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LICENCIATURA EM LETRAS

DISCIPLINA: LINGUÍSTICA - FUNCIONALISMO


PROFESSORA: Dra. Márcia Teixeira Nogueira
TUTORA: MS. Jeane Mendonça
POLO: Aracoiaba / 2019.1

FUNCIONALISMO HOLÂNDES

1. Quem é o responsável pelo funcionalismo holandês?

Dik, que apresentou a Gramática Funcional, na qual o usuário da língua assume papel
central, ou seja, o objetivo dessa gramática é explicitar, explicar como falantes e
destinatários comunicam-se uns com ou outros de formar eficiente por meio da
expressão linguística.

2. Então basta a expressão linguística para que haja comunicação?

Não, porque a comunicação não é um mero processo de codificação e decodificação de


mensagens, é muito mais complexo que isso.

3. E o que seria de fato a expressão linguística?

Trata-se do enunciado que produzimos na comunicação, as frases, orações.

4. Por que o processo de comunicação ou interação verbal é tão complicado?

Porque em qualquer estágio da interação verbal, falante e ouvinte possuem Informação


Pragmática, isto é, um conjunto de conhecimentos, crenças, suposições, opiniões e
sentimentos, que ajudam na comunicação.

5. E por que a informação pragmática é tão importante?

Porque dependendo do nosso conhecimento de mundo, podemos antecipar informações


sobre aquilo que o falante enuncia. Por exemplo, se o falante está falando sobre o
gênero crônica e fala que o nome desse gênero surgiu de um deus da mitologia greco-
romana, eu logo vou inferir que foi de Cronos, deus do tempo.

6. Então para a Gramática funcional de Dik não basta ter a capacidade


linguística?

Não, pois para produzirmos e interpretarmos corretamente as expressões linguísticas


(enunciados, frases, orações) em diferentes situações ou contexto, precisamos da
capacidade epistêmica (por meio da qual organizamos no conhecimento, é como se
armazenássemos os conhecimentos em caixinhas organizadoras para quando
precisarmos usar, ir lá e pegar); capacidade lógica; capacidade perceptual e a
capacidade social (na qual compreendemos que tipo de linguagem devemos usar,
levando em consideração interlocutor e momento de interação, se estamos como um
amigo em uma conversa casual, entendemos que temos de usar uma linguagem
informal, mas se estamos apresentando um seminário, entendemos que a linguagem
deve ser formal e culta).

7. O que seriam constituintes?

São os termos que formam um enunciado, os essenciais - sujeito, verbo e complemento


– e os acessórios.

8. O que seriam os argumentos?

São os constituintes exigidos pela semântica de um predicado, por exemplo, na oração:

“Marcela vendeu a casa”

Marcela e a casa são argumentos, pois o verbo vender exige um sujeito (quem vende) e
um complemento (aquilo que é vendido, pois quem vende, vendo algo).

8. E o que seriam os satélites?

São os constituintes que apenas fornecem uma informação suplementar, por exemplo,
observemos a oração abaixo:

“Marcela vendeu a casa ontem”

Ontem é um satélite, pois não é exigido pelo verbo (predicação), funciona como uma
informação suplementar.

9. O que seriam esse Estado-de-Coisas sobre o qual Dik fala?

Trata-se na verdade se os verbos são dinâmicos, se apresentam controle e se são télico


(indicam conclusão de uma ação)

Vejamos:

a) Maria joga bola. (+ dinâmico; + controle; - télico), ou seja, JOGAR indica


dinamismo, a Maria controla a ação de jogar bola, mas na oração a ação não foi
concluída, ou seja, é –télica.

b) Jeane Adormeceu. (- dinâmica; - controle; + télica), ou seja, dormir é – dinâmico do


que jogar bola; você não controla a ação de dormir; mas a ação apresenta-se como
concluída, ou seja, +télica.

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