
De acordo com este jovem, ele não sabia por que a sua esposa
o tinha deixado e pediu por nossa ajuda para resolver a crise. Depois
de várias semanas de aconselhamento, o jovem começou a freqüentar
a igreja. Ele certamente tinha boa aparência. Sua personalidade
carismática e seus muitos talentos fizeram dele uma pessoa atrativa
não somente para as irmãs solteiras, como para as casadas.
Naquela época, desavisado do que eu agora sei, quis aproveitar
seus talentos musicais e permiti também que ele pregasse. Com a
experiência pastoral que ele tinha, e por ser filho de um pastor, ele era
o candidato especial para ser treinado como meu assistente. Eu vi
seus talentos e não seu caráter. O fato de que ele estava recentemente
divorciado deveria ser um alarme para o meu espírito. Eu não prestei
atenção nas palavras de Paulo:
“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada
um deles seja encontrado fiel.” (1 Coríntios 4:2).
Quantas dores de cabeça e sofrimentos eu poderia ter evitado
se somente tivesse colocado em prática esta passagem! O Espírito
Santo tentou me avisar através da minha esposa. Ela insistiu que eu
estava enganado a respeito dele. Ela sentiu que ele era um homem
muito atribulado, mas como um tolo orgulhoso eu ignorava seus
conselhos. O requisito para qualquer pessoa ser colocada em uma
posição de liderança é que ele ou ela seja achado fiel e fidelidade é
demonstrada através do tempo.
Em pouco tempo, o jovem com seu carisma ganhou o favor da
liderança. No domingo durante a reunião da liderança, eles votaram
em colocá-lo no departamento de evangelismo. Logo ele foi colocado
em uma posição que abriu a porta da casa do resto dos líderes.
Durante aquele tempo, um casal na congregação estava tendo
sérios problemas conjugais. Desde que a esposa não queria se
submeter a aconselhamentos da igreja, ela pediu ajuda para este
indivíduo. (Lembre-se que ele era recentemente divorciado.) Sem
autorização ou qualquer conselho, o jovem começou a visitá-la em
casa ou ele a encontrava do lado de fora da igreja para aconselhá-la.
A irmã contou a outra mulher que estava passando por uma situação
similar, logo haviam duas mulheres casadas que estavam recebendo
aconselhamento dele fora dos estabelecimentos da igreja.
Quando eu descobri a situação, eu confrontei e o chamei para
prestar contas. Quando eu perguntei a ele se estava aconselhando
62
Jezabel e Absalão
63
Liderança, Ministério e Batalha
A justiça de Deus
“A mim pertence a vingança, a retribuição, a seu tempo, quando resvalar
o pé; porque o dia da sua calamidade está próximo, e o seu destino se
apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e se
compadecerá dos seus servos.” (Deuteronômio 32:35-36a).
“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira; porque
está escrito: A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o
Senhor.” (Romanos 12:19).
“Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu
retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.” (Hebreus 10:30).
T
odos os líderes deveriam saber que o seu adversário vai tentar
destruir suas vidas, ministério, família e congregação. Como
nós vimos nos primeiros capítulos, muitas vezes os ataques
vêm de dentro da igreja. Satanás usa cristãos que não são maduros
nem sábios e sem entendimento das Escrituras, que não são capazes
de discernir que estão sendo usados pelo diabo como instrumentos
para roubar, matar e destruir.
As nossas reações a esses ataques definem o nível da nossa
maturidade. Eu já mencionei que a maturidade de um cristão não é
medida pelo o que Deus faz através dele mas pelo modo como reage
às situações. Em outras palavras, a nossa maturidade espiritual não é
medida pelas nossas ações mas pelas nossas reações.
Três vezes o Senhor disse para nós: “Minha é a vingança, e a
recompensa eu vou pagar.”
Quando nós somos vítimas dos ataques dos nossos irmãos e
irmãs, pessoas nas quais nós temos colocado nosso amor, tempo e
recursos, vamos nos lembrar que a nossa luta não é contra a carne e
sangue. Nós não devemos nos defender ou lutar contra aqueles que
estão nos atacando, mas descobrir e lutar contra as forças que estão
por trás do ataque, sempre lembrando o que a Palavra diz: “não
pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário,
65
Liderança, Ministério e Batalha
Deus nos declara justos. Então Jesus toma sua posição como nosso
advogado para nos defender das acusações que vem aos ouvidos do
Pai celestial. Jesus Cristo intercede pedindo justiça para os justos e
por punição para o injusto.
Cedo ou tarde, o inimigo irá atacar cada líder no corpo de Cristo.
É parte do preço da liderança. Como é maravilhoso poder descansar
na promessa de que Deus irá executar justiça e Jesus Cristo, nosso
Advogado está à sua mão direita.
A justiça de Deus
“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam
dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que,
depressa, lhes fará justiça.” (Lucas 18:7-8a).
A consequência de pecarmos contra outros, especialmente
contra aqueles que Deus chamou e colocou em posição de autoridade,
é severa e rápida. Provérbios 12:21 diz: “Nenhum agravo sobrevirá ao
justo, mas os perversos, o mal os apanhará em cheio.” O Senhor
Deus é um Deus de justiça e se mostra pronto para fazê-la.
O livro de Provérbios nos revela a rapidez na qual o Senhor
defende seus servos dos lábios daqueles que querem causar o mal.
“No seu coração há perversidade; todo o tempo maquina o mal;
anda semeando contendas. Pelo que a sua destruição virá
repentinamente; subitamente, será quebrantado, sem que haja cura.”
(Provérbios 6:14-15).
Um testemunho pessoal
Alguns anos atrás eu contratei um cristão para construir uma
casa para minha família. Este homem era um construtor e eu o
conhecia porque eu era seu gerente no banco. Depois de pagar a ele
a conta inteira do contrato, ele parou de construir quando ainda faltava
um quarto da construção. Teve muitos custos adicionais por ele não
supervisionar os trabalhadores. Ele não apenas parou de trabalhar,
senão que hipotecou a propriedade por um valor excedente a quantia
de $40.000,00 dólares. Ele imediatamente apresentou uma ação judicial
por causa da quantia da hipoteca, levantando todo tipo de falsa
acusação por meio de seus advogados.
Baseado nas Escrituras (1 Coríntios 6:1-8), eu contratei um
advogado com o único propósito de me defender. Eu nunca permiti
67
Liderança, Ministério e Batalha
O justo e o injusto
O Senhor livra o justo da tribulação (Moffat) e mantém o injusto
debaixo de punição até o dia do julgamento (American Standard),
especialmente aqueles que acendem a sua natureza carnal e se
entregam as paixões que os contaminam e desprezam a autoridade
(Godspeed), estes são arrogantes e presunçosos (Phillips), não temendo
falar mal daqueles que estão em autoridade (Norlie). 2 Pedro 2:9-10
De acordo com Pedro, o injustos são aqueles que não são cristãos
e não foram justificados pelo lavar do sangue de Jesus. No segundo
texto, contudo, se refere aos cristãos carnais que se levantam em rebelião
dentro da igreja. O Senhor mantém os injustos debaixo de julgamento
até a hora do julgamento chegar, mas como Pedro escreve, cristãos que
se levantam contra suas autoridades recebem punição ainda maior.
Eu descobri no ministério que aqueles que tentaram me causar
dano são cristãos carnais que não estão em comunhão com Deus.
Essas pessoas se sentem miseráveis e querem que todos se sintam
iguais. Frequentemente eles são as que têm sido mais ajudadas e
aquelas a quem os pastores têm investido mais tempo.
A Bíblia fala de “arrogantes e pessoas presunçosas, que não
tem medo de falar daqueles que estão em posição de autoridade.”
Isto pode acontecer com aqueles que não estão em comunhão com
68
A justiça de Deus
Deus e com seus líderes. Eles pensam que sabem mais do que aqueles
que estão em autoridade ou eles se apoderam ou usurpam aquela
autoridade e não tem medo de criticar ou murmurar contra seus líderes
como Arão e Miriam fizeram com Moisés. Frequentemente eles estão
cheios de orgulho como Lúcifer estava e chamam a si mesmos para o
ministério ou criam uma posição de liderança. Então o inimigo os usa
para trazer confusão e dividir a igreja que eles freqüentam.
69
Liderança, Ministério e Batalha
71
C a p i t u l o 9
Um obstáculo para o
evangelismo
“Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as
Escrituras, nem o poder de Deus?” (Marcos 12:24).
“Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras
por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora
oculto aos teus olhos... porque não reconheceste a oportunidade da tua
visitação.” (Lucas 19:41-42, 44b).
P
erguntaram para um líder de igreja, “Por que a igreja de hoje
não tem o poder que ela tinha no tempo de Atos? É ignorância
ou apatia?” Ele respondeu: “Eu não sei e eu não me importo.”
A predisposição mental é uma fortaleza espiritual de natureza
ideológica e é o maior obstáculo para o desenvolvimento espiritual,
emocional e material. Quando temos predisposições mentais, nós
inibimos o trabalho de Deus com relação ao nosso crescimento e
maturidade espiritual. A predisposição mental coloca freios no mover
de Deus. Ao invés de ajudar a edificar e estabelecer a obra do Senhor,
isso retarda e se opõe ao que Deus quer fazer.
O que é uma fortaleza espiritual ideológica? Dr. Gary Kinneman
em seu livro “Overcoming the Domain of Darkness” (Vencendo o
Domínio das Trevas) escreve: “Fortalezas ideológicas tem a ver com
o domínio que Satanás exerce sobre o mundo através de filosofias
que influenciam o mundo e a sociedade. Este tipo de fortaleza também
influencia a igreja. Isto leva o cristão a uma forma de pensar que o
impede de ver ou receber algo que não seja de acordo com as suas
idéias pré-concebidas.”
A palavra predisposição significa pré-disposição ou pré-
determinação. De acordo com o Dicionário Colegial Webster significa:
“se inclinar antes, determinar antes, preconceito”. Portanto, uma
predisposição mental é uma idéia pré-determinada de como algo é ou
73
Liderança, Ministério e Batalha
75
Liderança, Ministério e Batalha
Na Igreja Evangélica
Infelizmente, Satanás tem causado diferenças teológicas dentro
do Corpo de Cristo para se tornarem fortalezas ideológicas que muitas
vezes nos impedem de amar um ao outro, conviver e trabalhar na
obra do Senhor e cumprir a grande comissão. Como um exército
dividido, não conseguimos ter um impacto que revolucione as nossas
cidades e nações.
Satanás tem cegado os nossos olhos como ele fez com os
discípulos:
“Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos
para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por
intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem... Eles, porém,
nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas
palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele
dizia.” (Lucas 18:31,34).
Nossos conceitos teológicos e prediposições mentais impedem
o nosso entendimento do mover de Deus e o que o Espírito Santo diz
à Igreja. Se o nosso Senhor Jesus Cristo foi confrontado com esta
situação, quanto mais serão confrontados com situações similares
aqueles que Deus está usando hoje para despertar a Igreja para
conhecimento e revelação da guerra espiritual, intercessão e
restauração do louvor e adoração, dança, artes, missões aos povos
não-alcançados, a maravilhosa graça de Deus, evangelismo de poder,
restauração do ministério apostólico e profético e reconquista das
cidades e nações para Cristo.
As idéias ou opiniões que temos aprendido causam um bloqueio
mental, um impedimento ideológico para as coisas novas que Deus
está fazendo. Quantas vezes Deus tem falado com o seu povo e este,
76
Um obstáculo para o evangelismo
77
Liderança, Ministério e Batalha
Muitos cristãos não ouvem o que o Espírito Santo está dizendo para
a Igreja hoje. Muitos se recusam a ver o que Deus está fazendo. Eles têm
uma predisposição mental do que é e, desde que não seja a idéia deles
sobre Deus, isto os impede de ver a presença e a bênção de Deus.
Deus nem sempre fala de bênção, prosperidade e felicidade. Muitas
vezes Deus fala sobre sabedoria, disciplina, consagração, compromisso,
sacrifício, fidelidade, correção, ofertas, oração, intercessão e jejum. Deus
fala sobre coisas que são necessárias ao seu povo.
Nós temos que derrubar as fortalezas ideológicas que temos
formado e ouvir a mensagem de Deus para o seu exército. Eu tenho a
completa certeza que a mensagem de Deus para esses dias é: “Igreja,
se prepare para a última grande batalha!”
Hoje muitos cristãos formam opiniões sobre o que Deus quer
fazer no ministério. Impedem o derramamento e o mover de Deus.
Nós continuamos divididos porque não concordamos com coisas como
louvor e adoração, falar em línguas, danças e artes, guerra espiritual,
risos e alegria, profecia, maneira de vestir, cabelo comprido, etc...
Irmãos e irmãs, nós precisamos acordar! O que nos une é mais forte
do que o que nos divide. O sangue de Cristo, a cruz e o amor
incondicional de Deus nos faz UM.
O evangelho do legalismo
Em alguns lugares o pentecostalismo não é nada mais do que
legalismos de obras. Quando o avivamento na Rua Asuza começou,
as características que o definiram foram liberdade de expressão na
oração, no louvor, na alegria, nas línguas e na graça de Deus.
Hoje, de muitos púlpitos nada é ouvido sobre guerra espiritual,
intercessão, a grande comissão, missões, oração, jejum, fidelidade ou
sacrifício; nada do que é necessário para preparar e equipar os santos
para esses últimos dias, para estes tempos perigosos.
Em muitas nações da América Latina, o evangelho que tem
predominado é o evangelho do legalismo direcionado contra a mulher:
cabelo, jóias, maquiagem e calças.
É isto que Deus quer ensinar o seu povo para lutar contra os
ataques furiosos do inimigo? Falando a verdade, muitos pregadores
só falam sobre suas próprias fraquezas e preocupações. Nestas
congregações legalistas, o incidente de pastores caindo em pecados
imorais é mais alto que no resto da Igreja.
78
Um obstáculo para o evangelismo
79
C a p i t u l o 10
Visão: um requisito
para a liderança
“Contudo, ó rei Agripa, eu não fui rebelde à visão celestial.” (Versão Reina
Valera, 1960)
“Eu não me opus à visão celestial.”
“Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.” (Atos 26:19).
Visão de Deus
P
aulo, enquanto defendia seu chamado perante o rei Agripa,
publicamente declarou que Deus o chamou para se dedicar
completamente à visão que Ele o tinha dado. A visão que Deus
deu a Paulo mudou a sua vida. A visão de Deus para as nossas vidas
mudam o curso de todos os nossos planos.
Por esta declaração, Paulo expôs sua entrega total ao chamado
de Deus e demonstrou as características de um líder. “Paulo foi
totalmente comissionado para o trabalho de pregar o evangelho e
estabelecer igrejas em todos os lugares do mundo. Ele viveu o que
escreveu. A vida dele personificava três conceitos básicos de liderança:
1) Ele era dedicado às metas e ao espírito do seu chamado
(Filipenses 3:7-8);
2) Ele comunicou suas convicções a outros (2 Timóteo 2:1-2) e
encarou todas as dificuldades necessárias para alcançar aquilo até o
fim (2 Coríntios 4:8-11; 11:23-33);
3) Ele estava atento para mudanças. O apóstolo adaptou-se a
mudanças culturais, sociais e políticas. Neste caminho ele nunca
perdeu sua posição relevante (1 Coríntios 9:19-22).
Provérbios 29:18 diz: “Não havendo profecia, o povo se
corrompe;” Aqui a palavra profecia do hebraico é chazon que também
pode ser traduzida por ‘visão, um sonho, um oráculo ou uma revelação,
particularmente o tipo de revelação recebida por profetas’. (Veja Isaías
1:1, Ezequiel 12:27-28, Daniel 8:1-2, Obadias 1, Habacuque 2:2-3).
81
Liderança, Ministério e Batalha
Provérbios 29:18 mostra que quando uma sociedade perece por falta
de revelação divina (percepção de Deus), aquela sociedade marcha
em direção à anarquia. A mesma passagem na Bíblia de Jerusalém
diz: “Quando não há visão, o povo não tem freio”. Outra versão diz:
“Onde não há visão, o povo perde a esperança.”
A palavra ‘visão’ no grego é horasis. Não significa fantasma ou
aparição, mas se refere ‘à habilidade de perceber ou discernir com os
olhos da fé o sonho que Deus colocou em seu coração’.
Se nós não temos a visão de Deus para as nossas vidas, corremos
o risco de viver uma vida desenfreada e relaxada, sem propósito ou
direção. Como o evangelista Alberto Mottesi disse: “A visão correta
nos liderará a paixão que inevitavelmente nos estimulará à ação.”
A visão de Deus contém o plano Dele para cada um de seus
filhos e filhas, Sua igreja e humanidade. Sua visão é a revelação dos
planos que Deus tem dado aos homens através dos profetas,
preservada para todas as gerações na Sua Santa Palavra.
A visão do líder
“Não fui desobediente à visão celestial.” (Atos 26:19b)
A visão de um líder é o chamado que Deus deu para ele levar a
cabo seus planos e propósitos. É o sonho inspirado por Deus que
queima em seu coração e o motiva a cumprir o propósito de Deus
para sua vida. Além disso, a visão que Deus dá ao líder não é só para
o líder, é para o povo e requer submissão e colaboração.
Visão ou divisão
Deus deu a Moisés uma visão: libertar o povo de Israel da
escravidão do Egito. Esta não era só a visão de Moisés mas a visão de
Deus para Seu povo. Em Números 11:10-15, nós vemos que Moisés,
frustrado pelas reclamações contínuas dos familiares que paravam à
porta da sua tenda todos os dias, chegou ao ponto que muitos pastores
e líderes chegam. “Senhor, se as coisas continuarem deste jeito, é
melhor o Senhor remover este fardo do ministério de mim. Eu não
posso agüentar este povo... Eles são teu povo. Porque eu deveria tê-
los o tempo todo ao meu redor? Este ministério é muito pesado para
eu carregar!” Em um momento de total frustração ele diz ao Senhor:
“Eu te imploro para me matar aqui e agora – se eu achei favor aos
seus olhos – e não me deixe ver a minha infelicidade!” (v.15).
82
Visão: um requisito para a liderança
83
Liderança, Ministério e Batalha
sobre casa cairá.” (Lucas 11:17). Não pode continuar de pé. Só pode
haver uma visão para o ministério ou congregação e tem que ser
aquela do homem que Deus tem colocado como cabeça, a não ser
que pessoas tenham provado que ele está em pecado ou está
ensinando heresia.
Anos atrás eu trabalhei como Diretor Executivo da Associação
Evangelística Alberto Mottesi. Durante este tempo, eu fielmente
trabalhei para ajudar aquele ministério com os dons que Deus me
deu. Ambos, Alberto e eu sabíamos que Deus tinha me chamado para
o ministério. Uma vez que eu fiz o que era necessário para a
Associação, Alberto e eu oramos e eu fui obediente a visão que Deus
tinha me dado. Hoje nós continuamos trabalhando como um time.
Somos muito amigos e aprecio e admiro seu ministério.
Moisés escolheu os setenta. Deus deu a opção de escolher os
homens que ele quis no seu time. Eles não foram eleitos por votos do
povo ou selecionados por Deus, eles foram escolhidos pelo líder – Moisés.
Quando um presidente é eleito e toma seu ofício, é ele quem
escolhe sua equipe de trabalho. Quando um treinador vem para um
time, ele escolhe sua equipe de treinadores e líderes. Todos que
estavam trabalhando para o líder anterior presenciam sua demissão.
A razão para isso é que frequentemente, quando um novo líder chega,
as pessoas tendem a comparar a visão do antigo líder com a do novo
e é inevitável que as comparações causem problemas e dificuldades
para o novo líder.
O novo líder também tem que entender a visão do seu antecessor.
O caráter e a direção de um ministério não mudam do dia para noite. A
personalidade da congregação deveria ser estimada pelo novo líder e
ele deveria liderá-la com sabedoria e paciência para o lugar onde Deus
o direciona. Josué foi escolhido por Deus para continuar o trabalho que
Ele tinha começado com Moisés. O chamado de Josué era para levantar
e completar o que Moisés tinha começado. Deus entregou a obra a
Josué e disse a ele: “Como eu fui com Moisés, então eu serei com você,
eu não te deixarei nem te abandonarei.” (Josué 1:2-6).
Serviço e obediência
Quem nós chamamos para serem líderes no ministério? Noventa
e nove por cento das pessoas responderiam: pessoas de Deus. Mas
líderes são primeiramente chamados para servir seus líderes. Isto
84
Visão: um requisito para a liderança
não parece ser espiritual, parece? Vamos ouvir esta conversa entre
Samuel e o rei Saul:
“Por que, pois, não atentaste à voz do Senhor, mas te lançaste
ao despojo e fizeste o que era mau aos olhos do Senhor?... Então,
disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor
e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz.” (1
Samuel 15:19-24).
Saul desobedeceu a Samuel, o líder espiritual do povo. Ele ouviu
a voz do povo e os temeu. Por esta desobediência à liderança, ele
perdeu sua posição de autoridade e seu reino. Desobediência à
liderança é motivo suficiente para tirar algo até mesmo do rei. Todo o
líder deveria trabalhar de acordo com a visão e direção do seu líder,
ao invés da visão do povo. Arão desobedeceu a Moisés, ouvindo ao
povo, e quase perdeu sua vida. (Êxodo 32).
Contudo, a liderança de Deus não é ditatorial, mas de serviço.
Não se tem o direito de manipular ou controlar. Jesus, como Senhor
dos senhores, deixou o exemplo de ser servo para todos: “Quem
quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva” (Mateus
20:26b). Neste sentido devemos servir às pessoas, mas nossa
obediência e lealdade são para o líder.
Quando nós falamos de obediência para pastores e líderes, é de
um ponto de vista de serviço. A lealdade dos líderes é primeiro para
servir a Deus que está acima deles. Jesus Cristo exerceu seu ministério
debaixo da direção de Deus, o Pai e não das pessoas, até mesmo na cruz.
É importante dizer que esta submissão deve ser sábia e não
cega. Muitas tragédias têm ocorrido quando líderes e pessoas têm se
submetidos à direção de líderes carismáticos e não tem discernido
sabiamente as coisas de Deus.
Depois de receber o manto ou o espírito do líder, nós devemos
ter a atitude de servo, como a de um filho a um pai, e isto não está
baseado em idade. Quando chega a hora de partirmos, devemos
compartilhar com outros a unção para o ministério como Elias fez
com Eliseu.
Antes de Deus dar autoridade a uma pessoa, ele tem que provar
sua fidelidade na casa do Deus e para com o líder que Deus colocou
sobre ele. Há pessoas que têm um chamado de Deus, que têm sido
separados por Deus e recebido a unção do Espírito Santo, mas eles se
recusam a se submeter às autoridades de Deus. Eles têm dentro deles
85
Liderança, Ministério e Batalha
Visão pessoal
Certa vez, perguntaram a Helen Keller: “O que seria pior que
nascer cego?” Ela respondeu: “Ter vista e carecer de visão.” A pessoa
mais pobre do mundo não é aquela que carece de bens materiais,
mas aquela que não tem uma visão. Sem um sonho ou uma visão
para sua vida, você nunca será capaz de se tornar o que Deus quer e
tem planejado para você ser. A diferença entre sucesso e derrota é o
sonho e visão do indivíduo. A pessoa de sucesso é motivada por algo
melhor do que ela mesma, um sonho que aparenta estar fora do seu
86
Visão: um requisito para a liderança
87
Liderança, Ministério e Batalha
88
C a p i t u l o 11
O conselho de Deus
“Porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus. Atendei
por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu
próprio sangue.” (Atos 20:27-28).
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles,
e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da
glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre
vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer;
nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores
dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível
coroa da glória.” (1 Pedro 5:1-4).
A
Bíblia afirma que Deus nos tem dado tudo que é relativo à
vida e à piedade por seu poder, através de Seu conhecimento
(Veja 2 Pedro 1:3). Bob Yandian, em uma mensagem digirida a
pastores e líderes, diz: “Muitos cristãos vêem o ministério como algo
somente espiritual, mas também consiste em aspectos práticos. Nós
frequentemente procuramos na Bíblia por aspectos espirituais do
ministério, e então procuramos por aspectos práticos em outros livros.
A Bíblia é a melhor fonte de informação tanto para as coisas naturais
como para as espirituais. Se a única fonte do pastor for a Bíblia, sua
igreja poderá ser bem-sucedida em todos os caminhos e sua vida
poderá alcançar um equilíbrio entre o natural e o espiritual.” ¹
As duas passagens no começo do capítulo são um tesouro de
instrução do Espírito Santo para pastores e líderes da igreja do Senhor.
Um estudo analítico e cuidadoso das passagens nos revela as
instruções de Deus para todo o líder envolvido na obra do Senhor.
Atos 20:17-38 contém as instruções de Paulo para pastores e
líderes que participaram, do que nós chamaríamos, do primeiro retiro
pastoral, onde ele foi o orador especial. O apóstolo Paulo, reconhecido
89
Liderança, Ministério e Batalha
pela liderança local como pastor pioneiro em Éfeso por mais de três
anos, retornou para Jerusalém e convocou os anciãos de Éfeso em
Mileto, um centro turístico a poucas horas ao sul de Éfeso.
O apóstolo Pedro e Paulo tinham ênfases de ensino similares.
Bob Yandian diz, “Eu acredito que uma das razões pelas quais o Espírito
Santo deu todas estas passagens é que todos os ministros, mais
particularmente pastores, são alvos favoritos de Satanás e seus
demônios. Quando líderes são destruídos, uma trilha de caos e
confusão atinge muitos seguidores. Por causa disto, o ofício pastoral
está sempre debaixo de ataque sobrenatural. Se o inimigo elimina o
pastor, ele destrói a congregação.
“Desânimo, exaustão e frustração podem facilmente atormentar
o pastor se ele não reconhecer e seguir os princípios que a Palavra de
Deus ensina. Nós não precisamos de uma grande revelação espiritual
para nos libertar das armadilhas do diabo.” ²
Por muitos anos, Paulo e Pedro aprenderam a trabalhar com o
rebanho de Deus. Ambas as experiências positivas e negativas
serviram como base para aprender os princípios necessários para
levar a cabo o ministério.
91
Liderança, Ministério e Batalha
93
Liderança, Ministério e Batalha
94
O conselho de Deus
algo que requer atenção e cuidado. Isto não inclui somente alimentar
o rebanho com a Palavra de Deus, mas também inclui discipulado,
disciplina, aconselhamento, visitação e oração, entre outras.
A Bíblia nos mostra como o pastor da maior igreja da história,
uma congregação que, de acordo com estimativas mais
conservadoras, tinha mais de dois milhões de pessoas, se tornou um
viciado em trabalho e foi um conselheiro tão ocupado decidindo
assuntos tão importantes que ele não tinha tempo para mais nada.
Deus interveio e mandou para este pastor uma pessoa que foi seu
chefe e supervisor por quarenta anos, então ele poderia instruí-lo e
aconselhá-lo nas áreas de administração e gerenciamento.
Este pastor foi grandemente abençoado por Deus. As notícias
sobre os milagres, sinais e maravilhas realizados através dele tinham
alcançado os ouvidos do seu chefe, que era o seu sogro. Este era
Jetro, que até aquele ponto não era um crente. A história deles é
contada no capítulo 18 de Êxodo. Aqui nós lemos que Jetro, junto com
a esposa de Moisés Zípora e seus filhos Gérson e Eliézer chegaram
ao campo que estava localizado próximo ao monte Sinai.
Quando eles chegaram, Moisés compartilhou o que Deus tinha
feito para o povo de Israel. Nós devemos nos lembrar que Jetro foi
um pastor para os midianitas; o povo que Abraão deixou e o mesmo
povo idólatra que Gideão tinha derrotado. Jetro declara: “agora, sei
que o Senhor é maior que todos os deuses, porque livrou este povo de
debaixo da mão dos egípcios, quando agiram arrogantemente contra
o povo.” (Êxodo 18-11).
Durante estes últimos dias, nós temos visto como Deus tem
chamado muitos profissionais e pessoas de negócios para o ministério.
Eles estão trazendo para a igreja a tão necessária experiência
administrativa. Em meu caso, o Senhor me chamou para o ministério
depois de mais de vinte anos no mundo bancário. Minha educação e
experiência passada me permitiram fazer uso deste conhecimento
na obra do ministério. Igualmente, Jetro foi capaz de oferecer a Moisés
sua valiosa experiência. Observando o modus operandi de Moisés, Jetro
imediatamente procedeu em dar-lhe conselhos práticos sobre a
administração e supervisão de um líder à sua congregação.
“No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o
povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até o pôr-do-
sol.” (Êxodo 18:13).
95
Liderança, Ministério e Batalha
97
Liderança, Ministério e Batalha
98
O conselho de Deus
¹ Bob Yandian, Palavra de Deus para pastores, Pilar Books & Pub.
²Íbid, p. x-xi.
99
C a p i t u l o 12
O que significa
ser um pastor?
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:11-12).
“A
quele homem não é um pastor! Ele parece mais o
presidente de uma grande corporação”, alguns irão dizer
sobre pastores de mega-igrejas. “Ele com certeza não
conhece a maioria da congregação.” Outros olham para pastores de
igrejas pequenas e dizem, “parece que ele não tem muita unção, pois
a sua igreja não tem mais de cem membros.”
Estas questões se levantam porque há uma confusão sobre o
que significa ser pastor. Na cabeça de alguns, um pastor deveria saber,
visitar, telefonar, aconselhar e ajudar todos os membros da
congregação. Então, um pastor de uma mega-igreja não é um pastor
de verdade. Para outros, um bom pastor é aquele que pode produzir
muito crescimento, melhorar e administrar uma igreja de milhares de
pessoas. A realidade é que ambos os tipos de pastores existem porque
existe mais de um tipo de pastor.
101
Liderança, Ministério e Batalha
O pastorado paroquial
A palavra “pastor ” significa “aquele que se importa com o
rebanho”, não somente alguém que os alimenta. É um serviço confiado
aos anciãos (supervisores e bispos). Isto envolve um cuidado sensível
e supervisão cheia de atenção. O pastor paroquial dedica o seu cuidado
inteiro a congregação. Isso requer visitas pessoais, atenção constante
e um grande acordo de amor. Contudo, é quase impossível para um
homem pastorear mais de setenta pessoas.
Quando Jesus descreveu o coração de um pastor, Ele falou de
uma das cem ovelhas:
“Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas
se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo
procurar a que se extraviou? E, se porventura a encontrar, em verdade
vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas
noventa e nove que não se extraviaram.” (Mateus 18:12-13).
Um pastor paroquial quase nunca terá uma igreja muito grande,
pois se tivesse, não poderia dar a todos a mesma atenção. Alguns
pastores, através de seu carisma e dedicação, têm conseguido
levantar enormes congregações, especialmente aqueles que têm a
102
O que significa ser um pastor?
O pastorado administrativo
O pastor administrativo também é um pastor de acordo com o
conceito bíblico mencionado anteriormente. Igualmente, algumas
igrejas excedem o número de pessoas que uma pessoa pode pastorear
como acontece no avivamento sem precedentes da América Latina.
Contudo, assim como Moisés fez, muitas dessas congregações têm
achado necessário delegar autoridade para vários líderes para
ministrar em uma especialidade ou chamado.
Hoje em dia, igrejas têm pastores de oração, casais, jovens, cuidado
pastoral, aconselhamento, missões, homens, mulheres e outras áreas.
Mais recentemente o conceito de células tem florescido e o ministério
“pastoral” é feito em pequenos grupos chamados células.
Nestes casos, o pastor sênior é o administrador que supervisiona
a obra de Deus e compartilha a visão. Sua função como pastor é
dedicar-se a oração e a Palavra de Deus, para atender assuntos sérios
na igreja e liderar. Este tipo de pastor é o líder da congregação inteira,
mas ele provavelmente só pastoreia os líderes.
Nestes casos, o título de pastor sênior é dado para aquele que
preside e lidera. O apóstolo Paulo escreve em Romanos 12:8 “o que
preside, com diligência”. Há um dom de liderança. A palavra ‘preside’
significa: “Aquele que tem o dom de direcionar em todas as áreas da
vida; ou aquele que está a cargo de funções administrativas.” Nestas
igrejas, outros são chamados para ser pastores que exercem este
ministério debaixo da liderança e autoridade do pastor administrativo.
Efésios 4:12 diz que Deus instituiu diferentes ministérios para a
edificação do corpo de Cristo. O pastor que se dedica a edificar seus
membros verá grande crescimento. Mas se ele quer dar o mesmo
cuidado para cada um deles, esse crescimento alcançará certo ponto.
É por isso que nós vemos algumas igrejas se dedicarem a levantar
outros trabalhos com o mesmo tipo de pastorado.
Cada indivíduo tem a função delegada por Deus baseada na sua
103
Liderança, Ministério e Batalha
105
Liderança, Ministério e Batalha
107
Liderança, Ministério e Batalha
108
C a p i t u l o 13
Autoridade na igreja
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem
foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1).
T
oda autoridade deve se submeter à autoridade. Este é um
princípio que nós vemos até mesmo na vida do Senhor Jesus.
Se nós entendermos isto, veremos o poder da autoridade se
manifestar em nossas vidas e ministérios.
Jesus sempre demonstrou grande autoridade. Quando Ele
estava ensinando, Ele o fez com autoridade. Quando Ele estava
expulsando demônios, Ele falou com autoridade com eles. Ele provou
ter autoridade sobre as doenças quando curou os doentes. Todavia,
Ele se submeteu à outras autoridades:
“Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer
de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai” (João 5:19).
Jesus é nosso exemplo. Além de Ele ter sido um homem de
grande autoridade, Ele se submeteu ao Pai “tornando-se obediente
até à morte” (Filipenses 2:8). O poder da sua autoridade estava
baseado na autoridade superior. O centurião reconheceu isto na
seguinte passagem:
“Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que
entres em minha casa; mas apenas manda uma palavra, e o meu
rapaz será curado. Pois também sou homem sujeito à autoridade,
tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro:
vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto,
admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo
que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” (Mateus 8:8-10).
O Senhor se maravilhou com o centurião porque ele era capaz
de perceber o conceito de autoridade e submissão no mundo espiritual.
O soldado disse: “Pois também sou homem sujeito à autoridade.” Em
primeiro lugar, ele reconheceu que Jesus também estava debaixo de
109
Liderança, Ministério e Batalha
111
Liderança, Ministério e Batalha
Palavras Religiosas
Em grande parte, a confusão sobre liderança na igreja começou
com o escasso conhecimento de muitos termos no texto grego que
tem perdido o significado da linguagem original. Eles têm tomado
uma conotação religiosa e, além disso, são adaptados para significar
o que qualquer grupo religioso quer que eles signifiquem.
Por exemplo, a palavra “diakonos” ou “diakonia” significa ‘servo;
aquele que serve a outros’. Os escritores do Novo Testamento
entenderam isto. Hoje, “diakonos” tem sido traduzido por ‘diáconos’.
Esta palavra tem tomado um poderoso significado religioso. A
discussão se a mulher pode ser ou não diaconisa prevalece até hoje.
112
Autoridade na igreja
113
Liderança, Ministério e Batalha
5:21; Filipenses 2:3-4). Além disso, líderes da igreja não são ditadores
autocráticos que reinam sobre a congregação, mas são servos que
exercem autoridade com compaixão e cuidado (Romanos 12:8; 1
Tessalonicenses 5:12,13; 1 Timóteo 3:5; 5:17).” ³
Qualquer que seja a estrutura da liderança, todo líder deveria
batalhar para evitar o orgulho de sua posição de autoridade, o amor à
autoridade ao invés do amor ao povo de Deus, e a ausência de ser
responsável por outros. O chamado para pessoas em papel de
autoridade é SERVIR EM SUA CAPACIDADE MÁXIMA.
Em seu livro “Mudança de Igreja”, Dr. C.Peter Wagner escreve:
“Nós estamos no começo de um mover de ‘Igreja de visão’ para ‘Reino
de visão’. Levará um tempo, mas eu acredito que a segunda era
apostólica será caracterizada por uma Igreja ainda mais poderosa e
um avanço muito mais rápido do Reino que nenhum de nós tenha
visto antes.” 4
Atualmente, milhares de pastores se acham em um processo de
transição de uma ‘mente pastoral e um estilo congregacional de
governo’ para uma ‘mente apostólica e um estilo de governo individual
apostólico’. Mudanças radicais estão tomando conta da igreja hoje ao
redor do mundo. Assim que entrarmos em uma nova reforma
apostólica que está desafiando as presentes estruturas
denominacionais e governo democrático e mudando de um estilo de
grupo ou congregação para um governo individual.
No próximo capítulo, nós vamos olhar o papel de autoridade
quando a disciplina deve ser exercida.
115
C a p i t u l o 14
A disciplina de Deus
E estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco:
Filho meu, não menospreze a correção que vem do Senhor, nem desmaies
quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e
açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais
(Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?
Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes,
logo, sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais
segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de
estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?
Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia;
Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos
participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento
não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto,
produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, frutos de
justiça.” (Hebreus 12:5-11).
117
Liderança, Ministério e Batalha
Disciplina na igreja
Todos aqueles que são discípulos do Senhor devem se submeter à
autoridade da igreja local. Entre outras coisas, a igreja é responsável por:
- Admitir membros para comunhão.
- Governar a congregação
- Disciplinar a congregação, o que inclui:
1° Ensinar a Palavra de Deus
2° Disciplina ou Correção
Disciplina deve ser baseada na Palavra de Deus. No Novo
Testamento, Jesus Cristo estabeleceu a fundação e as normas de
processo de disciplina.
“Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele
te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda
contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou
três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender,
dize-o a igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como
gentio e publicano.” (Mateus 18:15-17).
Se um irmão faz algo maldoso, chame-o e fale a ele particularmente
118
A disciplina de Deus
qual foi a sua falta. Se ele te ouve, resolveu a ofensa. Se ele não te ouve,
vá com um ou dois irmãos e apresente a ofensa a ele. Se ele não ouvir
a ninguém, então o apresente à liderança que representa a congregação
inteira. Se ele não aceitar a recomendação da liderança, então eles
devem quebrar a comunhão com ele, algumas vezes refere-se à
excomunhão.
Esta palavra parece bem severa, mas ela só significa, “Declarar a
pessoa fora da comunicação ou acordo com outros.” Este é o processo
de disciplina que o Apóstolo Paulo recomenda que seja levado a cabo
na igreja de Corinto.
“Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade
tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a
possuir a mulher de seu próprio pai. E, contudo, andais vós
ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do
vosso meio quem tamanho ultraje praticou?” (1 Coríntios 5:1-2).
Paulo repreende a congregação por permitir este tipo de pecado
e não discipliná-lo. Eles deveriam se sentir tristes e envergonhados
com aquele tipo de imoralidade existente entre eles. Contudo, ele exorta-
os a quebrar a comunhão e excomungar o indivíduo.
“Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em
espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal
infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito,
com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a
destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor
[Jesus].” (1 Coríntios 5:3-5).
Isto nos indica que a cobertura eclesiástica que prove proteção
de Deus é removida. Isto permite Satanás trazer conseqüências ou o
salário do pecado. Vamos nos lembrar que o apóstolo Paulo também
entregou a Satanás Himeneu e Alexandre, o latoeiro. Estes homens
provocaram blasfêmias e falsas acusações contra ele e tinham causado
muito dano na igreja da Galácia. Este é o tipo de punição ou justiça do
Senhor que está descrita no capítulo 6 até 8.
De acordo com a gravidade da ofensa, a disciplina deveria ser
administrada tão logo quanto possível, como no caso de imoralidade do
irmão de Corinto, ou mais lentamente como no caso em Mateus 18:15-20.
Outras áreas de disciplina mencionadas nas Epístolas Pastorais
servem de guia para nós na função de disciplina na igreja. Por exemplo:
- Preguiça, que se refere a uma pessoa ociosa que não quer
119
Liderança, Ministério e Batalha
121
Liderança, Ministério e Batalha
Conceitos de liderança
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e
testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participantes da glória
que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não
por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por
sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos
foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.” (1 Pedro 5:1-3).
L
iderança é um dom de Deus. É um talento especial que permite
ao indivíduo exercer algum tipo de autoridade.
123
Liderança, Ministério e Batalha
Deus quer nos usar para mudar vidas e confiamos que a mensagem
que Ele tem nos dado tem a unção para fazê-lo, estaremos animados
e contagiaremos aos outros que nos ouvem com a mesma energia.
5 – Relacionamentos pessoais
A visão não é só compartilhada por instrução e exortação. É
necessário estabelecer bons relacionamentos pessoais com todos os
outros líderes e seus subordinados. Um pastor deveria dedicar
aproximadamente 20% do seu tempo para estabelecer bons e sólidos
relacionamentos com seus líderes.
Para alcançar isto, o pastor tem que participar das experiências
pessoais deles. Ele solidifica a confiança deles e ajuda-os fazendo os
líderes se sentirem ajudados em tempos de dificuldade, em assuntos
espirituais, em ensino, em diversão e vitória. O pastor deveria
participar de seus triunfos e derrotas.
125
Liderança, Ministério e Batalha
3 – Discipulado
Todas as pessoas querem ser treinadas nas áreas práticas da
vida. Pessoas em crise precisam de direção a respeito de como, porque
e o que fazer para confrontar e lutar nestes tempos.
4 – Afirmação
Nós todos queremos que nossas vidas tenham valor. Paulo
escreve para um jovem pastor encorajando e dizendo a ele: “Ninguém
despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Timóteo 4:12).
Toda pessoas precisa ter esperança. Ao Sr. Winston Churchill foi
perguntado: “Qual é a arma mais poderosa que nós temos para
derrotar o nazismo?” Ele respondeu: “É muito simples: esperança!”
Deus expressa seus pensamentos sobre nós nos encorajando e
afirmando nossa fé:
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o
Senhor: pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
desejais.” (Jeremias 29:11).
127
Liderança, Ministério e Batalha
129
C a p i t u l o 16
A vida do líder
“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só
mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas,
não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a
própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para
não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo
contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim
de não cair no opróbrio e no laço do diabo.” (1 Timóteo 3:1-7).
A
autoridade espiritual de um líder é proporcional à sua
humildade e dependência do Senhor. A vida do líder e seu
caráter afetarão seu ministério, quer ele queira ou não.
Portanto, Romanos 12:1-2 são versos- chaves para o servo de Deus.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Eu tenho dito que Deus está mais interessado em quem nós
somos do que o que nós fazemos. Nós devemos viver uma vida santa
e agradável diante Dele. Para que o nosso trabalho seja efetivo, o que
nós fazemos deve refletir o caráter e comportamento submisso a
Deus. Muitos autores têm escrito sobre este tema. Eu quero apresentar
o que considero serem os dez elementos básicos na vida de um líder.
131
Liderança, Ministério e Batalha
Matrimônio
“E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito.” (1 Timóteo 3:4).
“O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus
filhos e a própria casa.” (1 Timóteo 3:12).
O gerenciamento da nossa casa é um reflexo das nossas vidas.
Isto é devido ao fato da casa ser o fundamento da sociedade. Portanto,
Satanás tem muitas estratégias para destruir lares cristãos e ainda
mais de pastores e líderes.
A primeira instituição que Deus abençoou foi a família (Gênesis
1:28). É por isso que a família é a primeira prioridade na vida de um
líder. A única exceção é na comunhão com Deus (Ministrar a Deus).
O inimigo sabe que se ele puder destruir a família, ele
enfraquecerá a igreja, porque a igreja é a Família das famílias. Se
Satanás for bem-sucedido em enfraquecer a igreja, ele controlará a
cidade e a nação, porque a igreja tem sido chamada para ser elemento
que preserva a comunidade. Se o sal da terra perder seu poder de
preservação, a comunidade se perde. O lar cristão, portanto, é a
fundação das nações.
Moral
Há três tipos de pecados que podem produzir a queda de todo
líder. Imoralidade sexual, amor ao dinheiro e orgulho. Qualquer que
sejam os nomes que escolhamos: “rabo-de-saia, famas e fortunas”;
“luxúria, riquezas e glória”; “sexo, dinheiro e proeminência”; elas todas
significam a mesma coisa.
As Escrituras revelam o molde que o adversário emprega para
trazer a queda de um líder.
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém
amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no
132
A vida do líder
Mordomia
“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns,
nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentam com
muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas;” (1
Timóteo 6:10-11a).
O gerenciamento das nossas finanças é um espelho do nosso
coração. Deus chama o líder para ser um bom mordomo do seu
dinheiro. Isto inclui quanto ele ganha assim como quanto ele gasta. O
amor do dinheiro pode fazer o indivíduo perder o seu chamado. Jesus
Cristo disse: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu
coração.” (Mateus 6:21).
O barômetro do nosso relacionamento com Deus é diretamente
proporcional à mordomia do nosso dinheiro e do nosso tempo. Paulo
diz que um líder não é “avarento.” (1 Timóteo 3:3).
Paulo disse aos anciãos em Éfeso:
“De ninguém cobiceis prata, nem ouro, nem vestes; vós mesmos
sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim
e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado em tudo que,
trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as
palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que
receber.” (Atos 20:33-35).
É evidente que Paulo foi abençoado pelos cristãos enquanto
estava pastoreando em Éfeso. Uma das bênçãos do ministério é o
133
Liderança, Ministério e Batalha
amor das ovelhas pelo pastor. Muitas vezes eles dão presentes
valiosos aos seus pastores e líderes em apreciação e amor. O ministro
deve guardar o seu coração e não cobiçar estas coisas.
Dinheiro é um dos aspectos mais delicados do ministério. Antes
de ir embora, Paulo quis instruir os anciãos em Éfeso com relação às
finanças. Paulo lembra os pastores que ele sempre trabalhou para
suprir suas necessidades. Enquanto ele estava Corinto, trabalhou
fazendo tendas. Muitos pastores se recusam a trabalhar em trabalhos
seculares e quem sofre são seus familiares. Quando um pastor ou
líder deveria parar de trabalhar em um emprego secular? Quando o
ministério tem recursos o bastante para suprir todas as necessidades.
“É mais abençoado dar do que receber.” É importante lembrar
desta instrução. A pergunta no coração de um líder deveria ser: “O
que eu posso dar ao povo de Deus?” e não “O que eu o povo de Deus
pode me dar?”
Maturidade
“Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não,
porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época,
que se reduzem a nada” (1 Coríntios 2:6)
“Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim sede crianças;
quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.” (1 Coríntios 14:20).
Nós já dissemos que a maturidade cristã não é medida pelo que
Deus faz através dele, mas o que Deus fez nele. Nossa maturidade
espiritual não é medida pelas nossas ações, mas pelas nossas
reações.
Maturidade espiritual não tem nada a ver com a idade. O tempo
que a pessoa é cristã não demonstra se ela tem muito conhecimento.
Eu pessoalmente tenho conhecido cristão que conhecem a Jesus e
que têm caminhado pelos caminhos do evangelho por anos mas que
tem reações e atitudes de uma criança. Eu também conheço recém-
convertidos que refletem grande maturidade no seu caráter e atitude.
Maturidade espiritual é um dos requisitos mais importantes na
vida de um líder. Fidelidade, amor, domínio próprio são evidências de
maturidade em um indivíduo e uma parte vital na vida de um líder.
Conduta
Comportamentos e maneiras refletem como um espelho o
134
A vida do líder
Mensagem
A Bíblia Plenitude diz: “Verdade deveria estar sempre presente
na vida de cada cristão. Isto requer um coração que pode distinguir o
erro e rejeitá-lo. O estudo da Palavra, oração, meditação e
especialmente o Espírito Santo, são meios pelos quais cada cristão
recebe ou rejeita qualquer doutrina. Guarde a sua mente e seu coração
com grande cuidado.”
O apóstolo Paulo exortou Timóteo a se ocupar com a leitura da
Palavra e indica que ele deveria ser um exemplo para os cristãos no
conhecimento. A vida dele era parte da mensagem. Como o apóstolo
João disse:
“Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que
nos amemos uns aos outros;” (1 João 3:11).
135
Liderança, Ministério e Batalha
136
C a p i t u l o 17
O relacionamento entre o
pastor e a congregação
Muitas igrejas sofrem divisões porque pastores e líderes, assim como
membros da congregação frequentemente começam a examinar ou colocar
outros a teste ao invés deles mesmos.
137
Liderança, Ministério e Batalha
O fruto do pastorado
“Estamos orando a Deus para que não façais mal algum, não
para que, simplesmente, pareçamos aprovados, mas para que façais
o bem, embora sejamos tidos como reprovados. Porque nada podemos
contra a verdade, senão em favor da própria verdade. Porque nos
regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que
pedimos: o vosso aperfeiçoamento.” (2 Coríntios 13:7-9).
A oração de um líder por seu povo é que eles não falhem, que
eles permaneçam firmes e que não cometam pecado. Não para que
os líderes ou os pastores brilhem ou para que a igreja veja que bom
trabalho eles estão fazendo, mas para que eles aprendam a viver
138
O relacionamento entre o pastor e a congregação
139
Liderança, Ministério e Batalha
140
O relacionamento entre o pastor e a congregação
141
Liderança, Ministério e Batalha
As mudanças de Deus
“Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade,
porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as
estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e
entendimento aos inteligentes. Ele revela o profundo e o escondido;
conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.” (Daniel 2:20-22).
D
eus tem estabelecido um processo diário de mudança na Sua
criação inteira. Este é o processo de crescimento. Como uma
semente ou um espermatozóide, o processo produz mudanças
que identificam o estado de crescimento e maturidade. Até o evangelho
é um processo de mudança.
Todo crescimento requer mudança e toda a mudança apresenta
novos desafios e novas oportunidades. Cada uma nos permite ver a
mão de Deus em ação. Deus muda os tempos e as estações. Deus
promove e Deus remove.
Em um mundo de mudanças, nós devemos nos submeter à
vontade de Deus. Ele estabelece aqueles que estão em autoridade e
remove ou promove aqueles que estão em posição de liderança e
autoridade. Jesus, contudo, declarou:
“Nenhuma autoridade terias... se do alto não te fosse dada” (João 19:11).
Toda pessoa chamada por Deus pode perder seu ministério e
não cumprir a promessa de Deus se desobedece ou tenta fazer as
coisas por si só. Deus nos levará como um rio em direção ao
cumprimento dos Seus propósitos. Resistir às mudanças que Ele traz
pode nos levar para fora do rio.
Saul
Deus ungiu Saul como rei de Israel. Se ele tivesse sido fiel e
obediente, Deus teria confirmado seu reino em Israel para sempre (1
Samuel 13:13). Por não fluir com as mudanças que Deus pedia, Saul
perdeu sua posição como líder do povo de Israel.
143
Liderança, Ministério e Batalha
Moisés
Deus chamou Moisés para trazer o povo de Deus para fora da
escravidão do Egito. Da mesma maneira, a Bíblia nos conta que a
desobediência de Moisés à promessa de Deus manteve Moisés e
Arão fora da terra prometida.
“Disse o Senhor a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e
Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim
lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus
animais... Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu
bordão,... Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes
em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não
fareis entrar este povo na terra que lhe dei.” (Números 20:7-8, 11a, 12).
A primeira vez que Deus fez sair água da rocha foi através de
uma batida do cajado de Moisés. Desta vez, ele queria fazer de uma
maneira diferente. Moisés não aceitou a mudança e tentou fazer da
maneira que tinha previamente produzido resultados. “A medida de
sucesso aos olhos de Deus não é o resultado do esforço, mas a
obediência do seu servo.” ¹
Obedecer a Deus nos mantém no rio. Quando nós somos fiéis em
fazer o que Deus nos mandou, Ele nos promove a um nível de impacto
maior. Deus removeu Saul e promoveu Davi. Quando Moisés morreu, o
Senhor levantou Josué e foi ele quem trouxe o povo para a terra prometida.
Estevão
No sexto capítulo de Atos, nós vemos que Estevão foi um dos
sete homens eleitos pela liderança para servir atendendo as viúvas.
Estes homens foram selecionados com base nos seus testemunhos,
sabedoria e dependência do Espírito Santo. Eles foram homens fiéis.
Depois de terem orado, os apóstolos impuseram as mãos sobre eles
e os comissionaram para o ofício. Na mesma hora, Estevão tinha
ascendido ao nível de ministrar ao povo com sinais e maravilhas. A
Bíblia diz que ele estava pregando com sabedoria e em um dos
melhores sermões de toda a Bíblia, ele proclamou a sua última
mensagem antes de morrer como o primeiro mártir da igreja.
145
Liderança, Ministério e Batalha
A despedida
Quando nós somos infiéis, nós corremos o risco de ser removidos da
nossa posição, mas se somos fiéis, nós temos a oportunidade de sermos
promovidos por Deus. Eu quero falar com você sobre a parte positiva: a
promoção.
Como toda a mudança que Deus traz, esta também pode trazer dor.
De novo, Deus nos obriga a enfrentar mudanças, que são parte da Sua
própria vontade. Se nós não queremos nos adaptar e nos apegamos ao
que é “nosso”, não podemos seguir a Deus. Nós devemos estar prontos e
dispostos a mudar.
Como dissemos anteriormente, Paulo era o pastor dos efésios. Apesar
de ele ter viajado por algum tempo, ele não tinha contado aos líderes da
igreja em Éfeso que não ficaria com eles até que ele tivesse a famosa
146
As mudanças de Deus
147
GUIA DE ESTUDO
CAPITULO 1
1. De acordo com Romanos 8.28, defina o significado do termo
“Propósito” e como ele se refere à vida de cada individuo.
2. Descreva, de maneira breve, seis exemplos da Bíblia.
CAPITULO 2
1. Defina o termo “Chamado” e como ele se refere à “vocação”
(Efésios 4.1).
2. Quando você recebeu seu “chamado” e como Deus te
preparou para esse chamado?
CAPITULO 3
1. Defina o termo “Separado”. Quando isto acontece na vida de
uma pessoa?
2. O que acontece a uma pessoa quando recebe sua
“ordenação” ao ministério?
3. Relate em breves palavras o tempo em que você recebeu
revelação do seu chamado e sua preparação para o ministério.
CAPITULO 4
1. Explique qual é o processo necessário antes de ser separado
para a obra do ministério.
2. Qual é o fruto da separação ao ministério?
CAPITULO 5
1. Explique em poucas palavras qual é o “preço” do ministério e
como se identifica com a sua vida.
2. Qual é o propósito das provações?
3. Escreva algumas das coisas que um líder enfrenta.
4. Que relação há entre “guerra espiritual” e “liderança cristã”?
CAPITULOS 6 E 7
1. Explique quais são algumas das batalhas de um líder.
2. Defina o termo “Espírito de Jezabel”.
3. Defina o termo “Espírito de Absalão”.
148
CAPITULO 8
1. Defina o termo “A justiça de Deus”.
CAPITULO 9
1. Defina o termo “Fortalezas Ideológicas”.
2. Qual é o maior obstáculo para o desenvolvimento espiritual?
3. De que forma a predisposição mental impede o
desenvolvimento de um individuo?
4. E da Igreja?
CAPITULO 10
1. Defina o significado do termo “Visão” na vida do líder.
2. Os lideres são chamados a servir quem?
CAPITULO 11
1. O que Paulo quer dizer quando se refere a “todo conselho de Deus”?
2. Quais são as prioridades do ministério?
3. Qual era o oficio de Moisés como pastor?
4. Qual foi o conselho de Jetro para Moisés e quais as qualidades
que deveria buscar naqueles indivíduos?
CAPITULO 12
1. Defina o termo “pastor”. Qual é a diferença entre “pastorado
paroquial” e “pastorado administrativo”?
2. Quais são os três “chapéus” do líder? Explique a função de
cada um deles.
3. Por que é importante a comunicação correta de um líder?
CAPITULO 13
1. Que tipo de governo a Bíblia ensina para a liderança da Igreja?
2. Qual é o significado contemporâneo das seguintes palavras:
Anjo –
Evangelho –
Pastor –
Ancião –
Bispo –
Diácono –
3. Qual é a verdadeira razão do chamado à liderança?
149
CAPITULO 14
1. Defina a palavra “disciplina” segundo W.E.Vine.
2. Escreva quatro razões pelas quais a disciplina é necessária
na Igreja.
3. E para a pessoa em disciplina.
CAPITULO 15
1. Qual é a diferença entre “manipulação” e “motivação”?
2. O que um líder deve ter para que outros o sigam?
3. O que os líderes esperam de seus seguidores?
4. Escreva os quatro fatores para uma liderança efetiva.
CAPITULO 16
1. Escreva os 10 M’s do ministério.
2. Quais destas áreas você tem descuidado em sua vida
pessoal?
CAPITULO 17
1. O que a Bíblia diz sobre examinar a outros?
2. Qual é o fruto do trabalho pastoral e da liderança?
3. Quais são as responsabilidades do pastor com a sua
congregação?
CAPITULO 18
1. Qual é a razão pela qual as coisas mudam?
2. Por que as pessoas resistem às mudanças?
3. Qual deve ser a atitude de uma igreja quando Deus muda
seu pastor?
150