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INSTITUTO POLITECNICO DE TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

CURSO DE GESTÃO ADUANEIRA E LOGISTICA

APONTAMENTOS DE FISCALIDADE

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (IVA)

INTRODUÇÃO

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) é um caso de sucesso a nível mundial, depressa se
tendo tornado um imposto em moda, contagiando os distintos sistemas fiscais. Embora
revestindo modelos diversos, o certo é que actualmente quase duzentos países a nível mundial
basearam o seu sistema de tributação das transacções neste imposto.

Países como o Vietname, a Zâmbia, o Vanuatu, o Uganda, o Uruguai, a Tunísia, a Tailândia, a


Tanzânia, o Senegal, a Rússia, a Palestina, o Panamá, as Filipinas, o Paraguai, o Nepal, a
Nicarágua, a Nigéria inspiraram o seu sistema de tributação das transacções no modelo IVA. Nos
países de expressão portuguesa, podemos encontrar este tributo em Moçambique e em Cabo
Verde, estando a respectiva introdução a ser equacionada em Angola e no Brasil.

Contudo, trata-se, inequivocamente, de um caso de sucesso, de um fenómeno de contágio fiscal


que alastrou pelo mundo com uma espécie de linguagem fiscal universal a que, de forma pouco
técnica, costumamos designar por «ivês». O sucesso deste imposto deve-se, fundamentalmente,
às suas características, em especial à generalidade e à neutralidade, obtidas através do chamado
método das facturas, do crédito de imposto ou método subtractivo indirecto.

Elaborado por: dr. Sérgio Alfredo Macore | IPET - 2017


IVA – IMPOSTO SOBRE VALOR ACRESCENTADO

O conceito base do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) é de que se trata de um imposto
indirecto sobre a despesa. Este imposto recai sobre as transmissões de bens ou prestações de
serviços realizados no território nacional (incluindo as importações), em todas as fases do
circuito económico, desde a produção/importação ou aquisição até à venda pelo retalhista sem
efeitos cumulativos, como o próprio nome indica, através do seu mecanismo particular de
apuramento.

De facto, cada um dos sujeitos passivos intervenientes no circuito, através do mecanismo de


apuramento, apenas entrega o imposto devido pelo valor que acrescenta ao produto,
correspondente a uma fracção do total do imposto a arrecadar pelo Estado, sendo no fim do
circuito, suportado pelo consumidor e utilizador final.

O mecanismo de apuramento considera por um lado, o direito que o sujeito passivo tem em
deduzir o imposto que suportou nas aquisições e, por outro, a obrigação de liquidar o imposto
sobre o valor das vendas realizadas no âmbito da sua actividade económica, reportados a um
determinado período de tributação. Assim, na prática, cada sujeito passivo interveniente no
circuito adquire uma posição devedora perante o Estado pelo valor do imposto facturado nas
vendas que realizou (A) e credora pelo imposto que deduziu relativamente às aquisições que
efectuou (B), sendo o imposto apurado igual à diferença entre as duas posições, podendo resultar
num saldo devedor (A maior que B) ou credor (B maior que A) perante o Estado:

IVA apuramento = A (Valor das Vendas x 17%) – B (Valor das aquisições x17%)

Regimes de Tributação

 Regime Normal
 Regimes Especiais:
 Regime de Isenção
 Regime de Tributação Simplificada

2 Regimes Específicos

Estes regimes aplicam-se a actividades que têm características particulares:

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 Regime Aplicável às Agências de Viagem e Organizadores de Circuitos Turísticos;
 Regime Aplicável aos Bens em Segunda Mão;
 Regime Aplicável aos Organizadores de Vendas em Sistema de Leilão;
 Regime aplicável às Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas.

Incidência

 Âmbito de aplicação
 As transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no território nacional a título
oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal;
 As importações de bens.

Sujeito passivo em sede de IVA

São sujeitos passivos de imposto todas as pessoas singulares ou colectivas que:

 De modo independente e com carácter de habitualidade exerçam uma actividade


económica com ou sem fim lucrativo e sejam residentes;
 De modo independente, residentes ou não, realizem qualquer operação tributável em
 IRPC ou IRPS;
 Se enquadram nas alíneas anteriores e adquirem os seguintes serviços a prestadores não
residentes:

Isenções

Qualquer situação de isenção constitui uma excepção às regras de incidência, o que em sede de
IVA, se consubstancia na não liquidação e consequente não entrega de imposto por parte dos
sujeitos passivos.

Classificação das isenções

As isenções podem ser classificadas por:

1. Tipo de operações:
3  Operações Internas;
 Importações;
 Exportações.

Elaborado por: dr. Sérgio Alfredo Macore | IPET - 2017


2. Efeito das isenções:
 Isenções simples – significa que não se liquida o imposto nas operações activas (vendas)
e não se deduz o imposto nas aquisições;

3. Quanto ao objectivo:
 Isenções objectivas – independentemente do sujeito passivo, aplicam-se sobre
determinados produtos finais – nacionais ou importados;
 Isenções não objectivas – aplicam-se ao sujeito passivo, independentemente dos seus
produtos finais.

Isenções simples (sem direito à dedução)

Nesta secção, resumem-se as principais isenções simples, classificando-as por:

 Tipo de operações (operações internas, importações, exportações);


 Por área de actividade (sempre que possível e adequado);
 Por vigência, quando a isenção é temporária;
 Quanto ao objectivo (Objectivas e Não Objectivas).

Taxas

A taxa de imposto é única de 17%.

CARACTERÍSTICAS DO IVA EM MOÇAMBIQUE

Em suma, poderemos resumir as seguintes características do IVA em Moçambique:

 Similar ao IVA da UE (CIVA de Moçambique muito semelhante ao CIVA de


Portugal), mas adaptado à realidade moçambicana;
 Relativamente simples;
 Modelo IVA tipo consumo;
 Imposto geral sobre bens e serviços;
4  Incide em todas as fases do circuito económico;
 Limitação do universo de contribuintes do regime normal e criação de regimes
especiais para pequenas e médias empresas.

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Factura ou documento equivalente no IVA

Nos termos do art. 27 do CIVA, a factura/documento equivalente deve conter os seguintes


elementos/requisitos:

 Deve ser emitida em língua portuguesa e em Meticais, (n.º 5, art.106 da Lei n.º 2/2006, de
22 de Março);
 Data, (n.º 5, art. 27 do CIVA);
 Numeração sequencial imprensa em tipografia autorizada pelo MF, (n.º 5 e 7, art. 27
CIVA) ou por computador;
 Indicação dos elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social,
sede e NUIT, bem como a autorização prevista no n.º 7, art. 27 do CIVA;
 Identificação completa (Nome, NUIT e domicílio do adquirente), (al. a) n.º5, art. 27 do
CIVA);
 Quantidade e denominação usual dos bens/serviços, (al. b) n.º 5, art. 27 do CIVA);
 Indicação separada das embalagens não transaccionadas, (al. b) n.º 5, art. 27 do CIVA);
 Preço líquido de imposto e outros elementos incluídos no valor tributável, (al. c) n.º 5 art.
27 do CIVA);
 Taxa e montante do imposto devido, (al. d) n.º 5, art.27 do CIVA); e
 Motivo justificativo da não aplicação do Imposto, (al. e) n.º 5, art. 27 do CIVA).

Pagamento do imposto

 O pagamento do imposto liquidado pelo contribuinte, ou por iniciativa dos serviços deve
observar o disposto nos artigos 23 e 24 do Código do IVA.
 O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuado na Recebedoria
de Fazenda competente ou em instituições de crédito autorizadas para o efeito.
 Considera-se Recebedoria de Fazenda competente, a da Direcção de Área Fiscal onde o
sujeito passivo tiver a sua sede, estabelecimento principal ou na falta deste a do
domicílio.
 O pagamento do imposto devido na importação é liquidado e cobrado no acto do
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desembaraço alfandegário, nos termos da legislação aduaneira aplicável.

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 As pessoas singulares ou colectivas que não possuam, no território nacional, sede,
estabelecimento estável, domicílio ou representação, efectuam o pagamento do imposto,
nos termos dos artigos 26 do Código do IVA e 56 deste Regulamento.

Títulos de cobrança

1. Para efeitos do pagamento do imposto, os sujeitos passivos devem preencher a declaração


periódica prevista no artigo 32 do Código do IVA e entregá-la à Direcção de Área Fiscal
competente, simultaneamente com o meio de pagamento do valor correspondente ao imposto
devido.

2. Nos casos em que o imposto é liquidado pelos serviços e nas situações de sujeitos passivos
que pratiquem uma só operação tributável, ou aqueles que mencionem indevidamente Imposto
sobre o Valor Acrescentado, nos termos dos artigos 24 e 33 e da alínea e) do n.º 1 do artigo 2,
todos do Código do IVA e 31 do presente Regulamento, o imposto é pago através da declaração
de modelo apropriado.

3. Tratando-se de sujeitos passivos enquadrados no regime de tributação simplificada o


pagamento do imposto é efectuado através da declaração de modelo apropriado.

Meios de pagamento

1. O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado pode ser efectuado através dos seguintes
meios de pagamento:

a) Moeda com curso legal no país;

b) Cheques emitidos à ordem do Recebedor de Fazenda ou do Tesoureiro da Alfândega no caso


do imposto devido na importação;

c) Vales de correio; e

d) Transferência bancária.

6 2. Cada meio de pagamento deve respeitar a uma única declaração.

3. Devem ser recusados os meios de pagamento de quantitativo diferente ao imposto que se


destina a pagar.
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4. São considerados nulos todos os pagamentos que não permitam a arrecadação da receita
relativa ao imposto.

Autoliquidação efectuada por valor inferior ao devido

Quando o valor da autoliquidação for inferior ao que resultar da liquidação efectuada pelos
serviços, face aos elementos inscritos na declaração, procede-se à rectificação da mesma,
liquidando-se, adicionalmente, a diferença e notificando-se, em conformidade o sujeito passivo,
nos termos do artigo 32 deste Regulamento.

Atraso na liquidação ou no pagamento

1. Sempre que, por facto imputável ao contribuinte, for retardada a liquidação ou a entrega de
parte ou totalidade do imposto devido, acresce ao montante do imposto o juro a que se refere o
artigo 25 do Regulamento do Código do IRPC, sem prejuízo da multa cominada ao infractor. O
juro é contado dia a dia, a partir do dia imediato ao do termo do prazo em que o imposto deve ser
entregue nos cofres do Estado e até à data em que vier a ser suprida ou corrigida a falta.

2. A contagem referida no número anterior tem como limite a data da emissão da certidão de
relaxe, após a qual se contam juros de mora previstos no aritgo 4 do Diploma Legislativo n.º
57/72, de 8 de Junho, com a redacção introduzida pelo Decreto n.º 1/96, de 10 de Janeiro.

3. O disposto no n.º 1 deste artigo não se aplica aos sujeitos passivos do regime de tributação
simplificada, previstos nos artigos 42 e seguintes do Código do IVA , sem prejuízo da multa que
ao caso couber.

Apuramento do imposto devido

Para apuramento do imposto devido relativamente às operações abrangidas pela disciplina do


presente diploma, procede-se do seguinte modo:

a) Ao montante das contraprestações, com IVA incluído, respeitante às operações tributáveis


registadas no período, deduz-se o montante, igualmente com inclusão do IVA, dos custos

7 registados no mesmo período relativos às transmissões de bens e prestações de serviços


efectuadas por terceiros para realização da viagem e que resultem em benefício directo do
cliente.

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No caso de haver excesso negativo reportado do período anterior, deve o mesmo ser acrescido
aos custos deste período;

b)A diferença obtida nos termos da alínea anterior: (i) Se positiva, é dividida pela soma da
unidade e a taxa do IVA em vigor, arredondado o resultado por defeito ou por excesso para a
unidade mais próxima;

(ii) Se negativa é reportada para o exercício seguinte.

c) Ao valor positivo encontrado na alínea b) aplica-se a taxa do IVA em vigor;

d) Ao montante do imposto obtido nos termos da alínea anterior deduz-se o imposto suportado
em outros bens e serviços que, adquiridos ou importados pela agência de viagens ou pelo
organizador de circuitos turísticos no exercício da sua actividade comercial, não tenham sido
suportados para benefício directo do cliente.

Âmbito de aplicação

1. A disciplina da presente secção regulamenta as transmissões de bens em segunda mão


efectuadas por sujeitos passivos revendedores, de acordo com a alínea g) do n.º 3 do artigo 3 do
Código do IVA, quando não optem pela aplicação de regime geral do referido Código.

2. Para efeitos deste regime específico, são também considerados bens em segunda mão os
objectos da arte, de decoração e as antiguidades, tal como são definidos nas alíneas a) a f) do n.º
6 do artigo 3 do Código do IVA.

3. Esta disciplina é, porém, obrigatória nas transmissões dos mesmos bens, efectuadas por
organizadores de vendas em leilão que actuem em nome próprio mas por conta de um comitente,
no âmbito de um contrato de comissão de venda.

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Mecanismos de funcionamento do IVA

IVA Apuramento = IVA liquidado – IVA Dedutível

 IVA Liquidado – IVA aplicado aos clientes nas vendas que a empresa efectua.
 IVA dedutível – IVA aplicado ás compras que a empresa efectua aos fornecedores.
 IVA apuramento – IVA que a empresa apura após as suas vendas e compras, donde terá a
receber ou a pagar ao Estado.

O IVA apuramento é assim, calculado em função das compras, e demais aquisições, e


das vendas e prestações de serviços.

Valor liquidado > Valor dedutível – IVA a pagar ao Estado


Valor dedutível > Valor liquidado – IVA a receber do Estado
Valor dedutível = Valor liquidado – A empresa não paga nem recebe do Estado

O IVA visa tributar todo o consumo em bens materiais e serviços, abrangendo todas as fases do
circuito económico, desde a produção ao retalho, sendo porém a base tributável limitada ao
valor acrescentado em cada fase.
O IVA, aplicado de um modo geral e uniforme em todo o circuito económico, corresponde a uma
tributação, por taxa idêntica, efectuada de uma só vez, na fase retalhista. O IVA é um imposto
que se classifica no âmbito dos impostos indirectos.

Características do IVA

 Imposto Indirecto Atende à despesa efectuada e não ao rendimento.


 Imposto Plurifásico Recai sobre o valor acrescentado dassucessivas fases do circuito

9 económico,desde a produção ao retalho.


 Imposto Neutro É liquidado pelos vários operadores económicos nas várias fases do
circuito económico, mas só é efectivamente suportado pelo consumidor final.

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Incidência do IVA

O IVA incide sobre todas as transmissões de bens e prestações de serviços que


tenham lugar em Portugal sobre as transmissões de bens e sobre as operações
intracomunitárias. Realizadas em território nacional.

 Transmissões de bens
 Prestação de services
 Importação de bens
 Operações intracomunitárias efectuadas em território nacional

Incidência subjectivo

São os sujeitos passivos do imposto.

1ª Secção:
As pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carácter regular,
exerçam as seguintes actividades:

 Actividades de produção;
 Comércio ou prestação de serviços;
 Actividades extractivas e agrícolas;
 Profissões livres.

2ª Secção:

 As pessoas singulares ou colectivas que, segundo a legislação aduaneira, realizem


importações de bens.
 As pessoas singulares ou colectivas que, em factura ou documento equivalente,

10 mencionem indevidamente IVA.

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3ª Secção:

 As pessoas singulares ou colectivas que efectuem operações intracomunitárias, nos


termos do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias.
4ª Secção:

O Estado e as demais pessoas colectivas de direito são sujeitos passivos do imposto quando
exerçam algumas das seguintes actividades e pelas operações tributárias delas decorrentes, salvo
quando se verifique que as exercem de forma não significativa:

 Telecomunicações:
 Distribuição de água, gás e electricidade;
 Transporte de bens;
 Prestação de serviços portuários;
 Transporte de pessoas;

Aplicação do imposto no tempo (exigibilidade do imposto)

O IVA é devido e torna-se exigível a partir do momento em que os bens são colocados á
disposição do comprador ou adquirente ou, tratando-se de prestação de serviços, a partir do
momento da sua realização. Quanto ás importações, o IVA será aplicável no momento
determinado pelas disposições do Direito Aduaneiro. Sempre que a transmissão de bens ou
prestação de serviços dê lugar á obrigação de emitir uma factura ou documento equivalente, o
imposto torna-se exigível no momento da emissão dessa factura ou documento equivalente ou
no momento em que termina o prazo, se o prazo de emissão da factura não foi respeitado (5
dias após a entrega de bens ou prestação do serviço).

Apuramento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)


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O apuramento do IVA resulta da diferença entre o valor liquidado e o valor dedutível, corrigida
pelas regularizações provocadas por descontos ou despesas acrescidas.

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IVA IVA IVA IVA
Apuramento = Liquidado - Dedutivel + Regularizaç
ões

O IVA regularizações surgirá sempre que o sujeito passivo apresente situações de correcção ao
IVA liquidado ou ao IVA dedutível.

Imposto a favor do Estado:

 Liquidado aos clientes nas transmissões de bens e Prestações de serviços.


 Autoliquidado pelo sujeito passivo:
 Nos termos dos artigos 6.º e 30.º
 Nas aquisições intracomunitárias de bens.
 Nas situações de inversão do sujeito passivo.
 Liquidado nos autoconsumos e operações gratuitas.

Imposto a favor do sujeito passivo:

 Suportado nas aquisições de bens e prestações de serviços (imobilizado, existências e


outros bens e serviços).
 Pago nas importações.
 Autoliquidado pelo sujeito passivo:
 Nos termos dos artigos 6.º e 30.º
 Nas aquisições intracomunitárias de bens.
 Nas situações de inversão do sujeito passivo.
 Pago nos adiantamentos a fornecedores.

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Regularizações de imposto:

 De imposto liquidado:
 Erros ou omissões.
 Devoluções e descontos.
 Anulações de recebimentos antecipados.
 Créditos incobráveis.
 De imposto deduzido:
 Devoluções, descontos, erros e omissões, etc.
 Pagamentos antecipados
 Regularizações do pro rata.

Três tipos de sujeitos passivos

1.Sujeitos passivos que não têm qualquer direito à Dedução.


Os que praticam exclusivamente operações abrangidas pelo art. 9.º do Código do IVA ou
operações fora do campo de incidência do imposto.

2.Sujeitos passivos que têm direito integral à dedução do IVA suportado (com excepção do
relativo às despesas referidas no art. 21).
 Os que praticam exclusivamente operações sujeitas a IVA e delas não isentas; e/ou
 Os que praticam as operações previstas na alínea b) do n.º 1 do art. 20.º do CIVA (as
designadas “operações à taxa zero”).

3. Sujeitos passivos que apenas têm direito à dedução de uma parte do IVA suportado
 Os que realizam simultaneamente operações que conferem o direito à dedução (as
operações referidas em 2) e operações que não conferem esse direito (as referidas em 1).
Para que seja possível o exercício do direito à dedução é necessário, em consonância com
o que dispõe o art. 20.º, que o imposto a deduzir tenha incidido sobre bens adquiridos,

13 importados ou utilizados pelo sujeito passivo com vista à realização das operações
referidas no n.º 1 do mesmo preceito, ou seja, operações que conferem o direito à
dedução.

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Preenchimento da declaração periódica

Umas das obrigações do sujeito passivo de IVA, não isento, é declarar periodicamente, em cada
período fiscal a que está sujeito, isto é, mensal ou trimestral; o valor devido ou o crédito de
imposto. Para isso, preenchemos a Declaração Periódica de IVA que tem como objectivos
apresentar as operações relativas ao período considerado de imposto e apurar o valor desse
imposto. Os dados da declaração periódica devem ser transmitidos através de via electrónica,
pelo sujeito passivo do imposto.

 Os sujeitos passivos do IVA ficam sujeitos ao envio por transmissão electrónica de dados
da declaração periódica.
 Depois de submeter a declaração, é criada e disponibilizada, de seguida, uma referência
numérica que deve ser usada para a cobrança do imposto.
 A declaração considera-se anunciada na data em que for sujeitada sem irregularidades.

Nota: A Declaração periódica só é validada quando um técnico oficial de contas a valida, através
de vinhetas. Havendo falta de identificação do técnico oficial de contas a declaração, considera-
se como não apresentada.

Regimes especiais do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

O CIVA contempla algumas situações especiais de sujeição ao imposto, designando-as


por regimes especiais sobre o Valor Acrescentado. Assim, situação o regime especial de isenção
e o regime dos pequenos retalhistas.

Regimes especiais

1. Regime de isenção

14  Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos que, não possuindo nem sendo
obrigados a possuir contabilidade organizada, para efeitos de IRS ou IRC nem praticando

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operações de importação, exportação ou actividades conexas, não tenham atingido no ano
civil anterior, um volume de negócios superior a 10.000.
 Não obstante o disposto no número anterior, serão ainda isentos do imposto os sujeitos
passivos com um volume de negócios superior a 10.000, mas inferior a 12.500, que, se
tributados, preencheriam as condições de inclusão no regime dos pequenos retalhistas.
 No caso de sujeitos passivos que iniciem a sua actividade, o volume de negócios a tomar
em consideração será estabelecido de acordo com a previsão efectuada relativa ao ano
civil corrente, após confirmação pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos.
 Quando o período em referência, para efeitos dos números anteriores, for inferior ao ano
civil, deve converter-se o volume de negócios relativo a esse período num volume de
negócios anual correspondente.
 O volume de negócios previsto nos números anteriores é o definido nos termos do artigo
41°.

Regime dos pequenos retalhistas

 Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 53.°, os retalhistas que sejam pessoas
singulares, não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada para
efeitos de IRS e não tenham tido no ano civil anterior um volume de compras superior a
20.000 para apurar o imposto devido ao Estado aplicarão o coeficiente de 25% ao valor
do imposto suportado nas aquisições de bens destinados a vendas sem transformação.
 Ao imposto determinado nos termos do número anterior será deduzido o valor do
imposto suportado nas aquisições de bens de investimento e outros bens para uso da
própria empresa, salvo tratando-se dos que estejam excluídos do direito à dedução nos
termos do n.º 1 do artigo 21.°.
 O volume de compras a que se refere o n.º 1 é o valor definitivamente tomado em conta
para efeitos de tributação em IRS.
 No caso de retalhistas que iniciem a sua actividade, o volume de compras será

15 estabelecido de acordo com a previsão efectuada, relativa ao ano civil corrente, após
confirmação pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos.

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Bibliografia

Lesgilação fiscal – Moçambique: Plural editores, KPMG - 4ª ediçao.

Neves, Filipe (2002). Código do IVA e Legislação complementar – comentado e Anotado (2ª
edição. Lisboa: Vida Económica.

Pires, Manuel e Pires, Rita. (2010). Direito Fiscal (4ª Edição), Coimbra: Almedina.

Pereira, Gil (2011), Ordenação explicativa e contabilização do IVA (11ª Edição) Coimbra.

AUTOR DO TRABALHO
Nome. Sérgio Alfredo Macore
Nickname. Helldriver Rapper
Facebook. Sérgio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper Rapper
Morada. Pemba – Cabo Delgado
Telefone. +258 846458829
E-mail. Sergio.macore@gmail.com

NB. Depois de baixar esse trabalho, não esqueça de ligar para mim e agradecer.
Também, faço trabalhos por encomenda.

BOA SORTE

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